quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Curso técnico é mais valorizado no mercado de trabalho
G1
O profissional especializado em nível técnico é mais valorizado nos setores industriais em função das capacidades desenvolvidas em dois âmbitos fundamentais: o teórico e o prático.
De acordo com Márcio Guerra, gerente-executivo da Unidade de Estudos e Prospectiva da CNI (Confederação Nacional da Indústria), existem carreiras em que a educação técnica é a porta de entrada para o mercado de trabalho:
“Em algumas áreas existe a demanda, mas as empresas não encontram profissionais qualificados. Por exemplo, no segmento da construção civil, edificações ou estrutural, os jovens não têm interesse porque imaginam que o trabalho é braçal e muito duro. No entanto, muitos técnicos atuam na supervisão de equipes”, explica.
A empregabilidade do profissional com formação técnica seguida da graduação, se comparada com aquele que tem somente o ensino superior, é muito maior, já que ele adquire uma compreensão mais apurada dos processos em função da experiência prática e da capacidade de execução.
Os jovens, com 17 ou 18 anos, assim que concluem o curso técnico, também podem conquistar um salário inicial alto, variando de acordo com a área e o estado de atuação. Por exemplo, o valor é de R$ 1.400 para telecomunicações, no Distrito Federal, e R$ 2.100 para técnico em controle de produção, em Pernambuco. Com 10 anos de carreira em telecomunicações, por exemplo, o trabalhador pode chegar a um salário de 5.300 reais.
Ainda segundo o gerente-executivo da CNI, o estudante do ensino técnico é constantemente observado pelas empresas. A Olimpíada do Conhecimento promovida pelo SENAI é a vitrine perfeita para esses jovens. Este ano, durante a 7° edição, 638 estudantes estarão competindo em 54 modalidades, durante os dias 12 e 18 de novembro, em São Paulo.
Paraguai cria primeira academia de língua indígena da América
Terra
O governo do Paraguai informou nesta terça-feira sobre a formação da Academia de Língua Guarani, a primeira deste tipo na América, que articulará a unificação dos critérios sobre o uso deste idioma nacional paraguaio junto ao espanhol.
O titular da Secretaria de Políticas Lingüísticas, Carlos Villagra Marsal, também falou sobre a instauração dessa academia, também chamada de "Ava Ñe''e Rerekuá Pave" em guarani, que estará formada por 15 membros.
Em entrevista uma coletiva na sede de Governo, Marsal exaltou o fato de que pela primeira vez na história da América uma língua indígena, das 2 mil línguas que existiam antes da chegada dos europeus, recebe uma academia, informou a agência pública "IP Paraguai".
Além disso, Marsal também falou que a ideia é que a nova instituição "seja absolutamente independente de toda classe política, assim como qualquer outra academia do mundo". Neste sentido, o titular da Secretaria de Políticas Lingüísticas ressaltou que buscará toda a infraestrutura necessária para assegurar sua autonomia.
O funcionário anunciou que o ato oficial da instauração da nova academia será realizado na próxima quinta-feira na sede de Governo, ocasião na qual o presidente Federico Franco entregará as certificações e uma medalha aos integrantes da nova instituição.
A Academia de Língua Guarani foi promovida através da Lei de Línguas, que foi aprovada em 2010 e que também autorizou a criação da Secretaria de Políticas Lingüísticas, que possui categoria ministerial.
Segundo Marsal, o guarani é a única língua indígena falada por não indígenas e que, atualmente, aproximadamente 92% da população paraguaia utiliza tanto o castelhano como o guarani.
O guarani, língua falada antes da chegada dos espanhóis na América, foi elevado à categoria de idioma oficial na Constituição de 1992, quando, além disso, foi incluída a obrigatoriedade de seu ensino. No entanto, o guarani já figurava na Carta Magna de 1967 como um idioma nacional.
Segundo o último censo nacional, que datado em 1992, mais de 90% dos paraguaios são bilíngües, sendo que 57% da população só se comunicam na língua pré-colombiana. EFE
Sem royalties, não há como investir mais em educação, diz ministro
G1
Dois dias após o governo federal ser derrotado na votação da Câmara que definiu a distribuição dos royalties do petróleo, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira (8), em evento no Palácio do Planalto, que o Executivo irá lutar no Senado para garantir que os recursos obtidos com a exploração do pré-sal sejam encaminhados para um fundo educacional.
Mercadante participou do lançamento do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
Sob os olhares do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o titular da Educação criticou os parlamentares que rejeitaram a proposta do Planalto. Mercadante enfatizou que o parlamento aprovou, por unanimidade, o projeto que determinou a aplicação de 10% do PIB em educação, porém, não assegurou os meios concretos para o governo financiar essa meta.
“A Câmara votou o Plano Nacional de Educação por unanimidade e estabeleceu que, em 10 anos, deveríamos dobrar os investimentos em educação, chegando a 10% do PIB. Mas, até o momento, não temos uma fonte de financiamento capaz de cumprir essa meta audaciosa. Não basta dizer o que tem de ser, tem de saber como a gente chega lá e dar os instrumentos para o governo poder construir essa política”, ressaltou Mercadante durante a cerimônia de lançamento do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
Diante da presidente Dilma Rousseff, o ministro destacou que a chefe tomou uma decisão histórica ao propor que o dinheiro dos royalties do petróleo seja destinado ao fundo da educação. Para Mercadante, esse seria o maior legado que o país poderia deixar para as futuras gerações.
“Não podemos cortar outras áreas, como saúde, segurança, investimentos. O caminho era a riqueza nova que estamos descobrindo e que seria muito relevante, a riqueza dos royalties do petróleo, que é uma riqueza não-renovável. Portanto, as futuras gerações não terão acesso e o melhor legado que a gente poderia deixar é um país plenamente educado, com escolas de primeira qualidade”, disse.
De acordo com o ministro, o governo irá articular a base aliada para tentar modificar o projeto aprovado nesta terça (6) pelos deputados e que garante o repasse dos lucros do petróleo para os estados.
“Para nós, essa luta não acabou. Vamos agora, junto ao Senado, continuar lutando para que os royalties sejam encaminhados para a educação brasileira”, prometeu Mercadante.
Alfabetização
Na tentativa de cumprir as metas do Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação (PDE), a presidente Dilma Rousseff lançou nesta quinta-feira (8), no Palácio do Planalto, um programa direcionado à alfabetização de todas as crianças com até oito anos de idade. Batizado de Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, a iniciativa será capitaneada pelo Ministério da Educação (MEC), mas contará com o apoio dos governos estaduais e municipais.
Segundo o governo federal, o programa terá como objetivo a plena alfabetização de cerca de 8 milhões de crianças que estão matriculadas até o 3º ano do ensino fundamental. O Planalto afirma que já fechou convênio com os 26 estados do país, com o Distrito Federal e com 5.560 prefeituras.
Para estimular as escolas e os professores a se engajar no projeto, o governo prometeu distribuir, no próximo ano, R$ 500 milhões para as instituições educacionais que apresentarem os melhores desempenhos na alfabetização de crianças até oito anos. O dinheiro será repassado na forma de premiações às experiências bem-sucedidas.
Ao aderirem ao pacto, informou o governo federal, os gestores públicos se comprometem a alfabetizar todas as crianças em Língua Portuguesa e em Matemática. Também serão obrigações dos estados e municípios criar avaliações para os estudantes que estão no ciclo de alfabetização, além das que já são realizadas pelo MEC.
Os governos estaduais, contudo, ainda terão de oferecer apoio às prefeituras que tenham aderido ao programa, de modo a viabilizar o cumprimento das metas. As ações públicas voltadas para a alfabetização das crianças com menos de nove anos serão monitoradas pelo MEC por meio de um sistema de gerenciamento, acompanhamento e controle.
Para atingir o compromisso, ressaltou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, uma das principais medidas será a formação continuada de 360 mil professores alfabetizadores, que farão cursos durante dois anos (ênfase em linguagem e matemática) e receberão bolsa para essa capacitação.
Os professores, informou o ministro, poderão realizar os cursos no próprio município de trabalho e sua formação será supervisionada por 18 mil orientadores de estudo, capacitados em 34 universidades públicas brasileiras.
Outras ações do projeto são a distribuição de 26,5 milhões de livros didáticos para as escolas de ensino regular e campo, de 4,6 milhões de dicionários, 10,7 milhões de obras de literatura, 17,3 milhões de livros paradidáticos, além da construção de uma biblioteca em cada sala de alfabetização para incentivar a vivência dos alunos entre os livros.
Para Dilma, educação é caminho para reduzir desigualdade no país
G1
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira (8), durante discurso no lançamento do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, a educação como caminho para reduzir a desigualdade social no país e garantir igualdade de oportunidades para todos os brasileiros. "Nós sabemos sem sombra de dúvidas que um caminho, do ponto de vista de sua perenidade, mais que outros, tem o poder de assegurar o acesso das pessoas a igualdade de oportunidades: é a educação. Igualdade de oportunidades é uma situação em que, em um país, há garantia para todos os cidadãos de acesso a todas oportunidades, seja qual for sua origem, gênero ou raça", afirmou a presidente.
Dilma conversa com alunos de escola pública do Distrito Federal antes da cerimônia do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma conversa com alunos de escola pública do Distrito Federal antes da cerimônia do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
O Pacto Nacional pela Alfabeitzação na Idade Certa é um projeto do governo federal, em pareceria com estados e municípios, para garantir que crianças até os oito anos de idade saibam escrever, ler e interpretar textos simples e dominar as operações matemáticas básicas. Dilma disse que não é possível "ser insensível" ao fato de que, no Brasil, 15% das crianças não tenham esses conhecimentos, o que, na opinião da presidente, dá um caráter emergencial ao pacto.
Ministros e políticos de PT e PMDB participam de jantar com Dilma
"O pacto tem o caráter da urgência das tarefas inadiáveis. Aquela urgência quando não nos conformamos com o fato de que, em média, 15% das crianças de até 8 anos do nosso pais não estão plenamente alfabetizadas. Esse caráter de urgência se soma a um caráter estratégico que temos sobre uma visão de futuro para o país. Sem o pacto, não teremos igualdade efetiva no país."
Segundo o governo federal, o programa terá como objetivo a plena alfabetização de cerca de 8 milhões de crianças que estão matriculadas até o 3º ano do ensino fundamental. O Planalto afirma que já fechou convênio com os 26 estados do país, com o Distrito Federal e com 5.560 prefeituras.
Para estimular as escolas e os professores a se engajarem no projeto, o governo prometeu distribuir, no próximo ano, R$ 500 milhões para as instituições educacionais que apresentarem os melhores desempenhos na alfabetização de crianças até oito anos. O dinheiro será repassado na forma de premiações às experiências bem-sucedidas.
Dilma falou também de outras ações que ela considera estratégicas para o aprimoramento da educação no país. De acordo com a presidente, além da alfabetização na idade certa, o governo vai investir em creches e na educação em período integral.
"Me refiro a essa tríade como uma base de uma nova revolução no nosso país, uma revolução harmoniosa, pacífica, que mudará profundamente nosso paíss nos próximos 10, 15 , 20 anos", disse a presidente.
MT - Universidade do Estado divulga notas da Redação pós-recurso
Da Assessoria/Unemat
A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) divulgou, nesta quarta-feira (07), o resultado das notas de redação após a análise dos recursos do Vestibular Específico e para o Curso de Formação de Oficiais de Polícia Militar e Corpo de Bombeiro (CFO/MT). A consulta individual pode ser feita na página www.unemat/vestibular, digitando o número do CPF e data de nascimento, onde também está disponível a listagem de todos os candidatos.
O resultado final do Vestibular vai ser publicado a partir do dia 14 de novembro. São oferecidas 500 vagas para a Universidade, para turmas de História, Matemática, Química, Comunicação Social, Letras, Administração e Computação. Já o curso de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros disponibiliza 06 vagas e a Polícia Militar, 30.
CFO/MT- A seleção para o CFO/MT compreende ainda avaliação física (TAF), que será feita de 27 a 29 de novembro, psicológica (dia 27/12), médica e odontológica (15/01/2013), entrega dos documentos referentes à investigação social (28/01/2013) e apresentação para ingresso na instituição e matrícula no Curso de Formação de Oficiais, em 06 de fevereiro do próximo ano (para Bombeiros) e 11 de março (para PM).
Aulas com simulador são incluídas no curso de motorista amador
R7
A carga horária teórica obrigatória do curso de formação de motoristas amadores (categoria B) aumentará para 50 horas-aula, com a publicação, nesta quarta-feira (7), de uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito no DOU (Diário Oficial da União).
Para a primeira habilitação, foram incluídas cinco horas-aula no simulador de direção. As autoescolas têm até 30 de junho de 2013 para se adequarem à nova grade.
Os equipamentos usados como simuladores precisam ser homologados pelo Departamento Nacional de Trânsito. Deverão ajudar os motoristas na troca de marchas, partida e a circulação em meio ao tráfego, inclusive em situações de risco, como chuva e neblina.
As aulas no simulador deverão ser realizadas logo após as aulas teóricas e antes do exame teórico.
A nova estrutura curricular só começará a ser exigida das autoescolas e dos motoristas a partir de 1º de julho de 2013. Até lá, quem concluir o curso teórico não precisará passar pelo simulador, embora as autoescolas tenham a opção de antecipar a inclusão do equipamento.
A carga horária para obter habilitação categoria B era 45 horas de aulas teóricas e 20 de aulas práticas.
Professor de biologia explica como acontece a fecundação de gêmeos
G1
O comportamento da sociedade moderna e a sua relação com o nascimento de gêmeos, cada vez mais comum no Brasil e no mundo, são abordados nesta quinta-feira (8), na reportagem de biologia do Projeto Educação. Mas antes de analisar como isso acontece, é preciso entender o que são gêmeos e como eles se formam.
Gêmeos são irmãos que nasceram de uma mesma gestação e que podem ser idênticos ou não. "Pode ser o gêmeo monozigótico e o dizigótico. Quando é formado apenas um zigoto, é o monozigótico. A mulher libera um óvulo e o espermatozóide penetra neste óvulo, são os gêmeos idênticos. Mas tem aqueles gêmeos que é menino e menina ou dois meninos não parecidos; é o gêmeo dizigótico, quando a mulher libera mais de um óvulo durante aquela ovulação. Se a mulher liberou dois óvulos e houver duas fecundações, vão se formar dois zigotos", explica o professor Fernando Beltrão.
