sábado, 12 de março de 2011

Protesto de Estudantes

Estudantes protestam contra preço de refeitório durante visita de ministro
A visita do ministro da Educação Fernando Haddad à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), nesta segunda-feira (28) foi marcada por protesto de estudantes contra o preço cobrado no novo refeitório da universidade. O novo restaurante cobra R$ 3 por refeição.
O restaurante universitário da UFPE havia sido fechado há 20 anos. O novo restaurante, com 1,2 mil m², vai oferecer 3,8 mil refeições por dia. O custo das obras foi de R$ 4,5 milhões. Os recursos são oriundos do Programa Nacional de Assistência Estudantil, que deve repassar este ano às universidades federais mais de R$ 380 milhões.
Corte no orçamento não vai afetar educação, diz ministro
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (28) que o corte de R$ 3,1 bilhões no orçamento do governo federal para a educação não vai afetar os programas do MEC, como o Enem, ProUni, Fies, e Reuni, entre outros. Ao todo, o governo vai cortar R$ 50 bilhões. Haddad participou de uma cerimônia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com a inauguração do novo restaurante universitário.
"Nosso orçamento iria de R$ 62 bilhões para R$ 70 bilhões. Agora vai para R$ 69 bilhões. Em 2002, era de R$ 17 bilhões. Os compromissos estão mantidos. E para seguir o ritmo da expansão da educação superior, quero tranquilizar a todos que cumpriremos a nossa parte”, disse o ministro.
De acordo com o MEC, do total a ser cortado, cerca de R$ 2 bilhões são de emendas parlamentares. A pasta vai analisar quais tipos de despesa terá que cortar para fazer a economia referente ao R$ 1 bilhão restante. O orçamento do MEC previsto para 2011 era de R$ 69 bilhões.
Corte no orçamento é uma forma de o governo tentar atingir a meta cheia de superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública e tentar conter o crescimento da dívida pública) do setor público neste ano, que é de R$ 117,9 bilhões, ou 2,9% do PIB. Nos últimos dois anos, a meta cheia, ou seja, sem o abatimento dos gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), não foi atingida.
No evento que marcou o início do ano letivo na UFPE, Haddad comentou a necessidade de se continuar investindo na formação dos estudantes. “Conseguimos olhar agora para o país com esperança. Não basta desenvolver a região com portos, ferrovias, refinaria e até uma montadora de veículos”, observou Haddad. “Já vivemos períodos de crescimento econômico antes e, em termos de educação, desperdiçamos todo o século XX. Agora é preciso conciliar desenvolvimento com formação. Isso nos permite ser otimistas

MBA - Rondonópolis

Prorrogado prazo de inscrição para o MBA em Gestão Estratégica da Inovação em Rondonópolis

Da Assessoria
 
Foi prorrogado o período de inscrição para a turma de Rondonópolis, no curso “MBA em Gestão Estratégica da Inovação”. Os interessados têm até o dia 14 de março para efetuar a inscrição. O público alvo são empresas do setor industrial e agroindustrial, profissionais que atuam em posições de gerenciamento para o processo de inovação tecnológica empresarial, gestores de P&D de empresas nacionais e globais, além de profissionais em desenvolvimento de aplicações e novos negócios, engenharia, marketing, operações, logísticas e qualidade.

O curso tem carga horária de 360h/aulas e o valor do investimento é de R$ 5.000,00 (à vista) ou 23 parcelas de R$ 250,00. As aulas serão ministradas quinzenalmente, aos finais de semana, sempre às sextas-feiras, das 14h às22h, e aos sábados, em período integral, das 8h às 12h e das 14h às 18h. O curso será ministrado pela UFMT em parceria com a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei).

A lista dos candidatos selecionados em Cuiabá, para executar a matrícula será divulgada em breve nos sites do Escritório de Inovação Tecnológica(www.eit.ufmt.br) e da Uniselva (
www.uniselva.org.br).

Unesco

Conflitos deixam 28 milhões de crianças sem estudar, diz Unesco

G1

Relatório da Unesco divulgado nesta terça-feira (1º), em Nova Iorque, apontou que 28 milhões de crianças em todo o mundo ficam sem estudar devido aos conflitos armados nos países pobres. Elas também são expostas ao risco de serem vítimas de violações e violência sexual, de ataques direcionados a escolas e outros atentados contra os direitos humanos.

O relatório “A crise oculta: Conflitos armados e educação” mostrou também que o mundo não está no caminho para atingir até 2015 os seis objetivos de Educação para Todos, assinados por mais de 160 países em 2000, entre eles o Brasil. Apesar dos progressos em diversas áreas, a maioria dos objetivos ainda está longe de ser alcançada, especialmente em regiões devastadas por conflitos.

“Os conflitos armados continuam a ser o maior empecilho para o desenvolvimento humano em diversas partes do mundo, e ainda assim seu impacto na educação é amplamente negligenciado", disse a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.

Trinta e cinco países foram afetados por conflitos armados entre 1999 e 2008. Crianças e escolas estão na linha de frente desses conflitos, com salas de aula, professores e alunos sendo vistos como alvos legítimos. No Afeganistão, foram registrados no mínimo 613 ataques em escolas em 2009, comparados aos 347 em 2008. Insurgentes no noroeste do Paquistão realizaram numerosos ataques contra escolas femininas, incluindo um no qual 95 meninas foram feridas. No norte do Iêmen, 220 escolas foram destruídas, danificadas ou saqueadas durante as batalhas entre o governo e as forças armadas rebeldes em 2009 e 2010.

"As escolas se tornaram alvos diretos dos conflitos armados. No Afeganistão e em parte do Paquistão, por exemplo, eles são contrários à escolarização de mulheres. Desse modo, as escolas além de alvos militares, tornam-se alvos políticos", afirmou o coordenador de educação da Unesco no Brasil, Paolo Fontani.

Violência sexual
O estupro e outras violências sexuais têm sido utilizados como tática de guerra em diversos países. A insegurança e o medo associados à violência sexual mantêm principalmente as jovens fora da escola.

Dos estupros relatados na República Democrática do Congo, um terço envolve crianças (e 13% são contra crianças abaixo de 10 anos). O número de estupros não relatados em áreas afetadas por conflitos ao leste do país pode ser de 10 a 20 vezes superior ao de casos denunciados.

O relatório alerta que as falhas na educação alimentam os conflitos. De acordo com a pesquisa, em diversos países afetados, mais de 60% da população possui idade inferior a 25 anos, porém os sistemas educacionais não fornecem aos jovens as habilidades que eles necessitam para escapar da pobreza, do desemprego e do desespero econômico que geralmente contribui para conflitos violentos.

Para o coordenador Paolo Fontani, também é necessário aumentar os valores destinados à educação para a reconstrução de países pós-conflitos, e as escolas têm de ser uma necessidade imediata. "A educação é fundamental para construção de valores de tolerância, convivência e sociedade de paz. Não é só desenvolvimento humano, mas é um processo fundamental para reparar grandes desgastes que uma guerra provoca no corpo e na alma das pessoas. A educação forma cidadãos."

Brasil
O estudo sobre os conflitos armados não inclui dados sobre o Brasil. Apesar de estar fora da rota das guerras, o Brasil apresenta números pouco positivos.

Em 2007, de acordo com a Unesco, 682 mil crianças, com idades entre 7 e 10 anos, estavam fora da escola no Brasil. Metade das crianças fora da escola em todo mundo se concentra em 15 países - o Brasil é um deles.

Em 2008, apenas 48% das crianças entre 4 e 6 anos que compreendem a educação infantil, estavam fora da escola.

A maioria dos adultos analfabetos se concentra em 10 países, entre os quais o Brasil, que apesar de ter reduzido em 2,8 milhões a população analfabeta entre 2000 e 2007, ainda tinha 14 milhões de analfabetos em 2007.

Ipea

Brasileiro avalia melhoria no setor da educação pública, diz Ipea

De Brasília - Vinícius Tavares
 
 
A percepção geral do brasileiro é de que houve melhoras na educação pública nos últimos anos. No entanto, 71% deles desconhecem a existência dos conselhos escolares no Brasil. O trabalho é resultado do Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips), divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília.

De modo geral, a percepção de 48,7% dos entrevistados é de que a educação pública melhorou. Para 27,2%, não houve mudanças e 24,2% acreditam que houve piora. Apenas 12,1% acham que a educação melhorou bastante. Por outro lado, aqueles que acham que piorou bastante representam 13,1%.

A pesquisa mostra que as mulheres são mais exigentes em relação aos homens. Entre os homens, 51% consideraram que a educação melhorou, enquanto entre as mulheres este percentual ficou em 46,6%.

Em relação à faixa etária, os mais velos foram os que apresentaram a menor aprovação. Apenas 44,1% dos entrevistados com mais de 54 anos acham que a educação melhorou. O maior percentual (53,1%) ficou com aqueles com idade entre 35 a 44 anos.

O objetivo do levantamento foi captar a opinião e a avaliação da população brasileira sobre políticas e serviços públicos na educação. Para tanto, foi aplicado um questionário com 21 questões objetivas para 2.773 pessoas em suas residências, em todo o Brasil, no período de 3 a 19 de novembro do ano passado.

Pesquisa: Jovem e o fumo

Amigos, pais e baladas influenciam jovens a começar a fumar, diz estudo

G1
 
Um levantamento feito com estudantes do ensino médio de escolas particulares da cidade de São Paulo constatou que muitos adolescentes experimentam o uso do cigarro aos 14 anos de idade, e os fatores que levam os jovens a começar a fumar varia entre homens e mulheres.

