terça-feira, 10 de abril de 2012

MT- Pesquisa regional promove integração na escola Meninos do Futuro

Pontos tradicionais da cuiabania (igreja de Nossa Senhora do Rosário e Paróquia de São Benedito), as danças Siriri e Cururu, músicas tradicionais, a comida típica, o folclore da Capital, peça teatral, exposição fotográfica e um livro de receitas. Essas foram algumas das obras apresentadas nesta terça-feira (10.04) pelos alunos da Escola Estadual Meninos do Futuro na finalização do projeto pedagógico que abordou os temas Páscoa e Cuiabá. A programação integrou cerca de 140 estudantes da unidade escolar instalada no Centrosocioeducativo de Cuiabá.

Práticas educativas com ações de valorização da identidade dos sujeitos integram o currículo da unidade escolar. “Nossas ações não se limitam a esse espaço físico. A proposta é possibilitar a integração, de fato. Essa atividade possibilitou, por exemplo, que os estudantes aprendessem a fazer o furrundu, um doce típico. Durante a aula, um dos alunos disse que vai trabalhar com os pais com essa prática. Ou seja, possibilitamos a geração de renda a uma família”, comemora o diretor da unidade Anísio José Guimarães.

Toda a construção dos projetos é interdisciplinar. “As atividades diferenciadas são sempre bem-vindas”. O projeto educativo teve início no mês de março e a unidade escolar já se prepara para mais uma prática pedagógica, dessa vez em homenagem aos dias das mães e dos pais.

“A educação transforma”. A frase da secretaria-adjunta de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT), Fátima Resende, é a premissa do trabalho que movimenta os 31 profissionais da escola estadual. “Nosso grande desafio é fazer com que esses meninos e meninas saiam daqui e deem continuidade aos estudos, que eles terminem o ensino básico e se esforcem para entrar numa faculdade”. A professora ainda citou que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) é parceira constante no desenvolvimento das ações pedagógicas de promoção de reintegração.

Apesar de tímido, o estudante G.I.S., de 17 anos, conta que venceu a barreira e juntamente com um colega trabalhou na composição de um Rap que enfocou as belezas da Capital. “Gostei de participar da atividade“, finaliza. A novidade deste ano foi a integração promovida pelo projeto pedagógico que uniu alas diferentes (centro acautelatório e internação) para assistirem as apresentações culturais, que teve como mestre de cerimônia um estudante de 17 anos.

Mais Educação

Associado ao currículo escolar, o Programa Mais Educação oferta aulas de música, futsal, letramento, artesanatos a comunidade no contraturno as atividades da escola estadual. “Aqui todos são alunos e não infratores. Há troca constante aqui dentro. O respeito é mútuo, o que você semeia tem de volta”, diz o professor de música do Projeto Mais Educação, Marcos Silveira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário