Esse pergunta que faço aqui é estimulada pela decisão da cidade Nova York de suspender o pagamento de bônus para os professores, baseado no desempenho da escola. É um grande pretexto para quem é contra a premiação por mérito na educação atacar medidas semelhantes implantadas no Brasil. Bobagem.
Não acredito que nenhuma instituição funcione sem um sistema de premiação do esforço. Do contrário, a preguiça e a mediocridade são recompensadas. Como lembrou Antônio Gois, esse extraordinário repórter de educação, a realidade americana tem especificidades. É um lugar em que há duras punições para escolas ruins (são fechadas) e estímulos para escolas públicas independentes e comunitárias. Mas o sistema de bônus tem mostrado bons resultados em países mais próximos do Brasil como Índia e Chile.
Além da Inglaterra. O bônus é a solução? Não, claro.
O problema é extremamente complexo. Todos vão dizer que o essencial é atrair bons professores e treiná-los melhor. Óbvio. Mas bons professores, em muitos casos, também não funcionam.
Isso porque uma boa parte da aprendizagem depende de fatores fora de sala de aula: a família e a comunidade, por exemplo. Como um estudante com problema de saúde, tão comum entre as famílias mais pobres, vai aprender? A pobreza, como sabemos, é um dos grandes fatores que atrasam a aprendizagem.
Ser professor em lugares pobres é lidar ainda mais com a violência.
Também sabemos que, pelas pesquisas, aumentar salários igualmente também não funciona. Mas se não houver melhores salários, como atrair talentos?
Sou dos que acham que um projeto educação sustentável tem de atrair talentos (isso significa melhores salários e treinamento continuado), precisa envolver a família e a comunidade, aumentar os espaços educativos na cidade, combinar várias políticas públicas em torno da escola (a começar pela saúde) e formar bons diretores.
Um desses estímulos é pagar mais a quem se esforça mais. É um jeito de combater a mediocridade.
Gilberto Dimenstein, 54, integra o Conselho Editorial da Folha e vive nos Estados Unidos, onde foi convidado para desenvolver em Harvard projeto de comunicação para a cidadania.
sábado, 3 de março de 2012
Professor esforçado deve ganhar mais?
Analfabetismo espiritual
Coluna "Pinceladas Educacionais"
João Malheiro
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem a Domicílio (PNAD 2007), o analfabetismo funcional atingiu 21,6% da população. Somados esse índice com os 10% da população brasileira que é totalmente analfabeta, resulta que 31,6% da população não possui o domínio pleno da leitura, da escrita e das operações matemáticas.
Como educador e pesquisador, ao examinar estes dados, pude perceber que ainda há muito a lutar por alcançar níveis educacionais razoáveis, pois nenhum dirigente responsável pode ficar tranquilo quando se depara com, aproximadamente, 60 milhões de pessoas parcialmente ou totalmente analfabetas.
Dando um passo mais além, levantei a seguinte questão: mas, por que índices de corrupção, de infidelidade, de divórcio, de dependência química, de depressão, de suicídio tão elevados em classes sociais mais instruídas e com um maior poder aquisitivo? Não estarão também refletindo algum tipo de analfabetismo? Não será que o IBGE teria que começar a levantar também um novo índice, muito mais preocupante e definidor para a verdadeira justiça, que aponte a capacidade de domínio do egoísmo pessoal ou que meça a capacidade de lealdade e justiça sociais? Não é para isto que se deve investir em educação num país?
Se nos perguntarmos sobre o porquê deste fenômeno, uma hipótese que gostaria de levantar é que os fins atuais da educação podem estar sendo enfraquecidos por uma visão incompleta da verdadeira antropologia humana – apenas preocupada em satisfazer a parte afetiva do homem – e não com a sua totalidade: a integração da inteligência, vontade e afetividade. De fato, quando a educação é vista apenas como um trampolim para galgar melhores níveis econômicos, quando o esforço educacional é motivado apenas para garantir um emprego estável, quando o homem é valorizado mais pela sua parte afetiva (material) que pela sua parte racional, volitiva, e, portanto, espiritual, o conhecimento técnico é visto como o mais importante e suficiente para ser ensinado nas escolas. O aprendizado ético não é visto como prioritário e, inclusive, muitas vezes, como necessário.
Essa distorção na educação tem levado, com a perspectiva dos últimos anos, a duas consequências muito perigosas aos alunos da maioria das escolas, seja pública ou privada: em primeiro lugar, a um grave atrofiamento da parte da inteligência que reflete, julga e decide o que mais lhe convém para a sua realização, o que os clássicos chamaram de razão prática; e, em segundo lugar, a uma hipertrofia da afetividade, que, quando não conta com a moderação dessa razão prática, sempre leva o homem a desejar mais prazer para si do que necessita e portanto mais egoísmo e menos altruísmo.
Esta desordem humana, que leva a uma incapacidade para amar alguém realmente e sinceramente, é o principal causador da insatisfação existencial. É o que define e alimenta o analfabetismo espiritual.
É o que faz com que os jovens hoje só se motivem por tudo aquilo que seja meramente material e econômico. Por isso, quando vemos estudantes saindo com diplomas universitários das mais respeitadas faculdades, mas muito imaturos para pensar no próximo, e muito motivados para conseguir apenas o sucesso profissional, sempre vem a pergunta: será que valeu apenas investir tantos recursos somente na razão teórica, aquela que acumula conhecimento e mais nada e que para a educação hoje parece que é a única que existe?
Desde já gostaria de propor que, em primeiro lugar, a educação das virtudes éticas/morais voltasse a ser mais contemplada na família e no currículo escolar, que é o que proporciona efetivamente a alfabetização espiritual. E, por fim, que o próximo PNDA 2009 comece a pesquisar o índice do analfabetismo espiritual. Desde já posso intuir que este índice, somado aos 31,6% apontados no início, resultará em patamares altamente preocupantes para a paz social do futuro.
________________________________________
João Malheiro é doutor em Educação pela UFRJ e diretor do Centro Cultural e Universitário de Botafogo - www.ccub.org.br. É autor do livro "A Alma da Escola do Século XXI", palestrante sobre o tema da educação e mantém o blog Escola de Sagres (escoladesagres.org).
E mail:malheiro.com@gmail.com
Publicado no Portal da Família em 18/01/2011
João Malheiro
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem a Domicílio (PNAD 2007), o analfabetismo funcional atingiu 21,6% da população. Somados esse índice com os 10% da população brasileira que é totalmente analfabeta, resulta que 31,6% da população não possui o domínio pleno da leitura, da escrita e das operações matemáticas.
Como educador e pesquisador, ao examinar estes dados, pude perceber que ainda há muito a lutar por alcançar níveis educacionais razoáveis, pois nenhum dirigente responsável pode ficar tranquilo quando se depara com, aproximadamente, 60 milhões de pessoas parcialmente ou totalmente analfabetas.
Dando um passo mais além, levantei a seguinte questão: mas, por que índices de corrupção, de infidelidade, de divórcio, de dependência química, de depressão, de suicídio tão elevados em classes sociais mais instruídas e com um maior poder aquisitivo? Não estarão também refletindo algum tipo de analfabetismo? Não será que o IBGE teria que começar a levantar também um novo índice, muito mais preocupante e definidor para a verdadeira justiça, que aponte a capacidade de domínio do egoísmo pessoal ou que meça a capacidade de lealdade e justiça sociais? Não é para isto que se deve investir em educação num país?
Se nos perguntarmos sobre o porquê deste fenômeno, uma hipótese que gostaria de levantar é que os fins atuais da educação podem estar sendo enfraquecidos por uma visão incompleta da verdadeira antropologia humana – apenas preocupada em satisfazer a parte afetiva do homem – e não com a sua totalidade: a integração da inteligência, vontade e afetividade. De fato, quando a educação é vista apenas como um trampolim para galgar melhores níveis econômicos, quando o esforço educacional é motivado apenas para garantir um emprego estável, quando o homem é valorizado mais pela sua parte afetiva (material) que pela sua parte racional, volitiva, e, portanto, espiritual, o conhecimento técnico é visto como o mais importante e suficiente para ser ensinado nas escolas. O aprendizado ético não é visto como prioritário e, inclusive, muitas vezes, como necessário.
Essa distorção na educação tem levado, com a perspectiva dos últimos anos, a duas consequências muito perigosas aos alunos da maioria das escolas, seja pública ou privada: em primeiro lugar, a um grave atrofiamento da parte da inteligência que reflete, julga e decide o que mais lhe convém para a sua realização, o que os clássicos chamaram de razão prática; e, em segundo lugar, a uma hipertrofia da afetividade, que, quando não conta com a moderação dessa razão prática, sempre leva o homem a desejar mais prazer para si do que necessita e portanto mais egoísmo e menos altruísmo.
Esta desordem humana, que leva a uma incapacidade para amar alguém realmente e sinceramente, é o principal causador da insatisfação existencial. É o que define e alimenta o analfabetismo espiritual.
É o que faz com que os jovens hoje só se motivem por tudo aquilo que seja meramente material e econômico. Por isso, quando vemos estudantes saindo com diplomas universitários das mais respeitadas faculdades, mas muito imaturos para pensar no próximo, e muito motivados para conseguir apenas o sucesso profissional, sempre vem a pergunta: será que valeu apenas investir tantos recursos somente na razão teórica, aquela que acumula conhecimento e mais nada e que para a educação hoje parece que é a única que existe?
Desde já gostaria de propor que, em primeiro lugar, a educação das virtudes éticas/morais voltasse a ser mais contemplada na família e no currículo escolar, que é o que proporciona efetivamente a alfabetização espiritual. E, por fim, que o próximo PNDA 2009 comece a pesquisar o índice do analfabetismo espiritual. Desde já posso intuir que este índice, somado aos 31,6% apontados no início, resultará em patamares altamente preocupantes para a paz social do futuro.
________________________________________
João Malheiro é doutor em Educação pela UFRJ e diretor do Centro Cultural e Universitário de Botafogo - www.ccub.org.br. É autor do livro "A Alma da Escola do Século XXI", palestrante sobre o tema da educação e mantém o blog Escola de Sagres (escoladesagres.org).
E mail:malheiro.com@gmail.com
Publicado no Portal da Família em 18/01/2011
Diálogo entre pesquisa e escola
Terezinha Nunes
Brasileira, mas com boa parte de sua carreira desenvolvida na Inglaterra, a doutora em psicologia Terezinha Nunes está hoje envolvida em múltiplas atividades na Universidade de Oxford. “No ensino, eu me dedico principalmente à supervisão de doutorandos e à coordenação e ao ensino no mestrado em Psicologia da Criança e Educação. Com relação à pesquisa, continuo desenvolvendo investigações sobre a aprendizagem e o ensino da leitura e da matemática entre crianças ouvintes e surdas”, conta.
Com um novo livro, escrito em colaboração com o marido, o também professor Peter Bryant, lançado no Brasil pela Artmed (leia a Resenha na p. 21), Terezinha Nunes concedeu esta entrevista à Pátio Ensino Fundamental, na qual aborda o processo de ensino-aprendizagem da matemática e o que a ciência tem trazido de importante para esse campo. “A matemática no ensino fundamental não deveria ser vista como um conjunto de técnicas a serem aprendidas, mas como uma forma de representar o mundo para compreendê-lo melhor”, afirma.
Nos últimos anos, foram feitos muitos avanços no ensino da leitura e da escrita, mas o ensino da matemática continua sendo um problema na maior parte das escolas. A que a senhora atribui esse fato?
Os avanços em pesquisa sobre o ensino da matemática também foram consideráveis nos últimos anos, e eu tenho certeza de que um número muito maior de alunos poderia estar não só aprendendo matemática melhor, como também gostando de matemática se os resultados de pesquisa fossem aproveitados no ensino. Para isso, precisaríamos de duas mudanças radicais.
Quais seriam elas?
A primeira seria uma nova maneira de pensar sobre essa questão. A matemática no ensino fundamental não deveria ser vista como um conjunto de técnicas a serem aprendidas – aprender aritmética, aprender álgebra, aprender a fazer contas com frações e com decimais -, mas como uma forma de representar o mundo para compreendê-lo melhor. As pesquisas mostram que, desde 5 ou 6 anos, as crianças começam a estabelecer relações entre quantidades e a raciocinar logicamente sobre essas relações. Quando entendem as relações entre quantidades, elas se tornam capazes de compreender as mesmas relações no campo simbólico dos números.
Poderia exemplificar?
A maioria das crianças de 6 anos é capaz de entender que, se adicionarmos uma quantidade a outra e depois retirarmos a mesma quantidade, a quantidade inicial não se altera. A descoberta dessa relação lógica entre quantidades deveria ser estimulada na sala de aula de matemática através de perguntas e problemas que provocassem a criança a pensar sobre relações entre quantidades. Quando ela compreende essa relação no mundo, pode ampliar tal raciocínio, bem como entender a relação inversa entre adição e subtração no mundo dos números.
Isso já não está sendo feito nas escolas?
Atualmente, na maioria dos currículos de matemática, não existe a previsão de trabalhar com a criança sobre a lógica das quantidades. A escola espera que a criança já entenda essa lógica e passa direto ao ensino dos números. No entanto, nossas pesquisas mostram que entre metade e um terço das crianças precisariam trabalhar esses raciocínios na escola, pois, quando ingressam no ensino fundamental, ainda não tiveram oportunidades anteriores para pensar sobre relações entre quantidades. Nossas pesquisas mostram ainda que, se as crianças que estão correndo o risco de fracasso na matemática tiverem as oportunidades certas para desenvolver esse raciocínio lógico sobre as quantidades, seu desempenho posterior poderá ficar até mesmo um pouco acima da média.
Qual seria a segunda mudança necessária?
A segunda mudança relaciona-se à formação de professores para o ensino fundamental. Se eles não tiverem a oportunidade de repensar a matemática, não terão como trabalhar com seus alunos de uma nova maneira. A participação dos professores é essencial para que qualquer mudança ocorra na educação. Portanto, para transformar o ensino da matemática, é essencial haver um conjunto integrado de mudanças, apoiando os professores em formação e a formação continuada dos professores. Transformar a educação matemática significa transformar toda uma cultura escolar, pois os professores têm de recriar a matemática escolar na sala de aula todos os dias. Por isso, as mudanças em educação são sempre demoradas, porque se trata de mudanças culturais que não são conquistadas de um dia para o outro.
O processo de ensino-aprendizagem da matemática também é um problema em outros países?
As comparações internacionais mostram que os níveis de desempenho nas mesmas provas variam de modo significativo entre países diferentes. Alguns sempre se saem bem, outros sempre mostram resultados baixos, e outros oscilam, melhorando em alguns anos, porém demonstrando quedas nos resultados em outros anos.
O que faz com que certos países
tenham bons resultados?
As comparações internacionais devem ser interpretadas cuidadosamente, já que não podem ser vistas como medidas somente da eficácia do ensino escolar. Sabemos, por exemplo, que as diferenças socioeconômicas têm consequências para o sucesso escolar. Em alguns países, como a Finlândia, as diferenças socioeconômicas são muito pequenas; portanto, espera-se que o resultado dos alunos seja em média mais alto e homogêneo. Em outros países, como os Estados Unidos e a Inglaterra, existem diferenças socioeconômicas marcantes, embora não sejam comparáveis às diferenças existentes no Brasil.
Por que tais diferenças não são comparáveis?
Uma criança pobre na Inglaterra tem acesso a alimentação e saúde básicas, enquanto as mães têm acompanhamento durante todo o período pré-natal e visitas de uma especialista após o nascimento do bebê para orientá-las no cuidado infantil. O acesso a alimentação, saúde e orientação nos cuidados infantis não é o mesmo no Brasil. Outra diferença importante entre países é o acesso à educação pré-escolar, que em muitos países pode começar aos 3 ou 4 anos, dando às crianças uma aceleração inicial quando elas ingressam na escola, porque já começam socialmente adaptadas ao ambiente e tendo algum conhecimento preparatório construído na pré-escola. Finalmente, em muitos países, existe uma tradição de ensino particular, além do ensino escolar. Nos países em que o ábaco é utilizado, é comum que as crianças frequentem aulas particulares para dominar tal uso. Logo, seria ingênuo concluir que podemos simplesmente importar para o Brasil as características dos sistemas educacionais que apresentam melhores resultados nessas comparações.
Que lições podem ser retiradas
das avaliações internacionais?
Feitas essas ressalvas, não se pode esquecer que o desempenho do Brasil nas comparações internacionais revela o mesmo que as provas feitas por professores brasileiros para estudantes brasileiros: o ensino de matemática precisa ser melhorado. O Brasil tem dado passos importantes para melhorar o ensino, como, por exemplo, a análise de livros didáticos, que identifica aqueles que são mais adequados, bem como a biblioteca do professor, que facilita o acesso a livros que possam contribuir para a sua formação continuada. Contudo, o país não utiliza os recursos disponíveis em sua plenitude. Existem fortes grupos de pesquisa em educação matemática e pesquisadores de renome internacional que poderiam contribuir para a melhoria do ensino, mas cujo trabalho ainda não é aproveitado.
Que novos aportes a ciência tem trazido para ajudar os professores de matemática?
É difícil listá-los, pois são muitos, mas é possível exemplificá-los, fazendo uma comparação entre a tradição atual de ensino no Brasil e as novas concepções que surgiram a partir da pesquisa em educação matemática. Por exemplo, no ensino de matemática pensa-se em ensinar as operações aritméticas. Na pesquisa em educação matemática, pensa-se em campos conceituais, o que significa que a adição e a subtração precisam ser compreendidas como aspectos diferentes do mesmo raciocínio.
Como esse processo funciona na prática?
Quando alguém compra algo que custa 80 reais e o vendedor calcula o troco para uma nota de 100, ele pode calcular por soma (80 mais 20 igual a 100) ou por subtração (100 menos 80 igual a 20). O importante não é a conta que o vendedor faz, mas o uso de um raciocínio parte-todo segundo o qual o todo (o dinheiro que o freguês deu ao vendedor) é igual à soma das partes (o que ele gastou mais o que recebeu de troco). Esse raciocínio caracteriza as situações chamadas aditivas e é diferente daquele usado em situações chamadas multiplicativas. Em uma situação multiplicativa, as relações entre as quantidades não são do tipo parte-todo, e sim do tipo correspondência um-a-muitos. Por exemplo, se um caqui custa 5 reais, existe uma relação 1:5 entre o número de caquis e o preço. Os problemas que envolvem esse tipo de raciocínio situam-se no campo do raciocínio multiplicativo e são resolvidos por multiplicação ou divisão.
De que modo essas questões se relacionam com as pesquisas?
As pesquisas indicam que os alunos precisam pensar sobre as quantidades de modo diferente quando os problemas versam sobre situações aditivas ou situações multiplicativas. A base dos dois tipos de raciocínio é completamente diferente. Essa perspectiva sobre situações aditivas e multiplicativas é bastante diferente da prática atual, ou seja, a de se ensinar primeiro a adição e depois a subtração, como dois tópicos distintos, e também é muito diferente do ensino da multiplicação como adição repetida. É verdade que se podem resolver contas de multiplicar por adições repetidas, porém o raciocínio multiplicativo é completamente diferente do raciocínio aditivo. Esses aportes da ciência para o ensino poderiam transformar a educação matemática se fossem concebidos como política nacional.
Muitos professores de matemática resistem à inclusão de alunos com necessidades especiais, pois dizem que a matemática é impossível para tais alunos. Qual é a sua opinião a esse respeito?
O significado da inclusão vai além da questão do ensino de matemática. A expressão alunos com necessidades especiais encobre muitas diferenças que precisam ser compreendidas. Minha opinião é a de que todos os alunos devem receber o melhor ensino possível – e, para isso, é necessário compreender essas necessidades especiais, em vez de encobri-las com uma terminologia inespecífica. Por exemplo, sabemos que os alunos surdos aprendem melhor quando usamos recursos visuais, como objetos ou figuras, para apoiar a apresentação de problemas de matemática, não importando se essa apresentação seja feita usando língua de sinais ou língua oral. Sabemos também que os alunos precisam discutir ideias matemáticas para que se tornem conscientes do próprio raciocínio. Portanto, eles precisam participar de uma comunidade linguística que permita a discussão das ideias matemáticas. A questão é se a classe regular tem condições de oferecer ao aluno surdo as condições de ensino que correspondem às suas características.
Nesse caso, a seu ver, o uso de recursos visuais não seria suficiente?
O uso de recursos visuais algumas vezes ajuda igualmente o aluno ouvinte; outras vezes não o ajuda, mas também não o atrapalha. Por isso, é fácil atender às necessidades do aluno surdo nesse sentido em uma classe regular, mas como garantir que ele não seja marginalizado em uma discussão sobre ideias matemáticas entre pares? Essa é uma questão que merece a atenção dos professores. A importância de uma comunidade de aprendizes não pode ser ignorada na sala de aula.
Fonte: http://www.revistapatio.com.br
Brasileira, mas com boa parte de sua carreira desenvolvida na Inglaterra, a doutora em psicologia Terezinha Nunes está hoje envolvida em múltiplas atividades na Universidade de Oxford. “No ensino, eu me dedico principalmente à supervisão de doutorandos e à coordenação e ao ensino no mestrado em Psicologia da Criança e Educação. Com relação à pesquisa, continuo desenvolvendo investigações sobre a aprendizagem e o ensino da leitura e da matemática entre crianças ouvintes e surdas”, conta.