A pesquisa foi feita pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que ouviu 2.691 estudantes das escolas particulares, pertencentes às classes socioeconômicas A, B e C.

O estudo permitiu comprovar que a influência dos amigos, a relação com os pais e a presença dos jovens nas “baladas” são fatores importantes na iniciação ao cigarro. De acordo com a pesquisa, pais fumantes influenciam tanto meninos quanto meninas. “A relação dos jovens em casa também é um fator que se mostrou preponderante”, explica Zila Van der Meer Sanchez, uma das coordenadoras da pesquisa. “No caso das meninas, quanto menos atenção dos pais maior é o risco de ela começar a fumar. Já os meninos são influenciados pelos amigos e por uma eventual morte dos pais.”

Ainda de acordo com a pesquisa, o contato dos jovens do ensino médio com o cigarro ainda é esporádico. Entre os entrevistados, 14% tinham fumado pelo menos um cigarro nos últimos mês. A maioria usou o cigarro no máximo 5 dias no mês. Apenas 3% dos entrevistados fumavam todo dia.

Os dados da pesquisa foram coletados em 2008, antes do início da lei antifumo em São Paulo, que foi promulgada no ano seguinte. A prevalência do cigarro nas baladas mostrou que enquanto a chance de fumar entre os meninos aumentava em mais de 800% quando a frequência a baladas é intensa, nas meninas sobe para 1.400%.

O Cebrid prepara um novo levantamento sobre uso de tabaco, álcool e drogas entre os jovens. Os números preliminares mostram que no ensino médio das escolas públicas, por exemplo, a incidência é um pouco maior, de 17,5% comparada aos 14% registradas nas escolas particulares. E a iniciação ao cigarro nas escolas públicas se dá em média aos 13 anos e seis meses.

Gestão Escolar

Indicação política influencia escolha de diretor escolar, diz pesquisa

G1
 
Quase metade das redes estaduais de ensino do Brasil utiliza a indicação política como um dos métodos para selecionar os diretores de suas escolas. É a segunda forma de seleção mais utilizada - a primeira é a eleição.

O índice, de 42%, é de uma pesquisa da Fundação Victor Civita que contou com a participação de 24 estados. Para especialistas, essa forma de seleção pode prejudicar os alunos, já que não atende aos interesses da comunidade.

O estudo mostra que a maior parte das redes estaduais utiliza a indicação - chamada de "instâncias locais" - combinada com uma ou mais formas de escolha do gestor, como eleição ou outra modalidade técnica. É o caso de Pará, Paraíba, Amazonas, Espírito Santo, Tocantins e Rio.

Quatro estados usam exclusivamente a indicação como método: Rondônia, Maranhão, Santa Catarina e Sergipe. A reportagem solicitou o posicionamento do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) em relação aos resultados da pesquisa, mas o órgão não respondeu.

Para Angela Dannemann, diretora executiva da Fundação Victor Civita, o uso da indicação vem diminuindo muito nos últimos anos. "Atualmente, ela é usada mais em casos de substituição de alguém que não pode assumir, por exemplo. É um recurso que deve existir para uso emergencial e não como tendência política", diz. Para ela, o fato de a maior parte dos estados usar métodos combinados de seleção é positivo. "O modelo híbrido envolve mais a escola e os candidatos, selecionando melhor o gestor."

Segundo a pesquisa, São Paulo é o único estado a realizar concurso para selecionar os gestores. "Diretor é cargo técnico, não político. O concurso dá oportunidade a todos", explica o secretário-adjunto da Educação, João Cardoso de Palma Filho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ensino Superior

Professor de escola pública poderá fazer curso superior e pagar com aulas

Agência Brasil
 
Cerca de 381 mil professores da educação básica – 16% dos que atuam em sala de aula – estão matriculados em cursos superiores, seja para conseguir o primeiro diploma ou complementar a formação. O Ministério da Educação (MEC) quer incrementar esse número e decidiu ampliar benefícios do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para profissionais que já atuam na rede pública.

Desde o ano passado, o programa permite a estudantes de cursos de licenciatura pagar o financiamento atuando em escolas da rede pública após a formatura. Cada mês trabalhado em regime de 20 horas semanais abate 1% da dívida – o que permite quitar o valor em oito anos e quatro meses sem custo financeiro.

A partir de uma portaria publicada hoje (3) no Diário Oficial da União, a medida será estendida a professores que já atuam na rede pública e querem cursar alguma licenciatura. Para aqueles que já estão na carreira, o tempo em que estiver fazendo o novo curso e trabalhando em escola pública passa a contar para o abatimento da dívida.

Levantamento feito pelo MEC em 2009 identificou que 600 mil professores que atuavam na educação básica não tinham a formação mínima adequada – ou não tinham diploma em nível superior ou eram formados em outra áreas que não as licenciaturas.

O cruzamento feito entre os dados dos censos da Educação Básica e Superior, que identificou 381 mil professores em busca do diploma, mostra que a maioria – 192 mil – está matriculada em cursos de pedagogia. Em seguida aparecem as licenciaturas em letras (44 mil), matemática (19 mil), história (14 mil), biologia (14 mil) e geografia (10 mil). Do total, 67% estão em instituições privadas.

De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, não é possível indicar se esses profissionais estão em busca de uma primeira ou de uma nova graduação. O MEC pretende depurar os dados para conhecer melhor esse público. “Mas os números nos surpreenderam positivamente. Nos dois casos [de o professor ter ou não nível superior], a busca pela formação é positiva”, disse.

Há ainda docentes matriculados em cursos que não são diretamente relacionados à prática pedagógica como direito (8 mil), administração (5 mil) e engenharia (3 mil).
  • Ensino Superior

    Rebaixamento de curso deixa aprovados em seleção sem mestrado

    G1
    O processo seletivo para o curso de mestrado de cultura e turismo da Universidade Estadual Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus (BA), terminou de forma desoladora para os 16 candidatos aprovados. O curso teve sua nota rebaixada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), foi descredenciado pelo Ministério da Educação e acabou extinto. Os candidatos dizem que foram prejudicados e estudam forma de buscar na Justiça o ressarcimento por perdas e danos. A universidade alega que os estudantes foram informados que o curso estava condicionado à aprovação da Capes.

    A Capes é responsável por avaliar os cursos de pós graduação. Ela avalia os cursos a cada três anos e dá nota de 0 a 5. Para continuar funcionando, o MEC exige que o curso tenha no mínimo nota 3. Na última avaliação trienal dos cursos de pós-graduação, a Capes pontuou o curso de mestrado em cultura e turismo da Uesc com nota ‘dois’, alegando que a produção científica de seu corpo docente estava baixa. A queda no desempenho significa o descredenciamento do curso, o que impede a abertura de novas turmas.

    Quase 120 candidatos se inscreveram para as 16 vagas do curso. O processo seletivo começou no final de agosto de 2010, com a apresentação de um pré-projeto sobre temas específicos. No dia 2 de setembro, a Capes fez a avaliação do curso criado em 2001 e rebaixou a nota de 3 para 2. Alegou que a produção científica do corpo docente foi abaixo do exigido no período. A Uesc recorreu da decisão. O processo seletivo continuou.

    Em novembro, os candidatos foram submetidos a prova de conhecimentos, teste de língua estrangeira, análise de currículo e entrevista. No dia 3 de dezembro, a reitoria publicou uma portaria com os nomes dos 16 aprovados. O documento trazia um artigo dizendo que "a convocação dos aprovados no Processo Seletivo fica da dependência de aprovação do Recurso encaminhado à Capes". Dez dias depois, a Capes publicou a decisão de manter a nota rebaixada. O mestrado em cultura e turismo foi extinto e os aprovados não puderam nem ser remanejados para outros cursos.

    "Nós não fomos informados no edital que estaríamos a mercê desse resultado, alguns receberam e-mail quando saiu o resultado da seleção e eu só fiquei sabendo em fevereiro, quando não era mais possível tme concorrer a outro mestrado", diz Beijanizy Abadia, uma das candidatas aprovadas. "Nos foi exigida uma dedicação exclusiva ao mestrado, inclusive com um termo de compromisso de 40 horas semanais, por isto nós todos estavamos organizando nossas vidas profissionais e pessoais para o mestrado."

    A ficha de inscrição exigia do candidato aprovado que tivesse vínculo empregatício, deveria entregar, no ato da matrícula, documento expressando compromisso do empregador de liberar o estudante para atender adequadamente as aulas e demais atividades do curso. Beijanizy chegou a pedir licença não remunerada do trabalho. "Alguns até deixaram de fazer outras seleções de mestrado, deixaram o trabalho, alugaram casas em Ilhéus, ou recusaram propostas de emprego. Tudo isto trouxe enormes prejuízos para todos, fora o desgaste emocional envolvido".

    Primeiro colocado no processo seletivo, Luiz Cláudio Zumaeta Costa abriu mão de alguns colégios onde leciona, em Itabuna (BA), para se dedicar ao mestrado. Agora, entrou em contato com um advogado para que os alunos possam entrar com uma ação judicial. "Protocolamos um pedido para que a universidade nos exponha nossa não matricula de maneira oficial. Precisamos de provas materiais para recorrer. Não queremos que este fato passe impune e despercebido", disse.

