sexta-feira, 12 de abril de 2013

SP lança programa para melhorar formação de professores do 6º ao 9º ano

Iniciativa prevê atividades presenciais e à distância para que os docentes melhorem os processos de aprendizagem e de gestão escolar

Em meio a uma piora do rendimento dos estudantes, o governo de São Paulo lançou nesta terça-feira um programa para melhorar a formação dos professores de português e de matemática que atuam do 6º ao 9º ano do fundamental.

A iniciativa prevê atividades presenciais e à distância para que os docentes melhorem os processos de aprendizagem e de gestão escolar.

O ciclo do 6º ao 9º ano do fundamental apresentou mais alunos classificados como "abaixo do básico" no último Saresp, exame aplicado pelo próprio governo estadual.

Um outro levantamento, divulgado pela Folha na segunda-feira, mostrou que no país todo há uma perda de rendimento dos alunos
entre os anos iniciais e finais do fundamental, especialmente em matemática.

No programa apresentado nesta terça pela Secretaria da Educação, está prevista a formação de 65 mil professores da rede, que trabalham com 1,7 milhão de estudantes.

A previsão é que o curso funcione até o segundo semestre deste ano.

Ao final, os que cumprirem 80% de frequência e aprovação nas avaliações receberão um certificado, que poderá ser usado para evolução funcional na carreira docente.

Fonte: Folha de S. Paulo 02/04/2013

Educação ofuscada e sem ideário

Ismael Bravo - ibravo@terra.com.br
Doutor em Educação, professor, pesquisador, assessor e consultor em políticas de educação e sistemas educativos.

O quanto importa a composição do ideário educacional? E, se importante, como defini-lo? Devemos agregar a essa linha de pensamento, que os princípios dos ideários, impostos na formação ideológica acadêmica da educação, caíram por terra com as mudanças ocorridas nos blocos defensores de doutrina que não mais dão conta de incorporar todo o desenvolvimento e evolução alcançados pela sociedade e disponível em fácil acesso.

Todas as ideias até então tidas como de solução e empunhada como bandeira de mudança romperam-se e vive o sentimento de que uma massa enorme de profissionais da educação ficou sem base de fundamentação para essa realidade. Frustrados pela forma como seus sonhos foram perdidos e muito mais, vendidos a que preço e por atores até então endeusados que hoje se desvelam como da pior espécie e subjugados ao mundo do crime, mas ainda envoltos da máscara social.

Ao utilizar da ideologia do tudo pelo social, formou-se um instrumento de dominação que age por meio do convencimento e de forma prescritiva, alienando a consciência da sociedade que mais precisa de discernimento para exigir níveis melhores de qualidade dos aparelhos sociais, aqui em especial a educação.

Com isso, aqueles educadores que em seus ideários tinham como meta ensinar incondicionalmente para mudar a educação brasileira, ficaram no meio do caminho, no mundo das ideias e dos discursos inflamados objetivados pela falsa consciência de uma realidade que não aflorou. Esses, ficaram amarrados pelos aspectos da dominação, à medida que o conjunto das razões ideológicas dominante foram usadas de modo instigante.

A causa da inércia dos nossos pensadores está na forma como foram cooptados. Esses são atuantes em todos os níveis de hierarquia de governo ou como membro de colegiados, que não têm seus objetivos efetivados. Essa, é uma das formas encontradas pelo sistema de criar um zona de conforto para quem sempre os defendeu.

Essa relação de dominação nada tem a ver com a ideologia discutida nas bancas acadêmicas e sim em acomodação por meio do pseudo envolvimento, mas que compõem curriculum e avalizam a espoliação da sociedade. Pegando como exemplo o caso da educação, que sofre verdadeiro bombardeio midiático para a adoção de infraestrutura e projetos educacionais, antes de entender como funciona já tem um novo no ar.

Onde está essa massa crítica, os pensadores da realidade nacional com discernimento para separar o que é bom e nefasto para educação? Estão envolvidos pelas facilidades e deslumbre de que esses míseros recursos disponibilizados para seus trabalhos de pesquisa já é mais do que suficiente para dar conta da questões educacionais.

Alguns dos profissionais da educação assistem tudo de camarote, se isentando de não fazer parte dessa farra, ficando em cima do muro ou ainda se aquietando em seus fóruns e eventos diversos, enquanto se esquecem do tamanho da conta que a sociedade terá de pagar, sem que as políticas públicas educacionais sejam efetivas.

Políticas estas que estão longe de ser fruto do efetivar do senso comum. Com base em uma ideologia neutra em seu conjunto de ideias, pensamentos e visões de mundo do indivíduo e do seu coletivo, tendo como sentido a orientação das ações sociais, em especial, as políticas públicas para a educação.

O querer ideológico educacional brasileiro passa primeiro pela forma de governar e gestar as questões da educação, desde o infantil até a pós-graduação, que sem sombra de dúvidas pressupõe gestar o governo por plano de estado em detrimento de programas de governo cheios de ralos.

O caminho é a inversão de conduta, pondo em segundo plano as ideologias partidárias para buscar o ideário das necessidades do povo. Sem o qual, a sociedade corre o risco de morte, passando a resolver suas necessidade na base da força, uma convulsão social. Algo já evidente nos grandes aglomerados humanos do país, onde a falta efetiva da presença do estado, com suas políticas, faz com que a sociedade viva em conflito, matando mais que guerras pelo mundo afora.

Na sociedade de não letrados e sem um ideal de educação, a busca de um sonho coletivo de futuro e de nação não se realizará. A cidadania só é plena quando todos têm acesso aos bens sociais de qualidade, e a educação é o motriz dessa transformação.

Imposto destinado a crianças e adolescentes

Vanderlúcia da Silva - infancia@marista.org.br
Vanderlúcia da Silva é administradora especialista em Marketing e em Gestão Estratégica de Projetos e coordenadora de parcerias e projetos da Rede Marista de Solidariedade, do Grupo Marista.

Muitos contribuintes brasileiros se deparam nos meses de março e abril com a tarefa de declarar seu IR - Imposto de Renda. Entre as possibilidades de deduções estão as doações realizadas ao FIA - Fundo para a Infância e Adolescência de municípios e estados brasileiros. Essa forma de doação é uma importante maneira dos cidadãos brasileiros contribuírem com a promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes do país.

O FIA é um instrumento de captação de recursos provenientes de fontes diversas, exclusivamente destinadas à promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente (nas áreas de assistência social, educação, saúde, cultura e lazer). Foi criado por uma legislação própria nas instâncias municipal, estadual, distrital e nacional e é vinculado aos Conselhos de Direito. A deliberação, gestão e aplicação dos recursos do Fundo são de responsabilidade dos Conselhos, fiscalizados pelo Ministério Público e Tribunal de Contas de cada esfera.

A dedução, estabelecida pela Lei 8.069/90, não traz ônus a quem colabora e seu valor pode ser abatido do Imposto de Renda. Além de colaborar com projetos que beneficiam crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, os contribuintes que destinam parte de seu imposto de renda devido também contribuem para o fortalecimento da participação social nas decisões sobre as políticas públicas.

Os fundos são geridos pelos Conselhos de Direito da Criança e Adolescente, órgãos formados por representantes do poder público e também por instituições da sociedade civil que trabalham na promoção e defesa deste público. É dentro dos conselhos que os critérios para a aplicação das doações são estabelecidos. Desta forma, aplicação dos recursos destinados ao FIA por meio da destinação de parte do imposto de renda torna-se mais transparente e mais fácil de ser acompanhada.
 
A doação precisava ser feita até dia 31 de dezembro do ano a que a declaração se refere, sendo a dedução de até 6% no caso das pessoas físicas que optam pela declaração completa ou 1% no caso de pessoas jurídicas que declaram pelo sistema do lucro real. A partir de 2010 o artigo 260 da lei 12.594, as pessoas físicas ganharam a possibilidade de realizar a dedução do imposto de renda até o limite de 3%, dentro do prazo estipulado para o envio da declaração de IR (março e abril).

Em Curitiba, de acordo com dados do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Curitiba (Comtiba), em 2010 foram formalizados 70 convênios, dos quais 49 mediante doações dirigidas (pessoas físicas e jurídicas) e 21 com repasse de recursos próprios do Fundo Municipal para a Criança e o Adolescente (FMCA).
Contribuir é bem simples, é só escolher para qual FIA gostaria de destinar a dedução do IR, pode ser o fundo de algum município, estado ou nacional. Em seguida, o doador deve entrar em contato com o Conselho de Direito da Criança e do Adolescente responsável pelo fundo e verificar qual o procedimento para realizar a doação. É importante também perguntar como o recibo da contribuição será enviado porque a Receita Federal pode solicitar esse comprovante.

Para abater a doação do IR, basta optar pelo formulário da declaração completa e informar o valor repassado ao FIA, o próprio sistema por onde é feita a declaração calcula o valor máximo que pode ser abatido. Esta é uma forma do seu Imposto de Renda auxiliar no financiamento de projetos voltados para a defesa e promoção dos direitos de crianças e jovens.

A Educação e seus desafios no Brasil de hoje

Erika de Souza Bueno - bueno.erikasouza@gmail.com

Professora de Língua Portuguesa e Espanhol pela Universidade Metodista de São Paulo. Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, sociedade e família.
A educação brasileira sempre se viu desafiada frente a importantes temas, tais como a qualidade da educação básica, o acesso à educação superior e a formação de seus professores. Além desses temas, há grande destaque para as metas do PNE (Plano Nacional de Educação), no qual grandes e polêmicos desafios se mostram à nossa educação. 

Apenas para dimensionar para o leitor essas metas, o Plano prevê universalizar, até 2016, a Educação Infantil a crianças de 4 a 5 anos, Ensino Fundamental de nove anos para todos entre 6 e 14 anos, bem como ofertar ensino médio à população de 15 a 17 anos.