É importante saber que uma gravidez só acontece quando um óvulo recebe um espermatozóide. "Vários espermatozóides no mesmo óvulo não formam bebês, formariam um ser anômalo, triplóide, que não desenvolve. Quando acontece o gêmeo é o que a gente chama de poliembrionia, não poliespermia. Poliembrionia é quando eu tenho mais de um embrião, a partir de um zigoto. O gêmeo monozigótico chamamos de poliembrionia", diz o professor.
Podemos dizer que um gêmeo é clone do outro. "Um gêmeo monozigótico é clone do outro, clone perfeito, natural. Essa história de que o homem aprendeu a fazer clone do outro, aprendeu... Mas a natureza sempre fez e fará. O clone natural é o gêmeo monozigótico ou univitelino", comenta Fernando Beltrão.
Afinal, porque esse tipo de gravidez é cada vez mais comum? "A fertilidade diminui a partir de certa idade e esse aumento na infertilidade faz com que muitos casais só resolvam ter filhos quando a mulher já tem mais de 30, 35, 40 anos, e isso dificulta. Às vezes vem o caso da reprodução assistida, que é quando o médico entra para dar uma mãozinha", conta o professor.
A reprodução assistida pode ser feita de três formas: coito programado, a inseminação intra-uterina e a fertilização in vitro, o famoso bebê de proveta. "Pode ser desde ajudar implantando espermatozóide no útero para promover a fecundação natural, estimulando a ovulação através de medicação. Mas também tem o caso do bebê de proveta, que é pegar o espermatozóide do marido, pegar o óvulo da mulher, tirar o óvulo do ovário e no laboratório juntar os dois", informa Beltrão.
"Fertilização in vitro já é um procedimento de alta complexidade. Ela induz também com medicações diferentes e os folículos são aspirados com ultrassom. Pegamos o óvulo, levamos para o laboratório e aí a fecundação ocorre no laboratório, in vitro. Aí depois transferimos os embriões para o útero", acrescenta a médica Gabriella Collier.
A busca cada vez maior por esses métodos de fertilização faz com que o número de nascimentos de gêmeos aumente. "Como vai ser implantado, existe uma possibilidade de não vingar, de não desenvolver dentro do útero, ser rejeitado e sair. Normalmente, implanta dois fica um, implanta três fica um, mas podem ficar dois, podem ficar três. É possível haver gravidez gemelar nesse caso de gêmeos dizigóticos, é bem mais comum isso, por múltipla implantação", conta o professor de biologia.
Estudante de SP assume cargo em associação para cegos nos EUA
G1
Recém-chegado na Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, o estudante paulistano Mauricio Peixoto de Mattos Almeida, de 18 anos, que é deficiente visual, foi eleito vice-presidente do departamento estadual estudantil da Nacional Federation of the Blind (Federação Nacional dos Cegos), em Michigan.
Com mais de 50 mil membros, a Nacional Federation of the Blind possui filiais em todos os estados americanos. Mauricio foi escolhido e nomeado pelos integrantes do conselho. "Sempre gostei de ajudar as pessoas e acho que vai ser uma responsabilidade muito grande, mas acredito que tenho bons projetos e competência [para assumir o cargo]. Quero envolver os alunos porque este é o momento que eu vivo", afirma.
Sempre gostei de ajudar as pessoas e acho que vai ser uma responsabilidade muito grande, mas acredito que tenho bons projetos e competência"
Maurício Almeida,estudante brasileiro
Na universidade, Mauricio pretende integrar os estudantes cegos com os que enxergam. Para ele, precisa haver maior proximidade entre os alunos que cursam disciplinas de educação especial e pretendem trabalhar com pessoas que possuem diversos tipos de deficiência.
A infraestrutura oferecida pela Universidade de Michigan foi um dos motivos que o levou a querer fazer graduação nos Estados Unidos. Mauricio diz que o local está muito bem equipado para estudantes cegos. "Fiquei impressionado. Tem ônibus que fala, farol que fala, as calçadas são padronizadas, e os motoristas de táxis são treinados. Faço tudo de forma independente."
O garoto mora no campus da instituição e seu colega de quarto é um estudante americano. Segundo ele, foi bem recebido por todos. "Todo mundo do prédio é bacana, as pessoas perguntam muito sobre o Brasil, as praias, as mulheres, a cultura e a alimentação." Como é deficiente visual, o estudante teve prioridade na escolha pelo piso térreo para facilitar a locomoção.
Quando fez o application (vestibular americano), Mauricio pensava em cursar ciência da computação, mas, menos de um mês depois da chegada à universidade mudou os planos: vai estudar relações internacionais. "Minha paixão pela tecnologia ainda existe, mas quero ajudar meu povo a crescer e se expandir e acho que a carreira de relações internacionais me abre mais portas."
Limitação visual ocorreu porque aos 6 meses, Maurício teve a retina descolada Limitação visual ocorreu porque aos 6 meses,Maurício teve a retina descolada.
Retina descolada
O estudante perdeu a visão aos 6 meses quando o ar da incubadora descolou sua retina. Desde então, percebe apenas contornos e cores. Se locomove com ajuda de uma bengala, e nos Estados Unidos está participando de um processo para ganhar um cão-guia.
A limitação visual não trouxe restrições à vida de Mauricio que usa a tecnologia como aliada. Ele domina o braile, mas hoje o substituiu pelos softwares que leem textos no computador. O estudante tem uma empresa de hospedagem de sites e rádios na internet. Também coordena a criação de um site que traduz do inglês para português jogos para deficientes visuais na web.
Mauricio aprendeu inglês jogando na internet durante a infância. Mais tarde, se tornou professor voluntário na escola americana onde cursou o ensino médio, em São Paulo. Lá havia um programa para ensinar filhos de funcionários e familiares de alunos. Nunca estudou em escolas especiais. “Sou contra, acho um atraso porque eu tenho de me adaptar à sociedade, não o contrário. A sociedade tem de me dar estrutura, mas a adaptação é minha.”
5 coisas que os pais não deveriam dizer aos filhos
A intenção é boa, mas as consequências nem sempre são as esperadas
Por Andressa Dias
Quando um filho nasce, nasce também nos pais a responsabilidade pela educação dessa criança a fim de dar ao mundo um cidadão correto, honesto, educado e também ter um filho que tenha uma vida boa, tranquila e feliz. Entretanto, infelizmente, quando um filho nasce, os pais não recebem pelo correio um manual de como criar seus filhos.
Sendo assim, a educação da criança se dá por diversas formas e a maneira com o que os pais agem é um misto de intuição e conhecimento adquirido ao longo dos anos e por meio de leituras e relatos de outros pais. Porém, nesse processo, os pais podem acabar fazendo algumas coisas que julgam corretas, mas que podem ter um impacto negativo na educação dos filhos. Listamos aqui algumas frases que alguns pais costumam dizer com boas intenções, mas que tem um resultado negativo, confira.
1 – Você não sabe fazer nada mesmo!
Esse tipo de afirmativa pode ter um impacto muito ruim na autoestima do seu filho. Quando seus próprios pais o diminuem, dizendo que ele não tem talento ou não sabe fazer coisa alguma, isso acaba minando a imagem que o filho tem de si. Isso pode levar à duas consequências: uma boa, quando ele decide ser o melhor em tudo para provar que não é um inútil e outra ruim, quando ele aceita essa imagem de inútil e passa a agir como tal.
Como não é possível adivinhar qual será a consequência, o mais saudável é sempre reconhecer os feitos do seu filho e nunca colocar os defeitos em evidência. Jamais diga que seu filho “não sabe fazer nada”, porque isso, além de cruel é impossível de ser verdade.
2 – Vou embora sem você!
Uma das coisas que os pais precisam é que os filhos acreditem e confiem neles. Sendo assim, afirmar que você vai abandoná-lo é uma forma errônea de tentar convencer o seu filho de ir embora de algum local. Com o tempo ele vai perceber que isso é apenas uma estratégia para fazê-lo ir embora e vai acabar perdendo a confiança no que você diz. Portanto, combine com ele antecipadamente que vocês irão embora a hora que você disser e se você for usar alguma medida para discipliná-lo, prefira usar uma tática mais palpável, sem mentiras ou falsas ameaças.
3 – Peça desculpas agora!
O caminho para a educação de um filho não é força-lo a fazer tudo o que você acredita ser o certo. Na verdade, o ideal é sempre mostrar a ele bons exemplos e encorajá-lo a seguir estes exemplos. Em situações onde a criança faz algo que merece um pedido de desculpas, se o seu filho não fizer, faça-o por ele na tentativa de mostrar qual é o comportamento adequado no momento. Com o tempo, a criança aprende naturalmente qual é a função do pedido de desculpas e incorpora isso no seu dia a dia.
4 – Você não é mais um bebêzinho!
Às vezes pode parecer que seu filho de 8 anos está agindo como se tivesse apenas 3. Isso pode ser um indicador de que ele está passando por problemas e precisa de uma orientação, um guia dos pais para saber como agir naquele momento. Sendo assim, criticá-lo não vai adiantar nada. Uma criança de 8 ou 9 anos não vai entender o que é agir como tal idade. Sendo assim, na hora que você ficar brava porque seu filho está fazendo birra ou manha de criança de 3 anos, pare e respire fundo. Não reaja imediatamente. Pare e pense com calma sobre o que deve ser feito.
5 – Será que vou ter que repetir mil vezes?
É normal para uma criança esquecer algo mesmo que ela tenha que fazer isso todos os dias ou com grande frequência. Por isso, é importante ter muita paciência para repetir novamente sem se exaltar. Uma dica para ajudar a memória do seu filho é investir em jogos que desenvolvam essa habilidade e também criar estratégias divertidas para que ele se lembra de escovar os dentes, fazer a tarefa entre outros compromissos infantis. Lembre-se: se ele esquecer, repita novamente, talvez de uma maneira diferente, mas não desista e não perca a paciência. Muito menos faça o que ele deve fazer.
Bons pais x pais brilhantes – conheça os hábitos que os diferenciam
Veja a análise de um especialista e descubra o que é necessário para se tornar brilhante na arte de educar os filhos
Por Daniela Azevedo
A correria do dia a dia, a necessidade de ter que se dividir entre o trabalho, a casa e a criação dos filhos coloca em cheque o papel de pais e mães que se questionam se estão sabendo criar e educar corretamente os filhos.
Como enfrentar momentos de crise de rebeldia sem ficar procurando entender qual foi o momento em que errou na criação e principalmente sem se culpar? No livro Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, o psiquiatra e cientista Augusto Cury analisa o papel de pais e professores na formação de jovens e cita alguns hábitos que diferenciam bons pais dos pais brilhantes. Veja quais são eles e tornem-se pais brilhantes de filhos inteligentes e felizes.
Bons pais dão presentes, pais brilhantes dão seu próprio ser.
Segundo o autor, esse é o primeiro hábito que diferencia bons pais de pais brilhantes. Enquanto os bons se esforçam para encher os filhos de mimos e presentes tentando, na medida do possível, satisfazer todas as suas vontades materiais, os pais brilhantes vão além e presenteiam os filhos com algo que não se perde nem se deteriora com o tempo, que o dinheiro não compra e que em nenhum momento será esquecido em uma caixa no canto do quarto, eles doam a sua história de vida compartilhando experiências boas e ruins, lágrimas e sorrisos que contribuirão com o desenvolvimento da auto-estima, da emoção e da capacidade dos filhos de lidar com perdas e frustrações.
Permitir que os filhos conheçam intimamente os pais, seus medos e até suas fraquezas é uma maneira de trabalhar a emoção dos filhos e se permitir ser visto não como o heroi que eles idealizam e muitas vezes se frustram, mas como um ser humano, um igual. Através do estímulo da intimidade, cria-se entre pais e filhos uma relação de cumplicidade que faz com que um penetre e conheça o mundo do outro fortalecendo vínculos e a admiracão mútua.
Tão importante quanto falar é ser coerente com as atitudes, pois falar para os filhos de compreensão e ter atitudes agressivas, pode gerar uma grande confusão na cabeça deles.
Bons pais nutrem o corpo, pais brilhantes nutrem a personalidade.
De acordo com Cury, os bons pais se preocupam em dar aos filhos uma alimentação saudável, em controlar hábitos de higiene e principalmente com a qualidade dos estudos, como meio para obter bons empregos e condições financeiras, já os pais brilhantes se preocupam com a inteligência, higiene e saúde psicológica dos filhos. Para ele, alimentar a emoção e a inteligência dos filhos é fundamental para desenvolver segurança, coragem, espírito de liderança, otimismo, superar medos e prevenir conflitos.
Os filhos dos pais brilhantes são dotados de postura crítica que os habilita a estarem sempre prontos para enfrentar o mundo e os conflitos por ele impostos com segurança, força e liberdade de escolha.
Bons pai corrigem erros, pais brilhantes ensinam a pensar.
Cury afirma que incentivar os filhos a refletirem sobre os seus erros é muito mais eficiente do que qualquer sermão ou crítica, por mais construtiva que ela seja. Os filhos já conhecem os pais e quando cometem erros, conseguem até imaginar as palavras que serão utilizadas por eles na hora da bronca, o que o faz com que eles se fechem e criam uma capa de resistência para críticas e agressões que, no final das contas, não surtem outro efeito se não a mágoa.
Os pais brilhantes surpreendem os filhos com criatividade e conquistam primeiro o território da emoção, o que os faz conquistarem a atenção, o respeito e a admiração. A cada vez que o erro se repetir, a reação deve ser diferente para que ele possa analisar o próprio erro de uma nova maneira. Quando eles estiverem esperando uma reação agressiva, surpreenda-o com uma atitude totalmente racional, assim eles perceberão os pais de uma maneira totalmente diferente, o que fará com que desenvolvam a consciência crítica, a habilidade de pensar antes de agir, a fidelidade, a honestidade, a responsabilidade e se tornem questionadores.
Em vez de apontar os erros dos seus filhos, questione-os sobre o que acham do próprio comportamento.
Bons pais preparam os filhos para os aplausos, pais brilhantes preparam os filhos para os fracassos.
Educar a sensibilidade preparando os filhos para enfrentarem suas derrotas, para Cury é mais importante que prepará-los para o sucesso.
É óbvio que o bom desempenho nos estudos, o sucesso profissional e ter bons relacionamentos sociais são fatores importantes na vida de qualquer pessoa, mas além disso é importante preparar os filhos para o fracasso que, muitas vezes, é mais fácil de se atingir do que o êxito. Quando os filhos aprendem a enfrentar e superar as condições adversas, aí sim estão preparados para chegar com mérito em seu objetivo. Caso contrário, ele poderá ser vencido pela falta de paciência, falta de persistência, falta de ânimo e até pela falta de humildade para reconhecer as próprias falhas.