    Aprovada em segundo lugar, Janete Morais não esconde a decepção com a situação. Ela teria direito a pleitear uma bolsa de estudo da Capes para auxiliá-la no mestrado. "Eu já tenho 48 anos e não posso ficar esperando para começar tudo de novo", diz. "Quero estudar esse ano ainda e nessa universidade. Porque passar por outro processo seletivo será desgastante, dispendioso e frustrante."

    Resultado saiu com processo em julgamento, diz Uesc
    O gerente de pós-graduação da Uesc, Adriano Hoth Cerqueira, disse ao G1, que na ocasião a universidade entrou com o recurso na Capes para tentar reverter a avaliação negativa e enquanto o processo ainda estava em julgamento, em 3 de dezembro, foi divulgado o resultado da seleção para o curso de mestrado.

    Como alternativa, a Uesc incluiu na portaria, onde constam os nomes dos estudantes selecionados para o curso, um artigo que diz que a convocação estava atrelada à aprovação do recurso encaminhado à Capes.

    “É óbvio que esperávamos que o resultado [do recurso] fosse positivo. Porém, os candidatos sabiam que a aprovação estava acondicionada, estava dito na portaria”, afirmou Hoth.
    Como não houve mudanças na avaliação da Capes, o curso teve de ser encerrado.

    A Uesc possui 17 cursos de pós-graduação stricto sensu. O processo seletivo varia entre prova, entrevista, análise curricular e carta de recomendação. Segundo Hoth, foi a primeira fez que a instituição teve um curso descredenciado pelo MEC.










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    Merenda Escolar

    Merenda Escolar é insuficiente para 66% dos brasileiros
    De Brasília - Vinícius Tavares
    O Programa da Merenda Escolar desenvolvido pelo Ministério da Educação, em geral, ainda está aquém das necessidades das crianças do ensino fundamental. A avaliação consta dos resultados do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
    A pesquisa ouviu 2.773 brasileiros com o objetivo de captar a opinião e a avaliação da população sobre políticas e serviços públicos. Para 66% dos entrevistados o programa deve ser ampliado, enquanto 32% dos ouvidos acham que o programa deveria ser mantido nos moldes atuais.
    De acordo com o SIPS, apenas 43% das pessoas entrevistadas reconheceram que o efeito do programa pode ser considerado bom ou muito bom, enquanto cerca de 17% das pessoas o consideraram ruim para o rendimento escolar.
    A qualidade dos alimentos servidos, de um modo geral, foi bem avaliada. Cerca de 59% das pessoas avaliaram a merenda como boa ou muito boa. Em torno de 28,1% acham a qualidade dos alimentos regular e 12,4% consideram-na ruim.
    As regiões norte e nordeste reclamaram. Nestas regiões, o índice de avaliação positiva é de apenas 39,1% e 38,6%, enquanto que 39,7% e 47% disseram que a alimentação é regular.
    A avaliação da população residente no sul, centro-oeste e sudeste está acima da média nacional, com percepção de qualidade boa atingindo, respectivamente, 75,8%, 70,9% e 65,5%.

    Inep

    Inep divulga lista de estudantes dispensados do Enade
    Agencia Estado
    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou hoje a lista dos estudantes dispensados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2010. A lista foi publicada no Diário Oficial da União.
    O Enade, que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.
    Segundo o Inep, no ano passado, 650.066 pessoas fizeram a prova do Enade. Desses, 261.745 são ingressantes e 161.151 são concluintes. Outros 227.170 inscritos são estudantes selecionados para edições anteriores do Enade.
    Entre as áreas avaliadas, a que apresenta o maior número de inscritos foi a de bacharelado em Enfermagem, com 86.856 inscritos. A área com menor número de inscritos é Tecnologia em Agroindústria, com 387.

    Provinha Brasil

    Provinha Brasil de Matemática já está disponível para consulta
    Professores de turmas do 2º ano do ensino fundamental público e coordenadores pedagógicos já podem consultar a matriz de referência da Provinha Brasil de Matemática, que será enviada às escolas, no início do segundo semestre deste ano, pelo MEC (Ministério da Educação).
    O exame nacional de Matemática para alunos do 2º ano do ensino público fundamental não é obrigatório. Assim, a decisão de aplicá-lo cabe a cada escola. A matriz de referência da Provinha relaciona competências que os estudantes desta série devem ter adquirido. Reconhecer representações de figuras geométricas, identificar, comparar e ordenar grandezas, ler e interpretar variados dados em gráficos e tabelas são conteúdos a serem avaliados.
    De acordo com a coordenadora de ensino fundamental da Secretaria de Educação Básica do Ministério, Edna Martins Borges, com a Provinha Brasil de Matemática é possível fazer um diagnóstico do que a criança está aprendendo e dos conteúdos que ainda precisará desenvolver nessa área.
    O exame ainda permite que o professor avalie o direcionamento de seu trabalho. Além da prova, as escolas receberão o caderno do professor-aplicador, o roteiro com orientações sobre os testes e a guia de correção e interpretação dos resultados

    Escola e Justiça

    Não cabe à Justiça decidir qual melhor escola para criança
    R7
    A juíza Andréa Pachá, da 1ª Vara de Família de Petrópolis, no Rio de Janeiro, rejeitou o pedido de um pai que mantém a guarda compartilhada do filho com a ex-mulher, para tirá-lo da escola na qual está matriculado e transferi-lo para outra, de sua preferência.
    Segundo o argumento da juíza, "o Judiciário não pode, sob pena de interferir na esfera da intimidade e da privacidade, definir qual escola é melhor para uma criança que possui pai e mãe capazes, maiores e no exercício regular da guarda."
    Para Andréa, os pais não devem pretender que o Estado, por meio do juiz, exerça o papel que lhes incumbe por lei e pela própria formação da sociedade. Em decisãotomada no mês passado, a juíza registrou que o único motivo que levou os pais da criança a procurar o Judiciário foi a incapacidade de comunicação entre eles, "que não conseguem, sozinhos, discutir e solucionar um problema banal e cotidiano". Para ela, nem todo conflito pode ser apreciado pelo Estado.
    - Vinho tinto ou branco, café ou chá, futebol ou basquete, salada ou sopa, vestido ou calça, preto ou branco, cinema ou teatro, Flamengo ou Fluminense são alternativas com as quais um ser humano se depara de forma permanente e é próprio da condição humana decidir e solucionar.
    Na decisão, a juíza registra que não há qualquer discussão sobre algum interesse do menor que possa ser prejudicado, sobre o valor da mensalidade ou mesmo sobre diferenças de orientação educacional das escolas. A criança está bem cuidada com a guarda compartilhada e até agora tem todos os seus interesses atendidos pelos pais. De acordo com Andréa, "delegar para o Estado a opção por escolhas íntimas e individuais não se constitui numa alternativa possível".
    Ex-conselheira do Conselho Nacional de Justiça, Andréa Pachá afirmou que tem percebido, na varas de família, um aumento de demanda causado pela simples falta de noção do exercício da autoridade parental. A juíza classifica o fenômeno de judicialização do afeto.
    - O que antes era resolvido em outras esferas, hoje desemboca diretamente na Justiça.
    Citando a advogada e ex-desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Maria Berenice Dias, uma das maiores especialistas em Direito de Família do país, a juíza lembra que "como os pais não podem renunciar aos filhos, os encargos que decorrem da paternidade também não podem ser transferidos ou alienados". Nem mesmo para o Judiciário.
    - Terapias, mediações familiares, auxílio de orientadores, amigos, padres, pastores, são alguns caminhos existentes na sociedade e que podem ser eficientes na solução de um conflito desta natureza.

    Bullying na escola

    Obama admite ter sofrido bullying na escola
    R7
    O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em discurso na tarde desta quinta-feira (10) que sofreu bullying quando era estudante, segundo informações foram divulgadas na página do jornal The Washington Post na internet. Ele discursou em conferência da Casa Branca, em um evento sobre a prevenção do bullying que reúne cerca de 150 pais, além de especialistas, professores, administradores e membros do governo.
    Obama fez um apelo para a população: disse que os americanos precisam olhar para o problema que está se tornando cada vez mais sério no país. Segundo estimativas do governo, cerca de 13 milhões de crianças são afetadas a cada ano por este tipo de agressão.
    - Se esta conferência tem um objetivo, é o de desmistificar que o bullying é um “rito de passagem inofensivo” do processo de amadurecimento.
    Ele disse também que, “quando adultos, sempre lembramos de como é ser ‘escolhido’ nos corredores e pátios da escola”.
    - E preciso confessar que, com orelhas grandes e com o meu nome, não passei despercebido.
    A Casa Branca lançou um site sobre o assunto, para que a sociedade possa trabalhar com mais informação e prevenção.
    O presidente norte-americano ainda afirmou que, como isso é algo que acontece bastante, a sociedade ficando “cega” para a questão.
    - Sempre dizemos: ‘as crianças serão sempre crianças’. Mas, às vezes, ignoramos o dano real que o bullying pode causar; especialmente quando os jovens enfrentam assédio dia após dia, semana após semana.
    A primeira-dama, Michelle Obama, disse que “a questão bate às nossas portas”, se referindo aos pais.
    - Parte o nosso coração pensar que qualquer criança pode sentir medo ao ir para a sala de aula, ao parquinho ou mesmo pela internet.

    Dica de Livro

    "A Cor do Preconceito"

    O livro foi escrito a seis mãos pela ficcionista Carmen Lucia Campos, pela pesquisadora, professora e historiadora Vera Vilhena, além da antropóloga, pesquisadora e diretora do Geledés - Instituto da Mulher Negra, Sueli Carneiro.