Com um novo livro, escrito em colaboração com o marido, o também professor Peter Bryant, lançado no Brasil pela Artmed (leia a Resenha na p. 21), Terezinha Nunes concedeu esta entrevista à Pátio Ensino Fundamental, na qual aborda o processo de ensino-aprendizagem da matemática e o que a ciência tem trazido de importante para esse campo. “A matemática no ensino fundamental não deveria ser vista como um conjunto de técnicas a serem aprendidas, mas como uma forma de representar o mundo para compreendê-lo melhor”, afirma.
Nos últimos anos, foram feitos muitos avanços no ensino da leitura e da escrita, mas o ensino da matemática continua sendo um problema na maior parte das escolas. A que a senhora atribui esse fato?
Os avanços em pesquisa sobre o ensino da matemática também foram consideráveis nos últimos anos, e eu tenho certeza de que um número muito maior de alunos poderia estar não só aprendendo matemática melhor, como também gostando de matemática se os resultados de pesquisa fossem aproveitados no ensino. Para isso, precisaríamos de duas mudanças radicais.
Quais seriam elas?
A primeira seria uma nova maneira de pensar sobre essa questão. A matemática no ensino fundamental não deveria ser vista como um conjunto de técnicas a serem aprendidas – aprender aritmética, aprender álgebra, aprender a fazer contas com frações e com decimais -, mas como uma forma de representar o mundo para compreendê-lo melhor. As pesquisas mostram que, desde 5 ou 6 anos, as crianças começam a estabelecer relações entre quantidades e a raciocinar logicamente sobre essas relações. Quando entendem as relações entre quantidades, elas se tornam capazes de compreender as mesmas relações no campo simbólico dos números.
Poderia exemplificar?
A maioria das crianças de 6 anos é capaz de entender que, se adicionarmos uma quantidade a outra e depois retirarmos a mesma quantidade, a quantidade inicial não se altera. A descoberta dessa relação lógica entre quantidades deveria ser estimulada na sala de aula de matemática através de perguntas e problemas que provocassem a criança a pensar sobre relações entre quantidades. Quando ela compreende essa relação no mundo, pode ampliar tal raciocínio, bem como entender a relação inversa entre adição e subtração no mundo dos números.
Isso já não está sendo feito nas escolas?
Atualmente, na maioria dos currículos de matemática, não existe a previsão de trabalhar com a criança sobre a lógica das quantidades. A escola espera que a criança já entenda essa lógica e passa direto ao ensino dos números. No entanto, nossas pesquisas mostram que entre metade e um terço das crianças precisariam trabalhar esses raciocínios na escola, pois, quando ingressam no ensino fundamental, ainda não tiveram oportunidades anteriores para pensar sobre relações entre quantidades. Nossas pesquisas mostram ainda que, se as crianças que estão correndo o risco de fracasso na matemática tiverem as oportunidades certas para desenvolver esse raciocínio lógico sobre as quantidades, seu desempenho posterior poderá ficar até mesmo um pouco acima da média.
Qual seria a segunda mudança necessária?
A segunda mudança relaciona-se à formação de professores para o ensino fundamental. Se eles não tiverem a oportunidade de repensar a matemática, não terão como trabalhar com seus alunos de uma nova maneira. A participação dos professores é essencial para que qualquer mudança ocorra na educação. Portanto, para transformar o ensino da matemática, é essencial haver um conjunto integrado de mudanças, apoiando os professores em formação e a formação continuada dos professores. Transformar a educação matemática significa transformar toda uma cultura escolar, pois os professores têm de recriar a matemática escolar na sala de aula todos os dias. Por isso, as mudanças em educação são sempre demoradas, porque se trata de mudanças culturais que não são conquistadas de um dia para o outro.
O processo de ensino-aprendizagem da matemática também é um problema em outros países?
As comparações internacionais mostram que os níveis de desempenho nas mesmas provas variam de modo significativo entre países diferentes. Alguns sempre se saem bem, outros sempre mostram resultados baixos, e outros oscilam, melhorando em alguns anos, porém demonstrando quedas nos resultados em outros anos.
O que faz com que certos países
tenham bons resultados?
As comparações internacionais devem ser interpretadas cuidadosamente, já que não podem ser vistas como medidas somente da eficácia do ensino escolar. Sabemos, por exemplo, que as diferenças socioeconômicas têm consequências para o sucesso escolar. Em alguns países, como a Finlândia, as diferenças socioeconômicas são muito pequenas; portanto, espera-se que o resultado dos alunos seja em média mais alto e homogêneo. Em outros países, como os Estados Unidos e a Inglaterra, existem diferenças socioeconômicas marcantes, embora não sejam comparáveis às diferenças existentes no Brasil.
Por que tais diferenças não são comparáveis?
Uma criança pobre na Inglaterra tem acesso a alimentação e saúde básicas, enquanto as mães têm acompanhamento durante todo o período pré-natal e visitas de uma especialista após o nascimento do bebê para orientá-las no cuidado infantil. O acesso a alimentação, saúde e orientação nos cuidados infantis não é o mesmo no Brasil. Outra diferença importante entre países é o acesso à educação pré-escolar, que em muitos países pode começar aos 3 ou 4 anos, dando às crianças uma aceleração inicial quando elas ingressam na escola, porque já começam socialmente adaptadas ao ambiente e tendo algum conhecimento preparatório construído na pré-escola. Finalmente, em muitos países, existe uma tradição de ensino particular, além do ensino escolar. Nos países em que o ábaco é utilizado, é comum que as crianças frequentem aulas particulares para dominar tal uso. Logo, seria ingênuo concluir que podemos simplesmente importar para o Brasil as características dos sistemas educacionais que apresentam melhores resultados nessas comparações.
Que lições podem ser retiradas
das avaliações internacionais?
Feitas essas ressalvas, não se pode esquecer que o desempenho do Brasil nas comparações internacionais revela o mesmo que as provas feitas por professores brasileiros para estudantes brasileiros: o ensino de matemática precisa ser melhorado. O Brasil tem dado passos importantes para melhorar o ensino, como, por exemplo, a análise de livros didáticos, que identifica aqueles que são mais adequados, bem como a biblioteca do professor, que facilita o acesso a livros que possam contribuir para a sua formação continuada. Contudo, o país não utiliza os recursos disponíveis em sua plenitude. Existem fortes grupos de pesquisa em educação matemática e pesquisadores de renome internacional que poderiam contribuir para a melhoria do ensino, mas cujo trabalho ainda não é aproveitado.
Que novos aportes a ciência tem trazido para ajudar os professores de matemática?
É difícil listá-los, pois são muitos, mas é possível exemplificá-los, fazendo uma comparação entre a tradição atual de ensino no Brasil e as novas concepções que surgiram a partir da pesquisa em educação matemática. Por exemplo, no ensino de matemática pensa-se em ensinar as operações aritméticas. Na pesquisa em educação matemática, pensa-se em campos conceituais, o que significa que a adição e a subtração precisam ser compreendidas como aspectos diferentes do mesmo raciocínio.
Como esse processo funciona na prática?
Quando alguém compra algo que custa 80 reais e o vendedor calcula o troco para uma nota de 100, ele pode calcular por soma (80 mais 20 igual a 100) ou por subtração (100 menos 80 igual a 20). O importante não é a conta que o vendedor faz, mas o uso de um raciocínio parte-todo segundo o qual o todo (o dinheiro que o freguês deu ao vendedor) é igual à soma das partes (o que ele gastou mais o que recebeu de troco). Esse raciocínio caracteriza as situações chamadas aditivas e é diferente daquele usado em situações chamadas multiplicativas. Em uma situação multiplicativa, as relações entre as quantidades não são do tipo parte-todo, e sim do tipo correspondência um-a-muitos. Por exemplo, se um caqui custa 5 reais, existe uma relação 1:5 entre o número de caquis e o preço. Os problemas que envolvem esse tipo de raciocínio situam-se no campo do raciocínio multiplicativo e são resolvidos por multiplicação ou divisão.
De que modo essas questões se relacionam com as pesquisas?
As pesquisas indicam que os alunos precisam pensar sobre as quantidades de modo diferente quando os problemas versam sobre situações aditivas ou situações multiplicativas. A base dos dois tipos de raciocínio é completamente diferente. Essa perspectiva sobre situações aditivas e multiplicativas é bastante diferente da prática atual, ou seja, a de se ensinar primeiro a adição e depois a subtração, como dois tópicos distintos, e também é muito diferente do ensino da multiplicação como adição repetida. É verdade que se podem resolver contas de multiplicar por adições repetidas, porém o raciocínio multiplicativo é completamente diferente do raciocínio aditivo. Esses aportes da ciência para o ensino poderiam transformar a educação matemática se fossem concebidos como política nacional.
Muitos professores de matemática resistem à inclusão de alunos com necessidades especiais, pois dizem que a matemática é impossível para tais alunos. Qual é a sua opinião a esse respeito?
O significado da inclusão vai além da questão do ensino de matemática. A expressão alunos com necessidades especiais encobre muitas diferenças que precisam ser compreendidas. Minha opinião é a de que todos os alunos devem receber o melhor ensino possível – e, para isso, é necessário compreender essas necessidades especiais, em vez de encobri-las com uma terminologia inespecífica. Por exemplo, sabemos que os alunos surdos aprendem melhor quando usamos recursos visuais, como objetos ou figuras, para apoiar a apresentação de problemas de matemática, não importando se essa apresentação seja feita usando língua de sinais ou língua oral. Sabemos também que os alunos precisam discutir ideias matemáticas para que se tornem conscientes do próprio raciocínio. Portanto, eles precisam participar de uma comunidade linguística que permita a discussão das ideias matemáticas. A questão é se a classe regular tem condições de oferecer ao aluno surdo as condições de ensino que correspondem às suas características.
Nesse caso, a seu ver, o uso de recursos visuais não seria suficiente?
O uso de recursos visuais algumas vezes ajuda igualmente o aluno ouvinte; outras vezes não o ajuda, mas também não o atrapalha. Por isso, é fácil atender às necessidades do aluno surdo nesse sentido em uma classe regular, mas como garantir que ele não seja marginalizado em uma discussão sobre ideias matemáticas entre pares? Essa é uma questão que merece a atenção dos professores. A importância de uma comunidade de aprendizes não pode ser ignorada na sala de aula.
Fonte: http://www.revistapatio.com.br
sexta-feira, 2 de março de 2012
Ex-ministro defende federalização do ensino básico
Senador Cristovam Buarque diz que MEC está 'refém' do ensino superior e propõe que pasta assuma escolas de educação básica
Agência Senado
Passar para a União a responsabilidade pelo ensino básico é a saída para o Brasil dar um salto de qualidade na educação. A avaliação é do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que, em pronunciamento em Plenário nesta quinta-feira, defendeu a federalização da educação de base. O senador elogiou as intenções do atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, mas afirmou que ele será apenas o ministro do "avanço" e não do "salto" por não aprovar a medida.
Cristovam afirmou que Mercadante é o ministro da Educação com mais condições de realizar um bom trabalho à frente da pasta. Segundo o senador, Mercadante tem força no governo e no PT e ainda passou pelo comando de outra pasta importante: o ministério de Ciência e Tecnologia. Apesar disso e de suas boas ideias, o senador acredita que ele não deve conseguir resultados definitivos, pois o ministério estaria "prisioneiro" do ensino superior.
"Enquanto não tivermos um Ministério da Educação de Base, em que o ministro possa falar só disso, e só possa mostrar resultados nisso, e ser criticado pelo que fizer errado nisso, nós não vamos ter um ministro que de fato dê um salto na educação de base. Além isso, não há como melhorar a educação nos pobres municípios e Estados brasileiros enquanto a União não for responsável pelo ensino de nossas crianças", argumentou.
Para Buarque, uma grande dificuldade para melhorias na educação de base é a contradição entre o valor que deveria ser pago aos professores e os recursos que os governos estaduais dispõem para isso. O senador disse ter comemorado o anúncio esta semana do reajuste no piso salarial dos professores para R$ 1.451,00, mas este salário ainda estaria distante do ideal para a categoria. O ideal deveria ser a criação de uma carreira do magistério, com salários iniciais em torno de R$ 9 mil.
"Os governadores não podem pagar (esse valor) e os professores não podem trabalhar com salário tão baixo. Como resolver esta contradição? Federalizando a educação de base", defendeu, lembrando que as melhores escolas do País não são estaduais, mas federais.
O senador fez sugestões de como resolver a questão, sabendo que a solução só viria a longo prazo, já que não seria possível à União assumir todas as escolas do País de uma só vez. Uma ideia seria o governo federal se responsabilizar por 300 escolas em todo País e, ao longo dos anos, aumentar este número até alcançar as 200 mil escolas existentes. Outra proposta seria escolher um município específico - a partir de critérios como o mais baixo IDH - e adotar todas as escolas daquela cidade. A partir daí e ir ampliando a atuação a outros municípios. Só assim, acredita ele, seria possível fazer uma revolução na educação do País.
Agência Senado
Passar para a União a responsabilidade pelo ensino básico é a saída para o Brasil dar um salto de qualidade na educação. A avaliação é do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que, em pronunciamento em Plenário nesta quinta-feira, defendeu a federalização da educação de base. O senador elogiou as intenções do atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, mas afirmou que ele será apenas o ministro do "avanço" e não do "salto" por não aprovar a medida.
Cristovam afirmou que Mercadante é o ministro da Educação com mais condições de realizar um bom trabalho à frente da pasta. Segundo o senador, Mercadante tem força no governo e no PT e ainda passou pelo comando de outra pasta importante: o ministério de Ciência e Tecnologia. Apesar disso e de suas boas ideias, o senador acredita que ele não deve conseguir resultados definitivos, pois o ministério estaria "prisioneiro" do ensino superior.
"Enquanto não tivermos um Ministério da Educação de Base, em que o ministro possa falar só disso, e só possa mostrar resultados nisso, e ser criticado pelo que fizer errado nisso, nós não vamos ter um ministro que de fato dê um salto na educação de base. Além isso, não há como melhorar a educação nos pobres municípios e Estados brasileiros enquanto a União não for responsável pelo ensino de nossas crianças", argumentou.
Para Buarque, uma grande dificuldade para melhorias na educação de base é a contradição entre o valor que deveria ser pago aos professores e os recursos que os governos estaduais dispõem para isso. O senador disse ter comemorado o anúncio esta semana do reajuste no piso salarial dos professores para R$ 1.451,00, mas este salário ainda estaria distante do ideal para a categoria. O ideal deveria ser a criação de uma carreira do magistério, com salários iniciais em torno de R$ 9 mil.
"Os governadores não podem pagar (esse valor) e os professores não podem trabalhar com salário tão baixo. Como resolver esta contradição? Federalizando a educação de base", defendeu, lembrando que as melhores escolas do País não são estaduais, mas federais.
O senador fez sugestões de como resolver a questão, sabendo que a solução só viria a longo prazo, já que não seria possível à União assumir todas as escolas do País de uma só vez. Uma ideia seria o governo federal se responsabilizar por 300 escolas em todo País e, ao longo dos anos, aumentar este número até alcançar as 200 mil escolas existentes. Outra proposta seria escolher um município específico - a partir de critérios como o mais baixo IDH - e adotar todas as escolas daquela cidade. A partir daí e ir ampliando a atuação a outros municípios. Só assim, acredita ele, seria possível fazer uma revolução na educação do País.
Abicalil deixa Mec nesta 6ª e pode assumir cargo na Câmara
Gabriela Galvão e Patrícia Sanches
O ex-deputado mato-grossense Carlos Abicalil (PT) cumpre, nesta sexta (2), seu último dia de trabalho como secretário de Articulação com os Sistemas de Ensino, no Ministério da Educação. Acontece que, segundo Ságuas Moraes, que comanda a Educação no Estado, termina nesta sexta o processo de transição na pasta. Em 24 de janeiro Aloízio Mercadante tomou posse como novo ministro, em substituição a Fernando Haddad. O futuro de Abicalil, contudo, ainda é uma incógnita.
Nos bastidores, a informação é de que o secretário pode assumir um cargo no gabinete da presidência da Câmara Federal, comandada por Marco Maia (PT). Também foi ventilada a hipótese dele assumir uma função na Casa Civil, com apoio da ministra-chefe da secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Ideli Salvatti (PT). Ságuas, por sua vez, declarou em visita ao RDNews nesta sexta, que ainda não existe uma definição.
Abicalil é o petista do Estado mais bem articulado junto à cúpula do governo federal e conta com aliados de peso em Brasília, principalmente com a ala majoritária do partido que comanda o país com a presidente Dilma Rousseff. Com isso, a possibilidade de retornar para o Estado é refutada pelos membros da legenda, bem como uma eventual candidatura nestas eleições.
Em junho do último ano, Salvatti já pretendia nomeá-lo como seu "braço direito" na pasta, entretanto, reportagem da Revista Veja intitulada de "Ministério dos Aloprados", apontou os dois como envolvidos no esquema de fabricação de dossiês para prejudicar candidaturas tucanas em 2006, o que provavelmente acabou "retardando" a de Abicalil para lá.
O ex-deputado federal conseguiu o cargo na Educação após ser derrotado na disputa eleitoral de 2010, quando concorreu a uma vaga no senado e ficou com a terceira colocação, atrás dos eleitos Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT). O fracasso de Abicalil foi resultado, principalmente, de uma intensa disputa interna no partido com a ex-senadora Serys Marly, o que acabou fragilizando a legenda no Estado.
Outro lado
A reportagem do RDNews tentou entrar em contato com o ex-parlamentar, mas o mesmo não atendeu as ligações. No ministério, a informação foi de que ele estava em reunião fora da secretaria.
O ex-deputado mato-grossense Carlos Abicalil (PT) cumpre, nesta sexta (2), seu último dia de trabalho como secretário de Articulação com os Sistemas de Ensino, no Ministério da Educação. Acontece que, segundo Ságuas Moraes, que comanda a Educação no Estado, termina nesta sexta o processo de transição na pasta. Em 24 de janeiro Aloízio Mercadante tomou posse como novo ministro, em substituição a Fernando Haddad. O futuro de Abicalil, contudo, ainda é uma incógnita.
Nos bastidores, a informação é de que o secretário pode assumir um cargo no gabinete da presidência da Câmara Federal, comandada por Marco Maia (PT). Também foi ventilada a hipótese dele assumir uma função na Casa Civil, com apoio da ministra-chefe da secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Ideli Salvatti (PT). Ságuas, por sua vez, declarou em visita ao RDNews nesta sexta, que ainda não existe uma definição.
Abicalil é o petista do Estado mais bem articulado junto à cúpula do governo federal e conta com aliados de peso em Brasília, principalmente com a ala majoritária do partido que comanda o país com a presidente Dilma Rousseff. Com isso, a possibilidade de retornar para o Estado é refutada pelos membros da legenda, bem como uma eventual candidatura nestas eleições.
Em junho do último ano, Salvatti já pretendia nomeá-lo como seu "braço direito" na pasta, entretanto, reportagem da Revista Veja intitulada de "Ministério dos Aloprados", apontou os dois como envolvidos no esquema de fabricação de dossiês para prejudicar candidaturas tucanas em 2006, o que provavelmente acabou "retardando" a de Abicalil para lá.
O ex-deputado federal conseguiu o cargo na Educação após ser derrotado na disputa eleitoral de 2010, quando concorreu a uma vaga no senado e ficou com a terceira colocação, atrás dos eleitos Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT). O fracasso de Abicalil foi resultado, principalmente, de uma intensa disputa interna no partido com a ex-senadora Serys Marly, o que acabou fragilizando a legenda no Estado.
Outro lado
A reportagem do RDNews tentou entrar em contato com o ex-parlamentar, mas o mesmo não atendeu as ligações. No ministério, a informação foi de que ele estava em reunião fora da secretaria.
Humilhados alunos denunciam professor por bullying em Mato Grosso
Eliza Gund
de Alta Floresta
A família da adolescente ainda não se conforma com o que aconteceu. A universitária de 17 anos precisou ser internada no Hospital Regional, após uma crise, motivada supostamente por ataques e assedio moral praticado pelo professor André Roberto Mampumbu. A prática de "bullying" será investigada por uma comissão da Universidade de Mato Grosso (Unemat). O caso também deverá ser investigado pela Polícia.
O irmão da adolescente, que estuda na mesma sala, Valterley, relata que nos primeiros 15 minutos da aula a irmã teve a crise convulsiva, após ter iniciado a sucessão de ofensas expelidas pelo professor.
“Ficou tirando saro do nome, do jeito de vestir, de falar, tudo isso. No começo da aula ele falou que era rígido, porque quando ele estudou os professores dele eram assim. Quando nós chegamos na faculdade, a imagem dele já não foi boa pra gente, e na primeira aula ele já ter feito essa pressão psicológica, qualquer um podia ter dado problema, foi muito pressão”.
Além da adolescente, outro jovem também teve crise, ambos foram socorridos, mas no caso da adolescente, Valterley relata que o professor tentou ajudar a prestar o socorro, mas de forma incorreta. “O professor veio ajudar, só que ele tava apertando muito, como ela tava se batendo por causa da crise, nós pedimos pra ele parar porque tava machucando, ai ele falou que tinha avisado que ela tava com o demônio e o satanás no corpo, que tinha que tirar isso, ali com ela se batendo no chão, aí nós ficamos bravos com ele”, relatou o irmão da vítima.
