Lair Ribeiro
Outro ponto importante da auto-estima se encontra na aceitação das falhas. Todos falhamos, e isso precisa ser encarado de forma natural.
Como é que um bebê aprende a andar? Caindo e levantando, caindo e levantando, caindo e levantando... Até que, de repente, acerta! Se, nesse treinamento para aprender a andar, o bebê dissesse para si mesmo que era bobagem continuar tentando, pois não iria nunca conseguir, o que você acha que aconteceria? O adulto em que esse bebê se transformou não estaria andando até hoje.
Felizmente, não é isso o que acontece, pois os bebês não costumam se intimidar com os tombos e insistem na tentativa de andar, até que conseguem.
Na nossa educação, no entanto, falhar é pecado. E, à medida que isso acontece, nossa auto-imagem vai sendo destruída. Devemos nos lembrar sempre do bebê persistente que já fomos.
Aprenda com os seus erros
Se quiser progredir na vida, esqueça a síndrome da perfeição. Ficar repetindo para si mesmo que não pode falhar, torna tudo mais difícil.
Se você pensar que nada de importante é feito corretamente e da primeira vez, você chegará à conclusão de que os erros são uma forma de aperfeiçoar-se. Quanto melhor você aceita suas falhas, mais aprende com elas para fazer certo da próxima vez.
É falhando, aprendendo, acertando e progredindo que aprendemos a confiar mais em nós mesmos e a ter mais auto-estima.
Os erros são grandes momentos na nossa existência.
O poder do sorriso
O sorriso é muito importante para melhorar a auto-estima. Existe uma relação direta entre o sorriso e o sis¬tema nervoso central. Quando sorrimos, mes¬¬mo que seja uma simples movimentação da musculatura facial, o cérebro re¬ce¬be uma mensagem positiva de que tudo está bem.
Vários estudos mostram que as mulheres sorriem muito mais que os ho¬mens. E, curiosamente, as mulheres vivem, em média, oito anos mais do que os homens.
A magia da doação
A capacidade de uma pessoa se doar, de prestar serviços úteis ao próximo e à comunidade sem interesses finan¬cei¬ros, é muito importante para a sua auto-estima. Quando fazemos coisas de graça, o mundo sempre nos retribui de alguma forma.
É lógico que o seu trabalho deve ser valorizado; mas, o que você acha de praticar o princípio de Robin Hood, cobrando de quem tem e ajudando quem necessita? Vá além disso e seja generoso: às vezes, faça doações até mesmo para quem não precisa.
Cuide da vizinhança
As pessoas que nos cercam interferem diretamente em nossa auto-estima. Quem vive em companhia de pessoas negativas, dificilmente consegue desenvolver uma auto-estima sadia.
Isso não significa deixar de lado pessoas que precisam do nosso apoio exatamente por serem negativas. Mas é preciso saber escolher ambientes e relacionamentos propícios à sua felicidade.
Lembre-se: Quando você não está bem, não consegue contribuir para que as pessoas ao seu redor fiquem bem, e isso tende a criar um círculo vicioso, prejudicial a todos.
Lair Ribeiro é Palestrante internacional, ex-diretor da Merck Sharp & Dohme e da Ciba-Geigy Corporation, nos Estados Unidos