quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Aprendendo com a copa do mundo

Iza Aparecida Saliés
http://www.izasalies.com/

 

Quando via a convocação da seleção brasileira fiquei pasma, as estrelas não estavam na lista de convocados (os jogadores famosos) então, pensei o que houve? Analisando a tão comentada convocação do Dunga, tive o atrevimento de querer comentar sobre o assunto, mas, como sou apenas uma torcedora, sem muito traquejo para falar sobre futebol, ainda assim, quero arriscar e fazer alguns comentários neste artigo.

Quando Dunga divulgou o nome dos jogadores ouvi comentários de pessoas entendidas que a seleção convocada não inspirava segurança, sendo que o treinador optou por convocar jogadores que já tinham participado em jogos amistosos da seleção e não convocou as estrelas do futebol brasileiro e até internacional.

Por não dominar o futebol, fiquei apenas ouvindo, mas ao mesmo tempo pensando sobre as estratégias que o Dunga utilizou para convocar os jogadores. Percebi que as estrelas da copa passada, ou seja, Ronaldinho, Ronaldo, Roberto Carlos, Adriano e outros, deram pouco resultado, não fizeram parte do conjunto, preocupavam com a aparência pessoal, pouco desempenho no campo, chegaram arrebentados para jogar pelo Brasil, sendo que, eles sabiam jogar, tinham técnica, mas prescindia de harmonia e sincronia no conjunto do time.

Esse é o meu olhar de torcedora, que vibra, grita, chora, fica alegre, chama Deus, faz prece, torce os dedinhos. Então, entendi que Dunga agiu pensando no conjunto, pensando nos jogadores que transpiravam desejo de ser convocado, precisavam ser valorizados, reconhecidos, almejava uma oportunidade, tudo isso, para poder mostrar ao brasileiro o que eles podem fazer pela pátria, mesmo não sendo estrela reconhecida.

Saiu do baú da formação que Dunga tanto escolar como familiar, a sua séria, tão desejada e comentada convocação da seleção brasileira. Tudo isso, somado à experiência que teve como jogador apoiou seus argumentos no conceito de conjunto, de sentido de grupo, da vontade de vencer, de ter esperança, acreditar que é possível, da garra, juntou tudo, e trabalhou psicologicamente a habilidade de cada jogador e mostrou que o conjunto pode construir uma equipe competente.

Além da habilidade dos jogadores e a competências do conjunto, outro quesito importante que precisa ser destacado, foi à capacidade que Dunga teve de resgatar os valores éticos, profissionais e pessoais dos jogadores, enquanto grupo, essa é uma necessidade básica da atualidade, pois, concorrer com diversidade de estilos, jeito, técnicas de jogar futebol, que a pesar das regras, precisa necessariamente passar pela emoção, razão e conhecimento deles que estão lá para defender nossa pátria.

Falando em habilidades e competências, conceitos exigidos no mundo do trabalho e também enquanto pedagógico, pois, estamos constantemente sendo cobrados pela sociedade por eficiência e eficácia dos comportamentos, desempenhos, atos e atitudes que realizamos.

Fazendo um adendo aos conceitos citados no parágrafo anterior, discutindo esses conceitos voltados para o aspecto pedagógico, entendo que só pode considerar que houve aprendizagem quando o conhecimento é mobilizado para resolver problemas e seus referenciais teóricos são suficientes para amparar o conjunto de saberes que quando utilizados, precisam ser capazes de solucionar situações complexas.

O Gestor de Futebol, Dunga, sem alarde, agiu com rigor, competência, foi estratégico, seguro em suas concepções teóricas, forte o suficiente para calar os brasileiros que por ventura ameaçassem sua convocação, soube lidar com situações problemas, com as vaidades, os egos, como também, com os desafios do cargo, estes, foram pouco a pouco sendo transpostos por sucessivas vitórias em campo, mesmo sendo jogos amistosos.

