Terça, 30 de julho de 2013,
09h12 |
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Segundo IBGE, 12
mil habitantes não são alfabetizados. PORTAL G1 São dados como este que exemplificam o que foi apontado no levantamento feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que divulgou nesta segunda-feira (29) o "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013". De acordo com a publicação, a cidade do Marajó tem o pior Desenvolvimento Humano do país. O professor do doutorado de Antropologia da Universidade Federal do Pará, Agenor Sarraf, nasceu em Melgaço e dedica sua pesquisa à cidade. Segundo ele, grande parte dos analfabetos são pessoas com mais de 15 anos, que não conseguiram estudar durante uma crise da educação ocorrida na década passada. "O número de professores leigos era muito grande: 75% dos professores não tinham magistério em 2001", disse. O professor, que atuou como secretário de educação no período, conta que a cidade investiu na capacitação docente, mas hoje ainda faltam políticas para atrair e manter jovens e adultos na escola. "O município não consegue montar Ensino de Jovens e Adultos. As pessoas são pobres e precisam trabalhar. O muncípio carece de programas para sucesso escolar", avalia. O G1 tenta contato com o prefeito de Melgaço, mas ainda não foi atendido. Em nota, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), responsável pelo Ensino Médio, informou que uma nova escola de ensino médio deve ser começar a ser construída na cidade ainda em 2013, e que a Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves irá integrar o programa Jovem de Futuro a partir de 2014. O projeto visa melhorar a qualidade do ensino através de novas metodologias pedagógicas. A Seduc informa ainda que a cidade de Melgaço também aderiu ao Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), coordenado pela Rede Estadual de Ensino, executado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) junto ao município, com a principal meta é de ter todas as crianças alfabetizadas até os 8 anos de idade. POBREZA Além da educação, a população de Melgaço também sofre com a pobreza: de acordo com o Mapa da Pobreza do IBGE publicado em 2003, 48% das pessoas do município são pobres, grande parte da população do campo tem remuneração de R$ 71,50, fazendo com que as famílias na zona rural sobrevivam, em média, com R$ 662 por mês - menos que um salário mínimo. Na área urbana a situação é um pouco melhor: cada família recebe, em média, R$ 1.493. Mas, segundo o Departameto Intersindical de Estudos Socioeconômicos (DIEESE), este valor é inferior ao necessário para atender as necessidades básicas da população. "O salário mínimo, para atender ao que determina a constituição, deveria ser de R$ 2.860,21. Com esse valor, o trabalhador conseguiria pagar alimentação, saúde, educação e lazer para a sua família", disse o economista Roberto Sena. "O rendimento da população de Melgaço coloca essas pessoas abaixo da linha da miséria. Não dá para fazer nada com este dinheiro. A cesta básica para um trabalhador no Pará, segundo nossa última pesquisa, foi de R$ 280", pondera o economista. Segundo Agenor Sarraf, existem poucas oportunidades de emprego na cidade. "De fato o município é muito pobre. 80% da população vive na zona rural, não há indústria. A cidade não tem empresas desde a decadência da madeira e do palmito na região. As fontes de renda na cidade são a prefeitura, aposentadorias e programas sociais", revela o professor. Segundo o Dieese, a situação de Melgaço ilustra a desigualdade no estado do Pará, que tem o 13º maior PIB do país, mas apresenta a 23ª renda. "É uma concentração de renda brutal: poucos têm quase tudo, e muitos têm quase nada. Ter o povo participando da renda é o grande desafio: o estado é rico, mas o povo tem situações de vida muito difícies, como é o caso de Melgaço", critica Roberto Sena. SAÚDE Segundo o professor Sarraf, faltam médicos, enfermeiros e remédios para atender a população de Melgaço. "A extensão territorial é grande. Se leva até 15 dias para cruzar o espaço, são mais de 6 mil quilômetros. A densidade demográfica é baixa, existem postos de saúde em vilas, mas a população se espalha pelos rios e isso dificulta as políticas de saúde". Entenda o IDH O IDH mede o nível de desenvolvimento humano de determinada região. É a terceira vez que o órgão da ONU realiza o levantamento sobre a situação nos municípios do país – outras duas edições da pesquisa