Somando-se a essas metas, há também o objetivo de alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental, e, ainda, oferecer Educação em Tempo Integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas. Há grande destaque, ainda, para a Formação Continuada e valorização dos professores.
Esses e outros desafios previstos no PNE não podem ser desconsiderados, dado que estamos falando de vidas, ou seja, de inúmeras crianças e jovens que, dia a dia, estão diante de nós. Eles não podem ser frustrados, precisam encontrar na escola seu porto seguro, um lugar que promova a cidadania por meio do conhecimento e que sabe respeitar as formas de aprender de cada um deles.

Para vencer qualquer entrave que possa surgir no caminho, municípios de várias regiões do Brasil têm, por meio de parcerias com a Planeta Educação, conseguido elevar o nível da qualidade da educação ofertada aos seus cidadãos, o que se dá, por exemplo, a partir de metodologias inovadoras como os Programas Educação em Tempo Integral, Cinema e Educação, Ensino de Línguas, Qualificação de Gestores, Pró-Família, Matemática Descomplicada, Aprendizagem Sistêmica, Informática Educacional, entre muitos outros.

A Educação em Tempo Integral, por exemplo, conta com diversas oficinas, com métodos inovadores que estimulam os alunos a desejarem o conhecimento. Entre esses meios, são destaque as oficinas de Alfabetização e Letramento, Literatura e Leitura, Artes Visuais, Dança, Música, Fanfarra e várias modalidades de Esportes.

Tudo isso comprova que os desafios da educação brasileiros podem ser vencidos e superados por meio do contato, da conversa e da troca de experiências, o que envolve alunos, pais, professores, coordenadores, gestores e, claro, a comunidade em que a escola faz parte.

Inculta e Nada Bela

Wanda Camargo - assessoria@unibrasil.com.br
Presidente da Comissão Central de Processo Seletivo da UniBrasil.

Assim como o caminho - na bela poesia de António Machado - se faz ao caminhar, a língua falada se faz ao falar. E está em permanente construção. Não faz muito sentido pretender estabelecer regras rígidas para a comunicação oral. O essencial é que falantes e ouvintes se entendam - e que esse entendimento possa ser estendido aos circunstantes. Ressalvam-se aí as gírias de grupos que não querem mesmo ser entendidos por “alienígenas”, e os jargões profissionais.

Existe, evidentemente, o chamado preconceito linguístico - a atitude discriminatória assumida por pessoas, supostamente mais esclarecidas, contra o modo de falar de outras, geralmente menos privilegiadas. Em que pese o que há de odioso em qualquer discriminação, lamentavelmente o modo de falar é uma das primeiras características consideradas sobre um ser humano - talvez nem tanto pelo que diz sobre sua origem social, mas pelo que revela sobre seu extrato cultural.

A linguagem escrita também está em mutação constante. Porém, suas alterações formais se processam em períodos de décadas - e é dessa forma que deve ser. Ao contrário da língua falada, que é natural, a escrita é uma criação artificial - e necessita de regras que a organizem, perenizem e garantam sua universalidade, sem o que não poderia uma geração transmitir seus conhecimentos à próxima, não poderia ampliar-se a cultura, ciência e tecnologia.

Embora os meios atuais de comunicação propiciem certa uniformização da linguagem no país inteiro, em regiões diferentes fala-se de maneiras diversas. Não se pode dizer o mesmo da forma como se escreve - ou, pelo menos, não da forma como se deveria escrever.

Professores levam sustos terríveis ao corrigir trabalhos de seus alunos, com os coloquialismos descabidos, erros infantis de ortografia, flexões verbais absurdas, concordâncias inexistentes e, agora, com o uso indiscriminado de abreviações - comuns na comunicação eletrônica, mas não adequadas em atividades escolares.

A literatura é uma arte e, como tal, não se submete a regras. Um texto literário de vanguarda provavelmente não obteria boa nota, talvez sequer aprovação, em um concurso público. Mas o objetivo da literatura de vanguarda não é participar de concursos públicos. Em provas com grande número de candidatos, a correção das redações obedece a critérios muito objetivos - única maneira de garantir justiça e equanimidade para os concorrentes. A criatividade e a originalidade não têm grande peso. Não se trata de avaliar se o candidato é um bom escritor - e sim se consegue desenvolver um tema proposto com clareza e pertinência, obedecendo à norma culta da língua portuguesa.

Mas tanto no ensino fundamental quanto no médio, significativa parcela de docentes está desestimulada, descrente do próprio processo educativo – e, provavelmente, parte do desinteresse se deve à baixa remuneração, acrescida de precárias condições de trabalho e ausência de infraestrutura adequada ao ensino -, não sendo, portanto, estranhos os maus resultados do sistema obtidos pelo sistema educacional brasileiro em grandes avaliações internacionais.

Da negligência, pessoal e institucional, advém um nefasto circulo vicioso, em que o professor releva o mau desempenho do aluno - e este não espera nenhum empenho de seu professor. Então, nas provas de redação do ENEM, além das habituais incorreções gramaticais e ortográficas, na novidade dos textos enxertados - uma receita de macarrão instantâneo, o hino de um time de futebol -, certamente podemos ver uma declaração explícita: a de que candidatos não esperavam que suas redações fossem corrigidas, provavelmente (e infelizmente) em função de trabalhos escolares anteriormente não avaliados - ou sequer lidos - por professores que já não acreditam mais no magistério.
Educação de qualidade, em todos os níveis, requer o bom professor, valorizado e orgulhoso de sua profissão.

MP dos Royalties pode incluir contratos vigentes para educação

Agência Brasil -

O relator da Medida Provisória (MP) dos Royalties (MP 592/12), deputado Carlos Zarattini (PT-SP), adiantou ontem (11) que vai incluir no relatório da medida a destinação das receitas com os royalties do petróleo dos contratos vigentes à educação. O parecer do relator será apresentado na próxima terça-feira (16).

O atual texto da MP vincula à educação as receitas dos novos contratos da área de concessão dos royalties do petróleo, firmados após 3 de dezembro de 2012, data da publicação da medida. Além disso, destina ao setor 50% dos rendimentos do Fundo Social do Pré-Sal.

"A MP, da forma como está, faz com que apenas os contratos futuros sejam destinados à educação. Isso vai demorar um certo tempo, cerca de seis ou sete anos. Calculamos que com os contratos vigentes teremos um acréscimo ao setor de R$ 32 bilhões. Até 2020, chegaremos a R$ 62 bilhões", diz Zarattini.

A MP deve ajudar o cumprimento da meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação prevista no Plano Nacional de Educação (PNE). Atualmente o governo investe 5,7% do PIB. "O setor precisará de muito dinheiro. A MP não complementa o total necessário, mas ajuda", diz o deputado.

Zarattini também afirmou que o parecer vai manter a divisão, entre todos os estados, dos recursos arrecadados nos contratos atuais. A intenção é respeitar a decisão que o Congresso tomou ao derrubar os vetos à Lei dos Royalties (12.734/12), ainda que ela tenha sido suspensa pela Justiça e seja contrária ao texto da MP inicial.

A MP dos Royalties foi editada no final do ano passado, junto com os vetos feitos pela presidente à Lei dos Royalties. A lei aprovada pelo Congresso dividia entre todos os Estados e municípios os recursos arrecadados com a exploração de petróleo. Os dispositivos foram vetados pela presidente.

Posteriormente, os vetos presidenciais foram derrubados pelo Congresso que, com isso, restabeleceu a lei que divide toda arrecadação, inclusive a dos contratos atuais.

A norma, no entanto, teve a aplicação suspensa por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) até que sejam decididas as ações diretas de inconstitucionalidade dos governos do Rio de Janeiro, Espírito Santo e de São Paulo - estados em que há exploração de petróleo e que perderiam recursos com a partilha da arrecadação dos contratos atuais.

Profissionais de bibliotecas terão aulas de literatura na ABL

Agência Brasil -

A Academia Brasileira de Letras (ABL) vai treinar mão de obra para as bibliotecas do Serviço Social da Indústria (Sesi) em 11 comunidades pacificadas do Rio de Janeiro. Também serão treinados profissionais das bibliotecas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

A capacitação será feita em dois cursos que serão abertos na próxima segunda-feira (15), às 9h, na sede da ABL, pela presidente da Academia, Ana Maria Machado. As aulas serão ministradas até agosto pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), entidade com a qual a ABL assinou convênio no último dia 8.

Os auxiliares de bibliotecas do Sesi, que farão o curso, foram selecionados nas próprias comunidades: Providência, Andaraí, Cidade de Deus, Formiga, Macacos, Morro Azul, Tabajaras, Santa Marta, São Carlos, Borel e Fazendinha. Para eles, a ênfase será nos autores da literatura infantil brasileira. Já para os que atuam nas bibliotecas do Senai, voltadas para os jovens, o foco será nos temas universais da literatura.

Segundo a presidenta da ABL, a instituição tem aberto suas portas para a valorização da literatura e para a formação de leitores. “Pretendemos com esses cursos contribuir para a qualificação profissional dos bibliotecários e auxiliares de biblioteca, como mediadores de leitura e de literatura para as crianças e jovens brasileiros”, disse Ana Maria Machado.

De acordo com a ABL, serão 80 horas de aulas em cada um dos cursos, incluindo uma visita ao 15.º Salão da FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, previsto para junho, no Rio de Janeiro. Nos cursos será aplicado o conhecimento adquirido pela FNLIJ em sete anos de preparação de professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro.

No primeiro, voltado para os profissionais de bibliotecas do Sesi e das comunidades pacificadas, serão estudadas as obras de nove escritores de literatura infantil brasileira, entre eles Monteiro Lobato, Ruth Rocha, Ziraldo, Lygia Bojunga e Sylvia Orthof. No segundo, os profissionais das bibliotecas do Senai receberão orientações sobre temas literários que interessam aos jovens.