    O tema do preconceito de cor aparece de modo contundente, num enredo que a autora trabalhou com maestria. Nele, conta a história da negra Mira, excelente aluna de uma escola da periferia, que, graças a seus esforços, consegue uma bolsa de estudos num dos melhores colégios da cidade.

    A menina sofre no enfrentamento das questões ligadas à sua identidade e procurar amadurecer diante de posturas racistas, preconceituosas e intolerantes.


    A abordagem informativa, está centrada em notas explicativas que além de outras coisas, ressalta a história da África e a influência dos negros na formação do povo brasileiro. Além disso, a autora utiliza pequenos ensaios, letras de música, fotos, depoimentos e dados estatísticos que enriquecem e fundamentam o texto.

    A Cor do Preconceito Carmen Lucia Campos, Sueli Carneiro e Vera VilhenaEditora Ática136 págs.

    Fonte:www.uol.com/educação

    Jovens

    Jovens do Complexo Alemão que recebem o Bolsa Família são formados em cursos profissionalizantes

    Agência Brasil

    Cerca de 270 jovens do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, se formaram hoje (11) em cursos profissionalizantes de recepcionista, padeiro e confeiteiro. A iniciativa é da prefeitura do Rio de Janeiro, que investiu mais de R$ 1 milhão, em parceria com o Ministério do Trabalho.

    O objetivo é qualificar jovens entre 16 e 24 anos, preferencialmente beneficiários do Bolsa Família. De acordo com o secretário municipal de Trabalho e Emprego, Augusto Ribeiro, o projeto tem a meta de inserção dos jovens no mercado de trabalho.

    Os alunos têm que apresentar algum plano de inserção no mercado de trabalho, muitas vezes linkado [ligado] a alguma rede de comércio ou supermercados”, disse.

    Em uma próxima etapa, a prioridade das vagas será dos jovens recém-saídos das Forças Armadas e que procuram alguma profissão. O projeto estará, então, associado ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

    Palestra

    Ciência e Tecnologia de Alimentos promove palestras e exposição para calouros
    Da Assessoria
    O curso de graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Faculdade de Nutrição (Fanut), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), preparou para a primeira semana de aula dos calouros e veteranos, que inicia na próxima segunda-feira (14), uma série de atividades de boas-vindas.
    No primeiro dia, os estudantes serão recepcionados com um “coffee-break”, na sala 47, no horário de início das aulas desse curso, que é às 18h. No decorrer da semana serão ministradas as palestras “O Movimento Estudantil na UFMT (DCE)”, “A inserção do Cientista de Alimentos no Conselho Regional de Química (CRQ XVI R.)” e o seminário “Exposição das Atividades de Pesquisa e Extensão dos Docentes da Fanut”.
    As atividades de recepção ao calouro na Fanut, bem como em toda a UFMT, não se encerram na primeira semana de aula. Para o mês de março estão previstos concertos do Coral e da Orquestra Sinfônica da UFMT, exposições no Museu de Arte e Cultura Popular (MACP) e exibições do Cineclube Coxiponés. O pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência, Fabrício Carvalho, também articula com o Hemocentro a realização da campanha de doação de sangue, como vem ocorrendo nos últimos anos.
    Confira a programação completa da recepção aos calouros de Ciência e Tecnologia de Alimentos.

    Pesquisa do Pantanal

    Workshop Internacional da Rede de Pesquisa do Pantanal começa nesta segunda-feira
    Da Assessoria
    O 3° Workshop Internacional da Rede de Pesquisa do Pantanal começa nesta segunda-feira (14) com o tema: ‘’Nutrientes e pesticidas nas águas superficiais dos principais bacias do pantanal setentrional: uma abordagem integrada’’. As palestras técnicas começam às 8h, no auditório do Museu de Arte e Cultura Popular (MACP) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). As inscrições serão feitas no Laboratório de Geoprocessamento do Departamento de Geografia, que fica no prédio do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), e no dia 14, no local do evento (MACP).
    A palestra de abertura do workshop terá como tema “A rede de pesquisa Pantanal e o projeto Pronex’’, com o professor Antonio Ioris, da Universidade de Aberdeen - Escócia. Em seguida, às 9h, o tema é ‘’Rede de Monitoramento do impacto do uso da terra sobre os sistemas aquáticos em Bacias Hidrográficas da Região Centro-Oeste - Definição de Indicadores de integridade ambiental (Remisa)’’, com a professora Eliana Dores, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
    Às 10h15, o superintendente de Recursos Hídricos da Secretaria de Meio Ambiente de MT (Sema), Luiz H. M. Noquelli, falará sobre o ‘’Gerenciamento de recursos hídricos em Mato Grosso’’. Às 14h, a palestra será com os pesquisadores Carlos Padovani e Débora Calheiros, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa- Pantanal), sobre o tema “Dinâmica de inundação e qualidade de água no Pantanal’’. Às 17h15 encerra-se o primeiro dia de atividades com a palestra “Banco de dados georeferenciado em ambiente www para o projeto Pronex’’, com os professores Denis Lemire e Suzy Klemp, da UFMT.
    Na terça-feira (15), as atividades são internas e acontecem no Departamento de Geografia, no Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS).
    No dia 16, a programação é aberta ao público, com vagas limitadas, para a visita à Bacia de São Lourenço e Tenente Amaral, que começa às 7h30.
    No último dia do workshop (17) acontecerá o passeio de barco que percorrerá os pontos de monitoramento de qualidade da água do Rio Cuiabá. A saída é às 6h30. As vagas são limitadas.

    sexta-feira, 11 de março de 2011

    Artigo - Formação de Professor

    Exigência de novas práticas pedagógicas faz professor pensar a sua formação continuada.

    Iza Aparecida Saliés*


    A formação humana não é uma atribuição apenas da escola, acontece também fora dela e ao longo da sua vida, ou seja, em todos os momentos e dimensões; como o trabalho, as relações pessoais, as sócias e familiares, assim sendo, entendo que a escola precisa estar em sintonia com as inovações contemporâneas da sociedade.

    Considerando o que aponta o relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XX, a compreensão que temos é que a educação atual deve ser pautada na concepção de que precisamos prepará-los para a vida, isso significa que, a formação escolar vai formar crianças, adolescentes, jovens e adultos a aprender a ser, fazer, saber ser e saber fazer.

    Para atendermos essa perspectiva de formação escolar faz-se necessário que a formação inicial (graduação) dos futuros profissionais da educação, prepare-o para o exercício profissional capaz de desenvolver as habilidades da docência com competências necessárias para enfrentar essa realidade em transformação ávida por inovações, e para tal, é preciso está apto para aprender com a própria experiência.

    Como o mundo evolui com uma rapidez incontrolável incomoda a sociedade e de quebra a educação. Este setor social não está excluído desse processo, então nós educadores, como outros profissionais também, precisamos admitir que a formação inicial que fizemos ou estamos fazendo não é suficiente para atender as demandas do mundo moderno.

    Por isso e muito mais é que nós profissionais da educação precisamos urgentemente de atualização e aperfeiçoar considerando que os conhecimentos acadêmicos e técnicos precisam ser articulados continuamente para além da profissão, ou seja, ao longo de toda a vida. (DELORS, 2001, p. 161-162).

    Uma das tarefas do profissional da educação é ter habilidade para desenvolver atividades pedagógicas com clareza, utilizar de metodologias que possam propor problemas reais, solucionar questões, sugerir exercícios aos alunos, desenvolver projetos comunitários, de interesse da sociedade local ou não, todas essas atividades devem ser realizadas sem deixar de verificar o grau de complexidade do conteúdo utilizado e tomar o cuidado de não deixar o trabalho ficar no âmbito do senso comum. O conhecimento formal é uma atribuição obrigatória da escola.

    Mesmo utilizando dessas diferentes atividades, muitas delas, são habilidades que podem responder às necessidades dos alunos, mas, não são suficientes em detrimento do contexto de uma sociedade que passa por mudanças que se processam com muita velocidade.

    Sempre o professor teve que planejar suas atividades pedagógicas, agora, mais do que isso, é necessário lidar com situações de aprendizagem, sempre pensando que o processo ensino aprendizagem é um caminho de não dupla onde o professor não preocupa apenas com o ensinar, mas também com o aprender.

    Sendo assim, há necessidade de preocupar com a ação do educando no sentido de prepará-los para saber lidar com situações ativas, reflexivas e analíticas na construção do próprio saber, nas relações com a vida, com o grupo e com o conhecimento.

    Mais que tudo, o professor precisa dominar os conteúdos da sua disciplina, pois para o seu papel é de interlocutor do conhecimento escolar com os da realidade do aluno, e para isso é preciso estar preparado com conhecimento de causa do assunto a ser tratado porque “O espírito cientifico proíbe que tenhamos uma opinião sobre questões que não sabemos formular com clareza. Em primeiro lugar é preciso saber formular problemas” (Bachelard, 1996, p. 18).

    Na escola do passado, o aluno era visto como uma pessoa que não dispunha de conhecimentos anteriores, cabia ao professor depositar conhecimento, como diz Paulo Freire. Mesmo assim essa escola ficou pautada nessa concepção por muitos séculos, foi credo de muitos professores e também de alguns intelectuais da educação.

    Hoje com os estudos e pesquisas realizadas no campo da educação e da psicologia, sabemos que o processo ensino aprendizagem está ancorado em saberes constituídos pelos alunos na sua vida, no seu cotidiano e nas suas relações com a comunidade entre outras, e ao chegar à escola, esses conhecimentos considerados como saberes do senso comum precisam ser transformados em conhecimentos formais, melhor dizendo, científicos.


