sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Site disponibiliza 14 mil livros digitais para escolas e bibliotecas


Para popularizar a leitura entre os brasileiros, a Árvore de Livros oferece 14 mil eBooks de mais de 100 editoras diferentes para instituições de ensino e bibliotecas. Por meio de assinatura mensal, a ideia é ampliar o acesso às publicações criando acervos digitais customizados. A plataforma também gera relatórios sobre os hábitos de leitura dos usuários.

Cada instituição tem acesso a todas as obras e também pode fazer uma seleção das publicações que deseja disponibilizar, personalizando sua própria “árvore”. Os livros já vêm categorizados por faixa etária e gênero. Os usuários têm login e senha próprios e todo projeto possui um gestor, que recebe relatórios sobre os títulos lidos pelos cadastrados.

Um professor, por exemplo, pode acompanhar o avanço nas leituras de seus alunos por meio de gráficos que mostram, inclusive, o tempo que um determinado estudante gastou em cada parte do livro ou se deixou alguma para trás. “Com esse controle, é possível identificar dificuldades que o aluno apresente, como déficit de atenção”, explica João Leal, sócio-fundador e diretor de operações da empresa. O educador pode, ainda, usar a plataforma para recomendar bibliografia e propor exercícios online a fim de avaliar interpretações sobre as leituras.

Por se tratar de edições digitais, é possível fazer marcações e alterar o tamanho da letra. Além disso, os usuários podem interagir entre si para comentar obras e tirar dúvidas. Há, ainda, o recurso da tradução para Libras, possibilitando que pessoas com deficiência auditiva possam, também, usufruir da plataforma. Os eBooks podem ser acessados de qualquer dispositivo – computadores, tablets, celulares –, mesmo offline.

Lançada em abril de 2014, a Árvore de Livros já firmou parceria com a Associação Brasileia dos Municípios e está presente em 350 bibliotecas públicas do país. “Em uma dessas instituições, a facilidade de acesso aos livros elevou a média de leitura dos frequentadores para 14,4 títulos por ano, enquanto a média nacional é de dois. Agora é a vez das escolas”, conta o diretor de operações.

Os pacotes da Árvore de Livros variam conforme o número de usuários, com preços entre R$ 2,50 e R$ 9,90 mensais por cadastrado. A meta é começar o ano atendendo dez redes municipais de ensino e escolas privadas melhor classificadas no ENEM, além de alcançar mil bibliotecas públicas.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

A questão da Secretaria de Cultura

SEBASTIÃO CARLOS
Se a proposta para a extinção é motivada por sua inoperância, isto merece uma discussão mais aprofundada




Volto a tratar da possibilidade levantada sobre a permanência ou não da Secretaria de Cultura no quadro da administração estadual do futuro governo. Todavia, não sem antes dizer que a questão da Secretaria de Cultura não é ainda a questão da Cultura no Estado de Mato Grosso. O órgão oficial gestor é tão somente um dos aspectos que envolvem o fazer cultural como um todo, pois este tem uma abrangência bem maior e superior.











Esta é uma situação que se impõe fique bem clara desde sempre. O órgão cultural oficial deve ser apenas um instrumento estimulador e animador da ação cultural, nunca o elemento balizador e orientador daqueles que tem, na atividade cultural, sua ação primordial, em quaisquer dos diversos segmentos em que se desdobram as linhas da arte e do pensamento reflexivo. A admitir um papel de absoluta preeminência ao órgão de cultura oficial, estaríamos aceitando igualmente uma ação interventora numa área, a da criação, que, mais que nunca, deve ser inquestionavelmente livre e independente.
"Prefiro imaginar que a proposta de fusão, ou extinção, passa muito mais pelo real desconhecimento do papel a ser cumprido – sublinho, a ser cumprido - pelo órgão oficial da cultura, do que por uma indisfarçada má vontade contra a cultura e pelo que ela significa"

Mas, retornando à hipótese de “fusão” da Secretaria, que na realidade significa a sua extinção, levantada pela equipe de transição, tal serviu para demonstrar que, infelizmente, existe o desconhecimento não apenas da função constitucional do ente estatal, mas igualmente sobre o real e vital papel que exerce a cultura no mundo contemporâneo.

Os órgãos oficiais de cultura, nos três níveis da administração pública, têm como um dos seus objetivos primaciais, estimular um dos fatores dos mais importantes para o desenvolvimento sócio econômico de uma nação. Se entendermos, como é o correto, a cultura como irmã siamesa do processo educacional, se verá que a presença do governo como estimulador e dinamizador da produção cultural é extremamente necessária. Esquecer esse princípio basilar será o mesmo que defender a retirada do Estado como mantenedor e garantidor da escola pública gratuita.

Prefiro imaginar que a proposta de fusão, ou extinção, passa muito mais pelo real desconhecimento do papel a ser cumprido – sublinho, a ser cumprido - pelo órgão oficial da cultura, do que por uma indisfarçada má vontade contra a cultura e pelo que ela significa. Tal hipótese, a ser concretizada, representará um retrocesso amplamente inconcebível num governo que se pretende atual, modernizador e democrático.