foram divulgadas em 1998 e 2003. No atlas de 2013, o IDH foi calculado com base nos dados do censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No atlas de 2003, as informações são as do censo de 2000, e, para 1998, a base de dados foi a de 1991. No entanto, neste ano, o Pnud mudou os critérios de aferição do índice, e atualizou os dados dessas duas pesquisas anteriores com base nesses novos critérios (leia aqui sobre a nova metodologia). O IDH dos municípios vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de um, melhor - em Melgaço, o IDH é 0,418, o mais baixo das 5565 cidades pesquisadas. O índice considera indicadores de longevidade (saúde), renda e educação. |
terça-feira, 30 de julho de 2013
NO PARÁ - Cidade com pior IDH no país tem 50% de analfabetos
Mais motivação para a vivência cristã
Educação pública
Terça, 30 de julho de 2013 |
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Qualitativamente estamos na
berlinda, e por mais que o governo tente dizer o contrário, uma coisa é fato:
todos os índices que avaliam a qualidade do ensino ao redor do mundo nos colocam
na lanterna. JOEL MESQUITA Na contramão do mundo hodierno, o modelo adotado na Educação Básica e Pública no Brasil, despreza a meritocracia e contribui para a reprodução das desigualdades socioeconômicas e culturais, não preparando os alunos para os desafios da vida; no geral os estudantes da Escola Pública tem baixo desempenho nos exames que avaliam desempenho e qualidade no Ensino Básico ofertado no país. Qualitativamente estamos na berlinda, e por mais que o governo tente dizer o contrário, uma coisa é fato: todos os índices que avaliam a qualidade do ensino ao redor do mundo nos colocam na lanterna. Em pesquisa encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, o Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking mundial de educação que avaliou comparativamente 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores. Assim sendo, faltam razões para justificarem o atual modelo de Ensino Ciclado utilizado pela Rede Pública de Ensino no país. Em pleno século XXI, quando o Estado deveria está capacitando os jovens para entrar no mercado de trabalho de forma competitiva, o que temos para o momento é um Sistema Educacional Básico falido e literalmente abandonado pelo governo. Falta professor com espírito de cientista, que ame a pesquisa e principalmente, tem faltado investimento no setor, o governo precisa criar mecanismos para que a educação volte a ser um setor que atraia o interesse de mentes brilhantes. Sou professor da educação básica na Rede Pública e posso testemunhar a realidade lamentável em que se encontra o Ensino Público no Brasil, mais especificamente no estado do Mato Grosso. Tem faltado compromisso e um projeto de investimentos de longo prazo. Meus alunos não possuem conhecimento essencial para enfrentar o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM e disputar vagas na Universidade Pública com igualdade em relação aos alunos oriundos do ensino privado. A causa dessa situação vexatória a meu ver é que ao permitir a progressão continuada do aluno ao longo de sua vida escolar, a instituição escola contribuiu para que o aluno avançasse em seus estudos mesmo sendo possuidor de lacunas inadmissíveis em sua formação básica. O resultado tem sido desastroso! Assim sendo é comum ter em sala de aula alunos e alunas concluindo o Ensino Médio, que mal sabem ler e escrever corretamente. Agora pergunto aos defensores desse modelo de escola: onde está à razão de existir dessa filosofia educacional, denominada Ensino Ciclado? Uma proposta que não tem objetivado em sua prática cotidiana agregar conhecimento efetivo ao aluno? Pergunto: é correto endossar o fracasso de uma geração de jovens estudantes? Ondem estão os professores que não se manifestam? A situação é vergonhosa e eu fico imaginando até quando esse silêncio perdurará. A problemática é grave e requer reflexão. Até onde irá essa covardia por parte dos docentes? Isso mesmo, covardia, nossos educadores tem se portado de forma covarde. Nesse momento de crise no Sistema Educacional é premente que se abra o debate em torno do problema. Não podemos aceitar que a educação seja deixada em segundo plano. Estamos perdendo o futuro no presente. Temos que rediscutir esse modo de ensinar. Não é razoável aceitar e se submeter a essa situação constrangedora de indiferença frente à situação, que a cada ano tem se agravado. Outro