    Referências


    BACHELARD, Gaston. A Formação do Espírito Científico: contribuições para uma psicanálise do conhecimento. São Paulo: contraponto, 2002.

    MOREIRA, Marco Antônio. Aprendizagem Significativa. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1999.

    IMBERNÓN, Francisco. Formação Permanente do professorado: novas tendências. Tradução de Sandra Trabucco Valenzuela .São Paulo:Cortez,2009.

    MONTEIRO, Filomena Maria de Arruda (org), Trabalho docente na educação básica: contribuições formativas e investigativas em diferentes contextos, ET.al. – Cuiabá: EdUFMT, 2007


    Professora da rede Estadual de Educação /MT


    QUALIFICAÇÃO

    Projeto ‘Acreditar’ irá qualificar 6 mil trabalhadores
    Redação Circuito MT com Assessoria Secom


    A empresa Odebrecht Energia, em parceria com o Governo Federal e apoio da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs-MT) e da Prefeitura de Alta Floresta, abre no próximo dia 14 de fevereiro inscrições para os cursos de qualificação gratuitos na região Norte de Mato Grosso. Os interessados devem procurar, entre 8h às 16h, o Sine Municipal de Alta Floresta, localizado na Av. Ludovico da Riva Neto nº 3.294 – Setor A, Centro.

    Os cursos fazem parte do Programa de Formação e Qualificação Profissional na Construção Civil – Programa Acreditar, uma ação que une a iniciativa privada e o poder público.

    Cerca de seis mil pessoas serão qualificadas pela ação, que tem como público prioritário os participantes dos programas sociais do Governo Federal, como Bolsa Família, por exemplo.

    Os cursos de capacitação serão realizados por etapas. Todos os inscritos poderão participar do Curso Básico, que repassa informações sobre saúde, segurança do trabalho, meio ambiente, qualidade e psicologia no trabalho.

    Já para os cursos de Soldador, Armador, Eletricista, Carpinteiro, Operador e Ajudante de Obras haverá uma seleção prévia. A estimativa é que três mil pessoas participem dos cursos específicos na área da construção civil.

    Este ano será construída uma usina hidrelétrica no Rio Teles Pires, assim, parte das pessoas qualificadas serão contratadas para trabalharem na obra. Os cursos contemplam os moradores de Alta Floresta e municípios vizinhos. As aulas serão ministradas na sede do Projeto Acreditar de Paranaíta (MT). Haverá ônibus diariamente para o transporte dos trabalhadores até local dos cursos.

    Para a inscrição será necessário ser maior de 18 anos, levar cópia do RG, CPF e, no caso dos homens, apresentar situação militar regularizada. Para o curso de operador é preciso, ainda, apresentar cópia da carteira de habilitação, na categoria mínima “B”.

    Outras informações sobre o assunto podem ser obtidas no Sine de Alta Floresta pelos telefones (66) 3903 1170/3903 1171.

    Pesquisa

    REJUVENESCIMENTO CELULAR
    Pesquisadores descobrem novas técnicas
    Redação com informações EFE


    Pesquisadores de Taiwan alcançaram um importante avanço nas técnicas de rejuvenescimento celular ao dar marcha à ré ao relógio celular com a injeção de genes, anunciou a equipe responsável pelos estudos nesta sexta (11) .

    Os pesquisadores da Universidade Central de Taiwan e do Hospital Geral Cathay injetaram quatro genes (Out4, Sox2, Klf4 e c-Myc) em células maduras, que são "a chave da vida", em palavras do investigador do Hospital Cathay Ling Qingdong, e conseguiram que o relógio celular voltasse ao início.

    A técnica não exige a injeção dos genes em vírus, o que evita a contaminação, e não necessita de células embrionárias, acrescentou Ling.

    Os experimentos tiveram êxito de 0,3% a 1%, o que significa que ainda precisa de ajustes antes de ser aplicada em técnicas de rejuvenescimento, disse o professor Akon Higuchi, da Universidade Central de Taiwan.

    Notícia da Secitec/MT

    CAMPO VERDE
    Secitec contrata professores
    Redação com Assessoria


    O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Eliene Lima, lança na próxima segunda(14), o edital para a contratação temporária de quatro professores para atuarem na Escola Técnica de Campo Verde (131km ao Sul de Cuiabá). Na unidade, que fica sob a administração da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Secitec), o educador aprovado no processo de seleção irá permanecer por um período de um ano, podendo ter o contrato renovado por no máximo mais um ano.

    As vagas disponíveis são uma para bacharel em Enfermagem ou em qualquer graduação na área de saúde, com especialização em Segurança do Trabalho; duas vagas para bacharel em Engenharia ou em qualquer graduação na área de saúde com especialização em Segurança do Trabalho; e uma vaga para licenciatura em Matemática.

    Os candidatos interessados em concorrer devem preencher uma ficha de inscrição disponibilizada no site da Secretaria de Ciência e Tecnologia - www.secitec.mt.gov.br

    Depois de efetivado o preenchimento da ficha no site, o candidato preparará a cópia e a original dos seguintes documentos: curriculum vitae enumerado, carteira de identidade, CPF e comprovante de endereço, diploma ou atestado de conclusão de curso, histórico escolar do curso superior, comprovante de experiência profissional e, juntamente com a ficha de inscrição obtida no site, entregar na Escola Técnica de Campo Verde, localizada na avenida Manoel Genildo Araújo, nº 260, Bairro Campo Real II.

    O interessado tem a opção de enviar os documentos autenticados via Correios com o nome do candidato a uma unidade educacional da Secitec de Campo Verde.

    O processo de seleção será realizado em duas etapas, sendo a primeira de análise do curriculum vitae apresentado no ato de inscrição, onde serão atribuídas pontuações de acordo com o nível de formação e tempo de experiência de cada concorrente; e a segunda etapa, em que o candidato fará uma prova de desempenho didático. Durante o estágio, o interessado em preencher uma vaga de professor ministrará uma aula de 30 minutos para a banca examinadora da escola técnica, que avalia os conhecimentos e a capacidade didática do candidato.

    As inscrições do processo seletivo seguem até o dia 23 de março e o resultado final será divulgado no dia 18 de abril. O salário para docentes com contrato temporário, com prazo de seis meses podendo ser renovado por até dois anos, varia entre R$ 1.131,78 a R$ 4.074,47, dependendo da carga horária.

    Mais informações pelo tefone: (66) 3419-2838.

    Situação da mulher na Idade Média

    A mulher assumiu diferentes lugares e significados ao longo de toda a Idade Média.


    Ao falar sobre a situação da mulher no passado, muitos empreendem um discurso linear em que muitos fatos, experiências e valores históricos são simplesmente deixados para trás. Não raro, as mulheres têm o signo da submissão reservado a uma leitura equivocada, em que a suposta e recente libertação feminina tem seu valor fortalecido por essa interpretação negativa. No caso da Idade Média, ainda tida como o tempo das “trevas”, temos a impressão de que a religiosidade aparecia para reforçar ainda mais esse tipo de leitura superficial.

    Nos fins da Antiguidade, a figura da mulher era colocada em muitas situações de superioridade em relação à população masculina. Em muitas culturas, a mulher era vista como um ser especialmente capaz de realizar certos encantamentos e receber favor das divindades. Sob o olhar do próprio Cristianismo primitivo, vemos que os relatos sobre Jesus Cristo reforçam a ideia de que o Messias valorizava imensamente a participação feminina em importantes eventos e que seu lugar não poderia ser desconsiderado.

    Durante a propagação do Cristianismo, essa aura mágica e poderosa do feminino foi combatida por diversos clérigos que reafirmavam a igualdade entre homens e mulheres. Em termos gerais, tomando os gêneros como criaturas provenientes de uma mesma divindade, a suposta superioridade feminina era vista como uma falsidade que ia contra a ação divina. Com isso, o antigo discurso o qual a Igreja apenas detraiu a mulher, não correspondia às primeiras formulações que pensavam o lugar do feminino.

    Na medida em que o celibato se tornou uma das exigências mais importantes da organização hierárquica da Igreja, notamos que a desvalorização feminina se põe como estratégia de manutenção da organização eclesiástica. Eva, vista como a grande responsável pelo pecado original, é uma das justificativas que aproximavam a mulher do pecado. Do mesmo modo, era a mulher que pedira a cabeça de São João Batista e que descobriu o segredo de Sansão e o entregou para a sua humilhante morte.

    Contudo, já na Baixa Idade Média, vemos que esse processo de desvalorização, sedimentado pela Primeira Mulher, se transformava com a visão da Virgem Maria como um meio de renovação. Encarando diversos desafios em prol do jovem salvador, essa mulher determinava a constituição de outro olhar sobre o feminino. Não por acaso, vemos que o culto mariano, a canonização de mulheres e a reclusão nos conventos se elevam significativamente com esse tipo de reinterpretação.

    Tendo em vista a condição demasiadamente sagrada da Virgem Santa, a figura de Maria Madalena também era colocada como uma possibilidade mais acessível aos cristãos daquela época. A mulher poderia se arrepender dos seus pecados e, desse modo, se firmar como uma figura positiva. De fato, vemos que a suposta reclusão feminina não correspondia à existência de algumas mulheres intelectualizadas e independentes que circularam durante a Idade Média.

