domingo, 30 de setembro de 2012

Reprodução da capa do livro "Caçadas de Pedrinho"I


 
A reunião realizada nesta terça-feira (25) no MEC (Ministério da Educação) para discutir a polêmica sobre racismo no livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, terminou sem acordo. Segundo o MEC, as informações da reunião serão encaminhadas para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, que deverá decidir sobre o tema. Fux já havia indicado que o caso seria julgado pelo plenário do STF se o novo encontro não terminasse com o acordo entre as partes.

O advogado Humberto Adami, do Iara (Instituto de Advocacia Racial e Ambiental), disse que não houve acordo porque o MEC não teve nenhuma mudança de postura. “Eles passaram apenas a falar sobre suas políticas, mas não mostraram nada que avançasse nas negociações. Não fizeram nenhuma proposta de fato”, afirmou.

O advogado disse que um dos meios de terminar a reunião de forma positiva seria com o MEC firmado um acordo sobre a capacitação de um maior número de professores na disciplina de “Relações Étnico-Raciais” e o aprimoramento das notas técnicas que acompanham as obras.

O MEC afirmou, em nota, que se mantém contra a censura à obra de Monteiro Lobato. Diz a nota: “O MEC, baseado em parecer do Conselho Nacional de Educação, entende que uma nota explicativa nas edições futuras é instrumento suficiente para contextualizar a obra”.

Ainda de acordo com a nota, Cláudia Dutra, da Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão) disse que “entre 2006 e 2012, foram formados mais de 139 mil professores e a demanda da área [educação etno-racial] para os próximos dois anos é de 56 mil profissionais e o MEC assumiu o compromisso da expansão dos programas de formação”.

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