quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Viva o idoso!

Nossa sociedade vem experimentando uma série de mudanças de parâmetros, nem sempre benéficas ao seu desenvolvimento. Talvez seja reflexo do que se entenda por democracia. Em meu humilde prisma, enxergo alguns valores como imutáveis, soberanos.
Nossa sociedade vem experimentando uma série de mudanças de parâmetros, nem sempre benéficas ao seu desenvolvimento. Talvez seja reflexo do que se entenda por democracia. Em meu humilde prisma, enxergo alguns valores como imutáveis, soberanos. Sua preservação representa uma estratégia de boa política que mantém o rumo certo para crescermos enquanto coletividade.

Hoje no Brasil é comemorado o Dia do Idoso. Pela Organização Mundial da Saúde, os integrantes da terceira ou melhor idade são, nos países desenvolvidos, aqueles com mais de 65 anos e, nos países em desenvolvimento, quem estiver acima dos 60. O nosso Estatuto do Idoso criado pela Lei no 10.741, de 1º de outubro de 2003, em seu primeiro artigo, abarca o segundo grupamento.

Muito mais que comemorar, hoje, porém, temos que refletir. Vivemos um estado onde as normas pouco são cumpridas. O cidadão em letargia, assiste a verdadeiros espetáculos de tragédia social, onde pode acontecer de tudo. Tendo a corrupção como protagonista recidivante, o nosso povo não perde um episódio da dramática luta nacional contra os absurdos que se revezam na política. Temos lei para tudo. Nossa Constituição Federal é uma das mais extensas e belas do mundo. Mas enquanto sobram letras, falta eficácia.

O mesmo estatuto que garante o tratamento digno ao idoso, com prioridades diversas, mormente na Saúde, permanece de mãos atadas frente ao descaso do Estado que os reservam gigantescas filas nas policlínicas e nas farmácias, aguardando atendimento médico e remédio para hipertensão, reumatismo e tudo o mais peculiar da faixa etária se a morte não os receber primeiro. O mais triste é que vemos esta vencer a corrida contra o tempo cada vez mais frequentemente. Alguma coisa tem que ser feita para que estes nossos queridos e honrosos ancestrais sejam senão venerados, pelo menos homenageados com o devido valor.

Meus maiores amigos foram ou são idosos. Sempre gostei de conversar com gente experiente. Meus pais são idosos, meu padrinho Pitu, meu saudoso professor de violão e confidente, Militino Scalas era idoso, Padre Firmo, dr. Ivan Griggi, os meus mestres da Medicina e do Direito, como dr. José Alberto Alves e dr. Heliodório, também eram. Sempre estou na roda de algum deles ouvindo muito e falando quase nada. Mais que sábio, isso é bíblico!

Para não estragar a festa, comemoremos a data com muita alegria, muitos netos em volta, música e talvez uns passos de dança, sem exagero que é para não acordar entrevado amanhã... Vamos esquecer por uns instantes os problemas e as injustiças sociais. Parabéns aos nossos amáveis senhores e senhoras! Que Deus e Santa Terezinha do Menino Jesus, cuja data também é relembrada pelos católicos, os cubram de bênçãos!

A nós, seus aprendizes, fica a obrigação cidadã de sempre protegê-los, retribuindo o que fizeram com amor anos atrás. Mais que um dia, devemos a eles todos os dias de nossas vidas!

Viva o idoso!

DR OJEDA - médico e advogado em Cuiabá.


 

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