    Sendo um período histórico tão extenso, não teríamos condições próprias de abarcar todas as possibilidades de constituição da imagem feminina nesse tempo. Contudo, por meio dessa breve consideração, notamos que as mulheres assumiram papéis que extrapolaram os antigos preconceitos ainda reservados ao medievo. Sem dúvida, as mulheres medievais são muitas, variadas e dinâmicas, como as manifestações do tempo em que viveram.


    Por Rainer Sousa
    Mestre em História
    Equipe Brasil Escola

    Notícia da Seduc/MT

    A identidade revelada pela Educação



    “Antes eu tinha vergonha de ir às reuniões escolares porque não sabia assinar a lista de presença dos pais. Eu sempre saia por último da sala pra que ninguém soubesse que eu não sabia assinar meu nome”. O relato emocionante é parte da vida da dona de casa Adelaíde Januária, 67 anos, mas hoje já não reflete mais a sua realidade.

    Estudante do Centro de Educação de Jovens e Adultos 6 de Agosto, do município de Pontes e Lacerda, ela cursa o 2º ano do 2º segmento e hoje, como gosta de dizer, é dona de uma identidade.

    As dores advindas da idade, a dificuldade na visão, não servem como empecilho para que a quilombola nascida em Vila Bela da Santíssima Trindade na década de 40 seja uma das estudantes mais assíduas do Ceja.

    Para Adelaíde – que criou dez filhos – acordar cedo não é problema nenhum para ir à escola. Ela percorre um trajeto de cerca de 4 quilômetros diariamente.
    A história de vida de Adelaíde confunde-se com o crescimento do país. Muito pequena ela mudou-se de Mato Grosso para Rondônia onde foi trabalhar no seringal. Filha de mãe solteira, tinha a incumbência de ajudar nas despesas e também na criação dos irmãos. Terminou casando-se com 13 anos com um homem de 50. Teve um filho com ele. Divorciou-se, voltou para Mato Grosso (dessa vez para Pontes e Lacerda), e arranjou outro amor.

    A correria diária para cuidar dos nove frutos dessa relação - que já dura 40 anos - terminou por adiar o sonho de ir para os bancos escolares. “Agora que o meu caçula já tem 29 anos eu voltei pra escola e não quero sair. Meu marido agora não se importa mais. Antes ele não me deixava. Eu sei que agora é mais difícil. A aluna aqui não ajuda muito, a visão também não, mas não gosto de faltar. A professora tem paciência”, relata.

    Adelaíde já consegue pagar contas sozinhas, já faz compras sem sentir-se envergonhada. Sua meta agora é escrever. ‘Quero mandar uma carta para minha irmã que está lá em Rondônia. Vale a pena voltar para escola. Agora eu quero convencer meu marido. Eu tento todo dia um pouco”,finaliza.
    O Centro de Educação de Jovens e Adultos atende a cerca de 1,2 mil alunos.


    Patrícia Neves
    Assessoria/Seduc-MT


    Notícia da Seduc/MT

    Concursos mobilizam estudantes contra uso de entorpecentes



    Estudantes da rede pública e privada, matriculados em escolas de todo o país, podem se inscrever em cinco concursos diferentes que visam a promoção de políticas e mobilização contra o uso de entorpecentes no país. A promoção é da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça. Os trabalhos devem ser postados até a data de 25 de abril de 2011. As premiações para os primeiros colocados variam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil.

    O ‘XII Concurso Nacional de Cartazes’ é direcionado a estudantes do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental de 9 anos. Já o ‘I Concurso Nacional de Vídeo’ tem como público alvo os estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental de 9 anos e Ensino Médio. O ‘IX Concurso Nacional de Fotografia’ e o ‘IX Concurso Nacional de Jingle’ são dirigidos à população em geral. Este ano os concursos têm como tema "Arte e Cultura na prevenção do uso de crack e outras drogas".

    Em parceria com o Centro de Integração Empresa/Escola - CIEE, a SENAD está lançando o ‘X Concurso de Monografia para Estudantes Universitários’, com o tema ‘A Intersetorialidade como Estratégia de Enfrentamento ao Crack’.

    Para saber mais informações sobre a Senad e obter os detalhes e o regulamento de cada um dos concursos basta clicar aqui:

    http://www.senad.gov.br/concursos/2011/concursos2011.htm?id_noticia=104290


    Patrícia Neves
    Assessoria/Seduc-MT

    Notícia da Seduc/MT

    Escola Estadual 9 de Julho se destaca em concurso e lança coletânea



    O trabalho de pesquisa desenvolvido pela Escola Estadual 9 de Julho, da cidade de Água Boa, sobre o tema ‘Vozes d´África: Leitura e Escrita: Experiências Inovadoras, resultou em uma coletânea intitulada ‘Vozes d’África: Verso e Prosa’. A produção interdisciplinar foi lançada no 1º Café Literário de Água Boa. O projeto rendeu ainda a escola a segunda classificação dentre os dez melhores trabalhos sobre cultura afro promovida pelo Sintep de Mato Grosso, denominado ‘Mama África’.

    Segundo o coordenador do projeto, professor especialista em Educação Interdisciplinar, Waldiney Santana da Costa, toda a comunidade escolar se mobilizou para a efetivação das pesquisas no ano de 2010. A unidade atende a cerca de 1,5 mil alunos e a ideia será novamente aplicada no decorrer do ano letivo de 2011.

    O projeto desenvolveu-se com estudo de textos literários e a contribuição da cultura africana na formação do ser brasileiro. As atividades envolveram os alunos do Ensino Fundamental e de Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Como fatores primordiais, buscamos não só estimular a leitura de livros com a temática em destaque, mas promover a interação cultural por meio da literatura afro-brasileira. Ao desenvolvermos as atividades visamos à aproximação do escritor e leitor para a discussão de conhecimento e oportunizando a produção textual de poemas, contos e textos dissertativos”, conta o professor.

    O concurso ‘Mama África’ classificou, no total, dez trabalhos. Os coordenadores das unidades que receberam 2º e 3º lugares ganharam um notebook e um kit-afro (contendo camisetas e livros relacionados à temática). O segundo colocado tem direito ainda a uma viagem para uma comunidade quilombola de Vila Bela da Santíssima Trindade.

    As escolas destaques foram: Escola Zeferino José de Mattos, do município de São José dos Quatro Marcos; Escola 9 de Julho de Água Boa; Escola Dom Aquino Corrêa (de Itiquira); Escola Dom Bosco, de Lucas do Rio Verde, Escola Deputado Bertoldo Freire, de São José dos Quatro Marcos, Escola Municipal Rodolfo Trechaud Curvo, de Araputanga, Escola Municipal Bela Vista (Alto Paraguai), Escola Campos Sales da cidade de Juscimeira e Escola Municipal Menino Deus, da cidade de Lucas do Rio Verde.


    Patrícia Neves
    Assessoria/Seduc-MT

    Artigo - Educação Infantil

    Contos maravilhosos, imaginação maravilhosa

    Francisca Aparecida Ramos

    Entendo que a ação do professor é fundamental para a ampliação da capacidade sócio – comunicativa dos alunos e que essa capacidade só se obtém, colocando-os em contato com uma grande variedade de textos que vão desde os clássicos da literatura infantil à literatura contemporânea. De acordo com esta afirmativa o “Projeto Imaginação Criadora”, propôs trabalhar leitura e produção de texto tendo os contos da literatura infantil como objeto de ensino, visto que os mesmos têm encantado crianças de todos os tempos no mundo inteiro.

    Essas histórias contadas oralmente de geração em geração sofreram modificações ao longo do tempo. E é por isso que conhecemos hoje várias versões de uma mesma história, pois o ser humano não se prende apenas ao mundo concreto e presente, ele tem a maravilhosa capacidade de levantar hipóteses, de supor o que deveria acontecer, de se ver em determinados contextos e criar mundos imaginários. Isto fica evidente nos contos de fada, sempre que lemos a expressão “Era uma vez...”, mergulhamos num mundo de fantasia, onde tudo pode acontecer: príncipes viram sapos, bruxas malvadas se vingam de pobres moças indefesas, ou seja, eles são portas de entrada para o mundo imaginário.

    Dessa forma o referido projeto procurou adentrar a porta deste mundo imaginário e explorar a criatividade dos alunos através da leitura e da escrita. Para isto reunimos uma grande variedade de contos maravilhosos, os quais nos renderam uma descontraída roda de leitura, que culminou em divertidas produções de textos.

    Os alunos envolvidos pela leitura e incentivados pela professora, posicionaram-se no lugar de autores e adentraram no mundo da imaginação, mudaram de propósito as histórias dos contos maravilhosos.

    Assim sendo, as historias tiveram uma nova versão:

    - Chapeuzinho Vermelho passou a se chamar, Chapeuzinho da Poluição; Chapeuzinho Amarelo;

    - Cinderela – Cinderela malvada e sua fada atrapalhada;

    - A Bela e a Fera – A Bela que era uma fera;

    - Branca de Neve – Branca de Neve e o espelho do mal, etc.

    Os trabalhos se encaminharam de tal forma que resolvemos publicá-los em um livrinho, o qual intitulamos de “Imaginação Criadora”. Com a ajuda da comunidade escolar o livro ficou pronto em pouco tempo, com direito a cerimônia de lançamento, convites e cartazes divulgando o evento, o qual foi um sucesso.

    Optamos por essa metodologia por acreditar que ela mexe com a imaginação dos alunos fazendo-os pensar e refletir sobre os clássicos de uma forma divertida. Além disso, essa maneira de trabalhar o clássico e o contemporâneo ao mesmo tempo é muito interessante, visto que este contato faz com que o aluno perceba que a variedade textual com que ele entra em contato foi construída sócio – historicamente, variando sua estrutura e sua composição, de acordo com as necessidades comunicativas dos grupos e sua cultura ao longo da história.