MEC vai lançar programa para incentivar formação de professores

Agência Brasil -

Preocupado com a baixa procura por cursos superiores de licenciatura em física, química, matemática e biologia, o Ministério da Educação (MEC) elabora um programa para, desde o ensino médio, atrair para essas áreas os estudantes que querem ser professores. A proposta, ainda em construção, prevê parceria com universidades e também a oferta de bolsas de auxílio, disse ontem (10) o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

“É preciso estimular a vocação de professor. Temos o problema salarial, de carreira, mas há também o problema de despertar o interesse pela educação desde cedo e valorizar quem tem esse interesse. Precisamos estimular as ciências exatas, a demanda por ensino superior nessas áreas é muito baixa”, disse o ministro, ao participar de audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
De acordo com Mercadante, a proposta vai incluir várias estratégias para alcançar o objetivo de formar mais professores para o ensino das ciências exatas. “Vamos fazer um programa para estimular desde o ensino médio, com bolsa, com parceria com as universidades, com laboratório, com cientista para dar palestras”.

O ministro citou como exemplo da falta de interesse dos estudantes pelo magistério na área de exatas a baixa a procura por esses cursos na última edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), por meio do qual instituições públicas de educação superior oferecem vagas a participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Dados do relatório Escassez de Professores no Ensino Médio: Soluções Estruturais e Emergenciais, do Conselho Nacional de Educação (CNE), de 2007, apontam que as áreas mais carentes de professores eram as de física e química, seguidas das de matemática e biologia.

Mercadante adiantou ainda que o ministério estuda lançar um grande edital de cultura nas escolas públicas e também a criação de uma universidade das artes para aulas de música, cinema, teatro, dança e poesia. Essas ações deverão ser feitas em parceria com o Ministério da Cultura.

MT - Silval inaugura escola e centro de capacitação

O governador Silval Barbosa inaugurou  duas unidades escolares no município de
Lenine Martins/Secom-MT
Silval Barbosa Inaugura Centro de Formação e Escola Estadual em Alta Floresta
Alta Floresta na tarde desta quinta-feira (11.04); o novo prédio da Escola Estadual Jardim Industriário e o Centro de Formação e Atualização dos Profissionais de Educação Básica de Alta Floresta (Cefapro). Além disso  ele  também assinou a ordem de serviço para as obras de pavimentação da Avenida Perimetral Auxiliar.
 
A Escola do Jardim Universitário foi planejada com a perspectiva de atender o futuro. São 12 salas de aula, sala de informática, biblioteca, cozinha e refeitório e quadra poliesportiva com vestiário. A obra foi construída com recursos do Governo Federal por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do Ministério da Educação (MEC).

Silval disse que o Governo Estadual tem 17 escolas em Alta Floresta, sendo 11 no
Lenine Martins/Secom-MT
Silval Barbosa Inaugura Centro de Formação e Escola Estadual em Alta Floresta
perímetro urbano e que o Governo irá construir quantas escolas forem necessárias para a região, porque a demanda sempre existirá. O secretário de Educação, Ságuas Moraes, lembrou que por determinação do governador, todas as novas escolas já estão sendo entregues climatizadas e que as escolas antigas também passarão por esse processo. Ságuas reforçou a importância das novas instalações, porque antes a escola funcionava em um prédio de madeira alugado.
 
Na sequencia, o governador inaugurou o Cefapro, que tem o objetivo de aprimorar os professores da rede básica de ensino. De acordo com Ságuas, esta era uma demanda antiga da cidade. “Acredito que o Cefapro tem uma boa estrutura e todas as condições para formar os profissionais de Alta Floresta e toda região”. São quatro salas de aula, sala do professor, sala de informática, biblioteca e auditório, construídos com recursos do FNDE do MEC.

O governador ainda assinou a ordem de serviço para a pavimentação da Avenida
Lenine Martins/Secom-MT
Silval Barbosa Inaugura Centro de Formação e Escola Estadual em Alta Floresta
Perimetral Auxiliar. Segundo o prefeito de Alta Floresta, Aziel Bezerra, a pavimentação da avenida que facilitar o acesso do aeroporto da cidade até o Centro era um pleito antigo da cidade. Aziel agradeceu a presença do chefe do executivo estadual, dizendo que é sempre uma honra receber o governador, principalmente em um dia de inaugurações. O prefeito ainda comemorou o programa MT Integrado que irá pavimentar estradas da região, “fazendo com que Alta Floresta deixe de ser o fim da linha”, disse.
 
No final, Silval Barbosa fez um balanço sobre as inaugurações, dizendo que é sempre muito cobrado pela população do norte, por conhecer as demandas da região. “Para mim esta é uma oportunidade de fazer transformações nesta região tão importante para o nosso Estado, que o norte de Mato Grosso tenha a possibilidade de se desenvolver ainda mais”.

Também acompanharam o governador Silval Barbosa, a secretária de Trabalho e Assistência Social, Roseli Barbosa, secretário de Transporte e Pavimentação Urbana, Cinésio de Oliveira, secretário-chefe da Casa Militar, coronel Ildomar Macedo, deputados federais Wellington Fagundes e Valtenir Pereira, deputados estaduais Romoaldo Jr e Pedro Satélite.

GUILHERME BLATT
Redação/Secom-MT

MT - Estudante de MT apresenta projeto sobre Quina na Indonésia

O secretário de Estado de Educação Ságuas Moraes recebeu em audiência nesta
Volney Albano / Assessoria Seduc-MT
Estudante de MT apresenta projeto sobre Quina na Indonésia
sexta-feira (12.04), pela manhã, o estudante Guilherme Weber de 18 anos, autor do projeto a ‘Quina no Tratamento dos Esporões Calcâneos’. Weber embarca no final da tarde de hoje para Bali, na Indonésia onde representará Mato Grosso na 20º edição da Conferência Internacional de Jovens Cientistas (ICYS). 
 
Durante o evento que ocorrerá de 15 a 22 deste mês, com participação de jovens de mais de 20 países, o estudante apresentará o projeto para uma platéia composta por pesquisadores, alunos e cinco jurados de diversas nacionalidades. Ele irá concorrer na categoria Ciências da Vida e terá 15 minutos para fazer sua exposição, na língua inglesa.    

A ‘Quina no Tratamento dos Esporões Calcâneos’, trata-se de uma pomada criada por Weber, em 2011, durante a Feira de Ciências da Escola Estadual Querência, localizada no município de mesmo nome, (952 km de Cuiabá). O produto farmacêutico, desenvolvido sob orientação dos professores Ricardo de França e Egon Weber, com base na substância da planta quina é capaz de eliminar os esporões (joanetes), que afligem muitas pessoas. 

Viagem

O governo do Estado disponibilizou as passagens de ida e volta, para participação do estudante na ICYS. O convite para o evento veio após vitória na Mostra Brasileira de Ciência e Tecnologia (Mostratec) 2012, que ocorreu em Novo Hamburgo (RS), em outubro do ano passado. Na ocasião, Weber também recebeu como premiação a indicação de que terá o trabalho publicado ainda esse ano em artigo científico, na revista da Associação Brasileira de Incentivo a Ciência (Abric).

Além da vitória na Mostratec e seleção para participação na ICYS, Guilherme Weber venceu a primeira Feira Latino-americana de Empreendimentos Produtivos, Ciência e Tecnologia realizada no Equador, em abril de 2012, entre outros eventos: estadual e nacional. Ságuas Moraes desejou sorte ao estudante que disse que irá se esforçar para trazer mais um prêmio científico para o Estado.

VOLNEY ALBANOAssessoria/Seduc-MT

MT - Cefapro inicia formação para professores formadores de leitores

O Cefapro de Primavera do Leste (236 km de Cuiabá) iniciou na quinta-feira (11.04), o curso “Formação para formadores de Leitores’ na Educação Infantil, destinado aos profissionais do município. A atividade ocorre em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Na terça-feira (09.04), o Centro também deu início ao mesmo curso, porém voltado para professores do 1º Ciclo de Formação Humana e da 1ª e 2ª fase do 2º Ciclo. As aulas ocorrem em Poxoréo (212 km da capital).

O Objetivo das formações é promover discussões em relação à metodologia e ao material determinado e utilizado pelos educadores para iniciação do leitor e promoção da leitura. As idealizadoras do projeto, professoras Sílvia Cristina Fernandes Paiva e Daniele da Costa Leão Santos, formadoras do CEFAPRO, ressaltam que a atividade é desenvolvida desde 2011.

Elas destacam ainda que ambos os cursos visam oportunizar construção de conhecimentos, oferecendo um espaço de discussão que contribua na reflexão destes profissionais sobre uma prática de qualidade, para o desenvolvimento do leitor literário. ‘A formação para Formadores de Leitores possibilita ao educador refletir criticamente sobre sua prática pedagógica’. (Com informações do Cefapro de Primavera)

Assessoria/Seduc-MT

MT - Escola devem fazer a avaliação de técnicos na função de secretários

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informa a prorrogação do prazo para a avaliação dos técnicos que trabalham como secretários das 739 Escolas Estaduais. As notas com o resultado do processo deverão ser postadas pelos avaliadores no sistema GFO/SigEduca até a sexta-feira (19.04). 

A gerente de Desenvolvimento da Secretaria Adjunta de Gestão de Pessoas, Maria Aparecida dos Reis, informou que diretores, coordenadores, assessores pedagógicos e pares (técnicos administrativos) devem dar notas de zero a 10, referente à atuação dos secretários mediante avaliação de 31 indicadores.

Entre os indicadores estão: conhecimento da legislação estadual da Educação, relacionamento profissional, rotina de tarefas, atendimento ao público, comprometimento com a qualidade do trabalho, entre outros. As médias das notas devem ser postadas no sistema GFO, que processará a nota final de cada secretário.

Maria Aparecida cita que para ser aprovado e conseqüentemente continuar atuando como secretário escolar, o técnico precisa ter no mínimo nota sete de média final. Ela informou que esse processo de avaliação começou a ser feito pela Seduc em 2012. “Ano passado avaliamos somente os profissionais efetivos. Este ano, os interinos também estão sendo avaliados”, disse.