A copa do mundo é um grande desafio para todos, técnicos, jogadores, torcedores, organizadores e para a nação que participa também, nesse momento precisamos apresentar o melhor que temos e que podemos conseguir realizar, ou seja, precisamos de jogadores bons que tenham competência e que estejam preparados para o inesperado e dar resultado.

Vale ressaltar que o momento é propício para refletirmos sobre gestão de pessoas e gestão do conhecimento, pois Dunga está mostrando o que é necessário para fazer parte da seleção brasileira, que seja composta por um conjunto de jogadores sem rótulo, do que convocar estrelas que não sabem jogar em conjunto.

O exemplo do Técnico da Seleção Brasileira de usar da razão, da emoção e do conhecimento que possui, faz dele, um profissional seguro para conduzir com certeza de que o que está fazendo é o correto para a seleção.

Confesso que aprendi uma lição, com o ocorrido com a seleção, à estratégia de Dunga passa a ser um referencial prático de como comportar, agir, e ser capaz de desempenhar bem seu trabalho, seja ele jogando ou em outra atividade laboral, ser estrela solitária não resolve problemas, o que resolve é o conjunto é a sincronia perfeita que o gestor preparou, precisamos saber aprender, ser, ter e fazer.

Acima de qualquer crítica e ou comentários o Dunga convocou jogadores que durante os trabalhos com a seleção, destacou, teve garra, lutou, teve bom comportamento, respeitou hierarquia, ou melhor, que reza na sua cartilha, que tem compromisso com o Brasil.

A exigência do mundo atual requer pessoas que saibam lidar com situações complexas, improviso, inusitado, esta é uma cobrança também no futebol, na escola, no trabalho, nas relações sociais, pessoais, em tudo precisamos saber ser, mesmo em situações de limite.

Agora mais do que nunca ficou comprovado que não precisa a pessoa ser estrela, precisa sim, saber trabalhar em grupo, só o conhecimento não basta, precisamos saber ser no conjunto, no grupo, para que possamos vencer os obstáculos da vida com sabedoria.

“Sala de Professor” lócus de reflexão, estudo e aprendizagem docente.

 
Iza Aparecida Saliés
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A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso implanta em 2004 o projeto Sala de Professor, cujo principio está fundamentado no fortalecimento da formação continuada de professores na perspectiva de instituir a escola como espaço de aprendizagem docente, também.

A Sala de Professor teve sua implantação coordenada pela Seduc e Cefapros, estes, tiveram que orientar e acompanhar na estruturação e organização do projeto na escola.

Por ser um projeto cujo foco é a formação continuada, o mesmo busca capacitar os professores no próprio local de trabalho, a escola, contexto onde as atividades pedagógicas acontecem realmente, na sala de aula, na biblioteca, no pátio, nas relações, no coletivo de professores, colegas, alunos, ou seja, com todos os segmentos da escola e do seu entorno.

Além disso, o projeto objetiva constituir a cultura do estudo em grupo, pois, a formação continuada está fundada numa perspectiva de estudo coletivo, utilizando o espaço escolar como lócus de formação de professores, entendendo também, como espaço de aprendizagem docente, onde as atividades de estudo, os cursos, projetos e programas de iniciativa da escola possam ser desenvolvidas no mesmo local.

Ao implantar o projeto a Seduc focou os olhares para a escola, apresentando uma nova alternativa de atender as demandas de formação continuada nascida na própria escola, como também, apoiar os professores na solução de possíveis problemas e ou dificuldades no desempenho da sua prática pedagógica.

As formações eram desenvolvidas pela própria Secretaria, em forma de projetos, agora, com a Sala de Professor propõe transformar o espaço escolar num lugar onde pode desenvolver a formação continuada de seus professores, possibilitando a realização de cursos de acordo com as prioridades apontadas no Plano de Formação do Projeto Político Pedagógico da escola.

Nesses quatro anos de execução da Sala de Professor na rede estadual de ensino teve uma avaliação com índices muito bons, provocou mudanças no cotidiano da escola, promoveu grandes debates, resultando em consideráveis avanços para a educação, ainda assim, faz-se necessário realizar alguns ajustes, sendo que, um deles é apoiar a escola em suas demandas para fortalecer a formação continuada de seus professores e melhorar as atividades pedagógicas da escola em interface com o processo ensino e aprendizagem.