    O ensino sobre essa orientação se embasa no sócio – interacionismo, na teoria enunciativa e na linguística textual “cujo enfoque teóricos dirigem o ensino de língua(gem) para seu uso e funcionamento discursivo, enquanto sistema semiótico, simbólico, contextualizado e determinado sócio-historicamente”, como afirma (COSTA, 2000, p. 67). Tal perspectiva também vem de encontro com o que prescrevem os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs): uma prática de ensino voltada para a formação de leitores e escritores autônomos e críticos. E este foi o objetivo do Projeto “Imaginação Criadora”.

    Mas será que esta busca surtiu o resultado desejado? Podemos afirmar que sim – crianças entusiasmadas criando, ou melhor, recriando histórias, buscando nas raízes inspiração para o presente, preparando e encenando peça teatral a partir de suas próprias produções, elaborando convites e cartazes, divulgando o evento, lendo em voz alta suas produções a toda a comunidade escolar, foram momentos inesquecíveis que eles guardarão para sempre na memória.

    E é isso aí! Se quisermos formar leitores ou escritores de fato temos que acreditar na pedagogia da diversidade “que permite ao educando utilizar como situação a linguagem que envolva tanto a capacidade linguística ou linguística discursiva como situação de ação em contexto” (ROJO, 2001, p. 139); visto que, numa mesma sociedade há uma grande variedade de textos exigidos pela múltipla e complexa relação social.

    Portanto, recomenda-se que o ensino de Língua Portuguesa gire em torno do texto, de modo a desenvolver as competências comunicativas dos educandos.


    Escola Estadual Maria Eduarda Pereira Soldera.
    Docente: Francisca Aparecida Ramos.
    Graduada em Licenciatura Plena em Letras.




    BIBLIOGRAFIA

    Brasil, Secretaria de Ensino Fundamental, Parâmetros Curriculares Nacionais – Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais, Brasília, 1997.

    COSTA, S. R. 2000, A construção de “Títulos” em Gêneros Diversos: Um Processo Discursivo Polifônico e Plurissêmico. In: ROJO, R. (Org). A Prática de Linguagem em Sala de Aula: Praticando os PCNs. São Paulo; Campinas: Mercado das Letras, p. 67 – 90.


    ROJO, Roxane. A Prática de Linguagem em Sala de Aula: Praticando os PCNs. São Paulo, Educ, 2001

    Notícia da Seduc/MT

    Seminário Bulling na Escola: desafios para educadores será realizado segunda-feira

    BULLING


    O Conselho Estadual de Educação (CEE) promove o “I Seminário Bullying na escola: desafios para educadores”, na próxima segunda-feira (14.03), a partir das 7h30, na Escola Estadual Maria de Arruda Müller (Liceu Cuiabano). O evento é destinado aos gestores de escolas municipais e estaduais da Baixada Cuiabana. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição, disponível no site do CEE, e encaminhá-la no e-mail: joao.oliveira@seduc.mt.gov.br.

    No período matutino, às 8h40, será apresentado o filme “Bullying: provocações sem limites”. Na sequência haverá uma roda de conversa sobre o tema coordenado pela psicóloga da Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá, Yvone Ynez Ricce Boaventura. Logo em seguida terá início a conferência “O papel do gestor público no combate ao bullying na escola”, com a secretária de Estado de Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida, o promotor da Justiça e Cidadania e Defesa da Educação, Miguel Slhessarenko Júnior, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira. A conferência terá como mediador o secretário adjunto de Estado de Comunicação, Onofre Ribeiro, e como debatedor o professor doutor da Universidade Federal de Mato Grosso, Naldson Ramos da Costa.

    À tarde, a partir das 14h, estão programados relatos de experiências sobre o tema “A arte como resgate de valores humanos”, a cargo da professora Luzia Pereira de Souza Abich, da Escola Estadual Dom José do Despraiado (Cuiabá), e Neuza Angelin, do Centro Municipal de Educação Básica Integral Carlos Drummond de Andrade (Nova Mutum).

    Às 16h30, haverá discussão sobre a “Construção de uma agenda de compromisso da Escola para 2011”, coordenada pela presidente da Câmara de Educação Básica do CEE, Conselheira Nágila Edilamar Vieira Zambonatto.

    O seminário é organizado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE), por meio da Câmara de Educação Básica (CEB), Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT), Secretarias Municipais de Educação de Cuiabá e Várzea Grande e Conselhos Municipais de Educação de Cuiabá e Várzea Grande.



    SOLANGE WOLLENHAUPT
    Assessoria/CEE

    Educação Ambiental

    SME e CEMAT assinam acordo para distribuição de livros sobre Educação Ambiental

    http://www.odocumento.com.br
    Da Assessoria


    A Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá (SME) e as Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. (CEMAT) assinaram hoje (11-03) Termo de Cooperação Técnica Mútua para doação de cinco mil exemplares do livro “O Gigante Monstruoso do Lixo”, da autora Patrícia Angel Secco, aos alunos da rede de ensino da capital.

    A obra aborda a educação ambiental por meio da redução do consumo do lixo e da destinação correta dos detritos.Durante a assinatura do termo, o secretário municipal de educação, Permínio Pinto Filho, agradeceu a parceria com o grupo e destacou a preocupação constante da empresa com as questões voltadas ao meio ambiente. “A CEMAT é uma parceira presente e sempre bem vinda nas diversas atividades da secretaria”, disse.


    Permínio ainda destacou que ações que envolvem crianças e adolescentes provocam efeitos mais positivos. “Neste caso, a educação e conscientização dos nossos alunos, com certeza, melhorarão as condições de vida na sociedade e no planeta”.

    Segundo a gerente de Comunicação da CEMAT, Daniela Romio, a obra foi viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura e patrocinada pelo grupo. “Esse é o terceiro volume de uma série de livros voltados para a questão do uso consciente e que vêm ao encontro da política de sustentabilidade da empresa, que envolvem os eixos financeiro, ambiental e social”.

    A gerente ainda explicou a SME foi a escolhida para a doação dos livros por ser umas das portas de entrada do público que a empresa deseja atingir.

    Na avaliação do Diretor de Gestão Educacional da secretaria, Gilberto Fraga, o trabalho desenvolvido com as crianças é sempre bem sucedido porque elas não têm resistência à aprendizagem. “Somente o fato das escolas diminuírem a produção de lixo e darem um destino adequado a ele, já é uma grande contribuição para a humanidade”, avaliou.

    Notícia da Seduc/MT

    Seduc convoca mais 75 aprovados até o final do mês de março


    Mais 75 professores aprovados em concurso público devem ser nomeados até o final de março para assumirem vagas livres nas escolas da rede. Com mais essa chamada a Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT) chegará ao número de 1.650 professores nomeados, o que representa 59% do total de aprovados (2.801).

    Até o momento foram nomeados 1.575 professores perfazendo um percentual de 52,5% do total de aprovados, conforme informações da Secretaria Adjunta de Gestão de Políticas Institucionais de Pessoal.

    Os profissionais irão atender a um total de 46 municípios em Artes, Biologia, Ciências Físicas e Biológicas, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Informática Educativa, Letras/ Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Inglês e Espanhol), Matemática, Química, Física  e Sociologia.
    Em abril a Secretaria de Educação deverá realizar mais uma nomeação de  aprovados e a previsão é a de que chegue a 75% o percentual de nomeados. Até o final de 2011, 100% dos professores aprovados devem ser nomeados.

    Patrícia Neves
    Assessoria/Seduc-MT

    Escola - Crianças defasadas

    Para que as crianças atrasadas aprendam, metodologia do Ayrton Senna exige acompanhamento individual dos alunos pelo professor

    O problema é que, durante esse período, muitos municípios desistiram de implantar os programas de fato. No mês de agosto, os primeiros alunos atrasados começaram a ser atendidos, em 646 cidades, quase a metade dos que queriam o reforço inicialmente. A falta de estrutura física e de professores são algumas das dificuldades enfrentadas pelos dirigentes municipais durante a execução dos projetos.


    As metodologias dos programas de correção exigem profissionais dedicados exclusivamente às turmas de aceleração, que precisam participar de cursos de formação inicial e que serão acompanhados por coordenadores. Esses também terão de ser designados pelos municípios, que precisam reservar salas de aula especiais para o funcionamento dos programas.

    Jussari, cidade baiana com um dos piores rendimentos na 8ª série e com altos índices de atraso nas primeiras séries do fundamental, por exemplo, desistiu do programa do Instituto Ayrton Senna pela falta de professores para assumi-lo.

    Uma das maiores limitações para enfrentar essa realidade de atraso escolar é a capacidade técnica. Mas há limitações de gestão também. Esse é um trabalho que envolve formação e qualificação de professores, investimentos em infraestrutura das escolas e até garantia de uma rede social de proteção para crianças e adolescentes, que garantam a permanência delas na escola para aprender”, analisa o diretor de políticas de formação de materiais didáticos e de tecnologias da Secretaria de Educação Básica do MEC, Marcelo Soares.