Reconhecer as próprias falhas e pedir desculpas aos filhos fazem parte do processo de criação e são gestos tão importantes quanto ensiná-los a seguir em frente como meio para desenvolver a motivação, a ousadia, a paciência, a determinação, a capacidade de enfrentar e superar desafios e o faro para criar e aproveitar novas oportunidades.
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Bons pais conversam, pais brilhantes dialogam como amigos.
Para que todos os hábitos citados anteriormente funcionem efetivamente, é necessário que haja o diálogo. Só assim pais e filhos se conhecerão intimimamente, pois o diálogo é a base para qualquer tipo de relação, sobretudo o de amizade. A autoridade o respeito também são conquistadas através do diálogo.
Quanto mais aberto for o diálogo entre pais e filhos, maiores serão os laços de confiança, por isso, dedique menos tempo a TV e a Internet e invista em horas de conversas com os filhos. Falem sobre a vida, sobre problemas, sobre relacionamentos, sobre comportamento, sexo, drogas e rock and roll, mas jamais confunda dialogar com ser condencendente. Exponha sempre o seu ponto de vista, mas deixe espaço para que os seus filhos possam expor o deles sem fazer nenhum tipo de pré-juízo. Fazendo isso, você terá com seu filho uma relação de amizade e estará contribuindo para desenvolver a solidariedade, o otimismo e o companheirismo.
Bons pais dão informações, pais brilhantes contam histórias.
O exemplo dos pais exerce um impressionante efeito na vida dos filhos, mas enquanto os bons dão informações e dados, os pais brilhantes, segundo Cury, envolvem os filhos abusando da criatividade para contar histórias e extrair de coisas simples lições que eles levarão para toda a vida.
Histórias de vida real têm altos e baixos, mas o segredo é colocar encantamento em cada uma dessas passagens, principalmente nas ruins, transformando a dificuldade e a ansiedade em fontes de motivação.
Todos os filhos em algum momento da vida passam por pressões, rejeições e tristezas que os pais, por mais que queiram, não podem evitar, mas compartilhar experiências é a melhor maneira de fazê-los entender que para quase tudo há uma solução.
Seja aberto com os seus filhos, estimule seus sonhos e garanta um amigo para a vida toda contribuindo para o desenvolvimento de sua criatividade, inventivdade, raciocínio e com a habilidade de encontrar soluções para problemas difíceis.
Bons pais dão oportunidades, pais brilhantes nunca desistem.
Tudo aquilo que você ensinou aos seus filhos deve ser primeiramente aprendido por você. A persistência é uma das matérias em que os pais brilhantes são gabaritados. Eles jamais desistem de educar, se esforçam ao máximo para não ceder a chantagens e pressões e são firmes quando precisam definir e impor limites, mas o principal é a habilidade de exercitar a paciência, afinal, ninguém disse que educar seria uma tarefa fácil.
É preciso inteligência e pulso firme para fazer com que os filhos se tornem seres humanos de grande valor e por mais que eles sejam intolerantes e pareçam não ter aprendido nada, se você plantou a semente, cedo ou tarde colherá bons frutos.
A dedicação e a insistência em fazer sempre o melhor para os filhos ajuda a desenvolver neles a motivação, a esperança, a perserverança e a determinação.
Lembre-se sempre que a paciência é uma dávida e que nada deve ser levado ao pé da letra, pois independente do perfil, todos os pais à sua maneira só querem uma coisa: a felicidade dos filhos
4 razões para fugir do sentimento de vingança
Além de efeitos psicológicos, o desejo de vingança pode desencadear efeitos concretos no organismo
Por Fernanda Boito
Vingar-se tem sido um elemento social perturbador desde que o mundo é mundo. Não é à toa que o desejo de vingança tem sido representado pelo homem em obras que vão da mitologia grega, como no mito de Medéia – que mata os próprios filhos para vingar-se do marido traidor; à novela das oito.
No campo da ciência, a vingança é vista pelos psicólogos evolutivos como um comportamento que faz sentido principalmente para animais sociais, que não permitem que seus rivais os considerem fracos e vencidos.
Estudos realizados pela Universidade de Zurique, na Suíça, conforme publicado pela revista VEJA na edição de oito de Agosto de 2012, demonstram que esse desejo ativa a área do córtex relacionada à sensação de recompensa e bem-estar.
Por outro lado, a vingança também pode desencadear ansiedade e depressão e os motivos para fugir dela são inúmeros. Por isso, confira 4 razões para fugir desse sentimento.
1 – Estímulo ao crime
O filósofo Denis Rosenfield assinala que “A vingança é a justiça em estado bruto”. Fazer justiça com as próprias mãos vem desde a lei de talião que “aconselha” a prática do “olho por olho, dente por dente”. No convívio social, a impunidade é o maior estímulo à vingança e, como conseqüência, à violência e ao crime.
2 – Não dá para ser feliz
Quando o principal objetivo de vida passa a ser vingar-se de alguém, o vingador passa a ser tomado pelo ódio, pessimismo e qualquer espécie de sentimento ruim e negativo. Essas sensações vão deixando a pessoa mais dura e fria e o vingador passa a deixar de ver o lado bom das situações e das pessoas. Além disso, o desejo de vingança atrelado a esses sentimentos afasta o vingador do convívio social, levando-o ao isolamento. Por isso, a vingança não deixa as pessoas desfrutarem de momentos felizes e prazerosos.
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3 – Doenças físicas
De acordo com o pesquisador comportamental Ricardo Menezi, o desejo de vingança estimula a produção de hormônios cortisol, adrenalina e noradrenalina os quais possuem relação direta com o estresse e a ansiedade. Desse modo, a vingança eleva os níveis de estresse do vingador, o que pode levá-lo a desenvolver uma série de doenças, como as doenças cardíacas.
4 – Frustração
Dentre os motivos para fugir da vingança, está também o forte sentimento de frustração desencadeado quando a pessoa vingativa analisa seu passado e vê que não fez nada além de planejar e viver uma vingança. Por isso, deixar a vingança de lado é a melhor opção para viver a vida com tranquilidade.
Quando pensar nas estratégias para vingar-se de alguém, considere como plano número um fugir desse sentimento. Quem se agarra à vingança de maneira doentia pode sofrer as conseqüências de problemas físicos e mentais e correr o risco de perder os momentos bons da vida como resultado de uma forte indigestão, depois de comer um prato assim… tão frio.
bem por fora, lhe ajudará a brilhar por dentro.
5 dicas para ter uma atitude positiva no trabalho
Confira sugestões que vão ajudá-la a encarar o cotidiano profissional de maneira mais leve
Por Fernanda Boito
Sua carreira nos negócios vai bem e você se considera uma mulher de sucesso. Por outro lado, o cotidiano profissional parece estar se tornando um fardo. A desmotivação, o pessimismo e os velhos hábitos podem ser pequenas armadilhas que impedem que a rotina de trabalho seja mais leve e gratificante.
Por isso, chegou a hora de tomar algumas atitudes para tornar seu dia-a-dia no trabalho mais prazeroso e menos estressante. Confira cinco dicas que vão ajudá-la a ter uma atitude positiva no trabalho.
1 – Melhore a atmosfera do ambiente de trabalho
As conversas negativas podem ser o início de um caos. Reclamar do ambiente do trabalho e falar mal do chefe vão criar um clima de tensão e podem piorar a falta de motivação. Por isso, evite comentários pessimistas e estimule atitudes positivas: sorria, seja bem-humorada e prestativa.
Sempre que puder, encontre com os amigos de trabalho depois do expediente, isso ajuda a criar um relacionamento mais descontraído e alivia o estresse.
2 – Esteja aberta para novas ideias
A estagnação intelectual pode levar à mesmice que resulta em falta de ânimo e desmotivação. Além disso, não estar aberta a novas ideias, pode fechar portas no mercado de trabalho. Não tenha medo de aprender e invista em sua valorização profissional. Por isso, renove-se!
3 – Equilibre trabalho e vida pessoal
Procurar melhorar no trabalho é fundamental, mas tê-lo como única fonte de satisfação e único foco pode ser perigoso e estressante. Dedicar-se totalmente às atividades profissionais pode desapontá-la nos momentos em que alguma coisa vai mal no trabalho.
Por isso, relaxe e seja exigente consigo mesma na medida certa. Certifique-se de fazer pequenas pausas durante o dia para não ficar vidrada e preocupada com os assuntos profissionais e sempre se dedique ao lazer e à família.
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4 – Seja organizada e eleja prioridades
A falta de organização pode ser a causa principal do estresse. Para organizar-se melhor a dica é começar seu dia com um plano. Antes de sair do trabalho no final de cada dia, deixe uma lista das coisas que tem de fazer no dia seguinte, assim, ao chegar sabe exatamente o que tem à sua espera.
Ao redigir essa lista, eleja prioridades, deixe as coisas mais importantes e desgastantes no topo e exclua o que não for necessário. Já dizia o filósofo chinês: “Ao lado da nobre arte de conseguir fazer coisas, existe a nobre arte de deixar as coisas por fazer. A sabedoria da vida consiste em eliminar o que não é essencial”.
5 – Cuide de sua imagem
Vista-se para o sucesso. Uma mulher bem vestida e com a autoestima elevada tende a ser mais confiante e ter atitudes mais positivas. Mesmo que você tenha acordado de mau humor, saia de casa com uma aparência impecável. Sentir-se
5 motivos para não temer a terceira idade
Descubra porque você pode encarar o fato de que todos nós envelhecemos com um sorriso no rosto
Por Andressa Dias
Vive amedrontada com o pensamento de que ficará “velha” em alguns anos e isso atormenta o seu sono? Saiba que não há motivos para isso. A terceira idade é uma fase gostosa da vida e deve ser encarada de forma otimista, afinal se você chegou até essa idade isso é um sinal muito positivo de que sua saúde está indo muito bem. Veja abaixo alguns motivos para ficar feliz a respeito da terceira idade.
1 – Você será mais feliz
Com o passar do tempo, vamos percebendo que muitas coisas que nos preocupavam, nos estressavam, na verdade não mereciam tanto a nossa atenção. Ao atingir a terceira idade, aprende-se a valorizar o que é realmente importante, como momentos especiais em família, aproveitar o tempo da forma que você realmente gosta entre outras coisas.
Essa é a fase da vida onde você se permite mais ser feliz e viver da maneira que sempre quis.
2 – Você saberá tomar decisões melhores
Imagine toda a experiência que se adquire em longos anos de vida e o quanto isso pode ser útil quando se chega a uma determinada idade.
Na terceira idade, tomar decisões se torna um pouco mais fácil porque você já viveu muita coisa e sabe melhor o que você quer para si.
3 – Você não se preocupará tanto com supérfluos
Se durante a juventude manter a beleza era um dos seus objetivos, certamente isso não terá tanta importância na terceira idade. Nessa fase você se preocupará mais em viver uma vida tranquila, feliz, confortável e fazendo coisas que gosta.
4 – Você terá muito tempo disponível
Outro benefício de se chegar à terceira idade é que em geral, nessa fase da vida, tem-se muito tempo livre para fazer o que você realmente gosta e te dá prazer. Na terceira idade você terá tempo para realizar aquele sonho de aprender a fazer algo que nunca teve tempo durante a correria dos anos da juventude. Esse é só mais um dos motivos para você encarar esta fase da vida com olhos mais otimistas.
5 – Os tratamentos estéticos estão mais avançados
Se o seu medo da velhice estava ligado à beleza que vai embora com o passar dos anos, não precisa mais ficar sofrendo por causa disso. A tecnologia e a ciência trazem a cada dia novos tratamentos estéticos que tem permitido manter a jovialidade por mais tempo.
E mesmo se os tratamentos estéticos avançados que temos hoje não existissem, os cuidados com a pele já ajudariam muito e estes nunca devem ser descartados da sua vida. Proteja-se do sol e hidrate sempre a pele para envelhecer com a pele linda.
Como as coisas simples da vida podem te fazer mais feliz
Encontrar a felicidade em pequenos hábitos é uma das tarefas mais gostosas da vida
Por Carolina Werneck
Assistir desenho animado, embaixo das cobertas, em uma manhã chuvosa. Tomar sorvete com quilos e quilos de confeitos coloridos em cima. Ler, finalmente, aquele livro que você comprou e deixou na estante, enquanto aguardava o momento ideal. Ir ao cinema e entupir a garganta com pipoca, assistindo uma comédia bobinha, que não exija demais do cérebro. Todas essas são atividades simples que proporcionam um imenso prazer para quem as realiza.
Mas, se você não tem muito tempo ou dinheiro, qualquer uma dessas atividades já passa a ser uma dor de cabeça a mais. Acontece que focar sua atenção em coisas simples, que não exijam esforço mental ou financeiro e nem necessitem desprendimento de tempo pode ser uma boa maneira de levar a vida com mais otimismo e disposição. Em outras palavras, as coisas simples e gratuitas da vida são uma ótima terapia e podem mesmo te tornar uma pessoa mais feliz.
Mesmo parecendo utópica nos dias atuais, aí vai uma grande verdade: cheiros que lhe são agradáveis, assim como o sorriso das pessoas que você ama e o abraço de velhos conhecidos que não se encontram há tempos, são algumas das receitas de felicidade instantânea que uma pessoa deveria conservar.
Tudo gira em torno de uma prática pouco usada, nesses tempos de estresse e correria. Trata-se de parar o que se está fazendo e dedicar alguns segundos de atenção especial às boas sensações que nos acometem no meio do dia. “Olhar” para esses momentos tem um poder incrivelmente intenso sobre nosso humor; esses curtos segundos em que paramos nosso universo exclusivamente para aproveitar algo bobo que nos faz felizes fazem a diferença no fim da jornada cansativa de trabalho. Esta é a técnica para tomar doses instantâneas de alegria e entusiasmo ao longo do dia. Há, ainda, atividades que custam pouco tempo ou dinheiro, e que também precisam ser cultivadas.
Criando momentos de felicidade
Para que uma atividade seja considerada um momento único de felicidade, é necessário que ela não se repita com frequência exagerada. Para entender como isso funciona, imagine um prato de que você goste muito. Quando tem a oportunidade de saboreá-lo, este é um momento especial, porque você não o faz todos os dias. Se assim fosse, o prato deixaria de ser algo especial para se tornar apenas mais um hábito em sua rotina diária.
