sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Cerca de 4,7 mil candidatos prestam vestibular da Unemat

Redação 24 Horas News

Aproximadamente 4,7 mil candidatos irão realizar as provas do vestibular da Unemat e do Curso de Formação de Oficias do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar (CFO/MT), aplicadas nos dias 16 e 17 de setembro, em 10 cidades do Estado.

Os inscritos devem ficar atentos aos horários. No domingo (16.09), as provas acontecem das 13h às 17h, e na segunda-feira (17.09), das 8h às 12h, horário oficial de Mato Grosso. A consulta ao local está disponível no endereço eletrônico www.unemat.br/vestibular.

O vestibular compreende duas fases, realizadas em etapa única. No primeiro dia haverá provas de Física, Biologia, Matemática, Geografia e Língua Estrangeira e no segundo dia, questões de Química, História, Língua Portuguesa, Literatura e Redação.

Além do exame intelectual, a seleção para o CFO inclui realização de avaliação física, psicológica, médica e odontológica, entrega dos documentos referentes à investigação social, apresentação para ingresso na instituição e matrícula no Curso de Formação de Oficiais.

Vagas

São oferecidas 500 vagas para a Unemat, para os cursos de História, Matemática, Química, Comunicação Social, Letras, Administração e Computação. Já o curso de formação de oficiais do Corpo de Bombeiros disponibiliza seis vagas e a Polícia Militar, 30 vagas.

O curso mais concorrido foi o CFO da Polícia Militar. São 619 inscritas, representando 206 candidatas do sexo feminino para cada vaga ofertada. Também foram registrados 2.812 homens inscritos, uma relação de 104,15 candidatos/vaga. Já para o Corpo de Bombeiros Militar são 62,00 candidatas/vaga e 57,80 candidatos para cada vaga destinada para homens.

Dentre os cursos oferecidos nas modalidades diferenciadas da Unemat, os mais disputados são de Licenciatura em Computação em Sinop (5 candidatos/vaga), seguido de Administração em Sorriso (4,26).

Trabalhadores da Educação reclamam de falta de internet nas escolas de MT

Pau e Prosa Comunicação
A ausência da internet é o problema mais recente enfrentado pelos professores e estudantes da rede estadual de Mato Grosso. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), a falta de controle por parte da Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT) sob os recursos da pasta tem aprofundado as medidas economicistas, atingindo os direitos dos trabalhadores da educação e o processo pedagógico nas escolas.
A secretária-geral do Sintep/MT, Jocilene Barboza dos Santos, destaca que apesar de a Seduc/MT não ter assumido, existe a possibilidade das contas não terem sido quitadas. A carência dos serviços pode ser a ausência de pagamentos, pois o descaso com a educação tem sido frequente. “Até mesmo a própria Seduc/MT está enfrentando problemas com o corte na internet e telefone. Esse é mais um sinal da precarização da educação no Estado”.

A sindicalista detalha que municípios como Rondonópolis, Itiquira, Alta Floresta, Pontes e Lacerda, Várzea Grande e Cuiabá já fizeram reclamações junto ao Sintep/MT devido à falta dos serviços. “A situação pode gerar um caos ainda maior, pois os diários dos professores são eletrônicos, os mesmos já enfrentavam problemas com a lentidão do sistema e com o aumento no volume de dados, e o grande número de acesso simultâneo o sistema poderá travar dificultando, dessa forma, ainda mais o serviço”.

O secretário de Formação do Sintep/MT e membro da Regional Sul I, João Eudes Anunciação, informou que no município de Rondonópolis, estudantes e professores de 35 escolas estão enfrentando dificuldades com a falta de internet. “A situação tem dificultado até mesmo a comunicação com os órgãos estaduais e municipais”, explica o sindicalista que ainda ressalta os prejuízos no aprendizado dos alunos. Em relação às atividades administrativas, João Eudes detalha que os poucos computadores dos laboratórios de informática, que ainda possuem o serviço de internet, estão sendo utilizados para realização de serviços burocráticos.

O Sintep/MT critica a falta de autonomia financeira da Seduc/MT e a centralização da arrecadação estadual na Conta Única gerenciada pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), que retira volumes significativos de recursos da Educação.  

MT - Governo discute preparativos das Olimpíadas Escolares 2012

Redação 24 Horas News
O planejamento geral das Olimpíadas Escolares 2012 entrou em pauta durante reunião do secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, com representantes de secretarias e órgãos públicos estaduais e municipais na tarde de quarta-feira (12.09).
“Esse evento, que reunirá cinco mil participantes, servirá de modelo para a preparação da Copa do Mundo de 2014”, observou Lacerda. Os jogos serão realizados de 25 de novembro a 08 de dezembro, em Cuiabá, e irão reunir adolescentes de 15 a 17 anos. 

Os pontos fundamentais da infraestrutura do evento, como sistema de transporte, segurança, atendimento médico (saúde), educação, cultura, turismo, obras, de responsabilidade dos órgãos públicos estaduais e municipais, para garantir o bom funcionamento da estrutura que vai receber atletas e demais visitantes, foram discutidos. 