As Escolas cujos secretários não conseguirem a média terão de fazer a substituição. Para isso, a Seduc publicará uma portaria contendo o passa a passo para a escolha dos novos profissionais para a função. “Todo esse trabalho avaliativo visa à melhoria do trabalho dos profissionais e da educação ofertada em nosso Estado”, finalizou.

Mais informações na Gerência de Desenvolvimento pelos fones: (065) 3613-6502/6550
VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT

MT - Fátima Rezende defende melhoria nos indíces do Ideb

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Francis Amorim, de Barra do Garças

 
Secretária de Educação Fátima Rezende
  Com 5.309 estudantes matriculados neste ano letivo de 2013, sendo 987 nas aldeias da Reserva são Marcos, da etnia Xavante e 1,9 mil no Programa Mais Educação, a secretária de Educação de Barra do Garças Fátima Resende (PT), afirma que irá buscar as condições de acesso à educação, expandindo o setor com qualidade e ofertando políticas educacionais como porta das oportunidades para todos os munícipes. Ela já ocupou o cargo entre os anos de 2005 a 2008 e mais recentemente um dos cargos adjuntos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
   Fátima reconhece que os problemas são muitos, pois, recebeu uma rede sucateada e desarticulada, mas já planeja investimentos. “Garantir o Piso Profissional Nacional, infraestrutura adequadas, formação continuada, condições materiais e humanas, são metas que pretendemos atingir para que as unidades de ensino que compõem a rede de Barra do Garças possam desenvolver uma educação de qualidade, humanizada e eficiente”, destaca.

  Outra preocupação da secretária de Fátima é melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) das escolas municipais. Segundo ela, o IDEB das escolas municipais do 5º ano é de 4,2 e 9º ano 4,5. “As metas projetadas para este ano de 2013 são de 4,9”, lembra.

Hoje, a secretaria de Educação de Barra do Garças reúne 839 profissionais, incluindo o corpo técnico e educacional espalhados em unidades 19 unidades (escolas e creches) na zona urbana, cinco escolas nos distritos e 33 unidades nas aldeias indígenas.

MT - Ana Carla promete descentralizar e implantar metas


Rossana Gasparini, de Rondonópolis

 
Secretária de Educação Ana Carla Muniz diz que encontrou pasta desorganizada
Há quase quatro meses à frente da Secretaria de Educação de Rondonópolis, a primeira-dama Ana Carla Muniz (PPS) declarou que o órgão estava bastante desorganizado. “Quando assumimos, tivemos de fazer um diagnóstico e refletir por onde começar, por que não estava fácil”, disse. Além disso, falou que o trabalho agora será descentralizado e cada integrante terá metas à cumprir para contribuir para melhorar a educação no município.
   Ana Carla tem visitado as unidades de ensino municipal para conhecer as equipes e verificar quais são as necessidades de cada uma delas. “Hoje, as crianças são muitos espertas, bem diferente dá época em que eu freqüentava a escola. A informação chega com muita rapidez e temos que adequar o ensino a isso. Para isso, temos que montar todo um plano de formação continuada, tanto para as crianças e adolescentes, quanto para os professores”, afirmou.

  A secretária ainda enfatizou que a meta da secretaria é construir uma educação para todos, inclusiva. “Focamos no aluno e no que ele precisa para ter uma boa educação, além de formação pessoal”, explicou.
  Para 2013, as metas da secretaria são reformular o Plano de Cargos e Salários para os professores, além da construção de mais três novas escolas de ensino infantil, o que vai expandir o número de vagas em mais 800. Também serão realizadas reformas pontuais e emergenciais. “Nossa prioridade agora é o CAIC, que tem mais de 16 anos e nunca passou por uma reforma. Vamos reformar toda a estrutura, inclusive a quadra de esportes”, assegurou.

  Além disso, Ana Carla também lembrou que após a reformulação do Plano de Cargos e Salários, o município vai abrir concurso público para professores. A previsão é de que seja realizado ainda este ano. Ela ainda destacou o fato de que a pasta já esta se adequado para a inclusão de crianças com algum tipo de deficiência. “Temos professores capacitados e em breve vamos abrir salas de ensino em Libras. Mas precisamos capacitar também essas crianças, para que elas cheguem às salas já sabendo a linguagem de Libras”, enfatizou.

  Promoção humana

  Além da Secretaria de Educação, Ana Carla também está à frente do Gabinete de Promoção Humana. Ela explicou que o objetivo do gabinete é integrar as secretarias de saúde, educação, ação social e esporte, para facilitar o atendimento à população de Rondonópolis. “Nosso trabalho no gabinete é acompanhar as metas e trabalhos das secretarias e cobrar para que as metas sejam cumpridas e o trabalho, efetivo”, concluiu.

MT - Escola funciona sem telhado no interior do Estado; Seduc promete reforma



  
DC

 
Estruturas comprometidas, prestes a desabar. Salas desativadas por falta de telhado, à espera de verbas prometidas há quase dois anos. No pátio, materiais de construção e entulho de obras acumulados pelo chão. 

Este cenário de precariedade é o ambiente de ensino oferecido aos 1.060 alunos da Coronel Ondino Rodrigues de Lima, a única escola estadual de Ribeirão Cascalheira (município localizado a 830 km de Cuiabá, na região do Araguaia). 

"Nossos alunos estão convivendo no dia a dia com madeiras, ferragens, telhas e outros entulhos, correndo riscos de acidentes. Parte da escola está em estado de abandono, outra parte está entulhada de coisas diminuindo assim o espaço físico do ambiente escolar", diz trecho de um relatório produzido pela direção da escola. 

A gravidade da situação trouxe ontem a Cuiabá uma comitiva formada por gestores, professores e pais de alunos da instituição, que se reuniram com o secretário Ságuas Moraes para cobrar uma reforma urgente. O grupo, porém, saiu decepcionado com o que ouviu. 

"O secretário nos ofereceu mais uma promessa, desta vez para o segundo semestre. Mas a verdade é que muitas situações ali não podem esperar tanto tempo. Não estamos exagerando quando dizemos que o teto está para cair na nossa cabeça", afirmou a professora Eciele Silva, coordenadora da escola. 

Segundo ela, a chegada do período de chuvas agravou os problemas estruturais da escola. Aulas têm sido interrompidas em razão da grande quantidade de goteiras sobre os alunos. "Está chovendo o tempo todo na região, e não apenas do lado de fora das salas.” 

A unidade passou por uma ampla reforma em 2006, mas o serviço foi tão deficiente que, cinco anos mais tarde, havia telhados com risco de desabar. "Veio a verba para destelhar em 2011, com a promessa de outra verba em seguida, para refazer a cobertura. As salas estão sem teto até hoje", disse a coordenadora. 

Em nota, a Seduc afirmou que a reforma da escola será iniciada “até o mês de julho”. “A escola estava na lista de prioridades do lote de 2012 que deixou de entrar em licitação devido ao fechamento orçamentário do governo, em dezembro.”

Vacinação inicia na próxima semana

Vacinação inicia na próxima semana

Campanha segue até o dia 26 de abril; serão distribuídas 43 milhões de doses

Agência Brasil

Campanha segue até o dia 26 de abril; serão distribuídas 43 mi de doses

Cerca de 65 mil postos de saúde em todo o país iniciam segunda-feira (15) a campanha de vacinação contra a gripe. A meta é imunizar 31,3 milhões de pessoas que integram os chamados grupos prioritários – as gestantes, os idosos com mais de 60 anos, as crianças entre 6 meses e 2 anos, os profissionais de saúde, índios, a população carcerária e os doentes crônicos.

Este ano, mulheres em período de puerpério (até 45 dias após o parto) também vão receber a dose. Outra novidade é que pacientes com doenças crônicas podem ser imunizados nos postos de saúde e não apenas nos centros de referência. Basta apresentar uma prescrição médica no ato da vacinação.

A campanha segue até o dia 26 de abril. Serão distribuídas cerca de 43 milhões de doses que, este ano, protegem contra os seguintes subtipos de influenza: A (H1N1) ou gripe suína, A (H3N2) e B.


Educação no Brasil

O professor é visto como um ser abnegado, quase um santo

Na  segunda-feira acordei mais cedo para ver o programa da Fátima Bernardes. Fiquei sabendo que uma das pautas do programa era sobre educação e fiquei curioso.

Bom, minha curiosidade foi logo substituída por uma tremenda frustração. Vi mais uma vez que a luta dos professores por valorização profissional é na realidade muito mais difícil do que se espera, pois depende acima de tudo de uma conscientização política da classe, o que me parece uma tremenda contradição, pois os professores, que tem por oficio a formação de cidadãos, deveriam ser a classe mais bem provida dessa consciência e não carecer tanto dela.

O que vi mais uma vez foi uma leitura confusa da realidade atual da educação no Brasil, e falo da educação pública, uma leitura que mistura tudo numa salada complexa que, por sua vez, exige uma solução complexa que, por si só, é muito difícil de colocar em pratica.

Balela! Tudo balela! Discurso rebuscado, cheio de justificativas fajutas e soluções inalcançáveis.

Uma coisa é a realidade da escola publica no Brasil, outra coisa é a situação profissional do educador. Uma coisa são as políticas educacionais para melhorar e valorizar a educação e a instituição escola, outra coisa é a luta do professor por valorização profissional.

A educação pública precisa de investimentos! Simples assim. Precisa ser levada a sério e não ser tratada como algo de segunda ordem. As escolas precisam de materias de expediente, carteiras, mesas, bibliotecas, computadores, aparelhos de ar condicionado.

Em alguns lugares, como aqui em Cuiabá que chega a fazer 38°, 40° graus em determinadas épocas do ano, um ar condicionado é item de necessidade básica dentro de uma sala de aula com trinta e cinco alunos.

"Professor como um ser abnegado que abriu mão de sua vida para ajudar o próximo, um personagem quase santo"
As escolas precisam de funcionários de pátio, de psicólogos, assistentes sociais, de professores com dedicação exclusiva na unidade escolar.