No bojo das intenções do projeto está também a vontade de instituir grupos de estudos permanentes dos professores, provocando o exercício da prática dialógica entre seus pares, exercitando a aceitação da pluralidade de idéias, a democracia, a participação para que essa prática passe a ser constante na escola.

Organização de grupos de estudo, estabelecer o tempo e as condições de desenvolver o Plano de Formação Continuada da Escola de acordo com as demandas estabelecidas no Projeto Político Pedagógico, são atividades da escola que podem ser desenvolvidas na Sala de Professor.

Esse projeto não deve discutir as questões pedagógicas apenas com os professores, pois o pedagógico é também de interesse de todos os envolvidos com a situação escolar, melhor dizendo, sendo de interesse comum a toda comunidade escolar.

É no momento de estudo coletivo, ou seja, na Sala de Professor que devemos discutir os procedimentos didáticos contemporâneos, que nós professores precisamos conhecer e compreender.

Então, torna-se necessário que o professor entenda e aceite essas novas prática, as novas metodologias e as concepções e refletir sore a sua prática, está é sua vivência pedagógica, desta forma, ele pode compreender melhor a articulação entre os conceitos de trabalho, ciência e cultura, sobretudo, a partir da sua própria prática docente.

Hoje o professor precisa atualizar constantemente seu embasamento teórico, metodológico, dominar os pressupostos educacionais, de modo a fortalecer a ação pedagógica do professor, para que o mesmo, seja capaz de resolver problemas e atender necessidades que surgem durante a prática pedagógica, possibilitando intervir no processo ensino aprendizagem visando o seu sucesso e do aluno.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Celular na escola, uma necessidade da vida moderna

Iza Aparecida Saliés

http://www.izasalies.blogspot.com



O Prefeito de São Paulo proíbe o uso de celular na sala de aula das escolas municipais, louvável a atitude, pois, a educação precisa de limites, o que parece para a sociedade é que agora tudo pode, não obedecem mais as regras, acordos regimentos que possuem nas instituições de ensino.



A escola é o lócus do aprender, ensinar, formar, estudar, por isso é importante que o aluno concentre na leitura, nos estudos, prestar atenção na aula, tenha interesse, motivação, participe dos trabalhos de grupo e outras atividades que o professor utilize.



As novas tecnologias chegaram para facilitar a vida da humanidade, porém, em certo caso ela dificulta a convivência em determinados espaços coletivos, sei também que pode haver necessidade de comunicação da família com seus filhos, nesses casos, usar o telefone da escola e falar com pessoas responsáveis, assim tudo estará solucionado.



A escola, hoje enfrenta um grande problema, controlar o uso do celular na sala de aula, pois, além de desconcentrar o professor no momento da sua explicação, distrai o aluno que já tem dificuldade para participarem da aula, eles, ficam distraídos por qualquer motivo, e o celular é mais instrumento que provoca distração, passando a ser mais um motivo para desinteresse, sabemos que não são todos, mas, que atrapalha, atrapalha sim, sem dúvida.



Proibição isolada não funciona, mas, inibe o uso durante a aula.

Ainda é tarefa difícil para a escola: trabalhar o tema, os materiais didáticos e os conteúdos sobre sexo.

Iza Aparecida Saliés.

Constantemente estamos sabendo pela mídia, fatos desagradáveis sobre o trato do tema sexo, na escola, um dia é distribuição de livros indevidos ou dia é o professor que abordou o tema na sala de aula e o pai não gostou, e assim vai acontecendo as situações constrangedoras com muita freqüência seja ela por meio dos livros didáticos ou por abordagem de conteúdos.

Pipocaram situações dessa em todo lugar, mas recentemente ficamos sabendo do caso de São Paulo e Recife, os livros foram distribuídos com termos aparentemente inadequados, quando isso acontece às pessoas devem pensar que é intencional, não é o assunto é complexo, demanda quebra de tabus, mitos e resistências da sociedade. Abordar a sexualidade na escola não é uma tarefa fácil.

