Fonte: Só Notícias
Parte dos 590 alunos das escolas Thiago Aranda, Sadao Watanabe e Bom Jardim apresentaram hoje as oficinas de dança, capoeira e judô desenvolvidas através projeto Mais Educação. Também há aulas de canto/coral, horta, tênis de mesa e letramento/matemática. "Eu melhorei as notas em matemática também", contou a estudante Julia Godinho, Uma das coordenadoras do programa, Marineide Oliveira Marques, informou que "a meta é melhorar os índices educacionais, então mapeia o que a escola já faz e inicia um levantamento de sugestões com os educadores para melhorar a qualidade da educação".
Hoje são três escolas integrantes do Mais Educação. A coordenadora municipal Alexandra Cortes apontou que será ampliado para treze: Basiliano do Carmo de Jesus, Uilibaldo Gobo, Belo Ramo, Ana Cristina de Sena, Menino Jesus, Armando Dias, Centro Educacional Lindolfo Trierweiller, Carlos Drumonnd de Andrade e Maria Aparecida Amaro de Souza. "A perspectiva para agosto é atender 2.298 alunos com educação em tempo integral, estudando no mínimo sete horas diárias. Temos 21 escolas, a vontade do prefeito e do secretário é ampliar o programa para todas", explicou.
A assessoria de imprensa da prefeitura informa que o número de atendidos no projeto terá incremento de 290% em relação a quantidade atual.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Olimpíada Brasileira de Matemática mobiliza professores e alunos do IFMT/Cáceres
Com o objetivo de motivar o gosto pela matemática e estimular o raciocínio lógico, a discussão e resolução de problemas em grupos, o professor de matemática do IFMT/Campus Cáceres Lúdio Edson da Silva Campos promove agenda extra de atividades com alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio da instituição. O propósito, segundo o docente é além de desenvolver habilidades e desmistificar o aprendizado da matemática, preparar os alunos para a 7ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, OBMEP.
A agenda ocorre aos sábados com orientação e organização de grupos de estudos para resolução de questões propostas pelo professor e outras disponibilizadas no site www.obmep.org.br
O estímulo para participação na Olimpíada ocorre também nas atividades cotidianas ministradas pelos professores José Marcelo Pontes e Liliana Karla Jorge de Moura que priorizam, nas aulas de matemática, o desenvolvimento do raciocínio lógico.
Promovida pelos Ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Educação (MEC),em parceria com o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), a OBMEP conta com a participação de alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e das séries do ensino médio, matriculados em escolas públicas de todo o país. A primeira fase da olimpíada será realizada em 16 de agosto e a 2ª fase no dia 05 de novembro.
Em 2010, os alunos do IFMT/Campus Cáceres, Jarme Gomes Joaquim e Weslley Arthur dos Santos Sampaio foram premiados com menção honrosa pelo desempenho na 6ª OBMEP.
A agenda ocorre aos sábados com orientação e organização de grupos de estudos para resolução de questões propostas pelo professor e outras disponibilizadas no site www.obmep.org.br
O estímulo para participação na Olimpíada ocorre também nas atividades cotidianas ministradas pelos professores José Marcelo Pontes e Liliana Karla Jorge de Moura que priorizam, nas aulas de matemática, o desenvolvimento do raciocínio lógico.
Promovida pelos Ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Educação (MEC),em parceria com o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), a OBMEP conta com a participação de alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e das séries do ensino médio, matriculados em escolas públicas de todo o país. A primeira fase da olimpíada será realizada em 16 de agosto e a 2ª fase no dia 05 de novembro.
Em 2010, os alunos do IFMT/Campus Cáceres, Jarme Gomes Joaquim e Weslley Arthur dos Santos Sampaio foram premiados com menção honrosa pelo desempenho na 6ª OBMEP.
MT- Enfraquecida, greve dos professores de MT está no fim
Quase 50% dos professores já voltaram as atividades, segundo o sindicato da categoria
Gilmar Ferreira, do Sintep: Governo do Estado está sendo antidemocrático
BRUNO GARCIA
DA REDAÇÃO
A greve dos trabalhadores da Educação, iniciada no dia 6 deste mês, vem se esvaziando e pode ser encerrada na tarde desta quinta-feira (30). Até agora, 50% dos profissionais já retornaram às salas de aula. "Infelizmente, os professores estão abandonando o movimento grevista, sob pressão e ameaças do Governo", declarou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep), Gilmar Soares Ferreira.
O sindicalista encarou as declarações do governador Silval Barbosa (PMDB), de que irá determinar o corte de ponto dos servidores que não compareceram ao trabalho. A greve foi considerada ilegal pelo Poder Judiciário, em decisão do desembargador José Tadeu Cury, que determinou o retorno às salas de aula no prazo de 72 horas e pagamento de multa diária de R$ 50 mil por descumprimento.
Gilmar Soares ressaltou que a posição tomada pelo Governo do Estado enfraqueceu o movimento e os professores estão retornando às salas, segundo ele, com medo de terem prejuízos em seus vencimentos.
"Dessa forma, fica difícil manter a greve. Até segunda-feira (4), acredito que esse número de abandono à greve será maior. A ameaça de corte de ponto pesou na decisão dos professores", declarou.
Os grevistas irão se reunir nesta quinta-feira (30) para avaliar a condição de continuarem no movimento. Provavelmente, será marcada uma assembleia-geral da categoria para deliberar sobre o indicativo desta tarde.
A tendência é que os grevistas abandonem o pleito, porém continuem no processo de negociação salarial. "A busca pelo piso de R$ 1.312,00 [o Governo afirma ter oferecido R$ 1.278,00], que é dentro da viabilidade do Governo, não acabará, independente da decisão de manter ou não a greve", disse o sindicalista.
O ato de hoje acontecerá no acampamento grevista, instalado na Praça Ulisses Guimarães, em Cuiabá, a partir das 14 horas. Além de definirem qual rumo tomará o movimento, os professores irão fazer um manifesto em repúdio a postura do Governo em anunciar o corte salarial. O Sintep vem afirmando que as ações do Estado são "antidemocráticas".
Para o sindicalista, as autoridades de Mato Grosso "precisam dar respostas concretas à maioria da população pela crise moral e política que vive o Estado, denunciada por escândalos políticos, financeiros e administrativos".
O sindicalista ressaltou, ainda, que os profissionais da educação estão abertos a negociações. "É lamentável a postura do governador Silval Barbosa de não negociar com a categoria, mesmo conhecendo a decisão da assembleia geral de abertura a uma proposta alternativa", completou Ferreira.
Gilmar Ferreira, do Sintep: Governo do Estado está sendo antidemocrático
BRUNO GARCIA
DA REDAÇÃO
A greve dos trabalhadores da Educação, iniciada no dia 6 deste mês, vem se esvaziando e pode ser encerrada na tarde desta quinta-feira (30). Até agora, 50% dos profissionais já retornaram às salas de aula. "Infelizmente, os professores estão abandonando o movimento grevista, sob pressão e ameaças do Governo", declarou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep), Gilmar Soares Ferreira.
O sindicalista encarou as declarações do governador Silval Barbosa (PMDB), de que irá determinar o corte de ponto dos servidores que não compareceram ao trabalho. A greve foi considerada ilegal pelo Poder Judiciário, em decisão do desembargador José Tadeu Cury, que determinou o retorno às salas de aula no prazo de 72 horas e pagamento de multa diária de R$ 50 mil por descumprimento.
Gilmar Soares ressaltou que a posição tomada pelo Governo do Estado enfraqueceu o movimento e os professores estão retornando às salas, segundo ele, com medo de terem prejuízos em seus vencimentos.
"Dessa forma, fica difícil manter a greve. Até segunda-feira (4), acredito que esse número de abandono à greve será maior. A ameaça de corte de ponto pesou na decisão dos professores", declarou.
Os grevistas irão se reunir nesta quinta-feira (30) para avaliar a condição de continuarem no movimento. Provavelmente, será marcada uma assembleia-geral da categoria para deliberar sobre o indicativo desta tarde.
A tendência é que os grevistas abandonem o pleito, porém continuem no processo de negociação salarial. "A busca pelo piso de R$ 1.312,00 [o Governo afirma ter oferecido R$ 1.278,00], que é dentro da viabilidade do Governo, não acabará, independente da decisão de manter ou não a greve", disse o sindicalista.
O ato de hoje acontecerá no acampamento grevista, instalado na Praça Ulisses Guimarães, em Cuiabá, a partir das 14 horas. Além de definirem qual rumo tomará o movimento, os professores irão fazer um manifesto em repúdio a postura do Governo em anunciar o corte salarial. O Sintep vem afirmando que as ações do Estado são "antidemocráticas".
Para o sindicalista, as autoridades de Mato Grosso "precisam dar respostas concretas à maioria da população pela crise moral e política que vive o Estado, denunciada por escândalos políticos, financeiros e administrativos".
O sindicalista ressaltou, ainda, que os profissionais da educação estão abertos a negociações. "É lamentável a postura do governador Silval Barbosa de não negociar com a categoria, mesmo conhecendo a decisão da assembleia geral de abertura a uma proposta alternativa", completou Ferreira.
MT- Professora fortalece movimento em Cuiabá
A professora de Língua Portuguesa, Amanda Gurgel, que ficou conhecida no Brasil todo por conta de uma fala visceral que fez em defesa dos professores e denunciando a precariedade da Educação no país, participou nesta terça (29) de mobilização do segmento educacional em Cuiabá.
De acordo com Amanda Gurgel o vídeo no Youtube não mudou nada sua vida. Continuou recebendo o mesmo salário. A única coisa que mudou é que agora recebe convites para ir a outros Estados fortalecer a luta pela Educação. “A Educação em Cuiabá não esta diferente dos outros Estados. Infelizmente o setor está um caos, os professores trabalham em situação precária. Estamos determinados a lutar contra a atual situação, que tem comovido educadores de todo País”, disse.
Quando questionada sobre se com sua notoriedade pretende ser candidata nas eleições de 2012, Gurgel disse que este não é seu foco no momento. “Não penso em ser candidata. Minha prioridade é a defesa da Educação. Não creio que as eleições sejam um caminho, mas penso em fortalecer a mobilização. Em nenhum lugar que fui nunca disse que mudaria a Educação, o meu objetivo é apenas fortalecer o movimento”, afirma.
Segundo o professor de Artes, Claudio Dias, a Educação no País é dividida entre ricos e pobres. “O setor público vem sendo precarizado a cada ano. Quem quer Educação melhor tem que ir para a rede particular. Temos uma luta sobre o piso salarial, e o governo do Estado só nos trata com descaso. Minha esposa e eu somos professores, nos viramos como podemos. Tudo é muito difícil. Mas vamos lutando”, desabafa.
Kethulin Lopes - Da Redação
De acordo com Amanda Gurgel o vídeo no Youtube não mudou nada sua vida. Continuou recebendo o mesmo salário. A única coisa que mudou é que agora recebe convites para ir a outros Estados fortalecer a luta pela Educação. “A Educação em Cuiabá não esta diferente dos outros Estados. Infelizmente o setor está um caos, os professores trabalham em situação precária. Estamos determinados a lutar contra a atual situação, que tem comovido educadores de todo País”, disse.
Quando questionada sobre se com sua notoriedade pretende ser candidata nas eleições de 2012, Gurgel disse que este não é seu foco no momento. “Não penso em ser candidata. Minha prioridade é a defesa da Educação. Não creio que as eleições sejam um caminho, mas penso em fortalecer a mobilização. Em nenhum lugar que fui nunca disse que mudaria a Educação, o meu objetivo é apenas fortalecer o movimento”, afirma.
Segundo o professor de Artes, Claudio Dias, a Educação no País é dividida entre ricos e pobres. “O setor público vem sendo precarizado a cada ano. Quem quer Educação melhor tem que ir para a rede particular. Temos uma luta sobre o piso salarial, e o governo do Estado só nos trata com descaso. Minha esposa e eu somos professores, nos viramos como podemos. Tudo é muito difícil. Mas vamos lutando”, desabafa.
Kethulin Lopes - Da Redação
Seduc/MT
COMUNICADO
Agenda Cultural da Seduc
Seduc realiza nesta quinta-feira (30/06) III Mostra de Trabalhos do Programa Escola Aberta, a partir das 8 horas, no pátio da Secretária e Auditório.
A Feira mensal, de Artesanato, será na sexta-feira (1/07)
Agenda Cultural da Seduc
Seduc realiza nesta quinta-feira (30/06) III Mostra de Trabalhos do Programa Escola Aberta, a partir das 8 horas, no pátio da Secretária e Auditório.
A Feira mensal, de Artesanato, será na sexta-feira (1/07)
MT -Meia -entrada para professores ,agora é lei
LEI Nº 8.605, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2006 - D.O. 21.12.06.
Autor: Deputada Verinha Araújo
Dispõe sobre a instituição da meia-entrada para professores da rede pública de ensino do Estado de Mato Grosso em estabelecimentos que promovam lazer e entretenimento e estimulem a difusão cultural.
O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, no desempenho da atribuição conferida pelo art. 42, § 8º, da Constituição Estadual, promulga a seguinte lei:
Art. 1º Fica assegurado aos professores da rede pública estadual de ensino o pagamento de cinqüenta por cento do valor cobrado para ingresso em estabelecimentos e/ou casas de diversão, além de praças desportivas, que promovam espetáculos de lazer, entretenimento e difusão cultural.
Parágrafo único A meia-entrada corresponderá, sempre, à metade do valor do ingresso cobrado, ainda que se trate de preço promocional ou com desconto sobre o valor normalmente cobrado.
Art. 2º Consideram-se casas de diversão, para os efeitos desta lei, os estabelecimentos que realizem ou exibam espetáculos musicais, circenses, teatrais, cinematográficos, de artes plásticas e artísticos em geral.
Art. 3º O atestado da condição de professores da rede pública estadual de ensino, para gozo do benefício previsto nesta lei, dar-se-á por meio da apresentação da carteira funcional emitida pela Secretaria Estadual de Educação.
Art. 4º O descumprimento pelos estabelecimentos do disposto nesta lei ensejará a cobrança de multa no valor correspondente a 100 vezes o valor do respectivo ingresso.
Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Assembléia Legislativa do Estado, em Cuiabá, 20 de dezembro de 2006.
Deputado SILVAL BARBOSA
Presidente
Autor: Deputada Verinha Araújo
Dispõe sobre a instituição da meia-entrada para professores da rede pública de ensino do Estado de Mato Grosso em estabelecimentos que promovam lazer e entretenimento e estimulem a difusão cultural.
O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, no desempenho da atribuição conferida pelo art. 42, § 8º, da Constituição Estadual, promulga a seguinte lei:
Art. 1º Fica assegurado aos professores da rede pública estadual de ensino o pagamento de cinqüenta por cento do valor cobrado para ingresso em estabelecimentos e/ou casas de diversão, além de praças desportivas, que promovam espetáculos de lazer, entretenimento e difusão cultural.
Parágrafo único A meia-entrada corresponderá, sempre, à metade do valor do ingresso cobrado, ainda que se trate de preço promocional ou com desconto sobre o valor normalmente cobrado.
Art. 2º Consideram-se casas de diversão, para os efeitos desta lei, os estabelecimentos que realizem ou exibam espetáculos musicais, circenses, teatrais, cinematográficos, de artes plásticas e artísticos em geral.
Art. 3º O atestado da condição de professores da rede pública estadual de ensino, para gozo do benefício previsto nesta lei, dar-se-á por meio da apresentação da carteira funcional emitida pela Secretaria Estadual de Educação.
Art. 4º O descumprimento pelos estabelecimentos do disposto nesta lei ensejará a cobrança de multa no valor correspondente a 100 vezes o valor do respectivo ingresso.
Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Assembléia Legislativa do Estado, em Cuiabá, 20 de dezembro de 2006.
Deputado SILVAL BARBOSA
Presidente
Haddad falará sobre o Pronatec na próxima quarta-feira
Na próxima quarta (29/6), às 11h, o ministro Fernando Haddad comparecerá à Comissão de Educação e Cultura, no plenário 10 da Câmara dos Deputados, para falar sobre o Pronatec (Projeto de Lei 1.209/11). Também estarão presentes os quatro deputados-relatores da proposição: Biffi (PT/MS), da Comissão de Educação e Cultura; Alex Canziani (PTB/PR), da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Júnior Coimbra (PMDB/TO), da Comissão de Finanças e Tributação e Jorginho Mello (PSDB/SC), da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. As comissões também realizarão mais quatro reuniões conjuntas para debater o PL 1.209/11, além de audiências públicas nas cinco regiões do país.
Para a presidenta da Comissão de Educação e Cultura, deputada Fátima Bezerra, a visita do ministro será importante para que Haddad detalhe as metas estabelecidas pelo governo no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego) e fale sobre a proposta, “tão importante para a qualificação da população brasileira e para o desenvolvimento econômico do país”. A participação de todos os relatores na reunião com o ministro e nas audiências conjuntas facilitará a aprovação do projeto de lei, que tramita em regime de urgência.
Convém ressaltar que está mantida a reunião ordinária da Comissão de Educação e Cultura, convocada para às 10h do dia 29, que deverá ser suspensa após a chegada do ministro Fernando Haddad.
Assessoria de Imprensa: Rejane Medeiros/Francy Borges
Fone: (61) – 3216-6623 – cec@camara.gov.br
Para a presidenta da Comissão de Educação e Cultura, deputada Fátima Bezerra, a visita do ministro será importante para que Haddad detalhe as metas estabelecidas pelo governo no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego) e fale sobre a proposta, “tão importante para a qualificação da população brasileira e para o desenvolvimento econômico do país”. A participação de todos os relatores na reunião com o ministro e nas audiências conjuntas facilitará a aprovação do projeto de lei, que tramita em regime de urgência.
Convém ressaltar que está mantida a reunião ordinária da Comissão de Educação e Cultura, convocada para às 10h do dia 29, que deverá ser suspensa após a chegada do ministro Fernando Haddad.
Assessoria de Imprensa: Rejane Medeiros/Francy Borges
Fone: (61) – 3216-6623 – cec@camara.gov.br
MT- A arma de Silval
Um por Dia:
Coragem é manter a classe sob pressão.
John Kennedy
O chargista Fernando Ordakowski, do jornal eletrônico RDNews, ilustrou com irreverência o personagem Silval Barbosa, governador do Estado, empunhando uma imagem da Temis, a deusa da justiça, na matéria "Memo acuado, Silval evita confronto com servidores e vai à Justiça", sobre decisão favorável do TJ em determinar o retorno dos professores às salas de aula.
A saída encontrada por Silval Barbosa, em buscar a Procuradoria Geral do Estado para tratar da greve dos servidores da Educação, visa não afetar o governo, como diz a matéria: o clima de disputa com os servidores parece não respingar sobre a cúpula do governo. Silval opta pelo silêncio. Quando necessário, aciona seu secretariado para reagir. Alguns do primeiro escalão, por outro lado, evitam exposição pública neste momento de crise motivado por greves em alguns setores da administração.
Um ato que pede reflexão foi o praticado ontem, pela mãe do jovem Fiuck (Flávio ) morto em um acidente de moto na madrugada de domingo. Eliane (a Lia), após o sepultamento do filho no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá, levantou-se de um banco próximo a sepultura, e andou em direção a um jovem, que estava em uma cadeira de rodas, e agradeceu sua presença e conforto naquele momento de sua vida. Era Eliene Junior, que no ano passado foi vítima de um grave acidente quando foi atropelado na estrada para Chapada dos Guimarães. Transpondo todos os obstáculos, ele acompanhou, durante todo o tempo o velório e o sepultamento do amigo Faick - que era filho do jornalista Flávio Garcia.
Piada Pronta:
E perguntaram para o Manoel:
— Você acha que os padres devem se casar?
— E por que não? — responde o gajo. — Se eles se amam...
Coragem é manter a classe sob pressão.
John Kennedy
O chargista Fernando Ordakowski, do jornal eletrônico RDNews, ilustrou com irreverência o personagem Silval Barbosa, governador do Estado, empunhando uma imagem da Temis, a deusa da justiça, na matéria "Memo acuado, Silval evita confronto com servidores e vai à Justiça", sobre decisão favorável do TJ em determinar o retorno dos professores às salas de aula.
A saída encontrada por Silval Barbosa, em buscar a Procuradoria Geral do Estado para tratar da greve dos servidores da Educação, visa não afetar o governo, como diz a matéria: o clima de disputa com os servidores parece não respingar sobre a cúpula do governo. Silval opta pelo silêncio. Quando necessário, aciona seu secretariado para reagir. Alguns do primeiro escalão, por outro lado, evitam exposição pública neste momento de crise motivado por greves em alguns setores da administração.
Um ato que pede reflexão foi o praticado ontem, pela mãe do jovem Fiuck (Flávio ) morto em um acidente de moto na madrugada de domingo. Eliane (a Lia), após o sepultamento do filho no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá, levantou-se de um banco próximo a sepultura, e andou em direção a um jovem, que estava em uma cadeira de rodas, e agradeceu sua presença e conforto naquele momento de sua vida. Era Eliene Junior, que no ano passado foi vítima de um grave acidente quando foi atropelado na estrada para Chapada dos Guimarães. Transpondo todos os obstáculos, ele acompanhou, durante todo o tempo o velório e o sepultamento do amigo Faick - que era filho do jornalista Flávio Garcia.
Piada Pronta:
E perguntaram para o Manoel:
— Você acha que os padres devem se casar?
— E por que não? — responde o gajo. — Se eles se amam...
MT- Silval diz que não negocia com grevista
Governador endureceu ontem o discurso contra servidores que estão paralisados, em especial os professores, cuja greve foi decretada ilegal pela Justiça
Josi Pettengill/Secom
Silval Barbosa detalhou ontem a renegociação da dívida com a União
ANA ROSA FAGUNDES
Da Reportagem
O governador Silval Barbosa (PMDB) endureceu ontem o discurso contra as categorias de servidores públicos que estão em greve ou que ameaçam paralisar os trabalhos. Silval afirmou que não vai discutir e avançar nas negociações com quem está parado. “Não fecho diálogo com nenhuma categoria. Só não avanço nas negociações das que estão em greve. Quem entrar em greve, não tem discussão”, disse o governador, durante entrevista em que falou, também, da renegociação da dívida do Estado.
Com seis meses à frente do governo, Silval Barbosa enfrenta uma crise com os servidores. Os sindicatos de sete categorias decidiram se mobilizar no mesmo período, colocando à prova a habilidade política e de articulação do governador. Estão em greve os servidores da Secretaria de Meio Ambiente, da Empaer, professores e médicos dos hospitais regionais, além dos servidores do Detran. Os investigadores de polícia e agentes prisionais também estão se mobilizando.
A situação mais grave é a paralisação dos professores. A Justiça já declarou ilegal a greve e determinou o retorno às salas de aula. No entanto, o sindicato resolveu continuar com a greve. Silval disse que vai cumprir a lei, portanto os servidores sofrerão cortes no salário.
