quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Programa Escola Aberta integra 60 escolas em Mato Grosso

Redação 24 Horas News



Programa Escola Aberta (PEA) nasce em 2007, em 20 unidades de ensino da rede estadual e hoje chega a 60 escolas (Cuiabá, Várzea Grande e Baixada Cuiabana). Surge como um instrumento de integração escola/comunidade e é uma das ferramentas da educação para reduzir os índices de violências nas unidades escolares.

Realizado nos finais de semana, o programa se dá pela oferta gratuita de oficinas para a comunidade escolar, do bairro e entorno. São atividades nas áreas de cultura e arte - esporte, lazer e recreação, qualificação para o trabalho e geração de renda, além de formação educativa complementar. Os cursos são definidos pela comunidade com oficineiros da região.

Também integram a equipe do PEA um coordenador escolar e professores comunitários, referenciados pela Gestão da escola. Eles atuam na coordenação e organização do programa na escola, bem como o supervisor/monitor designado pela sede da Secretaria de Estado de Educação para o acompanhamento. Todos são voluntários.


Bela Vista

A Escola Estadual Bela Vista, no bairro Bela Vista, em Cuiabá, foi uma das primeiras unidades a implantar o programa. Ela está localizada numa região considerada pelas autoridades de segurança como violenta e de grande vulnerabilidade social. Porém, o projeto confere ao local o “status” de Campo Neutro.

A professora Eliane Digigov é coordenadora pedagógica da escola e responsável pelo programa realizado aos sábados e domingos na unidade. Eliane é taxativa ao afirmar que a Escola Aberta ganhou o “respeito de toda a comunidade”.

Nessa escola são ofertados cursos de dança de salão, manicure, culinária, capoeira, informática, sem contar a utilização do espaço da quadra, que é liberado para práticas desportivas como futebol, vôlei e basquete. Para o público infantil há uma oficineira recreadora que coordena a distribuição de brinquedos e jogos (quebra-cabeça, bingo, pintura, pebolim, ping-pong e outros) e orienta os participantes. “É um espaço para distração e aprendizado, para os pais que quiserem conhecer informática, aprender a cozinhar e fazer unhas”, diz Eliane. Na avaliação da Coordenadora, o projeto facilita o relacionamento com a comunidade.

O designer gráfico Cleverson Durigão, que é oficineiro instrutor digital na escola disse que “é uma oportunidade de produzir algo últil e prazeroso no tempo livre”. O estudante Newton Santos Leque, 18 anos, oficineiro dançarino, afirma que “são algumas horas para aprimorar o conhecimento artístico”. E para Eulina Isabeli, 14 anos “é um período de aperfeiçoamento e possibilidade de ganhar um dinheiro extra, caso decida fazer da manicure um hobby lucrativo

Segundo o professor Guilherme Luis Costa, técnico da Seduc (um dos seis supervisores monitores do programa) “os resultados são termômetro para a continuidade do programa”. Ele explica que por meio do Comitê Metropolitano, fórum de representantes das escolas do PEA, promovem a troca de experiências, informações e proposições ao programa. "Em 2009, a avaliação geral identificou maior participação das famílias nas escolas, o aumento do compromisso da comunidade com a escola, maior participação dos alunos nas atividades pedagógicas e respeito dos alunos ao patrimônio público".

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