A sociedade brasileira parece liberal, mas, não é, carrega em suas tradições culturais um punhado de preconceitos e resistências no que diz respeito à discussão de temas de fundamental importância para ela. Neste caso, a questão sexual.

Digo isso, porque tive a oportunidade de desenvolver um Projeto de Educação em Saúde, para tratar sobre as doenças sexualmente transmissíveis, cuja finalidade era orientar os jovens do Ensino Médio a prevenção. Nós da educação, temos uma forma própria para abordar o tema na sala de aula, todo cuidado é pouco quando vai discutir sexo com os alunos e a saúde tem as suas especificidades técnicas que são primordiais para tratar do assunto, também.

Para a execução do Projeto havia necessidade de distribuir sobre o uso do preservativo, ou seja, a famosa camisinha, orientar com os alunos do Ensino Médio da rede estadual de ensino. Então, começou o grande dilema, precisávamos convencer os pais de que havia necessidade de trabalhar o assunto na escola, para depois disponibilizar o preservativo para eles.

Como estratégia de desenvolvimento do Projeto, o grupo resolveu elaborar um questionário para que os pais pudessem saber sobre o assunto de modo que as respostas pudessem dirimir ou sugerir possíveis encaminhamentos que atendesse os objetivos do trabalho. Ao elaborar o questionário surgiram sérias divergências no grupo, o pessoal da educação achava os termos utilizados pela saúde eram muito forte, trabalhar com assunto polêmico como este, exige um cuidado redobrado por parte da escola. A escola como espaço de ensino e aprendizagem, quando aborda um determinado assunto quer dizer que estamos tratando de formação para a vida, para o mundo.

A saúde lida com o tema sexo com a maior naturalidade, diz os termos técnicos com muita facilidade, pois estão tratando de um assunto de saúde pública, de prevenção de orientação. E para a educação, o assunto precisa ter um toque especial, ou seja, precisa ser trabalhado com preparo pedagógico, como formação e não como uma simples orientação sem fundamentação científica.

Lembrando o que ocorreu em Recife (PE) com Secretaria de Estado de Educação, que determinou o recolhimento de um livro de educação sexual distribuído a alunos da 4ª e 5ª séries da rede municipal de ensino, considerando que os pais de alunos consideraram a obra "obscena". Para os pais parece que é indecente, mas não é, o que acontece é que a sociedade não aborda o tema com seus filhos e não deixa que a escola faça.

Não culpo a educação e nem a saúde pelo fato ocorrido, precisamos entender que a linguagem e as ilustrações utilizadas pela saúde para explicar o assunto são essas, elas são únicas, não tem como falar sobre o assunto sem gerar polêmicas, a única forma de discutir sexo é explicar como ele é ao pé da letra. Mas, sem abordar de forma chula.

Será que a sociedade não deve pensar em assumir sua tarefa de orientar sobre a sexualidade para seus filhos? Estamos na modernidade, à tecnologia invadiu nossos lares, é fato consumado, errado ou certo, eles estão sabendo sobre o assunto, então, precisamos entrar num consenso, a sociedade e a escola, e decidir como discutir, indagar, questionar e formar nossos alunos para a vida, com conhecimentos formais que possam auxiliá-los nas decisões futuras.

É função da escola sim, mediar à inclusão do tema sexo no currículo de ensino, ou seja, como conteúdo escolar das diferentes disciplinas, para ser discutido na sala de aula, de modo a tornar as abordagens mais adaptáveis à situação didática do professor, pois, a pedagogia recomenda metodologias próprias e adequadas para tornar um assunto do cotidiano dos alunos numa abordagem também científica. Segundo César Coll (2000, p.12) a tentativa de ensinar conteúdos específicos não é intrinsecamente negativa, tudo depende de quais conteúdos se quer ensinar e, sobretudo, de como eles são ensinados e como eles são aprendidos.