Para criar seus próprios momentos de felicidade, tente se lembrar de algo que te traz imenso prazer e que você não faz há tempos. Uma dica é pensar nas lembranças que trazemos desde a infância. O sabor de uma torta que sua avó fazia, por exemplo, ou a sensação de brincar com massinha de modelar. Você vai se surpreender com a quantidade de boas recordações que guarda na memória e, depois, é só tratar de trazer de volta alguns desses costumes para o seu dia a dia.
Dedique-se à agradável tarefa de proporcionar a si mesma, ao menos uma vez por semana, momentos de relaxamento e alegria barata – e fascine-se com os resultados positivos desse hábito no seu humor ao final do dia. Lembre-se de que as coisas simples da vida são mesmo as mais importantes.
Questões com “pegadinhas” marcam primeiro dia do Enem
Estudantes entrevistados em São Paulo acreditam que questões que desafiavam o raciocínio lógico possam ter levado candidatos ao erro
André Carvalho - iG São Paulo
Para a maioria dos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entrevistados pela reportagem do iG em São Paulo, a principal dificuldade na resolução das 90 questões de Ciências Humanas e Ciências da Natureza aplicados na tarde deste sábado (03) foi em relação às temidas pegadinhas.
Klaus Langanke, 18 anos, afirma que só estudou durante o último mês, por conta própria, e que, no geral, achou a prova fácil. A pedra no sapato do estudante, no entanto, foram as questões em que a habilidade lógica era cobrada. Ele cita uma de física sobre a unidade de potência Watts em que ficou confuso entre duas opções, uma em que a resposta era “mais”, outra, “menos”, pois achou que havia dubiedade de sentido na forma como a pergunta foi estruturada e não pela resolução da questão em si. O estudante visa uma vaga em universidades federais no curso de Engenharia.
Opinião parecida foi a do estudante Felipe Montovanni, 18 anos, morador de Pirituba. As pegadinhas para ele estavam em respostas muito parecidas. “Achei a prova tranquila porque estudei bastante, espero que consiga”, desabafa o jovem que presta o exame pela primeira vez em busca de uma vaga no ensino superior no curso de Ciências Contábeis, por meio de bolsas do Prouni.
Depois da prova: acompanhe a correção das questões no iG
Depois de quatro horas
Uma das determinações do Enem dizia que os candidatos só poderiam sair da sala de exames com o Caderno de Questões depois de quatro horas de prova. Adriano Rodrigues, de 33 anos, pôde levar sua apostila para casa. O estudante, que reside no bairro City Jaraguá, busca uma vaga em Engenharia, por meio do ProUni, e só teve dificuldades na área de Ciências da Natureza. "É uma dificuldade minha", minimizou o candidato.
Quem também saiu do local de exame com a prova na mão foi Bruno Ambrósio, de 19 anos. Ele tenta uma vaga, por meio do ProUni, em alguma faculdade de Engenharia Química. O aluno da rede pública de ensino se mostrou preparado, mas lamentou o desconhecimento de algumas questões que caíram na prova. "Tinha coisa ali que eu nunca tinha visto. Isso é um problema das escola públicas", lamentou.
Bruna Rayanne, 18 anos, chegou tarde no local de prova - faltando 15 minutos para o início do exame - e foi uma das últimas a saír. A moradora do bairro da Brasilândia presta o Enem pela segunda vez e almeja uma vaga em veterinária por meio do Prouni. Para ela, a prova "estava fácil".
O Enem também prevê, em suas regras, que os três últimos candidatos a finalizarem a prova tenham que sair juntos da sala de exame. Cibele da Cunha, de 45 anos, terminou a prova 45 minutos antes do final, mas teve de esperar os candidatos retardatários para ir embora. Estudante de Direito na Uninove, busca o ProUni para conseguir uma bolsa de estudos. Sobre o primeiro dia de provas, afirmou que "como estudo Direito, achei fácil". As questões de Química, entretanto, para ela, "foram mais complicadas".
Os candidatos entrevistados prestaram o exame na Universidade Nove de Julho, campus Barra Funda. Eles não apontaram nenhum problema em relação à organização do exame e avaliaram que houve preparo por parte dos fiscais na aplicação das provas, que se encerraram às 17h30 de hoje, horário de Brasília.
Candidatos conferem respostas da primeira prova do Enem no fim do dia. Foto: Bruno Zanardo/Fotoarena
Lista aponta 10 'práticas de corrupção' comuns no dia a dia do brasileiro
Falsificar carteirinha de estudante e furar a fila estão entre atos que brasileiros não consideram corruptos. Dados são de pesquisa realizada pela UFMG e Vox Populi
BBC Brasil
Quase um em cada quatro brasileiros (23%) afirma que dar dinheiro a um guarda para evitar uma multa não chega a ser um ato corrupto, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais e o Instituto Vox Populi. Os números refletem o quanto atitudes ilícitas, como essa, de tão enraizados em parte da sociedade brasileira, acabam sendo encarados como parte do cotidiano.
"Muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção, só levam em conta a corrupção no ambiente público", diz o promotor de Justiça Jairo Cruz Moreira. Ele é coordenador nacional da campanha do Ministério Público "O que você tem a ver com a corrupção", que pretende mostrar como atitudes que muitos consideram normal são, na verdade, um desvirtuamento ético.
Como lida diariamente com o assunto, Moreira ajudou a BBC Brasil a elaborar uma lista de dez atitudes que os brasileiros costumam tomar e que, por vezes, nem percebem que se trata de corrupção. Confira a lista:
- Não dar nota fiscal
- Não declarar Imposto de Renda
- Tentar subornar o guarda para evitar multas
- Falsificar carteirinha de estudante
- Dar/aceitar troco errado
- Roubar TV a cabo
- Furar fila
- Comprar produtos falsificados
- No trabalho, bater ponto pelo colega
- Falsificar assinaturas
"Aceitar essas pequenas corrupções legitima aceitar grandes corrupções", afirma o promotor. "Seguindo esse raciocínio, seria algo como um menino que hoje não vê problema em colar na prova ser mais propenso a, mais pra frente, subornar um guarda sem achar que isso é corrupção."
Segundo a pesquisa da UFMG, 35% dos entrevistados dizem que algumas coisas podem ser um pouco erradas, mas não corruptas, como sonegar impostos quando a taxa é cara demais.
Otimismo
Mas a sondagem também mostra dados positivos, como o fato de 84% dos ouvidos afirmar que, em qualquer situação, existe sempre a chance de a pessoa ser honesta. A psicóloga Lizete Verillo, diretora da ONG Amarribo (representante no Brasil da Transparência Internacional), afirma que em 12 anos trabalhando com ações anti-corrupção ela nunca esteve tão otimista - e justamente por causa dos jovens.
"Quando começamos, havia um distanciamento do jovem em relação à política", diz Lizete. "Aliás, havia pouco engajamento em relação a tudo, queriam saber mais é de festas. A corrupção não dizia respeito a eles." "Há dois anos, venho percebendo uma grande mudança entre os jovens. Estão mais envolvidos, cobrando mais, em diversas áreas, não só da política."
Para Lizete, esse cenário animador foi criado por diversos fatores, especialmente pela explosão das redes sociais, que são extremamente populares entre os jovens e uma ótima maneira de promover a fiscalização e a mobilização. Mas se a internet está ajudando os jovens, na opinião da psicóloga, as escolas estão deixando a desejar na hora de incentivar o engajamento e conscientizá-los sobre a corrupção
"Em geral, a escola é muito omissa. Estão apenas começando nesse assunto, com iniciativas isoladas. O que é uma pena, porque agora, com o mensalão, temos um enorme passo para a conscientização, mas que pouco avança se a educação não seguir junto", diz a diretora. "É preciso ensinar esses jovens a ter ética, transparência e também a exercer cidadania."
Políticos x cidadão comum
Os especialistas concordam que a corrupção do cotidiano acaba sendo alimentada pela corrupção política. Se há impunidade no alto escalão, cria-se, segundo Lizete, um clima para que isso se replique no cotidiano do cidadão comum, com consequências graves.
Isso porque a corrupção prejudica vários níveis da sociedade e cria um ciclo vicioso, caso de uma empresa que não consegue nota fiscal e, assim, não presta contas honestamente.
De acordo com o Ministério Público, a corrupção corrói vários níveis da sociedade, da prestação dos serviços públicos ao desenvolvimento social e econômico do país, e compromete a vida das gerações atuais e futuras.
Tema da redação do Enem surpreende candidatos
Esperando escrever sobre meio ambiente ou corrupção participantes do exame se dividiram sobre o assunto proposto: imigração para o Brasil
Priscila Bessa e Wilson Lima - iG Rio de Janeiro e Brasília
O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado neste fim de semana dividiu opiniões e surpreendeu os candidatos, que esperavam abordagens ligadas ao meio ambiente , à política e à corrupção. Baseados em dois textos sobre a imigração boliviana e haitiana no País, os examinados tiveram que escrever sobre “Movimento imigratório para o Brasil no século 21” e muitos se sentiram pouco preparados para dissertar sobre o assunto.
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"Eu esperava que fosse sobre o mensalão. Não imaginei que fosse algo nesse sentido", disse Carlos Roberto Rattes, de 18 anos, que fez o Enem na PUC-Rio, na zona sul do Rio de Janeiro, para tentar vaga em direito. O candidato afirmou que fez as provas de matemática e português com facilidade, mas deixou a redação para o final. "O primeiro dia foi mais fácil para mim", comentou.
Especial: Acompanhe a cobertura completa do Enem
Correção: Saiba como as redações serão avaliadas
Em Brasília, o estudante Luís Carlos Júnior, de 19 anos, ficou revoltado com o tema da redação. “Eu acreditava que seria um tema mais próximo da minha realidade. Consegui desenvolver meu texto com número de linhas um pouco acima do mínimo. Esperava algo ligado ao mensalão ou até à homofobia. Não, migração”, disse o estudante que prestou Enem pela primeira vez.
A estudante Júlia Abdala, de 16 anos, também prestou o Enem em Brasília pela primeira vez apenas como teste. Julia classificou como surpreendente o tema, embora afirme que conseguiu desenvolvê-lo bem. “Não é algo que a gente está acostumado. Mas consegui fazer um bom texto, na medida do possível”, disse.
Já Deisiane Carvalho, 20 anos, que fez a prova no Rio de Janeiro, ficou satisfeita ao ler o assunto da redação. "Foi a primeira coisa que fiz. Era o meu foco. Fiz a prova até mais rápido que ontem", disse Deisiane, que fez o Enem pela terceira vez e também pretende cursar direito. "Estou mais confiante este ano porque me preparei melhor", explicou.
Primeiro dia:
- 37 candidatos do Enem são desclassificados por postar fotos
- Questões com “pegadinhas” marcam primeiro dia do Enem
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Candidato interessado em disputar uma vaga em turismo no Rio de Janeiro, Jean Pierre Silva, de 18 anos, afirmou ter dificuldade em redação e achou o tema complicado. "Estava dentro dos conhecimentos gerais, mas esperava um assunto mais fácil. Tive uma dificuldade enorme", disse ele, que também se queixou da prova de português. "Os textos eram muito longos. Achei a prova difícil. Matemática me surpreendeu. Achei mais fácil do que pensei que iria ser", comentou.
Priscila Bessa
Danilo Barbosa, 21 anos, se surpreendeu com o tema da redação no Rio de Janeiro
Apesar de ter uma expectativa diferente, Danilo Barbosa, 21 anos, afirmou ter se saído bem. "Esperava que fosse a Rio+20, algo mais atual. Não pensaria nesse tema de imigração nem em sonho. Mas acho que consegui uma boa linha de raciocínio", contou o rapaz, que quer cursar educação física. Danilo sentiu dificuldade em matemática. "É o meu ponto fraco", afirmou.
A maior parte dos estudantes também se queixou do tamanho dos textos da prova de português. "A prova fica longa e cansativa. Requer muita atenção", disse Danilo.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Turma da Mônica entra na luta contra o trabalho infantil e adolescente
por: Iana Chan
Campanha colaborativa também aposta nas redes sociais Apesar de a legislação proibir o trabalho infantil até os 16 anos, 3,6 milhões de crianças brasileiras ainda trabalham nas ruas, nas lavouras ou até mesmo em casa.
Em 2006, o Brasil assumiu o compromisso de eliminar as piores formas de trabalho infantil até 2015 e de erradicar todo o trabalho infantil até 2020.
Porém, nos últimos cinco anos, e, há cinco anos, a taxa de redução do índice de trabalho infantil praticamente estacionou, e o problema tornou-se quase invisível. Por isso o nome da campanha lançada hoje (09), em São Paulo, é
“É da nossa conta!”.
A ideia do Unicef, Organização Internacional do Trabalho e Fundação Telefônica Vivo foi envolver a sociedade para que o tema seja mais discutido e o problema, enfrentado. “A gente precisa falar sobre isso. É um problema também cultural, que só muda com informação”, afirmou Gabriela Bighetti, presidente da Fundação Telefônica.
Os estúdios Maurício de Sousa produziram um gibi especial para informar de maneira acessível. “Estamos falando de crianças sem infância, sem perspectivas, desanimadas. É de doer o coração. Qualquer cidadão normal se sensibiliza com uma situação dessas”, afirmou o cartunista no evento de lançamento da campanha hoje (09), em São Paulo.Os organizadores avaliam que o problema do trabalho infantil está muito ligado à ideia de que o trabalho pode ser bom ou necessário para as crianças. “Costumamos dizer que é melhor estar trabalhando do que na rua.
Não! É melhor estar na escola do que trabalhando”, disse Adriana Alvarenga, Assessora de Comunicação do UNICEF. As pesquisas mostram que crianças que trabalham não conseguem acompanhar a escola e essa defasagem faz com que ela evada da escola, comprometendo seu futuro. “Não é apenas uma questão de deixar de brincar, mas prejudica a Educação e a futura vida profissional desta criança. Está em jogo o que aquela criança gostaria de fazer”, alertou Gabriela Bighetti, Diretora de Ação Social da
Fundação Telefônica.
A campanha é entendida como um primeiro passo para sensibilizar as famílias sobre quão prejudicial o trabalho infantil é para suas crianças. A Fundação Telefônica pleneja fazer parcerias com organizações que
trabalham com crianças em situação de trabalho.