MT - Inscrições para mestrado em zootecnia começam em outubro

Só Notícias
 
O Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Sinop, abre no dia 22 de outubro o período de inscrições para o curso de mestrado em zootecnia 2013, nas linhas de produção animal; melhoramento genético e reprodução animal; nutrição e alimentação animal. A taxa é de R$ 100 e o prazo encerra no dia 9 de novembro.

Ao todo são 16 vagas. Os interessados deverão procurar a coordenação do Programa de Pós-graduação em zootecnia do campus com as fotocópias autenticadas do diploma e do histórico escolar do curso de graduação, curriculum-vitae documentado (modelo Lattes/CNPq), fotocópias autenticadas da documentação pessoal, e duas fotos 3x4 recentes. Os candidatos residentes fora de Sinop poderão solicitar inscrição mediante procuração ou via Sedex, postada nos Correios até o dia 1º de novembro.

O processo de seleção será realizado por meio de análise da documentação, prova escrita e de língua estrangeira (ambas no dia 3 de dezembro), arguição e análise do currículo e histórico escolar. O resultado final será divulgado no dia 12 de dezembro. Os candidatos selecionados deverão confirmar a matrícula entre os dias 4 a 8 de março de 2013. O início das aulas está previsto para o dia 18 de março de 2013.

O curso tem duração mínima de 12 meses e máxima de 24 meses.

Governo vai aumentar velocidade da internet em escolas públicas

Redação 24 Horas News 
 
O governo decidiu aumentar a velocidade da internet em parte das 18 mil escolas públicas de ensino médio do Brasil. Os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e das Comunicações, Paulo Bernardo, se reuniram na quarta-feira com as operadoras de telefonia fixa que participam do programa chamado "Banda Larga nas Escolas" e com as empresas de celular discutindo o assunto. As informações são do jornal O Globo.

A velocidade da internet nas escolas atualmente é de 2 megabytes por segundo (Mbps), o que é insuficiente para atender as instituições de maior porte, que têm até dois mil alunos. Segundo Paulo Bernardo, um mapeamento está sendo feito para ver onde é necessário aumentar a velocidade da banda larga. De acordo com ele, o Ministério da Educação (MEC) já sabe quais são as de maior porte e o objetivo é de que a partir do início de 2013 a internet de maior velocidade já esteja em funcionamento nestes estabelecimentos de ensino.

Educação e Ministério Público capacitam 54 voluntários

Redação 24 Horas News  
Um pulmão inflável gigante - com 300 metros quadrados - com espaços especialmente destinados ao debate e a conscientização sobre os malefícios causados pelas queimadas, o tabagismo e o uso do fogão á lenha, será o principal ‘ingrediente’ do programa Mato Grosso Sem Fumaça, que treinou na tarde dessa quinta-feira (13.09), na sede das Promotorias, 54 estudantes universitários, profissionais da saúde e da educação que irão desempenhar o papel de sensibilizadores durante a visitação á estrutura.

De acordo com a a coordenadora do Projeto Mato Grosso sem Fumaça e gerente de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Educação, Giselly Gomes, o inflável permanecerá á disposição da sociedade pelo período de dez dias, no pátio da Universidade Federal de Mato Grosso. “Do lado de fora também serão realizadas oficinas e apresentações relativas à temática. Empregaremos vertentes diferenciadas para sensibilização do público”, explicou.

Para a promotora de Justiça que atua na defesa do Meio Ambiente Ana Luíza Ávila Peterlini de Souza, somente a educação é capaz de transformar. “Vivemos em um Estado que tem como fonte de economia o trabalho da agropecuária, da exploração da terra. Isso, indiscutivelmente, termina provocando desmatamento e queimadas e nada melhor do que educar nossas crianças para que sensibilizem, convençam seus pais, avós sobre os malefícios dos atos desproporcionais”, pontua.

Tópicos como educação ambiental, doenças respiratórias, legislação ambiental, fizeram parte do cronograma elaborado para capacitação realizada hoje. Ao término dos trabalhos todos os voluntários da capacitação receberam certificado de participação. No total, em dois momentos de treinamentos, 102 pessoas se disponibilizaram a atuar como voluntários. 

Perspectivas

Conforme Giselle Gomes, para 2013, a perspectiva é a de que a iniciativa seja ampliada e que os reflexos positivos da proposta também sejam levados para o interior do Estado.

“Em um primeiro momento queremos atender as cidades, que historicamente, possuem graves problemas com as queimadas. Na sequência, queremos levar a exposição com o pulmão inflável para as 15 cidades onde estão instalados nas sedes dos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação (Cefapro).

Parceiros

O Projeto Mato Grosso Sem Fumaça é uma parceria realizada entre a Secretaria de Estado de Educação, Saúde (SES), Meio Ambiente (Sema), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sociedade Mato-grossense de Pneumologia, Tribunal de Justiça, Unimed e Hospital São Mateus. 

Projeto prevê uma biblioteca pública em cada município

Agência Câmara de Notícia
 
A Câmara analisa o Projeto de Lei 3727/12, que inclui entre os princípios do ensino, previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96), a presença de pelo menos uma biblioteca pública em cada município brasileiro.

Conforme a proposta, do deputado Jose Stédile (PSB-RS), será obrigatório um acervo de no mínimo um título para cada habitante do município. Caberá ao Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas determinar a ampliação desse acervo conforme a realidade de cada município, além de divulgar orientações de guarda, preservação, organização e funcionamento das bibliotecas.