Conforme Silval Barbosa, a categoria dos educadores tinha uma luta há 10 anos para ter o Imposto de Renda contabilizado dentro da receita deles e desde janeiro o governo faz essa restituição. Além disso, o governador argumentou que a categoria pede mais efetivo e que só este ano já foram chamados mais de três mil servidores. E até dezembro, serão chamados mais cerca de dois mil. Além disso, os salários estão em dia, segundo Silval.
“Eu tenho seis meses de governo e não vou ser irresponsável de querer atender tudo que estão pedindo e depois atrasar folha de pagamento. Eu já avisei: aqueles que estão insistindo irregularmente, depois de decisão, eu vou cumprir o que está na determinação judicial” alertou o governador.
Os professores reivindicam que o piso salarial seja de R$ 1.312 a partir do mês de maio deste ano. Mas o Estado se compromete a reajustar os salários em dezembro.
Conforme o governador, o aumento que os professores pedem vai impactar em R$ 20 milhões o orçamento do governo. Já na proposta governista, o impacto é de R$ 3 milhões.
“Infelizmente é um equívoco a forma como o sindicato dos professores está conduzindo isso. Eu não tenho como pagar este ano. Eu não vou inviabilizar as contas do governo, chegar ao final de ano e não ter condições de quitar a folha de pagamento”, disse o governador.
Silval afirmou que 90% dos professores já voltaram para as salas de aula, depois da decisão da Justiça que decretou ilegal a greve, e que os pontos de maior resistência são em Barra do Garças e Rondonópolis. Uma equipe da secretaria de Educação foi encaminhada para esses municípios a fim de fazer o alerta sobre as sanções se a greve continuar. “Infelizmente vou cumprir o que a legislação determina, já determinei que se cumpra”, afirmou Silval.
Josi Pettengill/Secom
Silval Barbosa detalhou ontem a renegociação da dívida com a União
ANA ROSA FAGUNDES
Da Reportagem
O governador Silval Barbosa (PMDB) endureceu ontem o discurso contra as categorias de servidores públicos que estão em greve ou que ameaçam paralisar os trabalhos. Silval afirmou que não vai discutir e avançar nas negociações com quem está parado. “Não fecho diálogo com nenhuma categoria. Só não avanço nas negociações das que estão em greve. Quem entrar em greve, não tem discussão”, disse o governador, durante entrevista em que falou, também, da renegociação da dívida do Estado.
Com seis meses à frente do governo, Silval Barbosa enfrenta uma crise com os servidores. Os sindicatos de sete categorias decidiram se mobilizar no mesmo período, colocando à prova a habilidade política e de articulação do governador. Estão em greve os servidores da Secretaria de Meio Ambiente, da Empaer, professores e médicos dos hospitais regionais, além dos servidores do Detran. Os investigadores de polícia e agentes prisionais também estão se mobilizando.
A situação mais grave é a paralisação dos professores. A Justiça já declarou ilegal a greve e determinou o retorno às salas de aula. No entanto, o sindicato resolveu continuar com a greve. Silval disse que vai cumprir a lei, portanto os servidores sofrerão cortes no salário.
Conforme Silval Barbosa, a categoria dos educadores tinha uma luta há 10 anos para ter o Imposto de Renda contabilizado dentro da receita deles e desde janeiro o governo faz essa restituição. Além disso, o governador argumentou que a categoria pede mais efetivo e que só este ano já foram chamados mais de três mil servidores. E até dezembro, serão chamados mais cerca de dois mil. Além disso, os salários estão em dia, segundo Silval.
“Eu tenho seis meses de governo e não vou ser irresponsável de querer atender tudo que estão pedindo e depois atrasar folha de pagamento. Eu já avisei: aqueles que estão insistindo irregularmente, depois de decisão, eu vou cumprir o que está na determinação judicial” alertou o governador.
Os professores reivindicam que o piso salarial seja de R$ 1.312 a partir do mês de maio deste ano. Mas o Estado se compromete a reajustar os salários em dezembro.
Conforme o governador, o aumento que os professores pedem vai impactar em R$ 20 milhões o orçamento do governo. Já na proposta governista, o impacto é de R$ 3 milhões.
“Infelizmente é um equívoco a forma como o sindicato dos professores está conduzindo isso. Eu não tenho como pagar este ano. Eu não vou inviabilizar as contas do governo, chegar ao final de ano e não ter condições de quitar a folha de pagamento”, disse o governador.
Silval afirmou que 90% dos professores já voltaram para as salas de aula, depois da decisão da Justiça que decretou ilegal a greve, e que os pontos de maior resistência são em Barra do Garças e Rondonópolis. Uma equipe da secretaria de Educação foi encaminhada para esses municípios a fim de fazer o alerta sobre as sanções se a greve continuar. “Infelizmente vou cumprir o que a legislação determina, já determinei que se cumpra”, afirmou Silval.
Cuiabano – Um Sujeito Passivo
Autor: Marcelo Greger
Cuiabá aparece na pesquisa “Os Emergentes dos Emergentes: Reflexões Globais e Ações Locais para a Nova Classe Média Brasileira”, realizada pela FGV, e divulgada em 27/06/2011, como a 57ª renda média dentre os municípios brasileiro, vencendo cidades como Campo Grande (82ª), Londrina (64ª), Palmas (59ª), citando apenas algumas referências de cidades que, reconhecidamente, oferecem qualidade de vida e infraestrutura de bom nível às suas populações.
Esse dado sozinho pode ser insuficiente para se comparar ou classificar cidades, mas traz uma certeza: quanto maior a renda média da população, maior o potencial de arrecadação do governo local, e maior, portanto, o potencial de investimentos.
O que ocorre então com Cuiabá? Por que vivemos numa cidade de lastimáveis níveis de infraestrutura, saúde e educação? Por que, quando comparamos esses indicadores com as cidades acima citadas, perdemos feio em todos? Por que ainda convivemos com esgoto e lixo a céu aberto? Por que nossas ruas, quando não estão esburacadas, estão cheias de remendos?
Ora, sabe o cuiabano que vivemos há décadas um apagão de gestão municipal. Não houve, nos últimos 40 anos (pelo menos), um prefeito sequer que tenha se destacado por gerir a máquina pública de forma elogiável, todos, sem exceção, apresentaram deficiências graves, seja na incapacidade de arrecadar e aplicar os recursos com eficiência, seja na ausência de coragem em promover um enxugamento e profissionalização do serviço público. E todos, sem exceção, se notabilizaram pela total incompetência em romper com os padrões vigentes. Tudo em nome das “tradiçãos”.
Some-se a isso uma Câmara Municipal inoperante, totalmente equivocada no cumprimento de seu papel, e que sobrevive por simples exigência regulamentar. Aliás, alguém conseguiria citar uma ação de destaque desta Instituição, que tenha trazido benefício direto e mensurável à toda população? Eu procurei e não encontrei, vi muita articulação, muitos discursos, pouquíssima ação.
Existe uma saída? Pelo que vemos no (pobre e repetitivo) noticiário político local, há pouca esperança. Nenhum dos pré-candidatos que começam a se articular está desligado de algum modelo de gestão, anterior ou vigente, que não esteja contaminado com todas as ignomínias da incompetência e do descaso na gestão pública. Nenhum deles demonstrou capacidade administrativa, e vários deles estão comprometidos desde já com interesses de concentração da renda, construtoras e superfaturamentos, atraso e isolamento da nossa cidade, os cânceres que nos atrasam e nos isolam do mundo desenvolvido.
Bem, e como reage o cuiabano? Ora, o cuiabano, em sua maioria, é um sujeito passivo, desinformado, resignado com a realidade de sua cidade, descrente em uma solução. Reage fortemente às críticas dos “pau rodados”, como chamam os “invasores” de outros Estados, que chegam para aqui viver, e que, normalmente, tem um grau de tolerância muito menor com os problemas da cidade. “Não tá gostando, volta prá sua terra!”. Se essa reação enérgica se voltasse aos gestores locais, quantas diferenças veriam!
Essa passividade, esse desejo de continuidade, que muitos cuiabanos alimentam e defendem, só ajuda a perpetuar o modelo de gestão municipal que aí está, há mais de 40 anos.
Não entendem que o que transforma a realidade de uma cidade não é Copa do Mundo, não é PAC 1, 2, 3 ou 4. O povo, consciente e participativo, é que, através do seu voto, pode mudar a realidade. Através de protestos, de greves, de mobilizações, pode exigir que os gestores atuem de forma mais efetiva. Nada de violência, apenas mobilização, participação, senso crítico, e tolerância zero à incompetência.
Essa cidade caminha para seus 300 anos, e seria maravilhoso, DIGORESTE MESMO que, até lá, o seu povo mudasse de postura e reconhecesse seu papel de partícipe da gestão pública, de cobrador de resultados, de fiscal dos governantes. Produziria resultados que os mais “tchapa e cruz” dos cuiabanos duvidam serem possíveis.
Marcelo Greger é servidor público federal, e atento observador da realidade social, política e econômica.
Cuiabá aparece na pesquisa “Os Emergentes dos Emergentes: Reflexões Globais e Ações Locais para a Nova Classe Média Brasileira”, realizada pela FGV, e divulgada em 27/06/2011, como a 57ª renda média dentre os municípios brasileiro, vencendo cidades como Campo Grande (82ª), Londrina (64ª), Palmas (59ª), citando apenas algumas referências de cidades que, reconhecidamente, oferecem qualidade de vida e infraestrutura de bom nível às suas populações.
Esse dado sozinho pode ser insuficiente para se comparar ou classificar cidades, mas traz uma certeza: quanto maior a renda média da população, maior o potencial de arrecadação do governo local, e maior, portanto, o potencial de investimentos.
O que ocorre então com Cuiabá? Por que vivemos numa cidade de lastimáveis níveis de infraestrutura, saúde e educação? Por que, quando comparamos esses indicadores com as cidades acima citadas, perdemos feio em todos? Por que ainda convivemos com esgoto e lixo a céu aberto? Por que nossas ruas, quando não estão esburacadas, estão cheias de remendos?
Ora, sabe o cuiabano que vivemos há décadas um apagão de gestão municipal. Não houve, nos últimos 40 anos (pelo menos), um prefeito sequer que tenha se destacado por gerir a máquina pública de forma elogiável, todos, sem exceção, apresentaram deficiências graves, seja na incapacidade de arrecadar e aplicar os recursos com eficiência, seja na ausência de coragem em promover um enxugamento e profissionalização do serviço público. E todos, sem exceção, se notabilizaram pela total incompetência em romper com os padrões vigentes. Tudo em nome das “tradiçãos”.
Some-se a isso uma Câmara Municipal inoperante, totalmente equivocada no cumprimento de seu papel, e que sobrevive por simples exigência regulamentar. Aliás, alguém conseguiria citar uma ação de destaque desta Instituição, que tenha trazido benefício direto e mensurável à toda população? Eu procurei e não encontrei, vi muita articulação, muitos discursos, pouquíssima ação.
Existe uma saída? Pelo que vemos no (pobre e repetitivo) noticiário político local, há pouca esperança. Nenhum dos pré-candidatos que começam a se articular está desligado de algum modelo de gestão, anterior ou vigente, que não esteja contaminado com todas as ignomínias da incompetência e do descaso na gestão pública. Nenhum deles demonstrou capacidade administrativa, e vários deles estão comprometidos desde já com interesses de concentração da renda, construtoras e superfaturamentos, atraso e isolamento da nossa cidade, os cânceres que nos atrasam e nos isolam do mundo desenvolvido.
Bem, e como reage o cuiabano? Ora, o cuiabano, em sua maioria, é um sujeito passivo, desinformado, resignado com a realidade de sua cidade, descrente em uma solução. Reage fortemente às críticas dos “pau rodados”, como chamam os “invasores” de outros Estados, que chegam para aqui viver, e que, normalmente, tem um grau de tolerância muito menor com os problemas da cidade. “Não tá gostando, volta prá sua terra!”. Se essa reação enérgica se voltasse aos gestores locais, quantas diferenças veriam!
Essa passividade, esse desejo de continuidade, que muitos cuiabanos alimentam e defendem, só ajuda a perpetuar o modelo de gestão municipal que aí está, há mais de 40 anos.
Não entendem que o que transforma a realidade de uma cidade não é Copa do Mundo, não é PAC 1, 2, 3 ou 4. O povo, consciente e participativo, é que, através do seu voto, pode mudar a realidade. Através de protestos, de greves, de mobilizações, pode exigir que os gestores atuem de forma mais efetiva. Nada de violência, apenas mobilização, participação, senso crítico, e tolerância zero à incompetência.
Essa cidade caminha para seus 300 anos, e seria maravilhoso, DIGORESTE MESMO que, até lá, o seu povo mudasse de postura e reconhecesse seu papel de partícipe da gestão pública, de cobrador de resultados, de fiscal dos governantes. Produziria resultados que os mais “tchapa e cruz” dos cuiabanos duvidam serem possíveis.
Marcelo Greger é servidor público federal, e atento observador da realidade social, política e econômica.
MT- Greve, PT e "amigos da onça"
UBIRATAN BRAGA
Vejo triste a luta dos representantes dos profissionais da educação e indignado pelo vazio com que eles vão às trincheiras sozinhos. Sozinhos em relação àqueles eternos petistas que não acompanham a batalha. Preciso citar nomes?
Vamos a uma pequena amostra: cadê a professora Verinha? Está lá na Seduc usufruindo de um bom cargo. Cadê o Ságuas? Correndo atrás do assento na Câmara. E o Abicalil? Cadê a Serys? Devem estar correndo em busca de... Cadê o deputado Brunetto? Está na Assembleia, mas não o vejo engrossar o caldo do Sintep. E o Alexandre César? Também, pois deve estar revoltado com a traição dos petistas de grupo de amigos, da onça.
A minha tristeza não é tanta, pois há alternativa depositada na sensibilidade do governador e no deputado Riva, que sempre foi defensor primeiro da educação e atacado primeiro pela turma desta educação. Mas a nobreza caminha ao lado dos protegidos do Mestre e ele sabe disso, tanto que o Sintep, de Gilmar Soares, conta com sua força.
Riva tentou, antes mesmo de iniciar o indicativo de greve, um diálogo com o governador Silval e sindicalistas, pois via surgir desta categoria a revolta iniciada com outros profissionais que o procuravam a defendê-los junto à administração por um aumento pequeno sequer. E o resultado está na Avenida do CPA dentro e fora daquelas barraquinhas.
A revolta também estar em cada lar, pois os nossos filhos, do ensino público, estão parados, alguns gostando e outros nem tanto. Eles perdem conhecimentos, nós a paciência, que devem ser descontada nas urnas. Mas o Silval não é candidato. Nem nós. Mas aqueles petistas do inicio serão.
Vi e ouvi o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares, correr para o dialogo em busca de uma alternativa por parte do governo e este dizer que só negocia sem greve. Vi também o apelo judicial. Vi Riva intervir, vi surgir o cala-boca típico da ditadura no corte do ponto...Estou antevendo prejuízo às minhas férias.
A greve justifica os meios. E o fim nas mãos do governador não candidato. O diálogo traz possibilidades. E se tivesse ocorrido seria diferente, pois os erros dos secretários não seriam, hoje, os do governador.
O governo erra, os sindicalista idem. Erra mais aquele que sempre precisou dos votos dos professores. São estes os amigos da onça.
Se todos os citados no lide deste artigo desconsiderarem minha opinião, que mostrem como estão agindo em favor dos professores e indiretamente a cada pai e aluno. Se financiando, se dando apoio moral ou qualquer outro meio, pois assim carimbo minha imaginação sobre as campanhas feitas às escondidas contra aquele que hoje é o defensor primeiro da educação.
UBIRATAN BRAGA é jornalista, radialista e publicitário em Cuiabá.
Vejo triste a luta dos representantes dos profissionais da educação e indignado pelo vazio com que eles vão às trincheiras sozinhos. Sozinhos em relação àqueles eternos petistas que não acompanham a batalha. Preciso citar nomes?
Vamos a uma pequena amostra: cadê a professora Verinha? Está lá na Seduc usufruindo de um bom cargo. Cadê o Ságuas? Correndo atrás do assento na Câmara. E o Abicalil? Cadê a Serys? Devem estar correndo em busca de... Cadê o deputado Brunetto? Está na Assembleia, mas não o vejo engrossar o caldo do Sintep. E o Alexandre César? Também, pois deve estar revoltado com a traição dos petistas de grupo de amigos, da onça.
A minha tristeza não é tanta, pois há alternativa depositada na sensibilidade do governador e no deputado Riva, que sempre foi defensor primeiro da educação e atacado primeiro pela turma desta educação. Mas a nobreza caminha ao lado dos protegidos do Mestre e ele sabe disso, tanto que o Sintep, de Gilmar Soares, conta com sua força.
Riva tentou, antes mesmo de iniciar o indicativo de greve, um diálogo com o governador Silval e sindicalistas, pois via surgir desta categoria a revolta iniciada com outros profissionais que o procuravam a defendê-los junto à administração por um aumento pequeno sequer. E o resultado está na Avenida do CPA dentro e fora daquelas barraquinhas.
A revolta também estar em cada lar, pois os nossos filhos, do ensino público, estão parados, alguns gostando e outros nem tanto. Eles perdem conhecimentos, nós a paciência, que devem ser descontada nas urnas. Mas o Silval não é candidato. Nem nós. Mas aqueles petistas do inicio serão.
Vi e ouvi o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares, correr para o dialogo em busca de uma alternativa por parte do governo e este dizer que só negocia sem greve. Vi também o apelo judicial. Vi Riva intervir, vi surgir o cala-boca típico da ditadura no corte do ponto...Estou antevendo prejuízo às minhas férias.
A greve justifica os meios. E o fim nas mãos do governador não candidato. O diálogo traz possibilidades. E se tivesse ocorrido seria diferente, pois os erros dos secretários não seriam, hoje, os do governador.
O governo erra, os sindicalista idem. Erra mais aquele que sempre precisou dos votos dos professores. São estes os amigos da onça.
Se todos os citados no lide deste artigo desconsiderarem minha opinião, que mostrem como estão agindo em favor dos professores e indiretamente a cada pai e aluno. Se financiando, se dando apoio moral ou qualquer outro meio, pois assim carimbo minha imaginação sobre as campanhas feitas às escondidas contra aquele que hoje é o defensor primeiro da educação.
UBIRATAN BRAGA é jornalista, radialista e publicitário em Cuiabá.
MT- Bagunça na praça
DA REDAÇÃO
Moradores dos condomínios próximos à Praça Ulysses Guimarães, na Avenida do CPA, há dias, reclamam da bagunça em que se transformou o "acampamento" dos professores estaduais em greve. O leitor Heitor Rodrigues, por exemplo, reclama do "outro lado" do movimento dos profissionais da Educação: o da falta de respeito para com os moradores, principalmente das proximidades do Pantanal Shopping Center.
"Todas as noites, eles (grevistas) ligam o som em um volume muito alto. Na segunda-feira desta semana, por volta de 00h30, e eles só pararam com o barulho porque eu chamei a Polícia", diz Ferreira.
Moradores dos condomínios próximos à Praça Ulysses Guimarães, na Avenida do CPA, há dias, reclamam da bagunça em que se transformou o "acampamento" dos professores estaduais em greve. O leitor Heitor Rodrigues, por exemplo, reclama do "outro lado" do movimento dos profissionais da Educação: o da falta de respeito para com os moradores, principalmente das proximidades do Pantanal Shopping Center.
"Todas as noites, eles (grevistas) ligam o som em um volume muito alto. Na segunda-feira desta semana, por volta de 00h30, e eles só pararam com o barulho porque eu chamei a Polícia", diz Ferreira.
Autoconhecimento – A alavanca para uma vida plena
Lair Ribeiro
Em um mundo dinâmico e em plena evolução como o que vivemos, as pessoas estão sempre correndo, muito ocupadas, com medo de olhar para dentro de si mesmas e descobrir sua verdadeira essência. Temem seus monstros, mas não imaginam que, ao superá-los, poderão encher-se de energia e tornar-se aptas a conquistar uma vida plena e mais feliz.
Muitas vezes, evitamos entrar em contato com nossos sentimentos mais profundos, até mesmo como forma de nos proteger do que poderia vir à tona se nos permitíssemos nos expressar como verdadeiramente somos. Como fuga, muitas pessoas mergulham no trabalho e em atividades produtivas, enquanto outras embarcam em viagens obscuras, entregando-se a vícios como alcoolismo, jogo ou drogas.
“Quem é você?”. Alguma vez você tentou responder a esta pergunta sinceramente? É preciso coragem para escutar a resposta com atenção. Permitir-se reconhecer suas próprias falhas e propor-se mudanças efetivas não é tarefa simples. É importante reconhecer suas virtudes e conquistas, traçar novos planos e metas e perseverar em busca do sucesso! Você só terá chances de se sair bem no jogo da vida quando souber quais são seus pontos fracos (falhas) e suas armas poderosas (virtudes), e tiver controle sobre eles.
Quem costuma dizer “Quem me dera poder ter tal coisa...” ou “Quem sou eu para fazer isso...” ou “Isso não é para mim, conheço meu lugar...” é porque não se conhece o bastante para saber tudo de que é capaz. Presas a crenças e idéias equivocadas a respeito da vida e de si mesmas, essas pessoas vivem à margem da vida, como platéia e nunca como ator principal.
De início, uma viagem para dentro de si mesmo pode não ser muito prazerosa, mas é inegável que trará um novo sentido à vida de quem lançar-se a tal empreendimento. O processo inicial é longo, pois é preciso retirar cuidadosamente as máscaras que escolhemos para nos proteger do olhar dos outros e do nosso próprio olhar. Muitas vezes, essas máscaras de tão usadas já se sedimentaram, tornando-se sólidas, duras, como se fizessem parte de nós. Quando envolvidos nesse tipo de máscara, olhamo-nos no espelho e não nos vemos. Nossa real identidade está muito bem escondida, não se revela nem mais a nós mesmos.
Um dos meios para se conhecer melhor é saber exatamente o que você quer, de que coisas está disposto a abrir mão em favor de seus objetivos e qual o melhor caminho a seguir. Reflita a respeito de onde e como você deseja estar daqui há seis meses, um ano, cinco e dez anos. Depois, busque identificar o que lhe falta para chegar lá.
Primeiro, preste atenção à sua rotina, tente identificar em que ela o incomoda, e, então, passe a observar, avaliar, criticar e encontrar saídas para aquele ponto, especificamente. Seja um observador de si mesmo. Reveja sua vida como quem assiste a um filme. Pegue lápis e papel e registre, escreva tudo o que lhe vier à mente. Depois, use sua capacidade racional e analise cuidadosamente o que tiver escrito. Esteja aberto a críticas pessoais e identifique pontos que precisam ser modificados. Às vezes, pequenas coisas podem se transformar em muralhas intransponíveis. Se você conseguir identificá-las a tempo, poderá agir e impedir que o prejudiquem.
Reflita a respeito do que gosta de fazer nas suas horas livres: prefere ler um bom livro ou ir ao cinema? Qual o seu prato preferido? Suas escolhas têm sido coerentes com suas vontades e desejos? O que o impede de conquistar suas metas?