dia, estive na Universidade Federal do Mato Grosso em Cuiabá, onde me formei, quando uma professora Doutora veio até a mim e disse: meu caro aluno, a situação é grave, tenho alunos que ingressaram no Ensino Superior e que não conseguem ler ou escrever corretamente. Indaguei a ela, qual era a origem desse aluno; ela me respondeu, veio da Escola Pública. Agora eu pergunto: a culpa é de quem? Do aluno? Dos docentes com seus salários de fome? Ou é culpa do modelo adotado pelos gestores das pastas de Educação nesse país? Uma Escola Pública, que com o atual modelo de ensino, sequer tem conseguido preparar o aluno para atender as exigências do Ensino Superior Público, não poderá está no caminho certo. É preciso que haja reformulações. O que me aflige é a indiferença culposa. Quem deveria de forma ética denunciar o sucateamento da Rede Básica de Ensino Público e a ineficácia e ineficiência do modelo de Ensino Ciclado não o fazem. Seguindo o diapasão de nossos governantes, que não estão nem aí para a educação, os educadores, em sua maior parcela, contribuem com a disseminação de um discurso falacioso e equivocado transmitindo uma mensagem, na base do “quem cala, logo consente” de que está tudo bem. Quando na verdade o Sistema Educacional Público para o Ensino Básico se encontra falido e sem rumo. Além do mais, não podemos nos esquecer do papel da escola, da sua missão transformadora. Se o aluno vai para a escola é porque o mesmo precisa ser moldado, preparado, ensinado, ele precisa ser treinado para enfrentar os desafios do mundo; o professor é o comandante e precisa assumir a postura de líder, de técnico, é essencial que o mesmo seja investido de “poder” na tomada de decisões. Quem conhece o aluno é o professor, e é este último quem deve decidir se o educando possui conhecimentos necessários para avançar em seus estudos. Infelizmente a progressão continuada tirou do professor a “autonomia”. Ultimando, é preciso que haja um aggiornamento, pois num momento difícil como o que temos vivenciado, é fundamental que os educadores unam forças e disseminem a ideia de uma reforma educacional e que chamem a sociedade civil organizada para o debate. É preciso que se fale que as coisas não vão bem. A mudança precisa acontecer. * JOEL MESQUITA é cientista social |
Feedback – Uma ferramenta para quem busca o sucesso
Lair Ribeiro
A
tradução literal de feedback é “retro-alimentação”. Em Cibernética,
disciplina que estuda
sistemas autônomos, retro-alimentação ou realimentação é a informação que
sai de um sistema para se tornar fonte de alimentação do próximo
“comportamento” do sistema, e pode ser
positivo ou negativo.
Ciberneticamente
falando, o feedback positivo ocorre quando, aumentando-se um sistema,
aumenta-se o outro; ou diminuindo-se um sistema,
diminui-se o outro. Ex.: O poder de um
líder, uma vez diminuído, torna-se cada vez
menor. — A situação é negativa, mas o
feedback é positivo!
O
feedback negativo, por
sua vez, ocorre quando, aumentando-se um sistema,
diminui-se o outro e vice-versa. Ex.: Menos insatisfação no ambiente de trabalho,
mais produtividade dos colaboradores. —
A situação é positiva, mas o
feedback é negativo!
Há
ainda o feedback antecipado, ou realimentação antecipada, que é gerado por
uma informação que não provém
do sistema, mas é uma antecipação do que pode vir a acontecer, e as chances de que
aconteça são proporcionais à quantidade de pessoas
que acreditarem no que estiver sendo “antecipado”. Ex.: Se todos pensarem que a Bolsa de
Valores irá subir, ela
certamente subirá; se todos pensarem que vai despencar,
ela despencará... — A situação pode ser
positiva ou negativa,
dependendo do que for
antecipado.
A
importância do feedback para o
nosso crescimento e desenvolvimento em todos os
aspectos da vida corresponde à importância de saber se
estamos agradando ou não, se estamos fazendo a coisa certa
ou a errada, se podemos continuar naquele caminho ou se
temos de procurar outro...
Sempre que
determinamos um objetivo e agimos para
que ele se concretize, precisamos buscar informações
sobre os resultados que
estamos obtendo para podermos ajustar nosso
comportamento de forma a garantir que o objetivo
seja atingido. Essas “informações”
que buscamos são chamadas de
feedback.
Portanto, quem
almeja o sucesso deve considerar a possibilidade de adotar o feedback como ferramenta
para medir o seu progresso,
uma vez que, durante o
caminho, pode ser muito
fácil – e até mesmo
tentador – perder o rumo.