Mas enfim, quero falar aqui do professor e sua consciência política, de sua luta por valorização profissional, a realidade da escola pública não é segredo pra ninguém, basta visitá-las para constatar com os próprios olhos.

Ouvindo a fala de alguns especialistas, estudantes e até alguns colegas de profissão, e pelo que vi, excelentes profissionais, noto um discurso aparentemente inocente, mascarado por uma aura intelectual que repercute na opinião pública e que descreve o professor como um ser quase monástico, o que na minha opinião só reforça uma imagem estigmatizada do professor como um ser abnegado que abriu mão de sua vida para ajudar o próximo, um personagem quase santo, que só pode se dedicar a tal função se, e somente se, “nascer com o dom”.

“Ensinar é um dom, uma vocação”. “A maior recompensa para um professor é o reconhecimento”. “O papel do professor vai alem de uma profissão, é algo social.” Maus profissionais existem em qualquer área, toda e qualquer profissão, para ser bem sucedida, exige dedicação e amor, isso não é uma exigência exclusiva da profissão de educador. Toda profissão tem o seu papel social, e se, o do professor é o mais importante, ou um dos mais importantes, esse é um dos maiores motivos pelo qual ele deve ser mais valorizado como profissional. Não é com discurso de autocomiseração que nós vamos conquistar a tal valorização. Somos profissionais, precisamos nos valorizar como tais para exigir que nos valorizem.

Ao ver os colegas falando sobre sua profissão em um programa de televisão em rede nacional nessa manhã de segunda, me veio a memória a fala do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), em 29/08/2011, na ocasião da greve dos colegas Cearenses por melhores salários: “Quem entra em atividade pública deve entrar por amor, não por dinheiro”.
"Queremos ter o direito de viajar no final do ano, conhecer um país diferente, outra cultura. Queremos andar bem vestidos, também poder oferecer aos nossos filhos tudo do melhor"


Então, me veio a questão: quem se apropriou do discurso de quem? Não podemos nos esquecer que a principal frente de batalha é política, e que essa batalha acontece no âmbito do discurso. Temos que ter consciência de classe, exercer nossa capacidade intelectual para nos valorizarmos como profissionais que somos e não como estereótipos antiquados de monges que um dia desembarcaram por aqui e resolveram educar índios pelo bel prazer ou por razoes ideológicas, ou, como senhorinhas com certo espírito critico que resolveram doar seu tempo ocioso para ensinar crianças de suas comunidades a ler e escrever.

Somos pais de família, trabalhadores de duas e, as vezes, de três jornadas, e nos colocamos nessa condição não só por que amamos o que fazemos, mas por que dependemos disso para sobreviver, precisamos, como todo trabalhador, pagar nossas contas, por comida na mesa.

Queremos ter o direito de viajar no final do ano, conhecer um país diferente, outra cultura. Queremos andar bem vestidos, também poder oferecer aos nossos filhos tudo do melhor, por que não? Queremos ter carro do ano sim, temos esse direito e não estamos pedindo nada de mais. Queremos salários justos.

Enfim, a valorização do professor como personagem social é de suma importância e ele já tem esse reconhecimento, agora queremos ser tratados, valorizados e respeitados como profissionais. Como posso exigir salário por um “dom”, algo que não tem preço? Só me resta esperar que alguém se compadeça da minha condição?

Não, sou um professor por que estudei para tal, investi e continuo investindo na minha formação profissional e não por que nasci com estrela na testa, tenho consciência do meu valor e, acima de tudo, tenho consciência de que essa é uma luta da classe, e que se não nos valorizarmos como profissionais, nos unirmos e lutarmos pelos nossos direitos ninguém nos valorizará e nunca receberemos um salário digno.

JUARID CANDIDO é  formado em Filosofia pela UFMT e  professor da rede pública estadual.


quinta-feira, 11 de abril de 2013

MT - Governador promete investigar denúncias na SEDUC


Izabela Andrade | Redação 24 Horas News

 
Governador do Estado de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), prometeu investigar com afinco as denúncias propagadas pela ex-secretária adjunta Vanice Marques (PSD), que insinuou desvios de recursos públicos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). 
 
Silval Barbosa considerou graves, as supostas acusações de Vanice contra o secretário Ságuas Moraes (PT). “Todas as denuncias que chegam sobre má gestão vou mandar apurar”, garante o governador que participou nesta quinta-feira da inauguração da fábrica da Votorantim Cimentos, no Distrito da Guia.
 
Alegando sofrer retaliação dentro da pasta, Vanice Marques entregou formalmente seu pedido de desligamento da pasta na última terça-feira e cobrou providências dos órgãos competentes a fim de conter os desmandos do PT dentro da pasta. 
 
Em resposta as acusações de Vanice, o chefe da Seduc também disparou. Ságuas foi contundente em afirmar que toda a celeuma criada por ela é causada por sua dificuldade de relacionamento.   Ele desconhece que informações foram negadas a social-democrata.  
 
O impasse entre Vanice e Ságuas, deflagrou uma nova crise dentro da base do governador. A relação entre PT e PSD ficou estremecida e ganhou novos contornos. A bancada do PSD na Assembleia Legislativa, por meio e requerimento, cobrou do secretário a prestação de contas inúmeros itens, a começar pelo combustível usado para o transporte escolar.  
 
A devassa dentro da Seduc, liderada pelo deputado José Riva (PDS) deve promover uma grande movimentação nos bastidores, já que o a secretaria é considerada uma espécie de feudo do Partido dos Talhadores, sob o comando do ex-deputado federal Carlos Abicalil.   
 

UFMT firma contrato para facilitar a busca por fontes de financiamento de projetos

Redação 24 Horas News


A Secretaria de Articulação e Relações Institucionais (Sari) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) firmou contrato com o sistema de prospecção de agentes financiadores em pesquisa, desenvolvimento e inovação (Sistema Financiar) com objetivo de facilitar o acesso a pesquisadores, professores, gestores, captadores de recursos e extensionistas aos recursos para financiamento de seus projetos. 
 
Trata-se de um sistema interativo de busca, via web, que concentra informações sobre oportunidades de financiamento nacionais e internacionais de todas as áreas do conhecimento e disponibiliza essas informações aos seus assinantes. O Sistema Financiar foi desenvolvido pela Fundação Arthur Bernardes (Funarbe) em parceria com a Fundação de apoio da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A UFMT, por meio da Sari, adquiriu 400 assinaturas e as primeiras 100 assinaturas já foram liberadas para acesso a partir do dia 2 de abril. 
 
Pelo sistema são divulgadas oportunidades de fomento por meio de editais, chamadas, anúncios e convites, prêmios, bolsas e estágios, auxílios a eventos, publicações e viagens nas áreas de ciência, tecnologia, desenvolvimento social, meio ambiente e inovação. A ferramenta permite ao assinante acesso a fontes de financiamento nacionais (Capes, CNPq, FINEP, Fundações de Amparo à Pesquisa de diversos estados, BNDES, Petrobras, BB, IPEA) e internacionais (European Commission Europe Aid, European Union, Swiss National Science Foundation – SNSF, American Association of Immunologists – AAI e American Association for Laboratory Animal Science – AALAS), em todas as áreas.
 
A gerente de projetos da Sari, Patricia C. de Souza, fez uma apresentação sobre o Sistema Financiar para os pesquisadores do Fórum de Pesquisa e de Pós-graduação da UFMT. Na ocasião, ela explicou os passos para sua utilização e informou aos interessados em adquirir a assinatura do Sistema Financiar que o termo de compromisso, devidamente preenchido e assinado, deve ser entregue à Gerência de Projetos da Sari até o dia 30 de abril. 
 
A secretaria solicita aos professores e pesquisadores da UFMT que verifiquem a caixa de entrada ou a caixa de lixo eletrônico e procurem pelo e-mail financiar@financiar.org.br, pois nesse e-mail foram enviados o login, a senha e as instruções para acesso ao sistema.
 
Pela UFMT, terão acesso à senha do Sistema Financiar a reitora, o vice-reitor, pró-reitores, secretários, diretores de institutos e faculdades, coordenadores de programas de pós-graduação, líderes de grupo de pesquisa e coordenadores de núcleos de pesquisa, desde que certificados, dentre outros. Demais interessados e não listados neste grupo podem fazer parte de uma lista de espera enviando e-mail para projetos_sari@ufmt.br, com assunto Lista de Espera Financiar.


Estudo estima 11,7 milhões de brasileiros dependentes de álcool

Camila Maciel | de São Paulo

 
 Mais da metade das bebidas alcoólicas comercializadas no país (54%) são consumidas por 20% das pessoas que bebem. O dado consta do 2° Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) divulgado nesta quarta-feira, 10, pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em termos gerais, o estudo estima que 11,7 milhões de brasileiros são dependentes de álcool.
 
Para o professor Ronaldo Laranjeira, organizador da pesquisa, essa proporção demonstra o padrão de consumo de álcool no Brasil. "Apesar de 50% [da população brasileira] não consumirem bebida alcoólica, os que bebem, bebem de maneira abusiva", disse.
 
O 2º Lenad foi feito em 149 municípios em todas regiões do país. Foram entrevistadas 4.607 pessoas com acima de 14 anos de idade. De acordo com os pesquisadores da Unidade de Pesquisas em Álcool e Droga (Uniad) da Unifesp, a mostra é representativa da população brasileira. O primeiro levantamento foi feito em 2006.
 
O estudo constatou que houve um aumento de 20% na quantidade de brasileiros que consomem álcool uma vez ou mais por semana. Também houve aumento no número de pessoas que ingerem grandes quantidades de álcool (quatro unidades para mulheres e cinco para homens) em um curto período de tempo (duas horas). Entre esses consumidores, essa forma de beber passou de 45%, em 2006, para 59% no ano passado.
 
A pesquisa destaca o aumento do consumo de álcool abusivo entre as mulheres. A proporção das que passaram a beber uma vez ou mais por semana cresceu 34,5% em seis anos, passando de 29% para 39%. Outro indicador que demonstra esse comportamento nocivo é o que avalia o consumo de álcool em relação ao tempo. As que ingerem quatro doses em até duas horas passaram de 36%, em 2006, para 49% no ano passado.
 