Converse consigo mesmo, pois é a partir dessa conversa interna que você poderá desenvolver o autoconhecimento e ter controle sobre suas emoções. Sem isso, você será incapaz de atuar no mundo em que vive. E nós só conseguimos controlar algo se o conhecermos muito bem.
Publicado por Lair Ribeiro - 28/06/2011
Em um mundo dinâmico e em plena evolução como o que vivemos, as pessoas estão sempre correndo, muito ocupadas, com medo de olhar para dentro de si mesmas e descobrir sua verdadeira essência. Temem seus monstros, mas não imaginam que, ao superá-los, poderão encher-se de energia e tornar-se aptas a conquistar uma vida plena e mais feliz.
Muitas vezes, evitamos entrar em contato com nossos sentimentos mais profundos, até mesmo como forma de nos proteger do que poderia vir à tona se nos permitíssemos nos expressar como verdadeiramente somos. Como fuga, muitas pessoas mergulham no trabalho e em atividades produtivas, enquanto outras embarcam em viagens obscuras, entregando-se a vícios como alcoolismo, jogo ou drogas.
“Quem é você?”. Alguma vez você tentou responder a esta pergunta sinceramente? É preciso coragem para escutar a resposta com atenção. Permitir-se reconhecer suas próprias falhas e propor-se mudanças efetivas não é tarefa simples. É importante reconhecer suas virtudes e conquistas, traçar novos planos e metas e perseverar em busca do sucesso! Você só terá chances de se sair bem no jogo da vida quando souber quais são seus pontos fracos (falhas) e suas armas poderosas (virtudes), e tiver controle sobre eles.
Quem costuma dizer “Quem me dera poder ter tal coisa...” ou “Quem sou eu para fazer isso...” ou “Isso não é para mim, conheço meu lugar...” é porque não se conhece o bastante para saber tudo de que é capaz. Presas a crenças e idéias equivocadas a respeito da vida e de si mesmas, essas pessoas vivem à margem da vida, como platéia e nunca como ator principal.
De início, uma viagem para dentro de si mesmo pode não ser muito prazerosa, mas é inegável que trará um novo sentido à vida de quem lançar-se a tal empreendimento. O processo inicial é longo, pois é preciso retirar cuidadosamente as máscaras que escolhemos para nos proteger do olhar dos outros e do nosso próprio olhar. Muitas vezes, essas máscaras de tão usadas já se sedimentaram, tornando-se sólidas, duras, como se fizessem parte de nós. Quando envolvidos nesse tipo de máscara, olhamo-nos no espelho e não nos vemos. Nossa real identidade está muito bem escondida, não se revela nem mais a nós mesmos.
Um dos meios para se conhecer melhor é saber exatamente o que você quer, de que coisas está disposto a abrir mão em favor de seus objetivos e qual o melhor caminho a seguir. Reflita a respeito de onde e como você deseja estar daqui há seis meses, um ano, cinco e dez anos. Depois, busque identificar o que lhe falta para chegar lá.
Primeiro, preste atenção à sua rotina, tente identificar em que ela o incomoda, e, então, passe a observar, avaliar, criticar e encontrar saídas para aquele ponto, especificamente. Seja um observador de si mesmo. Reveja sua vida como quem assiste a um filme. Pegue lápis e papel e registre, escreva tudo o que lhe vier à mente. Depois, use sua capacidade racional e analise cuidadosamente o que tiver escrito. Esteja aberto a críticas pessoais e identifique pontos que precisam ser modificados. Às vezes, pequenas coisas podem se transformar em muralhas intransponíveis. Se você conseguir identificá-las a tempo, poderá agir e impedir que o prejudiquem.
Reflita a respeito do que gosta de fazer nas suas horas livres: prefere ler um bom livro ou ir ao cinema? Qual o seu prato preferido? Suas escolhas têm sido coerentes com suas vontades e desejos? O que o impede de conquistar suas metas?
Converse consigo mesmo, pois é a partir dessa conversa interna que você poderá desenvolver o autoconhecimento e ter controle sobre suas emoções. Sem isso, você será incapaz de atuar no mundo em que vive. E nós só conseguimos controlar algo se o conhecermos muito bem.
Publicado por Lair Ribeiro - 28/06/2011
MT- AL marca data para discutir “caos na educação” e PT deve perder secretaria
Edilson Almeida
Redação 24 Horas News
Está em fogo elevado a fritura da secretária de Educação do Estado, Rosa Neide Sandes de Almeida. E com os dias contados. Na terça-feira, dia 5, a crise que assola o setor, que se encontra em greve, será a pauta principal de uma reunião do Colégio de Líderes de Bancada da Assembléia Legislativa, convocada pelo deputado José Riva (PP). O evento terá a participação de especialistas na área, que vão subsidiar os debates.
"Não tenho nada contra a pessoa da Rosa Neide, mas pela avaliação dos reflexos da educação no Estado, não podemos deixar de criticar o modelo de gestão adotado na Secretaria” – disse Riva, que negou ter pedido ao governador Silval Barbosa a demissão da secretária. O parlamentar enfatizou que as críticas ao trabalho da secretária se devem ao seu entendimento de que a Mato Grosso necessita de uma política educacional diferenciada do atual modelo.
O atual modelo utilizado por Rosa Neide Sandes na educação, a rigor, é o padrão do Partido dos Trabalhadores. Rosa Neide segue a cartilha deixada pelo seu antecessor, o médico Saguas Moraes. A secretária é pessoa de absoluta confiança do chamado “núcleo duro” ou “trinca” do PT no Estado - formado por Carlos Abicalil, Ságuas e Alexandre César.
A situação do PT e de Rosa Neide na Seduc se complicou principalmente depois que Saguas Moraes perdeu o cargo de deputado federal por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Em nova retotalização de votos, com o “descongelamento” de candidaturas impugnadas pela Lei da Ficha Limpa, o parlamentar do PT teve que deixar a cadeira para Nilson Leitão, do PSDB. O PT passou a ser um partido de um deputado estadual apenas e um secretário-adjunto do Ministério da Educação, Carlos Abicalil, que, por sua vez, enfrenta denuncias de ser articulador do esquema do “Dossiê dos Aloprados”.
A greve dos profissionais do ensino e os fracassos seguidos nas negociações com o comando da classe ajudaram a enfraquecer a secretária e a sigla. O governador Silval Barbosa não esconde uma ponta de decepção com a falta de diálogo da Seduc com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep) – que tem forte influência do grupo que controla o PT no Estado.
Riva afirmou também que o sistema educacional do estado vai muito mal. “Não podemos mascarar um resultado que está à vista de todos os mato-grossenses, pois não precisa ser especialista para avaliar que a situação da educação no Estado é muito crítica e o planejamento pedagógico praticado é inadequado”.
O deputado garantiu que a Assembleia Legislativa tomará as devidas providências, pois tem a prerrogativa de definir a Política Educacional, conforme o Artigo 240 da Constituição Estadual. Ele, contudo, garantiu que a AL vai discutir todas as questões da Educação, como o planejamento pedagógico; a política salarial e a forma de condução da gestão no estado. “Isso é obrigação da Assembleia” – frisou.
O deputado Riva reconheceu que a remuneração da categoria é um problema nacional e que as discussões precisam tomar um âmbito maior. “Se queremos educação de qualidade é preciso melhorar a condição salarial dos profissionais da da área”, informou, dizendo ainda que defende um diálogo maior entre Governo do Estado e a categoria para que termine a greve dos professores.
Redação 24 Horas News
Está em fogo elevado a fritura da secretária de Educação do Estado, Rosa Neide Sandes de Almeida. E com os dias contados. Na terça-feira, dia 5, a crise que assola o setor, que se encontra em greve, será a pauta principal de uma reunião do Colégio de Líderes de Bancada da Assembléia Legislativa, convocada pelo deputado José Riva (PP). O evento terá a participação de especialistas na área, que vão subsidiar os debates.
"Não tenho nada contra a pessoa da Rosa Neide, mas pela avaliação dos reflexos da educação no Estado, não podemos deixar de criticar o modelo de gestão adotado na Secretaria” – disse Riva, que negou ter pedido ao governador Silval Barbosa a demissão da secretária. O parlamentar enfatizou que as críticas ao trabalho da secretária se devem ao seu entendimento de que a Mato Grosso necessita de uma política educacional diferenciada do atual modelo.
O atual modelo utilizado por Rosa Neide Sandes na educação, a rigor, é o padrão do Partido dos Trabalhadores. Rosa Neide segue a cartilha deixada pelo seu antecessor, o médico Saguas Moraes. A secretária é pessoa de absoluta confiança do chamado “núcleo duro” ou “trinca” do PT no Estado - formado por Carlos Abicalil, Ságuas e Alexandre César.
A situação do PT e de Rosa Neide na Seduc se complicou principalmente depois que Saguas Moraes perdeu o cargo de deputado federal por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Em nova retotalização de votos, com o “descongelamento” de candidaturas impugnadas pela Lei da Ficha Limpa, o parlamentar do PT teve que deixar a cadeira para Nilson Leitão, do PSDB. O PT passou a ser um partido de um deputado estadual apenas e um secretário-adjunto do Ministério da Educação, Carlos Abicalil, que, por sua vez, enfrenta denuncias de ser articulador do esquema do “Dossiê dos Aloprados”.
A greve dos profissionais do ensino e os fracassos seguidos nas negociações com o comando da classe ajudaram a enfraquecer a secretária e a sigla. O governador Silval Barbosa não esconde uma ponta de decepção com a falta de diálogo da Seduc com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep) – que tem forte influência do grupo que controla o PT no Estado.
Riva afirmou também que o sistema educacional do estado vai muito mal. “Não podemos mascarar um resultado que está à vista de todos os mato-grossenses, pois não precisa ser especialista para avaliar que a situação da educação no Estado é muito crítica e o planejamento pedagógico praticado é inadequado”.
O deputado garantiu que a Assembleia Legislativa tomará as devidas providências, pois tem a prerrogativa de definir a Política Educacional, conforme o Artigo 240 da Constituição Estadual. Ele, contudo, garantiu que a AL vai discutir todas as questões da Educação, como o planejamento pedagógico; a política salarial e a forma de condução da gestão no estado. “Isso é obrigação da Assembleia” – frisou.
O deputado Riva reconheceu que a remuneração da categoria é um problema nacional e que as discussões precisam tomar um âmbito maior. “Se queremos educação de qualidade é preciso melhorar a condição salarial dos profissionais da da área”, informou, dizendo ainda que defende um diálogo maior entre Governo do Estado e a categoria para que termine a greve dos professores.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Debate: Educadores cobram ensino de música na educação básica
Durante audiência pública da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira (14/06), para discutir a obrigatoriedade do ensino de música para alunos da educação básica nas escolas públicas e privadas do País, educadores cobraram a implantação da medida.
Para o deputado Lula Morais (PCdoB), autor do debate, “a música ressalta os valores culturais e estéticos do nosso povo", acrescentando que a aprovação dessa lei vai evitar a evasão escolar. Lula lembrou que os sistemas de ensino tiveram até três anos para se adaptarem às exigências estabelecidas nos artigos 1º e 2º da Lei Federal 11.769. “As escolas devem se adequar à nova regra até agosto deste ano”, lembrou.
O coordenador do curso de Música da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Gerardo Viana Junior, ressaltou que a inclusão da música na grade curricular do ensino básico busca desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração entre os alunos. “Esta proposta faz parte da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Queremos garantir, dentro da disciplina de Artes, a oportunidade de trabalhar com conteúdos musicais”, disse.
Gerardo pontuou ainda que a música promove a sensibilidade, expressividade e desenvolve outras atividades cognitivas dos estudantes. A vereadora Eliana Gomes (PCdoB) também reiterou a importância da educação musical, que “dá leveza à alma humana”.
Rogers Vasconcelos Mendes, coordenador de Aperfeiçoamento Pedagógico da Secretaria de Educação do Estado, falou da necessidade de equipar as escolas com instrumentos musicais. Ele afirmou que a formação de corais também está dentro educação musical e “que aproxima mais os estudantes que não têm afinidade com instrumentos”.
A professora Izaira Silvino, mestra em Educação e regente do Coral da UFC, falou dos benefícios da música para a vida humana e apresentou o vídeo “Oração”, da Banda Mais Bonita da Cidade.
O coordenador pedagógico do curso de pós-graduação em Arte e Educação, com ênfase em música, da Faculdade Tecnológica Darcy Ribeiro, Eudes Farias, destacou que com a nova lei qualquer pessoa que tenha curso superior com licenciatura plena e conhecimento de música pode ministrar aulas. Professores de escolas privadas, estudantes e músicos participaram do debate.
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
Para o deputado Lula Morais (PCdoB), autor do debate, “a música ressalta os valores culturais e estéticos do nosso povo", acrescentando que a aprovação dessa lei vai evitar a evasão escolar. Lula lembrou que os sistemas de ensino tiveram até três anos para se adaptarem às exigências estabelecidas nos artigos 1º e 2º da Lei Federal 11.769. “As escolas devem se adequar à nova regra até agosto deste ano”, lembrou.
O coordenador do curso de Música da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Gerardo Viana Junior, ressaltou que a inclusão da música na grade curricular do ensino básico busca desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração entre os alunos. “Esta proposta faz parte da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Queremos garantir, dentro da disciplina de Artes, a oportunidade de trabalhar com conteúdos musicais”, disse.
Gerardo pontuou ainda que a música promove a sensibilidade, expressividade e desenvolve outras atividades cognitivas dos estudantes. A vereadora Eliana Gomes (PCdoB) também reiterou a importância da educação musical, que “dá leveza à alma humana”.
Rogers Vasconcelos Mendes, coordenador de Aperfeiçoamento Pedagógico da Secretaria de Educação do Estado, falou da necessidade de equipar as escolas com instrumentos musicais. Ele afirmou que a formação de corais também está dentro educação musical e “que aproxima mais os estudantes que não têm afinidade com instrumentos”.
A professora Izaira Silvino, mestra em Educação e regente do Coral da UFC, falou dos benefícios da música para a vida humana e apresentou o vídeo “Oração”, da Banda Mais Bonita da Cidade.
O coordenador pedagógico do curso de pós-graduação em Arte e Educação, com ênfase em música, da Faculdade Tecnológica Darcy Ribeiro, Eudes Farias, destacou que com a nova lei qualquer pessoa que tenha curso superior com licenciatura plena e conhecimento de música pode ministrar aulas. Professores de escolas privadas, estudantes e músicos participaram do debate.
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
MT- Sorriso: profissionais da Educação divergem de algumas mudanças em estatuto
Fonte: Assessoria
Descontentes com alguns artigos do projeto de lei complementar que modifica o Estatuto dos Profissionais da Educação Pública Básica de Sorriso, direção e professores da Escola Municipal Aureliano Pereira da Silva promoveram uma reunião com representantes do Sindicato dos Servidores Municipais e da Câmara Municipal. A matéria, que visa criar e estruturar a carreira dos educadores tendo por finalidade estabelecer as normas sobre o regime jurídico de seu pessoal, está em tramitação nas comissões permanents do legislativo.
Os vereadores Leocir Faccio (PDT), Profª. Marisa Netto (PSB) e Chagas Abrantes (PR) participaram do encontro e ouviram as queixas da categoria. Os educadores não concordam com algumas mudanças na lei como a que obriga os professores a realizarem 80 horas de curso por ano, o dobro do que é exigido atualmente. Segundo eles, 50 horas de aperfeiçoamento já são suficientes.
Os servidores também não aceitam a diminuição dos prazos para ingressar com o pedido de promoção na carreira. Com o novo texto, o procedimento deixa de ser semestral para ser anual. Após as discussões, os vereadores parabenizaram os professores pela reunião e se comprometeram em apresentar emendas ao projeto. “Essa iniciativa demonstra a preocupação que eles têm com as leis que regem sua vida funcional”, disse Faccio, lamentando o fato de que grande parte do funcionalismo não toma essa atitude de buscar leis mais coerentes.
A vereadora Profª. Marisa também elogiou a categoria pelo encontro. “Somente com a união da classe é que nós teremos êxito em nossas reivindicações. Os educadores estão corretos em buscar avanços na carreira profissional”, completou.
Chagas aproveitou para dizer que os vereadores votam os projetos com mais tranqüilidade quando ouvem a opinião daqueles que serão atingidos diretamente pelas leis. “A câmara está discutindo esse e outros projetos com a sociedade para que a comunidade seja beneficiada como um todo”, finalizou.
Descontentes com alguns artigos do projeto de lei complementar que modifica o Estatuto dos Profissionais da Educação Pública Básica de Sorriso, direção e professores da Escola Municipal Aureliano Pereira da Silva promoveram uma reunião com representantes do Sindicato dos Servidores Municipais e da Câmara Municipal. A matéria, que visa criar e estruturar a carreira dos educadores tendo por finalidade estabelecer as normas sobre o regime jurídico de seu pessoal, está em tramitação nas comissões permanents do legislativo.
Os vereadores Leocir Faccio (PDT), Profª. Marisa Netto (PSB) e Chagas Abrantes (PR) participaram do encontro e ouviram as queixas da categoria. Os educadores não concordam com algumas mudanças na lei como a que obriga os professores a realizarem 80 horas de curso por ano, o dobro do que é exigido atualmente. Segundo eles, 50 horas de aperfeiçoamento já são suficientes.
Os servidores também não aceitam a diminuição dos prazos para ingressar com o pedido de promoção na carreira. Com o novo texto, o procedimento deixa de ser semestral para ser anual. Após as discussões, os vereadores parabenizaram os professores pela reunião e se comprometeram em apresentar emendas ao projeto. “Essa iniciativa demonstra a preocupação que eles têm com as leis que regem sua vida funcional”, disse Faccio, lamentando o fato de que grande parte do funcionalismo não toma essa atitude de buscar leis mais coerentes.
A vereadora Profª. Marisa também elogiou a categoria pelo encontro. “Somente com a união da classe é que nós teremos êxito em nossas reivindicações. Os educadores estão corretos em buscar avanços na carreira profissional”, completou.
Chagas aproveitou para dizer que os vereadores votam os projetos com mais tranqüilidade quando ouvem a opinião daqueles que serão atingidos diretamente pelas leis. “A câmara está discutindo esse e outros projetos com a sociedade para que a comunidade seja beneficiada como um todo”, finalizou.
Material escolar pode receber isenções
Agência Senado
São Paulo - Artigos do material escolar, uniformes e outros equipamentos exigidos pelas escolas do ensino básico poderão ficar isentos de tributos. É o que prevê projeto de lei do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) aprovado ontem pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). A matéria, agora, será examinada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em decisão terminativa.
Com a isenção de impostos, o material escolar terá preços mais baixos. Assim, ressaltou Crivella, o projeto vai facilitar a aquisição do material solicitado pelas escolas, uma vez que as famílias já são oneradas com outras obrigações fiscais no período em que são feitas essas compras, como impostos sobre imóveis e veículos. No texto original do projeto, ele propôs que a isenção fosse concedida apenas em fevereiro.
Emenda do relator da matéria na CE, senador José Agripino (DEM-RN), estendeu a isenção a todos os meses, pois, conforme argumentou, esse artigos sofrem desgaste no decorrer do ano e precisam ser repostos. Ele lembrou ainda que a falta de condições para comprar material escolar é uma das principais razões da evasão escolar. A proposta determina que o Poder Executivo regulamente a lei que resultar desse projeto, para listar os itens sujeitos à isenção. A regulamentação deverá ser feita em 90 dias depois da promulgação da lei.
Agripino observou que os livros já foram isentos de impostos. Ressaltou também que os alunos das escolas públicas recebem os livros didáticos de que precisam de forma gratuita, mas cerca de quatro milhões de estudantes de escolas privadas não têm o benefício. A proposta de Crivella, acrescentou Agripino, deve ser juntada à sua para tramitação conjunta.
São Paulo - Artigos do material escolar, uniformes e outros equipamentos exigidos pelas escolas do ensino básico poderão ficar isentos de tributos. É o que prevê projeto de lei do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) aprovado ontem pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). A matéria, agora, será examinada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em decisão terminativa.
Com a isenção de impostos, o material escolar terá preços mais baixos. Assim, ressaltou Crivella, o projeto vai facilitar a aquisição do material solicitado pelas escolas, uma vez que as famílias já são oneradas com outras obrigações fiscais no período em que são feitas essas compras, como impostos sobre imóveis e veículos. No texto original do projeto, ele propôs que a isenção fosse concedida apenas em fevereiro.
Emenda do relator da matéria na CE, senador José Agripino (DEM-RN), estendeu a isenção a todos os meses, pois, conforme argumentou, esse artigos sofrem desgaste no decorrer do ano e precisam ser repostos. Ele lembrou ainda que a falta de condições para comprar material escolar é uma das principais razões da evasão escolar. A proposta determina que o Poder Executivo regulamente a lei que resultar desse projeto, para listar os itens sujeitos à isenção. A regulamentação deverá ser feita em 90 dias depois da promulgação da lei.
Agripino observou que os livros já foram isentos de impostos. Ressaltou também que os alunos das escolas públicas recebem os livros didáticos de que precisam de forma gratuita, mas cerca de quatro milhões de estudantes de escolas privadas não têm o benefício. A proposta de Crivella, acrescentou Agripino, deve ser juntada à sua para tramitação conjunta.
Novo livro de Daniel Munduruku resgata mitos indígenaspostado por Andreia Santana
Novo livro de Daniel Munduruku resgata mitos indígenaspostado por Andreia Santana
Como surgiu – Mitos indígenas brasileiros é o novo livro do escritor Daniel Munduruku, lançamento da Callis Editora. A obra traz várias histórias de tribos como Apinajé, Tembé e Caiapó que explicam por exemplo a origem do fogo, do milho e da mandioca.
Além de revelar as crenças indígenas, Munduruku mostra ao leitor um panorama atual sobre a presença do índio no Brasil: desde crescimento populacional até a “urbanização” de várias tribos e as disputas de terra no território da Floresta Amazônica.
O autor - Daniel é índio da nação Munduruku, dai ter adotado o nome de sua tribo como escritor. Formado em filosofia pela UNISAL (em Lorena) e doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP). Recebeu o Prêmio Jabuti pela versão infantil do livro Coisas de índio (Callis Editora) e é diretor-presidente do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual – INBRAPI, que defende o patrimônio cultural e os conhecimentos tradicionais dos povos indígenas brasileiros.
Ficha Técnica:
Como surgiu – Mitos indígenas brasileiros
Autor: Daniel Munduruku
Ilustrações: Rosinha
31 páginas
Como surgiu – Mitos indígenas brasileiros é o novo livro do escritor Daniel Munduruku, lançamento da Callis Editora. A obra traz várias histórias de tribos como Apinajé, Tembé e Caiapó que explicam por exemplo a origem do fogo, do milho e da mandioca.
Além de revelar as crenças indígenas, Munduruku mostra ao leitor um panorama atual sobre a presença do índio no Brasil: desde crescimento populacional até a “urbanização” de várias tribos e as disputas de terra no território da Floresta Amazônica.