O projeto estabelece ainda que os municípios, dentro de sua autonomia e capacidade financeira, deverão desenvolver esforços progressivos para que a universalização das bibliotecas públicas seja efetivada no prazo máximo de cinco anos.

“A verdadeira função de uma biblioteca pública é promover o desenvolvimento do contexto social onde atua. Para isso, deverá atender aos diferentes tipos de usuários: infantil e adulto, alfabetizado, neoalfabetizado e não alfabetizado, o recluso e o livre, o hospitalizado, o deficiente físico e visual, entre outros”, afirma.

São 11 os princípios do ensino previstos na LDB, entre eles: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância; e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
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Ganha-ganha: o jogo dos mestres

Lair Ribeiro
O ganha-ganha é um jogo diferente, onde não há perdedores. Nele, os jogadores precisam agir com maestria, valendo-se da astúcia, da inteligência e da capacidade de representar um perigo em potencial para os predadores.
E mais: precisam saber pensar de maneira construtiva e criativa e aprender como alterar o comportamento com precisão e rapidez, interagindo com o meio e com os outros, sempre positivamente. Assim como os mestres!
A vida é um jogo, e no jogo do ganha-ganha, é preciso saber usar com inteligência os recursos disponíveis e, principalmente, é preciso saber fazer mais com menos.

O jogo de vítimas e predadores é assim:

Os predadores só querem ganhar.
As vítimas preferem fugir; no máximo, elas se rendem.
Essa determinação em só ganhar ou em só perder tem relação direta com a crença na escassez de recursos do planeta e com a forma como se reage a ela. Quem acha que nunca terá condições de ter o suficiente sacrifica-se, quem quer se prevenir procura acumular o máximo de recursos, não importando os meios.

O jogo dos mestres é assim:

Os mestres conhecem a realidade que os cerca, que pode tanto ser abundante quanto escassa. Eles acreditam no próprio valor e enxergam o mundo de forma não-convencional. E eles também são criativos, flexíveis, inteligentes e sabem utilizar os próprios recursos de maneira elegante, procurando obter o melhor para si, sem, contudo, destruir o outro ou impor-lhe uma posição inferior.

Para participar do ganha-ganha

Reavalie a sua forma de pensar, isso aumenta substancialmente a sua capacidade de competir e de se modificar.
Ajuste seu foco mental e emocional: isso lhe dá condições de modificar todo o cenário a seu redor.
Aprecie, explore e utilize ao máximo a capacidade de ajudar a si mesmo e aos outros na avaliação crítica de decisões: disso resulta uma infinidade de idéias e de possibilidades, significando um verdadeiro despertar do seu potencial.

A patrulha chega ao recreio

Vivemos numa época em que a vida pessoal tem ficado, cada vez mais, submetida a intervenções do Estado e de movimentos de determinados segmentos da sociedade de um modo geral.
O contraditório dessa história é que, ao mesmo tempo em que o leque de escolhas que temos de fazer diariamente aumenta --o que significa trabalho redobrado para viver e estresse muito maior-- também vemos uma série de escolhas ser subtraída de nossas vidas.
O que vamos comer, por exemplo? Agora já não vale mais o nosso gosto, apenas. Precisamos também considerar determinadas normas ditadas pelas ciências que, por sinal, podem mudar constantemente. Lembra-se do ovo? Já foi demonizado, agora não é mais. É que a alimentação se transformou em uma questão de saúde, e não mais uma questão social, familiar, de prazer etc.
Já há diversas leis e projetos em andamento que, de alguma maneira, interferem na vida pessoal de todos. E temos também as chamadas patrulhas sociais. Essas valem para muitos aspectos da vida. A alimentação é apenas um dos exemplos.
O fato é que a linha divisória entre vida pessoal e vida social está cada vez mais tênue, nesses tempos em que fazem tanto sucesso na TV os shows de invasão da intimidade das pessoas.
Às vezes, dá a impressão de que entregamos com gosto algumas decisões para outrem, seja para o Estado ou para ditames atuais das ciências e das tecnologias.
No mínimo, nós precisamos ter consciência de que isso está ocorrendo. E as gerações mais novas poderiam aprender a fazer uma análise crítica a esse respeito, caso tivessem a colaboração da escola para isso. Mas, surpresa: esta tem se aliado ao movimento de intervir na vida pessoal de seus alunos e, portanto, das famílias também.
Vou tomar dois exemplos que chegaram recentemente ao meu conhecimento como indicadores desse posicionamento de diversas escolas.
A mãe de duas crianças que frequentam uma instituição de ensino particular de São Paulo agora não pode mais enviar a merenda que ela quer que seus filhos levem. É que a escola enviou aos pais uma lista de alimentos proibidos de serem consumidos como lanche pelos alunos.
Vou citar apenas um deles, que é o que essa mãe colocava pelo menos uma vez por semana no lanche dos filhos: biscoito recheado.
Não vamos analisar a questão da alimentação saudável, apenas a liberdade de escolha pessoal. Como a mãe resolveu a questão? Substituindo biscoitos por bolo. Industrializado, claro. Biscoito não pode, mas bolo pode. Essa mãe não sabe qual a lógica dessa lista enviada pela escola. Mas uma coisa dá para perceber: a vida pessoal das famílias e dos alunos dessa escola sofreu interferência.
Claro que os alunos não conseguem entender a complexidade da questão, mas podem aprender algo com tal atitude da escola: a de que sofrer interferências na vida pessoal é um fato "normal".
Outro exemplo diz respeito às atividades que muitas escolas fazem, chamadas de "estudo do meio". Algumas fazem essa saída por um dia, outras por mais de um dia.
Uma criança ou adolescente deveria ter o direito de escolher se quer ou não participar da atividade, dada sua natureza, não deveria? Pais deveriam ter o direito de aceitar ou não que o filho viaje sem sua companhia, certo?
Pois algumas escolas colocam a atividade como obrigatória. Ou então fazem pressão sobre alunos e pais que manifestam desagrado com a saída do filho. Do mesmo modo que no primeiro exemplo, há interferência na vida pessoal dessas famílias.
Talvez a escola devesse avaliar melhor o que anda ensinando aos seus alunos, mesmo sem ter a intenção de ensinar. E a maior lição passada pelas atitudes citadas é, sem dúvida, a de que a interferência na vida pessoal de alguém é normal. É?
Rosely Sayão, psicóloga e consultora em educação, fala sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação. É autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha), entre outros. Escreve às terças na versão impressa de "Equilíbrio".