Precisamos
de feedback porque, para crescer e nos desenvolver, precisamos, acima de tudo,
interagir com outras pessoas e com o
Universo, trocando experiências e ensinamentos. Tão importante
quanto estar
atento à receber feedback é contribuir com o
crescimento do outro, fornecendo-lhe também feedback. Entretanto, não
é tão simples utilizar essa
ferramenta.
Alguns cuidados
devem ser tomados quando damos ou
recebemos feedback, a
fim de preservar os recursos
desse poderoso e precioso fluxo de
comunicação e de aprendizado entre as pessoas. Um
feedback mal dado pode ser facilmente confundido com a crítica,
que estimula sentimentos como
constrangimento, culpa, impotência e, até mesmo,
injustiça. Por isso,
honestidade e sinceridade são
ingredientes fundamentais para
que o feedback atinja seus propósitos.
E isso é exigido tanto de quem dá
quanto de quem recebe o feedback.
Para um feedback produtivo, também é preciso
verificar a sua aplicabilidade, certificando-se de que a pessoa que o receberá terá condições de rever a
situação em questão e evoluir para uma mais favorável ou adequada.
Sempre que
possível, o feedback deve ser
mais descritivo que avaliativo, evitando suposições, principalmente em relação ao
comportamento usual da pessoa
que o estiver recebendo, e deve ater-se à
descrição das mudanças necessárias
para a ação em questão.
Procure
fornecer o feedback logo após a ação que necessita de
retorno, pois
será mais fácil para quem o estiver recebendo promover as adequações
necessárias, tornando o aprendizado
ainda mais eficaz. E
dê o feedback sempre diretamente, nunca por
intermédio de terceiros.
Quando
oferecido com respeito, o feedback é um verdadeiro
presente. Francisco
Autor: José de Paiva Netto
Ao ser eleito bispo de Roma, como gosta de ser citado, na sua nobre modéstia, o argentino Bergoglio escolheu o nome do poverello de Assis, Francisco, que, por sinal, é o patrono da Legião da Boa Vontade.
Portanto, é com satisfação que vemos nele propósito similar de vida do santo protetor da Natureza, na sua preocupação com os pobres. Com Jesus, o Cristo Ecumênico, aprendemos que o Amor Divino é a perfeita ordem que direciona a sociedade para tempos melhores, de respeito às diferentes culturas e etnias do planeta que nos abriga.
A perseverança dos jovens na militância do Bem só pode trazer benefícios às comunidades. Por isso, a recomendação evangélica de Jesus, o Profeta Divino — “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”, João, 13:34 —, deve iluminar constantemente a agenda dos que vivem e trabalham pela Caridade — sinônimo de Amor — e pela Paz.
RENASCIMENTO DO ESPÍRITO DIVINO
E para saudar o Dia da Caridade, 19/7, em sua elevada abrangência, apresento-lhes alguns trechos de meu livro “Reflexões da Alma”, no qual afirmo que — a Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo é a mais diligente dialética, sempre realizadora e atual — por mais que passe o tempo —, porquanto fraterna e generosa. Fala ao coração, não somente ao cérebro, sustentando-os na “Paz que o mundo não lhes pode dar” (Evangelho segundo João, 14:27). Daí a capacidade de curá-los, tendo como ponto de partida a mente. Cuida do corpo humano em seu aspecto integral, proclamando-o como a morada do Espírito enquanto reencarnado. (...)
A Terra é um Educandário Divino onde se espraiam as nobres lições de Jesus, o Catedrático Celeste. A grande reforma dessa Universidade Sublime é superior ao Renascimento que se deu na Europa, anteriormente preparado pelos muçulmanos, que foram, na Antiguidade histórica, buscar a sabedoria esquecida dos gregos. No Ocidente, surgiram figuras luminares, a exemplo de Da Vinci, Michelangelo, Cellini, Raffaello, Giovanni Picco della Mirandola, Pietro Pomponazzi. Esses, entre outros, entraram na História como ilustres destaques do Renascimento, movimento artístico, literário e científico (do qual Galileu Galilei é expoente), que floresceu no Velho Continente durante o período que corresponde à Baixa Idade Média e o início da Era Moderna, do século 14 ao 16. O Universalismo, uma das principais características da época renascentista, considera que o indivíduo deve desenvolver todas as áreas do conhecimento.
Mas a consciência que há de brilhar no mundo é muito mais que isso! É a nova Ressurreição do Cristo e de todos aqueles que se comprazem no verdadeiro Bem que de Deus desce a este orbe. Trata-se do definitivo Renascimento do Espírito Divino, a beneficiar cada criatura e toda a sociedade ansiosa de Luz, mesmo quando não o percebam.