Internet e Redes Sociais
A Fundação Telefônica Vivo aposta na internet a principal maneira de alcançar as pessoas.Os materiais (matérias, vídeos, cartazes) foram pensados para serem compartilhados e estão disponíveis na Rede
Promenino.
Os vídeos da campanha também podem ser vistos no canal de youtube da Rede Pró-menino.Apesar de considerarem importante, apenas 37% dos brasileiros leem para as crianças diariamente por: Equipe do Educar para Crescer Pesquisa realizada pela Fundação Itaú Social em parceria com Datafolha revela que é preciso incentivar a leitura infantil
Ler com os filhos faz a diferença na Educação. (foto: Luciana Prezia) Enquanto 96% dos brasileiros acredita que incentivar crianças de até 5 anos a gostar de ler é importante, apenas 37% têm essa prática no seu cotidiano. Para Márcia Quintino, coordenadora de Mobilização Social da Fundação Itaú, essa discrepância revela que há um espaço a ser preenchido: é preciso convidar os adultos a ler para as crianças.
A leitura traz inúmeros benefícios para as crianças. Os pequenos que leem desde cedo aumentam seu repertório, têm mais senso crítico, ampliam seu vocabulário, têm sua criatividade estimulada e escrevem com mais facilidade. O prêmio Nobel de Economia, James Heckman, mostrou em um estudo que uma criança de 8 anos que recebeu o estímulo para ler domina cerca de 12000 palavras, três vezes mais que outra sem o mesmo incentivo.
O desafio de incentivar a leitura, como lembra Márcia, é de toda a sociedade. Por isso, é importante começar a mudar essas estatísticas dentro de casa, com os pais lendo para seus filhos. “Para a criança, o espaço da lia é privilegiado e a leitura só aumenta a qualidade do tempo que se passa em família”, diz Márcia.
Entre os brasileiros que consideram o incentivo às crianças muito importante, a maioria são mulheres, jovens e possuem mais escolaridade e poder aquisitivo. Para a maior parte dessas pessoas, a leitura é importante
porque contribui com o desenvolvimento intelectual e cultural das crianças. A formação educacional e a criação do hábito de leitura aparecem em segundo lugar entre os benefícios citados pela população.
Márcia acredita que a leitura tem outras vantagens além de trazer mais informação e mais cultura para a criança. “Uma boa leitura, na qual a criança esteja próxima do livro, possa tocá-lo, enxergar a ilustração, sentir a textura das páginas, significa muito mais para a criança”.
O estudo também traz dados sobre a experiência de leitura na infância dos entrevistados. Aproximadamente 60% dos entrevistados não tiveram alguém que costumasse ler livros ou histórias para eles até os cinco anos de idade. Para a maior parte dos 40% que tiveram essa experiência, eram os pais, em especial as mães, que liam as histórias. “Essa pergunta mostra aos entrevistados que é esperado que eles também leiam para os filhos, ou seja, a pesquisa por si só já provoca um efeito educativo”, diz Márcia.
Além da pesquisa, o Programa Itaú Criança lançou uma campanha que pretende estimular a leitura através da doação de 7 milhões de livros infantis. A pesquisa foi realizada em todo o território nacional e ouviu 2074 pessoas em 133 municípios.
Veja mais benefícios da leitura na matéria: “Como ensinar a seu filho que ler é um prazer“.
3,7 milhões de crianças brasileiras estão fora da escola
por: Iana Chan
Relatório da UNICEF mostra que maioria dos alunos fora da escola deveria estar no Ensino Médio3,7 milhões de crianças e jovens em idade escolar estão fora da sala de aula. Dos 3,7 milhões de crianças e adolescentes fora da escola no Brasil, 42% são jovens com idade entre 15 e 17 anos. “Estamos perdendo potenciais talentos aos milhões”, lamenta Gustavo Ioschpe, economista e especialista em Educação.
O relatório da UNICEF publicado hoje confirma a influência das profundas desigualdades regionais, etnorraciais e socioeconômicas no acesso à escola. Foram analisados os perfis de crianças e jovens brasileiros em risco de evasão ou fora da escola para apontar as principais dificuldades e possíveis alternativas.
A questão socioeconômica é muito relevante. 20,4% dos adolescentes de famílias com renda familiar per capita de até ¼ do salário mínimo não frequentam a escola. Quando consideramos renda familiar per capita maior que dois salários mínimos, essa taxa cai para 5,5%.Gustavo Ioschpe avalia que a Educação precisa ser vista como um investimento que gera um ótimo retorno financeiro. Outro relatório da UNESCO mostrou que um ano extra de escolaridade aumenta a renda individual em até 10%. Mas não se trata apenas de uma opção pessoal, é preciso tornar o ensino mais atraente aos jovens. “O modelo de Ensino
Médio brasileiro está defasado”, atesta. Além de investir no ensino técnico profissionalizante, Ioschpe defende a diminuição do número de matérias, hoje “desumano e enfadonho”.Outro dado alarmante é o da quantidade de crianças e adolescentes que trabalham ou cuidam do serviço doméstico para ajudar na renda familiar. O PNAD 2009 mostrou que cerca de 4,3 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estão nessa situação, é quase equivalente à população da Costa Rica. E quando não tira as crianças da escola, o trabalho atrapalha o rendimento das crianças, o que aumenta os níveis de abandono e repetência.
De fato, o fracasso escolar é o principal fator de risco para a permanência das crianças na escola. O abandono e as repetências provocam elevadas taxas de distorção idade-série. 24,2% dos alunos matriculados no Ensino Médio têm dois ou mais anos acima da idade recomendada para a série em que estudam.
Frente ao complexo problema da qualidade de Educação brasileira, Ioschpe avalia que não há mudanças porque não há demanda. “São poucos aqueles mobilizados pela Educação”, constata, “há um enorme incentivo para a inércia”. Para ele, o problema da Educação é que a maioria das pessoas não consegue reconhecer a má qualidade da Educação. “Elas não sabem que têm o direito de receber uma coisa melhor”.
O relatório publicado hoje faz parte da iniciativa global Pelas Crianças Fora da Escola, do UNICEF e Instituto de Estatística da UNESCO (UIS). A iniciativa analisa os dados de 25 países. No Brasil, os dados analisados foram proporcionados pelo PNAD 2009 e a realização ocorre em parceria com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, organização da sociedade civil que luta pela efetivação e ampliação dos direitos educacionais.
Confira alguns dados do relatório, que pode ser visto na íntegra neste link.
Ensino Médio - 14,8% dos adolescentes com idade entre 15 e 17 anos estão fora da escola. São 1,5 milhões de jovens. - 20,4% dos adolescentes de famílias com renda familiar per capita de até ¼ do salário mínimo não frequentam a escola. Quando consideramos renda familiar per capita maior que dois salários mínimos, essa taxa cai para 5,5%.
- 24,2% dos alunos matriculados no Ensino Médio têm dois ou mais anos acima da idade recomendada para a série em que estudam.
Ensino Fundamental
- Enquanto 30,67% das crianças brancas (1,6 milhão) têm idade superior à recomendada nos anos finais do ensino fundamental, entre as crianças negras, a taxa é de 50,43% (3,5 milhões). - 62,02% das crianças de famílias com renda familiar per capita de até ¼ do salário mínimo estão idade superior à recomendada para a série em que estudam. Já nas famílias com renda familiar per capita superior a dois salários mínimos, essa taxa é de 11,52%.
Desigualdades
- 18 em 100 alunos do Norte e Nordeste estão em risco de abandono ou repetência. - A desigualdade econômica também se confirma como fator de risco. Considerando os anos finais do Ensino Fundamental, em famílias com renda per capita de até 1/4 do salário mínimo, 62% das crianças não estão na série adequada a sua idade. Quando a renda familiar per capita é superior a dois salários, essa taxa cai para 11,52%.
Brasil tem hoje menos leitores do que em 2007 por: Equipe do Educar para Crescer Pesquisa do Instituto Pró-Livro também mostrou que a média de livros lidos caiu entre a população brasileira
A pesquisa foi apresentada no II Seminário Retratos da Leitura no Brasil, dia 28 de março, em Brasília. brasileiro lê em média 4 livros por ano. E destes quatro, termina apenas dois. É o que mostrou a terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, encomendada pelo Instituto Pró-Livro. Este número é ainda menor do que o apresentado pela edição anterior da pesquisa, feita em 2007, quando foi constatado que lia-se em média 4,7 livros por ano .
Realizada pelo IBOPE Inteligência, entre junho e julho de 2011, a pesquisa ainda constatou que o índice de leitores no Brasil caiu: a penetração anterior da leitura era de 55% (cerca de 95,6 milhões) e passou para 50% (88,2 milhões) da população com cinco anos de idade ou mais (178 milhões, em 2011). São considerados leitores as pessoas que leram pelo menos um livro nos últimos três meses.
A bíblia permanece em primeiro lugar de preferência dos leitores, seguida por livros didáticos, romances, livros religiosos, contos e literatura infantil, entre outros.O Nordeste despontou como a região de maior penetração dos livros (51%), posição justificada pelo aumento do número de estudantes. Em contrapartida, o Centro-Oeste tem a melhor média de livros lidos por pessoa, com 2,12 exemplares.
Além disso, a pesquisa revelou que o papel do professor e das escolas cresceu no incentivo à leitura (45%), em comparação com a pesquisa de 2007, quando os pais apareceram como os principais motivadores (43%). Ainda assim, a diferença é bem pequena.O fato que não muda em nenhuma edição, no entanto, é o de que a escolaridade, a classe social e o ambiente familiar estão profundamente relacionados com a penetração da leitura e a média de livros. Quanto mais escolarizado ou mais rico é o entrevistado, maior é a penetração da leitura e a média de livros lidos nos últimos 3 meses.
Confira outros dados relevantes da pesquisa:
O poder do exemplo
- O professor ultrapassou a figura da mãe como ator que mais influenciou os leitores a lerem. Os pais estão em terceiro lugar. Além disso, 93% leem em casa, por isso o bom exemplo dos pais diante dos filhos é importante.- 87% dos consideradas não-leitores nunca foram presenteados com livros na infância.
- 88% dos considerados leitores julgaram “importante” ter ganhado livros na influência do gosto pela leitura.
- 63% dos consideradas não-leitores nunca viram a mãe lendo – a porcentagem vai para 68% quando se trata do exemplo paterno.
Bibliotecas
- 75% da população com 5 anos ou mais não usa a biblioteca.- Apesar de 67% dos entrevistados saberem da existência de uma biblioteca pública em sua cidade, apenas 24% deles afirmam frequentá-las e só 12%
usam seu espaço para ler.- 33% dos 164,8 milhões de brasileiros que não frequentam bibliotecas
responderam que nada os faria passar a frequentá-las.
Motivos para não ler
1) Por falta de tempo (citado por 53% dos não-leitores)
2) Por desinteresse/ Não gosta de ler (citado por 30% dos não-leitores)
3) Porque prefiro outras atividades (citado por 21% dos não-leitores)
Outros
- 70% das pessoas que têm livros em casa não emprestam.
- Os quatro livros mais citados pelos leitores: Bíblia, Ágape (Padre Marcelo
Rossi), A Cabana (William P. Young) e Crepúsculo (Stephenie Meyer),
nesta ordem.
Campanha colaborativa também aposta nas redes sociais Apesar de a legislação proibir o trabalho infantil até os 16 anos, 3,6 milhões de crianças brasileiras ainda trabalham nas ruas, nas lavouras ou até mesmo em casa.
Em 2006, o Brasil assumiu o compromisso de eliminar as piores formas de trabalho infantil até 2015 e de erradicar todo o trabalho infantil até 2020.
Porém, nos últimos cinco anos, e, há cinco anos, a taxa de redução do índice de trabalho infantil praticamente estacionou, e o problema tornou-se quase invisível. Por isso o nome da campanha lançada hoje (09), em São Paulo, é
“É da nossa conta!”.
A ideia do Unicef, Organização Internacional do Trabalho e Fundação Telefônica Vivo foi envolver a sociedade para que o tema seja mais discutido e o problema, enfrentado. “A gente precisa falar sobre isso. É um problema também cultural, que só muda com informação”, afirmou Gabriela Bighetti, presidente da Fundação Telefônica.
Os estúdios Maurício de Sousa produziram um gibi especial para informar de maneira acessível. “Estamos falando de crianças sem infância, sem perspectivas, desanimadas. É de doer o coração. Qualquer cidadão normal se sensibiliza com uma situação dessas”, afirmou o cartunista no evento de lançamento da campanha hoje (09), em São Paulo.Os organizadores avaliam que o problema do trabalho infantil está muito ligado à ideia de que o trabalho pode ser bom ou necessário para as crianças. “Costumamos dizer que é melhor estar trabalhando do que na rua.
Não! É melhor estar na escola do que trabalhando”, disse Adriana Alvarenga, Assessora de Comunicação do UNICEF. As pesquisas mostram que crianças que trabalham não conseguem acompanhar a escola e essa defasagem faz com que ela evada da escola, comprometendo seu futuro. “Não é apenas uma questão de deixar de brincar, mas prejudica a Educação e a futura vida profissional desta criança. Está em jogo o que aquela criança gostaria de fazer”, alertou Gabriela Bighetti, Diretora de Ação Social da
Fundação Telefônica.
A campanha é entendida como um primeiro passo para sensibilizar as famílias sobre quão prejudicial o trabalho infantil é para suas crianças. A Fundação Telefônica pleneja fazer parcerias com organizações que
trabalham com crianças em situação de trabalho.
Internet e Redes Sociais
A Fundação Telefônica Vivo aposta na internet a principal maneira de alcançar as pessoas.Os materiais (matérias, vídeos, cartazes) foram pensados para serem compartilhados e estão disponíveis na Rede
Promenino.
Os vídeos da campanha também podem ser vistos no canal de youtube da Rede Pró-menino.Apesar de considerarem importante, apenas 37% dos brasileiros leem para as crianças diariamente por: Equipe do Educar para Crescer Pesquisa realizada pela Fundação Itaú Social em parceria com Datafolha revela que é preciso incentivar a leitura infantil
Ler com os filhos faz a diferença na Educação. (foto: Luciana Prezia) Enquanto 96% dos brasileiros acredita que incentivar crianças de até 5 anos a gostar de ler é importante, apenas 37% têm essa prática no seu cotidiano. Para Márcia Quintino, coordenadora de Mobilização Social da Fundação Itaú, essa discrepância revela que há um espaço a ser preenchido: é preciso convidar os adultos a ler para as crianças.