O autor - Daniel é índio da nação Munduruku, dai ter adotado o nome de sua tribo como escritor. Formado em filosofia pela UNISAL (em Lorena) e doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP). Recebeu o Prêmio Jabuti pela versão infantil do livro Coisas de índio (Callis Editora) e é diretor-presidente do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual – INBRAPI, que defende o patrimônio cultural e os conhecimentos tradicionais dos povos indígenas brasileiros.
Ficha Técnica:
Como surgiu – Mitos indígenas brasileiros
Autor: Daniel Munduruku
Ilustrações: Rosinha
31 páginas
Dificuldades na escola
Na época em que se completa o 1.º trimestre de aulas, alguns pais já se deparam com o baixo aproveitamento acadêmico e o pouco interesse pelos estudos, apresentado pelos filhos. E nada mais aflitivo, pois as dificuldades que se apresentam logo no início do semestre, podem sinalizar um comprometimento não apenas deste ano escolar, mas de todo o aprendizado futuro. Todos sabemos que a escolaridade é baseada na aquisição de uma sequência interdependente e organizada de conhecimentos e valores e que uma falha pode provocar mais adiante, inúmeras dificuldades para superar novos desafios.
A parte das crianças e jovens que apresentam significativos déficits de aprendizagem, seja a dislexia, a discalculia, o Transtorno do Déficit da Atenção, o Autismo, etc, todos já devidamente diagnosticados por uma equipe multidisciplinar compostas por médicos, fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogos, existem aquelas cujas dificuldades de aprender se devem a fatores ambientais ou a pequenas perturbações de ordem clínica, facilmente remediáveis e que trazem uma diferença muito grande na escolaridade.
Se o leitor reconhece que seu filho ou seu aluno, está entre o grupo de crianças inteligentes, saudáveis, sem grandes transtornos de aprendizagem, mas que parece sempre desanimado, sem motivação, com dificuldades nas tarefas escolares aparentemente infundadas, vale a pena não esquecer destas simples sugestões para identificar problemas relacionados a capacidade visual, auditiva e neurológica:
1. Procurar anualmente o pediatra para ver se a saúde da criança e seu desenvolvimento estão adequados, mesmo quando esta parece saudável e forte. Somente um médico pode fazer essa avaliação e se julgar necessário, recomendar exames, medicar, etc.
2. Procurar um oftalmologista, um oculista, a partir dos três anos de idade ou antes se houverem problemas visuais na família: quantas crianças tenho atendido no meu consultório, cujo grande problema de aprendizagem consiste em serem míopes, ou astigmáticas por exemplo e não conseguirem por isso ler o que a professora escreve na lousa! O uso de óculos pelas crianças hoje, é fato corriqueiro, melhora sua qualidade de vida e lhe permite um desenvolvimento adequado em várias áreas, especialmente nos estudos.
3. Um otorrinolaringologista, apesar do nome comprido é um especialista que corriqueiramente é visitado pela maioria dos pais, cujos filhos pequeninos sofrem de dor de ouvido, garganta e depois que estes crescem e essas queixas se tornam mais espaçadas, se esquecem de que o aparelho auditivo pode estar sofrendo outro tipo de prejuízos, indolores, silenciosos mas graves. Esse médico pode indicar exames para saber se a criança ouve bem ou não, o que constitui uma outra razão, muito séria, para o insucesso escolar.
4. Crianças muito agitadas, que tanto em casa como na escola não conseguem ficar sentados ou fixar a atenção por um tempo razoável para sua idade em atividades ligadas ao estudo, ou crianças cujo comportamento é por vezes muito eufórico, ou ao contrário parece frequentemente triste, isolada, sem ânimo para nada,que demora para fazer coisas que os irmãos fazem com presteza na mesma fase (andar de bicicleta aos 5 anos por exemplo) devem ser levadas a um neurologista infantil. Tudo que é diagnosticado de princípio é muito mais facilmente compensado ou resolvido, do que mais tarde, quando o comportamento está mais arraigado e a autoestima muito enfraquecida, pelos inúmeros momentos em que a criança foi rejeitada, criticada e castigada.
Em todos esses casos, uma conversa com a orientadora e a professora deve também ser agendada pelos pais, para saberem se o que eles percebem ocorre também na escola e se esses experientes profissionais têm mais observações a acrescentar, para orientar melhor a busca por um especialista fora da escola.
Uma aproximação serena e amorosa junto à criança para saber de suas dificuldades é outra fonte preciosa de informações para os pais: seu filho pode estar sendo vítima de Bullying, se sentido perseguido por colegas, rejeitado e amedrontado frente às ameaças, e dessa forma terá cada dia menos motivação e capacidade para estudar e vontade de ir à escola!
São medidas práticas, simples e rotineiras, que afastam e previnem vários problemas na vida escolar e familiar de nossas crianças. Como pai, mãe e professor, divulgue isso!
Maria Irene Maluf
irenemaluf@uol.com.br
Pedagoga, especialista em Educação Especial e Psicopedagogia.
A parte das crianças e jovens que apresentam significativos déficits de aprendizagem, seja a dislexia, a discalculia, o Transtorno do Déficit da Atenção, o Autismo, etc, todos já devidamente diagnosticados por uma equipe multidisciplinar compostas por médicos, fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogos, existem aquelas cujas dificuldades de aprender se devem a fatores ambientais ou a pequenas perturbações de ordem clínica, facilmente remediáveis e que trazem uma diferença muito grande na escolaridade.
Se o leitor reconhece que seu filho ou seu aluno, está entre o grupo de crianças inteligentes, saudáveis, sem grandes transtornos de aprendizagem, mas que parece sempre desanimado, sem motivação, com dificuldades nas tarefas escolares aparentemente infundadas, vale a pena não esquecer destas simples sugestões para identificar problemas relacionados a capacidade visual, auditiva e neurológica:
1. Procurar anualmente o pediatra para ver se a saúde da criança e seu desenvolvimento estão adequados, mesmo quando esta parece saudável e forte. Somente um médico pode fazer essa avaliação e se julgar necessário, recomendar exames, medicar, etc.
2. Procurar um oftalmologista, um oculista, a partir dos três anos de idade ou antes se houverem problemas visuais na família: quantas crianças tenho atendido no meu consultório, cujo grande problema de aprendizagem consiste em serem míopes, ou astigmáticas por exemplo e não conseguirem por isso ler o que a professora escreve na lousa! O uso de óculos pelas crianças hoje, é fato corriqueiro, melhora sua qualidade de vida e lhe permite um desenvolvimento adequado em várias áreas, especialmente nos estudos.
3. Um otorrinolaringologista, apesar do nome comprido é um especialista que corriqueiramente é visitado pela maioria dos pais, cujos filhos pequeninos sofrem de dor de ouvido, garganta e depois que estes crescem e essas queixas se tornam mais espaçadas, se esquecem de que o aparelho auditivo pode estar sofrendo outro tipo de prejuízos, indolores, silenciosos mas graves. Esse médico pode indicar exames para saber se a criança ouve bem ou não, o que constitui uma outra razão, muito séria, para o insucesso escolar.
4. Crianças muito agitadas, que tanto em casa como na escola não conseguem ficar sentados ou fixar a atenção por um tempo razoável para sua idade em atividades ligadas ao estudo, ou crianças cujo comportamento é por vezes muito eufórico, ou ao contrário parece frequentemente triste, isolada, sem ânimo para nada,que demora para fazer coisas que os irmãos fazem com presteza na mesma fase (andar de bicicleta aos 5 anos por exemplo) devem ser levadas a um neurologista infantil. Tudo que é diagnosticado de princípio é muito mais facilmente compensado ou resolvido, do que mais tarde, quando o comportamento está mais arraigado e a autoestima muito enfraquecida, pelos inúmeros momentos em que a criança foi rejeitada, criticada e castigada.
Em todos esses casos, uma conversa com a orientadora e a professora deve também ser agendada pelos pais, para saberem se o que eles percebem ocorre também na escola e se esses experientes profissionais têm mais observações a acrescentar, para orientar melhor a busca por um especialista fora da escola.
Uma aproximação serena e amorosa junto à criança para saber de suas dificuldades é outra fonte preciosa de informações para os pais: seu filho pode estar sendo vítima de Bullying, se sentido perseguido por colegas, rejeitado e amedrontado frente às ameaças, e dessa forma terá cada dia menos motivação e capacidade para estudar e vontade de ir à escola!
São medidas práticas, simples e rotineiras, que afastam e previnem vários problemas na vida escolar e familiar de nossas crianças. Como pai, mãe e professor, divulgue isso!
Maria Irene Maluf
irenemaluf@uol.com.br
Pedagoga, especialista em Educação Especial e Psicopedagogia.
Governo cria novas regras para verbas na educação
Quarta-feira, 29 de Junho de 2011 - 0 comentário(s) - 37 Visualizações
O governo federal criou novas regras para uso de dinheiro na saúde e na educação, segundo decreto publicado no “Diário Oficial da União” de terça-feira (28). De acordo com o texto, os recursos deverão ser depositados e mantidos em conta específica aberta para este fim em instituições financeiras oficiais federais.
Segundo o G1, a movimentação dos recursos terá de ser feita exclusivamente por meio eletrônico, por crédito em conta corrente de titularidade dos fornecedores e prestadores de serviços identificados.
De acordo com o texto, só em casos excepcionais e justificados poderão ser realizados saques para pagamento em dinheiro a pessoas físicas que não possuam conta bancária ou saques para atender a despesas de “pequeno vulto”. Nos dois casos, o saque terá de ser feito de forma que permita identificar o beneficiário final. O pagamento deverá constar da prestação de contas.
O governo federal criou novas regras para uso de dinheiro na saúde e na educação, segundo decreto publicado no “Diário Oficial da União” de terça-feira (28). De acordo com o texto, os recursos deverão ser depositados e mantidos em conta específica aberta para este fim em instituições financeiras oficiais federais.
Segundo o G1, a movimentação dos recursos terá de ser feita exclusivamente por meio eletrônico, por crédito em conta corrente de titularidade dos fornecedores e prestadores de serviços identificados.
De acordo com o texto, só em casos excepcionais e justificados poderão ser realizados saques para pagamento em dinheiro a pessoas físicas que não possuam conta bancária ou saques para atender a despesas de “pequeno vulto”. Nos dois casos, o saque terá de ser feito de forma que permita identificar o beneficiário final. O pagamento deverá constar da prestação de contas.
MT - Sinop: programa Mais Educação será ampliado para mais 10 escolas
Fonte: Só Notícias com assessoria
A Coordenadoria de Programas e Projetos, da Secretaria de Educação, apresenta, amanhã, os trabalhos desenvolvidos pelo Programa Mais Educação. 590 alunos da rede municipal das escolas Thiago Aranda, Bom Jardim, Sadao Watanabe integram o programa, estudando em dois períodos.
A coordenadora Marineide Oliveira Marques anunciou o programa que será ampliado em agosto. "No segundo semestre passaremos a atender 2.298 alunos, o que amplia em 290% o nosso atendimento, pois serão 1.708 crianças a mais que estarão estudando em tempo integral", destacou.
Dez escolas passarão a integrar o projeto: Basiliano do Carmo de Jesus, Uilibaldo Gobo, Belo Ramo, Ana Cristina de Sena, Menino Jesus, Armando Dias, Centro Educacional Lindolfo Trierweiller, Carlos Drumonnd de Andrade e Maria Aparecida Amaro de Souza.
A apresentação dos trabalhos será às 8h, no plenário da antiga Câmara Municipal.
A Coordenadoria de Programas e Projetos, da Secretaria de Educação, apresenta, amanhã, os trabalhos desenvolvidos pelo Programa Mais Educação. 590 alunos da rede municipal das escolas Thiago Aranda, Bom Jardim, Sadao Watanabe integram o programa, estudando em dois períodos.
A coordenadora Marineide Oliveira Marques anunciou o programa que será ampliado em agosto. "No segundo semestre passaremos a atender 2.298 alunos, o que amplia em 290% o nosso atendimento, pois serão 1.708 crianças a mais que estarão estudando em tempo integral", destacou.
Dez escolas passarão a integrar o projeto: Basiliano do Carmo de Jesus, Uilibaldo Gobo, Belo Ramo, Ana Cristina de Sena, Menino Jesus, Armando Dias, Centro Educacional Lindolfo Trierweiller, Carlos Drumonnd de Andrade e Maria Aparecida Amaro de Souza.
A apresentação dos trabalhos será às 8h, no plenário da antiga Câmara Municipal.
MT - Dessa vez não vai ter perdão, diz secretário sobre greve na Educação
Valérya Próspero
O secretário Chefe da Casa Civil, José Lacerda, garantiu nessa terça (28), após reunião entre governo e deputados que, dessa vez, o governador Silval Barbosa não vai perdoar multas ou outras consequências resultantes da continuidade da greve dos professores. Segundo Lacerda, há uma decisão judicial que deve ser cumprida e que nas negociações foi proposto tudo que era possível dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) do Estado.
O deputado estadual, líder do governo, Romoaldo Júnior (PMDB), revelou que não podem atender mais porque incluir os outros cinco mil profissionais da educação que ainda não recebem o piso de R$ 1,3 na folha custaria R$ 27 milhões ao Estado. “Não é justo deflagrar uma greve em início de governo porque não é só melhoria no salário, é na educação”.
O parlamentar disse que dos 15% reivindicados pelos sindicalistas, o governo cedeu 10% e propõe que os outros 5% sejam dados no final do ano. “A categoria não aceita que o aumento seja em dezembro. Quer de imediato e linear para todo mundo, mas o Estado não tem orçamento para isso. Esse foi o maior ajuste do Brasil, pois 4% foi de aumento real e 6% reajuste da inflação”.
O secretário Chefe da Casa Civil, José Lacerda, garantiu nessa terça (28), após reunião entre governo e deputados que, dessa vez, o governador Silval Barbosa não vai perdoar multas ou outras consequências resultantes da continuidade da greve dos professores. Segundo Lacerda, há uma decisão judicial que deve ser cumprida e que nas negociações foi proposto tudo que era possível dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) do Estado.
O deputado estadual, líder do governo, Romoaldo Júnior (PMDB), revelou que não podem atender mais porque incluir os outros cinco mil profissionais da educação que ainda não recebem o piso de R$ 1,3 na folha custaria R$ 27 milhões ao Estado. “Não é justo deflagrar uma greve em início de governo porque não é só melhoria no salário, é na educação”.
O parlamentar disse que dos 15% reivindicados pelos sindicalistas, o governo cedeu 10% e propõe que os outros 5% sejam dados no final do ano. “A categoria não aceita que o aumento seja em dezembro. Quer de imediato e linear para todo mundo, mas o Estado não tem orçamento para isso. Esse foi o maior ajuste do Brasil, pois 4% foi de aumento real e 6% reajuste da inflação”.
A greve é moral.
Houve um, entre tantos magistrados, que decidiu que a greve dos profissionais da educação é ilegal. Não foi motivo jurídico que fundamentou esta decisão, mas sim ético. Tratou-se de sopesar a sociedade contra a sociedade: do direito dos filhos dos pobres sem aulas em face da luta dos profissionais da educação contra um salário de miséria. O erro é não encarar ambas as coisas como partes de um todo só, são indissociáveis. Estaria o Desembargador moralmente cego, para não ver que a questão é pela luta social por uma educação pública de qualidade em face da corrupção estatal da prioridade de investimento público na educação.
Não há magistrado que possa declarar que a greve dos profissionais da educação de Mato Grosso é imoral. Não por estarem todos cegos à moralidade. Sendo estudantes de escolas públicas como foram, por serem filhos e netos de professoras aposentadas da rede pública como são, conhecem que é na sala de aula, da escola pública, que se muda uma nação.
Ao menos sabem todos que a nação que vive não é a que foi concebida na Constituição Federal. A Constituição Federal que também assegura o direito a greve, pouco se cumpre, muito se interpreta, e a legalidade se impõe ou relaxa com uma caneta de um homem. Tão simples. Deveriam ter a certeza de que a moralidade da greve continua existindo.
O erro é acreditar que a moralidade da luta pertence somente aos que visivelmente sofrem. Não pertence só os filhos dos pobres e dos profissionais da educação. A verdade é que toda a sociedade adoece com a violência dos males desta corrupção, pagando impostos para serviços públicos e também pela educação, segurança e saúde.
Esta moralidade a caneta não afastou. O que o Governador fará para afastar a moralidade da greve, chamará os pastores alemães para trucidar a caravana? Aos cassetes com os grevistas? Banana destemperada na televisão? Todos os outros foram, mas afinal, é d e r e i, este Governo?
Aos acampados na praça Ulisses Guimarães, tenham certeza de que o vôo do pássaro petrificado, em homenagem à este grande movimentador da democracia brasileira, não pode ser abatido em plena decolagem.
Façam de seu bico, a sua voz, gritem pela internet que #agreveémoral. Façam de suas garras, a sua arma, exijam a saída da Secretária de Educação.
Façam de sua plumagem, a nova vestimenta dos movimentos sociais, a desobediência civil como exemplo para decisões imorais.
Bruno J.R. Boaventura – advogado. www.bboaventura.blogspot.com @BoaventuraAdv
Não há magistrado que possa declarar que a greve dos profissionais da educação de Mato Grosso é imoral. Não por estarem todos cegos à moralidade. Sendo estudantes de escolas públicas como foram, por serem filhos e netos de professoras aposentadas da rede pública como são, conhecem que é na sala de aula, da escola pública, que se muda uma nação.
Ao menos sabem todos que a nação que vive não é a que foi concebida na Constituição Federal. A Constituição Federal que também assegura o direito a greve, pouco se cumpre, muito se interpreta, e a legalidade se impõe ou relaxa com uma caneta de um homem. Tão simples. Deveriam ter a certeza de que a moralidade da greve continua existindo.
O erro é acreditar que a moralidade da luta pertence somente aos que visivelmente sofrem. Não pertence só os filhos dos pobres e dos profissionais da educação. A verdade é que toda a sociedade adoece com a violência dos males desta corrupção, pagando impostos para serviços públicos e também pela educação, segurança e saúde.
Esta moralidade a caneta não afastou. O que o Governador fará para afastar a moralidade da greve, chamará os pastores alemães para trucidar a caravana? Aos cassetes com os grevistas? Banana destemperada na televisão? Todos os outros foram, mas afinal, é d e r e i, este Governo?
Aos acampados na praça Ulisses Guimarães, tenham certeza de que o vôo do pássaro petrificado, em homenagem à este grande movimentador da democracia brasileira, não pode ser abatido em plena decolagem.
Façam de seu bico, a sua voz, gritem pela internet que #agreveémoral. Façam de suas garras, a sua arma, exijam a saída da Secretária de Educação.
Façam de sua plumagem, a nova vestimenta dos movimentos sociais, a desobediência civil como exemplo para decisões imorais.
Bruno J.R. Boaventura – advogado. www.bboaventura.blogspot.com @BoaventuraAdv
terça-feira, 28 de junho de 2011
Computador na escola é mais eficiente se for usado para treinar professor, diz OCDE
Um novo levantamento da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), com base no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) 2009, mostra que os computadores das escolas são mais eficientes se utilizados para treinar o professor. O “Resultados Pisa 2009: Estudantes online” quis avaliar como estudantes de 15 anos usam os equipamentos e a internet no aprendizado.
Além disso, mostra o estudo, o impacto nos resultados foi maior nos casos em que o computador estava na casa do estudante e não na escola. De acordo com a OCDE, o equipamento precisa estar integrado aos currículos.
Alunos de 15 anos de 18 países fizeram parte da pesquisa: Austrália, Áustria, Bélgica, Chile, Dinamarca, França, Hungria, Islândia, Irlanda, Japão, Coreia, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Espanha, Suécia, Colômbia e as regiões de Hong Kong e Macau, na China. O Brasil não participou do levantamento.
Na maioria dos países, o resultado dos testes escritos foi basicamente o mesmo dos testes online. Os países onde os alunos se saíram melhor nos testes digitais foram Coreia, Austrália, Nova Zelândia, Suécia e Islândia, além da região de Macau (China). Em todos os locais, as meninas foram melhor que os meninos, principalmente nos testes escritos.
Além disso, mostra o estudo, o impacto nos resultados foi maior nos casos em que o computador estava na casa do estudante e não na escola. De acordo com a OCDE, o equipamento precisa estar integrado aos currículos.
Alunos de 15 anos de 18 países fizeram parte da pesquisa: Austrália, Áustria, Bélgica, Chile, Dinamarca, França, Hungria, Islândia, Irlanda, Japão, Coreia, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Espanha, Suécia, Colômbia e as regiões de Hong Kong e Macau, na China. O Brasil não participou do levantamento.
Na maioria dos países, o resultado dos testes escritos foi basicamente o mesmo dos testes online. Os países onde os alunos se saíram melhor nos testes digitais foram Coreia, Austrália, Nova Zelândia, Suécia e Islândia, além da região de Macau (China). Em todos os locais, as meninas foram melhor que os meninos, principalmente nos testes escritos.
Emenda para aumento de vagas na educação técnica no PNE foi apresentada 17 vezes
Camila Campanerut
Em Brasília
O PNE (Plano Nacional de Educação) recebeu as mesmas duas emendas 17 vezes. Uma delas se refere ao aumento de vagas no ensino técnico profissionalizante e a outra, a "equidade, respeito a diversidade e laicidade [não interferência da religião]" na educação.
A educação técnica e profissional é tema de um dos principais programas de governo Dilma Rousseff, o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). A previsão de investimento no Pronatec é de R$ 1 bilhão.
O levantamento foi feito pela Undime, entidade que reúne os secretários municipais de Educação, e apresentado na manhã desta terça-feira (28).
Das 2.905 emendas apresentadas, 1.408 são únicas (não repetem propostas). Ainda falta revisar a digitação e ortografia de 10% do total. Na contabilidade da Undime, 17% dos deputados, ou seja, 87 dos parlamentares apresentaram algum pedido de alteração ou complementação no PNE.
“Nós entendemos que isso [a farta quantidade de propostas] foi um avanço e vem junto com o respeito à diversidade e à gestão democrática - princípios básicos de uma educação de qualidade”, disse a presidente da Undime, Cleuza Repulho.
O PNE determina as diretrizes para as políticas de educação de uma década. O plano seria para a década de 2010 a 2020, mas houve uma série de atrasos e o projeto de lei ainda tramita no Congresso.
MEC foi "surpreendido"
Para a secretária de Educação Básica do MEC (Ministério da Educação), Maria Pilar Lacerda, a pasta foi “surpreendida positivamente com o número de emendas". Segundo Maria Pilar, “isso reflete o lugar que a educação ocupa hoje. Foi uma excelente resposta a um trabalho que começou em 2009”.
Questionada se o número de emendas não reflete deficiência de conteúdo do plano, Maria Pilar alegou que a expectativa “de quem vive no regime democrático” não teria como ser outro, se não a grande participação de deputados e da sociedade civil.