Jean Correia de Oliveira, a outra vítima, sofreu seqüelas mais graves, o jovem esta em estado de confusão mental, segundo relatos da família o mesmo esta com a fala confusa, anda com dificuldades e sofreu uma perda de memória, fazendo-se assim necessário o seu encaminhamento, feito pela própria equipe médica do Hospital Regional de Alta Floresta, para o município de Colíder, onde vai passar por um neurologista.
As famílias se mostram preocupadas com a situação, e dizem que providencias serão tomadas, caso a entidade não as tome. “Nós vamos esperar justiça por parte da diretoria da faculdade pra ver o que vai acontecer”, relatou o pai da adolescente, que se emociona ao lembrar da forma como recebeu a noticia.
“Eu tava em casa descansando depois do serviço, tinha acabado de tomar banho, e saí correndo com minha mulher pro hospital. Cheguei lá encontrei ela numa situação critica. Fiquei acabado, porque ela tava boa, e por causa de um professor aconteceu tudo isso, eu espero justiça”, frisou Vanderley, dizendo pensar que teria um ataque cardíaco ao ver a filha naquela situação.
Através da assessoria de comunicação da Universidade, foi divulgado que dentro de uma semana uma comissão, com três profissionais, deverá chegar ao município para apurar as denuncias envolvendo o professor de ciências biológicas.
de Alta Floresta
A família da adolescente ainda não se conforma com o que aconteceu. A universitária de 17 anos precisou ser internada no Hospital Regional, após uma crise, motivada supostamente por ataques e assedio moral praticado pelo professor André Roberto Mampumbu. A prática de "bullying" será investigada por uma comissão da Universidade de Mato Grosso (Unemat). O caso também deverá ser investigado pela Polícia.
O irmão da adolescente, que estuda na mesma sala, Valterley, relata que nos primeiros 15 minutos da aula a irmã teve a crise convulsiva, após ter iniciado a sucessão de ofensas expelidas pelo professor.
“Ficou tirando saro do nome, do jeito de vestir, de falar, tudo isso. No começo da aula ele falou que era rígido, porque quando ele estudou os professores dele eram assim. Quando nós chegamos na faculdade, a imagem dele já não foi boa pra gente, e na primeira aula ele já ter feito essa pressão psicológica, qualquer um podia ter dado problema, foi muito pressão”.
Além da adolescente, outro jovem também teve crise, ambos foram socorridos, mas no caso da adolescente, Valterley relata que o professor tentou ajudar a prestar o socorro, mas de forma incorreta. “O professor veio ajudar, só que ele tava apertando muito, como ela tava se batendo por causa da crise, nós pedimos pra ele parar porque tava machucando, ai ele falou que tinha avisado que ela tava com o demônio e o satanás no corpo, que tinha que tirar isso, ali com ela se batendo no chão, aí nós ficamos bravos com ele”, relatou o irmão da vítima.
Jean Correia de Oliveira, a outra vítima, sofreu seqüelas mais graves, o jovem esta em estado de confusão mental, segundo relatos da família o mesmo esta com a fala confusa, anda com dificuldades e sofreu uma perda de memória, fazendo-se assim necessário o seu encaminhamento, feito pela própria equipe médica do Hospital Regional de Alta Floresta, para o município de Colíder, onde vai passar por um neurologista.
As famílias se mostram preocupadas com a situação, e dizem que providencias serão tomadas, caso a entidade não as tome. “Nós vamos esperar justiça por parte da diretoria da faculdade pra ver o que vai acontecer”, relatou o pai da adolescente, que se emociona ao lembrar da forma como recebeu a noticia.
“Eu tava em casa descansando depois do serviço, tinha acabado de tomar banho, e saí correndo com minha mulher pro hospital. Cheguei lá encontrei ela numa situação critica. Fiquei acabado, porque ela tava boa, e por causa de um professor aconteceu tudo isso, eu espero justiça”, frisou Vanderley, dizendo pensar que teria um ataque cardíaco ao ver a filha naquela situação.
Através da assessoria de comunicação da Universidade, foi divulgado que dentro de uma semana uma comissão, com três profissionais, deverá chegar ao município para apurar as denuncias envolvendo o professor de ciências biológicas.
MT- Aumenta o número de projetos inscritos Cada projeto receberá entre R$ 1,5 a R$ 8 mil para desenvolvimento das ações pedagógicas
SECOM/MT
A Coordenadoria de Projetos Educativos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) recebeu este ano a inscrição de 736 projetos Pedagógicos Escolares visando a execução durante o ano letivo. O volume de trabalhos supera em cerca de 8% o número apresentados em 2011, quando a Coordenadoria registrou 680 projetos. Os projetos elaborados pelas Escolas buscam suporte financeiro para desenvolvimento de práticas educativas inovadoras complementares às atividades regulares realizadas em classe.
Em reunião da Comissão de Análise e Acompanhamento das proposições, realizada nesta quinta-feira (01.03), no auditório da Seduc, a assessora técnica da Coordenadoria, Telma Peres, destacou o aumento na participação das unidades com encaminhamento de projetos.“Desde que a Seduc começou a apoiar financeiramente essas ações este foi o ano que mais recebemos projetos”, destacou.
Ela explica que após o recebimento das propostas a comissão irá avaliar se cumprem as cláusulas estabelecidas no edital 010/2011 que estabelece os critérios para escolha dos projetos que receberão financiamento. Os membros da comissão têm até o próximo dia 20 de abril para divulgar os 300 projetos selecionados.
Cada projeto receberá entre R$ 1,5 a R$ 8 mil para desenvolvimento das ações pedagógicas propostas. Ao todo, a Seduc investirá este ano pouco mais de R$ 2,1 milhões no apoio a essas ações que precisam atender a uma das seguintes temáticas: Educação Científica, Educação Ambiental, Direitos Humanos, História e Cultura Afro-Brasileiro e Africana, História e Cultura Indígena, Cultura e Artes, Jogos Escolares, Horta Pedagógica e outras propostas na área pedagógica.
Para Telma Peres os projetos têm papel fundamental dentro das unidades de ensino na medida em que “incentivam a pesquisa e ao estudo coletivo entre alunos e profissionais do ensino de temáticas voltadas ao interesse da comunidade escolar”, contou. Ela conta ainda que após a divulgação dos projetos selecionados, a Seduc efetuará em parcela única o repasse da verba para as unidades de ensino, via Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE).
A Coordenadoria de Projetos Educativos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) recebeu este ano a inscrição de 736 projetos Pedagógicos Escolares visando a execução durante o ano letivo. O volume de trabalhos supera em cerca de 8% o número apresentados em 2011, quando a Coordenadoria registrou 680 projetos. Os projetos elaborados pelas Escolas buscam suporte financeiro para desenvolvimento de práticas educativas inovadoras complementares às atividades regulares realizadas em classe.
Em reunião da Comissão de Análise e Acompanhamento das proposições, realizada nesta quinta-feira (01.03), no auditório da Seduc, a assessora técnica da Coordenadoria, Telma Peres, destacou o aumento na participação das unidades com encaminhamento de projetos.“Desde que a Seduc começou a apoiar financeiramente essas ações este foi o ano que mais recebemos projetos”, destacou.
Ela explica que após o recebimento das propostas a comissão irá avaliar se cumprem as cláusulas estabelecidas no edital 010/2011 que estabelece os critérios para escolha dos projetos que receberão financiamento. Os membros da comissão têm até o próximo dia 20 de abril para divulgar os 300 projetos selecionados.
Cada projeto receberá entre R$ 1,5 a R$ 8 mil para desenvolvimento das ações pedagógicas propostas. Ao todo, a Seduc investirá este ano pouco mais de R$ 2,1 milhões no apoio a essas ações que precisam atender a uma das seguintes temáticas: Educação Científica, Educação Ambiental, Direitos Humanos, História e Cultura Afro-Brasileiro e Africana, História e Cultura Indígena, Cultura e Artes, Jogos Escolares, Horta Pedagógica e outras propostas na área pedagógica.
Para Telma Peres os projetos têm papel fundamental dentro das unidades de ensino na medida em que “incentivam a pesquisa e ao estudo coletivo entre alunos e profissionais do ensino de temáticas voltadas ao interesse da comunidade escolar”, contou. Ela conta ainda que após a divulgação dos projetos selecionados, a Seduc efetuará em parcela única o repasse da verba para as unidades de ensino, via Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE).
quinta-feira, 1 de março de 2012
MEC vai incluir ciências na Prova Brasil, informa ministro
Com a mudança, exame ficará mais próximo a programa internacional de avaliação
Agência Brasil
BRASÍLIA - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta quarta-feira, em audiência pública no Senado, que irá incluir a disciplina ciências na Prova Brasil, a principal avaliação da educação básica. O exame, aplicado pelo MEC aos alunos do 5.º e 9.º anos do ensino fundamental a cada dois anos, até o momento mede apenas o desempenho em matemática e português.
Mercadante não disse se a mudança já valerá para a próxima edição da prova, marcada para 2013. O exame é um dos principais componentes do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que avalia a qualidade do ensino oferecido por escolas, municípios e Estados. A última edição foi aplicada em 2011 e os resultados do Ideb serão divulgados neste ano. Todas as redes de ensino e escolas têm metas a serem atingidas até 2022, estipuladas em 2007 pelo MEC.
Com a inclusão de ciências na Prova Brasil, o exame fica mais próximo ao Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). O teste internacional é aplicado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em mais de 60 países e mede as habilidades dos alunos em linguagens, matemática e ciências. O Brasil melhorou seu desempenho no programa de 2000 a 2010, mas continua nas últimas posições do ranking.
Governo mudará correção de redações do Enem
Uma das possibilidades é enviar textos para cinco especialistas em casos de discrepância de notas
Rafael Moraes Moura - Agência Estado
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu nesta quinta-feira que as redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passem por mudanças no critério de correção, garantindo mais objetividade e segurança aos alunos. Conforme informou ontem o jornal O Estado de S.Paulo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão que cuida do Enem, discute internamente mudanças na correção das redações. Uma das possibilidades é, no caso de discrepância das notas do primeiro e do segundo corretor, a redação ser levada a uma banca com três especialistas.
"Vamos mudar os critérios de correção, porque a redação sempre tem um caráter subjetivo. Quanto menor a dispersão das notas, quanto mais objetividade e segurança nós dermos aos alunos, melhor para a valorização do Enem. Vamos alterar o critério, sim, aguardar a comissão de especialistas que está discutindo a matéria fazer uma proposta antes de bater o martelo", disse o ministro, que participou hoje do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
No ano passado, o Inep foi confrontado com processos judiciais de candidatos que criticaram as notas finais. Foi o caso de uma estudante carioca que recebeu três notas diferentes: 800 (do primeiro corretor), 0 (do segundo) e 440 (do terceiro).
"Pretendemos melhorar a realização do Enem para este ano. Para o aluno não vai ter alteração: o que vale no Enem é estudar. Estudou, passa. O que vamos aprimorar é a forma de fazer o exame para evitar as dificuldades", afirmou Mercadante. As provas do Enem 2012 estão marcadas para 3 e 4 de novembro.
Salário
Quanto ao pagamento do piso nacional dos professores, que foi reajustado para R$ 1.451 por mês, Mercadante disse que o MEC sabe das dificuldades das prefeituras garantirem o pagamento desse valor, mas afirmou que isso não pode levar ao retrocesso.
"Se quisermos ter educação de qualidade no Brasil, vamos ter de continuar recuperando o piso, para que os jovens que estão na universidade se motivem a ser professores", afirmou.
Rafael Moraes Moura - Agência Estado
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu nesta quinta-feira que as redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passem por mudanças no critério de correção, garantindo mais objetividade e segurança aos alunos. Conforme informou ontem o jornal O Estado de S.Paulo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão que cuida do Enem, discute internamente mudanças na correção das redações. Uma das possibilidades é, no caso de discrepância das notas do primeiro e do segundo corretor, a redação ser levada a uma banca com três especialistas.
"Vamos mudar os critérios de correção, porque a redação sempre tem um caráter subjetivo. Quanto menor a dispersão das notas, quanto mais objetividade e segurança nós dermos aos alunos, melhor para a valorização do Enem. Vamos alterar o critério, sim, aguardar a comissão de especialistas que está discutindo a matéria fazer uma proposta antes de bater o martelo", disse o ministro, que participou hoje do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
No ano passado, o Inep foi confrontado com processos judiciais de candidatos que criticaram as notas finais. Foi o caso de uma estudante carioca que recebeu três notas diferentes: 800 (do primeiro corretor), 0 (do segundo) e 440 (do terceiro).
"Pretendemos melhorar a realização do Enem para este ano. Para o aluno não vai ter alteração: o que vale no Enem é estudar. Estudou, passa. O que vamos aprimorar é a forma de fazer o exame para evitar as dificuldades", afirmou Mercadante. As provas do Enem 2012 estão marcadas para 3 e 4 de novembro.
Salário
Quanto ao pagamento do piso nacional dos professores, que foi reajustado para R$ 1.451 por mês, Mercadante disse que o MEC sabe das dificuldades das prefeituras garantirem o pagamento desse valor, mas afirmou que isso não pode levar ao retrocesso.
"Se quisermos ter educação de qualidade no Brasil, vamos ter de continuar recuperando o piso, para que os jovens que estão na universidade se motivem a ser professores", afirmou.
MT - Ladrão é preso após fazer arrastão e ameaçar estudantes
Cleber Sato, 20 anos, foi preso em flagrante: ele ameaçou alunos de uma escola em VG
DA REDAÇÃO
Policiais militares prenderam em flagrante o assaltante Cleber Santos Sato, de 20 anos, que invadiu a escola de idiomas Fisk, no centro de Várzea Grande, onde fez um arrastão, rendendo, pelo menos, 30 pessoas – a maioria adolescentes, que fazem curso de língua inglesa.
Armado com um revólver, ele ameaçou atirar, caso alguém reagisse. O assaltante ainda espancou um dos professores.
Um dos alunos, que se abaixou na carteira, conseguiu ligar para a Polícia Militar. Assim que desceu a escada até o térreo, o banido foi preso por policiais militares, que cercavam o local. A prisão ocorreu às 19h40 de quarta-feira (29).
Segundo os policiais, Cleber havia roubado celulares e outros pertences das vítimas e que foram colocados numa sacola.
Durante o assalto, ele colocou a arma na cabeça de um dos adolescentes e ameaçou atirar. Para provar que não estava brincando, abriu o tambor do revólver calibre 38, apreendido com ele.
“Foi muita tensão. Havia muitos adolescentes, na faixa etária de 13 a 17 anos, que estudam inglês. O assaltante queria dinheiro, celular, tudo”, relatou a mãe de uma das vítimas que esteve na Central de Flagrantes. Foram 10 vítimas ouvidas pelo delegado plantonista e que relataram momentos de pânico.
Conforme os estudantes, o bandido subiu a escada e chegou na entrada da escola, que fica no primeiro andar. Assim que se aproximou das duas salas de aula, separadas por um vidro, o professor da outra sala percebeu quando Cleber sacou a arma e apagou a luz. Em seguida, pediu para que todos se abaixassem.
“O bandido viu que tinha gente na outra sala. Então, entrou, agrediu o professor e obrigou os alunos a entregar o celular. Foi um pânico total”, acrescentou a mãe.
Nesse ínterim, policiais militares já tinham sido acionados e cercaram a frente do prédio, na Rua Fenelon Muller, mas deixaram as viaturas na outra rua, para não assustar o bandido, que poderia voltar e fazer as crianças reféns.
Assim que desceu a escada, ele foi preso. Na Central de Flagrantes, Cleber foi autuado por roubo.
Elogio é bom e faz bem
Se você costuma elogiar as atitudes positivas de seus filhos, parabéns! Você está no caminho certo. É isso mesmo! As crianças aprendem muito mais através de elogios.
Um grupo de pesquisadores, por exemplo, colocou dois grupos de crianças para executar uma tarefa de complexidade média, onde todos conseguiriam fazer. Durante a atividade, um grupo foi elogiado pela sua inteligência e outro pelo esforço, ou seja, pela capacidade de tentar e pela persistência. Novamente foi proposta outra atividade, de complexidade semelhante à primeira, e as crianças do grupo que foi elogiado pela Inteligência não quiseram fazer a nova atividade, ou seja, não quiseram correr o risco de falhar e não serem mais elogiadas pelos adultos. Já o grupo das crianças que foram reforçadas por sua tentativa e persistência; todas quiseram fazer a nova atividade, afinal, ganhariam o elogio dos adultos se conseguissem ou não realizar a tarefa. Seriam elogiadas pela tentativa.
Então, os elogios devem ser em relação às atitudes e comportamentos da criança, como: “Parabéns, meu filho! Você tentou, tentou e conseguiu!”, “Nossa, como você é organizado! Seus brinquedos estão todos guardados!”, “Como você é gentil ajudando o seu irmãozinho!”. Esse tipo de elogio, além de reforçar o comportamento adequado da criança, mostra o que os pais esperam dela. Quando a criança entende o que é esperado dela, a chance de executar determinados comportamentos aumenta. Muitos pais, infelizmente, focam a sua educação em dizer o que a criança não deve fazer, mas esquecem de falar o que é para ser feito e de elogiar quando eles acertam.
Se os pais focarem a sua atenção aos comportamentos inadequados dos filhos, apenas falando sobre o que eles estavam fazendo de errado, a tendência é que os filhos continuem com os comportamentos inadequados, a fim de ter atenção dos genitores. Lembre-se que atenção negativa ou positiva, continua sendo atenção da mesma maneira.
Dessa forma, é melhor os pais concentrarem sua atenção naquilo que querem de melhor para os filhos. Quanto mais a educação for baseada no aspecto positivo, mais resultados surgirão. A criança é muito suscetível ao elogio, pois através dele, sente-se adequada e mais amada pelos pais. Tudo que as crianças querem (e nós adultos também) é sentir que são amadas e aceitas.
Portanto, quando forem educar os filhos, corrijam as atitudes e não a criança. Não diga que seu filho é errado, porque na verdade, a atitude é que é inadequada. Opte por explicar o que deve ser feito e o porquê deve ser feito daquela maneira e elogie a criança, inclusive, pela tentativa de mudança. Elogie mais ainda quando ela alcançar o resultado esperado.
--------------------------------------------------------------------------------
Jéssica Fogaça
contato@estimuloconsultoria.com.br
Psicóloga Comportamental, Especializada em Clínica Analítico-Comportamental Infantil pelo Núcleo Paradigma de Análise do Comportamento.
--------------------------------------------------------------------------------
Um grupo de pesquisadores, por exemplo, colocou dois grupos de crianças para executar uma tarefa de complexidade média, onde todos conseguiriam fazer. Durante a atividade, um grupo foi elogiado pela sua inteligência e outro pelo esforço, ou seja, pela capacidade de tentar e pela persistência. Novamente foi proposta outra atividade, de complexidade semelhante à primeira, e as crianças do grupo que foi elogiado pela Inteligência não quiseram fazer a nova atividade, ou seja, não quiseram correr o risco de falhar e não serem mais elogiadas pelos adultos. Já o grupo das crianças que foram reforçadas por sua tentativa e persistência; todas quiseram fazer a nova atividade, afinal, ganhariam o elogio dos adultos se conseguissem ou não realizar a tarefa. Seriam elogiadas pela tentativa.
Então, os elogios devem ser em relação às atitudes e comportamentos da criança, como: “Parabéns, meu filho! Você tentou, tentou e conseguiu!”, “Nossa, como você é organizado! Seus brinquedos estão todos guardados!”, “Como você é gentil ajudando o seu irmãozinho!”. Esse tipo de elogio, além de reforçar o comportamento adequado da criança, mostra o que os pais esperam dela. Quando a criança entende o que é esperado dela, a chance de executar determinados comportamentos aumenta. Muitos pais, infelizmente, focam a sua educação em dizer o que a criança não deve fazer, mas esquecem de falar o que é para ser feito e de elogiar quando eles acertam.
Se os pais focarem a sua atenção aos comportamentos inadequados dos filhos, apenas falando sobre o que eles estavam fazendo de errado, a tendência é que os filhos continuem com os comportamentos inadequados, a fim de ter atenção dos genitores. Lembre-se que atenção negativa ou positiva, continua sendo atenção da mesma maneira.
Dessa forma, é melhor os pais concentrarem sua atenção naquilo que querem de melhor para os filhos. Quanto mais a educação for baseada no aspecto positivo, mais resultados surgirão. A criança é muito suscetível ao elogio, pois através dele, sente-se adequada e mais amada pelos pais. Tudo que as crianças querem (e nós adultos também) é sentir que são amadas e aceitas.
Portanto, quando forem educar os filhos, corrijam as atitudes e não a criança. Não diga que seu filho é errado, porque na verdade, a atitude é que é inadequada. Opte por explicar o que deve ser feito e o porquê deve ser feito daquela maneira e elogie a criança, inclusive, pela tentativa de mudança. Elogie mais ainda quando ela alcançar o resultado esperado.
--------------------------------------------------------------------------------
Jéssica Fogaça
contato@estimuloconsultoria.com.br
Psicóloga Comportamental, Especializada em Clínica Analítico-Comportamental Infantil pelo Núcleo Paradigma de Análise do Comportamento.