De acordo com os pesquisadores, quando comparado a outros países, no entanto, a taxa de pessoas que não bebem no Brasil é baixa, cerca de 50%. Na Argentina, por exemplo, os bebedores chegam a 84% da população, informou a pesquisadora Ilana Pinsky, que fez parte da comissão organizadora da pesquisa. "Apesar dessa diferença, o índice dos argentinos que bebem abusivamente é parecido com o nosso. Essa é uma característica do nosso país", explicou.
 
Entre os fatores que podem explicar o crescimento desse modo nocivo de beber, está a ascensão econômica da população nos últimos anos. "A grande mudança de 2006 para cá foi o aumento da renda, especialmente nas classes C e D. Quem não bebia continua não bebendo. Por isso não tivemos aumento do número de bebedores. Agora, quem já bebia vai ter a tendência de poder investir mais", apontou.
 
Laranjeira destaca ainda, como explicação para o aumento do consumo abusivo, a falta de política pública que desincentivem a ingestão de bebidas alcoólicas. "O mercado do álcool permanece intocado. Temos 1 milhão de pontos de venda que são estimulados a aumentar cada vez mais o consumo. Além do baixo preço de bebidas e as propagandas que estimulam os mais jovens a beber", ressaltou.
 
O professor avalia que as mudanças alcançadas no comportamento de beber e dirigir são exemplos de como as políticas orientadas nesse sentido podem gerar resultado. "Hoje, a única medida que existe em relação ao álcool em termos de fiscalização é a Lei Seca", disse. O levantamento mostra que houve redução de 21% na proporção de pessoas que relatam ter dirigido após consumir álcool. A maior queda ocorreu na Região Nordeste, com uma diminuição de 43%. Somente no Centro-Oeste houve aumento, de 37% para 40%.
 
O estudo traz ainda dados que relacionam violência ao consumo de bebidas alcoólicas. Em relação à violência na infância, por exemplo, das pessoas que foram agredidas fisicamente quando crianças, 20% delas apontaram que o agressor estava alcoolizado. Nos casos de violência doméstica, a presença do álcool foi apontada em 50% das respostas. Em termos estatísticos, isso representa 3,4 milhões de pessoas agredidas em casa por alguém alcoolizado.

MT - Deputado propõe cota de até 80% para alunos de MT na Unemat

Intenção é garantir que mato-grossenses passem nos cursos mais concorridos

Thiago Bergamasco

Emanuel Pinheiro defende cotas regionais para a Unemat
LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) vai apresentar, até a próxima semana, um projeto de lei que prevê a reserva de até 80% das vagas dos cursos mais concorridos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) para estudantes que fizeram o ensino médio em Mato Grosso.

“Atualmente, cerca de 80% dos alunos dos cursos mais concorridos da Unemat, que são Medicina, Direito, Engenharia Elétrica e Engenharia Civil, são de fora do Estado. Nós temos que inverter essa lógica. Por isso, estou elaborando esse projeto. Trata-se de uma política afirmativa para fazer justiça social”, disse o deputado.

A proposta de Pinheiro abrange somente os quatro cursos que ele citou como os mais concorridos, e com grande índice de alunos de outros Estados. “Nos outros cursos, já temos uma média boa de 60 a 70% de estudantes que moram aqui”, afirmou.

De acordo com o deputado, o objetivo do projeto é beneficiar os mato-grossenses e radicados no Estado com acesso mais facilitado à educação superior. “Não é justo que venha tanta gente de fora, se forme aqui, e depois volte para seu Estado. A Unemat foi criada para os moradores de Mato Grosso, e é mantida com o dinheiro dos nossos impostos. Temos que contemplar, primeiro, os cidadãos daqui”, argumentou.

“Temos uma universidade federal no Estado, a UFMT, que pode ser contemplada com programas para receber os estudantes de fora, já que ela é mantida com dinheiro federal. Mas a Unemat vive de pires na mão”, completou.

De acordo com a Lei Orçamentária Anual, a Unemat dispõe de um orçamento de R$ 205 milhões para se manter ao longo deste ano.

Cotas

A assessoria da universidade informou que cerca de 15 mil alunos estão matriculados nos cursos de graduação, nas modalidades presencial e à distância, distribuídos em 11 campi. Desses, cerca de 80% declararam morar em Mato Grosso à época do vestibular.

Os cursos mais concorridos, Medidina e Direito, tiveram, no vestibular 2012, um índice de 33% e 90%, respectivamente, de estudantes moradores de Mato Grosso. Os números relativos às matrículas deste ano ainda não foram fechados.

A Unemat dispõe, ainda, de cotas raciais – 25% das vagas são destinadas a estudantes que se autodeclaram negros ou pardos. Além do vestibular tradicional, a universidade passou a adotar, uma vez por ano, o ingresso por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nas seleções feitas pelo Sisu, foi instituída também a cota de 50% para estudantes da rede pública, restando 25% das vagas para ampla concorrência.

Fotógrafo cuiabano fica entre os primeiros em concurso

Pela segunda vez Lucas Ninno disputou Pictures of the Year Latam

Lucas Ninno


Fotografia ficou em quarto lugar em premiação internacional
ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
O fotógrafo cuiabano Lucas Ninno ficou em quarto lugar, na categoria Esportes, no concurso internacional Pictures of the Year Latino América, conhecido como POYi Latam.

A premiação é uma das mais antigas do mundo, criada em 1944, nos Estados Unidos. Em 2011, o POYi teve sua primeira edição dedicada a profissionais da América Latina.

A fotografia realizada pelo cuiabano foi feita na pista de skate do ginásio Verdinho, na Avenida do CPA. A cena mostra a sombra de quatro jovens praticantes do futebol Freestyle.

Pela imagem e a posição na premiação, Ninno deve receber menção honrosa.

Esta é a segunda vez que o fotógrafo de apenas 23 anos concorre e tem destaque na premiação. Na primeira edição latina, Ninno ficou em segundo lugar, também na categoria esportes.

Em 2011, a fotografia vencedora mostrava a imagem de um jogo de futebol de crianças na chuva, em meio a um lamaçal. O tema futebol, inclusive, é recorrente na carreira de Ninno.

Atualmente morando em Santiago, no Chile, o fotógrafo percorreu durante anos campos de futebol pela Capital mato-grossense. Confira o portfólio de Ninno AQUI.

MT - Abertas as inscrições para os Jogos Estudantis Cuiabanos

Podem participar estudantes de 12 a 17 anos; prazo termina no dia 26 de abril


Jogos estudantis: oportunidade de praticar esportes e conhecer novas pessoas
Estão abertas as inscrições para a 38ª edição dos Jogos Estudantis Cuiabanos, que serão realizados em Cuiabá entre os dias 4 e 25 de maio.

Estudantes de escolas municipais, federais e particulares, de 12 a 17 anos, podem efetuar sua inscrição até o dia 26 de abril, na Secretaria Municipal de Esporte e Cidadania, localizada na Rua Comandante Costa, nº 1.554 (próximo ao Colégio Coração de Jesus), das 8h às 12h e das 14h às 18h.

As fichas de inscrição podem ser impressas pelo site www.cuiaba.mt.gov.br e devem ser devidamente preenchidas e assinadas em duas vias. Os documentos exigidos no regulamento geral, disponível no site, deverão ser apresentados ao coordenador da modalidade ou mesário, antes do início de cada jogo e provas individuais.

O aluno/atleta poderá participar de uma modalidade coletiva, ficando facultativa sua participação nas modalidades individuais. Nas modalidades coletivas e individuais não será permitida a inscrição e participação do aluno/atleta da Categoria B na Categoria A.

Segundo o coordenador de Desporto e Lazer da Secretaria Municipal de Esporte, Valdecir Amaral, a expectativa é que aproximadamente três mil atletas participem dos jogos este ano.


MT - Novos Conselheiros de Educação tomam posse nesta sexta

O Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso (CEE-MT) realiza nesta sexta-feira (12.04) às 14h30, a cerimônia de posse de 11 novos conselheiros que integrarão as Câmaras de Educação Básica e de Educação Profissional e Superior do órgão. Também serão empossados 22 novos suplentes. 

A solenidade ocorrerá na sede do CEE-MT, localizado na rua Comandante Costa, 349, no centro de Cuiabá e será presidida pelo presidente Aguinaldo Garrido. O Conselho é um colegiado composto por 24 conselheiros titulares e seus respectivos suplentes, que representam paritariamente o Estado e a Sociedade Civil.

Eles são eleitos pelos segmentos representativos que integram as Câmaras e nomeados pelo Governo do Estado, para mandato com duração de quatro anos. (Com informações do CEE-MT)


Assessoria Seduc-MT
 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Estudo comprova autenticidade do controverso Evangelho de Judas


Um cientista que ajudou a verificar a autenticidade do controverso Evangelho de Judas revelou na segunda-feira que um antigo certificado de casamento egípcio teve um papel fundamental na confirmação da veracidade das tintas utilizadas no texto apócrifo.
 
A descoberta, que expõe os intensos esforços destinados a validar o evangelho, foi exposta ontem em um encontro da Sociedade Química dos Estados Unidos em Nova Orleans.
 
"Se não tivéssemos encontrado um estudo do (Museu do) Louvre sobre contratos de casamento e aquisição de terras no Egito, que eram do mesmo período e continham tinta similar à utilizada no Evangelho de Judas, teria sido muito mais difícil discernir se o evangelho é autêntico ou não", afirmou  Joseph G. Barabe, um dos responsáveis pelo projeto. Ele coordenou uma equipe de cinco cientistas que trabalharam no projeto fazendo análises microscópicas. "Esse estudo foi a peça-chave de evidência que nos convenceu de que a tinta do evangelho é provavelmente verdadeira."
 