Depositemos nossa Fé Realizante no Poder Celestial, na vida e no progresso. Enfim, mantenhamos o ânimo, confiando na habilidade do ser humano e de seu Espírito Eterno. Com respeito e esperança devemos motivá-lo. Batalhemos, pois, de forma incessante — como propunha Alziro Zarur (1914-1979), no seu “ Poema da Amizade” — para, “mesmo assim de rastros, tentar trazer o paraíso à Terra”.
Vida sem diálogo
Autor: Eldes Ivan de Souza
Um pouco assim tem sido a vida de muitas pessoas. Hoje, devido à distância e ao congestionamento no trânsito das médias e grandes cidades, as pessoas saem para o trabalho e só retornam à noite para as suas casas. Tem sido assim até mesmo com os filhos que estudam, os quais vão para o colégio ou faculdade e acabam almoçando em restaurantes próximos, voltando para suas casas só ao fim do dia.
Nesta vida atual, marido, mulher e filhos estão perdendo o hábito e o costume de almoçarem juntos em casa.
Antigamente, não era assim. Na hora do almoço deixávamos os compromissos e íamos para casa almoçar com a família, consciente de que a presença do pai à mesa do almoço e do jantar era coisa que não podia faltar. Hoje, está tudo mudado.
Mas, mesmo em relação àqueles que ainda podem se reunir nessa hora, a impressão que se tem é que parecem que vivem distantes um dos outros. Sentam-se à mesa para almoçar ou jantar, mas de um lado, a televisão ligada e, de outro, cada filho com um celular ou tablet ao lado, os impedem de conversar.
Na realidade, as redes sociais na internet e os celulares e tablets estão substituindo os diálogos entre todos. Sentados ao redor de uma mesa, seja onde for você vê cada um com um celular, e ninguém mais conversando entre si. É em casa, nos restaurantes, nos aniversários, nos casamentos e até nas igrejas. Não é mais uma mania. Virou mesmo uma epidemia.
Pode ser sinal de novos tempos, mas a verdade é que com essa falta de conversação todos saem perdendo porque a arte de dialogar nutre o amor, melhora e aproxima as pessoas. Quantas vezes sua esposa, seu filho ou filha quis lhe contar as suas dificuldades e os seus dias de tristeza ou dúvidas, mas você ou nunca estava presente ou nunca estava aberto ao diálogo. Vive sem tempo para ouvir e falar com eles.
O médico, psiquiatra e psicoterapeuta, Augusto Cury nos alerta dizendo que grande parte dos casais desenvolve uma grave crise afetiva porque não aprendem a arte de ouvir e dialogar. Sabem falar de muitas coisas, mas não sabem falar de si. Sabem ouvir sons, mas não a voz da emoção. Têm ousadia para brigar, mas têm medo de falar dos próprios sentimentos. Ficam anos juntos, mas não se tornam grandes amigos. Ganham batalhas, mas perdem o amor porque não sabem dialogar e nem ouvir, e se esquecem de que a vida a dois requer cumplicidade e nos ensina que precisamos um do outro.
Na relação com os filhos, diz ele que é preciso que os pais tenham a coragem de dialogar dando a eles sua história de vida, suas experiências, as suas lágrimas, o seu tempo. Tenha a ousadia de contar suas dificuldades e derrotas do passado. Fale das suas aventuras, dos seus sonhos e dos momentos mais alegres de sua existência. Deixe-os conhecer você. A maioria dos filhos não conhece nem a sala de visitas da personalidade dos seus pais. Elogie mais, critique menos. Pergunte sobre seus sonhos e medos. Por fim, pergunte o que você poderia fazer para ser mais amigo deles (in 12 Semanas para Mudar uma Vida, Augusto Cury, Ed.Planeta do Brasil, SP, 18ª Impressão,p.153/154).
Um dia desses li uma passagem no site da Universidade da Vida que dizia assim: “dialogar não é discutir nem argumentar para vencer; não é fazer a cabeça do outro, ou deixar a sua cabeça ser feita. Não é impor as minhas ideias. Dialogar é descobrir o outro e revelar... É conhecer e se dar a conhecer” ( www.universidadedavida.com.br).