--------------------------------------------------------------------------------
AVALIAÇÃO QUALITATIVA x TRADICIONALISMO: a prática docente na Educação Infantil
Débora Brandão de Paula e Natália Rigueira Fernandes
DESCRIÇÃO DOS OBJETIVOS
A presente pesquisa apresenta como objetivos a verificação dos tipos de avaliação presentes nas escolas de Educação Infantil e a análise da prática docente e a concepção dos professores de Educação Infantil sobre a avaliação. Da mesma forma, este trabalho pretende detectar se as práticas avaliativas são qualitativas e processuais, conforme recomendam os estudos e pesquisas da atualidade, sobre a Educação Infantil.
INTRUDUÇÃO
A avaliação é um aspecto da educação que tem sido vastamente estudado na atualidade. Sabe-se que, para estar inserida no processo de ensino e aprendizagem, necessita ser constantemente planejada e repensada, como um processo. Caso contrário, esta prática pode se transformar em um mecanismo tradicional e mecânico. Baseado nesta premissa o presente artigo apresenta como objetivo a análise do processo avaliativo, e das possíveis práticas tradicionais, identificando, assim, as conseqüências que decorrem do tradicionalismo na Educação Infantil. Dessa forma, o enfoque principal permeia a prática tradicional, que ainda se encontra presente em muitos segmentos da educação, ou seja, o tradicionalismo decorrente na avaliação do desempenho de crianças da Educação Infantil e as possíveis conseqüências produzidas por tal ação conservadora, conforme afirma Silva (1994) em seus estudos sobre Focault e as relações de poder no interior da escola.
A elaboração da presente pesquisa foi embasada em autores renomados que estudam o tradicionalismo nas instituições e suas conseqüências, além de abordagens significativas sobre a Educação Infantil. Para que os resultados fossem alcançados de maneira satisfatória, foram realizadas entrevistas com professores de Educação Infantil para analisar suas práticas avaliativas e possíveis ações tradicionais. Assim, diante dos resultados alcançados, pôde-se verificar certa contradição entre concepção e prática no cotidiano das práticas avaliativas da escola que serviu como recorte da realidade.
DESENVOLVIMENTO
É necessário que haja uma grande reflexão em torno do planejamento avaliativo, pois, sem essa preocupação a avaliação pode se transformar em um método tradicional, voltado, exclusivamente, para se analisar a produção do aluno, ou seja, a “nota” obtida por este último. Desta forma, a avaliação pode se transformar em um mecanismo disciplinador e autoritário.
Sob esse prisma, a avaliação deixa de provocar mudança e transformação, e continua impregnada pelo tradicionalismo provocando tensão e sofrimento, além da estagnação daquilo que enfatizou Paulo Freire (1996) sobre a educação dialógica e a formação da consciência crítica. Diante desse contexto, ficam claros os prejuízos ocasionados por uma pratica avaliativa tradicional, e difícil de chegar à resposta do questionamento de muitos pesquisadores sobre como abolir o tradicionalismo presente nas práticas avaliativas na educação.
Para uma análise um pouco mais aprofundada o recorte da realidade escolhido foi uma escola particular do município de Viçosa-MG. Para tanto, foram entrevistadas duas professoras de Educação Infantil, uma de maternal e uma do segundo período. As entrevistas, de caráter semi-estruturado foram gravadas em aparelhos de MP3, em caráter sigiloso, a fim de detectar os objetivos traçados na presente pesquisa. Nas entrevistas realizadas está presente um conjunto de questões logicamente relacionadas com os objetivos deste trabalho, com a finalidade de, através de perguntas, direta e individualmente, esclarecer ao questionamento: a avaliação na Educação Infantil pode ser considerada uma prática tradicionalista e um instrumento de poder? As proposições de Hoffmann (1993) discorrem sobre esse aspecto, a partir do momento em que a autora afirma que a avaliação deve servir como um instrumento de aprendizagem para o próprio professor, que deve se basear no diálogo e na compreensão das reais necessidades de seus alunos, através de uma prática avaliativa qualitativa e voltada para o real desenvolvimento da criança.
Chamaremos as professoras entrevistadas de x e y. Quando interrogamos sobre o que é avaliar, as professoras não hesitaram, e afirmaram que a avaliação “consiste em se avaliar todo o desenvolvimento da criança”. Porém, quando consultadas sobre qual a finalidade da avaliação, ambas demonstraram não possuir um conceito definido sobre a utilidade avaliativa, expondo suas próprias dúvidas quanto a real utilidade da avaliação no segmento da Educação Infantil. Com isso, pôde-se observar que as profissionais entrevistadas não têm uma definição clara e objetiva do que seja avaliar, e da importância da prática avaliativa, competências necessárias ao professor de Educação Infantil, segundo Melchior (2002). Dessa maneira, se não há consenso entre profissionais da educação, pode-se detectar a carência da formação de professores acerca da avaliação, já que, conforme afirma Freire (1987), nossas escolas precisam contribuir para formação de sujeitos dialógicos, formados por docentes que conhecem os objetivos e pormenores dos processos avaliativos e metodológicos que utilizam como instrumentos de sua prática pedagógica.
No decorrer da entrevista, tanto a professora x como a professora y afirmaram trabalhar priorizando a abordagem qualitativa da avaliação. No entanto a professora x utiliza uma ficha de avaliação onde os alunos são rotulados por cores, onde a cor verde significa bom desenvolvimento, a cor amarela significa que a criança precisa melhorar, e a cor vermelha para quando o aluno precisa melhorar muito.
Mesmo diante da situação acima, a professora x afirmou avaliar seus alunos qualitativamente. A contradição fica, então, evidente, já que a rotulação e a conceituação dos termos pelas professoras (o que pode ser comprado com uma avaliação quantitativa na Educação Infantil) não estão em comunhão com as proposições de Paro (2001) que afirma que é importante que seja descrita a situação de cada criança em relação à etapa de seu desenvolvimento. Deve tornar-se claro na Educação Infantil, que a avaliação é um processo, tanto para o professor como para o aluno. Através do diálogo na sala de aula é que se chega ao conhecimento de qual deve ser a nova etapa no processo de construção do conhecimento para que os objetivos da aprendizagem sejam atingidos.
Quanto ao que diz respeito à auto-avaliação, as professoras afirmaram incentivar seus alunos a refletirem sobre seu comportamento, utilizando a mesma seqüência de cores citadas acima. Porém após a auto-avaliação feita pelas crianças, a professora x preenche em lacunas paralelas sua impressão sobre cada criança, permanecendo, assim, como medida na avaliação, o parecer final da professora. Certamente a intervenção da professora x, em cada auto-avaliação distorce todo o processo auto-avaliativo, causando inibição em seus alunos, que são novamente rotulados por cores, transformando essa experiência, em um processo quantitativo e tradicional diante do dos conceitos de emancipação e participação, recomendados como aspectos indispensáveis no processo avaliativo da Educação Infantil.
CONCLUSÃO
Por meio da presente pesquisa, pôde-se concluir que é uma realidade, na modalidade de Educação Infantil, a ausência de um conceito definido do que seja avaliação, dos seus objetivos e das nuances que permeiam a aplicação de tal instrumento na Educação Infantil, produzindo, muitas vezes, práticas mecânicas e autoritárias na avaliação de crianças pequenas. Com isso o tradicionalismo se estende da mesma forma que Perrenoud (1999) afirma, reproduzindo uma estrutura de dominação e poder no interior do espaço escolar, impregnando, desde a Educação Infantil uma prática docente dominadora e não dialógica, comprometendo, assim, todo o processo de ensino aprendizagem, principalmente o aspecto social e cognitivo da criança.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
_______, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 23ed. Rio de Janeiro: paz e Terra, 1987.
HOFFMANN, Jussara Maria Lerdch. Avaliação da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Educação e realidade, 1993.
MELCHIOR, Maria Celina. Avaliação Pedagógica: função e necessidade. 3ªed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2002.
PERRENOUD, Philippe. Avaliação da excelência à regulação das aprendizagens: entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
PARO, Vitor Henrique. Reprodução Escolar. São Paulo: Xamã, 2001.
SILVA, Tadeu Tomaz da. O Sujeito da Educação: Estudos Foucaultianos. Petrópolis. RJ: VOZES, 1994.
DESCRIÇÃO DOS OBJETIVOS
A presente pesquisa apresenta como objetivos a verificação dos tipos de avaliação presentes nas escolas de Educação Infantil e a análise da prática docente e a concepção dos professores de Educação Infantil sobre a avaliação. Da mesma forma, este trabalho pretende detectar se as práticas avaliativas são qualitativas e processuais, conforme recomendam os estudos e pesquisas da atualidade, sobre a Educação Infantil.
INTRUDUÇÃO
A avaliação é um aspecto da educação que tem sido vastamente estudado na atualidade. Sabe-se que, para estar inserida no processo de ensino e aprendizagem, necessita ser constantemente planejada e repensada, como um processo. Caso contrário, esta prática pode se transformar em um mecanismo tradicional e mecânico. Baseado nesta premissa o presente artigo apresenta como objetivo a análise do processo avaliativo, e das possíveis práticas tradicionais, identificando, assim, as conseqüências que decorrem do tradicionalismo na Educação Infantil. Dessa forma, o enfoque principal permeia a prática tradicional, que ainda se encontra presente em muitos segmentos da educação, ou seja, o tradicionalismo decorrente na avaliação do desempenho de crianças da Educação Infantil e as possíveis conseqüências produzidas por tal ação conservadora, conforme afirma Silva (1994) em seus estudos sobre Focault e as relações de poder no interior da escola.
A elaboração da presente pesquisa foi embasada em autores renomados que estudam o tradicionalismo nas instituições e suas conseqüências, além de abordagens significativas sobre a Educação Infantil. Para que os resultados fossem alcançados de maneira satisfatória, foram realizadas entrevistas com professores de Educação Infantil para analisar suas práticas avaliativas e possíveis ações tradicionais. Assim, diante dos resultados alcançados, pôde-se verificar certa contradição entre concepção e prática no cotidiano das práticas avaliativas da escola que serviu como recorte da realidade.
DESENVOLVIMENTO
É necessário que haja uma grande reflexão em torno do planejamento avaliativo, pois, sem essa preocupação a avaliação pode se transformar em um método tradicional, voltado, exclusivamente, para se analisar a produção do aluno, ou seja, a “nota” obtida por este último. Desta forma, a avaliação pode se transformar em um mecanismo disciplinador e autoritário.
Sob esse prisma, a avaliação deixa de provocar mudança e transformação, e continua impregnada pelo tradicionalismo provocando tensão e sofrimento, além da estagnação daquilo que enfatizou Paulo Freire (1996) sobre a educação dialógica e a formação da consciência crítica. Diante desse contexto, ficam claros os prejuízos ocasionados por uma pratica avaliativa tradicional, e difícil de chegar à resposta do questionamento de muitos pesquisadores sobre como abolir o tradicionalismo presente nas práticas avaliativas na educação.
Para uma análise um pouco mais aprofundada o recorte da realidade escolhido foi uma escola particular do município de Viçosa-MG. Para tanto, foram entrevistadas duas professoras de Educação Infantil, uma de maternal e uma do segundo período. As entrevistas, de caráter semi-estruturado foram gravadas em aparelhos de MP3, em caráter sigiloso, a fim de detectar os objetivos traçados na presente pesquisa. Nas entrevistas realizadas está presente um conjunto de questões logicamente relacionadas com os objetivos deste trabalho, com a finalidade de, através de perguntas, direta e individualmente, esclarecer ao questionamento: a avaliação na Educação Infantil pode ser considerada uma prática tradicionalista e um instrumento de poder? As proposições de Hoffmann (1993) discorrem sobre esse aspecto, a partir do momento em que a autora afirma que a avaliação deve servir como um instrumento de aprendizagem para o próprio professor, que deve se basear no diálogo e na compreensão das reais necessidades de seus alunos, através de uma prática avaliativa qualitativa e voltada para o real desenvolvimento da criança.
Chamaremos as professoras entrevistadas de x e y. Quando interrogamos sobre o que é avaliar, as professoras não hesitaram, e afirmaram que a avaliação “consiste em se avaliar todo o desenvolvimento da criança”. Porém, quando consultadas sobre qual a finalidade da avaliação, ambas demonstraram não possuir um conceito definido sobre a utilidade avaliativa, expondo suas próprias dúvidas quanto a real utilidade da avaliação no segmento da Educação Infantil. Com isso, pôde-se observar que as profissionais entrevistadas não têm uma definição clara e objetiva do que seja avaliar, e da importância da prática avaliativa, competências necessárias ao professor de Educação Infantil, segundo Melchior (2002). Dessa maneira, se não há consenso entre profissionais da educação, pode-se detectar a carência da formação de professores acerca da avaliação, já que, conforme afirma Freire (1987), nossas escolas precisam contribuir para formação de sujeitos dialógicos, formados por docentes que conhecem os objetivos e pormenores dos processos avaliativos e metodológicos que utilizam como instrumentos de sua prática pedagógica.
No decorrer da entrevista, tanto a professora x como a professora y afirmaram trabalhar priorizando a abordagem qualitativa da avaliação. No entanto a professora x utiliza uma ficha de avaliação onde os alunos são rotulados por cores, onde a cor verde significa bom desenvolvimento, a cor amarela significa que a criança precisa melhorar, e a cor vermelha para quando o aluno precisa melhorar muito.
Mesmo diante da situação acima, a professora x afirmou avaliar seus alunos qualitativamente. A contradição fica, então, evidente, já que a rotulação e a conceituação dos termos pelas professoras (o que pode ser comprado com uma avaliação quantitativa na Educação Infantil) não estão em comunhão com as proposições de Paro (2001) que afirma que é importante que seja descrita a situação de cada criança em relação à etapa de seu desenvolvimento. Deve tornar-se claro na Educação Infantil, que a avaliação é um processo, tanto para o professor como para o aluno. Através do diálogo na sala de aula é que se chega ao conhecimento de qual deve ser a nova etapa no processo de construção do conhecimento para que os objetivos da aprendizagem sejam atingidos.
Quanto ao que diz respeito à auto-avaliação, as professoras afirmaram incentivar seus alunos a refletirem sobre seu comportamento, utilizando a mesma seqüência de cores citadas acima. Porém após a auto-avaliação feita pelas crianças, a professora x preenche em lacunas paralelas sua impressão sobre cada criança, permanecendo, assim, como medida na avaliação, o parecer final da professora. Certamente a intervenção da professora x, em cada auto-avaliação distorce todo o processo auto-avaliativo, causando inibição em seus alunos, que são novamente rotulados por cores, transformando essa experiência, em um processo quantitativo e tradicional diante do dos conceitos de emancipação e participação, recomendados como aspectos indispensáveis no processo avaliativo da Educação Infantil.
CONCLUSÃO
Por meio da presente pesquisa, pôde-se concluir que é uma realidade, na modalidade de Educação Infantil, a ausência de um conceito definido do que seja avaliação, dos seus objetivos e das nuances que permeiam a aplicação de tal instrumento na Educação Infantil, produzindo, muitas vezes, práticas mecânicas e autoritárias na avaliação de crianças pequenas. Com isso o tradicionalismo se estende da mesma forma que Perrenoud (1999) afirma, reproduzindo uma estrutura de dominação e poder no interior do espaço escolar, impregnando, desde a Educação Infantil uma prática docente dominadora e não dialógica, comprometendo, assim, todo o processo de ensino aprendizagem, principalmente o aspecto social e cognitivo da criança.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
_______, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 23ed. Rio de Janeiro: paz e Terra, 1987.
HOFFMANN, Jussara Maria Lerdch. Avaliação da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Educação e realidade, 1993.
MELCHIOR, Maria Celina. Avaliação Pedagógica: função e necessidade. 3ªed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2002.
PERRENOUD, Philippe. Avaliação da excelência à regulação das aprendizagens: entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
PARO, Vitor Henrique. Reprodução Escolar. São Paulo: Xamã, 2001.
SILVA, Tadeu Tomaz da. O Sujeito da Educação: Estudos Foucaultianos. Petrópolis. RJ: VOZES, 1994.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Cientistas franceses usam cocaína para entender funcionamento do cérebro
Uma equipe de cientistas franceses conseguiu detectar, mediante o emprego de cocaína em ratos, um novo esquema de funcionamento do cérebro, informou nesta terça-feira (28) o Centro Francês de Pesquisas Científicas (CNRS).
A cocaína é um estimulante muito potente que tem consequências diretas no cérebro até o ponto de bloquear a recepção de neurotransmissores que influenciam em vários processos físicos e psicológicos.
Os pesquisadores identificaram, a partir de testes realizados com roedores, uma relação entre o aumento da densidade dos espinhos dendríticos e a cocaína no núcleo accumbens, um grupo de neurônios fundamental na captação de efeitos aditivos e outros comportamentos como o medo e a tomada de decisões.
Os cientistas bloquearam o aumento de espinhos após injetar diretamente no centro e no exterior deste grupo de neurônios anisomicina, um inibidor da síntese de proteínas.
Esta experiência demonstrou que os efeitos da cocaína se devem a uma transferência de neuroplasticidade causada pelo aumento de espinhos dendríticos do centro até o exterior do núcleo.
A inovação da pesquisa é que até o momento, segundo a nota do CNRS, não existia uma demonstração do envio de informação de centro ao exterior, enquanto, no sentido contrário, estava bem documentada.
Os resultados da pesquisa feita pelo CNRS e pela Universidade Paris Descartes (França), foram publicados na revista de medicina "PLoS One".
| |
A cocaína é um estimulante muito potente que tem consequências diretas no cérebro até o ponto de bloquear a recepção de neurotransmissores que influenciam em vários processos físicos e psicológicos.
Os pesquisadores identificaram, a partir de testes realizados com roedores, uma relação entre o aumento da densidade dos espinhos dendríticos e a cocaína no núcleo accumbens, um grupo de neurônios fundamental na captação de efeitos aditivos e outros comportamentos como o medo e a tomada de decisões.
Os cientistas bloquearam o aumento de espinhos após injetar diretamente no centro e no exterior deste grupo de neurônios anisomicina, um inibidor da síntese de proteínas.
Esta experiência demonstrou que os efeitos da cocaína se devem a uma transferência de neuroplasticidade causada pelo aumento de espinhos dendríticos do centro até o exterior do núcleo.
A inovação da pesquisa é que até o momento, segundo a nota do CNRS, não existia uma demonstração do envio de informação de centro ao exterior, enquanto, no sentido contrário, estava bem documentada.
Os resultados da pesquisa feita pelo CNRS e pela Universidade Paris Descartes (França), foram publicados na revista de medicina "PLoS One".
| |
Unemat investiga denuncias contra professor por assédio moral a alunos
Eliza Gund
de Alta Floresta e Redação 24 Horas News
A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) confirmou que está investigando um professor do campus de Alta Floresta, no Norte do Estado, acusado de promover assédio moral contra estudantes e também agressão. O professor André Roberto Mampumbu é do curso de Ciências Biológicas e seu nome não foi revelado. Uma comissão deverá investigar o caso.
Na última segunda-feira, 27 um boletim de ocorrências foi confeccionado pela Polícia Militar, onde conta que o professor se dirigiu aos estudantes com palavras de ofensa. Em outro momento, chegou a sugerir a uma das alunas que deveria “expulsar os demônios para perder o medo de falar em público”, posteriormente a agrediu com um tapa no rosto e um empurrão.
A comissão terá o prazo de 30 dias para apurar os fatos e apresentar uma decisão sobre os episódios ocorridos envolvendo acadêmicos e o educador.
de Alta Floresta e Redação 24 Horas News
A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) confirmou que está investigando um professor do campus de Alta Floresta, no Norte do Estado, acusado de promover assédio moral contra estudantes e também agressão. O professor André Roberto Mampumbu é do curso de Ciências Biológicas e seu nome não foi revelado. Uma comissão deverá investigar o caso.
Na última segunda-feira, 27 um boletim de ocorrências foi confeccionado pela Polícia Militar, onde conta que o professor se dirigiu aos estudantes com palavras de ofensa. Em outro momento, chegou a sugerir a uma das alunas que deveria “expulsar os demônios para perder o medo de falar em público”, posteriormente a agrediu com um tapa no rosto e um empurrão.
A comissão terá o prazo de 30 dias para apurar os fatos e apresentar uma decisão sobre os episódios ocorridos envolvendo acadêmicos e o educador.
PE lança programa que vai dar 304 bolsas de estudo na área de Saúde
G1
Os alunos que cursaram o ensino médio na rede pública de Pernambuco ou foram bolsistas na rede particular e sonham com a formação profissional na área de Saúde ganham do Governo do Estado um incentivo. O programa de Formação para o Sistema Único de Saúde (FormaSUS) vai disponibilizar anualmente 304 bolsas integrais de estudo para cursos técnicos e faculdades em áreas como medicina, enfermagem, odontologia e análises clínicas, na rede particular de ensino.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29) pelo governador Eduardo Campos. O FormaSUS vai contar com 17 centros de ensino superior e 34 de nível técnico associados, seguindo os moldes do Programa Universidade Para Todos (Prouni), do Governo Federal. "Você não faz saúde se não tiver recursos humanos", lembra o governador, que ressalta a importância desse programa para aumentar a oferta de mão de obra no SUS. "Esperamos formar esse jovem e que ele possa olhar para os pobres, para o Estado, e tratá-lo com dedicação", acredita Eduardo.