Tramitação da lei
Com relação ao cronograma de trabalhos, o relator do projeto na Comissão Especial na Câmara dos Deputados, Angelo Vanhoni (PT/PR) as emendas serão colocadas no site da Câmara até esta sexta-feira (1º), quando ele poderá ver de forma organizada todas as emendas apresentadas ao projeto que veio do Executivo. Já as audiências públicas nos Estados seguem até o dia 15 de julho.
Segundo o deputado petista, a previsão para colocoar o projeto em votação é no final de setembro ou no começo de outubro.
O projeto tramita na comissão em caráter terminativo, quer dizer que não será necessário passar no plenário da Câmara. Ao ser aprovado, ele deverá seguir diretamente para o Senado.
Em Brasília
O PNE (Plano Nacional de Educação) recebeu as mesmas duas emendas 17 vezes. Uma delas se refere ao aumento de vagas no ensino técnico profissionalizante e a outra, a "equidade, respeito a diversidade e laicidade [não interferência da religião]" na educação.
A educação técnica e profissional é tema de um dos principais programas de governo Dilma Rousseff, o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). A previsão de investimento no Pronatec é de R$ 1 bilhão.
O levantamento foi feito pela Undime, entidade que reúne os secretários municipais de Educação, e apresentado na manhã desta terça-feira (28).
Das 2.905 emendas apresentadas, 1.408 são únicas (não repetem propostas). Ainda falta revisar a digitação e ortografia de 10% do total. Na contabilidade da Undime, 17% dos deputados, ou seja, 87 dos parlamentares apresentaram algum pedido de alteração ou complementação no PNE.
“Nós entendemos que isso [a farta quantidade de propostas] foi um avanço e vem junto com o respeito à diversidade e à gestão democrática - princípios básicos de uma educação de qualidade”, disse a presidente da Undime, Cleuza Repulho.
O PNE determina as diretrizes para as políticas de educação de uma década. O plano seria para a década de 2010 a 2020, mas houve uma série de atrasos e o projeto de lei ainda tramita no Congresso.
MEC foi "surpreendido"
Para a secretária de Educação Básica do MEC (Ministério da Educação), Maria Pilar Lacerda, a pasta foi “surpreendida positivamente com o número de emendas". Segundo Maria Pilar, “isso reflete o lugar que a educação ocupa hoje. Foi uma excelente resposta a um trabalho que começou em 2009”.
Questionada se o número de emendas não reflete deficiência de conteúdo do plano, Maria Pilar alegou que a expectativa “de quem vive no regime democrático” não teria como ser outro, se não a grande participação de deputados e da sociedade civil.
Tramitação da lei
Com relação ao cronograma de trabalhos, o relator do projeto na Comissão Especial na Câmara dos Deputados, Angelo Vanhoni (PT/PR) as emendas serão colocadas no site da Câmara até esta sexta-feira (1º), quando ele poderá ver de forma organizada todas as emendas apresentadas ao projeto que veio do Executivo. Já as audiências públicas nos Estados seguem até o dia 15 de julho.
Segundo o deputado petista, a previsão para colocoar o projeto em votação é no final de setembro ou no começo de outubro.
O projeto tramita na comissão em caráter terminativo, quer dizer que não será necessário passar no plenário da Câmara. Ao ser aprovado, ele deverá seguir diretamente para o Senado.
Desafio de ensinar a língua para todos
A polêmica sobre o "falar popular" revela a necessidade de dialogar com os alunos não familiarizados com a norma-padrão
Rodrigo Ratier
A batalha da língua na guerra das culturas, por Maria Alice Setubal
Falar bem em público se aprende na escola
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As variantes linguísticas
Exposição "Menas" no Museu da Língua Portuguesa
Plano de aula
Do oral ao escrito
- Qué apanhá sordado?
- O quê?
- Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada.
É óbvio: o célebre poema O Capoeira, de Oswald de Andrade (1890-1954), está quase integralmente em desacordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa. Isso não impede, entretanto, que Pau Brasil, o livro de 1925 em que o texto está incluído, seja estudado nas escolas e frequente as listas de leitura obrigatória das mais concorridas universidades do país.
Do regionalismo de Jorge Amado à prosa contemporânea da literatura marginal, passando pelo modernismo de Mário de Andrade e Guimarães Rosa, refletir sobre as variedades populares da língua, típicas da fala, tem sido uma maneira eficaz de levar os alunos a compreender as formas de expressão de diferentes grupos sociais, a diversidade linguística de nosso país e a constatação de que a língua é dinâmica e se reinventa dia a dia.
A discussão, porém, tomou um caminho diferente no caso do livro Por Uma Vida Melhor, volume de Língua Portuguesa destinado às séries finais na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Um excerto do capítulo "Escrever É Diferente de Falar" foi entendido como uma defesa do "falar errado". Muitas pessoas expressaram o temor de que isso representasse uma tentativa de desqualificar o ensino das regras gramaticais e ortográficas que regem a Língua Portuguesa. De fato, não se pode discutir que o papel da escola é (e deve continuar sendo) ensinar a norma culta da língua.
Conhecer e dominar a comunicação segundo o padrão formal representa, sem dúvida, um caminho poderoso para a ascensão econômica e social de indivíduos e grupos. Acima de tudo, é uma das maneiras mais eficazes por meio das quais a escola realiza a inclusão social: permitir o acesso a jornais, revistas e livros é abrir as portas para todo o conhecimento científico e filosófico que a humanidade acumulou desde que a escrita foi inventada.
Mas, afinal, do ponto de vista da prática pedagógica, está correto contemplar nas aulas a reflexão sobre as variantes populares da língua? A resposta é sim. A questão ganhou relevância com a universalização do ensino nas três últimas décadas. Com a democratização do acesso à Educação, a escola passou a receber populações não familiarizadas com a norma-padrão. Nesse percurso, surgiu a tese de que falar "errado" representava um impedimento para aprender a escrever "certo". Pesquisas na área de didática mostraram exatamente o contrário: o contato com a norma culta da escrita impacta a oralidade. Ao escrever do jeito previsto pelas gramáticas, o aluno tende a incorporar à fala as estruturas e expressões que aprendeu.
Rodrigo Ratier
A batalha da língua na guerra das culturas, por Maria Alice Setubal
Falar bem em público se aprende na escola
Vídeos
As variantes linguísticas
Exposição "Menas" no Museu da Língua Portuguesa
Plano de aula
Do oral ao escrito
- Qué apanhá sordado?
- O quê?
- Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada.
É óbvio: o célebre poema O Capoeira, de Oswald de Andrade (1890-1954), está quase integralmente em desacordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa. Isso não impede, entretanto, que Pau Brasil, o livro de 1925 em que o texto está incluído, seja estudado nas escolas e frequente as listas de leitura obrigatória das mais concorridas universidades do país.
Do regionalismo de Jorge Amado à prosa contemporânea da literatura marginal, passando pelo modernismo de Mário de Andrade e Guimarães Rosa, refletir sobre as variedades populares da língua, típicas da fala, tem sido uma maneira eficaz de levar os alunos a compreender as formas de expressão de diferentes grupos sociais, a diversidade linguística de nosso país e a constatação de que a língua é dinâmica e se reinventa dia a dia.
A discussão, porém, tomou um caminho diferente no caso do livro Por Uma Vida Melhor, volume de Língua Portuguesa destinado às séries finais na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Um excerto do capítulo "Escrever É Diferente de Falar" foi entendido como uma defesa do "falar errado". Muitas pessoas expressaram o temor de que isso representasse uma tentativa de desqualificar o ensino das regras gramaticais e ortográficas que regem a Língua Portuguesa. De fato, não se pode discutir que o papel da escola é (e deve continuar sendo) ensinar a norma culta da língua.
Conhecer e dominar a comunicação segundo o padrão formal representa, sem dúvida, um caminho poderoso para a ascensão econômica e social de indivíduos e grupos. Acima de tudo, é uma das maneiras mais eficazes por meio das quais a escola realiza a inclusão social: permitir o acesso a jornais, revistas e livros é abrir as portas para todo o conhecimento científico e filosófico que a humanidade acumulou desde que a escrita foi inventada.
Mas, afinal, do ponto de vista da prática pedagógica, está correto contemplar nas aulas a reflexão sobre as variantes populares da língua? A resposta é sim. A questão ganhou relevância com a universalização do ensino nas três últimas décadas. Com a democratização do acesso à Educação, a escola passou a receber populações não familiarizadas com a norma-padrão. Nesse percurso, surgiu a tese de que falar "errado" representava um impedimento para aprender a escrever "certo". Pesquisas na área de didática mostraram exatamente o contrário: o contato com a norma culta da escrita impacta a oralidade. Ao escrever do jeito previsto pelas gramáticas, o aluno tende a incorporar à fala as estruturas e expressões que aprendeu.
Cumprir metas do PNE vai custar R$ 17,6 bi aos municípios
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apresentou estudo hoje (27) sobre o impacto financeiro do Plano Nacional de Educação (PNE) nas contas municipais. De acordo com a entidade, o custo seria de R$ 52 bilhões, considerando apenas as metas relacionadas à ampliação do atendimento escolar. O novo PNE estabelece 20 metas educacionais que o país deverá atingir na próxima década. O documento está em tramitação na Câmara dos Deputados.
De acordo com o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, os recursos previstos no Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica (Fundeb), que é composto também por verbas da União e dos estados, cobrem 66% das despesas. O investimento adicional dos municípios seria, portanto, R$ 17,6 bilhões.
O PNE prevê que até 2020 50% das crianças com menos de 3 anos de idade sejam atendidas em creche. Hoje, esse percentual não chega a 20%. Os municípios precisariam investir R$ 9,9 bilhões para cumprir a meta. O plano também estabelece que a matrícula na pré-escola, para crianças de 4 e 5 anos, seja universalizada até 2020. isso significa, segundo a CNM, incluir mais 1 milhão de alunos na rede de ensino, com custo adicional de R$ 700 milhões às prefeituras, além da complementação do Fundeb.
Outra mudança prevista no plano é a de que 50% das escolas do ensino fundamental ofereçam ensino em tempo integral. A ampliação da jornada, modelo que hoje atende aproximadamente 10% dos alunos das redes municipais, teria um custo de R$ 30,9 bilhões, com participação de R$ 7 bilhões dos municípios.
A entidade defende um aumento da participação da União no financiamento da educação básica, pois hoje a maior parte das despesas é custeadas por estados e municípios. Para isso, apresentou emendas ao projeto de lei do PNE que está em análise por uma comissão especial da Câmara. A matéria recebeu quase 3 mil emendas. A previsão é que o texto seja aprovado na até novembro, para então seguir ao Senado.
Edição: Vinicius Doria
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apresentou estudo hoje (27) sobre o impacto financeiro do Plano Nacional de Educação (PNE) nas contas municipais. De acordo com a entidade, o custo seria de R$ 52 bilhões, considerando apenas as metas relacionadas à ampliação do atendimento escolar. O novo PNE estabelece 20 metas educacionais que o país deverá atingir na próxima década. O documento está em tramitação na Câmara dos Deputados.
De acordo com o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, os recursos previstos no Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica (Fundeb), que é composto também por verbas da União e dos estados, cobrem 66% das despesas. O investimento adicional dos municípios seria, portanto, R$ 17,6 bilhões.
O PNE prevê que até 2020 50% das crianças com menos de 3 anos de idade sejam atendidas em creche. Hoje, esse percentual não chega a 20%. Os municípios precisariam investir R$ 9,9 bilhões para cumprir a meta. O plano também estabelece que a matrícula na pré-escola, para crianças de 4 e 5 anos, seja universalizada até 2020. isso significa, segundo a CNM, incluir mais 1 milhão de alunos na rede de ensino, com custo adicional de R$ 700 milhões às prefeituras, além da complementação do Fundeb.
Outra mudança prevista no plano é a de que 50% das escolas do ensino fundamental ofereçam ensino em tempo integral. A ampliação da jornada, modelo que hoje atende aproximadamente 10% dos alunos das redes municipais, teria um custo de R$ 30,9 bilhões, com participação de R$ 7 bilhões dos municípios.
A entidade defende um aumento da participação da União no financiamento da educação básica, pois hoje a maior parte das despesas é custeadas por estados e municípios. Para isso, apresentou emendas ao projeto de lei do PNE que está em análise por uma comissão especial da Câmara. A matéria recebeu quase 3 mil emendas. A previsão é que o texto seja aprovado na até novembro, para então seguir ao Senado.
Edição: Vinicius Doria
Sexta Videoconferência – CHINA: potência econômica e territorial na nova ordem mundial
A sexta videoconferência do curso versará sobre o tema: “CHINA: potência econômica e territorial na nova ordem mundial” e será realizada em 30 de junho às 14h.
Os videoconferencistas são: Maria Aparecida Ceravolo Magnani, gestora do Programa de Apoio à Continuidade de Estudos, e Profº Luis Antonio Paulino, doutor em Ciência Política.
A videoconferência é restrita aos inscritos no curso de 01 a 07 de julho. O acesso é pelo site do Programa: http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/apoio, em “Videoconferências”.
Cabe lembrar que a partir do dia 08 de julho a VC fica pública e não registra mais os acessos para fins de presença.
Cabe ao responsável por cada turma apontar as presenças dos participantes em relação aos acessos às VCs, tanto para os que assistirem individualmente, quanto para os que assistirem coletivamente.
Os videoconferencistas são: Maria Aparecida Ceravolo Magnani, gestora do Programa de Apoio à Continuidade de Estudos, e Profº Luis Antonio Paulino, doutor em Ciência Política.
A videoconferência é restrita aos inscritos no curso de 01 a 07 de julho. O acesso é pelo site do Programa: http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/apoio, em “Videoconferências”.
Cabe lembrar que a partir do dia 08 de julho a VC fica pública e não registra mais os acessos para fins de presença.
Cabe ao responsável por cada turma apontar as presenças dos participantes em relação aos acessos às VCs, tanto para os que assistirem individualmente, quanto para os que assistirem coletivamente.
MT- Riva dá nota 4 para Rosa Neide e diz que pasta deve ser referência
Laura Nabuco
Depois de fazer uma série de críticas às ações da secretária estadual de Educação, Rosa Neide Sandes (PT), e pedir uma auditoria externa nas contas da pasta, o presidente da Assembleia, deputado José Riva (PP), deu nota 4 para o desempenho da petista, que está no cargo há pouco mais de um ano. Para ele, a pasta precisa de alguém que se torne uma referência dentro do Governo. "Precisamos de uma pessoa acima da média. Ela não tem condição de ser esse diferencial", avalia o progressista.
Apesar dos rumores de que estaria pleiteando reivindicar a cadeira de Rosa Neide para um nome do PSD, partido que está organizando no Estado, Riva afirma que não pretende discutir uma troca no comando da secretaria. Questionado sobre quem teria o perfil indicado para ocupar o cargo, ele desconversa ao afirmar que seria alguém como o deputado federal pelo PMDB de São Paulo, Gabriel Chalita, que já atuou na secretaria de Educação daquele Estado e presidiu o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed).
Riva garante ainda que as críticas à secretária não têm nenhuma ligação com a greve dos professores, que apesar de ter sido declarada ilegal pela Justiça, ainda não teve um ponto final. "Não podemos culpá-la por isso", pondera. Segundo ele, o problema em Rosa Neide está na falta de capacidade para desenvolver um programa pedagógico para o Estado. "A educação no Estado vai mal, não temos um planejamento adequado", reclama.
A defesa da petista ficou por conta do líder do governo na AL, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), que afirmou que a opinião de Riva não é consenso na Casa. "Se ele deu nota 4, eu dou nota 8", enfatiza. Para peemedebista, as dificuldades de Rosa Neide têm como justificativa a complexidade da pasta, que ao lado da secretaria de Saúde, é considerada uma das mais difíceis de administrar no staff.
O secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, por sua vez, preferiu não se envolver na polêmica. "É uma avaliação que ele (Riva), como deputado, tem todo direito de fazer. Eu não ouvi a declaração, por isso, prefiro não polemizar", pondera.
Depois de fazer uma série de críticas às ações da secretária estadual de Educação, Rosa Neide Sandes (PT), e pedir uma auditoria externa nas contas da pasta, o presidente da Assembleia, deputado José Riva (PP), deu nota 4 para o desempenho da petista, que está no cargo há pouco mais de um ano. Para ele, a pasta precisa de alguém que se torne uma referência dentro do Governo. "Precisamos de uma pessoa acima da média. Ela não tem condição de ser esse diferencial", avalia o progressista.
Apesar dos rumores de que estaria pleiteando reivindicar a cadeira de Rosa Neide para um nome do PSD, partido que está organizando no Estado, Riva afirma que não pretende discutir uma troca no comando da secretaria. Questionado sobre quem teria o perfil indicado para ocupar o cargo, ele desconversa ao afirmar que seria alguém como o deputado federal pelo PMDB de São Paulo, Gabriel Chalita, que já atuou na secretaria de Educação daquele Estado e presidiu o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed).
Riva garante ainda que as críticas à secretária não têm nenhuma ligação com a greve dos professores, que apesar de ter sido declarada ilegal pela Justiça, ainda não teve um ponto final. "Não podemos culpá-la por isso", pondera. Segundo ele, o problema em Rosa Neide está na falta de capacidade para desenvolver um programa pedagógico para o Estado. "A educação no Estado vai mal, não temos um planejamento adequado", reclama.
A defesa da petista ficou por conta do líder do governo na AL, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), que afirmou que a opinião de Riva não é consenso na Casa. "Se ele deu nota 4, eu dou nota 8", enfatiza. Para peemedebista, as dificuldades de Rosa Neide têm como justificativa a complexidade da pasta, que ao lado da secretaria de Saúde, é considerada uma das mais difíceis de administrar no staff.
O secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, por sua vez, preferiu não se envolver na polêmica. "É uma avaliação que ele (Riva), como deputado, tem todo direito de fazer. Eu não ouvi a declaração, por isso, prefiro não polemizar", pondera.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Programa “Matemática Descomplicada” é sucesso nas escolas da rede municipal de Pindamonhangaba
Devido à grande receptividade por parte de professores e alunos, a Secretaria de Educação de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba paulista, está ampliando de 29 para 35 o número de escolas da rede municipal que este ano oferecem o programa “Matemática Descomplicada”. Mais alunos também estão sendo beneficiados. Agora, o programa contempla aproximadamente 8 mil alunos, do primeiro ano a quarta série do município.
Implantado há um ano pela Secretaria de Educação em parceria com a Planeta Educação, empresa especializada no desenvolvimento de projetos educacionais, o “Matemática Descomplicada” tem por objetivo desmistificar o ensino da disciplina e provar que é possível realizar uma aprendizagem significativa que prioriza o raciocínio lógico – por meio de jogos e brincadeiras –, e não apenas a memorização de operações e fórmulas.
O programa está sendo aplicado nas escolas pelos mediadores da Planeta Educação que trabalham junto com os professores da rede, em aulas semanais, como forma de enriquecimento curricular. Segundo a Diretora Pedagógica da Secretaria de Educação, Márcia Fernandes, a “Matemática Descomplicada” tem oferecido grandes mudanças no ensino da disciplina.
“Essa grande parceria tem refletido em melhorias significativas para as aulas de matemática nas escolas do nosso município. A Secretaria de Educação agradece a todos, desde os mediadores da Planeta Educação até os educadores, que estão se empenhando para ampliar ainda mais os seus conhecimentos”, afirma.
“Nosso mediador trabalha em parceria com o professor auxiliando-o no desenvolvimento de atividades lúdicas, de forma a traduzir e ampliar o conteúdo que o professor está ministrando em aula. Se o professor está ensinando divisão, por exemplo, o mediador enriquece o aprendizado com a atividade lúdica “Avançando com o resto”. Deste modo, os alunos começam a compreender o significado da matemática e valoriza a dimensão lúdica do processo de ensino e aprendizagem”, explica Daniela Cassiano , Coordenadora do Programa Matemática Descomplicada.
Além do estímulo proporcionado por esta nova ferramenta junto aos alunos, a Secretaria de Educação oferece aos professores da rede o Programa de Formação de Educadores em Matemática Descomplicada, em que são discutidas questões sobre a Educação Matemática, com atividades práticas para eles aplicarem em sala de aula. O objetivo é tornar os educadores capazes de ministrar aulas de matemática de maneira mais dinâmica e utilizando várias estratégias.
"Parabéns! A didática convencional da matemática nos separa tanto da realidade que mais parece um mundo à parte. Vivenciá-la torna o ensino muito mais estimulante e prazeroso para o educador. Vocês aumentam exponencialmente nossos horizontes”, elogia a professora Maria José dos Santos Souza, da escola REMEFI Dr. André Franco Montoro, que participa do curso de formação.
Implantado há um ano pela Secretaria de Educação em parceria com a Planeta Educação, empresa especializada no desenvolvimento de projetos educacionais, o “Matemática Descomplicada” tem por objetivo desmistificar o ensino da disciplina e provar que é possível realizar uma aprendizagem significativa que prioriza o raciocínio lógico – por meio de jogos e brincadeiras –, e não apenas a memorização de operações e fórmulas.
O programa está sendo aplicado nas escolas pelos mediadores da Planeta Educação que trabalham junto com os professores da rede, em aulas semanais, como forma de enriquecimento curricular. Segundo a Diretora Pedagógica da Secretaria de Educação, Márcia Fernandes, a “Matemática Descomplicada” tem oferecido grandes mudanças no ensino da disciplina.
“Essa grande parceria tem refletido em melhorias significativas para as aulas de matemática nas escolas do nosso município. A Secretaria de Educação agradece a todos, desde os mediadores da Planeta Educação até os educadores, que estão se empenhando para ampliar ainda mais os seus conhecimentos”, afirma.
“Nosso mediador trabalha em parceria com o professor auxiliando-o no desenvolvimento de atividades lúdicas, de forma a traduzir e ampliar o conteúdo que o professor está ministrando em aula. Se o professor está ensinando divisão, por exemplo, o mediador enriquece o aprendizado com a atividade lúdica “Avançando com o resto”. Deste modo, os alunos começam a compreender o significado da matemática e valoriza a dimensão lúdica do processo de ensino e aprendizagem”, explica Daniela Cassiano , Coordenadora do Programa Matemática Descomplicada.
Além do estímulo proporcionado por esta nova ferramenta junto aos alunos, a Secretaria de Educação oferece aos professores da rede o Programa de Formação de Educadores em Matemática Descomplicada, em que são discutidas questões sobre a Educação Matemática, com atividades práticas para eles aplicarem em sala de aula. O objetivo é tornar os educadores capazes de ministrar aulas de matemática de maneira mais dinâmica e utilizando várias estratégias.
"Parabéns! A didática convencional da matemática nos separa tanto da realidade que mais parece um mundo à parte. Vivenciá-la torna o ensino muito mais estimulante e prazeroso para o educador. Vocês aumentam exponencialmente nossos horizontes”, elogia a professora Maria José dos Santos Souza, da escola REMEFI Dr. André Franco Montoro, que participa do curso de formação.
Acabar em pizza
Quando os políticos não são punidos pelos seus crimes, dizemos que tudo “acabou em pizza”.