Considerando a teoria da aprendizagem que Coll preconiza, há conteúdos que são abordados na escola são determinados assuntos ou saberes culturais que são discutidos nas atividades do dia-a-dia, em casa, nas rodas e no trabalho e são plenamente observados e absorvidos pela sociedade, como há também a assimilação de novos assuntos, ou seja, de novos conteúdos o que requer que as atividades educativas sejam planejadas de forma que possam ajudar os alunos a entender os saberes culturais que no momento são considerados de fundamental importância para a formação do jovem.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Dica de leitura: “O e-mail como gênero textual em sala de aula”

Dica de leitura : "O e-mail em gênero textual Como sala de aula "

Trabalho infantil em queda no Brasil

Trabalho infantil em Qaeda no Brasil

Jovem, construção social que precisa ser considerada pela escola

Iza Aparecida Saliés



Estudos mais recentes sobre a juventude apontam que a convivência deles nesta sociedade de diferentes paradigmas, provoca sérias reflexões sobre a atribuição da escola que temos, e conseqüentemente do tipo de Ensino Médio que estamos oferecendo.

Então! Que tipo de formação estamos oferecendo ao jovem? Qual é a relação dele com o saber escolar? O que estamos ensinando para eles?O que eles estão aprendendo?

Para Bernad Charlot, a escola não é para os jovens uma instância exclusiva de aprendizagem e socialização, e eles vivem em conflito com ela. A grande preocupação da escola está em saber lidar com esses jovens, conhecer suas necessidades, especificidades, diferenças.

Mesmo com a grande propaganda de ampliação do acesso à escolarização, a acolhida da escola não respondeu com sucesso o desejo da sociedade, temos na rede pública de ensino muitos alunos que reprovam e abandonam seus estudos. Segundo alguns estudos realizados por pesquisadores a baixa qualidade do ensino e a inadequação da escola aos jovens de cama populares, são os grandes vilões da escola que temos.

Deste a reforma do ensino médio, no Brasil que aconteceu no final dos anos 90 até hoje encontramos muitas escolas de Ensino Médio funcionando junto com o fundamental, sem estruturada própria para atender os jovens, ainda temos escolas comuns, sem identidade para jovem, são escolas que atende a educação básica toda, ou seja, todas essas etapas de ensino numa mesma escola e período, com pouco ou quase nada de atrativo.

Que jovens queremos?

Os jovens são portadores de um repertório cultura e social de conhecimentos, saberes, valores, atitudes, pouco respeitados pela família e pela escola. Esses atributos precisam ser respeitados, pois estes, não coincidem necessariamente com a cultura escolar e, em particular, com a Proposta Curricular do Ensino Médio, que se propõe a desenvolver.

Nós professores sabemos que é muito significativo para os jovens sentir protagonista do seu processo histórico social, por que não dizer, do seu processo ensino aprendizagem também, de maneira consciente, participativa, decisiva e negociadora. Quando eles participam de atividades e projetos sociais e pedagógicos, a vivência da prática deixa fluir comportamentos, atitudes inesperadas e deparamos com experiências valorosas de iniciativa deles.

Ao possibilitarmos aos jovens meios de expor seus desejos, sentimentos e criatividade precisam respeitar suas vontades, tempo e aceitação, assim sendo, certamente eles ficará mais motivada para a aquisição de novos saberes escolares. .

Adolescente triste, fala sério....

Iza Aparecida Saliés



Lendo o artigo do Professor Saint Bahls, pesquisador da Universidade Federal do Paraná, sobre os adolescentes, onde sua pesquisa fazia uma abordagem sobre o sentimento que os adolescentes estão apresentando, segundo dados apresentados os atuais adolescentes estão com sintomas de depressão, sentem tristeza.

Fique assustada com a informação, pensei como isso pode refletir na escola. Como nós professores vamos lidar com esse sentimento? Como ajudar os adolescentes a sair dessa?

Todas essas indagações, com certeza irão fluir nos meandros escolares, deixando a escola conflituosa, pois os efeitos desse sentimento, pode atrapalhar o dia-a-dia da sala de aula, momento em que as relações são efervescentes, calorosas, demandando preparo dos profissionais da educação para solucionar esse doloroso problema.