O crescimento da demanda por profissionais especializados faz com que a parceria com as entidades particulares seja essencial para a continuidade do desenvolvimento do estado. "Precisamos formar cada vez mais pessoas para atender à demanda. Lutamos pela democracia com inclusão social e, para isso, precisamos também do envolvimento e desenvolvimento das faculdades particulares", pondera o secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira.
O programa é uma espécie de contrapartida por parte das instituições privadas, já que a rede estadual de Saúde oferece, gratuitamente, 3.043 vagas de estágio curricular obrigatório a alunos da graduação, que assistem a aulas e aprendem na prática em atividades desenvolvidas em hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e laboratórios.
A cerimônia de lançamento contou também com representantes das entidades particulares, que defenderam a parceria com o Governo do Estado. “Nós vivemos em uma sociedade globalizada, onde o conhecimento é ferramenta de poder. Nenhum país sai do subdesenvolvimento para o desenvolvimento sem investir em educação”, acredita o presidente da Associação Brasileira das Faculdades Isoladas e Integradas, José Janguiê Diniz.
O reforço na formação de profissionais da área de saúde visa beneficiar tanto as necessidades do Governo Estadual como dos municípios. “Precisamos cuidar das crianças desde o atendimento materno-infantil, trabalhando a educação e a saúde desde o início”, defende Eduardo Campos.
As bolsas vão ser divididas em duas categorias. A primeira, de ensino superior, contemplando cursos como Medicina, Enfermagem, Odontologia, Nutrição, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Farmácia, Biomedicina, Serviço Social e Psicologia. Os cursos técnicos são nas áreas de enfermagem, radiologia, análises clínicas, segurança do trabalho e saúde bucal.
A seleção será feita através do Prouni, tendo como pré-requisito o estudante ter cursado o ensino médio na rede pública de Pernambuco ou ter sido bolsista integral na rede particular, além de ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pretender cursar uma das formações da área de Saúde.
Os alunos que cursaram o ensino médio na rede pública de Pernambuco ou foram bolsistas na rede particular e sonham com a formação profissional na área de Saúde ganham do Governo do Estado um incentivo. O programa de Formação para o Sistema Único de Saúde (FormaSUS) vai disponibilizar anualmente 304 bolsas integrais de estudo para cursos técnicos e faculdades em áreas como medicina, enfermagem, odontologia e análises clínicas, na rede particular de ensino.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29) pelo governador Eduardo Campos. O FormaSUS vai contar com 17 centros de ensino superior e 34 de nível técnico associados, seguindo os moldes do Programa Universidade Para Todos (Prouni), do Governo Federal. "Você não faz saúde se não tiver recursos humanos", lembra o governador, que ressalta a importância desse programa para aumentar a oferta de mão de obra no SUS. "Esperamos formar esse jovem e que ele possa olhar para os pobres, para o Estado, e tratá-lo com dedicação", acredita Eduardo.
O crescimento da demanda por profissionais especializados faz com que a parceria com as entidades particulares seja essencial para a continuidade do desenvolvimento do estado. "Precisamos formar cada vez mais pessoas para atender à demanda. Lutamos pela democracia com inclusão social e, para isso, precisamos também do envolvimento e desenvolvimento das faculdades particulares", pondera o secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira.
O programa é uma espécie de contrapartida por parte das instituições privadas, já que a rede estadual de Saúde oferece, gratuitamente, 3.043 vagas de estágio curricular obrigatório a alunos da graduação, que assistem a aulas e aprendem na prática em atividades desenvolvidas em hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e laboratórios.
A cerimônia de lançamento contou também com representantes das entidades particulares, que defenderam a parceria com o Governo do Estado. “Nós vivemos em uma sociedade globalizada, onde o conhecimento é ferramenta de poder. Nenhum país sai do subdesenvolvimento para o desenvolvimento sem investir em educação”, acredita o presidente da Associação Brasileira das Faculdades Isoladas e Integradas, José Janguiê Diniz.
O reforço na formação de profissionais da área de saúde visa beneficiar tanto as necessidades do Governo Estadual como dos municípios. “Precisamos cuidar das crianças desde o atendimento materno-infantil, trabalhando a educação e a saúde desde o início”, defende Eduardo Campos.
As bolsas vão ser divididas em duas categorias. A primeira, de ensino superior, contemplando cursos como Medicina, Enfermagem, Odontologia, Nutrição, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Farmácia, Biomedicina, Serviço Social e Psicologia. Os cursos técnicos são nas áreas de enfermagem, radiologia, análises clínicas, segurança do trabalho e saúde bucal.
A seleção será feita através do Prouni, tendo como pré-requisito o estudante ter cursado o ensino médio na rede pública de Pernambuco ou ter sido bolsista integral na rede particular, além de ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pretender cursar uma das formações da área de Saúde.
Programa encaminha 525 bolsistas para universidades dos EUA
TerrA
O programa Ciência sem Fronteiras enviou para instituições de ensino superior americanas, neste ano, 321 estudantes bolsistas de 14 ramos das engenharias. Eles fazem parte da primeira chamada para graduação-sanduíche que, no conjunto, selecionou 525 universitários de diversas áreas do conhecimento para estudar, de seis a 12 meses, nos Estados Unidos.
As engenharias estão no núcleo das prioridades do Ciência sem Fronteiras, que é um programa do governo federal de incentivo e fomento à qualificação profissional nos níveis técnico, de graduação e pós-graduação. Entre as engenharias que tiveram maior número de graduandos selecionados nesta edição, aparecem a engenharia elétrica com 79 alunos, a mecânica, com 71, a de produção, com 56, e a de química, com 48.
Nas demais áreas do conhecimento, estão em destaque, quanto ao número de bolsistas, ciência da computação, com 66 estudantes, medicina, 20, biologia geral e geociências, com 17 universitários cada. Foram selecionados também nove universitários que estudam física, seis de desenho industrial, sete de farmácia, sete de química.
Dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) mostram que os 525 bolsistas foram distribuídos entre 108 instituições de ensino superior, sendo que 13 delas receberam dez ou mais alunos. Nesse quesito se destacam a University of Nebraska, com 28 universitários, a University of Colorado - Boulder, 19, o Rensselaer Polytechnic Institute, com 15, e a University Idaho, com 14.
Instituições
No Brasil, 81 instituições de ensino superior, públicas e privadas, tiveram estudantes selecionados. Oito dessas instituições, todas universidades públicas, aparecem com mais de 20 graduandos enviados aos Estados Unidos. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) tem 41 bolsistas, seguida da Universidade de Brasília (UnB), 30; Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal do Ceará (UFC), com 28 universitários cada, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com 23, e a Estadual de Campinas (Unicamp), com 21.
Os bolsistas de graduação sanduíche têm direito a bolsa de estudos com duração de seis a 12 meses, podendo estender-se a 15 meses quando incluir curso de idioma; auxílio para instalar-se no país; passagens aéreas de ida e volta, e seguro saúde.
O programa Ciência sem Fronteiras enviou para instituições de ensino superior americanas, neste ano, 321 estudantes bolsistas de 14 ramos das engenharias. Eles fazem parte da primeira chamada para graduação-sanduíche que, no conjunto, selecionou 525 universitários de diversas áreas do conhecimento para estudar, de seis a 12 meses, nos Estados Unidos.
As engenharias estão no núcleo das prioridades do Ciência sem Fronteiras, que é um programa do governo federal de incentivo e fomento à qualificação profissional nos níveis técnico, de graduação e pós-graduação. Entre as engenharias que tiveram maior número de graduandos selecionados nesta edição, aparecem a engenharia elétrica com 79 alunos, a mecânica, com 71, a de produção, com 56, e a de química, com 48.
Nas demais áreas do conhecimento, estão em destaque, quanto ao número de bolsistas, ciência da computação, com 66 estudantes, medicina, 20, biologia geral e geociências, com 17 universitários cada. Foram selecionados também nove universitários que estudam física, seis de desenho industrial, sete de farmácia, sete de química.
Dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) mostram que os 525 bolsistas foram distribuídos entre 108 instituições de ensino superior, sendo que 13 delas receberam dez ou mais alunos. Nesse quesito se destacam a University of Nebraska, com 28 universitários, a University of Colorado - Boulder, 19, o Rensselaer Polytechnic Institute, com 15, e a University Idaho, com 14.
Instituições
No Brasil, 81 instituições de ensino superior, públicas e privadas, tiveram estudantes selecionados. Oito dessas instituições, todas universidades públicas, aparecem com mais de 20 graduandos enviados aos Estados Unidos. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) tem 41 bolsistas, seguida da Universidade de Brasília (UnB), 30; Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal do Ceará (UFC), com 28 universitários cada, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com 23, e a Estadual de Campinas (Unicamp), com 21.
Os bolsistas de graduação sanduíche têm direito a bolsa de estudos com duração de seis a 12 meses, podendo estender-se a 15 meses quando incluir curso de idioma; auxílio para instalar-se no país; passagens aéreas de ida e volta, e seguro saúde.
MT- Secitec realiza na sexta evento sobre Tecnologia e Produtividade
Da Assessoria/Secitec-MT
A sede da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec) em Poxoréu realiza na próxima sexta-feira (02) o ‘1º Dia de Campo’ da unidade. O evento conta com a participação de alunos e professores do curso técnico em Agropecuária. Os organizadores da ação, que irá demonstrar tecnologias de produção de soja, milho e algodão em solos de baixa fertilidade, têm a expectativa de envolver cerca de 600 pessoas entre integrantes da comunidade e produtores rurais da região.
O evento acontece na Escola Técnica de Educação Profissional e Tecnológica de Poxoréu, localizada na rodovia MT 260 – Km 05. De acordo com o diretor da Escola Técnica, padre Ademar dos Santos, o ‘1º Dia de Campo’, busca incluir na formação dos alunos as técnicas de produção voltadas para a realidade da região. “Com essa ação queremos demonstrar para a comunidade e produtores da região quais os cuidados especiais necessários para produzir soja, milho e algodão em solos considerados de baixa produtividade”, completa o diretor
Para a realização do evento serão montadas cinco tendas temáticas que irão tratar do manejo de pragas, plantas daninhas e doenças além do manejo de solo e fertilidade. Também serão abordados os cuidados operacionais, preparos, semeadura e pulverizações nas plantações. O evento será aberto a todos os interessados, a expectativa é contar com a participação de cerca de 600 pessoas.
Ainda segundo o diretor da unidade o projeto que culminou com a realização do ’1º Dia de Campo’ começou quando cerca de 70 alunos do curso técnico de nível médio realizaram, com a ajuda de parceiros e professores, o plantio de soja, milho e algodão em terreno arenoso e com baixo teor de argila, tradicionalmente conhecidos pela baixa fertilidade. A intenção era colocar os estudantes em contato direto com solos que exigem os cuidados técnicos de um agropecuário, finaliza o diretor.
A sede da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec) em Poxoréu realiza na próxima sexta-feira (02) o ‘1º Dia de Campo’ da unidade. O evento conta com a participação de alunos e professores do curso técnico em Agropecuária. Os organizadores da ação, que irá demonstrar tecnologias de produção de soja, milho e algodão em solos de baixa fertilidade, têm a expectativa de envolver cerca de 600 pessoas entre integrantes da comunidade e produtores rurais da região.
O evento acontece na Escola Técnica de Educação Profissional e Tecnológica de Poxoréu, localizada na rodovia MT 260 – Km 05. De acordo com o diretor da Escola Técnica, padre Ademar dos Santos, o ‘1º Dia de Campo’, busca incluir na formação dos alunos as técnicas de produção voltadas para a realidade da região. “Com essa ação queremos demonstrar para a comunidade e produtores da região quais os cuidados especiais necessários para produzir soja, milho e algodão em solos considerados de baixa produtividade”, completa o diretor
Para a realização do evento serão montadas cinco tendas temáticas que irão tratar do manejo de pragas, plantas daninhas e doenças além do manejo de solo e fertilidade. Também serão abordados os cuidados operacionais, preparos, semeadura e pulverizações nas plantações. O evento será aberto a todos os interessados, a expectativa é contar com a participação de cerca de 600 pessoas.
Ainda segundo o diretor da unidade o projeto que culminou com a realização do ’1º Dia de Campo’ começou quando cerca de 70 alunos do curso técnico de nível médio realizaram, com a ajuda de parceiros e professores, o plantio de soja, milho e algodão em terreno arenoso e com baixo teor de argila, tradicionalmente conhecidos pela baixa fertilidade. A intenção era colocar os estudantes em contato direto com solos que exigem os cuidados técnicos de um agropecuário, finaliza o diretor.
Mercadante pede que prefeitos façam esforço para pagar piso a professores
G1
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou na manhã desta quarta-feira (29) que “evidente que seja um esforço muito grande para estados e prefeituras” para o cumprimento do novo piso salarial dos professores. Mas, segundo ele, se não houver a valorização dos professores e a competição salarial perante outras profissões, a educação não apresentará avanços.
“Como que vai motivar os melhores jovens para educação se não há uma melhoria salarial? Tem que ter um equilíbrio”, afirmou Mercadante em sua primeira audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado.
O valor do piso salarial foi reajustado pelo MEC na segunda-feira (27) para R$ 1.451 para professores de nível médio com carga de 40 horas semanais, o que representa 22,22% de aumento em relação a 2011. Prefeitos de todo o país foram nesta terça-feira (28) a Brasília em busca de apoio do Congresso Nacional para que o governo federal cubra as despesas com o novo piso nacional dos professores.
Enem
Na audiência, Mercadante mencionou ainda os problemas que o ministério enfrenta com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo ele, “o MEC não tem culpa de o Brasil ser tão grande e diverso. Houve um avanço logístico, mas sempre será uma dificuldade”.
O ministro citou, como uma das primeiras providências para resolver os problemas de vazamento de questões, o aumento no banco de questões do Enem. De acordo com o ministro, “24 universidades já estão trabalhando online exatamente para alimentar o banco de questões do Exame. Quanto mais questões tiverem no banco, menos problemas e mais segurança nós teremos”.
Prefeitos foram ao Congresso pedir ajuda para pagar o piso; veja ao lado
O Enem apresentou problemas nas três últimas edições do exame, desde quando passou a ser usado como forma de acesso às instituições públicas de ensino superior - em 2009, houve furto de provas da gráfica; em 2010, problemas com a impressão dos cadernos de provas; e, em 2011, vazamento de questões em uma apostila distribuída a estudantes de um colégio em Fortaleza.
Sobre a Prova Brasil, exame aplicado a estudantes de ensino fundamental, Mercadante disse aos senadores que está em estudo a possibilidade de, além de português e matemática, incluir questões de ciência. Segundo sua assessoria, porém, a mudança ainda não foi definida.
Novas tecnologias
Mercadante, que deixou o Ministério da Ciência e Tecnologia para assumir o da Educação, defendeu ainda o uso de novas tecnologias para melhorar o ensino médio brasileiro. O ministro, que apresentou em um projetor tópicos do Plano Nacional de Educação (PNE) atualmente em debate no Congresso, afirmou que "a aula do futuro para o ensino médio” deve contar com o uso de tablets e projetores pelo professor.
De acordo com o ministro, a taxa de evasão no ensino médio é alta: apenas cerca de um terço dos jovens brasileiros está nesse ensino. Esses, ainda estão defasados em faixa etária.
“Devemos repensar o ensino médio. A inclusão digital para o professor vem para tornar a escola mais interessante”, disse o ministro, referindo-se ao projeto Educação Digital, do Ministério da Educação.
Mercadante alertou que 52 mil escolas brasileiras já têm banda larga e 320 mil professores já passaram por treinamento tecnológico.
O ministro foi convidado ao Senado pelos senadores Walter Pinheiro (PT-BA) e Roberto Requião (PMDB-PR), por meio de um requerimento para realização de audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte. “Pra mim é uma oportunidade muito especial, tem significado muito relevante voltar para essa Comissão como ministro”, disse.
Outras metas
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, abordou a valorização da educação no campo. “O campo é quem sustenta nosso superávit, por isso, não faz nenhum sentido o Brasil não olhar para o campo. Precisamos estimular as pessoas a viverem no campo”, disse, se referindo ao programa Pronacampo, programa de ensino especialmente dirigido à população rural.
O ministro da Educação falou também da importância da valorização do esporte nas escolas. “Devemos trazer o espírito esportivo para a juventude, fomentar o interesse nos esportes”. Mercadante falou da parceria do Ministério da Educação com os Ministérios da Defesa e dos Esportes e da iniciativa de organizar olimpíadas estudantis.
Para ele, com programas como Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), Programa Universidade Para Todos (Prouni) e Ciência Sem Fronteiras haverá um “padrão republicano de acesso ao ensino”.
Mercadante voltou a falar na construção de seis mil creches até 2014. Ele afirmou que a demora na construção de escolas – cerca de dois anos, dois anos e meio, segundo ele – é o tempo que a criança já deveria estar na escola. “Estamos pesquisando novos métodos construtivos, alternativas de construção mais rápidas”, completou.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou na manhã desta quarta-feira (29) que “evidente que seja um esforço muito grande para estados e prefeituras” para o cumprimento do novo piso salarial dos professores. Mas, segundo ele, se não houver a valorização dos professores e a competição salarial perante outras profissões, a educação não apresentará avanços.
“Como que vai motivar os melhores jovens para educação se não há uma melhoria salarial? Tem que ter um equilíbrio”, afirmou Mercadante em sua primeira audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado.
O valor do piso salarial foi reajustado pelo MEC na segunda-feira (27) para R$ 1.451 para professores de nível médio com carga de 40 horas semanais, o que representa 22,22% de aumento em relação a 2011. Prefeitos de todo o país foram nesta terça-feira (28) a Brasília em busca de apoio do Congresso Nacional para que o governo federal cubra as despesas com o novo piso nacional dos professores.
Enem
Na audiência, Mercadante mencionou ainda os problemas que o ministério enfrenta com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo ele, “o MEC não tem culpa de o Brasil ser tão grande e diverso. Houve um avanço logístico, mas sempre será uma dificuldade”.
O ministro citou, como uma das primeiras providências para resolver os problemas de vazamento de questões, o aumento no banco de questões do Enem. De acordo com o ministro, “24 universidades já estão trabalhando online exatamente para alimentar o banco de questões do Exame. Quanto mais questões tiverem no banco, menos problemas e mais segurança nós teremos”.
Prefeitos foram ao Congresso pedir ajuda para pagar o piso; veja ao lado
O Enem apresentou problemas nas três últimas edições do exame, desde quando passou a ser usado como forma de acesso às instituições públicas de ensino superior - em 2009, houve furto de provas da gráfica; em 2010, problemas com a impressão dos cadernos de provas; e, em 2011, vazamento de questões em uma apostila distribuída a estudantes de um colégio em Fortaleza.
Sobre a Prova Brasil, exame aplicado a estudantes de ensino fundamental, Mercadante disse aos senadores que está em estudo a possibilidade de, além de português e matemática, incluir questões de ciência. Segundo sua assessoria, porém, a mudança ainda não foi definida.
Novas tecnologias
Mercadante, que deixou o Ministério da Ciência e Tecnologia para assumir o da Educação, defendeu ainda o uso de novas tecnologias para melhorar o ensino médio brasileiro. O ministro, que apresentou em um projetor tópicos do Plano Nacional de Educação (PNE) atualmente em debate no Congresso, afirmou que "a aula do futuro para o ensino médio” deve contar com o uso de tablets e projetores pelo professor.
De acordo com o ministro, a taxa de evasão no ensino médio é alta: apenas cerca de um terço dos jovens brasileiros está nesse ensino. Esses, ainda estão defasados em faixa etária.
“Devemos repensar o ensino médio. A inclusão digital para o professor vem para tornar a escola mais interessante”, disse o ministro, referindo-se ao projeto Educação Digital, do Ministério da Educação.
Mercadante alertou que 52 mil escolas brasileiras já têm banda larga e 320 mil professores já passaram por treinamento tecnológico.
O ministro foi convidado ao Senado pelos senadores Walter Pinheiro (PT-BA) e Roberto Requião (PMDB-PR), por meio de um requerimento para realização de audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte. “Pra mim é uma oportunidade muito especial, tem significado muito relevante voltar para essa Comissão como ministro”, disse.
Outras metas
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, abordou a valorização da educação no campo. “O campo é quem sustenta nosso superávit, por isso, não faz nenhum sentido o Brasil não olhar para o campo. Precisamos estimular as pessoas a viverem no campo”, disse, se referindo ao programa Pronacampo, programa de ensino especialmente dirigido à população rural.
O ministro da Educação falou também da importância da valorização do esporte nas escolas. “Devemos trazer o espírito esportivo para a juventude, fomentar o interesse nos esportes”. Mercadante falou da parceria do Ministério da Educação com os Ministérios da Defesa e dos Esportes e da iniciativa de organizar olimpíadas estudantis.
Para ele, com programas como Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), Programa Universidade Para Todos (Prouni) e Ciência Sem Fronteiras haverá um “padrão republicano de acesso ao ensino”.
Mercadante voltou a falar na construção de seis mil creches até 2014. Ele afirmou que a demora na construção de escolas – cerca de dois anos, dois anos e meio, segundo ele – é o tempo que a criança já deveria estar na escola. “Estamos pesquisando novos métodos construtivos, alternativas de construção mais rápidas”, completou.