Essa pesquisa é parte de um esforço multidisciplinar organizado em 2006 pela Sociedade Geográfica Nacional americana para autenticar o Evangelho de Judas, descoberto no final da década de 1970, após 1,7 mil anos escondido. O texto, escrito na antiga língua egípcia copta, é polêmico porque, ao contrário de outras fontes bíblicas que retratam Judas Iscariotes como um traidor, sugere que foi Jesus quem pediu para que Judas, seu amigo, o traísse perante as autoridades.
 
Fonte: Terra

MT - Programa Saúde na Escola acompanha a qualidade de vida de estudantes

Aferição do Índice de Massa Corporal (IMC) e palestras sobre a importância da
Volney Albano / Assessoria Seduc-MT
Programa Saúde na Escola acompanha a qualidade de vida de estudantes
alimentação saudável marcaram as ações do Programa Saúde na Escola (PSE) esta semana, na unidade de ensino fundamental Maria Hermínia Alves, localizada no CPA IV, em Cuiabá. 
 
Os alunos participaram das atividades após aprenderem em sala de aula como aferir o IMC e os prejuízos causados a saúde em decorrência da obesidade. De acordo com a diretora Hélia Regina Ormond, em 2012 a equipe gestora definiu junto com a comunidade escolar focar em ações de melhoria da qualidade de vida dos alunos. 

“Verificamos que muitos de nossos estudantes estavam com dificuldades para fazer educação física em função do excesso de peso. Também trabalhamos desde 2011 a temática da gravidez na adolescência”, disse. Ela contou que naquele ano, seis alunas ficaram grávidas e quando o tema passou a ser discutido nas aulas, no ano seguinte apenas duas adolescentes engravidaram precocemente.

O PSE trata-se de uma ação desenvolvida pelos Ministérios da Educação (MEC) e
Volney Albano / Assessoria Seduc-MT
Programa Saúde na Escola acompanha a qualidade de vida de estudantes
Saúde (MS) em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais, que visa à promoção e prevenção da saúde entre os estudantes de Escolas Públicas do país. Para participar as unidades precisam fazer a pactuação anual ao programa junto às prefeituras.
 
Apesar das atividades do PSE integrarem o Projeto Político Pedagógico (PPP) da Maria Hermínia, a Escola ainda não fez a pactuação. Contudo, a coordenadora do programa na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Mariza de Souza destaca que as unidades podem desenvolver as ações, independente de estarem pactuadas.

Mariza cita que a pactuação é importante porque garante verbas específicas do MS aos municípios para integração das ações das unidades de ensino com os serviços públicos de saúde. “Nesse sentido estamos trabalhando para atingir a meta de pactuar as 739 Escolas Estaduais. Em 2012 cerca de 400 participaram”, disse. 

Seduc Dentro das ações do PSE, a Seduc enviou no ano passado livros e cartilhas para todas as Escolas Estaduais. O material trata sobre temáticas como prevenção ao alcoolismo, drogas, doenças sexualmente trasmissíveis, saúde reprodutiva, entre outros. “Também encaminhamos balanças que foram adquiridas com recursos do MEC para aferição de peso”, finalizou Mariza.

VOLNEY ALBANOAssessoria/Seduc-MT

MT - Projeto de Leitura de escola do Campo revela diferencial no aprendizado dos estudantes

“Ler é sonhar”. Partindo dessa perspectiva, a Escola Estadual do Campo Ana Maria

Projeto de Leitura de escola do Campo revela diferencial no aprendizado dos estudantes
Tissiani de Oliveira, Agrovila de Bojuí, em Diamantino, desenvolve o projeto pedagógico ‘Contos, Cantos e Encantos’.
 
A ação envolve 220 estudantes matriculados no 1º, 2º e 3º Ciclo de Formação Humana e também do Ensino Médio. O projeto possibilita sensíveis melhorias na gramática e no conhecimento de obras e autores, promovendo crescimento pessoal e valorização do espaço em que estão inseridos. 

“Esperamos desenvolver nestes alunos o comportamento leitor, fazendo com que os mesmos tenham interesse em buscar nos livros a leitura para estudar, se informar e se divertir dentro das possibilidades e do contexto sóciocultural”, justifica a professora de Gramática e Literatura,  Raquel Machado Santana.

Três vezes por semana (as segundas,  quartas e sextas-feiras) a escola dedica um

Projeto de Leitura de escola do Campo revela diferencial no aprendizado dos estudantes
tempo exclusivo para o desenvolvimento de atividades como ‘Momento da História’ (onde o aluno leitor lê de forma dramatizada) e  o ‘Intercâmbio da Leitura’ (onde os alunos envolvidos no projeto lêem para os alunos de outras salas), leitura com agrupamento, oficinas de leitura, entre outras estratégias empregadas.

Além do espaço da sala de aula, o projeto possibilita a leitura, a socialização das obras ao ar livre e  também no espaço da biblioteca.  
 
Reconhecimento

O hábito da leitura e o prazer de lecionar em uma escola do campo, renderam a professora Raquel uma menção honrosa no ‘Concurso Internacional de Poesias pela Paz -2013’, que contou com mais de 500 poemas inscritos.  O poema, que enfatiza a liberdade do homem do campo e o preconceito vigente àqueles que vivem da terra,  foi traduzido pelo poeta contemporâneo Athanase Vantchev de Thracy, um dos maiores poetas contemporâneos da França.

PATRÍCIA NEVES
Assessoria Seduc-MT

Nova cruzada da Educação

A luta por uma educação de qualidade e com recursos adequados e bem aplicados pode ganhar um reforço: a Lei de Responsabilidade Educacional (LRE), que funcionaria nos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal.

(*) Rosângela Bittar - Valor

Quase 25 anos depois de uma grande cruzada parlamentar em defesa da Educação, representada na luta do senador capixaba João Calmon, já falecido, para aprovar emenda constitucional que obrigou União a aplicar 13% e Estados e Municípios 25% em manutenção e desenvolvimento do ensino, inicia-se este ano uma nova iniciativa também parlamentar neste campo.

A autoria é praticamente consensual e multipartidária, existem já escritos e apresentados pelo menos cinco anteprojetos de lei, mas na liderança do movimento, que criou seus alicerces na Comissão de Educação da Câmara, está a deputada goiana Raquel Teixeira (PSDB): trata-se de instituir a Lei de Responsabilidade Educacional (LRE).

Tendo como parâmetro a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e como meta conseguir, na Educação, os resultados que a lei fiscal obteve no controle dos gastos públicos e expectativa de seu equilíbrio, os deputados envolvidos na nova campanha conseguiram o apoio da Unesco (órgão das Nações Unidos para Educação, Ciência e Cultura) e de várias instituições que atuam no setor e representam profissionais e especialistas da comunidade educacional.

Há, já em tramitação, um projeto básico, o 247/2007, do deputado também goiano Sandes Junior (PP), que propõe a criação da Lei de Responsabilidade Educacional. Este incorporou vários outros com o mesmo teor, entre os quais se destaca uma proposição do então deputado mineiro Paulo Delgado (PT) que, não tendo sido reeleito para a atual legislatura, teve agora seu projeto encampado pelo deputado matrogrossense Carlos Abicalil (PT). Os deputados Raul Henry (PMDB-PE), Marcos Montes (DEM-MG) e Carlos Souza (PP-AM) também já sugeriram seus textos, e todos eles sob a mesma justificativa.

Defendem, uma vez que já existem recursos financeiros que podem ser suficientes para a execução de uma política educacional séria, a adoção de medidas que levem à melhor gestão desses recursos, com mais resultados qualitativos. Em todos os projetos, cuja apreciação se iniciou na Comissão de Educação, por onde transitaram os parlamentares que se interessaram pelo assunto, há destaque para os riscos da leniência com a omissão e o desperdício dos recursos, além, e principalmente, da impunidade.

Alegam os deputados terem ciência de que "milhões de crianças deixam de receber a merenda escolar por falta de recursos desviados pra outros projetos e atividades". Dizem que pelas mesmas razões escolas não são construídas ou conservadas e os professores permanecem recebendo como remuneração a velha miséria, da qual já se queixaram em prosa, verso e protesto. "O risco dessa irresponsabilidade social pública com a educação brasileira é o recrudescimento do analfabetismo, da evasão escolar e do abandono da escola, entre outros sérios e irremediáveis estrangulamentos na organização e desenvolvimento da educação básica".

Os dispositivos constitucionais e as leis disponíveis exigem instrumentos que os tornem eficazes, e entre esses tem que estar, sob pena da eterna ineficiência, aqueles direcionados para, segundo definem os autores dos projetos em sua argumentação, "coibir a prática do desmando público com relação à aplicação de verbas, estabelecendo as circunstâncias e condições pelas quaisa autoridade pública poderá ser punida."
A direção da Câmara já criou uma comissão especial para trabalhar na formulação e debate da lei. Porém, isto ocorreu há quase um ano e os líderes até hoje não indicaram os representantes de seus partidos no grupo.
Ao mesmo tempo em que aguarda a instituição do comissão, a deputada Raquel Teixeira, uma líder informal do movimento pela Lei de Responsabilidade Educacional, e até por ser integrante da organização "Todos pela Educação", leva adiante uma iniciativa sua que já propunha fundamentos desta lei de responsabilidade sem denominar como tal o projeto que apresentou.

Em meados do ano passado, um seminário internacional sobre ética e responsabilidade na Educação, organizado em Brasília pela comissão da Câmara, reuniu a Unesco, o Todos pela Educação, os Conselhos de Secretários de Educação e Nacional de Educação, a União dos Dirigentes Municipais de Educação, professores e interessados no assunto, aprofundou a discussão sobre a Lei de Responsabilidade e concluiu: "Os participantes insistem sobre a importância de ser aprovada pelo Congresso Nacional uma Lei de Responsabilidade Educacional, que possa regular um conjunto de responsabilidades compartilhadas entre os vários atores da educação brasileira".