Então, é assim. A minha mensagem é para que você, a par de uma luta árdua, não deixe que a sua família se torne um grupo de estranhos devido à falta de diálogo. Esteja mais presente, fale e converse mais com todos, abrindo as janelas da sua mente e do seu coração.
O combate à violência começa por você
Autor: Mestre Kobi Lichtenstein
Ao praticar um exercício para ter saúde, é básico que eu me preocupe em verificar se meu corpo está apto para realizar essa atividade, mesmo que a legislação não obrigue a minha academia a me cobrar pelo atestado médico.
Se eu vou buscar uma técnica para aprender a me defender da violência, é importante que eu me certifique sobre a qualificação do profissional que vai trabalhar comigo, afinal é sobre a minha segurança que estamos falando.
Mas nem sempre é o que acontece. As promessas de um resultado rápido ou a comodidade de uma academia mais próxima muitas vezes fazem com que as pessoas acabem nas mãos de falsos instrutores. O culto ao corpo aliado à questão da violência fez aumentar a ofertas de academias e também de pessoas não-qualificadas a ministrarem as diversas modalidades, como as Lutas, por exemplo.
As distorções praticadas por pessoas despreparadas para o ensino de artes marciais podem causar lesões físicas e psicológicas aos alunos. E, mais que isso, pode dar a esses alunos uma falsa sensação de estarem bem preparados para enfrentar a violência nas ruas.
O Krav Maga, a única luta reconhecida como defesa pessoal e não como arte marcial, foi desenvolvida em Israel para permitir a qualquer um exercer o direito à vida. Para ter condições de se defender, é necessária a união entre o conhecimento técnico e os treinamentos programados e avaliados. Já a formação de instrutores de Krav Maga requer extrema cautela e responsabilidade, por se tratar de uma atuação profissional que envolve riscos de grandes proporções.
Porém, hoje me deparo diversos anúncios de “treinamentos relâmpagos” que prometem formar instrutores em curtos períodos de tempo. Quem busca se tornar um especialista em pouco tempo, tem a falsa impressão de estar preparado para se defender. A ilusão gerada por um treinamento inadequado para a defesa pessoal pode ter graves consequências na hora do real perigo.
A população pode e deve tomar parte no combate à violência. Porém, adotar um comportamento defensivo começa nos pequenos gestos. Verificar a procedência dos profissionais que cuidam de sua saúde e segurança é o primeiro passo para a garantia de sua defesa pessoal.
Os sons da Alma e a sociedade ouvinte
Autor: Paiva Netto
CORAGEM E PERSEVERANÇA
Apesar do encantamento que histórias como essa despertam, enganam-se os que acreditam que se trata de acontecimentos esporádicos da coragem e perseverança humanas. Na verdade, exemplos semelhantes ao de Helen estão por todo lugar, habitando, com frequência, o cotidiano. No que se refere à perda da audição, temos, atualmente no Brasil, quase 6 milhões de pessoas nesse estado.
COMPANHIA ARTE E SILÊNCIO
Numa entrevista conduzida por Daniel Guimarães, no programa “Sociedade Solidária”, da Boa Vontade TV (canal 23 da SKY), os atores Sueli Ramalho e Rimar Segala, irmãos surdos de nascença, narraram belas experiências da trajetória de vida de ambos.
Fundadores da Companhia Arte e Silêncio, eles perceberam, desde muito cedo, pela influência do pai, que a educação e a arte poderiam ser instrumentos valiosíssimos no auxílio ao deficiente auditivo. Rimar explicou: “Em minha casa tinha muita cultura. Meu pai ficava contando histórias da Bíblia, de Moisés, e quando fui para a escola especial de surdos, percebi a falta de sensibilidade com a parte didática, da história da educação do surdo. Consegui com a minha família tudo o que aprendi. Então me sobressaía nessa escola. Quando me graduei em Matemática, acabei criando uma história, uma adaptação através dela. Comecei a ser um criador de histórias. Isso acabou me direcionando para o teatro”.