PE lança programa que vai dar 304 bolsas de estudo na área de Saúde
G1
Os alunos que cursaram o ensino médio na rede pública de Pernambuco ou foram bolsistas na rede particular e sonham com a formação profissional na área de Saúde ganham do Governo do Estado um incentivo. O programa de Formação para o Sistema Único de Saúde (FormaSUS) vai disponibilizar anualmente 304 bolsas integrais de estudo para cursos técnicos e faculdades em áreas como medicina, enfermagem, odontologia e análises clínicas, na rede particular de ensino.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29) pelo governador Eduardo Campos. O FormaSUS vai contar com 17 centros de ensino superior e 34 de nível técnico associados, seguindo os moldes do Programa Universidade Para Todos (Prouni), do Governo Federal. "Você não faz saúde se não tiver recursos humanos", lembra o governador, que ressalta a importância desse programa para aumentar a oferta de mão de obra no SUS. "Esperamos formar esse jovem e que ele possa olhar para os pobres, para o Estado, e tratá-lo com dedicação", acredita Eduardo.
O crescimento da demanda por profissionais especializados faz com que a parceria com as entidades particulares seja essencial para a continuidade do desenvolvimento do estado. "Precisamos formar cada vez mais pessoas para atender à demanda. Lutamos pela democracia com inclusão social e, para isso, precisamos também do envolvimento e desenvolvimento das faculdades particulares", pondera o secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira.
O programa é uma espécie de contrapartida por parte das instituições privadas, já que a rede estadual de Saúde oferece, gratuitamente, 3.043 vagas de estágio curricular obrigatório a alunos da graduação, que assistem a aulas e aprendem na prática em atividades desenvolvidas em hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e laboratórios.
A cerimônia de lançamento contou também com representantes das entidades particulares, que defenderam a parceria com o Governo do Estado. “Nós vivemos em uma sociedade globalizada, onde o conhecimento é ferramenta de poder. Nenhum país sai do subdesenvolvimento para o desenvolvimento sem investir em educação”, acredita o presidente da Associação Brasileira das Faculdades Isoladas e Integradas, José Janguiê Diniz.
O reforço na formação de profissionais da área de saúde visa beneficiar tanto as necessidades do Governo Estadual como dos municípios. “Precisamos cuidar das crianças desde o atendimento materno-infantil, trabalhando a educação e a saúde desde o início”, defende Eduardo Campos.
As bolsas vão ser divididas em duas categorias. A primeira, de ensino superior, contemplando cursos como Medicina, Enfermagem, Odontologia, Nutrição, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Farmácia, Biomedicina, Serviço Social e Psicologia. Os cursos técnicos são nas áreas de enfermagem, radiologia, análises clínicas, segurança do trabalho e saúde bucal.
A seleção será feita através do Prouni, tendo como pré-requisito o estudante ter cursado o ensino médio na rede pública de Pernambuco ou ter sido bolsista integral na rede particular, além de ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pretender cursar uma das formações da área de Saúde.
Os alunos que cursaram o ensino médio na rede pública de Pernambuco ou foram bolsistas na rede particular e sonham com a formação profissional na área de Saúde ganham do Governo do Estado um incentivo. O programa de Formação para o Sistema Único de Saúde (FormaSUS) vai disponibilizar anualmente 304 bolsas integrais de estudo para cursos técnicos e faculdades em áreas como medicina, enfermagem, odontologia e análises clínicas, na rede particular de ensino.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29) pelo governador Eduardo Campos. O FormaSUS vai contar com 17 centros de ensino superior e 34 de nível técnico associados, seguindo os moldes do Programa Universidade Para Todos (Prouni), do Governo Federal. "Você não faz saúde se não tiver recursos humanos", lembra o governador, que ressalta a importância desse programa para aumentar a oferta de mão de obra no SUS. "Esperamos formar esse jovem e que ele possa olhar para os pobres, para o Estado, e tratá-lo com dedicação", acredita Eduardo.
O crescimento da demanda por profissionais especializados faz com que a parceria com as entidades particulares seja essencial para a continuidade do desenvolvimento do estado. "Precisamos formar cada vez mais pessoas para atender à demanda. Lutamos pela democracia com inclusão social e, para isso, precisamos também do envolvimento e desenvolvimento das faculdades particulares", pondera o secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira.
O programa é uma espécie de contrapartida por parte das instituições privadas, já que a rede estadual de Saúde oferece, gratuitamente, 3.043 vagas de estágio curricular obrigatório a alunos da graduação, que assistem a aulas e aprendem na prática em atividades desenvolvidas em hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e laboratórios.
A cerimônia de lançamento contou também com representantes das entidades particulares, que defenderam a parceria com o Governo do Estado. “Nós vivemos em uma sociedade globalizada, onde o conhecimento é ferramenta de poder. Nenhum país sai do subdesenvolvimento para o desenvolvimento sem investir em educação”, acredita o presidente da Associação Brasileira das Faculdades Isoladas e Integradas, José Janguiê Diniz.
O reforço na formação de profissionais da área de saúde visa beneficiar tanto as necessidades do Governo Estadual como dos municípios. “Precisamos cuidar das crianças desde o atendimento materno-infantil, trabalhando a educação e a saúde desde o início”, defende Eduardo Campos.
As bolsas vão ser divididas em duas categorias. A primeira, de ensino superior, contemplando cursos como Medicina, Enfermagem, Odontologia, Nutrição, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Farmácia, Biomedicina, Serviço Social e Psicologia. Os cursos técnicos são nas áreas de enfermagem, radiologia, análises clínicas, segurança do trabalho e saúde bucal.
A seleção será feita através do Prouni, tendo como pré-requisito o estudante ter cursado o ensino médio na rede pública de Pernambuco ou ter sido bolsista integral na rede particular, além de ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pretender cursar uma das formações da área de Saúde.
Pronatec terá quase 1,2 milhão de vagas este ano
Agência Brasil
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) vai oferecer, este ano, quase 1,2 milhão de vagas em cursos de qualificação em áreas como construção civil, informática, mecânica, turismo e enfermagem.
A presidenta Dilma Rousseff disse, em entrevista ao programa Café com a Presidenta, que os cursos serão feitos em parceria com o Senac, Senai e escolas técnicas federais. “O mercado de trabalho está exigindo cada vez mais qualificação. No ano passado, mais de 60% dos trabalhadores nas regiões metropolitanas tinham feito pelo menos o ensino médio, ou seja, estudaram pelo menos 11 anos”, disse.
No ano passado, foram criados quase 2 milhões de empregos com carteira assinada. No setor de serviços, foram 925 mil vagas, no comércio, 452 mil, e na construção civil, foram 223 mil novos empregos.
Segundo a presidenta, o desemprego atingiu o nível mais baixo dos últimos dez anos, chegando a 4,7% em dezembro. “Esses resultados são muito positivos, principalmente quando a gente observa o que acontece na Europa e nos Estados Unidos, onde uma séria crise econômica gerou estagnação e desemprego”, disse. “Com investimento, criação de emprego e distribuição de renda, estamos transformando o Brasil em um país de classe média”, completou.
Dilma Rousseff lembrou que o trabalhador com carteira assinada tem acesso a benefícios como décimo terceiro salário, férias remuneradas, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e seguro desemprego, além de acesso a crédito mais barato. “O emprego, com aumento do salário e da renda das famílias, é o motor do crescimento sustentável. Esse é o segredo do sucesso da economia brasileira.
As pessoas melhoram de vida, podem consumir mais. A indústria e o comércio crescem, aumentam o investimento, a produtividade.”
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) vai oferecer, este ano, quase 1,2 milhão de vagas em cursos de qualificação em áreas como construção civil, informática, mecânica, turismo e enfermagem.
A presidenta Dilma Rousseff disse, em entrevista ao programa Café com a Presidenta, que os cursos serão feitos em parceria com o Senac, Senai e escolas técnicas federais. “O mercado de trabalho está exigindo cada vez mais qualificação. No ano passado, mais de 60% dos trabalhadores nas regiões metropolitanas tinham feito pelo menos o ensino médio, ou seja, estudaram pelo menos 11 anos”, disse.
No ano passado, foram criados quase 2 milhões de empregos com carteira assinada. No setor de serviços, foram 925 mil vagas, no comércio, 452 mil, e na construção civil, foram 223 mil novos empregos.
Segundo a presidenta, o desemprego atingiu o nível mais baixo dos últimos dez anos, chegando a 4,7% em dezembro. “Esses resultados são muito positivos, principalmente quando a gente observa o que acontece na Europa e nos Estados Unidos, onde uma séria crise econômica gerou estagnação e desemprego”, disse. “Com investimento, criação de emprego e distribuição de renda, estamos transformando o Brasil em um país de classe média”, completou.
Dilma Rousseff lembrou que o trabalhador com carteira assinada tem acesso a benefícios como décimo terceiro salário, férias remuneradas, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e seguro desemprego, além de acesso a crédito mais barato. “O emprego, com aumento do salário e da renda das famílias, é o motor do crescimento sustentável. Esse é o segredo do sucesso da economia brasileira.
As pessoas melhoram de vida, podem consumir mais. A indústria e o comércio crescem, aumentam o investimento, a produtividade.”
Estudo afirma que maconha causa "caos cognitivo" no cérebro
Por Pedro Pinto de Oliveira
O consumo de maconha está associado a alterações na concentração e na memória que podem causar problemas neurofisiológicos e de conduta, indicou nesta terça-feira (25) um estudo publicado pela revista Journal of Neuroscience.
Os pesquisadores descobriram que a atividade cerebral fica descoordenada e inexata durante os estados de alteração mental com resultados similares aos observados na esquizofrenia. O estudo, produzido por cientistas da Universidade de Farmacologia de Bristol (Inglaterra), analisou os efeitos negativos da maconha na memória e no pensamento, o que pode provocar redes cerebrais "desorquestradas".
O doutor Matt Jones, um dos autores da pesquisa, equiparou o funcionamento das ondas cerebrais ao de uma grande orquestra na qual cada uma das seções vai estabelecendo um determinado ritmo e uma afinação que permitem o processamento de informações e que guiam nosso comportamento.
Para comprovar a teoria, Jones e sua equipe administraram em um grupo de ratos um fármaco que se assemelha ao princípio psicoativo da maconha, a cannabis, e mediram sua atividade elétrica neuronal.
Embora os efeitos nas regiões individuais do cérebro tenham sido muito sutis, a cannabis interrompia completamente as ondas cerebrais através do hipocampo e do córtex pré-frontal, como se as seções de uma orquestra tocassem desafinadas e fora de ritmo.
Jones indicou que estas estruturas cerebrais são fu
ndamentais para a memória e a tomada de decisões e estão estreitamente vinculadas à esquizofrenia. Os ratos se mostravam desorientadas na hora de percorrer um labirinto no laboratório e eram incapazes de tomar decisões adequadas.
"O abuso da maconha é comum entre os esquizofrênicos, e estudos recentes mostraram que o princípio psicoativo da maconha pode provocar sintomas de esquizofrenia em indivíduos sãos", explicou Jones. (EFE)
Divulgar é esclarecer
Ines Martins
“Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo”. Esse é um dos trechos de uma crônica do nosso grande escritor brasileiro, Luis Fernando Veríssimo, que circula nos meios de comunicação e com muito destaque na internet.
Nesse momento, cabe-nos aplaudir o homem escritor que nos brinda com uma crônica digna da nossa admiração e respeito. Não só pela maneira sábia de usar as palavras, mas principalmente por tirar também dos nossos corações nosso sentimento de indignação e transformá-lo numa belíssima crônica que lava enfim a nossa alma das sujeiras que temos que presenciar e ainda pagar a conta.
Sinceramente não dá para acreditar que grandes empresas ainda patrocinem tanto lixo, quando ainda há tanto para se fazer na área da educação, da saúde... Nós, que caminhamos para o primeiro mundo, precisamos mudar a nossa mentalidade, colocar nossos neurônios para trabalhar a nosso favor e não contra nós.
Quanto dinheiro desperdiçado, quando os verdadeiros heróis estão aqui, do lado de fora à espera de uma oportunidade para viver com mais dignidade.
Então, ainda diz ele: “Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna”. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar-nos de nossa eterna heroína Zilda Arns). Heróis são aqueles que, apesar de ganhar um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas R$ 16 para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo. Não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes. Não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um R$ 1,5 milhão. "Ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a 'entender o comportamento humano'. Ah, tenha dó!!!"
Como veem, é um apelo. Tenha dó! Tenham dó mesmo e lembrem quê o que reforça tudo isso, é a sua audiência.
Inês Martins é produtora cultura, escritora, autora do concurso literário "Casos Lembrados, Casos Contados", direcionado às pessoas com idade acima de 60, poetiza, palestrante da maturidade, vovó blogueira e escreve neste espaço toda quarta-feira (www.vovoantenada.com.br)
“Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo”. Esse é um dos trechos de uma crônica do nosso grande escritor brasileiro, Luis Fernando Veríssimo, que circula nos meios de comunicação e com muito destaque na internet.
Nesse momento, cabe-nos aplaudir o homem escritor que nos brinda com uma crônica digna da nossa admiração e respeito. Não só pela maneira sábia de usar as palavras, mas principalmente por tirar também dos nossos corações nosso sentimento de indignação e transformá-lo numa belíssima crônica que lava enfim a nossa alma das sujeiras que temos que presenciar e ainda pagar a conta.
Sinceramente não dá para acreditar que grandes empresas ainda patrocinem tanto lixo, quando ainda há tanto para se fazer na área da educação, da saúde... Nós, que caminhamos para o primeiro mundo, precisamos mudar a nossa mentalidade, colocar nossos neurônios para trabalhar a nosso favor e não contra nós.
Quanto dinheiro desperdiçado, quando os verdadeiros heróis estão aqui, do lado de fora à espera de uma oportunidade para viver com mais dignidade.
Então, ainda diz ele: “Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna”. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar-nos de nossa eterna heroína Zilda Arns). Heróis são aqueles que, apesar de ganhar um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas R$ 16 para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo. Não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes. Não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um R$ 1,5 milhão. "Ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a 'entender o comportamento humano'. Ah, tenha dó!!!"
Como veem, é um apelo. Tenha dó! Tenham dó mesmo e lembrem quê o que reforça tudo isso, é a sua audiência.
Inês Martins é produtora cultura, escritora, autora do concurso literário "Casos Lembrados, Casos Contados", direcionado às pessoas com idade acima de 60, poetiza, palestrante da maturidade, vovó blogueira e escreve neste espaço toda quarta-feira (www.vovoantenada.com.br)
Educomunicação pode combater evasão no ensino médio
Cátia Lima
Incentivar estudantes a produzirem informações pode tornar as aulas mais interessantes e combater a evasão. Essa é a avaliação do especialista em educomunicação, Ismar de Oliveira Soares, que neste mês lança o livro “Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação”.
Para ele, “a educomunicação é um conjunto de ações que visam criar ecossistemas comunicativos voltados para a prática da cidadania”.
Além do livro, Soares participou do lançamento do curso de licenciatura em Educomunicação da Universidade de São Paulo (USP), na última segunda-feira (28/2).
Portal Aprendiz – Qual o assunto central do livro e por que é importante abordá-lo?
Ismar de Oliveira Soares – A proposta central é disseminar o conceito de educomunicação junto aos projetos de educação do país, mostrando que ele é uma resposta, por exemplo, aos problemas do ensino médio. O livro traz um capítulo sobre juventude que aponta que 40% dos jovens abandonam o ensino médio e que outra parcela grande passa por essa etapa, termina, mas aprende muito pouco e detesta o que está fazendo.
Por outro lado, o capítulo mostra que há muitos jovens felizes, realizados e participativos em organizações que trabalham com educomunicação. Então, porque não incluí-la na educação para reformar o ensino médio?
Aprendiz – Como definir a Educomunicação? O que ela trabalha? Com quais objetivos?
Soares – Quando falamos em educomunicação estamos fazendo um neologismo e juntando conceitos: a educação, a comunicação e a ação. Temos a frente da discussão, a interface entre ação e educação, que é capaz de mobilizar pessoas e incentivá-las a buscar objetivos comuns.
A educomunicação é um conjunto de ações que visam criar ecossistemas comunicativos, abertos e democráticos, viabilizados pelas tecnologias da comunicação e voltados para a prática da cidadania. Trata-se de uma educação voltada para que as pessoas possam entender o mundo e serem ativas na construção da cidadania, como diz Paulo Freire.
O principal foco é apoiar a capacidade de expressão dos sujeitos sociais. Nele não existe uma relação hierárquica de transmissão de conhecimento, como na comunicação tradicional, de mercado, onde o produtor que define o conteúdo e o expectador consome.
Aprendiz – Como a educomunicação pode ajudar o desenvolvimento de crianças e jovens?
Soares – A educomunicação emerge nos meados do século XX em grupos que lutavam a favor da democracia. Ela nasce com o público adulto, na esfera dos movimentos sociais. Nos anos 80 e 90 ela chega as ONGs, que começam a trabalhar com crianças e jovens.
A perspectiva de uma criança produzir e buscar seu material permite que ela analise as relações que tem com a sociedade e, com isso, se torne um cidadão crítico. A partir de um projeto de interação midiática, a criança percebe que pode manipular e ser autoritária ou fazer uma gestão democrática. Assim, descobre as diferenças dessas relações e começa a ter critérios para julgar.
Aprendiz – O livro aborda a Educomunicação sob o viés do Programa Mais Educação. Qual o potencial dessa prática para garantir educação sob uma perspectiva integral?
Soares – O Ministério da Educação, no Programa Mais Educação, tem entre os macrocampos do ensino médio a educomunicação e cinco mil escolas optaram por ele. Isso porque o desamino, a falta de motivação e a rigidez curricular são os principais problemas do ensino médio. Quando o aluno percebe que pode dialogar com a escola por meio do teatro e da música, do vídeo, do radio e do resgate da cultura local, ele começa a ter voz e vai ser motivado a estar na escola.
Aprendiz – Qual o potencial que a prática tem para tornar o ensino médio mais interessante e combater a evasão?
Soares – Em 2007, na Prova Brasil, o Inep detectou que das 40 melhores escolas, todas usavam processos com mídia. Isso porque a comunicação é uma relação que se estabelece entre sujeitos sociais. Paulo Freire dizia que a educação tradicional produz um homem silencioso e a única coisa que ela pode fazer é escolher seus dirigentes e transferir a governança para os eleitos. Já a educomunicação resgata um exemplo de democracia, quando as pessoas estão na polis e podem intervir em seu meio.
Ela não é uma ferramenta. É um paradigma educador. Meu recado para os professores é que não tenham medo da prática democrática. O resultado dela diminui os conflitos e gera uma escola com alta produção.
Aprendiz – Nesse viés, por que a educomunicação propõe que professores e alunos ocupem o mesmo papel na produção de informação?
Soares – O processo tradicional coloca pessoas em lugares diferentes, sendo que o professor é o chefe. Quando os dois estão em uma situação horizontal de produção, eles vivem uma prática que permite que exerçam seu papel de cidadão.
O professor, como um adulto significativo, e a criança, como cidadã, constroem juntos um modelo de comunicação. O principal resultado de uma gestão democrática não é o produto, mas sim o que é aprendido. Esse processo fará com que essa criança se torne crítica e faça proposituras atentas às mudanças que as escolas precisa, por exemplo.
Fonte: http://aprendiz.uol.com.br/
Incentivar estudantes a produzirem informações pode tornar as aulas mais interessantes e combater a evasão. Essa é a avaliação do especialista em educomunicação, Ismar de Oliveira Soares, que neste mês lança o livro “Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação”.
Para ele, “a educomunicação é um conjunto de ações que visam criar ecossistemas comunicativos voltados para a prática da cidadania”.
Além do livro, Soares participou do lançamento do curso de licenciatura em Educomunicação da Universidade de São Paulo (USP), na última segunda-feira (28/2).
Portal Aprendiz – Qual o assunto central do livro e por que é importante abordá-lo?
Ismar de Oliveira Soares – A proposta central é disseminar o conceito de educomunicação junto aos projetos de educação do país, mostrando que ele é uma resposta, por exemplo, aos problemas do ensino médio. O livro traz um capítulo sobre juventude que aponta que 40% dos jovens abandonam o ensino médio e que outra parcela grande passa por essa etapa, termina, mas aprende muito pouco e detesta o que está fazendo.
Por outro lado, o capítulo mostra que há muitos jovens felizes, realizados e participativos em organizações que trabalham com educomunicação. Então, porque não incluí-la na educação para reformar o ensino médio?
Aprendiz – Como definir a Educomunicação? O que ela trabalha? Com quais objetivos?
Soares – Quando falamos em educomunicação estamos fazendo um neologismo e juntando conceitos: a educação, a comunicação e a ação. Temos a frente da discussão, a interface entre ação e educação, que é capaz de mobilizar pessoas e incentivá-las a buscar objetivos comuns.
A educomunicação é um conjunto de ações que visam criar ecossistemas comunicativos, abertos e democráticos, viabilizados pelas tecnologias da comunicação e voltados para a prática da cidadania. Trata-se de uma educação voltada para que as pessoas possam entender o mundo e serem ativas na construção da cidadania, como diz Paulo Freire.