Os professores devem se envolver na vida pessoal dos alunos?

Está cada vez mais difícil ser um bom professor no Brasil. Bom professor no sentido do verdadeiro educador, como aquele que tudo faz para que o seu aluno melhore, e não aquele que o usa para auferir benefícios próprios, como bens, ficar rico, famoso, poderoso etc.
O verdadeiro educador trabalha para que o aluno aprenda e melhore a sua própria vida.
Hoje, se a educação fosse um trem, poderíamos dizer que há algumas realizando heroicas diligências, outras como modernos trens, mas nenhuma delas tão avançada quanto a tecnologia e os conhecimentos existentes, ou como são algumas empresas.César Souza, grande executivo internacional, no seu recentemente lançado livro “A NeoEmpresa”(Integrare Business) faz uma ótima analogia: “um trem bala em uma  montanha russa”. Isto, em grande parte, porque o Brasil é um país rico com educação paupérrima.
A realização dessas diligências nos mostra o quão fora de época se encontram algumas das heroicas escolas, pois andam em locais sem trilhos, usando das energias humanas dos professores, sem nenhum recurso a não ser o conhecimento e vontade de ensinar. Não há como estes educadores não perceberem os problemas que os alunos vivem, pois os relacionamentos são pessoais, um olhar nos olhos dos seus alunos, que agradecem qualquer aprendizado. São heroicos pois abrem novos caminhos e criam soluções.
Os trens públicos são verdadeiras marias-fumaça públicas, com vagões e trilhos precários, que precisam de constantes reparos para funcionar. Os trens privados podem ser até mais atualizados e melhores equipados, mas seus princípios pedagógicos ainda estão muito defasados perto do que poderiam ser e mesmo os seus alunos estão ainda muito aquém do que se espera após um ensino fundamental e médio.
Dia 14/4 fui palestrar aos professores de Tapiraí, onde nasci, a 135km de São Paulo, no Vale do Ribeira,um município que tem 8.500 habitantes. São 2.000 alunos para frequentar três escolas: duas municipais e uma estadual. As municipais estão organizadas e os seus 1.000 alunos têm suas aulas regularmente. A estadual também tem 1.000 alunos e atende da 5ªsérie do Ensino Fundamental até o 3º ano, mas há muita falta de professores titulares e os que trabalham são os eventuais e, quando faltam, os alunos contam com os professores nomeados eventuais dos eventuais. Houve um ano, por exemplo, no qual de uma só matéria não houve uma única aula, e os alunos foram todos aprovados.
O trilho existe, mas a maria-fumaça está praticamente parada. Alguns alunos têm ex-pais que largaram as mães que têm que lutar pela sobrevivência. Só um exemplo em entre muitas famílias que são desestruturadas, cujos adultos vivem em conflitos e vícios e seus filhos “já fazem muito em ir para escola”...
Acredito que os professores até têm como identificar, dentro da sala de aula, um aluno doente, deprimido ou emocionalmente abalado. Mas ajudá-los pode se tornar uma sobrecarga às tarefas que já têm, o que prejudicaria a sua vida pessoal e familiar. Além disso, a própria família do aluno acaba responsabilizando a escola pelos problemas que ele apresenta.
A grande maioria dos professores públicos é desassistida. Quando assistidos (como nos trens particulares), os professores já têm orientações para passaremos problemas que os alunos estão tendo à coordenação. Entretanto, algumas destas famílias cobram que as escolas tomem as devidas providências, pois terceirizam-lhe a educação.
O grande problema é que a maioria dos alunos no Brasil é prejudicada no seu aprendizado e negligenciada na sua educação e saúde.
Içami Tiba
Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Pais e Educadores de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 28 livros

Projeto de Lei cria autarquia para avaliar ensino superior

Da Agência Câmara de Notícias

A Câmara analisa o Projeto de Lei 4372/12, do Executivo, que cria uma autarquia específica para avaliar e supervisionar os cursos de graduação e as instituições federais e privadas de ensino superior existentes no Brasil. O novo órgão será responsável também pela certificação das entidades beneficentes que atuam na área de educação superior e básica.
Se aprovado pelo Congresso, o futuro Insaes (Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior) será vinculado ao MEC (Ministério da Educação) e assumirá uma tarefa que hoje é do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) - a autarquia responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

A proposta é assinada por três ministros: a do Planejamento, Miriam Belchior; o da Educação, Aloizio Mercadante; e o da Fazenda, Guido Mantega.