O Brasil é um país onde o cumprimento das leis ainda sofre uma série de problemas estruturais. Ao invés de observarmos o cumprimento daquilo que é determinado, vemos que nossas leis acabam se enfraquecendo pela falta de fiscalização ou pelo fato dessa tal lei “não ter pegado” entre a população. Pior ainda é saber que a posição social dos indivíduos também determina o cumprimento ou não daquilo que nossos extensos códigos dizem. Afinal, nunca se sabe “com que se está falando”.
Vez ou outra, observamos que importantes figuras políticas são processadas e acusadas por crimes de corrupção que podem lhes custar a carreira e a própria liberdade. Provas são reunidas, indícios organizados e discussões feitas para se falar sobre o caso. Geralmente, quando as medidas legais demoram a ser aplicadas, vemos que sempre aparece algum tipo de subterfúgio que salva o acusado. Logo, os populares e os meios de comunicação, bradam que tudo “acabou em pizza”.
Para quem não sabe, essa expressão foi criada por um jornalista esportivo chamado Milton Peruzzi, que trabalhava na Gazeta Esportiva. Tudo começou na década de 1960, quando uma série de conturbações gerou uma grave crise entre os dirigentes da Sociedade Esportiva Palmeiras. O caso era tão grave que uma reunião de mais de quatorze horas foi realizada para que as questões do time de futebol fossem resolvidas de uma vez por todas.
Em uma reunião tão longa assim era normal que a fome acabasse incomodando aquele bando de cartolas nervosos. Foi então que, pela praticidade e a própria descendência italiana dos dirigentes, eles fizeram um pedido de dezoito pizzas gigantes, muito chope e vinho para sustentar aquela jornada de debates. Ao fim do bate-boca e da comilança, parece que tudo chegou a um acordo. Dado o desfecho, Milton Peruzzi publicou uma notícia com o seguinte título: “Crise do Palmeiras termina em pizza”.
Por Rainer Sousa
Mestre em História
Equipe Brasil Escola
O Brasil é um país onde o cumprimento das leis ainda sofre uma série de problemas estruturais. Ao invés de observarmos o cumprimento daquilo que é determinado, vemos que nossas leis acabam se enfraquecendo pela falta de fiscalização ou pelo fato dessa tal lei “não ter pegado” entre a população. Pior ainda é saber que a posição social dos indivíduos também determina o cumprimento ou não daquilo que nossos extensos códigos dizem. Afinal, nunca se sabe “com que se está falando”.
Vez ou outra, observamos que importantes figuras políticas são processadas e acusadas por crimes de corrupção que podem lhes custar a carreira e a própria liberdade. Provas são reunidas, indícios organizados e discussões feitas para se falar sobre o caso. Geralmente, quando as medidas legais demoram a ser aplicadas, vemos que sempre aparece algum tipo de subterfúgio que salva o acusado. Logo, os populares e os meios de comunicação, bradam que tudo “acabou em pizza”.
Para quem não sabe, essa expressão foi criada por um jornalista esportivo chamado Milton Peruzzi, que trabalhava na Gazeta Esportiva. Tudo começou na década de 1960, quando uma série de conturbações gerou uma grave crise entre os dirigentes da Sociedade Esportiva Palmeiras. O caso era tão grave que uma reunião de mais de quatorze horas foi realizada para que as questões do time de futebol fossem resolvidas de uma vez por todas.
Em uma reunião tão longa assim era normal que a fome acabasse incomodando aquele bando de cartolas nervosos. Foi então que, pela praticidade e a própria descendência italiana dos dirigentes, eles fizeram um pedido de dezoito pizzas gigantes, muito chope e vinho para sustentar aquela jornada de debates. Ao fim do bate-boca e da comilança, parece que tudo chegou a um acordo. Dado o desfecho, Milton Peruzzi publicou uma notícia com o seguinte título: “Crise do Palmeiras termina em pizza”.
Por Rainer Sousa
Mestre em História
Equipe Brasil Escola
Crianças surdas aprendem mais rápido em libras
Federação Nacional de Integração e Educação dos Surdos é contra a inclusão de alunos com deficiência auditiva em classes regulares
Notícia anterior Convocados os bolsistas do Prouni para o 2º semestrePróxima notícia Abertas inscrições para revalidar diploma de medicina no exteriorTexto: enviar por e-mail Crianças surdas aprendem mais rápido em librasFederação Nacional de Integração e Educação dos Surdos é contra a inclusão de alunos com deficiência auditiva em classes regulares
Criança surda que estuda por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) – em meio a professores e colegas também sinalizadores – aprende a ler e a escrever mais cedo e melhor do que aquelas inseridas em salas de aula regulares. Esse é um dos resultados da pesquisa do professor Fernando Capovilla, da Universidade de São Paulo (USP).
“A primeira língua do surdo é Libras. Colocar uma criança de 5 anos dentro de uma sala de ouvintes é como botá-la numa escola chinesa”, diz Capovilla. Desde 2001, ele avaliou 9.200 alunos surdos e com dificuldade auditiva. Com idade entre 6 e 25 anos e escolaridade que variava do início do fundamental ao fim do superior, eles passaram por uma bateria de testes.
Os resultados desse levantamento estão em concordância com o que reivindica a Federação Nacional de Integração e Educação dos Surdos (Feneis). A organização é contra a política de inclusão do Ministério da Educação (MEC), que prevê que esses alunos frequentem salas de aula regulares, com a presença de intérprete e, no contraturno, recebam um atendimento especializado.
“Estamos lutando para que a educação de surdos seja considerada no mesmo patamar da indígena, isto é, que os surdos não sejam enquadrados na categoria da educação especial, e sim na educação bilíngue. Libras como a primeira língua e português como segunda”, afirma Patrícia Rezende, diretora de Políticas Educacionais da Feneis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Criança surda que estuda por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) – em meio a professores e colegas também sinalizadores – aprende a ler e a escrever mais cedo e melhor do que aquelas inseridas em salas de aula regulares. Esse é um dos resultados da pesquisa do professor Fernando Capovilla, da Universidade de São Paulo (USP).
“A primeira língua do surdo é Libras. Colocar uma criança de 5 anos dentro de uma sala de ouvintes é como botá-la numa escola chinesa”, diz Capovilla. Desde 2001, ele avaliou 9.200 alunos surdos e com dificuldade auditiva. Com idade entre 6 e 25 anos e escolaridade que variava do início do fundamental ao fim do superior, eles passaram por uma bateria de testes.
Os resultados desse levantamento estão em concordância com o que reivindica a Federação Nacional de Integração e Educação dos Surdos (Feneis). A organização é contra a política de inclusão do Ministério da Educação (MEC), que prevê que esses alunos frequentem salas de aula regulares, com a presença de intérprete e, no contraturno, recebam um atendimento especializado.
“Estamos lutando para que a educação de surdos seja considerada no mesmo patamar da indígena, isto é, que os surdos não sejam enquadrados na categoria da educação especial, e sim na educação bilíngue. Libras como a primeira língua e português como segunda”, afirma Patrícia Rezende, diretora de Políticas Educacionais da Feneis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
MT- Educação ameaça cortar ponto de grevistas
De Rondonópolis - Débora Siqueira
PublicidadeA Secretaria Estadual de Educação (Seduc) ameaça cortar ponto de professores que continuam em greve, mesmo com a paralisação tendo sido considerada ilegal pela Justiça. Os profissionais que faltarem as atividades a partir de terça-feira não terão justificativas para impedir o corte do ponto.
Em alguns casos, o valor de um dia de trabalho significa menos R$ 60 no salário, pouco menor do que reajuste salarial de R$ 64 a mais no subsídio cobrado pela categoria no movimento paredista.
Conforme informa a Seduc, a liminar deferida que considera a greve ilegal foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico no dia 22 de junho, nas páginas 34 e 35. Na decisão, o juiz deferiu a liminar "para fixar impedimento à greve pelos professores do Estado de Mato Grosso, devendo retornarem às suas atividades no prazo de 72 horas, contados a partir da publicação da presente decisão, sob pena de multa diária no montante de R$ 50 mil.
Mesmo após acionar a justiça, a Seduc informou que as negociações com a categoria continuam abertas.
Professores estão reunidos em assembléia na Escola Estadual Presidente Medici para decidirem se retornam ou não ao trabalho.
PublicidadeA Secretaria Estadual de Educação (Seduc) ameaça cortar ponto de professores que continuam em greve, mesmo com a paralisação tendo sido considerada ilegal pela Justiça. Os profissionais que faltarem as atividades a partir de terça-feira não terão justificativas para impedir o corte do ponto.
Em alguns casos, o valor de um dia de trabalho significa menos R$ 60 no salário, pouco menor do que reajuste salarial de R$ 64 a mais no subsídio cobrado pela categoria no movimento paredista.
Conforme informa a Seduc, a liminar deferida que considera a greve ilegal foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico no dia 22 de junho, nas páginas 34 e 35. Na decisão, o juiz deferiu a liminar "para fixar impedimento à greve pelos professores do Estado de Mato Grosso, devendo retornarem às suas atividades no prazo de 72 horas, contados a partir da publicação da presente decisão, sob pena de multa diária no montante de R$ 50 mil.
Mesmo após acionar a justiça, a Seduc informou que as negociações com a categoria continuam abertas.
Professores estão reunidos em assembléia na Escola Estadual Presidente Medici para decidirem se retornam ou não ao trabalho.
Alunos aprendem a lidar com dinheiro em aulas de educação financeira
Projeto com apoio do MEC integra 891 escolas públicas do país.
Um dos objetivos do programa é ensinar a poupar para realizar sonhos.
Vanessa Fajardo
Do G1, em São Paulo
Foi na escola que o estudante Lucas Fernando Inacio Martins, de 16 anos, aprendeu a importância de poupar e planejar os gastos. Ele e os colegas de sala do terceiro ano do ensino médio da Escola Estadual Dogival Barros Gomes, na Zona Sul de São Paulo, dizem que foi com as aulas de educação financeira que eles entenderam o conceito do consumo consciente, os perigos dos juros dos cartões de crédito e parcelamentos, entre outras armadilhas do crédito fácil.
O projeto é uma parceria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central e outros órgãos regulares do sistema financeiro brasileiro, acompanhado pelo Ministério da Educação, que integra a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef) instituída no ano passado. Atualmente, 891 escolas estaduais de ensino médio de todo o país participam ao programa.
Yago Tadeu da Silva, Wesley Washington Xavier dos Santos e Lucas Fernando Inacio Martins, alunos da escola Dogival Barros Gomes, aprendem a fazer investimentos e poupar (Foto: Vanessa Fajardo/G1)Junto às disciplinas tradicionais do ensino médio, estudantes do ensino médio aprendem como administrar o orçamento doméstico, usar o cartão de crédito, fazer investimentos, reservas, e até recebem dicas para conseguir o primeiro emprego. Os temas de educação financeira não são trabalhados como uma matéria específica, e sim, de maneira interdisciplinar. Pelo projeto, cada escola tem autonomia para abordar a educação financeira como quiser. Há colégios, por exemplo, que levantam o tema até em disciplinas de ciências humanas.
O G1 conversou com um grupo de seis adolescentes da escola Dogival Barros que trabalham, têm seus próprios gastos, ajudam a pagar as contas de casa e veem nas aulas de educação financeira uma aliada das finanças pessoais.
“Consumo é sempre bom. No primeiro mês que recebi salário estourei o limite do cartão de crédito comprando coisas pessoais, mas aprendi que é melhor controlar impulso, esperar, e comprar à vista”, diz Lucas Fernando Inacio Martins.
Sendy Damaris Silva, de 17 anos, trabalha há seis meses como operadora de telemarketing. Ela não possui cartão de crédito e diz ser controlada com os gastos. “O banco sempre oferece um limite a maior do que seu orçamento e aí acaba perdendo o controle pelo consumismo. Aprendi a comprar à vista.”
Para Yago Tadeu da Silva, de 17 anos, que trabalha como auxiliar administrativo há dois meses, a lição vem de casa também. Silva conta que seu pai é bom administrador, faz contas para equilibrar o orçamento doméstico, mas e os ensinamentos sobre educação financeira na escola são bem-vindos. “Acho que o programa já deveria ser introduzido no ensino fundamental.”
Ellen Ribeiro dos Santos, de 17 anos, diz que as aulas ajudam a “preservar o futuro.” “Aprendemos como fazer um bom investimento. O mundo está muito consumista e não temos a tradição de poupar.” Mesmo com dificuldade, Ellen diz que todo mês consegue guardar um pouquinho de seu salário.
Sendy Damaris Silva, Ellen Ribeiro dos Santos e Paloma Josefa Xavier dos Santos veem as aulas de educação financeira como aliada das finanças (Foto: Vanessa Fajardo/G1)Os professores garantem que o assunto interessa os estudantes e os retornos são positivos na sala de aula.
“Trabalhamos com todo tipo de aluno e temos de ser um educador no âmbito geral. Só assim se consegue a interdisciplinaridade. Não dá para se fechar na sua disciplina. Nosso objetivo é formar cidadãos”, afirma Marilene Rodrigues Oliveira, professora de matemática da escola Dogival de Barros.
Diretora de currículo de educação integral do MEC, Jaqueline Moll, diz que trabalhar o tema nas escolas é uma forma de torná-la mais contemporânea. “Muitas famílias aumentaram seu poder aquisitivo. Estamos no marco da construção das novas diretrizes curriculares da educação básica e é importante que as novas gerações tenham informações sobre finanças”, afirma.
O superintendente de proteção e orientação aos investidores da CVM, José Alexandre Vasco, diz que o objetivo do projeto vai além de ensinar o jovem a lidar com o próprio dinheiro. “É ensinar a planejar a curto, médio e longo prazo, e mostrar que é possível mudar sua condição de vida.” Para Vasco, os jovens não têm cultura de prevenção. “Dias chuvosos acontecem, não dá para ter uma situação financeira equilibrada se não há reserva de dinheiro.”
Coleção reúne publicações destinadas ao público
infantil (Foto: Paulo Guilherme/G1)Menos números, mais comportamento
O projeto que atualmente se restringe aos alunos do ensino médio deve ser estendido ao ensino fundamental no próximo ano. Está em produção um material didático sobre educação financeira para crianças, de acordo com Vasco. O conteúdo será adaptado em grau crescente de dificuldade.
Paralelo a este trabalho, há editoras especializadas em educação financeira para estudantes. A coleção "DSOP de Educação Financeira" reúne 15 livros para crianças de 3 a 17 anos sobre o tema. O material foi aderido por 41 escolas privadas em sete estados brasileiros. A coleção é baseada em quatro pilares: diagnosticar, sonhar, orçar e poupar - as iniciais dos verbos dão nome à coleção.
Os livros abordam os assuntos de acordo com o público-alvo por meio de contos, histórias em quadrinhos, ilustrações e charges. Em nenhum deles aparecem planilhas. Segundo o autor, o educador financeiro, Reinaldo Domingos, a matemática é uma ferramenta e é trabalhada de forma comportamental.
“A ideia é fazer o estudante se familiarizar e cuidar bem do dinheiro. Criar um cofrinho, por exemplo, e ter planos para o dinheiro do cofrinho estimulando sonhos de curto, médio e longo prazo. A criança tem de ser estimulada a guardar para seus os sonhos.”
Domingos acredita que o assunto tem sido mais discutido no Brasil, porém ganhou mais força após a crise econômica mundial de 2008. Para ele, o tema deve ser trabalhado nas escolas durante a educação infantil, pois a partir dos 4 anos, a criança já sabe consumir e entende que o dinheiro realiza desejo. “Não tem como ensinar só depois de adulto. Hábitos são aprendidos na infância. Nós não falamos sobre números e, sim, comportamento.”
Um dos objetivos do programa é ensinar a poupar para realizar sonhos.
Vanessa Fajardo
Do G1, em São Paulo
Foi na escola que o estudante Lucas Fernando Inacio Martins, de 16 anos, aprendeu a importância de poupar e planejar os gastos. Ele e os colegas de sala do terceiro ano do ensino médio da Escola Estadual Dogival Barros Gomes, na Zona Sul de São Paulo, dizem que foi com as aulas de educação financeira que eles entenderam o conceito do consumo consciente, os perigos dos juros dos cartões de crédito e parcelamentos, entre outras armadilhas do crédito fácil.
O projeto é uma parceria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central e outros órgãos regulares do sistema financeiro brasileiro, acompanhado pelo Ministério da Educação, que integra a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef) instituída no ano passado. Atualmente, 891 escolas estaduais de ensino médio de todo o país participam ao programa.
Yago Tadeu da Silva, Wesley Washington Xavier dos Santos e Lucas Fernando Inacio Martins, alunos da escola Dogival Barros Gomes, aprendem a fazer investimentos e poupar (Foto: Vanessa Fajardo/G1)Junto às disciplinas tradicionais do ensino médio, estudantes do ensino médio aprendem como administrar o orçamento doméstico, usar o cartão de crédito, fazer investimentos, reservas, e até recebem dicas para conseguir o primeiro emprego. Os temas de educação financeira não são trabalhados como uma matéria específica, e sim, de maneira interdisciplinar. Pelo projeto, cada escola tem autonomia para abordar a educação financeira como quiser. Há colégios, por exemplo, que levantam o tema até em disciplinas de ciências humanas.
O G1 conversou com um grupo de seis adolescentes da escola Dogival Barros que trabalham, têm seus próprios gastos, ajudam a pagar as contas de casa e veem nas aulas de educação financeira uma aliada das finanças pessoais.
“Consumo é sempre bom. No primeiro mês que recebi salário estourei o limite do cartão de crédito comprando coisas pessoais, mas aprendi que é melhor controlar impulso, esperar, e comprar à vista”, diz Lucas Fernando Inacio Martins.
Sendy Damaris Silva, de 17 anos, trabalha há seis meses como operadora de telemarketing. Ela não possui cartão de crédito e diz ser controlada com os gastos. “O banco sempre oferece um limite a maior do que seu orçamento e aí acaba perdendo o controle pelo consumismo. Aprendi a comprar à vista.”
Para Yago Tadeu da Silva, de 17 anos, que trabalha como auxiliar administrativo há dois meses, a lição vem de casa também. Silva conta que seu pai é bom administrador, faz contas para equilibrar o orçamento doméstico, mas e os ensinamentos sobre educação financeira na escola são bem-vindos. “Acho que o programa já deveria ser introduzido no ensino fundamental.”
Ellen Ribeiro dos Santos, de 17 anos, diz que as aulas ajudam a “preservar o futuro.” “Aprendemos como fazer um bom investimento. O mundo está muito consumista e não temos a tradição de poupar.” Mesmo com dificuldade, Ellen diz que todo mês consegue guardar um pouquinho de seu salário.
Sendy Damaris Silva, Ellen Ribeiro dos Santos e Paloma Josefa Xavier dos Santos veem as aulas de educação financeira como aliada das finanças (Foto: Vanessa Fajardo/G1)Os professores garantem que o assunto interessa os estudantes e os retornos são positivos na sala de aula.
“Trabalhamos com todo tipo de aluno e temos de ser um educador no âmbito geral. Só assim se consegue a interdisciplinaridade. Não dá para se fechar na sua disciplina. Nosso objetivo é formar cidadãos”, afirma Marilene Rodrigues Oliveira, professora de matemática da escola Dogival de Barros.
Diretora de currículo de educação integral do MEC, Jaqueline Moll, diz que trabalhar o tema nas escolas é uma forma de torná-la mais contemporânea. “Muitas famílias aumentaram seu poder aquisitivo. Estamos no marco da construção das novas diretrizes curriculares da educação básica e é importante que as novas gerações tenham informações sobre finanças”, afirma.
O superintendente de proteção e orientação aos investidores da CVM, José Alexandre Vasco, diz que o objetivo do projeto vai além de ensinar o jovem a lidar com o próprio dinheiro. “É ensinar a planejar a curto, médio e longo prazo, e mostrar que é possível mudar sua condição de vida.” Para Vasco, os jovens não têm cultura de prevenção. “Dias chuvosos acontecem, não dá para ter uma situação financeira equilibrada se não há reserva de dinheiro.”
Coleção reúne publicações destinadas ao público
infantil (Foto: Paulo Guilherme/G1)Menos números, mais comportamento
O projeto que atualmente se restringe aos alunos do ensino médio deve ser estendido ao ensino fundamental no próximo ano. Está em produção um material didático sobre educação financeira para crianças, de acordo com Vasco. O conteúdo será adaptado em grau crescente de dificuldade.
Paralelo a este trabalho, há editoras especializadas em educação financeira para estudantes. A coleção "DSOP de Educação Financeira" reúne 15 livros para crianças de 3 a 17 anos sobre o tema. O material foi aderido por 41 escolas privadas em sete estados brasileiros. A coleção é baseada em quatro pilares: diagnosticar, sonhar, orçar e poupar - as iniciais dos verbos dão nome à coleção.
Os livros abordam os assuntos de acordo com o público-alvo por meio de contos, histórias em quadrinhos, ilustrações e charges. Em nenhum deles aparecem planilhas. Segundo o autor, o educador financeiro, Reinaldo Domingos, a matemática é uma ferramenta e é trabalhada de forma comportamental.
“A ideia é fazer o estudante se familiarizar e cuidar bem do dinheiro. Criar um cofrinho, por exemplo, e ter planos para o dinheiro do cofrinho estimulando sonhos de curto, médio e longo prazo. A criança tem de ser estimulada a guardar para seus os sonhos.”
Domingos acredita que o assunto tem sido mais discutido no Brasil, porém ganhou mais força após a crise econômica mundial de 2008. Para ele, o tema deve ser trabalhado nas escolas durante a educação infantil, pois a partir dos 4 anos, a criança já sabe consumir e entende que o dinheiro realiza desejo. “Não tem como ensinar só depois de adulto. Hábitos são aprendidos na infância. Nós não falamos sobre números e, sim, comportamento.”
Violência diminui chance de aluno ir bem na escola, diz estudo
Tese de doutorado mostra que evasão escolar aumenta a criminalidade.
Casos estão concentrados em regiões dominadas pelo tráfico.
Fernanda Nogueira
Do G1, em São Paulo
Professor de economia, Evandro Camargos Teixeira, autor da tese (Foto: Arquivo pessoal)Uma tese de doutorado defendida na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que a violência diminui a probabilidade de estudantes terem bom rendimento na escola. A mesma pesquisa mostra que a evasão escolar aumenta a criminalidade.
O estudo, do professor de economia Evando Camargos Teixeira, que leciona na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), usa dados da avaliação de português e matemática da Secretaria da Educação de São Paulo de 2007. Os cálculos foram feitos com base nas notas dos estudantes da 4ª série (5º ano), 6ª série (7º ano), 8ª série (9º ano) do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio.
Veja probabilidade de estudante de escola violenta ter mau desempenho em provas, em escala de 0 a 1%
Matemática
Português
4ª série
0,42% 0,14%
6ª série
0,19% 0,06%
8ª série
0,89% 0,05%
3º ano
0,54% 0,03%
Segundo a tese, que contou com a orientação da professora Ana Lúcia Kassouf, o estudo de matemática é mais afetado que o de português. O pesquisador considerou as caracaterísticas individuais dos alunos como sexo, cor, renda domiciliar e escolaridade dos pais, e as características da escola, incluindo infra-estrutura, formação dos professores e violência.