Prefiro entender que a iniciativa para esse reordenamento administrativo tenha sido motivada apenas pelo que se refere à questão orçamentária. Então, rebato tal argumento. É sabido que a Secretaria de Cultura é um dos órgãos de primeiro escalão, talvez, de menor orçamento.

A SEC tem a insignificante dotação de menos de meio por cento do orçamento do Estado, com o qual mantém os museus (Histórico, de Artes, de Arqueologia, de Arte Sacra e, ainda do Cine Teatro Cuiabá), os intercâmbios e convênios, os investimentos nos projetos culturais, o chamado Proac: Programa de Apoio à Cultura, e ainda as despesas com a folha de pagamento e de custeio. Vale dizer, bem inferior, ao que na prática seria necessário para implementar tarefas importantes numa área geográfica imensa como a de Mato Grosso. Mas, não exclusivamente por isso.

Se, no entanto, a proposta para a extinção é motivada por sua inoperância, omissão ou desvirtuamento de função, isto já merece uma discussão mais aprofundada. De todo modo, a sugestão do comitê de transição teve o inegável mérito de provocar o debate sobre a função e a atuação do órgão oficial de cultura do Estado. Porque, é preciso que se diga, e acredito que a maioria das pessoas preocupadas com a questão igualmente assim pensa, se somos contra a extinção da Secretaria de Cultura, somos igualmente contra a que ela permaneça com a atuação que até agora vem tendo.

Defender a sua permanência é também advogar que tanto ela, como o Conselho Estadual de Cultura, passe por uma reforma, digamos, seja submetida a uma repaginação para que tenha uma dinâmica nova, que seja convocatória dos diferentes segmentos sociais e culturais, tendo como fundamento uma política cultural abrangente, moderna, democrática. Voltarei ao tema.

SEBASTIÃO CARLOS GOMES DE CARVALHO é advogado, professor, e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás.

Cuiabá e Campinápolis têm o melhor e o pior IDHM de Mato Grosso, segundo o Pnud

De Brasília - Vinícius Tavares
Foto: Reprodução
Atlas mostra descompasso no desenvolvimento regional no Estado
Atlas mostra descompasso no desenvolvimento regional no Estado


O Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM) em Mato Grosso, obtido através da análise da renda, da escolaridade e da longevidade das populações urbanas e rurais, colocou Cuiabá e Campinápolis em colocações opostas no Atlas do Desenvolvimento Humano divulgado nesta segunda-feira (29.7) pelo Programa Das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Enquanto a capital aparece com o melhor índice, com 0,785 pontos, a cidade do Araguaia desponta entre as três piores do Estado, com índice de 0,538 pontos. Também em situação preocupante estão Nova Nazaré (0,595) e Porto Estrela (0,599).

Estes três municípios são os únicos do Estado com IDH na penúltima das quatro faixas da análise, com índice que variam de 0,500 a 0,599 e que é sinalizado no mapa do Pnud com a cor laranja.

Ou seja, Porto Estrela está a apenas 0,001 ponto de alcançar a média da cor amarela, onde se concentra mais de 60% dos municípios do Estado. Seguindo este raciocínio, Cuiabá está a 0,015 pontos de alcançar o IDHM da faixa azul, onde a pontuação varia de 0,800 a 1.

Ainda na ponta de cima da tabela, aparece em segundo lugar o município de Lucas do Rio Verde (0,768), seguido de Nova Mutum (0,758), Sinop (0,754), Primavera do Leste (0,752) e Campo Verde (0,750).

Confira abaixo a lista dos municípios do Estado com melhor IDHM:

Cuiabá                                         (0,785)
Lucas do Rio Verde                   (0.768)
Nova Mutum                                (0.758)
Rondonópolis                             (0,755)
Primavera do Leste                   (0,752)
Campo Verde                             (0,750)
Barra do Garças                         (0,748)
Sorriso                                         (0,744)
Campos de Júlio                       (0,744)
Santa Rita do Trivelato             (0,735)
Jaciara                                         (0,735)
Várzea Grande                          (0,734)
Pontal do Araguaia                   (0,734)
Campo Novo do Parecis         (0,734)
Sapezal                                       (0,732)
Tangará da Serra                      (0,729)
Água Boa                                    (0,729)
Ipiranga do Norte                      (0,727)
Araputanga                                 (0,725)
São José dos Quatro Marcos   (0,719)
Conquista D’Oeste                     (0,718)
Diamantino                                  (0,718)
Matupá                                          (0,716)
Torixoréu                                      (0,716)
Juína                                             (0,716)
Santa Carmem                           (0,715)
Tapurah                                        (0,714)
Nova Santa Helena                    (0,714)
Juscimeira                                   (0,714)
Alta Floresta                                 (0,714)
Colíder                                          (0,713)
Itanhangá                                    (0,710)
Cáceres                                        (0,708)
Rio Branco                                  (0,707)
Guiratinga                                   (0,705)
Alto Taquari                                (0,705)
Mirassol D’Oeste                        (0,704)
Nova Xavantina                          (0,704)
Alto Araguaia                              (0,704)
Arenápolis                                   (0,704)
Nova Marilândia                         (0,704)
Pontes e Lacerda                       (0,703)
Guarantã do Norte                      (0,703)
Nortelândia                                  (0,702)
Marcelândia                                 (0,701)
Alto Garças                                  (0,701)

