quarta-feira, 11 de abril de 2012

MT- Seduc "dribla" Lei e compra R$ 8 milhões em móveis de empresa do presidente da Fiemt

CLÁUDIO MORAES
Da Editoria

A Seduc (Secretaria de Estado de Educação) contratou no último dia 02 de janeiro a empresa Milanflex Indústria e Comércio de Móveis e Equipamentos Ltda para fornecer mobiliário para escolas da rede básica por R$ 8,059 milhões. O polpudo contrato será executado até o mês de novembro deste ano.

De acordo com informações levantadas por O Documento, a empresa Milanflex particamente monopoliza as licitações no Governo de Mato Grosso para o fornecimento de móveis. Um dos sócios da empresa é Jandir José Milan, atual presidente da Fiemt (Federação das Indústrias de Mato Grosso).

Milan começou a atuar fortemente no palácio Paiaguás, a partir de 2003 quando o atual senador Blairo Maggi (PR) foi eleito governador de Mato Grosso. A partir daí, o empresário. respaldado pelo amigo pessoal e ex-candidato a prefeito de Cuiabá, em 2008, e Governo do Estado, em 2010, Mauro Mendes (PSB), conseguiu “abocanhar” contratos para o fornecimento de móveis e também de fornecimento de mão de obra e sistemas através de outra empresa, a Ábaco.

Como forma de retribuição da “gentileza”, Jandir Milan sempre atuou fortemente nas campanhas de Mauro Mendes. Em todas, ele foi o coordenador financeiro. Drible

Para que a Milanflex conquistasse o milionário contrato, a Seduc usou uma “manobra e brecha” da Lei de Licitações, que possui legalidade, mas representa uma imoralidade. Ao invés de promover um pregão e aumentar a concorrência com empresas do setor, a Seduc resolveu aderir a uma ata de preços do Ministério da Educação.

Portanto, logo no início do ano, o empresário ganhou literalmente um “presente de ano novo”. Aliás, o contrato está assinado pelo secretário estadual de Educação, Ságuas Moraes Souza.

A chamada “carona” em licitações usada constantemente pela Seduc já foi alvo de questionamentos na Assembleia Legislativa. No ano passado, o presidente do Legislativo, deputado José Riva (PSD), questionou a compra de ar-condicionados através de uma adesão ao registro de preços de uma empresa do Nordeste.

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