Conforme os argumentos do governo, a criação do Insaes deve-se à necessidade de reestruturar o MEC para que sejam cumpridas metas de ampliação do acesso ao ensino superior e da qualidade das faculdades, previstas no novo PNE (Plano Nacional de Educação), em análise no Senado.

Em atendimento ao plano, o Decreto 7.480/11 criou a Seres (Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior), a fim de promover a qualidade do ensino superior por meio da regulação e da supervisão de instituições. Na opinião dos ministros, no entanto, mesmo com a Seres, há a necessidade de alterar a estrutura do MEC para obter efetividade nas ações.

Integração

 

A integração das atividades no Insaes, dizem os ministros, justifica-se não apenas pela otimização de recursos e integração de processos, mas também porque a avaliação institucional externa constitui referencial para a autorização, o reconhecimento e a renovação dos cursos de graduação e o credenciamento de instituições.

Entre outras atribuições, o Insaes poderá autorizar, reconhecer e renovar o reconhecimento de cursos de graduação e sequenciais. Poderá também decretar intervenção em instituições de educação superior.

Como sanção aos infratores da lei, o Insaes poderá desativar cursos, reduzir o número de vagas, suspender a autonomia ou descredenciar instituições. Depois de avaliadas, as faculdades poderão receber advertência ou multas de R$ 5 mil a R$ 500 mil.


O exame de avaliação de desempenho de estudantes da educação superior, o Enade, continuará sob a responsabilidade do Inep.

Avaliações in loco

Atualmente, o MEC é responsável pela regulação e supervisão de 2,7 mil instituições de educação superior e por quase 41 mil cursos de graduação. A cada ano, são realizadas cerca de 7 mil avaliações in loco.

Pelas regras em vigor, a avaliação é realizada por um grupo de consultores previamente designados que verificam as condições de ensino, principalmente as relativas ao perfil do corpo docente, às instalações físicas e à organização didático-pedagógica.

Com o Insaes, espera-se que as equipes de avaliação tenham pelo menos um servidor efetivo como coordenador. O grupo continuará a contar com a participação de professores especialistas por área de conhecimento.

A ideia é ampliar o processo de avaliação, a partir de critérios que incluam, por exemplo, resultados insatisfatórios no Enade e o atendimento à porcentagem mínima de mestres e doutores em universidades e centros universitários.

Para financiar a atividade, a proposta estabelece que a taxa de avaliação, instituída pela Lei 10.870/04, será revertida em favor do Insaes. Hoje, essa taxa, fixada em R$ 6.960, é revertida em favor do Inep.

Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo e em regime de prioridade, será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Proposta prevê 550 cargos efetivos para nova autarquia do MEC

Da Agência Câmara de Notícias
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O projeto (PL 4372/12) que implementa o Insaes (Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior) prevê a criação de um plano de carreiras e cargos para os servidores da nova autarquia. Também serão criados 350 cargos de especialista em avaliação e supervisão da educação superior, 150 de analista administrativo e 50 de técnico administrativo.
O governo ressalta que a criação dos cargos efetivos não ocasionará impacto orçamentário imediato. Só haverá aumento de despesas quando os concursos públicos para o preenchimento das vagas forem autorizados. A expectativa é que o provimento dos cargos tenha início a partir de 2014, ocasionando impacto de R$ 43,4 milhões se o preenchimento for integral.

O plano de carreiras prevê ainda a possibilidade de enquadramento de cargos já existentes na Seres (Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior) no período de instalação do Insaes. Para esse caso, a estimativa de impacto é de R$ 3,8 milhões por ano, a partir de 2013 ou da publicação da lei.

Estrutura

A estrutura organizacional proposta para o instituto assemelha-se à de outras autarquias já existentes. O Insaes será composto por presidente, até seis diretores (de administração, regulação, supervisão, avaliação, tecnologia da informação e de certificação de entidades beneficentes), corregedoria, ouvidoria e Procuradoria Federal.

Já os cargos em comissão necessários estão previstos em outro projeto de lei (PL 2205/11) em tramitação na Câmara.