Atualizada às 11h46

Educação melhora, mas Cuiabá segue com o oitavo melhor IDHM das regiões metropolitanas


Da Redação - Wesley Santiago


O Vale do Rio Cuiabá (composto por Cuiabá, Santo Antônio do Leverger, Nossa Senhora do Livramento e Várzea Grande) ficou na oitava posição do ranking de IDHM (Indício de Desenvolvimento Humano de Municípios), com um índice de 0,767. A lista com as 16 regiões metropolitanas do país foi divulgada nesta terça-feira (25). A educação foi o ponto que mais cresceu.

O ranking foi divulgado no Atlas do Desenvolvimento Humano, lançado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) em parceria com o Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), órgão ligado ao governo federal, e a Fundação João Pinheiro. A escala do índice vai de 0 a 1, quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho.

De acordo com o levantamento, o IDHM do Vale do Rio Cuiabá (dados de 2010) foi de 0,767, considerado alto. A população da região é de 833.766 habitantes, o que representa uma densidade demográfica de 38.70 habitantes por km². O número revela um crescimento, já que em 2000 o IDHM era de 0,668.

O principal ponto onde a região cresceu foi na educação. Em 2000, o índice era de 0,533, já em 2010 houve uma significativa melhora e o índice ficou em 0,700, A longevidade também melhorou e passou dos 0,766 (2000) para 0,834 (2010). A renda teve uma pequena melhora e foi de 0,729 (2000) para 0,773 (2010).

Ainda segundo os dados, 88,46% das crianças de 5 a 6 anos estão frequentando a escola, enquanto 85,26% dos que tem de 11 a 13 anos estão frequentando os anos finais do ensino fundamental. 66,23% dos alunos de 15 a 17 anos tem o ensino fundamental completo e 48,17% (18 a 20 anos) tem o ensino médio completo.

A pesquisa mostra ainda que na região metropolitana de Cuiabá, a expectativa de vida ao nascer passou dos 71 (2000) para 75,1 (2010) anos. A renda per capita foi de R$ 746,19 (2000) para R$ 984,91 (2010). Somando-se todos estes fatores, o Vale do Rio Cuiabá ficou na oitava posição. Nesse ranking, o maior IDHM é 0,794 (São Paulo) e o menor é 0,720 (Manaus).

Os números ainda apontam que 50,75% da população são de mulheres e que 96,06% dos moradores do Vale do Rio Cuiabá vivem em área urbana. 71,05% tem de 15 a 64 anos, enquanto que 23,82% são menores de 15 anos e 5,13% tem 65 anos ou mais.  A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) passou de 24,7 por mil nascidos vivos, em 2000, para 15,3 por mil nascidos vivos, em 2010. Outros pontos podem ser conferidos 

Educação ambiental


Autor: Marilea Cristina Coelho de Souza


Educação ambiental é uma novidade da educação, já praticada em alguns países, foi proposta em 1999 no Brasil, tem o objetivo de disseminar o conhecimento sobre o ambiente. Sua principal função é conscientizar à preservação do meio ambiente e sua utilização sustentável. Pode ser incluida como uma disciplina.

 É uma metodologia de análise que surge a partir do crescente interesse do ser humano em assuntos como o ambiente devido às grandes catástrofes naturais que têm assolado o mundo nas últimas décadas.

 No Brasil, a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente, não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis. Mais do que um segmento da Educação, a Educação em sua complexidade e completude.

 A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. A Lei N° 9.795 – Lei da Educação Ambiental, em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
 
A educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente. Ela tenta superar a visão antropocêntrica, que fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo esquecendo a importância da natureza, da qual é parte integrante.Desde muito cedo na história humana para sobreviver em sociedade, todos os indivíduos precisavam conhecer seu ambiente. "A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa têm a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os seres humanos estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. "A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida.
 
"Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade."
 
Art. 1o da Lei no 9.795 de abril de 1999
 
"Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política."

 Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN - sugerem que o tema meio ambiente seja de cunho transversal.
 
Os problemas causados pelo aquecimento global obrigaram o mundo a refletir sobre a necessidade de impulsionar a educação ambiental. O cenário é muito preocupante e deve ser levado a sério, pois as consequências vão atingir a todos, sem distinção.
 
Aquele que prática a educação ambiental no âmbito de ensino, é conhecido como Educador ambiental e não necessariamente trata-se de um professor. Qualquer indivíduo da sociedade pode-se tornar um educador ambiental desde que tenha seu trabalhado voltado aos temas ligados.

Marilea Cristina Coelho de Souza – Tecnologo Gerenciamento de Serviços Executivos.
Lindimar Regina de Souza Oliveira – Especialista em Psicopedagogia e Licenciada em Letras.
Maria da Gloria de Souza Neta – Especialista em Psicopedagogia e Licenciada em Pedagogia.