Ainda sobre o papel da educação, Sueli afirmou que “a maior dificuldade que as crianças surdas têm é da comunicação na própria família. É nela a primeira educação. Muitos pais querem aprender a se comunicar com seus filhos, mas não sabem como. Alguns deles ‘jogam’ as crianças na escola achando que o professor tem que fazer um milagre, como se a surdez fosse uma doença, por não possuírem a correta informação. Daí termos montado a peça ‘A Orelha’. Começamos a dar aulas de Libras [Língua Brasileira de Sinais] aos pais das crianças e, ao mesmo tempo, a ensiná-los a apresentar uma peça de teatro para os filhos. A peça mostra, através do humor, a realidade da cultura surda e como você pode abordar um surdo. A língua de sinais me ajudou a falar. Não proíbam o uso das mãos. É o nosso recurso, nossa visão”.
(...) Por fim, o ator Rimar Segala revelou coincidência envolvendo a estampa de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, bastante difundida pela LBV. “Desde pequeno sempre via na televisão um símbolo muito importante, a imagem de Jesus Cristo. Hoje vi a mesma imagem aqui. Quero agradecer à LBV, porque é fundamental para todo o Brasil pensar em inclusão. Estou muito agradecido. Parabéns!”.
Grato a vocês por compartilhar tanta perseverança e coragem. Uma experiência de vida que inspirará muita gente. Para outras informações, acesse www.ciartesilencio.com .
Com baixo IDH, Cuiabá ocupa a 92ª posição no Brasil
29.07.2013
De forma geral, Estado é rico e povo pobre, segundo economista
MidiaNews
A Educação é um dos parâmetros para se medir o Índice de
Desenvolvimento Human
ISA SOUSA
DA REDAÇÃOO Estado de Mato Grosso ocupa a 11ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), com índice de 0,725.
Na comparação entre os 5.565 municípios pesquisados, Cuiabá é a primeira cidade, porém está em 92ª posição, com índice de 0,785 no IDHM.
O número é alto, se comparado ao de 1991, de 0,449, porém ainda revela
uma Estado rico, com população pobre, segundo o economista Maurício Munhoz. Numa
escala de 0 a 1, o índice 1 é considerado o mais avançado.
Divulgado nesta segunda-feira (29), o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro (FJP), leva em conta três critérios: longevidade, educação e renda.
Quando comparado aos estados que compõem a região Centro-Oeste, Mato Grosso é o último colocado.
O Estado está atrás, respectivamente, do Distrito Federal (0,824), em primeiro lugar no ranking nacional, Goiás (0,735), em oitavo lugar, e Mato Grosso do Sul (0,729), em 10º.
Para se ter uma ideia, o primeiro município do país é São Caetano do Sul, em São Paulo, com 0,862.
O pior colocado mato-grossense é Campinápolis (685 km a Leste de Cuiabá ), em 5.339º, no âmbito nacional e em último lugar no Estado, com índice de 0,538. O pior colocado do país é Melgaço, no Pará, com índice de 0,418.
Reforço da desigualdade
Para Maurício Munhoz, a pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento é "emblemática", e nesse sentido também fundamental, por levar em conta estimativas sociais, e não apenas econômicas.
“A metodologia é muito interessante porque mostra a qualidade de vida das pessoas e não a representatividade tão falada do Estado no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Mesmo porque, neste segundo caso, sempre somos campeões”, afirmou.
Ao se levar em conta a longevidade da população, a renda e, principalmente, sua educação, observou o economista, nota-se que um Mato Grosso rico se apresenta perante uma população ainda pobre.
“Temos, atualmente, um modelo econômico que apresenta riqueza, mas uma riqueza que não fica aqui. Os dados demonstram isso. Se não estamos entre os melhores, nosso modelo está errado. Só pensamos em exportar matéria-prima, o que significa também que o giro desse dinheiro fica onde o produto vai e o pouco que volta, vai para os produtores”, disse Munhoz.
“Essa suposta qualidade de vida não chega. Nossas estradas são exemplos, vemos vez ou outra caminhões que escoam os produtos causando acidentes fatais. Nem abastecer aqui em Mato Grosso eles abastecem mais. Vem aqui, pegam a soja e vão embora. Atualmente, nossa economia mais produz e reproduz desigualdades do que o contrário”, completou.
O ideal, segundo Munhoz, seria a fomentação de industrialização local.
“Agroindustrializar Mato Grosso é a melhor maneira de começar a mudar a realidade que vivemos. Pegar, por exemplo, o caju e produzir sua castanha, seu fruto. Trabalhar com pequenas indústrias significa gerar trabalho e impostos, o que também significa fazer o dinheiro ficar aqui”, disse.
Indicadores
O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).