A leitura traz inúmeros benefícios para as crianças. Os pequenos que leem desde cedo aumentam seu repertório, têm mais senso crítico, ampliam seu vocabulário, têm sua criatividade estimulada e escrevem com mais facilidade. O prêmio Nobel de Economia, James Heckman, mostrou em um estudo que uma criança de 8 anos que recebeu o estímulo para ler domina cerca de 12000 palavras, três vezes mais que outra sem o mesmo incentivo.
O desafio de incentivar a leitura, como lembra Márcia, é de toda a sociedade. Por isso, é importante começar a mudar essas estatísticas dentro de casa, com os pais lendo para seus filhos. “Para a criança, o espaço da lia é privilegiado e a leitura só aumenta a qualidade do tempo que se passa em família”, diz Márcia.
Entre os brasileiros que consideram o incentivo às crianças muito importante, a maioria são mulheres, jovens e possuem mais escolaridade e poder aquisitivo. Para a maior parte dessas pessoas, a leitura é importante
porque contribui com o desenvolvimento intelectual e cultural das crianças. A formação educacional e a criação do hábito de leitura aparecem em segundo lugar entre os benefícios citados pela população.
Márcia acredita que a leitura tem outras vantagens além de trazer mais informação e mais cultura para a criança. “Uma boa leitura, na qual a criança esteja próxima do livro, possa tocá-lo, enxergar a ilustração, sentir a textura das páginas, significa muito mais para a criança”.
O estudo também traz dados sobre a experiência de leitura na infância dos entrevistados. Aproximadamente 60% dos entrevistados não tiveram alguém que costumasse ler livros ou histórias para eles até os cinco anos de idade. Para a maior parte dos 40% que tiveram essa experiência, eram os pais, em especial as mães, que liam as histórias. “Essa pergunta mostra aos entrevistados que é esperado que eles também leiam para os filhos, ou seja, a pesquisa por si só já provoca um efeito educativo”, diz Márcia.
Além da pesquisa, o Programa Itaú Criança lançou uma campanha que pretende estimular a leitura através da doação de 7 milhões de livros infantis. A pesquisa foi realizada em todo o território nacional e ouviu 2074 pessoas em 133 municípios.
Veja mais benefícios da leitura na matéria: “Como ensinar a seu filho que ler é um prazer“.
3,7 milhões de crianças brasileiras estão fora da escola
por: Iana Chan
Relatório da UNICEF mostra que maioria dos alunos fora da escola deveria estar no Ensino Médio3,7 milhões de crianças e jovens em idade escolar estão fora da sala de aula. Dos 3,7 milhões de crianças e adolescentes fora da escola no Brasil, 42% são jovens com idade entre 15 e 17 anos. “Estamos perdendo potenciais talentos aos milhões”, lamenta Gustavo Ioschpe, economista e especialista em Educação.
O relatório da UNICEF publicado hoje confirma a influência das profundas desigualdades regionais, etnorraciais e socioeconômicas no acesso à escola. Foram analisados os perfis de crianças e jovens brasileiros em risco de evasão ou fora da escola para apontar as principais dificuldades e possíveis alternativas.
A questão socioeconômica é muito relevante. 20,4% dos adolescentes de famílias com renda familiar per capita de até ¼ do salário mínimo não frequentam a escola. Quando consideramos renda familiar per capita maior que dois salários mínimos, essa taxa cai para 5,5%.Gustavo Ioschpe avalia que a Educação precisa ser vista como um investimento que gera um ótimo retorno financeiro. Outro relatório da UNESCO mostrou que um ano extra de escolaridade aumenta a renda individual em até 10%. Mas não se trata apenas de uma opção pessoal, é preciso tornar o ensino mais atraente aos jovens. “O modelo de Ensino
Médio brasileiro está defasado”, atesta. Além de investir no ensino técnico profissionalizante, Ioschpe defende a diminuição do número de matérias, hoje “desumano e enfadonho”.Outro dado alarmante é o da quantidade de crianças e adolescentes que trabalham ou cuidam do serviço doméstico para ajudar na renda familiar. O PNAD 2009 mostrou que cerca de 4,3 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estão nessa situação, é quase equivalente à população da Costa Rica. E quando não tira as crianças da escola, o trabalho atrapalha o rendimento das crianças, o que aumenta os níveis de abandono e repetência.
De fato, o fracasso escolar é o principal fator de risco para a permanência das crianças na escola. O abandono e as repetências provocam elevadas taxas de distorção idade-série. 24,2% dos alunos matriculados no Ensino Médio têm dois ou mais anos acima da idade recomendada para a série em que estudam.
Frente ao complexo problema da qualidade de Educação brasileira, Ioschpe avalia que não há mudanças porque não há demanda. “São poucos aqueles mobilizados pela Educação”, constata, “há um enorme incentivo para a inércia”. Para ele, o problema da Educação é que a maioria das pessoas não consegue reconhecer a má qualidade da Educação. “Elas não sabem que têm o direito de receber uma coisa melhor”.
O relatório publicado hoje faz parte da iniciativa global Pelas Crianças Fora da Escola, do UNICEF e Instituto de Estatística da UNESCO (UIS). A iniciativa analisa os dados de 25 países. No Brasil, os dados analisados foram proporcionados pelo PNAD 2009 e a realização ocorre em parceria com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, organização da sociedade civil que luta pela efetivação e ampliação dos direitos educacionais.
Confira alguns dados do relatório, que pode ser visto na íntegra neste link.
Ensino Médio - 14,8% dos adolescentes com idade entre 15 e 17 anos estão fora da escola. São 1,5 milhões de jovens. - 20,4% dos adolescentes de famílias com renda familiar per capita de até ¼ do salário mínimo não frequentam a escola. Quando consideramos renda familiar per capita maior que dois salários mínimos, essa taxa cai para 5,5%.
- 24,2% dos alunos matriculados no Ensino Médio têm dois ou mais anos acima da idade recomendada para a série em que estudam.
Ensino Fundamental
- Enquanto 30,67% das crianças brancas (1,6 milhão) têm idade superior à recomendada nos anos finais do ensino fundamental, entre as crianças negras, a taxa é de 50,43% (3,5 milhões). - 62,02% das crianças de famílias com renda familiar per capita de até ¼ do salário mínimo estão idade superior à recomendada para a série em que estudam. Já nas famílias com renda familiar per capita superior a dois salários mínimos, essa taxa é de 11,52%.
Desigualdades
- 18 em 100 alunos do Norte e Nordeste estão em risco de abandono ou repetência. - A desigualdade econômica também se confirma como fator de risco. Considerando os anos finais do Ensino Fundamental, em famílias com renda per capita de até 1/4 do salário mínimo, 62% das crianças não estão na série adequada a sua idade. Quando a renda familiar per capita é superior a dois salários, essa taxa cai para 11,52%.
Brasil tem hoje menos leitores do que em 2007 por: Equipe do Educar para Crescer Pesquisa do Instituto Pró-Livro também mostrou que a média de livros lidos caiu entre a população brasileira
A pesquisa foi apresentada no II Seminário Retratos da Leitura no Brasil, dia 28 de março, em Brasília. brasileiro lê em média 4 livros por ano. E destes quatro, termina apenas dois. É o que mostrou a terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, encomendada pelo Instituto Pró-Livro. Este número é ainda menor do que o apresentado pela edição anterior da pesquisa, feita em 2007, quando foi constatado que lia-se em média 4,7 livros por ano .
Realizada pelo IBOPE Inteligência, entre junho e julho de 2011, a pesquisa ainda constatou que o índice de leitores no Brasil caiu: a penetração anterior da leitura era de 55% (cerca de 95,6 milhões) e passou para 50% (88,2 milhões) da população com cinco anos de idade ou mais (178 milhões, em 2011). São considerados leitores as pessoas que leram pelo menos um livro nos últimos três meses.
A bíblia permanece em primeiro lugar de preferência dos leitores, seguida por livros didáticos, romances, livros religiosos, contos e literatura infantil, entre outros.O Nordeste despontou como a região de maior penetração dos livros (51%), posição justificada pelo aumento do número de estudantes. Em contrapartida, o Centro-Oeste tem a melhor média de livros lidos por pessoa, com 2,12 exemplares.
Além disso, a pesquisa revelou que o papel do professor e das escolas cresceu no incentivo à leitura (45%), em comparação com a pesquisa de 2007, quando os pais apareceram como os principais motivadores (43%). Ainda assim, a diferença é bem pequena.O fato que não muda em nenhuma edição, no entanto, é o de que a escolaridade, a classe social e o ambiente familiar estão profundamente relacionados com a penetração da leitura e a média de livros. Quanto mais escolarizado ou mais rico é o entrevistado, maior é a penetração da leitura e a média de livros lidos nos últimos 3 meses.
Confira outros dados relevantes da pesquisa:
O poder do exemplo
- O professor ultrapassou a figura da mãe como ator que mais influenciou os leitores a lerem. Os pais estão em terceiro lugar. Além disso, 93% leem em casa, por isso o bom exemplo dos pais diante dos filhos é importante.- 87% dos consideradas não-leitores nunca foram presenteados com livros na infância.
- 88% dos considerados leitores julgaram “importante” ter ganhado livros na influência do gosto pela leitura.
- 63% dos consideradas não-leitores nunca viram a mãe lendo – a porcentagem vai para 68% quando se trata do exemplo paterno.
Bibliotecas
- 75% da população com 5 anos ou mais não usa a biblioteca.- Apesar de 67% dos entrevistados saberem da existência de uma biblioteca pública em sua cidade, apenas 24% deles afirmam frequentá-las e só 12%
usam seu espaço para ler.- 33% dos 164,8 milhões de brasileiros que não frequentam bibliotecas
responderam que nada os faria passar a frequentá-las.
Motivos para não ler
1) Por falta de tempo (citado por 53% dos não-leitores)
2) Por desinteresse/ Não gosta de ler (citado por 30% dos não-leitores)
3) Porque prefiro outras atividades (citado por 21% dos não-leitores)
Outros
- 70% das pessoas que têm livros em casa não emprestam.
- Os quatro livros mais citados pelos leitores: Bíblia, Ágape (Padre Marcelo
Rossi), A Cabana (William P. Young) e Crepúsculo (Stephenie Meyer),
nesta ordem.
Avaliação Escolar: um erro histórico
Ellen Cristina de Paula Ortiz*
O “Ratio Studiorum” foi implementado nas escolas jesuítas há mais de 400 anos como reação a possível expansão do protestantismo. Este rigoroso método de ensino ditava todas as regras, como a administração escolar, as formas de avaliação, o comportamento de cada componente da “hierarquia”... , ou seja, de que forma cada um deveria “respirar” para garantir a sarcástica obediência tão defendida por Inácio de Loyola. Imaginem que neste documento constava até o modo de como os alunos deveriam permanecer durante as provas! Triste é saber que séculos depois, este modelo continua a comandar o ensino brasileiro.
Como pode um aluno que obtém nota 5.0 de média ser considerado mais apto a prosseguir com seu curso do que o aluno que fechou sua média com 4.5, tendo este que cursar toda disciplina novamente? A diferença entre um aluno apto e o não apto resume-se a meio ponto. Creio que meu raciocínio não corresponde as operações básicas da matemática!
Adotar um método de repressão no século XVI era normal tendo em vista todos os aspectos históricos da época, mas em pleno século XXI, continuar a tratar a Educação como uma fábrica de baús (onde você passa como matéria prima por vários setores até chegar no formato final – “sem nada útil por dentro”) é inadmissível.
Evoluímos em muitos aspectos, principalmente no formato de discussão sobre a Educação, porém, a avaliação é o ponto mais fraco do ensino brasileiro. Talvez ela ainda sirva com o intuito de “miopisar” , como diria Paulo Freire, distorcendo o foco, dificultando nossa “visão”.
O compositor Johann Sebastian Bach adaptava suas aulas ao ritmo do aprendiz, incentivando principalmente a criatividade. Provavelmente sua dedicação era devido o grande amor que tinha pela música. Talvez seja esta a solução que trará verdadeiros resultados – o amor dos professores pela sua vocação. Quem sabe um dia os docentes denominados técnicos sejam extintos para que finalmente a avaliação deixe de priorizar os aspectos quantitativos dando lugar para os qualitativos, levando em consideração as características de cada aluno e estabelecendo parâmetros que propiciem a verdadeira cidadania.
Página mantida por Jorge Luiz Kimieck
É utopia, na sociedade materialista e dominante, tentar manter etnias indígenas afastadas da cobiça pelo “vil metal”
Índio também aprecia os bens que o dinheiro pode comprar
CONFLITO NO TELES PIRES
Por Mário Marques de Almeida
Quando grupos empresariais, pequenos, médios ou grandes, tanto de Mato Grosso como de outros estados e até do Exterior, já estão explorando recursos minerais por todo o território nacional (ou têm requerimentos junto ao DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral -, órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia, solicitando autorização para explorar jazidas minerais), é utopia querer manter etnias indígenas alienadas desse processo econômico, sobretudo em pleno sistema capitalista.
Especialmente por se saber que o subsolo de terras pertencentes às reservas dessas tribos faz parte de uma vasta e rica província mineral, notadamente as áreas que se encontram em solo mato-grossense, bem assim as que estão espalhadas pela Amazônia.
E tem mais: lavras que estão funcionando ou requeridas em regiões vizinhas ou semelhantes às habitadas por silvícolas, gerando um forte e injusto contraste entre a riqueza de uns em detrimento daqueles que a sociedade dominante quer impor a eles uma vida de dependência de cestas básicas da Funai, xaropes contra a tosse e lombrigueiros!
É no mínimo romantismo querer, diante dos incessantes apelos da sociedade de consumo, manter os índios isolados da cobiça pelo “vil metal”, mais ou menos como quem se comporta na postura idiota de ter que “segurar cabras para os bodes mamarem...”
Obviamente, o recurso ao ditado famoso e de conotação pejorativa é utilizado acima pelo autor destas linhas, como metáfora no intuito de mostrar o quão utópica é a decisão de querer que etnias, que convivem estreitamente com a civilização materialista, sejam eternamente guardiãs dessas riquezas, que, mais cedo ou mais tarde, serão exploradas por outros grupos e “tribos” que não os formados pelos próprios índios!
Diante dessa situação, o melhor seria as autoridades responsáveis saírem da posição de quem não quer enxergar a realidade e apressarem o processo de inclusão desses verdadeiros e primitivos donos das terras no modo de vida da maioria da população do país. Respeitando-se, obviamente, suas crenças e tradições.