O principal foco é apoiar a capacidade de expressão dos sujeitos sociais. Nele não existe uma relação hierárquica de transmissão de conhecimento, como na comunicação tradicional, de mercado, onde o produtor que define o conteúdo e o expectador consome.
Aprendiz – Como a educomunicação pode ajudar o desenvolvimento de crianças e jovens?
Soares – A educomunicação emerge nos meados do século XX em grupos que lutavam a favor da democracia. Ela nasce com o público adulto, na esfera dos movimentos sociais. Nos anos 80 e 90 ela chega as ONGs, que começam a trabalhar com crianças e jovens.
A perspectiva de uma criança produzir e buscar seu material permite que ela analise as relações que tem com a sociedade e, com isso, se torne um cidadão crítico. A partir de um projeto de interação midiática, a criança percebe que pode manipular e ser autoritária ou fazer uma gestão democrática. Assim, descobre as diferenças dessas relações e começa a ter critérios para julgar.
Aprendiz – O livro aborda a Educomunicação sob o viés do Programa Mais Educação. Qual o potencial dessa prática para garantir educação sob uma perspectiva integral?
Soares – O Ministério da Educação, no Programa Mais Educação, tem entre os macrocampos do ensino médio a educomunicação e cinco mil escolas optaram por ele. Isso porque o desamino, a falta de motivação e a rigidez curricular são os principais problemas do ensino médio. Quando o aluno percebe que pode dialogar com a escola por meio do teatro e da música, do vídeo, do radio e do resgate da cultura local, ele começa a ter voz e vai ser motivado a estar na escola.
Aprendiz – Qual o potencial que a prática tem para tornar o ensino médio mais interessante e combater a evasão?
Soares – Em 2007, na Prova Brasil, o Inep detectou que das 40 melhores escolas, todas usavam processos com mídia. Isso porque a comunicação é uma relação que se estabelece entre sujeitos sociais. Paulo Freire dizia que a educação tradicional produz um homem silencioso e a única coisa que ela pode fazer é escolher seus dirigentes e transferir a governança para os eleitos. Já a educomunicação resgata um exemplo de democracia, quando as pessoas estão na polis e podem intervir em seu meio.
Ela não é uma ferramenta. É um paradigma educador. Meu recado para os professores é que não tenham medo da prática democrática. O resultado dela diminui os conflitos e gera uma escola com alta produção.
Aprendiz – Nesse viés, por que a educomunicação propõe que professores e alunos ocupem o mesmo papel na produção de informação?
Soares – O processo tradicional coloca pessoas em lugares diferentes, sendo que o professor é o chefe. Quando os dois estão em uma situação horizontal de produção, eles vivem uma prática que permite que exerçam seu papel de cidadão.
O professor, como um adulto significativo, e a criança, como cidadã, constroem juntos um modelo de comunicação. O principal resultado de uma gestão democrática não é o produto, mas sim o que é aprendido. Esse processo fará com que essa criança se torne crítica e faça proposituras atentas às mudanças que as escolas precisa, por exemplo.
Fonte: http://aprendiz.uol.com.br/
O que fazer quando algumas crianças terminam a atividade antes do que as outras?
Deixá-las simplesmente esperando ou apressar o restante da turma não é a solução. Conheça propostas inteligentes para entreter a garotada sem atrapalhar a rotina
Amanda Polato (novaescola@atleitor.com.br)
ATIVIDADES PARALELAS Na EMEB Olavo Bilac, em São Bernardo do Campo, quem termina a atividade primeiro (à direita) tem livros e jogos para ler e brincar enquanto espera os colegas que ainda estão trabalhando com o auxílio da educadora (à esquerda).
Não se trata de falta de planejamento. O ritmo com que os pequenos realizam as propostas que você apresenta faz com que o dia não se desenrole em um compasso perfeito, a ponto de todo mundo fazer a mesma coisa ao mesmo tempo. É claro que organizar as atividades prevendo a duração de cada uma delas é algo a que o educador tem de se dedicar. Porém tão importante quanto isso é planejar sugestões para quem termina as tarefas primeiro com intencionalidade. Isso quer dizer não eleger qualquer coisa somente para distrair a turma, e sim pensar em trabalhos significativos e nas habilidades a serem aprimoradas por meio deles.
Pedir que as crianças esperem os colegas terminar o que estão fazendo não é uma opção (embora muitas sejam submetidas a isso na Educação Infantil). "Se não têm o que fazer, elas ficam entediadas e atrapalham os demais. A situação foge do controle", explica Maria Carmen Barbosa, docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
As atividades de transição (ou de passagem) são válidas não só para organizar o tempo como também para as crianças aprenderem a esperar e respeitar o ritmo dos outros. Ambas as habilidades devem ser construídas aos poucos, tendo sempre você como mediador. Na EMEB Olavo Bilac, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a turma já está habituada a elas.
"Com a opção de uma atividade paralela, ninguém tem de abandonar a tarefa incompleta só porque alguns colegas já a concluíram", diz Maévi Nono, professora da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Confira o que e quando propor, quais os encaminhamentos, o que observar e o que evitar.
OPÇÕES ESCOLHIDAS COM INTENCIONALIDADE Brinquedos e massinha são boas ideias para as atividades de passagem desde que o educador tenha objetivos claros ao ofertá-los aos pequenos. Vale observar as escolhas deles, se preferem brincar sozinhos ou em grupo e como manipulam as peças.
O que propor Se a sala tem espaços diferenciados, como o canto dos brinquedos e o da biblioteca, vale liberar os pequenos para se divertir neles. Disponibilize também quebra-cabeças, livros, gibis, fantoches, massinha, papel e lápis de cor para desenhar e jogos de montar, entre outros. Na EMEB Olavo Bilac, a educadora Márcia Regina Marques guarda esses materiais em caixas que ficam ao alcance de todos da pré-escola. "Dependendo do número de crianças, organizo um ou dois grupos, não mais do que isso, e distribuo algumas opções", ela explica.
Quando propor Esse tipo de atividade deve ser apresentada não só como uma alternativa enquanto a turma aguarda um novo desafio. Existem outros momentos que requerem propostas paralelas: os imprevistos (uma criança se machuca e precisa de cuidados) e as tarefas individuais (como escovar os dentes).
Encaminhamentos Quando a maioria dos pequenos acabar a tarefa, diga que eles podem brincar um pouco enquanto esperam os demais, mas sem atrapalhá-lhos. Indique o material que pode ser usado e o distribua ou libere o grupo para pegá-lo. Explique que, quando a atividade principal for terminada por todos, a rotina deverá ser retomada. "É uma oportunidade para as crianças construírem a noção de que formam um grupo que trabalha junto a maior parte do tempo", diz Maria do Rosário de Souza, da EPG Olavo Bilac, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
O que observar Mesmo acompanhando mais de perto os que ainda estão realizando a atividade principal, não deixe de prestar atenção nas crianças que estão lendo ou brincando. Maria Carmen explica que o momento de transição é muito importante para analisar quais os interesses dos pequenos, como eles interagem uns com os outros e se têm mais autonomia.
O que evitar É desaconselhável oferecer várias opções para não dividir a criançada e apresentar livros ou jogos desconhecidos. "A turma não pode depender 100% do educador para brincar, já que ele deve estar mais direcionado a quem ainda não terminou a atividade principal", diz Daniela Munerato, orientadora educacional da Educação Infantil na Escola da Vila, em São Paulo.
Amanda Polato (novaescola@atleitor.com.br)
ATIVIDADES PARALELAS Na EMEB Olavo Bilac, em São Bernardo do Campo, quem termina a atividade primeiro (à direita) tem livros e jogos para ler e brincar enquanto espera os colegas que ainda estão trabalhando com o auxílio da educadora (à esquerda).
Não se trata de falta de planejamento. O ritmo com que os pequenos realizam as propostas que você apresenta faz com que o dia não se desenrole em um compasso perfeito, a ponto de todo mundo fazer a mesma coisa ao mesmo tempo. É claro que organizar as atividades prevendo a duração de cada uma delas é algo a que o educador tem de se dedicar. Porém tão importante quanto isso é planejar sugestões para quem termina as tarefas primeiro com intencionalidade. Isso quer dizer não eleger qualquer coisa somente para distrair a turma, e sim pensar em trabalhos significativos e nas habilidades a serem aprimoradas por meio deles.
Pedir que as crianças esperem os colegas terminar o que estão fazendo não é uma opção (embora muitas sejam submetidas a isso na Educação Infantil). "Se não têm o que fazer, elas ficam entediadas e atrapalham os demais. A situação foge do controle", explica Maria Carmen Barbosa, docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
As atividades de transição (ou de passagem) são válidas não só para organizar o tempo como também para as crianças aprenderem a esperar e respeitar o ritmo dos outros. Ambas as habilidades devem ser construídas aos poucos, tendo sempre você como mediador. Na EMEB Olavo Bilac, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a turma já está habituada a elas.
"Com a opção de uma atividade paralela, ninguém tem de abandonar a tarefa incompleta só porque alguns colegas já a concluíram", diz Maévi Nono, professora da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Confira o que e quando propor, quais os encaminhamentos, o que observar e o que evitar.
OPÇÕES ESCOLHIDAS COM INTENCIONALIDADE Brinquedos e massinha são boas ideias para as atividades de passagem desde que o educador tenha objetivos claros ao ofertá-los aos pequenos. Vale observar as escolhas deles, se preferem brincar sozinhos ou em grupo e como manipulam as peças.
O que propor Se a sala tem espaços diferenciados, como o canto dos brinquedos e o da biblioteca, vale liberar os pequenos para se divertir neles. Disponibilize também quebra-cabeças, livros, gibis, fantoches, massinha, papel e lápis de cor para desenhar e jogos de montar, entre outros. Na EMEB Olavo Bilac, a educadora Márcia Regina Marques guarda esses materiais em caixas que ficam ao alcance de todos da pré-escola. "Dependendo do número de crianças, organizo um ou dois grupos, não mais do que isso, e distribuo algumas opções", ela explica.
Quando propor Esse tipo de atividade deve ser apresentada não só como uma alternativa enquanto a turma aguarda um novo desafio. Existem outros momentos que requerem propostas paralelas: os imprevistos (uma criança se machuca e precisa de cuidados) e as tarefas individuais (como escovar os dentes).
Encaminhamentos Quando a maioria dos pequenos acabar a tarefa, diga que eles podem brincar um pouco enquanto esperam os demais, mas sem atrapalhá-lhos. Indique o material que pode ser usado e o distribua ou libere o grupo para pegá-lo. Explique que, quando a atividade principal for terminada por todos, a rotina deverá ser retomada. "É uma oportunidade para as crianças construírem a noção de que formam um grupo que trabalha junto a maior parte do tempo", diz Maria do Rosário de Souza, da EPG Olavo Bilac, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
O que observar Mesmo acompanhando mais de perto os que ainda estão realizando a atividade principal, não deixe de prestar atenção nas crianças que estão lendo ou brincando. Maria Carmen explica que o momento de transição é muito importante para analisar quais os interesses dos pequenos, como eles interagem uns com os outros e se têm mais autonomia.
O que evitar É desaconselhável oferecer várias opções para não dividir a criançada e apresentar livros ou jogos desconhecidos. "A turma não pode depender 100% do educador para brincar, já que ele deve estar mais direcionado a quem ainda não terminou a atividade principal", diz Daniela Munerato, orientadora educacional da Educação Infantil na Escola da Vila, em São Paulo.
Adolescentes têm papel de protagonistas na 9ª Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente
Por: Valeska Andrade
Protagonismo. Esta é a palavra de ordem da organização da IX Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente. O encontro só acontece em julho próximo, mas as etapas preparatórias — tanto as municipais, que ocorreram no fim de 2011, quanto as estaduais, que acontecerão entre fevereiro e maio deste ano — definem, ou definirão, no caso das pré-conferências nos estados, qual será a agenda dos direitos da infância e da adolescência.
O grande objetivo da conferência é traçar caminhos que levem à mobilização, implementação e ao monitoramento da Política Nacional e do Plano Decenal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Entretanto, o grande diferencial das etapas preparatórias, que deve marcar também o encontro de julho, é o papel dos adolescentes na construção das pautas e atividades da Conferência.
Jean Carlos Braghirolli, 18, do Paraná, participa do chamado G27, grupo da comissão organizadora que reúne 27 adolescentes representantes dos estados brasileiros e Distrito Federal. Jean também representa o Sul no G5, que junta as cinco regiões do país, além de participar da organização da pré-conferência de seu estado. O adolescente afirma que a experiência vem contribuindo de forma decisiva para sua formação como cidadão.
“É uma experiência única, só tem a acrescentar em minha formação como um sujeito de direitos. Aprendo muito vendo a dimensão do que é a organização de uma conferência desse porte. Também consigo perceber como são importantes esses eventos, já que nesses momentos é que conseguimos reunir, mobilizar e, juntos, definir políticas, planos, e soluções de problemas que afetam toda a nação. Estou aprendendo a pensar globalmente e agir localmente”, analisa Jean.
Para Maria de Fátima Pereira da Silva, membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro (Cedca-RJ) e da comissão organizadora da IX Conferência, a participação dos jovens nas diferentes etapas do evento marca também a adoção de uma concepção de protagonismo mais comprometida com a criação de espaços nos quais as crianças e adolescentes possam se expressar da forma que desejam.
“É muito positivo estar na organização de uma conferência que vai abordar políticas destinadas às crianças e aos adolescentes e ver a participação daqueles aos quais essas políticas são destinadas. São eles, em todas as etapas, falando deles mesmos. Antes, eu acredito, o protagonismo era entendido como se, por exemplo, apresentações de crianças e adolescentes, envolvendo teatro ou outra expressão artística, dessem conta. Hoje, temos claro que participação também é igual a fala, é sentar na mesma mesa e discutir as questões”, diz a conselheira.
André Franzini, coordenador da comissão organizadora da IX Conferência e membro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), destaca que envolver as próprias crianças e adolescentes no processo que antecede o encontro significou criar oportunidades para a politização do debate sobre direitos. “Os adultos ainda têm certa dificuldade em reconhecer que as crianças e adolescentes podem contribuir. Entretanto, nas conferências livres — aquelas que aconteceram, em geral, nas escolas –, as crianças e adolescentes discutissem não só os problemas da própria escola, mas a política”, conta.
“Na minha visão o jovem já está deixando de ser ‘figurante’ para, de fato, ser o ‘protagonista’ de seus direitos. A iniciativa do conselho de inserir adolescentes na comissão organizadora tem como finalidade fazer com que eles se expressem e, mais que isso, discutam a política e o plano. É um processo democrático onde todos têm a chance de dar opinião, discutir e levantar pontos críticos”, conclui Jean, que também é adolescente observador do Cedca Paraná.
Temas que marcarão o encontro
De acordo com a comissão organizadora, dentre as pautas mais importantes da IX Conferência, está a superação dos entraves encontrados quando o assunto é a integração das políticas setoriais. Ou seja, como intensificar o diálogo entre as pastas governamentais encarregadas de cuidar dos diferentes aspectos — como saúde, educação, cultura e outros — implicados na efetivação dos direitos de crianças e adolescentes.
Outro grande tema é o fortalecimento do pacto federativo, que garante a unidade entre União, estados e municípios e que serve, entre outras coisas, para a efetivação das políticas. O grande problema é que, por questões partidárias, os três níveis não costumam trabalhar de forma tão articulada como deveriam.
“Um dos principais objetivos é a implementação de planos estaduais como os de enfrentamento à violência, abuso sexual, e enfrentamento do trabalho infantil. Estes são alguns dos desafios do próprio plano decenal, que tem esta duração para que, independentemente de quem esteja no governo, a política não seja interrompida”, avalia Maria de Fátima Pereira da Silva, Conselheira do Cedca – RJ.
André Franzini ressalta ainda que o monitoramento da implementação das políticas também será foco das linhas de ação definidas no encontro. “O primeiro desafio é que a sociedade civil e os cidadãos cumpram seus respectivos papeis de fiscalização. A questão é que para isso é preciso que exista maior transparência tanto em relação aos dados quanto ao orçamento das políticas destinadas a infância e adolescência”, acrescenta o coordenador da comissão organizadora do evento.
Por Thiago Ansel
Fonte: Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens
Protagonismo. Esta é a palavra de ordem da organização da IX Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente. O encontro só acontece em julho próximo, mas as etapas preparatórias — tanto as municipais, que ocorreram no fim de 2011, quanto as estaduais, que acontecerão entre fevereiro e maio deste ano — definem, ou definirão, no caso das pré-conferências nos estados, qual será a agenda dos direitos da infância e da adolescência.
O grande objetivo da conferência é traçar caminhos que levem à mobilização, implementação e ao monitoramento da Política Nacional e do Plano Decenal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Entretanto, o grande diferencial das etapas preparatórias, que deve marcar também o encontro de julho, é o papel dos adolescentes na construção das pautas e atividades da Conferência.
Jean Carlos Braghirolli, 18, do Paraná, participa do chamado G27, grupo da comissão organizadora que reúne 27 adolescentes representantes dos estados brasileiros e Distrito Federal. Jean também representa o Sul no G5, que junta as cinco regiões do país, além de participar da organização da pré-conferência de seu estado. O adolescente afirma que a experiência vem contribuindo de forma decisiva para sua formação como cidadão.
“É uma experiência única, só tem a acrescentar em minha formação como um sujeito de direitos. Aprendo muito vendo a dimensão do que é a organização de uma conferência desse porte. Também consigo perceber como são importantes esses eventos, já que nesses momentos é que conseguimos reunir, mobilizar e, juntos, definir políticas, planos, e soluções de problemas que afetam toda a nação. Estou aprendendo a pensar globalmente e agir localmente”, analisa Jean.
Para Maria de Fátima Pereira da Silva, membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro (Cedca-RJ) e da comissão organizadora da IX Conferência, a participação dos jovens nas diferentes etapas do evento marca também a adoção de uma concepção de protagonismo mais comprometida com a criação de espaços nos quais as crianças e adolescentes possam se expressar da forma que desejam.
“É muito positivo estar na organização de uma conferência que vai abordar políticas destinadas às crianças e aos adolescentes e ver a participação daqueles aos quais essas políticas são destinadas. São eles, em todas as etapas, falando deles mesmos. Antes, eu acredito, o protagonismo era entendido como se, por exemplo, apresentações de crianças e adolescentes, envolvendo teatro ou outra expressão artística, dessem conta. Hoje, temos claro que participação também é igual a fala, é sentar na mesma mesa e discutir as questões”, diz a conselheira.
André Franzini, coordenador da comissão organizadora da IX Conferência e membro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), destaca que envolver as próprias crianças e adolescentes no processo que antecede o encontro significou criar oportunidades para a politização do debate sobre direitos. “Os adultos ainda têm certa dificuldade em reconhecer que as crianças e adolescentes podem contribuir. Entretanto, nas conferências livres — aquelas que aconteceram, em geral, nas escolas –, as crianças e adolescentes discutissem não só os problemas da própria escola, mas a política”, conta.
“Na minha visão o jovem já está deixando de ser ‘figurante’ para, de fato, ser o ‘protagonista’ de seus direitos. A iniciativa do conselho de inserir adolescentes na comissão organizadora tem como finalidade fazer com que eles se expressem e, mais que isso, discutam a política e o plano. É um processo democrático onde todos têm a chance de dar opinião, discutir e levantar pontos críticos”, conclui Jean, que também é adolescente observador do Cedca Paraná.
Temas que marcarão o encontro
De acordo com a comissão organizadora, dentre as pautas mais importantes da IX Conferência, está a superação dos entraves encontrados quando o assunto é a integração das políticas setoriais. Ou seja, como intensificar o diálogo entre as pastas governamentais encarregadas de cuidar dos diferentes aspectos — como saúde, educação, cultura e outros — implicados na efetivação dos direitos de crianças e adolescentes.
Outro grande tema é o fortalecimento do pacto federativo, que garante a unidade entre União, estados e municípios e que serve, entre outras coisas, para a efetivação das políticas. O grande problema é que, por questões partidárias, os três níveis não costumam trabalhar de forma tão articulada como deveriam.
“Um dos principais objetivos é a implementação de planos estaduais como os de enfrentamento à violência, abuso sexual, e enfrentamento do trabalho infantil. Estes são alguns dos desafios do próprio plano decenal, que tem esta duração para que, independentemente de quem esteja no governo, a política não seja interrompida”, avalia Maria de Fátima Pereira da Silva, Conselheira do Cedca – RJ.
André Franzini ressalta ainda que o monitoramento da implementação das políticas também será foco das linhas de ação definidas no encontro. “O primeiro desafio é que a sociedade civil e os cidadãos cumpram seus respectivos papeis de fiscalização. A questão é que para isso é preciso que exista maior transparência tanto em relação aos dados quanto ao orçamento das políticas destinadas a infância e adolescência”, acrescenta o coordenador da comissão organizadora do evento.
Por Thiago Ansel
Fonte: Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens
RJ: 14% dos alunos da rede pública não leram nenhum livro em 5 anos
Corumbá Guimarães
RIO – Dados divulgados pela Secretaria estadual de Educação do Rio mostram que os estudantes do ensino médio da rede pública não leem muito. Conforme antecipou a coluna Ancelmo Gois desta quarta-feira, a pesquisa feita com 4 mil alunos mostra que 14% não leram nenhum livro nos últimos cinco anos. Outros 11% leram apenas um, e 26% somente dois ou três, ou seja, 51% dos alunos leram de 0 até 3 livros nos últimos 5 anos. Já 49% leram de 4 a mais de 20 livros.