Como colaborar com os adolescente diante das exigências contemporâneas?

As pesquisas sobre adolescentes indicam que a necessidade de ser aceitos pelo grupo, deixa-os inseguros, ser aceito pelo outro significa que estou e sou da tribo, tudo isso, provoca neles sentimento de satisfação e prazer, e quando rejeitado, ia sim, surge à decepção, isso vai depender de como será aceito ou rejeitado pela turma.

Para o autor da pesquisa, esse sentimento surge em detrimento dos reflexos econômicos e sociais que vivemos, é nessa fase da vida que as necessidades aparecem, as competições, as comparações, como: o corpo sarado, a beleza, a conquista, o ficar e outros detalhes das especificidades deles, surgindo ai o sentimento de sofrimento uma vez não aceitam pelo e no grupo.

Cabe neste momento alertar os pais e a escola, que é preciso cuidar do sofrimento dos adolescentes, não podemos deixar passar despercebido, temos que ficar atentos quanto ao seu reflexo no humor e no comportamento deles, devemos também, verificar sua intensidade e permanência, de modo que possamos observar como os adolescentes estão lidando com essa nova forma de viver e conviver em grupo e como estão com seus pares.

Para que isso possa ser acompanhado pelos pais e pela escola a pesquisa sugere algumas dicas que poderão ajudar na observação do comportamento dos adolescentes, tais como:verificar se o adolescente está muito triste ou alegre, procurar saber o motivo; saber porque eles estão desinteressados por coisas que gostavam muito, sem mais sem menos perdem o entusiasmo por atividades diferentes, dificilmente demonstra prazer no grupo de amigos, há tendência ao isolamento, demonstra ausência de sentimentos, sensação de vazio, de vez em quando parece triste, agressivo (meninos), tudo isso acontece, sem motivo aparente.

Avaliação da aprendizagem, momento de ver, rever ou de reter?

Iza Aparecida Saliés



A avaliação é um momento privilegiado do ato de ensinar e aprender e deve estar presente em todas as etapas da aprendizagem. Esta é uma prática que deve ser feita pelos professores e alunos com se fosse uma ação de rotina, sem estabelecido tempo e condição para realizá-la.

Pois ela é parte integrante do envolvimento entre professor e aluno, posto que, a sua dinâmica deve servir de referencial para o ensino e a aprendizagem. A avaliação não pode ser compreendida como um instrumento de seleção, exclusão, perseguição, ou seja, que tenha a finalidade de reter o aluno, aquele que não conseguiu acompanhar as aulas do professor (não aprendeu) e sim para o professor refletir sobre sua prática pedagógica.

Segundo os PCNs. 1996 a avaliação é compreendida como um conjunto de atuações cuja função é subsidiar sugerir retomadas, indicar novos caminhos, novas metodologias, orientarem a intervenção pedagógica, quando necessária.

Assim sendo, a avaliação precisa ser continua, porém, quando houver necessidade de interrupção para rever práticas pedagógicas que não atenderam as demandas de aprendizagem do estudante, ai sim, o professor não só pode como deve, retomar seus procedimentos didáticos, ou instrumentos avaliativos, ou até mesmo rever conteúdos, metodologias.

O momento da avaliação deve ser entendido como uma relação que precisa acontecer, cujas finalidades precisam ser bem definidas. Como será? Avaliar o que? Como? De que forma? Por quê?

Esse acordo precisa ser estabelecido no inicio do ano letivo, antes mesmo da primeira avaliação, ou seja, investigação feita pelo professor, as partes interessadas no processo ensino e aprendizagem devem conhecer as regras do sistema de avaliação escolhido pelo conjunto da escola.

Finalizando quero concordar com Jussara Hoffman quando ela diz que a avaliação deve ser mediadora do processo ensino aprendizagem, assim sendo, o professor precisa repensar sua posição pedagógica, ter bom relacionamento com seus alunos, e conhecer a mediação e a interação.