O IDHM do país não é a média municipal do índice, mas é um cálculo feito a partir das informações do conjunto da população brasileiras em relação aos três indicadores.
O IDH municipal também tem critérios diferentes do IDH global, que o Pnud divulga anualmente e que compara o desenvolvimento humano entre países.
Entre os três indicadores que compõem o IDHM, o que mais contribuiu para a pontuação geral do Brasil em 2013 foi o de longevidade, com 0,816 (classificação "desenvolvimento muito alto", seguido por renda (0,739; "alto") e por educação (0,637; "médio").
Apesar de educação ter o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu nos últimos 20 anos: de 0,279 para 0,637 (128%).
Segundo o Pnud, esse avanço é motivado por uma maior frequência de jovens na escola (2,5 vezes mais que em 1991). No indicador longevidade, o crescimento foi 23% entre 1991 e 2010; no caso de renda, a alta foi de 14%.
Confira os dados do Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013 AQUI.
Divulgado nesta segunda-feira (29), o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro (FJP), leva em conta três critérios: longevidade, educação e renda.
Quando comparado aos estados que compõem a região Centro-Oeste, Mato Grosso é o último colocado.
O Estado está atrás, respectivamente, do Distrito Federal (0,824), em primeiro lugar no ranking nacional, Goiás (0,735), em oitavo lugar, e Mato Grosso do Sul (0,729), em 10º.
Para se ter uma ideia, o primeiro município do país é São Caetano do Sul, em São Paulo, com 0,862.
O pior colocado mato-grossense é Campinápolis (685 km a Leste de Cuiabá ), em 5.339º, no âmbito nacional e em último lugar no Estado, com índice de 0,538. O pior colocado do país é Melgaço, no Pará, com índice de 0,418.
Reforço da desigualdade
Para Maurício Munhoz, a pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento é "emblemática", e nesse sentido também fundamental, por levar em conta estimativas sociais, e não apenas econômicas.
“A metodologia é muito interessante porque mostra a qualidade de vida das pessoas e não a representatividade tão falada do Estado no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Mesmo porque, neste segundo caso, sempre somos campeões”, afirmou.
Ao se levar em conta a longevidade da população, a renda e, principalmente, sua educação, observou o economista, nota-se que um Mato Grosso rico se apresenta perante uma população ainda pobre.
“Temos, atualmente, um modelo econômico que apresenta riqueza, mas uma riqueza que não fica aqui. Os dados demonstram isso. Se não estamos entre os melhores, nosso modelo está errado. Só pensamos em exportar matéria-prima, o que significa também que o giro desse dinheiro fica onde o produto vai e o pouco que volta, vai para os produtores”, disse Munhoz.
“Essa suposta qualidade de vida não chega. Nossas estradas são exemplos, vemos vez ou outra caminhões que escoam os produtos causando acidentes fatais. Nem abastecer aqui em Mato Grosso eles abastecem mais. Vem aqui, pegam a soja e vão embora. Atualmente, nossa economia mais produz e reproduz desigualdades do que o contrário”, completou.
O ideal, segundo Munhoz, seria a fomentação de industrialização local.
“Agroindustrializar Mato Grosso é a melhor maneira de começar a mudar a realidade que vivemos. Pegar, por exemplo, o caju e produzir sua castanha, seu fruto. Trabalhar com pequenas indústrias significa gerar trabalho e impostos, o que também significa fazer o dinheiro ficar aqui”, disse.
Indicadores
O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).
O IDHM do país não é a média municipal do índice, mas é um cálculo feito a partir das informações do conjunto da população brasileiras em relação aos três indicadores.
O IDH municipal também tem critérios diferentes do IDH global, que o Pnud divulga anualmente e que compara o desenvolvimento humano entre países.
Entre os três indicadores que compõem o IDHM, o que mais contribuiu para a pontuação geral do Brasil em 2013 foi o de longevidade, com 0,816 (classificação "desenvolvimento muito alto", seguido por renda (0,739; "alto") e por educação (0,637; "médio").
Apesar de educação ter o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu nos últimos 20 anos: de 0,279 para 0,637 (128%).
Segundo o Pnud, esse avanço é motivado por uma maior frequência de jovens na escola (2,5 vezes mais que em 1991). No indicador longevidade, o crescimento foi 23% entre 1991 e 2010; no caso de renda, a alta foi de 14%.
Confira os dados do Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013 AQUI.
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