A diretora executiva do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, considera o resultado alarmante. Para ela, a leitura do texto literário no ensino médio é, sem dúvida, muito importante para o aluno nesta fase de formação.
- Isso é sofrível. Como esses estudantes cumpriram essa etapa da vida acadêmica sem ler um livro sequer? A literatura faz parte do ensino médio. Esse tipo de aluno nunca vai conseguir passar no Enem, por exemplo. É somente por meio da leitura que descobrimos as múltiplas faces da linguagem – diz.
Para Priscila, a qualidade do ensino nessas escolas tem que ser melhor avaliada e mais bem monitorada.
Comentário:
Com isso, e por isso, o nosso governo, ao invés de investir fortemente no ensino básico, cria as cotas. O que são cotas? É a forma de criar vaga para quem não tem competência – não interessa o motivo – para entrar na faculdade no lugar de outros mais competentes – também não importa o motivo. E daí, o teste da OAB é muito difícil! O índice de repetência e desistência nas faculdades aumenta a cada ano (sabiam?) por falta de base para entender as matérias básicas universitárias. Não dá para criar atalhos se a nossa base está deteriorada! Vamos importar mão de obra administrativa daqui a 15 anos? Sabe o que acontece com um prédio em que a base é fraca? Pois é, desaba…
Corumbá
RODRIGO GOMES – globo.com
RIO – Dados divulgados pela Secretaria estadual de Educação do Rio mostram que os estudantes do ensino médio da rede pública não leem muito. Conforme antecipou a coluna Ancelmo Gois desta quarta-feira, a pesquisa feita com 4 mil alunos mostra que 14% não leram nenhum livro nos últimos cinco anos. Outros 11% leram apenas um, e 26% somente dois ou três, ou seja, 51% dos alunos leram de 0 até 3 livros nos últimos 5 anos. Já 49% leram de 4 a mais de 20 livros.
A diretora executiva do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, considera o resultado alarmante. Para ela, a leitura do texto literário no ensino médio é, sem dúvida, muito importante para o aluno nesta fase de formação.
- Isso é sofrível. Como esses estudantes cumpriram essa etapa da vida acadêmica sem ler um livro sequer? A literatura faz parte do ensino médio. Esse tipo de aluno nunca vai conseguir passar no Enem, por exemplo. É somente por meio da leitura que descobrimos as múltiplas faces da linguagem – diz.
Para Priscila, a qualidade do ensino nessas escolas tem que ser melhor avaliada e mais bem monitorada.
Comentário:
Com isso, e por isso, o nosso governo, ao invés de investir fortemente no ensino básico, cria as cotas. O que são cotas? É a forma de criar vaga para quem não tem competência – não interessa o motivo – para entrar na faculdade no lugar de outros mais competentes – também não importa o motivo. E daí, o teste da OAB é muito difícil! O índice de repetência e desistência nas faculdades aumenta a cada ano (sabiam?) por falta de base para entender as matérias básicas universitárias. Não dá para criar atalhos se a nossa base está deteriorada! Vamos importar mão de obra administrativa daqui a 15 anos? Sabe o que acontece com um prédio em que a base é fraca? Pois é, desaba…
Corumbá
RODRIGO GOMES – globo.com
Governadores pressionam pela aprovação de projeto que muda critério de reajuste do piso salarial dos professores
Dez governadores reuniram-se hoje (28) com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT-RS), para pressionar pela aprovação de um projeto de lei que propõe alterar o critério de reajuste do piso nacional do magistério. Atualmente, a legislação determina que o piso dos professores deve ser corrigido de acordo com o percentual de crescimento do valor mínimo anual por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Como entre 2011 e 2012 esse aumento foi 22%, o piso também foi corrigido pelo mesmo patamar, passando de R$ 1.187 para R$ 1.451. Os valores foram anunciados ontem (27) pelo Ministério da Educação (MEC).
Pelo projeto de lei defendido pelos governadores, que foi aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara e aguarda aprovação em plenário, o piso seria corrigido anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação. De acordo com o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, atualmente, apenas oito estados pagam aos professores de suas redes de ensino o valor que determina a lei.
“Sou a favor do piso e fui o primeiro governador a aplicá-lo. Mas você aguentaria pagar um reajuste de 22% ao ano para o seu empregado se o seu salário só é reajustado 6% ou 7% [referindo-se à inflação]? Essa matemática não vai fechar. Nós somos contra esse critério de reajuste”, disse Puccinelli ao sair da reunião.
O governador argumentou que os impostos e tributos são calculados a partir da inflação e, por isso, o salário dos professores deveria seguir o mesmo critério já que a fonte para o pagamento é a arrecadação dos estados. Segundo Puccinelli, já é previsto que, para 2013, o crescimento do valor por aluno do Fundeb fique entre 18% e 23%, o que significaria um aumento semelhante para o piso, caso seja mantido o atual parâmetro de reajuste.
De acordo com a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Piso, com o anúncio do novo valor do menor salário do professor, qualquer alteração nos critérios de reajuste valerá apenas para 2013. Ela sugere que seja montada uma mesa de negociação com parlamentares da bancada da educação, dos estados, municípios e do governo federal, para discutir possíveis mudanças. Para a deputada, entretanto, o INPC não é um bom critério, já que apenas a correção pela inflação não garantirá ganhos para a categoria.
Com o anúncio do piso para 2012 e a discussão da mudança dos critérios de correção, o deputado Izalci (PP-DF) disse que, agora, "acende um alerta" em relação aos movimentos de greve de professores nos estados e municípios, já que alguns entes federados não pagarão o valor fixado por lei. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) planeja uma paralisação nacional nos dias 14, 15 e 16 de março, com o objetivo de cobrar a efetiva aplicação da lei. Da Agência Brasil.
--------------------------------------------------------------------------------
Como entre 2011 e 2012 esse aumento foi 22%, o piso também foi corrigido pelo mesmo patamar, passando de R$ 1.187 para R$ 1.451. Os valores foram anunciados ontem (27) pelo Ministério da Educação (MEC).
Pelo projeto de lei defendido pelos governadores, que foi aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara e aguarda aprovação em plenário, o piso seria corrigido anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação. De acordo com o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, atualmente, apenas oito estados pagam aos professores de suas redes de ensino o valor que determina a lei.
“Sou a favor do piso e fui o primeiro governador a aplicá-lo. Mas você aguentaria pagar um reajuste de 22% ao ano para o seu empregado se o seu salário só é reajustado 6% ou 7% [referindo-se à inflação]? Essa matemática não vai fechar. Nós somos contra esse critério de reajuste”, disse Puccinelli ao sair da reunião.
O governador argumentou que os impostos e tributos são calculados a partir da inflação e, por isso, o salário dos professores deveria seguir o mesmo critério já que a fonte para o pagamento é a arrecadação dos estados. Segundo Puccinelli, já é previsto que, para 2013, o crescimento do valor por aluno do Fundeb fique entre 18% e 23%, o que significaria um aumento semelhante para o piso, caso seja mantido o atual parâmetro de reajuste.
De acordo com a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Piso, com o anúncio do novo valor do menor salário do professor, qualquer alteração nos critérios de reajuste valerá apenas para 2013. Ela sugere que seja montada uma mesa de negociação com parlamentares da bancada da educação, dos estados, municípios e do governo federal, para discutir possíveis mudanças. Para a deputada, entretanto, o INPC não é um bom critério, já que apenas a correção pela inflação não garantirá ganhos para a categoria.
Com o anúncio do piso para 2012 e a discussão da mudança dos critérios de correção, o deputado Izalci (PP-DF) disse que, agora, "acende um alerta" em relação aos movimentos de greve de professores nos estados e municípios, já que alguns entes federados não pagarão o valor fixado por lei. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) planeja uma paralisação nacional nos dias 14, 15 e 16 de março, com o objetivo de cobrar a efetiva aplicação da lei. Da Agência Brasil.
--------------------------------------------------------------------------------
MT - Criança de 7 anos atravessa Rodovia e é atropelada por viatura da PM
Marcos Di Perez
de Juina
Maycon Douglas Ribeiro de 7 anos de idade, foi atropelado por volta das 12h30m desta terça-feira, 27, na Rodovia MT-170, por uma viatura da Polícia Militar que retornava de uma revisão de Cuiabá. Segundo a Polícia, o acidente ocorreu em virtude do desembarque de crianças em local inadequado. Maycon teve fraturas no fêmur e na fíbula, seu estado de saúde é estável, mas deverá passar por cirurgia nas próximas horas.
Conforme declarações prestadas pelo motorista da viatura ao Comando Regional VIII, próximo ao Cruzeiro, cerca de 15 km do município de Juína, o policial avistou que o ônibus escolar havia parada a beira da estrada para que os alunos descesse do veículo. Ao avistar o ônibus e as crianças, o policial reduziu a velocidade da viatura, mas repentinamente Maycon atravessou a Rodovia.
O soldado Borges, contou que ainda desviou da criança, mas mesmo assim atingiu a vitima com a lateral do Fiat Pálio. O soldado socorreu a criança e a colocou na viatura e ligou para os socorristas do Samu, que foi de encontro com ele e iniciou os primeiros atendimentos a vitima.
O tenente Alex, do Comando Regional, informou que, enviará uma notificação a Secretaria Municipal de Educação para que providencie um local apropriado para o desembarque das crianças, haja vista que não é a primeira vez que ocorre acidentes desta natureza na MT-170, envolvendo ônibus escolares.
Em novembro passado, um ônibus escolar foi atingido na traseira por um ônibus interestadual após parar a beira da Rodovia para embarque dos alunos, no acidente alguns dos alunos tiveram ferimentos leves.
de Juina
Maycon Douglas Ribeiro de 7 anos de idade, foi atropelado por volta das 12h30m desta terça-feira, 27, na Rodovia MT-170, por uma viatura da Polícia Militar que retornava de uma revisão de Cuiabá. Segundo a Polícia, o acidente ocorreu em virtude do desembarque de crianças em local inadequado. Maycon teve fraturas no fêmur e na fíbula, seu estado de saúde é estável, mas deverá passar por cirurgia nas próximas horas.
Conforme declarações prestadas pelo motorista da viatura ao Comando Regional VIII, próximo ao Cruzeiro, cerca de 15 km do município de Juína, o policial avistou que o ônibus escolar havia parada a beira da estrada para que os alunos descesse do veículo. Ao avistar o ônibus e as crianças, o policial reduziu a velocidade da viatura, mas repentinamente Maycon atravessou a Rodovia.
O soldado Borges, contou que ainda desviou da criança, mas mesmo assim atingiu a vitima com a lateral do Fiat Pálio. O soldado socorreu a criança e a colocou na viatura e ligou para os socorristas do Samu, que foi de encontro com ele e iniciou os primeiros atendimentos a vitima.
O tenente Alex, do Comando Regional, informou que, enviará uma notificação a Secretaria Municipal de Educação para que providencie um local apropriado para o desembarque das crianças, haja vista que não é a primeira vez que ocorre acidentes desta natureza na MT-170, envolvendo ônibus escolares.
Em novembro passado, um ônibus escolar foi atingido na traseira por um ônibus interestadual após parar a beira da Rodovia para embarque dos alunos, no acidente alguns dos alunos tiveram ferimentos leves.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Três vezes cidade-sede, Londres ganhará museu olímpico em 2014
Lancepress!
Como legado dos Jogos de 2012, Londres terá o seu próprio museu olímpico. Os planos são para que a construção seja situada ao lado da Torre Orbit, localizada no Parque Olímpico, ao leste da cidade. A partir de 2014, o museu poderá ser visitado e contará a história da capital inglesa como a primeira cidade a sediar os Jogos por três vezes (1908, 1948 e agora 2012).
"Acredito que o British Olympic Museum (Museu Olímpico Britânico) vai ser a maneira perfeita para garantir o espírito, emoção e as lembranças dos Jogos de Londres 2012. Isso pode inspirar as futuras gerações a seguirem os próprios sonhos", disse Colin Moynihan, presidente da Associação Britânica Olímpica (BOA).
Com o suporte da BOA, o museu terá uma galeria dos campeões, as construções dos locais, os esportes olímpicos de verão e inverno, além de um foco especial nos Jogos de 2012.
Como legado dos Jogos de 2012, Londres terá o seu próprio museu olímpico. Os planos são para que a construção seja situada ao lado da Torre Orbit, localizada no Parque Olímpico, ao leste da cidade. A partir de 2014, o museu poderá ser visitado e contará a história da capital inglesa como a primeira cidade a sediar os Jogos por três vezes (1908, 1948 e agora 2012).
"Acredito que o British Olympic Museum (Museu Olímpico Britânico) vai ser a maneira perfeita para garantir o espírito, emoção e as lembranças dos Jogos de Londres 2012. Isso pode inspirar as futuras gerações a seguirem os próprios sonhos", disse Colin Moynihan, presidente da Associação Britânica Olímpica (BOA).
Com o suporte da BOA, o museu terá uma galeria dos campeões, as construções dos locais, os esportes olímpicos de verão e inverno, além de um foco especial nos Jogos de 2012.
MT- Educação de VG pretende implantar projeto de qualidade de vida
Redação 24 Horas News
O Centro Municipal de Atendimento Especializado e Apoio à Inclusão João Ribeiro Filho (antigo Delannes Clube), que é ligado a Secretaria Municipal de Educação (SME) pretende implantar o “Projeto Qualidade de Vida” em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. A clientela são os profissionais da educação de rede municipal de ensino.
Segundo a coordenadora do centro Adriana Roberta, trata-se de um projeto que está implícito no próprio nome, uma vez que pretende melhorar a qualidade de vida dos servidores.
Farão parte desse projeto, professores de educação física, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e outros. “Todos esses profissionais estarão atendendo todos os profissionais da rede municipal de ensino”, destaca.
Ela frisa que serão atendimento realizados entre duas a três vezes por semana. “Sempre visando a melhor condição de trabalho, o bem-estar do profissional. É um trabalho muito importante porque trabalha a autoestima da pessoa”, acrescenta. “Esse projeto ainda está em estudo. Se aprovado, vamos coloca-lo brevemente em prática”, garante.
Para o titular da pasta Odenil Sebba, trabalhando corpo e mente, você é um profissional que consegue render mais tanto na área profissional como pessoal. “Precisamos ter um profissional bem preparado. E esse Programa vai atender a essa expectativa”, assegura.
O Centro Municipal de Atendimento Especializado e Apoio à Inclusão João Ribeiro Filho (antigo Delannes Clube), que é ligado a Secretaria Municipal de Educação (SME) pretende implantar o “Projeto Qualidade de Vida” em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. A clientela são os profissionais da educação de rede municipal de ensino.
Segundo a coordenadora do centro Adriana Roberta, trata-se de um projeto que está implícito no próprio nome, uma vez que pretende melhorar a qualidade de vida dos servidores.
Farão parte desse projeto, professores de educação física, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e outros. “Todos esses profissionais estarão atendendo todos os profissionais da rede municipal de ensino”, destaca.
Ela frisa que serão atendimento realizados entre duas a três vezes por semana. “Sempre visando a melhor condição de trabalho, o bem-estar do profissional. É um trabalho muito importante porque trabalha a autoestima da pessoa”, acrescenta. “Esse projeto ainda está em estudo. Se aprovado, vamos coloca-lo brevemente em prática”, garante.
Para o titular da pasta Odenil Sebba, trabalhando corpo e mente, você é um profissional que consegue render mais tanto na área profissional como pessoal. “Precisamos ter um profissional bem preparado. E esse Programa vai atender a essa expectativa”, assegura.
UFMT oferece nove vagas para professor no Campus de Cuiabá
Redação 24 Horas News
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) oferece nove vagas para professor substituto e professor temporário, no campus de Cuiabá.
As inscrições podem ser feitas hoje (27) e amanhã (28) para as áreas de Histologia dos Animais Domésticos, Língua Francesa, Língua Inglesa, Língua Portuguesa e Estatística; no período de 29 de fevereiro a dois de março para a área de Prática Jurídica; e 1º e dois de março para a área de Física Geral.
Os interessados devem procurar as secretarias da Faculdade de Direito, para a área de Prática Jurídica; da Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia (Famev), para a área de Histologia dos Animais Domésticos; o Departamento de Letras do Instituto de Linguagens, para as áreas de Língua Francesa, Língua Inglesa e Língua Portuguesa; o Departamento de Estatística do Instituto de Ciências Exatas e da Terra (ICET), para a área de Estatística, e o Instituto de Física, sala 200, para área de Física Geral, munidos de documentação pessoal, curriculum-vitae documentado e declaração de não ter sido contratado por nenhuma instituição federal de ensino superior nos últimos 24 meses.
Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (65) 3615 8541 (Faculdade de Direito), 3615 8601 (Famev), 3615 8412 (Departamento de Letras) e 3615 8740 (Departamento de Estatística).
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) oferece nove vagas para professor substituto e professor temporário, no campus de Cuiabá.
As inscrições podem ser feitas hoje (27) e amanhã (28) para as áreas de Histologia dos Animais Domésticos, Língua Francesa, Língua Inglesa, Língua Portuguesa e Estatística; no período de 29 de fevereiro a dois de março para a área de Prática Jurídica; e 1º e dois de março para a área de Física Geral.
Os interessados devem procurar as secretarias da Faculdade de Direito, para a área de Prática Jurídica; da Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia (Famev), para a área de Histologia dos Animais Domésticos; o Departamento de Letras do Instituto de Linguagens, para as áreas de Língua Francesa, Língua Inglesa e Língua Portuguesa; o Departamento de Estatística do Instituto de Ciências Exatas e da Terra (ICET), para a área de Estatística, e o Instituto de Física, sala 200, para área de Física Geral, munidos de documentação pessoal, curriculum-vitae documentado e declaração de não ter sido contratado por nenhuma instituição federal de ensino superior nos últimos 24 meses.
Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (65) 3615 8541 (Faculdade de Direito), 3615 8601 (Famev), 3615 8412 (Departamento de Letras) e 3615 8740 (Departamento de Estatística).
MT - Transporte escolar da zona rural de Cuiabá passa por vistoria
Redação 24 Horas News
A Secretaria Municipal de Educação (SME), embasada em Legislação Federal, disponibiliza gratuitamente transporte escolar para alunos da zona rural. Mas, para que o transporte seja seguro e de qualidade, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU) realiza vistoria dos veículos que atendem comunidades na zona rural do município de Cuiabá.
Iniciado em 25 de janeiro, o processo é feito nos finais de semana e segue até quando todas as vans e ônibus estiverem vistoriados pelos agentes de Regulação e Fiscalização da prefeitura de Cuiabá. A vistoria dos veículos de transporte escolar rural é feita com o mesmo rigor das realizadas em vans escolares, que atuam no perímetro urbano, bem como em táxis e micro ônibus.
De acordo com o agente de Regulação e Fiscalização da prefeitura de Cuiabá, Ronan Benedito Sales, a fiscalização é anual, e agentes da SMTU se deslocam até a comunidade para facilitar o trabalho.
“Os agentes da SMTU vão à comunidade para vistoriar os veículos. Atentos a diversos itens de segurança e conforto como : o ano de fabricação, cinto de segurança em todos os assentos, extintor de incêndio na validade e também a presença do tacógrafo, aparelho que registra a velocidade do veículo”, informou Sales.
A frota de transporte escolar para alunos da zona rural em Cuiabá é de 36 veículos, que percorrem em média 4.175 km por dia, levando 711 alunos nos três períodos: matutino, vespertino e noturno. Comunidades como Rio dos Peixes, Coxipó-Açu, Sucuri, São Bento Bandeira, entre outras, são algumas das regiões atendidas. O transporte é gratuito.
A Secretaria Municipal de Educação (SME), embasada em Legislação Federal, disponibiliza gratuitamente transporte escolar para alunos da zona rural. Mas, para que o transporte seja seguro e de qualidade, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU) realiza vistoria dos veículos que atendem comunidades na zona rural do município de Cuiabá.
Iniciado em 25 de janeiro, o processo é feito nos finais de semana e segue até quando todas as vans e ônibus estiverem vistoriados pelos agentes de Regulação e Fiscalização da prefeitura de Cuiabá. A vistoria dos veículos de transporte escolar rural é feita com o mesmo rigor das realizadas em vans escolares, que atuam no perímetro urbano, bem como em táxis e micro ônibus.
De acordo com o agente de Regulação e Fiscalização da prefeitura de Cuiabá, Ronan Benedito Sales, a fiscalização é anual, e agentes da SMTU se deslocam até a comunidade para facilitar o trabalho.
“Os agentes da SMTU vão à comunidade para vistoriar os veículos. Atentos a diversos itens de segurança e conforto como : o ano de fabricação, cinto de segurança em todos os assentos, extintor de incêndio na validade e também a presença do tacógrafo, aparelho que registra a velocidade do veículo”, informou Sales.
A frota de transporte escolar para alunos da zona rural em Cuiabá é de 36 veículos, que percorrem em média 4.175 km por dia, levando 711 alunos nos três períodos: matutino, vespertino e noturno. Comunidades como Rio dos Peixes, Coxipó-Açu, Sucuri, São Bento Bandeira, entre outras, são algumas das regiões atendidas. O transporte é gratuito.
Assinar:
Postagens (Atom)