Coordenadora desse seminário, a deputada Raquel Teixeira retoma neste reinício de ano legislativo, imediatamente após o Carnaval, providências para que sejam aplicadas as suas recomendações. Antes mesmo de o assunto despertar o interesse que agora se vê, a deputada havia apresentado um projeto de lei, o de número 7420 de 2006, antes portanto de todos os demais,que dispõe sobre a qualidade da educação básica e a responsabilidade dos gestores públicos na sua promoção.

Nele, havia incluído algumas normas de apuração de responsabilidades e punição ao malfeito, já sugerindo medidas inspiradas na lei de responsabilidade fiscal. "Em 2000 o Brasil aprovou uma Lei de Responsabilidade Fiscal que disciplinou a receita e despesa da União, dos Estados e Municípios, colocando o país no rumo da modernidade fiscal que abriu caminho para a modernidade econômica e social", diz Raquel Teixeira.

"No espírito desta - afirma a deputada - é necessária uma Lei de Responsabilidade Educacional que dê à educação o tratamento de prioridade e responsabilidade que permitirá colocar o país em um novo patamar de desenvolvimento". Segundo Raquel, a LRE, que começará a ser redigida na comissão especial, vai essencialmente tipificar os crimes de responsabilidade e definir penalidades.
Rosângela Bittar é chefe da Redação, em Brasília. Escreve às quartas-feiras
E-mail rosangela.bittar@valor.com.br

A poesia do encontro

Gilberto Dimenstein

O psicanalista e educador Rubem Alves, 74, andava um tanto abatido, tomado por reflexões sobre envelhecimento e morte. Tinha passado vários meses com dificuldade de locomoção por causa de um problema na coluna e ainda buscava forças para se recuperar de um rompimento com sua companheira. Essa crise existencial se transformou, por acaso, numa experiência poética.

Numa tarde de 9 de julho, São Paulo estava vazia por causa do feriado e Rubem conheceu a atriz e poeta Elisa Lucinda, uma negra de olhos verdes, cabelos ruivos, cuja paixão é ensinar pessoas comuns a declamar. O motivo do encontro era a gravação de um depoimento com dicas para professores sobre como levar a poesia para dentro da escola.

A conversa de seis horas, apurada com taças de vinho tinto (e no final reforçada com doses de uísque), acabou em caminhos inesperados. Os versos declamados mesclavam-se com as histórias de vida desde a infância e sintetizavam alegrias, medos, decepções, mistérios, conquistas, esperanças e pequenos e grandes prazeres.

Sem se darem conta, fizeram uma síntese de décadas de emoções vividas, numa espécie de autobiografia poética.

Logo no início da conversa entre os dois desconhecidos, eles disseram que nenhuma poesia os emocionava tanto como "Cântico Negro", de José Régio.

"Se vim ao mundo, foi
Só para deflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada"

Depois de declamarem essa poesia, eles, que se conheceram havia alguns minutos, não precisavam mais de apresentação: pareciam íntimos. O roteiro da gravação obedeceu às ordens apenas das emoções que iam surgindo e se associando aos versos de Fernando Pessoa, Drummond, Manuel Bandeira, Manoel de Barros, Pablo Neruda, Adélia Prado, Cecília Meireles e Mário Quintana.

Certamente, muita gente deve achar que tanta emoção não cabe nem deveria caber dentro de uma escola -talvez até ache que estudar poesia é coisa do passado. Aulas de artes são vistas, na maioria das vezes, como uma diversão, nem remotamente tão valiosas como matemática, física ou gramática.

Mas justamente nesse tipo de emoção poética reside uma conexão com o futuro.

Quando falo em futuro, estou me referindo a algo bem prático: a empregabilidade de um indivíduo depende do seu contato com as mais diferentes formas de criatividade, a começar pelas artes.

Neurocientistas das melhores universidades do mundo, como Harvard, revelam como a arte ajuda a desenvolver a capacidade de aprender. Há impacto direto na memória e na capacidade de associação, entre outros efeitos que facilitam a aprendizagem. Descobriu-se uma ligação direta entre música e matemática.
O psicólogo Howard Gardner, professor de Harvard, ganhou prestígio mundial ao disseminar a noção de que existem inteligências múltiplas. Dançar, cantar, desenhar ou jogar futebol são sinais de diferentes tipos de inteligência. Na visão do psicólogo, a escola prioriza o raciocínio lógico-matemático -e isso não forma profissionais habilitados a lidar com as novas demandas.

Gardner aposta que a prosperidade profissional depende do desenvolvimento da criatividade, afinal as máquinas assumem sem parar as tarefas repetitivas. Na semana passada, foi apresentado um projeto de robô que utiliza neurônios (as células cerebrais). Tão importante quanto o espírito criativo é a capacidade de síntese. Num ambiente com tanta informação em tempo real, é vital saber selecionar com rapidez -ele define essa habilidade como "mente sintetizadora".

A metáfora é um magistral exercício de síntese.

É mais fácil desenvolver a criatividade e a habilidade de síntese desvendando as emoções de uma poesia do que decorando fórmulas gramaticais ou correndo atrás da nova invenção tecnológica. Ter muita informação não significa, como sabemos, ter muito conhecimento. Pode significar apenas muita confusão.

Por isso, naquele encontro, Elisa e Rubem, dois estranhos, conseguiram se conhecer tão rapidamente em tão pouco tempo -e falar com tanta profundidade de décadas de vivência.

Aquele encontro é apenas a síntese do que significa promover a emoção com a educação.
PS-Os descaminhos da conversa de Rubem e Elisa acabaram virando livro ("A Poesia do Encontro"), lançado na Bienal de Livros de São Paulo, em agosto. Um trecho da conversa de Rubem Alves e Elisa Lucinda pode ser visto no link http://www.dailymotion.com/julianorj/video/x6fwvo_elisa-lucinda-e-rubem-alves-a-poesi_school Nesse trecho Rubem interpreta o que considera a mais bela declaração de amor, escrita por Fernando Pessoa: "Quando te vi, amei-te muito antes. Tornei a achar-te quando te reencontrei".  

Coluna de Gilberto Dimenstein originalmente publicada na Folha de S.Paulo, editoria Cotidiano/ Dia 18/08/2008

Educadores libertados

Meirevaldo Paiva

Se Marx se perguntasse, hoje, 'quem educa os educadores', enfatizaria a formação intelectual, política, cultural e libertadora do educador e não realçaria a figura do professor ou do instrutor limitados por alienantes currículos. Marx não imaginaria, porém, que, num contexto de circunstâncias manipuladas, o conceito de educador pudesse ser corrompido pelo capital, fazendo com que o perfil do educador pudesse ser comparado a um tipo de empresário, de um comerciante ou de um sofista da educação.

A própria sociedade brasileira já não faz a diferença entre o educador e o mercenário da educação graças à mídia que sustenta, massifica e fortalece essa espécie de comércio de informações, conhecimentos e diplomas na lógica neoliberal que se apropriou espertamente dos conceitos democráticos, humanistas e universais para fazer valer suas ideologias de mercado e de consumo.

Mas, se os educadores não estão sob os holofotes da mídia, por onde andarão e o que estarão fazendo que não rompem com a invisibilidade a que estão submetidos pelo sistema oficial, pelos 'donos' das escolas e das universidades, pelas elites que se sentem incomodadas com a práxis da libertação de consciências e de sentimentos que formam homens e mulheres livres para reinventar a democracia brasileira?

Os educadores estão espalhados pelas comunidades periféricas, pelas universidades, pelas escolas fundamentais e médias e por todos os lugares em que seja necessária a presença de um educador – docência, imprensa, saúde, trabalho, política - para decifrar o mundo, interpretá-lo e transformá-lo pelo conhecimento e pela cultura, pela razão e pela emoção, utilizando-se para isso da cotidianidade comum a todos.

Se a sala de aula é identificada por uma relação dialógica, de perguntas, interrogações, questionamentos, a resposta exige tempo de estudos, de reflexões, de pesquisas, de se preparar política e culturalmente para responder aos interlocutores na família, na rua, na sociedade. É a educação continuada e permanente para a autonomia intelectual e política para o discernimento e para a lucidez.

É o caso da professora de Salto de Pirapora (SP) que vasculha o cotidiano por meio da leitura de jornal bancado também pelos seus alunos de duas turmas de 6ª série mediante 'vaquinha' que paga a assinatura que não cabe mais no bolso da mestra. Pela via do jornal e de outras mídias há todo um processo de leitura, compreensão e interpretação de textos ou da palavra transformadora de circunstâncias e mais a reflexão crítica de tendências políticas, econômicas e culturais da mídia convencional e alternativa que objetiva, no processo de ensino e educação, a formação de um leitor sem cabrestos ideológicos.

No Para e no Amapá, a leitura do jornal em sala de aula revela a excelência profissional de muitos professores por um trabalho de qualidade pedagógica que os aproxima inclusive, das comunidades. O Programa 'O LIBERAL na Escola' recolhe há anos relatos e testemunhos de como se faz ensino com educação em sala de aula, como uma aula é oxigenada pela realidade do entorno da escola, como o professor se transforma num educador, num orientador e num sábio disponível para transformar as misérias humanas, sociais, econômicas dos alunos em um mundo de maiores possibilidades humanas.

São esses professores de Belém, Macapá, Castanhal, Santarém, Rio de Janeiro, São Paulo que anonimamente, invisíveis para os sistemas, sem quaisquer recursos materiais modificam o rotineiro ensino num trabalho coletivo de educação em que crianças, adolescentes e jovens aprendem a pensar, a falar, a agir, a dirigir-se ao outro sem medo e sem controladores escolares que lubrificam a manutenção dos amortecedores sociais.

São esses educadores que se educam pelos saberes populares e com eles compartilham conhecimentos, abrem perspectivas de mundo para milhares de crianças, adolescentes e jovens, e não se deixam seduzir pelas elites dominantes que privatizam o conhecimento para evitar que o povo seja o dócil rebanho dos colonizadores neoliberais.

Meirevaldo Paiva é educador
Artigo publicado no jornal O Liberal (11.02.2008)