Para novo presidente do Ipea, qualidade da educação é maior desafio para a política pública

Gilberto Costa
Da Agência Brasil, em Brasília
O economista Marcelo Neri, empossado hoje (12), em Brasília, como presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), quer aumentar a participação do órgão como formulador e assessor dos ministérios para concepção e monitoramento de políticas públicas, especialmente na área da educação. “Essa é a política pública que mais gera efeito sobre as outras”, acredita.
Segundo Neri, a preocupação é fazer os “dois brasis” avançarem: o país que ainda tem um grande passivo (grande número de analfabetos, pessoas com baixa escolaridade e má qualidade do ensino); e o país que, para crescer, precisa de força de trabalho qualificada. “O Brasil velho e Brasil do futuro têm que andar juntos”, disse.
O economista diz que o gargalo da mão de obra ocorre em todos os setores, inclusive entre os segmentos menos qualificados (empregadas domésticas, operários da construção civil e trabalhadores da agricultura) – o que já pode ser sinal da elevação do padrão de vida e aspirações das camadas mais baixas na distribuição de renda. “É um bom apagão no sentido de que o Brasil vai ter que mudar suas tecnologias”, disse.
Neri, que admite “não ter nascido no Ipea, mas ter sido criado no instituto”, avalia que o órgão tem “massa crítica” e “uma tradição impressionante” para reflexão sobre os problemas socioeconômicos e pretende orientar o Ipea para que ajude o país a “avançar mais na vertical”.
Segundo Neri, continua ocorrendo um movimento de ascensão social verificado nos últimos anos, mas que ainda não foi bem captado pela pesquisa social. “Há mais coisas acontecendo no Brasil do que os nossos olhos conseguiram enxergar até agora”, disse, após citar os impactos do Programa Brasil Carinhoso, da queda da mortalidade, o crescimento da renda dos analfabetos e a elevação do padrão de vida dos 20% mais pobres de forma mais acelerada do que ocorre na China, na Rússia e na Índia (os países que, com o Brasil, formam o Bric, bloco das economias emergentes).
O estudo desses fenômenos podem gerar surpresas entre os pesquisadores do Ipea. “Do ponto de vista do pesquisador, o Brasil é um país que oferece todas as surpresas. A gente acha aquilo que não esperava achar. Para o pesquisador, o grande momento não é quando você confirma o que esperava achar, mas quando descobre algo que não sabia”.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

MT - Servidores da Unemat de todo Estado estão em Cáceres para discutir PCCS


Jornal Oeste


Profissionais Técnicos da Unemat de todo Estado estarão hoje, 12, a partir das 8h, no Auditório Edival dos Reis, na Cidade Universitária em Cáceres, participando da areunião ordinária do Conselho Universitário que discutirá entre outros temas, o Plano de Cargos Carreiras e Sálarios dos servidores da Universidade.

Um dos pontos do PCCS é a regulamentação da carga horária de ensino dos docentes em gestão e atuantes em curso de pós-graduação stricto sensu, resolução que regulamenta as atividades da comissão própria de avaliação, concurso público para docentes, tabela de pró-labore para a criação dos cursos de especialização e alterações dos regimentos do Consuni e Conepe.

Relatório da OCDE reforça necessidade de investimento de 10% do PIB em educação


Agência Brasil


A presidenta da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, disse que os números sobre o ensino superior no Brasil, divulgados ontem (11) no relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), reforçam a necessidade de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação.

“A gente entende que [o relatório] é positivo e mostra que o Brasil está no caminho certo. Reforça, porém, a necessidade de aumentar o investimento em educação. A aplicação de 10% [do PIB no setor] se mostra bem coerente e necessária para que a gente consiga melhorar e avançar de forma consistente”, disse ela à Agência Brasil.

A pesquisa revela que o país registrou o quarto maior aumento em gastos na educação no período de 2000 a 2009 entre os 33 países incluídos no estudo que forneceram estatísticas nessa área. Os investimentos no Brasil passaram de 10,5% do total dos gastos públicos em 2000 para 16,8% em 2009.

A diretora executiva do Programa Todos Pela Educação, Priscila Cruz, disse à Agência Brasil que as discussões sobre mais investimento têm que forçar uma alteração no sistema educacional vigente e incentivar a gestão da educação. “Mesmo investindo 12%, 15% do PIB, não vamos chegar [à meta de] todo jovem com ensino médio concluído se o sistema atual não for alterado. Temos que ter uma discussão mais ampla. É nosso dilema - mais recursos ou mais gestão?. Todo mundo quer discutir aumento de recursos, mas esquece de pensar em planejamento e execução do processo”, lembrou Cruz.

Para a diretora, o relatório mostra o avanço da educação no país, “mas a qualidade do ensino não melhorou na mesma proporção”. Segundo ela, os dados negativos do estudo em relação ao ensino superior revelam que os alunos do ensino médio ainda não estão preparados de forma adequada. “Enquanto a gente não entregar alunos para cursar o ensino superior de verdade, ele [essa etapa do ensino] nunca terá qualidade. E a qualidade do ensino superior é afetada pela básica, não há como causar impacto no ensino superior sem mexer na básica.”, avaliou.
O Brasil, segundo o relatório, também foi o país que mais ampliou os gastos por aluno no ensino primário e secundário entre 29 países que forneceram dados a respeito. Os gastos com alunos do ensino primário e secundário aumentaram 149% entre 2005 e 2009, diz o estudo. Ressalta, no entanto, que o nível anterior era bem abaixo do observado em outros países.

MT - Fóruns Municipais do Paz na Escola realizam eleição nesta quinta-feira


Redação 24 Horas News

O dia 13 de setembro será dedicado à eleição dos membros que irão compor os Fóruns Municipais de Paz na Escola de Cuiabá e Várzea Grande. A partir das 8h, representantes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Segurança Pública, Conselho Estadual dos Direitos e Defesa das Crianças e Adolescentes, Conselhos Municipais de Educação, Criança e Adolescente, Assessorias Pedagógicas, Conselhos Tutelares, dentre outros segmentos, estarão reunidos para realização do pleito de Várzea Grande, no Instituto Biodata.

