25 de April de 2013 às 21:33 | Ensino Fundamental - Maria Inês
Miqueleto
Detecto as fragilidades dos docentes por meio dos acompanhamentos realizados. A observação de aulas, os cadernos dos alunos, as rotinas semanais e os portfólios das turmas me “dizem muitas coisas”, mas sempre tomo o cuidado ao tratar dessas fragilidades com os professores.
O que os acompanhamentos me dizem?
As propostas de rotinas semanais (planejamento) dos professores podem dizer tudo e ao mesmo tempo nada. Quero dizer com isso que o papel aceita tudo e às vezes o que está escrito pode não acontecer. Por isso é importante ir até a sala de aula para acompanhar esse planejamento. Entretanto, o que está escrito na rotina me possibilita verificar fragilidades dos professores com relação: ao planejamento do tempo, a distribuição dos diferentes conteúdos, das modalidades organizativas (atividades permanentes, sequências didáticas, projetos didáticos), das atividades e dos agrupamentos dos alunos. Ajudar os professores a pensarem no planejamento semanal é minha função, por isso, sempre retomo com eles, a importância dessa prática, sua utilidade, como planejar e como registrar.
Os cadernos dos alunos me ajudam a acompanhar o que está sendo desenvolvido com relação ao planejado pelo professor, em termos de objetivos, conteúdos, atividades e gestão do tempo.
Observar a aula do professor me aponta aspectos como: domínio do conteúdo (saber), metodologia de ensino (saber fazer), gestão do tempo, adequação das atividades, integração dos alunos, entre outros aspectos.
Com os portfólios de cada turma acompanho a aprendizagem dos alunos e sua evolução durante o ano letivo. Nesse sentido, a não evolução da maioria dos discentes pode ser traduzida em fragilidades do professor. Por exemplo, a turma não evolui com relação aos aspectos ortográficos. Pode ser que o professor não esteja investindo neste conteúdo.
Os acompanhamentos me possibilitam também verificar que certas práticas dos professores não condizem com a concepção teórica que devemos trabalhar. Por isso, em estudos nas Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC), sempre procuro esclarecer o porquê de fazerem de um determinado jeito e não de outro.
Como trato das fragilidades?
Como disse acima, sempre tomo o cuidado ao tratar dessas fragilidades com os professores. Algumas são peculiares a determinados docentes, então, as devolutivas individuais me ajudam a tratar das mesmas de modo particular. Converso com cada um, no sentido de ser necessário mudar após as orientações recebidas. Detalhe! Sem melindres, pois estamos no mesmo barco e o alvo é a aprendizagem das crianças.
Quando percebo que há fragilidades comuns, preparo reuniões (ATPC) para tratar do assunto com todos.
Não é fácil fazer chegar às salas de aulas tudo aquilo que oriento, mas acredito que a formação dos professores em serviço seja o caminho, então, “desistir” não faz parte do meu cotidiano.
E vocês coordenadores, como detectam e tratam das fragilidades dos seus professores?
Beijos, Maria Inês