Autor(a): Rozeli
Ferreira
Email:
rozeli_reiner@hotmail.com
Graduada: Matemática e
Física
Pós-Graduada:
Interdisciplinariedade
Instituição: Escola Estadual “Padre José
de Anchieta”
“[...] os educadores são como velhas árvores. Possuem uma fase, um nome,
uma estória a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os
liga aos alunos, sendo que cada aluno é um entidade, portador de um nome, também
de uma estória, sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educação é algo
pra acontecer neste espaço invisível e denso, que se estabelece a dois”. (ALVES,
1993, p. 13).
Palavras
Chave:
Autonomia, escola, educação.
A obra
de ensinar ou a obrigação de ensinar e de aprender é particularidade
especificamente humana. É isso, entre outros fatos, que nos ensina Paulo Freire
em seu livro Pedagogia da Autonomia. Ao adquirir conhecimento o homem cresce e
se desenvolve. No entanto, onde e com quem aprendemos? Em alguns espaços: a
família, a escola e a sociedade entre outros. Em todos ambientes, e com as
relações sociais aprendemos e ensinamos o período todo. Aprendemos com as mãos e
com a mente. Aprendemos ao refletir e ao fazer.
Neste
contexto, a escola faz parte da superestrutura, que são instituições para
reproduzir as relações de produção. Para explicar melhor vamos distinguir escola
e educação.
De
acordo com Pedrinho Guareschi:
Por escola nós usamos entender o aparelho criado pelo grupo dominante
para reproduzir seus interesses, sua ideologia. A escola seria aquela
instituição superestrutural na maioria das vezes imposta, obrigatória e controla
pelos que detém o poder. Quando esta escola não executar a política e os
interesses do grupo no poder, ela é censurada, mudada, reformada e até mesmo
fechada. Escola seria, pois, o aparelho ideológico do capital. (GUARESCHI, 1999,
p.98-99)
Sob
essa perspectiva, a instituição escolar passa a existir como lugar de reprodução
e materialização do poder, conduzindo a interpretação de maneira ideológica.
Conduz-nos a uma visão fatalista, como se os fenômenos existissem
espontaneamente e norteado pelo destino. A pobreza e a miséria nascem como obra
natural da existência humana e não como construção histórica. Esse aspecto é
conservado pelos livros didáticos na medida em que nega as lutas do
povo.
Ainda
seguindo o pensamento Pedrinho Guareschi (1999)
Por educação designa o processo ligado a etimologia da própria palavra
Educação é uma palavra que vem do latim de duas outras: e ou ex que significa de
dentro de, para fora e ducere que significa tirar, levar. Educação significa,
pois o processo de tirar de dentro de uma pessoa, ou levar para fora de uma
pessoa, alguma coisa que esta dentro, presente na pessoa. A Educação supõe,
pois, que a pessoa não é uma “tabua rasa”, mas possui potencialidade próprias,
que vão sendo atualizadas, colocas em ação e desenvolvidas através do processo
educativo. (GUARESCHI, 1999, p.70)
Portanto,
ensinar é o método de promover a aprendizagem, estimulando transformações de
comportamento na pessoa que aprende.
Para
ser professor fascinante temos que vibrar com nossa disciplina, conhecer/dominar
bem os conteúdos e relacionar bem com nossos educandos para dar a esses a
oportunidade de adquirir e aperfeiçoar o conhecimento por si mesmo.
Visto
que, o aprendizagem do educando, sua capacidade de raciocinar, de relacionar-se
com seu cotidiano, de desenvolver suas atividades, está na maioria das vezes
relacionado com a didática do educador. Em relação a estas afirmações será
apresentado o método de Polya escrito sob dez mandamentos os quais muito podem
contribuir para melhorar a prática do educador,
sendo regras simples para nortear a prática pedagógica. Segue abaixo o quadro com os Dez Mandamentos:
sendo regras simples para nortear a prática pedagógica. Segue abaixo o quadro com os Dez Mandamentos:
Quadro
1: Dez Mandamentos para os Educadores[1]
1
|
Tenha
interesse por sua matéria;
|
2
|
Conheça
sua matéria;
|
3
|
Procure
ler o semblante do seus alunos, procure enxergar suas expectativas e suas
dificuldades, ponha – se nos lugares deles;
|
4
|
Compreenda
que a melhor maneira de aprender alguma coisa é descobri – la você
mesmo;
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5
|
Dê
aos alunos não apenas informações, mas atitudes,
equilíbrio
|
6
|
Faça - os aprender e dar
palpites;
|
7
|
Faça
– os aprender demonstrar;
|
8
|
Busque,
no problema que esta abordando, aspectos que possam ser úteis nos problemas que
virão – procure descobrir o modelo geral que esta atrás da presente situação
concreta;
|
9
|
Não
desvende o segredo de uma vez deixe os alunos darem palpites antes, deixe – os
descobrir por si próprios, na medida do
possível;
|
10
|
Sugira,
não os faça engolir a força.
|
George
Polya afirma que há uma arte da descoberta, que a capacidade de desvendar e de
idealizar pode ser aguçada pela aprendizagem cautelosa que provoca a atenção do
educando para os princípios da descoberta, e que lhe dá uma chance de praticar
estes princípios.
Entende
– se que um educador que consiga realizar boa parte destes mandamentos, nada
mais é que um professor fascinante.
Pozo e
Echeverría ( 1998) ressaltam e adicionam que é insuficiente a tática de "dotar
os alunos de habilidades e estratégias
eficazes", sendo necessário "Criar neles
o hábito e a atitude de enfrentar a aprendizagem como um problema para o qual deve
ser encontrada uma resposta". (POZO e ECHEVERRÍA, 1998, p.
14)
Com
relação aos apontamentos de Paulo na pedagogia da autonomia (1998), sugerem três direções, destacamos a terceiro
apontamento que se refere a reciprocidade como elemento complementar do ser
docente e do ser discente. Não há
educador sem educando. De tal modo como não há educando sem educador. Os dois
papéis se completam cada um executando as funções e com isso polindo as arestas
do conhecimento.
Referências
bibliográficas
Alves,
Rubens (1993). Conversas com quem gosta de estudar. 28 ed. São Paulo.
Cortez.
FREIRE,
Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários a Prática Educativa. São
Paulo. Paz e Terra, 1997.
GUARESCHI,
Pedrinho. Sociologia Critica: Alternativas de mudanças. Porto Alegre.
EDIPUCRS,1999.
MARCO,
A. Moreira, Elcie F. Salzano/ Mazini. Aprendizagem Significativa. A teoria de
David Ausubel 1982 – Editora Moraes.
PÓLYA, G. 10 mandamentos para professores de
Matemática. University
of British Columbia, Vancouver and
Victoria (3) 1959, p. 61-69.
[1] Quadro
montado pela autora das regras referentes aos mandamentos para professor de
Matemática mencionadas no artigo 10
mandamentos para professores (*) de Elon Lajes na Revista do professor de Matemática.