No período da tarde, a partir das 14h, a eleição será realizada para a escolha dos representantes do Fórum em Cuiabá e o processo será efetivado na Escola de Governo. A instalação dos Fóruns é um das propostas de trabalho definida pelo programa Paz nas Escolas/Escola Segura, executado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e atende aos anseios de diferentes segmentos da sociedade que irão elaborar conjuntamente estratégias de trabalho em prol de ações de promoção de paz e cidadania em ambientes escolares e no entorno deles.

“No total, 12 segmentos terão representatividade nos Fóruns. A composição será feita pelos representantes que já participaram das reuniões realizadas para criação do regimento e definição de atribuições”, explica a técnica da Coordenadoria de Projetos Educativos da Seduc, Albimárcia Espíndola.

Conforme ela, a Secretaria de Educação por meio das Assessorias Pedagógicas e dos parceiros no processo de divulgação da cultura de paz vem potencializando atividades que promovam a instalação dos Fóruns Municipais. “A implantação dos Fóruns foi uma proposta construída coletivamente e teve origem durante o 1º Fórum Estadual Paz nas Escolas, realizado em outubro de 2011, na Capital”.

Albimarcia informa que os dois Fóruns possuem a participação de diretores das unidades escolares das cidades que foram previamente escolhidos, considerando o mapeamento das duas cidades utilizado pela PM para a realização das ações preventivas. Em Cuiabá, cinco diretores foram escolhidos para integrarem o Fórum (conforme disposição geográfica dos batalhões). Em Várzea Grande foram escolhidos dois representantes de unidades escolares.

Serviço

Eleição composição membros do Fórum Municipal em Várzea Grande, terá início às 8h, no Instituto Biodata (rua Presidente Eurico Gaspar Dutra, nº01, bairro Ipase).

Eleição composição membros do Fórum Municipal Cuiabá: Eleição Fórum Municipal em Cuiabá, começa às 14h, na Escola de Governo (Rua A, n° 150 - Bairro Paiaguás).

Cuiabá - MT Alimentação balanceada está entre as prioridades da rede de ensino de Cuiabá


Redação 24 Horas News


A alimentação escolar está entre as principais preocupações da prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME). Garantir que as crianças tenham uma rotina alimentar balanceada exige a análise e o monitoramento da Coordenadoria de Alimentação Escolar e das Técnicas em Nutrição Escolar (TNEs), também conhecidas como merendeiras.

As escolas e creches da rede de ensino da capital contam com um programa alimentar qualificado, que atende as necessidades alimentares diárias daqueles que passam a maior parte do tempo no ambiente escolar.

No caso das escolas, o cardápio é montado de acordo com a faixa etária de cada aluno. Os da Educação Infantil, por exemplo, recebem duas refeições por período, sendo um lanche na entrada e o almoço. Já os alunos do Ensino Fundamental recebem apenas uma refeição, o que é suficiente e condizente à idade e ao tempo em que passam na escola.
Nas creches, os bebês recebem seis refeições diárias, e as crianças, que já passaram da fase de amamentação, são alimentadas cinco vezes, já que passam o dia todo na unidade e merecem esta atenção especial.

Para elaborar o cardápio da rede de ensino de Cuiabá, é feito um estudo do que a região oferece, pois, de acordo com a Lei nº. 11947/09, no mínimo 30% dos produtos adquiridos devem ser da agricultura familiar, o que valoriza os alimentos regionais , aproveitando produtos sazonais.

Segundo a coordenadora de Nutrição Escolar da SME, a rede prioriza a ingestão de frutas e verduras, principalmente nas creches. “Queremos que essa criança já tenha o paladar acostumado com esses alimentos. Quanto mais cedo este trabalho se inicia, é mais fácil educar a rotina alimentar”.

Além disso, esta alimentação balanceada, preparada para todos os alunos, tem como objetivo suprir as necessidades calóricas de cada criança. “O cardápio repassa para as crianças a quantidade de nutrientes que ele deveria estar ingerindo naquele período em que se encontra na unidade escolar”, destaca Mônica.

No entanto, todo este estudo e preocupação em tratar bem as crianças contam com o conhecimento e trabalho dos TNE’s, que são responsáveis pelo preparo de cada refeição, e recebem orientação e acompanhamento das nutricionistas da SME, responsáveis por monitorarem a alimentação escolar mensalmente, além de estarem atentas às individualidades e necessidades alimentares de cada criança.

Casos específicos

O trabalho da coordenadoria de Nutrição Escolar exige atenção e responsabilidade, pois existem exceções que devem ser tratadas com cuidado, como os casos de crianças que apresentam patologias relacionadas à alimentação.

Os casos mais comuns são de intolerância a lactose, glúten, alergia alimentar, sobrepeso e baixo peso. Mas, a rede atende também crianças diabéticas e com síndrome nefrótica. “A equipe de nutricionistas monta um cardápio diferenciado para estas crianças, e orienta os técnicos sobre como as refeições para elas devem ser preparadas”, explica Mônica.

Formação

A execução destas funções requer preparo e atualizações. Por isso os Técnicos em Nutrição Escolar passam por formações para aprenderem maneiras corretas de armazenamento, aproveitamento e conservação dos alimentos.