    Inês Miskalo, coordenadora da área de Educação Formal do Instituto Ayrton, aponta ainda dificuldades de comunicação em locais mais distantes, a falta de dados tabulados sobre a situação dos alunos, de espaço físico e professores em quantidade suficientes e dispostos a estar em contato permanente com o instituto. “O limite de alunos por turma, a ambientação da sala e a metodologia não adiantam sem a disposição para mudar a cultura de ensino. O professor tem de se envolver e saber relatar a situação de cada aluno, o que dá muito trabalho. Isso é o mais difícil”, pondera.


    Em todos os projetos de correção contratados pelo MEC, o aluno tem de ser o centro da aula. O planejamento das aulas e das estratégias para fazê-los aprender tem ser feito de acordo com o avanço de cada turma e estudante. Os mecanismos de avaliação e recuperação passam a ser constantes, dia a dia. A leitura e a escrita são metas perseguidas a todo instante. No caso do Geempa, as aulas da aceleração são feitas no contraturno.

    O Instituto Ayrton Senna recebeu o maior número de parceiros. Mais de 500 municípios escolheram os programas Se Liga (direcionado à alfabetização dos que estão nas séries iniciais do ensino fundamental) e Acelera (para corrigir a defasagem de alunos um pouco mais velhos). Nos dois programas, as crianças não podem passar mais de um ano. “A gente tem de fazer um investimento maciço para que o aluno tenha sucesso nesse período. Se ampliarmos, estamos dando espaço para mais fracasso”, explica Inês.

    No Distrito Federal, há muitas escolas que utilizam as metodologias do instituto. Mas não são financiadas pelo MEC e, sim, pelo governo local. Na escola CAIC Assis Chateaubriand, em Planaltina, há quatro turmas dos programas em atividade. Odith Farago, diretora do colégio, garante que os resultados foram percebidos rapidamente. “Tínhamos alunos de 12 e 13 anos na 2ª série do ensino fundamental. Isso é muito ruim inclusive para a autoestima deles, que não aprendiam. Pelo menos 50 estudantes passaram pelo projeto e aprenderam”, afirma.

    Nas salas de aula do projeto, quando alguém pergunta se as crianças estão aprendendo, a resposta é rápida. Em coro, os alunos dizem que sim, sorridentes. Jhennefer Lorrany Silva Costa, 10 anos, diz que adora as aulas. Garante que, agora, consegue ler o que não lia. Layene Moraes, 10 anos, conta que lê todos os papéis que encontra pela frente e já sonha em ser juíza. “A professora ajuda muito”, garante Jhennefer Lorrany.

    Fábio Santos, de 13 anos, deveria estar na 7ª série. Mas ainda não conseguiu sair do equivalente à 4ª série. Por isso, foi colocado na turma do Acelera na escola de Planaltina. A vontade de colaborar com as aulas passou a ser enorme. No meio dos colegas, não é mais tão diferente. Os pré-adolescentes à sua volta têm os mesmos gostos. A professora lhe dá a atenção que precisa. “Cheguei aqui sem saber de nada. Agora, já sei ler direito e aprender ficou bem mais fácil”, garante.

    Nas salas de aula, cartazes com os nomes de todos da turma mostram quem leu os livros recomendados, quem fez as tarefas, as atividades planejadas para cada dia. O professor sabe o que deve fazer e os estudantes também. As atividades são monitoradas pelos coordenadores, que visitam a escola a cada 15 dias. “A autoestima do professor também muda. O trabalho dele reflete sucesso. Acredito no meu trabalho”, afirma Suely Sodré, professora do Se Liga desde 2007.

    A realidade dos estudantes da escola CAIC Assis Chateaubriand é a mesma de milhares de crianças e adolescentes brasileiros. A Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, publicada na semana passada, mostra que a trajetória de fracasso escolar das crianças brasileiras começa nas primeiras séries do ensino fundamental.

    Em média, os alunos dessa etapa da educação básica mantêm um atraso de dois anos em relação ao ideal. As crianças de 10 anos de idade, que deveriam estudar na 4ª série, possuem apenas 2,3 anos de estudos concluídos. Aos 12, chegam a quatro anos. Aos 14, quando completariam os oito anos de ensino fundamental obrigatório (o País está em transição para nove anos), chegam a 5,8 anos de estudo.

    Não é estranho que, depois desse início educacional, apenas metade dos adolescentes de 15 a 17 anos esteja cursando o ensino médio (etapa em que todos os brasileiros nessa faixa etária deveriam estar matriculados). Para conter o atraso escolar, não basta melhorar a qualidade de ensino para os que estão entrando na escola agora. É preciso recuperar a aprendizagem dos que ficaram para trás. "Seja qual for a tecnologia utilizada, para nós, do MEC, todos os esforços devem ser empreendidos para se garantir o direito básico de toda criança e adolescente brasileiro, que é o direito de aprender", comenta Marcelo.

    Municípios com piores Idebs

    Municípios com piores Idebs não têm centro cultural ou áreas de lazer. Nas escolas, faltam bibliotecas e laboratórios

    Priscilla Borges, enviada especial a Bahia

    Victor Wagner dos Santos, de Apuarema, não têm onde estudar ou guardar o material. Tudo fica em uma caixa de papelão'


    Os estudantes de alguns dos municípios com piores índices de qualidade na educação enfrentam problemas dentro e fora da sala de aula. Na sala de aula, professores com falhas na própria formação e sem cursos contínuos de atualização encaram disparidades que complicam o processo de aprendizagem. Como crianças e adolescentes que não aprenderam a ler e a escrever na idade correta e correm atrás do prejuízo. Muitas vezes, os alunos desinteressam-se pelas lições do professor. Em casa, não encontram o apoio que precisam. As famílias, quase todas com baixo nível de escolaridade, estão preocupadas em driblar a pobreza e a falta de emprego.



    As estatísticas criadas para apontar a qualidade da educação não são capazes de medir todas essas variáveis, que influenciam diretamente o sucesso ou o fracasso de estudantes, escolas e municípios. O iG percorreu, no início do mês, mais de 1.000 quilômetros pela Bahia, Estado que amarga algumas das notas mais baixas do Brasil no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), para conhecer essa realidade por trás dos números.

    Na maioria dos municípios visitados, grande parte da população se sustenta com o Bolsa Família. Os municípios, pobres, não oferecem biblioteca, espaços culturais, atividades esportivas ou de lazer. Nas escolas, não há livros ou laboratórios de ciências. Nas casas, falta qualquer material didático e escolar.

    Até sexta-feira, o iG publica uma série de reportagens que mostrará os obstáculos ao direito de aprender. Nesta terça, conheça a realidade de Apuarema, Jussari e Dário Meira, municípios com alguns dos piores resultados do Ideb

    Notícia da Seduc/MT

    Profissionais da educação vão debater como trabalhar a sexualidade do deficiente intelectual




    O Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), realiza de 28 a 31 de março uma série de discussões que tem como proposta otimizar o trabalho de inclusão do deficiente intelectual. ‘Como trabalhar a Sexualidade do Deficiente Intelectual’ será tema de uma das palestras. A gerente de Educação Especial da Seduc, Nagila Edilamar Vieira Zambonatto, a psicóloga Ângela Alves e o psicanalista Mauri Costa (ambos do Casies), serão os ministrantes. O evento é destinado aos professores da rede estadual de ensino e as inscrições já podem ser feitas junto ao Casies.

    Para garantir o acesso e permanência do aluno no âmbito escolar, baseando na transformação, estruturação e adequação das escola e profissionais da educação, a discussão se faz necessária. A sexualidade ainda é tratada como um tabu e, se tratando do pessoa com deficiência, os preconceitos são ainda maiores. Os temas transversais sugerem abordagens referentes à sexualidade, permitindo o desenvolvimento afetivo, a auto-estima e o comportamento social do aluno.

    O Casies está localizado a rua dos Crisântemos, número° 16, bairro Jardim Cuiabá. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (65) 3322-5514 ou (65) 3613-7612.



    Patrícia Neves
    Assessoria/Seduc-MT

    quinta-feira, 10 de março de 2011

    Curso - Diamantino/MT

    Com foco na Educação, Diamantino oferece capacitação para os professores e pais de alunos


    Da Assessoria

    A Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) de Diamantino realiza mais um curso de capacitação para os profissionais da área, desta vez para os professores e auxiliares de regência do pré II e pré III, visando orientá-los quanto ao método apostilado “Entrelinhas”.


    O curso ocorre entre os dias 10 e 11 de março no período integral nas dependências da UNED, sendo que a noite haverá palestra para os pais dos alunos.



    As capacitadoras vieram de Curitiba (PR) enviadas pela editora Base. Segundo a Assessora Pedagógica, Leoni Bueno Gonçalves, o material foi adotado na gestão do Prefeito Juviano Lincoln, num investimento para melhorar cada vez mais o nível da Educação Infantil no município, e assim aumentar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).


    “Faz dois anos que adotamos esse método, a mudança é visível, as crianças estão cada vez mais preparadas e os professores ficam surpresos com o nível dos alunos”, mencionou Leoni.



    Todas as escolas que oferecem o pré II e pré III estão trabalhando com esse método, inclusive as da zona rural, informou a Assessora Pedagógica.


    A capacitação funciona de duas formas: os profissionais da Educação recebem curso presencial a cada semestre e também tem o atendimento online que funciona todos os dias.


    “É tudo gratuito, só basta o professor querer”, enfatizou a Assessora.


    O material foi adotado por enquadrar nos anseios do gestor do município, que ensejou algo que abrangesse os alunos, seus pais e os professores. Desta forma o kit consiste em apostila e agenda para os alunos, cartilha de como orientar os filhos em casa para os pais e material para o professor incluindo capacitações.

    "http://www.odocumento.com.br