Em uma escala de 0 a 1, chega a 0,89% a probabilidade de alunos da 8ª série terem mau rendimento em matemática. Em português, é de 0,05% para a mesma série. “Percebi que talvez a exigência de raciocínio lógico em matemática seja maior”, disse Teixeira. Além disso, a correção das provas é mais objetiva nessa disciplina do que em português.
Essas escolas ficam, principalmente, em regiões “mais conturbadas” de nível per capita menor, inseridas em locais em que o tráfico domina a vizinhança. Alguns dos fatores que ajudam a levar ao mau rendimento nessas escolas são a rotatividade de professores, as faltas dos próprios alunos e a dificuldade de concentração dos estudantes, segundo Teixeira.
Há uma associação forte entre a violência dessas escolas e o tráfico, mostra o estudo. “Os traficantes vão até a escola. Os estudantes são um público alvo importante. A escola não é uma ilha. Está inserida no contexto”, afirmou o professor.
Sobre a evasão, o estudo mostra que o estudante deixa a escola, passa por transtornos, como empregos de baixa renda e desemprego, até entrar na criminalidade. O impacto para a economia, segundo o professor, é que ocorre um desperdício de capital humano atingido pela violência. “A mão de obra fica menos qualificada. Fica difícil atingir o desenvolvimento econômico dessa forma” , disse Teixeira.
O bullying não faz parte do levantamento, já que não há pergunta específica sobre isso às escolas participantes da avaliação dos estudantes. "O que os diretores reportam no questionário é se tem violência, não tem menção ao bullying", afirmou o professor.
A conclusão do estudo é que escolas com nível alto de violência precisam de "coerção" da polícia a curto prazo, para que os criminosos sejam coibidos de agir. Em longo prazo, é preciso um trabalho com alunos, com a inserção de atividades culturais e lazer e com o incentivo à participação dos pais na escola.
Casos estão concentrados em regiões dominadas pelo tráfico.
Fernanda Nogueira
Do G1, em São Paulo
Professor de economia, Evandro Camargos Teixeira, autor da tese (Foto: Arquivo pessoal)Uma tese de doutorado defendida na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que a violência diminui a probabilidade de estudantes terem bom rendimento na escola. A mesma pesquisa mostra que a evasão escolar aumenta a criminalidade.
O estudo, do professor de economia Evando Camargos Teixeira, que leciona na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), usa dados da avaliação de português e matemática da Secretaria da Educação de São Paulo de 2007. Os cálculos foram feitos com base nas notas dos estudantes da 4ª série (5º ano), 6ª série (7º ano), 8ª série (9º ano) do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio.
Veja probabilidade de estudante de escola violenta ter mau desempenho em provas, em escala de 0 a 1%
Matemática
Português
4ª série
0,42% 0,14%
6ª série
0,19% 0,06%
8ª série
0,89% 0,05%
3º ano
0,54% 0,03%
Segundo a tese, que contou com a orientação da professora Ana Lúcia Kassouf, o estudo de matemática é mais afetado que o de português. O pesquisador considerou as caracaterísticas individuais dos alunos como sexo, cor, renda domiciliar e escolaridade dos pais, e as características da escola, incluindo infra-estrutura, formação dos professores e violência.
Em uma escala de 0 a 1, chega a 0,89% a probabilidade de alunos da 8ª série terem mau rendimento em matemática. Em português, é de 0,05% para a mesma série. “Percebi que talvez a exigência de raciocínio lógico em matemática seja maior”, disse Teixeira. Além disso, a correção das provas é mais objetiva nessa disciplina do que em português.
Essas escolas ficam, principalmente, em regiões “mais conturbadas” de nível per capita menor, inseridas em locais em que o tráfico domina a vizinhança. Alguns dos fatores que ajudam a levar ao mau rendimento nessas escolas são a rotatividade de professores, as faltas dos próprios alunos e a dificuldade de concentração dos estudantes, segundo Teixeira.
Há uma associação forte entre a violência dessas escolas e o tráfico, mostra o estudo. “Os traficantes vão até a escola. Os estudantes são um público alvo importante. A escola não é uma ilha. Está inserida no contexto”, afirmou o professor.
Sobre a evasão, o estudo mostra que o estudante deixa a escola, passa por transtornos, como empregos de baixa renda e desemprego, até entrar na criminalidade. O impacto para a economia, segundo o professor, é que ocorre um desperdício de capital humano atingido pela violência. “A mão de obra fica menos qualificada. Fica difícil atingir o desenvolvimento econômico dessa forma” , disse Teixeira.
O bullying não faz parte do levantamento, já que não há pergunta específica sobre isso às escolas participantes da avaliação dos estudantes. "O que os diretores reportam no questionário é se tem violência, não tem menção ao bullying", afirmou o professor.
A conclusão do estudo é que escolas com nível alto de violência precisam de "coerção" da polícia a curto prazo, para que os criminosos sejam coibidos de agir. Em longo prazo, é preciso um trabalho com alunos, com a inserção de atividades culturais e lazer e com o incentivo à participação dos pais na escola.
Real obrigação da escola é promover aprendizado dos alunos
Foco deve ser o ensino e não uma boa colocação no Enem.
Proposta e prática pedagógicas devem ser motivo de autoanálise.
Ana Cássia Maturano
Especial para o G1, em São Paulo
Tempos atrás, ter um filho com dificuldades para aprender era algo bastante desconfortante. Pairava no ar a dúvida sobre ele ser ou não inteligente. Havia, como ainda existe hoje, testes de inteligência que mediam o QI (quociente intelectual). De maneira onipotente, diziam e prediziam qual era a capacidade da criança. Pouco ou nada ajudavam, principalmente aquelas que apresentavam um baixo desempenho.
Para as consideradas pouco capazes, o lugar reservado era o do fracasso, com um futuro não muito promissor. Isso ainda deve acontecer. Porém, com os avanços em diferentes áreas como a pedagogia, psicologia, neurologia, sociologia e outras mais, as coisas mudaram.
Sabe-se, por exemplo, que aprender vai além de se ter um bom potencial intelectual. É necessário que haja condições emocionais. Para a aprendizagem escolar, é de suma importância uma pedagogia competente, que realmente promova o aprendizado.
Os avanços ocorreram não só na maneira de se compreender o aprender, mas também na criação de condições favoráveis para que aqueles que não conseguem se desenvolver na escola consigam caminhar. Há vários recursos para dar suporte a essas crianças e adolescentes. Existem as tradicionais aulas particulares (institucionalizadas nos dias de hoje) e os reforços escolares, terapia psicopedagógica ou psicológica, remédios para se prestar mais atenção às aulas e algumas outras coisas.
Aceitar o 'diferente' é prova do amadurecimento da sociedade São tantas as possibilidades oferecidas fora da escola, que ela anda se esquecendo de sua real obrigação – propiciar o aprendizado de seus alunos. A impressão que dá é que ela está terceirizando isso para outros profissionais, como os psicopedagogos e professores particulares – ou até a uma equipe deles. O aluno que não acompanha suas exigências e planejamento é rotulado com problema e dificuldade.
Além disso, observa-se que vários alunos com bom desempenho escolar têm apresentado um rendimento abaixo de seu perfil. Algo cada vez mais comum. A sensação descrita pelos pais e crianças é que a escola parece estar apertando o cerco em suas exigências.
Colocação no Enem
Em algumas delas, esse fenômeno tem ocorrido por causa das notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Principalmente, quando caíram de posição, de um ano para outro, no ranking das escolas. Apavoraram-se e foram cobradas pelos pais dos alunos. Descontaram neles possíveis problemas pedagógicos que qualquer colégio pode ter.
Uma instituição de ensino tem que mirar em seus alunos para que possa ajudá-los na aprendizagem formal e não usá-los simplesmente para conseguirem uma boa colocação numa prova. Isso será resultado de seu trabalho em conjunto com os estudantes. Não basta cobrar deles. Ela tem que se autoanalisar e ver onde está a precariedade de sua proposta e prática pedagógicas.
Infelizmente, ainda vemos muitas escolas se colocarem numa posição em que têm que ser alcançadas pelos alunos. Em verdade, esquecem-se que elas é que precisam alcançá-los. Por isso, tanta necessidade desses especialistas ficarem orbitando em volta delas. Será que há tanta necessidade deles?
Se há, é porque as escolas não estão fazendo aquilo que deveriam – ensinar ou propiciar a aprendizagem de seus alunos. Elas precisam rever para que servem e a que se prestam: ensiná-los ou apenas ter uma classificação no Enem.
(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)
Proposta e prática pedagógicas devem ser motivo de autoanálise.
Ana Cássia Maturano
Especial para o G1, em São Paulo
Tempos atrás, ter um filho com dificuldades para aprender era algo bastante desconfortante. Pairava no ar a dúvida sobre ele ser ou não inteligente. Havia, como ainda existe hoje, testes de inteligência que mediam o QI (quociente intelectual). De maneira onipotente, diziam e prediziam qual era a capacidade da criança. Pouco ou nada ajudavam, principalmente aquelas que apresentavam um baixo desempenho.
Para as consideradas pouco capazes, o lugar reservado era o do fracasso, com um futuro não muito promissor. Isso ainda deve acontecer. Porém, com os avanços em diferentes áreas como a pedagogia, psicologia, neurologia, sociologia e outras mais, as coisas mudaram.
Sabe-se, por exemplo, que aprender vai além de se ter um bom potencial intelectual. É necessário que haja condições emocionais. Para a aprendizagem escolar, é de suma importância uma pedagogia competente, que realmente promova o aprendizado.
Os avanços ocorreram não só na maneira de se compreender o aprender, mas também na criação de condições favoráveis para que aqueles que não conseguem se desenvolver na escola consigam caminhar. Há vários recursos para dar suporte a essas crianças e adolescentes. Existem as tradicionais aulas particulares (institucionalizadas nos dias de hoje) e os reforços escolares, terapia psicopedagógica ou psicológica, remédios para se prestar mais atenção às aulas e algumas outras coisas.
Aceitar o 'diferente' é prova do amadurecimento da sociedade São tantas as possibilidades oferecidas fora da escola, que ela anda se esquecendo de sua real obrigação – propiciar o aprendizado de seus alunos. A impressão que dá é que ela está terceirizando isso para outros profissionais, como os psicopedagogos e professores particulares – ou até a uma equipe deles. O aluno que não acompanha suas exigências e planejamento é rotulado com problema e dificuldade.
Além disso, observa-se que vários alunos com bom desempenho escolar têm apresentado um rendimento abaixo de seu perfil. Algo cada vez mais comum. A sensação descrita pelos pais e crianças é que a escola parece estar apertando o cerco em suas exigências.
Colocação no Enem
Em algumas delas, esse fenômeno tem ocorrido por causa das notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Principalmente, quando caíram de posição, de um ano para outro, no ranking das escolas. Apavoraram-se e foram cobradas pelos pais dos alunos. Descontaram neles possíveis problemas pedagógicos que qualquer colégio pode ter.
Uma instituição de ensino tem que mirar em seus alunos para que possa ajudá-los na aprendizagem formal e não usá-los simplesmente para conseguirem uma boa colocação numa prova. Isso será resultado de seu trabalho em conjunto com os estudantes. Não basta cobrar deles. Ela tem que se autoanalisar e ver onde está a precariedade de sua proposta e prática pedagógicas.
Infelizmente, ainda vemos muitas escolas se colocarem numa posição em que têm que ser alcançadas pelos alunos. Em verdade, esquecem-se que elas é que precisam alcançá-los. Por isso, tanta necessidade desses especialistas ficarem orbitando em volta delas. Será que há tanta necessidade deles?
Se há, é porque as escolas não estão fazendo aquilo que deveriam – ensinar ou propiciar a aprendizagem de seus alunos. Elas precisam rever para que servem e a que se prestam: ensiná-los ou apenas ter uma classificação no Enem.
(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)
Licenciaturas estão entre os 100 cursos mais procurados entre os jovens
Portal do MEC informa que licenciaturas em Matemática, Química, Física, História, Biologia e Pedagogia estão entre os 100 cursos mais procurados pelos candidatos inscritos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Esses cursos aparecem junto com o grupo de profissões com maior número de inscritos - Engenharias, Direito e Medicina.
Licenciaturas em matemática, química, física, história, biologia e pedagogia estão entre os 100 cursos mais procurados pelos candidatos inscritos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Esses cursos aparecem junto com o grupo de profissões com maior número de inscritos – engenharias, direito e medicina.
O curso de pedagogia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) ocupa a 20ª posição, com 4.733 inscritos; no 34º lugar está o curso de ciências biológicas do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), com 3.489 inscritos; em 45º lugar, o curso de história da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), com 3.086 candidatos. Nesse grupo de cursos também se destacam administração, enfermagem, gestão de turismo, agronomia.
Entre as instituições de ensino superior com maior número de cursos procurados pelos candidatos nesta seleção estão os institutos federais de educação, ciência e tecnologia do Ceará, com nove cursos, e de São Paulo, com sete cursos. Entre as universidades, a Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com oito cursos, e a do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), com seis.
Esta edição do Sistema de Seleção Unificada ofereceu 26.336 vagas em 48 instituições de ensino superior públicas. No período de 15 a 19 deste mês, o Sisu recebeu 849.359 inscrições de 446.508 candidatos. A lista da primeira chamada será divulgada na próxima quarta-feira, 22.
Ionice Lorenzoni
Licenciaturas em matemática, química, física, história, biologia e pedagogia estão entre os 100 cursos mais procurados pelos candidatos inscritos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Esses cursos aparecem junto com o grupo de profissões com maior número de inscritos – engenharias, direito e medicina.
O curso de pedagogia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) ocupa a 20ª posição, com 4.733 inscritos; no 34º lugar está o curso de ciências biológicas do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), com 3.489 inscritos; em 45º lugar, o curso de história da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), com 3.086 candidatos. Nesse grupo de cursos também se destacam administração, enfermagem, gestão de turismo, agronomia.
Entre as instituições de ensino superior com maior número de cursos procurados pelos candidatos nesta seleção estão os institutos federais de educação, ciência e tecnologia do Ceará, com nove cursos, e de São Paulo, com sete cursos. Entre as universidades, a Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com oito cursos, e a do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), com seis.
Esta edição do Sistema de Seleção Unificada ofereceu 26.336 vagas em 48 instituições de ensino superior públicas. No período de 15 a 19 deste mês, o Sisu recebeu 849.359 inscrições de 446.508 candidatos. A lista da primeira chamada será divulgada na próxima quarta-feira, 22.
Ionice Lorenzoni
Professores israelenses desafiam governo e ensinam perdas sofridas por palestinos
Eles alegam que alunos devem conhecer a história da guerra de 1948, quando cerca de 700 mil palestinos perderam suas casas
Guila Flint - BBC BRASIL
Mais de cem professores secundários de Israel estão desafiando instruções do ministério da Educação do país ao ensinar seus alunos sobre as perdas sofridas pelos palestinos em 1948, ano da fundação do Estado de Israel.
Para o professor de História Iddo Felsenthal, os fatos que ocorreram durante a guerra de 1948, na qual cerca de 700 mil palestinos perderam suas casas e tornaram-se refugiados, fazem parte da história do país e devem ser ensinados nas escolas de Israel.
"Criou-se um clima geral de demagogia em Israel, no qual qualquer pessoa que mencione a Nakba (tragédia ou catástrofe, em árabe) dos palestinos é vista como se fosse contra o Estado de Israel. Muitos professores têm medo", disse o professor à BBC Brasil.
O tema da Nakba é um tabu na sociedade israelense, grande parte do público interpreta a própria menção do termo como uma posição contra a própria existência do Estado de Israel.
No entanto, existe um setor significativo da sociedade israelense que aceita iniciativas como o ensino do que ocorreu com os palestinos em 1948. Em geral, os filhos de pessoas com essa posição estudam em escolas seculares e pluralistas.
Anonimato. Vários professores que ensinam a Nakba vêm falando à mídia israelense sobre o assunto em condição de anonimato, pois receiam perder o emprego ou ter sua carreira prejudicada. Para Felsenthal, que leciona em um colégio de Jerusalém, os professores não deveriam se esconder.
"Não estamos fazendo nada de mal, muito pelo contrário. Estamos dando a nossos alunos instrumentos de raciocínio crítico, para que possam entender melhor a história do nosso país e do conflito. Assim os alunos poderão analisar, eles mesmos, as diversas narrativas históricas e formar sua opinião de forma independente", afirmou.
"A identidade de um povo não pode se basear em esquecer, recalcar ou esconder fatos históricos básicos, como a expulsão dos palestinos", acrescentou.
Kit Nakba. De acordo com a versão oficial do governo israelense, em 1948 os palestinos não foram expulsos, mas fugiram, seguindo os chamados dos países árabes.
A ONG israelense Zochrot ("Lembramos", em tradução livre), que se dedica a preservar e divulgar a memória das perdas sofridas pelos palestinos, produziu um "kit Nakba", especialmente para professores interessados em mostrar aos alunos um capítulo da história do país que não é incluído no currículo escolar oficial.
Eitan Bronstein, fundador e diretor da Zochrot, disse à BBC Brasil que o kit já está sendo utilizado por mais de cem professores secundários e que "a demanda pelos kits continua crescendo".
O kit pedagógico, com textos, fotos e um DVD, inclui testemunhos de palestinos que perderam suas propriedades em 1948, mapas e as diversas versões oficiais dos fatos históricos – do governo israelense, da liderança palestina e da ONU.
Aldeias destruídas. Durante a guerra de 1948, à qual Israel chama de Guerra da Independência e os palestinos chamam de Nakba, mais de 400 aldeias palestinas foram destruídas.
"Em todo o país há ruínas das centenas de aldeias que foram destruídas, mas a maioria do público não sabe que havia aldeias palestinas nesses lugares e o que aconteceu com os moradores", afirmou Bronstein.
A ONG já organizou visitas a mais de 50 locais onde no passado havia aldeias palestinas e colocou placas em hebraico, árabe e inglês, com os nomes das aldeias.
No entanto, de acordo com Bronstein, em geral as placas são imediatamente retiradas dos locais.
"Para muitos israelenses é difícil admitir que temos capítulos feios em nossa história", disse. "Mas a única maneira de construir um futuro melhor é, antes de tudo, olhar com coragem para o nosso passado e não tentar negar o que aconteceu aqui em 1948."
"A Nakba não é só a tragédia dos palestinos. Nós, israelenses, também somos vitimas dela, pois desde a fundação do Estado vivemos em guerras, e qualquer cidadão israelense, desde a infância, começa a ser preparado para tornar-se um soldado", acrescentou Bronstein.
Questão espinhosa. O problema dos refugiados, que hoje em dia são cerca de 4,5 milhões de pessoas dispersas em vários países do Oriente Médio, é considerado a questão mais espinhosa do conflito israelense-palestino, e as versões contraditórias sobre o que ocorreu em 1948 alimentam até hoje os discursos dos dois lados.
Em 2009, o ministro da Educação, Gidon Saar, proibiu o ensino da Nakba em escolas árabes-israelenses e mandou recolher livros escolares que incluíam informações sobre a expulsão dos palestinos.
O Ministério da Educação afirmou que "os professores não têm permissão para ensinar conteúdos que não foram autorizados pelo ministério, sejam quais forem os temas".
Segundo o ministério, "os professores que ensinam conteúdos não autorizados agem de forma que contradiz os regulamentos".
Guila Flint - BBC BRASIL
Mais de cem professores secundários de Israel estão desafiando instruções do ministério da Educação do país ao ensinar seus alunos sobre as perdas sofridas pelos palestinos em 1948, ano da fundação do Estado de Israel.
Para o professor de História Iddo Felsenthal, os fatos que ocorreram durante a guerra de 1948, na qual cerca de 700 mil palestinos perderam suas casas e tornaram-se refugiados, fazem parte da história do país e devem ser ensinados nas escolas de Israel.
"Criou-se um clima geral de demagogia em Israel, no qual qualquer pessoa que mencione a Nakba (tragédia ou catástrofe, em árabe) dos palestinos é vista como se fosse contra o Estado de Israel. Muitos professores têm medo", disse o professor à BBC Brasil.
O tema da Nakba é um tabu na sociedade israelense, grande parte do público interpreta a própria menção do termo como uma posição contra a própria existência do Estado de Israel.
No entanto, existe um setor significativo da sociedade israelense que aceita iniciativas como o ensino do que ocorreu com os palestinos em 1948. Em geral, os filhos de pessoas com essa posição estudam em escolas seculares e pluralistas.
Anonimato. Vários professores que ensinam a Nakba vêm falando à mídia israelense sobre o assunto em condição de anonimato, pois receiam perder o emprego ou ter sua carreira prejudicada. Para Felsenthal, que leciona em um colégio de Jerusalém, os professores não deveriam se esconder.
"Não estamos fazendo nada de mal, muito pelo contrário. Estamos dando a nossos alunos instrumentos de raciocínio crítico, para que possam entender melhor a história do nosso país e do conflito. Assim os alunos poderão analisar, eles mesmos, as diversas narrativas históricas e formar sua opinião de forma independente", afirmou.
"A identidade de um povo não pode se basear em esquecer, recalcar ou esconder fatos históricos básicos, como a expulsão dos palestinos", acrescentou.
Kit Nakba. De acordo com a versão oficial do governo israelense, em 1948 os palestinos não foram expulsos, mas fugiram, seguindo os chamados dos países árabes.
A ONG israelense Zochrot ("Lembramos", em tradução livre), que se dedica a preservar e divulgar a memória das perdas sofridas pelos palestinos, produziu um "kit Nakba", especialmente para professores interessados em mostrar aos alunos um capítulo da história do país que não é incluído no currículo escolar oficial.
Eitan Bronstein, fundador e diretor da Zochrot, disse à BBC Brasil que o kit já está sendo utilizado por mais de cem professores secundários e que "a demanda pelos kits continua crescendo".
O kit pedagógico, com textos, fotos e um DVD, inclui testemunhos de palestinos que perderam suas propriedades em 1948, mapas e as diversas versões oficiais dos fatos históricos – do governo israelense, da liderança palestina e da ONU.
Aldeias destruídas. Durante a guerra de 1948, à qual Israel chama de Guerra da Independência e os palestinos chamam de Nakba, mais de 400 aldeias palestinas foram destruídas.
"Em todo o país há ruínas das centenas de aldeias que foram destruídas, mas a maioria do público não sabe que havia aldeias palestinas nesses lugares e o que aconteceu com os moradores", afirmou Bronstein.
A ONG já organizou visitas a mais de 50 locais onde no passado havia aldeias palestinas e colocou placas em hebraico, árabe e inglês, com os nomes das aldeias.
No entanto, de acordo com Bronstein, em geral as placas são imediatamente retiradas dos locais.
"Para muitos israelenses é difícil admitir que temos capítulos feios em nossa história", disse. "Mas a única maneira de construir um futuro melhor é, antes de tudo, olhar com coragem para o nosso passado e não tentar negar o que aconteceu aqui em 1948."