Não temos a receita pronta para encaminhar a solução deste que já se tornou um impasse social e étnico grave, mas uma providência, a nosso ver, que seria possível de ser tomada é o governo orientar a formação de cooperativas exclusivas das tribos cujas terras podem ser exploradas economicamente.
Organizações dotadas de técnicas e gerenciamento para que a extração mineral ou de outros recursos naturais seja feita com o mínimo de impacto ambiental negativo. E os lucros dessa atividade, ao invés de irem em grande parte para o crime “crime organizado” e a especulação financeira, sejam revertidos integralmente para melhorar o padrão de vida das etnias, que vivem no limbo do subcapitalismo e, inclusive, sendo indiciadas criminalmente.
A exemplo do que ocorreu em recente conflito entre índios Munduruku e agentes da Polícia Federal, durante operação para destruir garimpos ilegais e clandestinos localizados na reserva da tribo, às margens do rio Teles Pires e na divisa entre Mato Grosso e o Pará.
Para evitar que a tensão persista e outros episódios lamentáveis venham a acontecer, a saída pode ser a legalização desses garimpos.
Afinal por que outros podem garimpar e os índios, não?!
Mário Marques de Almeida é jornalista. www.paginaunica.com.br
E-mail: mario@paginaunica.com.br
Responsabilidade, necessidade, ética
Domingos Sávio Bruno
Todos os atos humanos têm uma dimensão universal. Se levasse em conta o bem-estar do próximo, bom seria. Mas não é assim sempre. A realidade atual é muito complexa, e ainda no plano material muito interligada. É necessária uma reflexão sobre o tema, um exame de consciência por “pessoas” cultas e inteligentes. E a disseminação dos resultados. As populações crescem demasiadamente e bem interligadas, não podendo deixar de considerar os interesses dos outros. Os “DEISTAS” reconhecem que a devoção a DEUS também deve ser complementada com a devoção ao bem estar de todos em sua volta e no geral.
Todavia, mesmo em nossos tempos, ainda existe quem negligencie tais conceitos. E quando se negligencia o bem estar dos outros, ignora-se a dimensão universal dos seus atos. Daí começa a sobreposição dos interesses particulares aos interesses dos outros. Chegando a ponto de se romper com a ética e a moral pelo efeito do bem estar particular.
Fazendo uma breve avaliação, a ética e a necessidade podem ter a mesma reação para vencer a disposição que se tem de negligenciar direitos e indigências alheias. Não distinguindo entre ATEU e o “DEISTA”. Para sobrepujar essa disposição de ignorar os direitos dos outros, é necessário lembrar-se de si próprio. E, que todos são iguais e possuem as mesmas necessidades. Há que se ter uma noção do limite da saciedade e da necessidade, respeitando os diretos dos outros.
Cultivar a noção de satisfação é importante para uma coexistência pacífica entre iguais, nessa dimensão universal dos atos humanos. A insatisfação promove a inveja, a cobiça, que nunca poderá ser saciada. Ao desejar o que é infinito a tolerância e a satisfação passam a não ter mais importância. Mas quando se busca o que for finito, corre-se risco de se contentar e nada mais buscar para satisfazê-lo e para o seu crescimento.
Todavia, a falta de satisfação é traduzida como ganância. Brotada da semente da inveja e da competitividade agressiva, que alimenta e sustenta uma cultura de excessivo materialismo, que no fim traz insatisfação universal, que prejudica a todos. As religiões são fontes de ajuda e de conforto ao homem, levando-o alcançar a felicidade. Nem todos a praticam. Então, há que se buscar uma forma de servir e orientar toda humanidade sem apelação religiosa, muito menos negligenciando o que é DIVINO. Porém sempre destacando a importância que se tem de se descobrir a verdadeira fé. Pois daí a noção de responsabilidade, necessidade, moral e ética brota naturalmente. E ainda, pessoas que possuem uma conduta ética positiva são mais satisfeitas e mais felizes, do que aqueles que desconsideram a ética e a moral.
Todos os atos humanos têm uma dimensão universal. Se levasse em conta o bem-estar do próximo, bom seria. Mas não é assim sempre. A realidade atual é muito complexa, e ainda no plano material muito interligada. É necessária uma reflexão sobre o tema, um exame de consciência por “pessoas” cultas e inteligentes. E a disseminação dos resultados. As populações crescem demasiadamente e bem interligadas, não podendo deixar de considerar os interesses dos outros. Os “DEISTAS” reconhecem que a devoção a DEUS também deve ser complementada com a devoção ao bem estar de todos em sua volta e no geral.
Todavia, mesmo em nossos tempos, ainda existe quem negligencie tais conceitos. E quando se negligencia o bem estar dos outros, ignora-se a dimensão universal dos seus atos. Daí começa a sobreposição dos interesses particulares aos interesses dos outros. Chegando a ponto de se romper com a ética e a moral pelo efeito do bem estar particular.
Fazendo uma breve avaliação, a ética e a necessidade podem ter a mesma reação para vencer a disposição que se tem de negligenciar direitos e indigências alheias. Não distinguindo entre ATEU e o “DEISTA”. Para sobrepujar essa disposição de ignorar os direitos dos outros, é necessário lembrar-se de si próprio. E, que todos são iguais e possuem as mesmas necessidades. Há que se ter uma noção do limite da saciedade e da necessidade, respeitando os diretos dos outros.
Cultivar a noção de satisfação é importante para uma coexistência pacífica entre iguais, nessa dimensão universal dos atos humanos. A insatisfação promove a inveja, a cobiça, que nunca poderá ser saciada. Ao desejar o que é infinito a tolerância e a satisfação passam a não ter mais importância. Mas quando se busca o que for finito, corre-se risco de se contentar e nada mais buscar para satisfazê-lo e para o seu crescimento.
Todavia, a falta de satisfação é traduzida como ganância. Brotada da semente da inveja e da competitividade agressiva, que alimenta e sustenta uma cultura de excessivo materialismo, que no fim traz insatisfação universal, que prejudica a todos. As religiões são fontes de ajuda e de conforto ao homem, levando-o alcançar a felicidade. Nem todos a praticam. Então, há que se buscar uma forma de servir e orientar toda humanidade sem apelação religiosa, muito menos negligenciando o que é DIVINO. Porém sempre destacando a importância que se tem de se descobrir a verdadeira fé. Pois daí a noção de responsabilidade, necessidade, moral e ética brota naturalmente. E ainda, pessoas que possuem uma conduta ética positiva são mais satisfeitas e mais felizes, do que aqueles que desconsideram a ética e a moral.
Viver por viver
Wilson Carlos Fuá
Durante toda a nossa vida, passamos por um continuar permanente de esforços, que são compostos de altos e baixos em vários sentidos, porém é importante continuar sempre buscando o melhor para nós, e para todos que cruzam os nossos caminhos.
Temos vários caminhos individuais a seguir, e estes são tão únicos e ao mesmo tempo tão diversos que às vezes sentimos a necessidade de mendigar semelhanças com os caminhos dos outros, o que alguns chamam de “inveja”, mas na viagem da vida só tem um lugar, e o seu destino tem hora marcada de saída e chegada, e o fim será um sucesso ou o fracasso com resultado individual, e raro, o que depende muito de você mesmo.
Recebemos vários sinais durante a vida, que vem no sentido de despertar a nossa consciência, e às vezes eles vêm com alguns recados desagradáveis, como: uma perda de um ente-querido, ou um diagnóstico de uma doença incurável, muitos tropeços e algumas experiências não muito bem sucedidas até mesmo o rompimento de um relacionamento, que costumávamos chamar de amor.
Acredito que somos todos fadados ao sucesso, apesar de saber que todas as conquistas têm seu preço, mas muitos não chegam no ponto final, ficam pelo caminho porque adotaram o princípio da vida fácil, ou por falta de oportunidade, ou por falta de coragem para prosseguir.
Às vezes configuramos nosso cérebro com dúvidas, que criam armadilhas “casca de bananas” que jogamos pelo caminho, por não acreditamos na nossa própria capacidade de evolução, o que normalmente provoca a baixa na auto-estima, e na espera ou expectativa de novos embates nos levam à monotonia.
Seguramente podemos afirmar que paramos de evoluir porque não temos mais com quem compartilhar nossas alegrias durante as nossas comemorações pelas vitórias sofridas e pelas conquistas com lutas cansativas.
E aí, você descobre que a muito tempo já não pronunciava a palavra “nós” ou “nossas” e isso nos leva a ser mendigos de relacionamentos, alguns vão para a noitadas cheias de gente vazias, outros encontram felicidade passageiras nas redes sociais, no ORKUT ou FACEBOOK, mas são felicidades provisórias dotadas de velocidade do “iniciar e acabar” com 1.001 amizades precárias e superficiais, e que passam a compartilhar o nada real, composto de fugas virtuais e mensagens inteligentes, mas passageiros da instantaneidade.
Veja que em nossas vidas ou mesmo a nossas voltas está cheio de pessoas a mendigar relacionamentos, deixaram de ler e ver os sinais, e por isso elas estão a mendigar relacionamentos da vida real.
Tenha certeza que vale a pena viver a vida real, viver e comemorar esta nossa existência, ela é única e não volta mais. Aproveite sua vida, viva o real, marque um encontro, compartilhe emoções de estar com as pessoas numa mesma cidade, em vários lugares dessa cidade tem pessoas a te esperar: solidão eletrônica, sai dessa.
Ninguém viverá sua vida para você. Comemore a sua vida, ela é um milagre da natureza, junto com você existem milhões de seres vivos que estão simplesmente cumprindo o seu instinto de sobrevivência e às vezes até compartilham alguns acordos, e que por aqui combinamos chamar de Lei da Vida.
Nunca abandone suas metas pela metade, todos nós somos dotados de capacidade suficiente para alcançar nossos sonhos e objetivos planejados durante o percurso de vida, por um momento podemos até apertar o botão de “pause”, por vários momentos podemos mudar ou reavaliar os nossos conceitos, porém desistir do prazer de viver: “NUNCA”.
Guerra civil no Brasil
Tudo se passa como se fosse normal. É como se nada estivesse ocorrendo
É possível que um país esteja em plena guerra civil sem nenhum tipo de revolução e de protestos organizados? Vendo os números da violência no nosso país, a resposta só pode ser positiva. E tudo se passa dentro de uma normalidade incrível. É como se nada estivesse ocorrendo. Devemos nos render à habilidade da oligarquia reinante, formada pelo Governo, pela mídia e pelos poderes econômicos e políticos, de não deixar transparecer nada de anormal. Tudo faz parte da normalidade. Tudo foi internalizado, naturalizado. O sangue jorra por todas as vias da nação, mas ninguém presta atenção nos milhares de mortos (Zaffaroni).
Violência epidêmica. Com a taxa de 27,3 homicídios dolosos para cada 100 mil habitantes, o Brasil é um país com alto nível de violência epidêmica. A OMS (Organização Mundial de Saúde) estabelece que quando a taxa é superior a 10 homicídios por 100 mil habitantes, o local é considerado uma zona epidêmica de homicídios, tendo o Brasil superado em quase 3 vezes este índice. A taxa citada somada aos demais óbitos violentos no país (v.g., as mortes ocorridas no trânsito brasileiro, que apenas em 2010 vitimou 42.844) faz do Brasil um país homicida. Não se trata de mera opinião ou de um posicionamento ideológico, mas sim de um fato (estatisticamente incontestável) (Datasus).
Um assassinato a cada 9 minutos. Na última década (2001-2010) o crescimento foi de 9% no número absoluto de homicídios, vez que em 2001 constatou-se 47.943 mortes e, 52.260, em 2010, gerando uma média de crescimento anual de homicídios de 1,48%. A partir desta média de crescimento anual (1,48%), foi obtida a seguinte estimativa para o ano de 2012: 53.823 homicídios. O que significa: 4.485 homicídios por mês, 147 por dia, 6 por hora ou, 1 assassinato a cada 9 minutos e 48 segundos (ou 587.526 milisegundos) (o levantamento foi realizado pelo Instituto Avante Brasil – IAB, a partir dos dados disponibilizados pelo DATASUS - Ministério da Saúde).
11% de todas as mortes do planeta em 2010. De acordo com o UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime - Homicide Statistics – 2010), 468 mil pessoas foram assassinadas em 2010, em todo o planeta. Os números não são totalmente confiáveis, de qualquer modo, dão uma ideia (ainda que só aproximada) dessa impressionante realidade. A taxa média global é de 6,9 mortes para cada 100 mil habitantes. As médias dos respectivos continentes são: África, 17 por 100 mil habitantes; América, 16 por 100 mil habitantes e Ásia, Europa e Oceania, 3 a 4 por 100 mil habitantes.
Do total de assassinatos do planeta o percentual de cada continente é o seguinte: 36%, África; 31%, Américas; 27%, Ásia; 5%, Europa e 1%, Oceania. No Brasil, em 2010, conforme dados do Datasus, foram assassinadas 52.260 pessoas, ou seja, o equivalente a 11% de todas as mortes mundiais.
Guerra civil não declarada. Se a estimativa é de 147 vítimas diárias de homicídios dolosos (em 2012), se ocorre uma morte a cada 9 minutos, se 11% de todas as mortes do planeta acontecem no Brasil, não há como deixar de concluir que a guerra civil está factualmente caracterizada. Não aquela proveniente de conflitos armados, sim, guerra discriminatória e étnica. A desigualdade e a seletividade são as bases da guerra civil brasileira.
Uma espécie de guerra “camuflada” contra os discriminados étnicos (os segregados, os excluídos, os desamparados), contra os vulneráveis (especialmente os jovens), exploráveis, torturáveis, “prisionáveis” e “mortáveis”. Não se trata, no entanto, de uma guerra com milhares de mortes num pequeno lapso de tempo (Hiroshima, por exemplo). São assassinatos a conta-gotas, como diz Zaffaroni, e totalmente naturalizados pela população e pela oligarquia brasileiras. A história do Brasil está sendo escrita com tinta e sangue.
LUIZ FLÁVIO GOMES é jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil e coeditor do atualidadesdodireito.com.br. Foi promotor de Justiça (1980 a 1983), juiz de Direito (1983 a 1998) e advogado (1999 a 2001).
www.professorlfg.com.br
Qualidade de vida
ONOFRE RIBEIRO
Outras cidades onde tenho estado me deixam com vergonha de Cuiabá
Viver em cidades significa um monte de rupturas na estrutura social.