No momento, os profissionais estão cursando a “Formação de Manipuladores de Alimentos”, que teve início em julho, quando foram repassadas as orientações teóricas. Agora já estão na parte prática, que deverá ser concluída até o final de setembro.

Esta segunda etapa da formação está sendo coordenada pela gastrônoma Laura Ramos, que ensina sobre o aproveitamento integral dos alimentos, bem como confecção de pratos com proteínas de soja, que deverão fazer parte do próximo cardápio da rede de ensino.

A finalidade de todos estes detalhes presentes e indispensáveis à alimentação escolar é fazer com que estes profissionais tenham, antes de tudo, consciência sobre a importância dos benefícios que uma alimentação saudável traz à saúde destas crianças, e saibam proporcionar isso por meio da dedicação e atenção ao preparar cada alimento.

Quando a criança come bem, ela se sente mais disposta e mais preparada para desenvolver suas atividades diárias. Ou seja, no ambiente escolar, isso reflete de forma considerável no seu desempenho em sala de aula.

Projeto para recuperar salário


Um recente projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados prevê recuperar o piso salarial dos professores da educação básica em dez anos e, ao mesmo tempo, solucionar o impasse provocado entre a legislação atual e a reclamação de governadores e prefeitos de incapacidade orçamentária e financeira.

A atual lei do piso do magistério prevê reajuste com base no critério de crescimento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Mas um projeto de lei, que conta com o apoio principalmente dos governadores, estipula o reajuste anual do piso pela variação da inflação.



A nova proposta (PL 4.375/2012) é do deputado federal Alex Canziani (PTB-PR), e sugere a aplicação (além da inflação) de um percentual equivalente a 1/3 da variação do valor/aluno/ano Fundeb considerando os dois exercícios anteriores ao do reajuste.

“Se um terço do crescimento do Fundeb for igual ou menor que 3,5% será aplicado este percentual mais a inflação”, explica o deputado, que preside a Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional e é membro da Comissão de Educação da Câmara.

Governo terá programa para garantir permanência de estudantes cotistas nas universidades públicas


O Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) preparam um pacote de medidas para assegurar a permanência de estudantes cotistas que ingressem nas universidades públicas e institutos federais, conforme a Lei de Cotas Sociais (12.711/2012) que destina 50% das vagas para estudantes oriundos de escolas públicas.

Os estudantes cotistas, com dificuldades de permanecer na universidade (por necessidade de trabalhar, dificuldade de deslocamento ou falta de recursos para comprar livros e instrumentos para fazer o curso) poderão ser beneficiados com o pagamento de bolsas e auxílios especiais. Os valores ainda não foram estabelecidos.

Além disso, o governo quer que as comunidades acadêmicas das universidades e dos institutos (que terão quatro anos para implantar progressivamente o percentual de reserva de vagas) estejam preparadas para receber os cotistas. De acordo com a lei, cada instituição deverá preencher as cotas com autodeclarados pretos, pardos e indígenas na mesma proporção populacional de cada estado.

Para o caso dos estudantes negros, uma ideia é criar centros de convivência negra (como o implantado na Universidade de Brasília (UnB), uma das primeiras a ter sistema de cotas no país). “Nós estamos trabalhando junto com o Ministério da Educação num grande programa que vai facilitar a permanência do estudante, não só a partir de auxílio permanência, mas também de adaptar a universidade para esse público”, destaca o secretário executivo da Seppir, Mário Lisboa Theodoro.

O cálculo do governo é que o número de alunos negros cotistas suba dos atuais 8,7 mil para 56 mil estudantes daqui a quatro anos. O crescimento terá grande efeito social, espera o governo. “Se é pela escolaridade que se abrem as portas do emprego, as desigualdades tendem a ser minoradas”, pondera a coordenadora-geral para Educação de Relações Étnica-Raciais do MEC, Ilma Fátima de Jesus.

Mário Theodoro espera, além do impacto social, um efeito “simbólico”. “Teremos profissionais negros de nível superior, gabaritados e em quantidade que não temos hoje. Vamos ter uma elite intelectual mais com a cara de todo o povo”, salientou. Informações da Agência Brasil.

Comissão aprova inclusão da disciplina ‘Cidadania Moral e Ética’ no currículo escolar

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (11), em decisão terminativa, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 2/2012, do senador Sérgio Souza (PMDB-PR), que inclui no currículo do ensino fundamental a disciplina Cidadania Moral e Ética. O relator da matéria, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), elogiou a proposta e lamentou o “esvaziamento de valores éticos no Brasil”.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) lembrou que o projeto foi colocado em votação poucos dias depois da realização de protestos de jovens em diversas cidades contra a corrupção, durante a celebração de 7 de setembro.

Por sua vez, Lídice da Mata (PSB-BA) demonstrou preocupação com a criação de mais uma disciplina, sugerindo que os conteúdos relativos ao tema deveriam ser incluídos nas matérias existentes.

O senador Tomás Correia (PMDB-RO) elogiou o projeto que, a seu ver, tem “o objetivo de preparar a juventude para o futuro”. Por sua vez, Sérgio Souza observou que as aulas da nova disciplina poderão ocorrer no contraturno das aulas normais dos estudantes. Informações da Agência Senado.