"A Nakba não é só a tragédia dos palestinos. Nós, israelenses, também somos vitimas dela, pois desde a fundação do Estado vivemos em guerras, e qualquer cidadão israelense, desde a infância, começa a ser preparado para tornar-se um soldado", acrescentou Bronstein.
Questão espinhosa. O problema dos refugiados, que hoje em dia são cerca de 4,5 milhões de pessoas dispersas em vários países do Oriente Médio, é considerado a questão mais espinhosa do conflito israelense-palestino, e as versões contraditórias sobre o que ocorreu em 1948 alimentam até hoje os discursos dos dois lados.
Em 2009, o ministro da Educação, Gidon Saar, proibiu o ensino da Nakba em escolas árabes-israelenses e mandou recolher livros escolares que incluíam informações sobre a expulsão dos palestinos.
O Ministério da Educação afirmou que "os professores não têm permissão para ensinar conteúdos que não foram autorizados pelo ministério, sejam quais forem os temas".
Segundo o ministério, "os professores que ensinam conteúdos não autorizados agem de forma que contradiz os regulamentos".
Terremoto e tsunami do Japão podem virar questão de geografia
Lígia Sanches
O desastre causado pelo terremoto de 8,9 graus na escala Richter que atingiu o Japão em março, seguido por tsunamis que devastaram a costa norte do país e causaram um acidente radioativo na usina nuclear de Fukushima, está diretamente relacionado com o conteúdo de Geografia do roteiro de estudos desta semana: a tectônica das placas terrestres. Mas não se esqueça que terremotos com fortes conseqüências também aconteceram recentemente no Haiti e no Chile.
“São fatos da atualidade referentes a um assunto que já é praxe na geografia”, afirma o professor EduardoYuji, do Cursinho Henfil. Ele destaca que, além do aspecto técnico ou natural da geografia – como teoria da deriva continental, distribuição das placas, vulcões e outros – este conteúdo pode aparecer em questões da chamada geografia humana, voltada ao desenvolvimento do homem. “Com o terremoto no Japão, por exemplo, podemos analisar o impacto econômico, os vazamentos radioativos, a contaminação da água, solo, alimentos.”
Vida cotidiana
Se a geografia costuma estudar fatos estrondosos do noticiário, a Física pende para os detalhes da vida cotidiana. Nesta semana, as forças que perpassam nosso dia a dia entram em foco: peso, atrito, elástica e centrípeta.
O coordenador do curso Anglo, prof.Luís Ricardo Arruda, lembra que a força peso – aquela aplicada pela Terra sobre os corpos – é uma presença constante em todas as situações de estudos da física, podendo ser desprezada em raros casos especiais, como a eletricidade. ”Todas essas forças costumam aparecer no vestibular como parte integrante do problema. Quase sempre estão associadas a uma situação em que se pergunta o efeito conjugado de diferentes forças”, explica.
A Matemática deste roteiro mantem a cabeça do estudante em temas do seu entorno, com equações do primeiro e segundo graus e resolução de problemas. São conteúdos básicos para a posterior solução de mais tipos de perguntas, até em outras disciplinas como física, segundo o supervisor de matemática do Anglo, prof. Roberto Jamal. A dica para estudar é resolvendo questões.
Alguns exemplos de equações do primeiro grau que podem aparecer no vestibular, segundo o prof. Jamal:
1. A metade de um número mais ou seu quádruplo excede em 70 o seu número. Qual é esse número?
2. Elisa fez compras em duas lojas. Na primeira, gastou metade do que tinha. Na segunda, gastou a terça do que restou. Se ela ficou com 100 reais, quanto tinha inicialmente?
Para uma equação do segundo grau como 2 x 2 - 5x+8 = 0, o professor Jamal afirma que se pode pedir para calcular a soma das raízes, o produto das raízes, a soma dos inversos das raízes ou a soma dos quadrados das raízes, a soma dos inversos dos quadrados das raízes.
Outra disciplina que nesta semana traz conceitos básicos para perguntas mais complexas é Biologia, com o tema de fisiologia celular. "Organelas, por exemplo, caem no contexto das questões. Algumas organelas se destacam, como complexo de golgi, mitocôndrias (pela energia) e cloropastros, pela função da fotossíntese – estudada posteriormente", afirma o prof. Tony Manzi, do Curso Henfil. Quanto ao estudo do núcleo, é importante diferenciar DNA e RNA, sua constituição.
Em Química, os vestibulares costumam cobrar as diferenças e o que cada modelo atômico - Dalton, Rutherford, Bohr - acrescentou em relação ao anterior. "Rutherford é importante para entender, posteriormente, a parte de ligações químicas, afirma o professor Christian Carbone, do Cursinho Henfil. Ele destaca que este ano é centenário da descoberta do núcleo por Rutherford, fato que pode dar motivo para perguntas, em provas como o Enem.
Chances remotas
O estudo sobre Egito Antigo e Mesopotâmia, na parte de História Geral desta semana, evoca curiosidade e até interesse místico em muita gente. Mas pouco cai no vestibular, segundo Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil, ONG responsável pelo cursinho de mesmo nome. Em exames como Enem e Unesp, que priorizam competências e interdisciplinaridade, os temas podem aparecer em questões de atualidades. Vale lembrar que a Mesopotâmia ocupou a região onde hoje se encontra o Iraque, país de destaque na geopolítica.
E como o vestibular é sempre uma surpresa, Mateus Prado recomenda repassar os pontos principais destes conteúdos. “Tem de saber as características gerais como politeísmo, teocracia, e as exceções, como o monoteísmo dos hebreus, quando no Egito. Sobre a Mesopotâmia, a importância da agricultura e como a civilização se formou em torno dos dois grandes rios, Tigre e Eufrates”.
O conteúdo de História do Brasil desta semana - populações indígenas - tem maior peso nas provas que trabalham interdisciplinaridade. “No Enem, avalia a competência que diz respeito à formação de identidade”, afirma Prado.
Lembre-se que no programa da Fuvest, História da América ganha um apartado especial. Neste caso, vale lembrar os estudos dos incas, astecas e maias. A dica de Mateus Prado é procurar estabelecer a relação com a História do Brasil, como o sistema de mita ou encomenda, para o trabalho dos índios na América Espanhola, diferente da escravidão aplicada em nossas terras.
Um pouco de diversão
O tema de Literatura desse roteiro traz uma das leituras obrigatória da Fuvest e Unicamp: o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Para uns, o fato de ser o primeiro livro da lista, pode significar maior probabilidade de ser lido; para aqueles que escolhem a ordem de leitura por afinidade com título e autor, professores lembram que se trata de uma obra muito engraçada, apesar do distanciamento histórico. Fica a dica de esquecer um pouco a obrigação e embarcar na tônica do autor.
“Sugiro ler uma edição anotada, por questão do vocabulário – devido à época em que foi escrita, muitos termos estão em desuso, dificultando a compreensão. Se puder assistir à peça, melhor ainda”, afirma o supervisor de literatura do Anglo, prof. Dácio Antônio de Castro.
Embora a obra Farsa de Inês Pereira, também de autoria de Gil Vicente, esteja listada em grandes vestibulares, não tem tido incidência nas últimas provas. “Essas duas obras apresentam características representativas do autor, a sátira. Ao ridicularizar modos e costumes da época, faz uma crítica a instituições de seu tempo, com uma intenção até pedagógica”, explica o professor Daniel Perez, coordenador da área de humanas do Curso Henfil.
Para a prova de Gramática, sobre estrutura e formação de palavras, substantivo e adjetivo, o prof. Daniel Perez reforça a ideia de que as provas exigem leitura e interpretação, capacidade de relacionar conhecimentos. “Alguns vestibulares acabam focando a variação da linguagem, no tópico da formação de palavras”, afirma.
O desastre causado pelo terremoto de 8,9 graus na escala Richter que atingiu o Japão em março, seguido por tsunamis que devastaram a costa norte do país e causaram um acidente radioativo na usina nuclear de Fukushima, está diretamente relacionado com o conteúdo de Geografia do roteiro de estudos desta semana: a tectônica das placas terrestres. Mas não se esqueça que terremotos com fortes conseqüências também aconteceram recentemente no Haiti e no Chile.
“São fatos da atualidade referentes a um assunto que já é praxe na geografia”, afirma o professor EduardoYuji, do Cursinho Henfil. Ele destaca que, além do aspecto técnico ou natural da geografia – como teoria da deriva continental, distribuição das placas, vulcões e outros – este conteúdo pode aparecer em questões da chamada geografia humana, voltada ao desenvolvimento do homem. “Com o terremoto no Japão, por exemplo, podemos analisar o impacto econômico, os vazamentos radioativos, a contaminação da água, solo, alimentos.”
Vida cotidiana
Se a geografia costuma estudar fatos estrondosos do noticiário, a Física pende para os detalhes da vida cotidiana. Nesta semana, as forças que perpassam nosso dia a dia entram em foco: peso, atrito, elástica e centrípeta.
O coordenador do curso Anglo, prof.Luís Ricardo Arruda, lembra que a força peso – aquela aplicada pela Terra sobre os corpos – é uma presença constante em todas as situações de estudos da física, podendo ser desprezada em raros casos especiais, como a eletricidade. ”Todas essas forças costumam aparecer no vestibular como parte integrante do problema. Quase sempre estão associadas a uma situação em que se pergunta o efeito conjugado de diferentes forças”, explica.
A Matemática deste roteiro mantem a cabeça do estudante em temas do seu entorno, com equações do primeiro e segundo graus e resolução de problemas. São conteúdos básicos para a posterior solução de mais tipos de perguntas, até em outras disciplinas como física, segundo o supervisor de matemática do Anglo, prof. Roberto Jamal. A dica para estudar é resolvendo questões.
Alguns exemplos de equações do primeiro grau que podem aparecer no vestibular, segundo o prof. Jamal:
1. A metade de um número mais ou seu quádruplo excede em 70 o seu número. Qual é esse número?
2. Elisa fez compras em duas lojas. Na primeira, gastou metade do que tinha. Na segunda, gastou a terça do que restou. Se ela ficou com 100 reais, quanto tinha inicialmente?
Para uma equação do segundo grau como 2 x 2 - 5x+8 = 0, o professor Jamal afirma que se pode pedir para calcular a soma das raízes, o produto das raízes, a soma dos inversos das raízes ou a soma dos quadrados das raízes, a soma dos inversos dos quadrados das raízes.
Outra disciplina que nesta semana traz conceitos básicos para perguntas mais complexas é Biologia, com o tema de fisiologia celular. "Organelas, por exemplo, caem no contexto das questões. Algumas organelas se destacam, como complexo de golgi, mitocôndrias (pela energia) e cloropastros, pela função da fotossíntese – estudada posteriormente", afirma o prof. Tony Manzi, do Curso Henfil. Quanto ao estudo do núcleo, é importante diferenciar DNA e RNA, sua constituição.
Em Química, os vestibulares costumam cobrar as diferenças e o que cada modelo atômico - Dalton, Rutherford, Bohr - acrescentou em relação ao anterior. "Rutherford é importante para entender, posteriormente, a parte de ligações químicas, afirma o professor Christian Carbone, do Cursinho Henfil. Ele destaca que este ano é centenário da descoberta do núcleo por Rutherford, fato que pode dar motivo para perguntas, em provas como o Enem.
Chances remotas
O estudo sobre Egito Antigo e Mesopotâmia, na parte de História Geral desta semana, evoca curiosidade e até interesse místico em muita gente. Mas pouco cai no vestibular, segundo Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil, ONG responsável pelo cursinho de mesmo nome. Em exames como Enem e Unesp, que priorizam competências e interdisciplinaridade, os temas podem aparecer em questões de atualidades. Vale lembrar que a Mesopotâmia ocupou a região onde hoje se encontra o Iraque, país de destaque na geopolítica.
E como o vestibular é sempre uma surpresa, Mateus Prado recomenda repassar os pontos principais destes conteúdos. “Tem de saber as características gerais como politeísmo, teocracia, e as exceções, como o monoteísmo dos hebreus, quando no Egito. Sobre a Mesopotâmia, a importância da agricultura e como a civilização se formou em torno dos dois grandes rios, Tigre e Eufrates”.
O conteúdo de História do Brasil desta semana - populações indígenas - tem maior peso nas provas que trabalham interdisciplinaridade. “No Enem, avalia a competência que diz respeito à formação de identidade”, afirma Prado.
Lembre-se que no programa da Fuvest, História da América ganha um apartado especial. Neste caso, vale lembrar os estudos dos incas, astecas e maias. A dica de Mateus Prado é procurar estabelecer a relação com a História do Brasil, como o sistema de mita ou encomenda, para o trabalho dos índios na América Espanhola, diferente da escravidão aplicada em nossas terras.
Um pouco de diversão
O tema de Literatura desse roteiro traz uma das leituras obrigatória da Fuvest e Unicamp: o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Para uns, o fato de ser o primeiro livro da lista, pode significar maior probabilidade de ser lido; para aqueles que escolhem a ordem de leitura por afinidade com título e autor, professores lembram que se trata de uma obra muito engraçada, apesar do distanciamento histórico. Fica a dica de esquecer um pouco a obrigação e embarcar na tônica do autor.
“Sugiro ler uma edição anotada, por questão do vocabulário – devido à época em que foi escrita, muitos termos estão em desuso, dificultando a compreensão. Se puder assistir à peça, melhor ainda”, afirma o supervisor de literatura do Anglo, prof. Dácio Antônio de Castro.
Embora a obra Farsa de Inês Pereira, também de autoria de Gil Vicente, esteja listada em grandes vestibulares, não tem tido incidência nas últimas provas. “Essas duas obras apresentam características representativas do autor, a sátira. Ao ridicularizar modos e costumes da época, faz uma crítica a instituições de seu tempo, com uma intenção até pedagógica”, explica o professor Daniel Perez, coordenador da área de humanas do Curso Henfil.
Para a prova de Gramática, sobre estrutura e formação de palavras, substantivo e adjetivo, o prof. Daniel Perez reforça a ideia de que as provas exigem leitura e interpretação, capacidade de relacionar conhecimentos. “Alguns vestibulares acabam focando a variação da linguagem, no tópico da formação de palavras”, afirma.
Frio faz municípios de RS e SC paralisarem as aulas
Neve chega a São Joaquim (SC) e faz escolas suspenderem aulas
Os municípios de São José dos Ausentes (RS) e São Joaquim (SC) estão sem aulas nesta segunda-feira (27) em função das baixas temperaturas.
Em São Joaquim, a previsão é de que as aulas sejam retomadas amanhã no período da tarde. Hoje a previsão era de que a máxima atingisse apenas 6ºC. Ontem nevou na cidade, por volta das 21 horas, quando os termômetros marcaram -2,2ºC.
Em São José dos Ausentes, a rede municipal está sem aulas. A estadual está funcionando normalmente, mas a suspensão do transporte escolar pela prefeitura fez com que boa parte dos alunos não comparecesse. A previsão para retomada das atividades é quinta-feira (30).
Os municípios de São José dos Ausentes (RS) e São Joaquim (SC) estão sem aulas nesta segunda-feira (27) em função das baixas temperaturas.
Em São Joaquim, a previsão é de que as aulas sejam retomadas amanhã no período da tarde. Hoje a previsão era de que a máxima atingisse apenas 6ºC. Ontem nevou na cidade, por volta das 21 horas, quando os termômetros marcaram -2,2ºC.
Em São José dos Ausentes, a rede municipal está sem aulas. A estadual está funcionando normalmente, mas a suspensão do transporte escolar pela prefeitura fez com que boa parte dos alunos não comparecesse. A previsão para retomada das atividades é quinta-feira (30).
Estudantes do ProJovem Campo de Nova Guarita se formam em Agroecologia
Estudantes do ProJovem Campo de Nova Guarita se formam em Agroecologia
Dezessete alunos do assentamento Raimundo Vieira, zona rural de Nova Guarita (667 km de Cuiabá), concluíram na última semana o ensino fundamental pela modalidade ProJovem Campo/ Saberes da Terra. Os estudantes deverão receber nos próximos dias os certificados de conclusão do curso expedidos pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Além da conclusão do ensino fundamental, os estudantes receberam formação orientada pelo Instituto Federal de Educação de Mato Grosso (IFMT), para atuarem como técnicos em agroecologia. Ao todo foram dois anos de curso que somaram 2.400 horas aulas que foram ministradas dois dias por semana (sextas-feiras e sábados).
A diretora da Escola Estadual 13 de maio, Rosangela Peccinni Lazaretti que coordenou as atividades no município, informou que do total de horas aula, 1.800 foram em atividades teóricas e 600 em aplicação prática. “Eles estudavam aos finais de semana de modo que as aulas não atrapalhassem o trabalho no assentamento”, contou.
Ao longo do curso, os formandos estudaram as disciplinas do ensino regular voltadas para a realidade local, e com carga horária compatível ao programa. São elas: Ciências Humanas; Ciências da Natureza e Matemáticas; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; e Ciências Agrárias. Os formandos também tiverem aulas de “Sustentabilidade, Economia Solidária, Produção Orgânica e Cooperativismo”, destacou o professor Evandro José Klein, que foi um dos professores do curso.
Ele conta que as aulas eram ministradas na Escola Municipal, Santa Izabel localizada na zona rural, a 5 km da cidade e as aulas práticas no assentamento, distante 35 km da zona urbana. “Para aplicarmos os conhecimentos discutidos em sala de aula desenvolvemos uma plantação de milho, produção de adubo orgânico, tijolos orgânicos, criação de animais, produção de sabão agroecológico”, entre outros.
Avaliação
A formanda Alaides Morais de Souza, destaca que o programa contribuiu para o crescimento educacional e aperfeiçoamento do trabalho realizado por eles na lida com a terra. “As aulas foram importantes para nosso crescimento pessoal e da comunidade. Com os conhecimentos teóricos obtidos e sua aplicação na prática, pudemos aprimorar nosso trabalho do cotidiano. Além disso, tivemos a oportunidade de trocar experiências com colegas e professores”, afirmou.
A estudante diz ainda que juntamente com os demais formandos pretende dar continuidade aos estudos e concluir o ensino básico. “Nossa expectativa é que tenhamos ensino médio nos moldes do programa ProJovem”, disse. A diretora Rosangela informa que os alunos deverão cursar a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) voltada para o ensino médio.
Rosangela Lazaretti informa que o município deseja formar outras duas turmas do ProJovem Campo. “Com as novas inscrições para o programa disponibilizadas este mês pela Seduc, estamos trabalhando para criamos pelo menos mais duas turmas. Nosso município é composto por pequenos agricultores que não tiveram a oportunidade de estudar, mas agora poderão concluir os estudos”, destacou.
Estado
Ao todo 23 municípios de Mato Grosso foram beneficiados com a primeira etapa (2009 a 2011) do programa ProJovem Campo/Saberes da Terra. Cerca de 900 jovens da zona rural, com idades entre 18 a 29 anos estão tendo a oportunidade de concluir o ensino fundamental com recebimento de ajuda de custo bimestral no valor de R$ 100.
O Estado foi um dos primeiros no país a desenvolver, desde 2009, essa modalidade de ensino baseada na pedagogia da alternância. Para implantação da primeira etapa do programa, governo federal e Seduc investiram R$ 5 milhões. Os recursos foram utilizados na contratação dos professores.
Em parceria com o IFMT os professores do programa também participaram de formações específicas e adquiriram o título de especialização em Educação do Campo.
VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT
Dezessete alunos do assentamento Raimundo Vieira, zona rural de Nova Guarita (667 km de Cuiabá), concluíram na última semana o ensino fundamental pela modalidade ProJovem Campo/ Saberes da Terra. Os estudantes deverão receber nos próximos dias os certificados de conclusão do curso expedidos pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Além da conclusão do ensino fundamental, os estudantes receberam formação orientada pelo Instituto Federal de Educação de Mato Grosso (IFMT), para atuarem como técnicos em agroecologia. Ao todo foram dois anos de curso que somaram 2.400 horas aulas que foram ministradas dois dias por semana (sextas-feiras e sábados).
A diretora da Escola Estadual 13 de maio, Rosangela Peccinni Lazaretti que coordenou as atividades no município, informou que do total de horas aula, 1.800 foram em atividades teóricas e 600 em aplicação prática. “Eles estudavam aos finais de semana de modo que as aulas não atrapalhassem o trabalho no assentamento”, contou.
Ao longo do curso, os formandos estudaram as disciplinas do ensino regular voltadas para a realidade local, e com carga horária compatível ao programa. São elas: Ciências Humanas; Ciências da Natureza e Matemáticas; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; e Ciências Agrárias. Os formandos também tiverem aulas de “Sustentabilidade, Economia Solidária, Produção Orgânica e Cooperativismo”, destacou o professor Evandro José Klein, que foi um dos professores do curso.
Ele conta que as aulas eram ministradas na Escola Municipal, Santa Izabel localizada na zona rural, a 5 km da cidade e as aulas práticas no assentamento, distante 35 km da zona urbana. “Para aplicarmos os conhecimentos discutidos em sala de aula desenvolvemos uma plantação de milho, produção de adubo orgânico, tijolos orgânicos, criação de animais, produção de sabão agroecológico”, entre outros.
Avaliação
A formanda Alaides Morais de Souza, destaca que o programa contribuiu para o crescimento educacional e aperfeiçoamento do trabalho realizado por eles na lida com a terra. “As aulas foram importantes para nosso crescimento pessoal e da comunidade. Com os conhecimentos teóricos obtidos e sua aplicação na prática, pudemos aprimorar nosso trabalho do cotidiano. Além disso, tivemos a oportunidade de trocar experiências com colegas e professores”, afirmou.
A estudante diz ainda que juntamente com os demais formandos pretende dar continuidade aos estudos e concluir o ensino básico. “Nossa expectativa é que tenhamos ensino médio nos moldes do programa ProJovem”, disse. A diretora Rosangela informa que os alunos deverão cursar a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) voltada para o ensino médio.
Rosangela Lazaretti informa que o município deseja formar outras duas turmas do ProJovem Campo. “Com as novas inscrições para o programa disponibilizadas este mês pela Seduc, estamos trabalhando para criamos pelo menos mais duas turmas. Nosso município é composto por pequenos agricultores que não tiveram a oportunidade de estudar, mas agora poderão concluir os estudos”, destacou.
Estado
Ao todo 23 municípios de Mato Grosso foram beneficiados com a primeira etapa (2009 a 2011) do programa ProJovem Campo/Saberes da Terra. Cerca de 900 jovens da zona rural, com idades entre 18 a 29 anos estão tendo a oportunidade de concluir o ensino fundamental com recebimento de ajuda de custo bimestral no valor de R$ 100.
O Estado foi um dos primeiros no país a desenvolver, desde 2009, essa modalidade de ensino baseada na pedagogia da alternância. Para implantação da primeira etapa do programa, governo federal e Seduc investiram R$ 5 milhões. Os recursos foram utilizados na contratação dos professores.
Em parceria com o IFMT os professores do programa também participaram de formações específicas e adquiriram o título de especialização em Educação do Campo.
VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT
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