A vida rural que predominou no Brasil até os anos 1970, era completamente diferente da vida urbana desde então.
As relações sociais eram mais simples, a cultura mais arraigada em comportamentos que, na maioria das vezes, se repetiam indefinidamente e a economia ou era de trocas por escambo, ou muito limitada, bastante apenas para a sobrevivência familiar.
Nas cidades as pessoas ganharam um endereço, com nome da rua, com número da casa, e perderam aquela identidade rural. Houve muitas perdas nesse campo do viver cotidiano, compensadas por outros ganhos como emprego, acesso à educação e à saúde, por exemplo.
Porém, as cidades não estavam preparadas para receber a metade da população brasileira, algo em torno de 100 milhões de pessoas. Logo, desde os anos 1970 elas foram se conflitando em problemas crescentes de favelização, de falta de saneamento, de qualidade das habitações, de transportes urbanos, de coleta do lixo, de segurança e do próprio emprego.
Cidades como Cuiabá, por exemplo, saíram de modestos 100 mil habitantes em 1970 para os atuais 600 mil, somados com os do entorno, chegando a milhão de habitantes. Os mesmíssimos problemas já citados se acumularam diante de gestões desinteressadas ou emburrecidas, na maioria dos casos.
Cuiabá, tirando uma outra gestão, foi um descuido só. Já que a qualidade de vida piorou muito pra todo mundo, o viver ficou muitoruim numa cidade quentíssima. Os poucos parques urbanos são uma vergonha e poderiam desafogar os bolixos e botecos de fim de semana que surgem como a única alternativa de lazer das populações nas periferias.
Quero contar um episódio. Na semana passada estava em Brasília e caminhei em dois parques públicos. O que mais me impressionou foi no de Águas Claras. Localizado numa área de antigas chácaras é bem arborizado e muito bem estruturado.
Banheiros limpos, bebedouros de água gelada próximos uns dos outros, segurança, parque de equipamentos para exercícios, limpeza e gente para zelar. Comparei com o Parque Mãe Bonifácia. Uma vergonha!
Caminho no Parque da Saúde, no Coxipó, outra vergonha! Fiquei pensando se os brasilienses pagam mais impostos do que nós cuiabanos, ou se o dinheiro de lá vale mais do que o daqui.
Outras cidades onde tenho estado, me deixam com vergonha de Cuiabá em quase tudo. Não só nos parques públicos.
Essa qualidade de vida que a classe média encontra nos condomínios e edifícios de luxo, e nos shopping centers, não alcança os trabalhadores dos bairros e suas famílias. Enquanto vigorar essa visão
burra de que tudo se resume a votos em eleições, e que só obras físicas de pontes, estradas e prédios significam eficiência pública, a qualidade de vida vai piorar.
Exemplos de qualidade de vida não faltam. Basta querer!
A população que pagaimpostos agradece!
ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso.
onofreribeiro@terra.com.br
Outras cidades onde tenho estado me deixam com vergonha de Cuiabá
Viver em cidades significa um monte de rupturas na estrutura social.
A vida rural que predominou no Brasil até os anos 1970, era completamente diferente da vida urbana desde então.
As relações sociais eram mais simples, a cultura mais arraigada em comportamentos que, na maioria das vezes, se repetiam indefinidamente e a economia ou era de trocas por escambo, ou muito limitada, bastante apenas para a sobrevivência familiar.
Nas cidades as pessoas ganharam um endereço, com nome da rua, com número da casa, e perderam aquela identidade rural. Houve muitas perdas nesse campo do viver cotidiano, compensadas por outros ganhos como emprego, acesso à educação e à saúde, por exemplo.
Porém, as cidades não estavam preparadas para receber a metade da população brasileira, algo em torno de 100 milhões de pessoas. Logo, desde os anos 1970 elas foram se conflitando em problemas crescentes de favelização, de falta de saneamento, de qualidade das habitações, de transportes urbanos, de coleta do lixo, de segurança e do próprio emprego.
Cidades como Cuiabá, por exemplo, saíram de modestos 100 mil habitantes em 1970 para os atuais 600 mil, somados com os do entorno, chegando a milhão de habitantes. Os mesmíssimos problemas já citados se acumularam diante de gestões desinteressadas ou emburrecidas, na maioria dos casos.
Cuiabá, tirando uma outra gestão, foi um descuido só. Já que a qualidade de vida piorou muito pra todo mundo, o viver ficou muitoruim numa cidade quentíssima. Os poucos parques urbanos são uma vergonha e poderiam desafogar os bolixos e botecos de fim de semana que surgem como a única alternativa de lazer das populações nas periferias.
Quero contar um episódio. Na semana passada estava em Brasília e caminhei em dois parques públicos. O que mais me impressionou foi no de Águas Claras. Localizado numa área de antigas chácaras é bem arborizado e muito bem estruturado.
Banheiros limpos, bebedouros de água gelada próximos uns dos outros, segurança, parque de equipamentos para exercícios, limpeza e gente para zelar. Comparei com o Parque Mãe Bonifácia. Uma vergonha!
Caminho no Parque da Saúde, no Coxipó, outra vergonha! Fiquei pensando se os brasilienses pagam mais impostos do que nós cuiabanos, ou se o dinheiro de lá vale mais do que o daqui.
Outras cidades onde tenho estado, me deixam com vergonha de Cuiabá em quase tudo. Não só nos parques públicos.
Essa qualidade de vida que a classe média encontra nos condomínios e edifícios de luxo, e nos shopping centers, não alcança os trabalhadores dos bairros e suas famílias. Enquanto vigorar essa visão
burra de que tudo se resume a votos em eleições, e que só obras físicas de pontes, estradas e prédios significam eficiência pública, a qualidade de vida vai piorar.
Exemplos de qualidade de vida não faltam. Basta querer!
A população que pagaimpostos agradece!
ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso.
onofreribeiro@terra.com.br
A mulher na atual sociedade
Graças à intensa e ininterrupta ação dos movimentos feministas, o nosso País tem conseguido destacar no momento o importante papel da mulher no processo da política de gestão. Esta transição democrática consolidou a partir da nova Constituição Federal
ISANDIR REZENDE
OAB/MT
"Estou procurando fazer um pequeno resumo, singelo, das conquistas femininas".
Graças à intensa e ininterrupta ação dos movimentos feministas, o nosso País tem conseguido destacar no momento o importante papel da mulher no processo da política de gestão. Esta transição democrática consolidou a partir da nova Constituição Federal, promulgada em 1988.
Com a nova Constituição Federal de 1988, surge o reordenamento de todo o sistema brasileiro, entre tais, ampliou os direitos individuais e sociais e consolidou a cidadania das mulheres no espaço público e na vida familiar, assegurou os direitos das mulheres no campo da saúde; da segurança; da educação; da titularidade da terra; da moradia; do direito a renda Previdenciária; da participação política.
No entanto, mesmo sendo o Brasil o primeiro País da América Latina a conceder à mulher o direito ao voto, ainda assim, é mínima a participação política das brasileiras. Um grande passo recente foi dado com a reforma eleitoral, ao tornar obrigatório que cada partido político apresente na sua lista no mínimo 30% (trinta por cento) mulheres.
Estou procurando fazer um pequeno resumo, singelo, das conquistas femininas, e aproveitar para enaltecer o trabalho que vem sido aplicado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (SEDRAF). Isto mesmo, ao participar de recente reunião na Secretaria, tive da oportunidade de conhecer a execução de um projeto simples, mais de relevância extraordinária, coordenado pela Superintendente de Apoio às Políticas de Mulheres e Jovens Rurais (SAPMJR), Nilza da Silva Amaral.
Sim, trata de mulher guerreira, de sonhos abertos, humilde, de capacidade, de visão empreendedora, na busca por alternativas voltada a sustentabilidade da família do campo, teve pleno apoio do Governo do Estado, para executar o seu projeto de pesquisa nos assentamentos, o plantio da bucha vegetal.
A bucha vegetal é uma planta trepadeira da família das cucurbitáceas, e é utilizada para o uso na higiene pessoal, pois consegue retirar as células mortas, renovando a pele, ativando a circulação do sangue, que de certa maneira previne o combate contra as celulites.
Pois, além de proporcionar o plantio da bucha vegetal, conseguiu o projeto estender um relacionamento entre o produtor rural e a classe empresarial. A empresa Naturales, localizada no município de Rondonópolis, que antes comprava a matéria prima em estados vizinhos, passou a ser um grande parceiro neste projeto, comprando toda a produção plantada da bucha vegetal, no Estado de Mato Grosso.
Enfim, temos a certeza que para chegar ao primeiro ciclo da colheita do produto, grande foi à luta desta mulher, e esta luta, tenho presenciado, pelas assistentes sociais; as agentes de saúde; as presidentes de bairros; as agentes de combate de endemias; as mulheres campesinas; as mulheres mães; as mulheres do Poder Executivo, Legislativo e do Judiciário; espaços que a cada dia são conquistas, com luta e perseverança.
É nesse sentido, reconheço o esforço por parte do Governo do Estado, de reconhecer e conceder o espaço merecido à mulher, ainda é pouco, muito embora, a muito que se realizar, mas o meu apelo, que aja melhoria de salário, de condições dignas, as mulheres professoras, pois, são estas o baluarte de futuro melhor.
(*) ISANDIR REZENDE é advogado e presidente da Comissão do Idoso na OAB/MT- SINDAPI.
Brasil é eleito para vaga no Conselho de Direitos Humanos da ONU
Conselho é formado por 47 países e renovado parcialmente todo ano.
PORTAL G1
Brasil, Argentina e Venezuela foram eleitos para integrar por três anos o Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Também foram escolhidos outros 14 países, em votação nesta segunda-feira (12): Coreia do Sul, Costa do Marfim, Emirados Árabes Unidos, Estônia, Etiópia, Gabão, Irlanda, Japão, Cazaquistão, Quênia, Montenegro, Paquistão, Serra Leoa e EUA.
A eleição foi feita por votação direta e secreta dos 193 membros da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Brasil, Argentina e Venezuela subtituem Cuba, México e Uruguai no grupo geográfico de América Latina e Caribe.
O Brasil conquistou 184 votos.
O Conselho é formado por 47 países, renovados parcialmente todos os anos.
O órgão tem a responsabilidade de promover e proteger os direitos humanos em todo o mundo, alertando sobre possíveis violações, e fazer recomendações aos países.
Organização de direitos humanos haviam criticado a possibilidade de entrada da Venezuela no conselho, por acreditar que o país não cumpria requisitos.
Brasil vai sediar conferência global sobre trabalho infantil
Atualmente, há cerca de 250 milhões de crianças entre 5 e 17 anos trabalhando no mundo, de acordo com o último Relatório Global sobre Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho
AGÊNCIA BRASIL
Autoridades brasileiras assumiram a responsabilidade de liderar o balanço sobre os progressos e os desafios que deverão ser identificados na atuação do Brasil e de outros países para o combate do trabalho de crianças e adolescentes, no âmbito na 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, que será realizada em Brasília, em outubro de 2013. A comissão organizadora da conferência foi instalada hoje (12), em cerimônia no Itamaraty, por meio da assinatura de portaria interministerial. À tarde, representantes do governo, de órgãos atuantes nessa área e da sociedade civil irão debater o formato, as atividades e o conteúdo das discussões na conferência.
"Temos de garantir que o debate avance dentro do Brasil. Esse é um grande desafio, fazer com que a conferência seja encarada como uma oportunidade para o país. A partir de hoje, passamos a intensificar o debate. Temos de combater o trabalho difícil de ser localizado, o que exigirá mais da fiscalização, com campanhas e um conjunto de novas políticas para tirarmos da invisibilidade essas crianças e adolescentes. Esses são pontos que nos desafiam a avançar e a construir novas agendas", informou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, presidenta da 3ª Conferência Global.
Segundo a ministra, o Brasil deverá inovar para lidar com as novas características do trabalho entre crianças e adolescentes, identificadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2011. Entre essas características, o fato de a maioria dos jovens que trabalham também estar na escola e fazer parte de famílias com renda superior a meio salário mínimo per capita (cerca de R$ 311) - diferentemente da situação na década de 1990.
Atualmente, há cerca de 250 milhões de crianças entre 5 e 17 anos trabalhando no mundo, de acordo com o último Relatório Global sobre Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 2011. Desse total, cerca de 115 milhões atuam em atividades perigosas, entre as quais estão as piores formas de trabalho infantil. No Brasil, há aproximadamente 3,4 milhões de jovens entre 10 e 17 anos no mercado de trabalho, segundo o Censo de 2010.
Para a diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo, três pontos devem orientar a atuação do Brasil na conferência. A solidariedade em relação a outros países que não alcançaram os mesmos níveis brasileiros de avanço nas discussões e no debate sobre o tema, o diálogo social para analisar e compartilhar as formas de superar as insuficiências que ainda persistem tanto no âmbito nacional quanto no internacional, e o exercício da liderança para o avanço no debate.
A secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPeti), Isa de Oliveira, apresentou as principais propostas do fórum para a conferência e pontuou novas ações que podem ser eficazes para o enfrentamento do problema - como a criação de espaços de participação popular nas esferas municipal, estadual e federal; a participação de crianças e adolescentes nos debates; a liderança do governo e a adesão de novos prefeitos para a implementação de novas políticas em suas áreas de atuação.
O ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, disse na cerimônia que o trabalho infantil é uma mácula no processo de desenvolvimento nacional, apesar dos avanços no mercado de trabalho e dos ganhos salariais promovidos nos últimos anos pelas políticas sociais e de valorização do salário mínimo. De acordo com ele, uma alternativa possível seria a implantação de escolas em tempo integral em locais onde há crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade.
"Outra questão que deve ser observada é a possibilidade de concessão de autorizações judiciais para o trabalho infantil. Muitas crianças e adolescentes entram precocemente no mercado com autorização de juízes municipais, o que tem de ser controlado", explicou o procurador-geral do Trabalho, Luiz Antônio Camargo de Melo.
Ainda participaram do evento os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. Também estiveram presentes o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Lélio Bentes Corrêa; a líder da frente parlamentar dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente, deputada Érika Kokay (PT-DF); representantes do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e representantes da sociedade civil.
As conferências globais sobre Trabalho Infantil não têm periodicidade. A primeira foi realizada em Oslo, na Noruega, em 1997; e a segunda em Haia, na Holanda, em 2010. O Brasil será o primeiro país fora da Europa a receber o encontro.
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