sexta-feira, 21 de junho de 2013

As Crianças e o Mito dos Contos de Fadas

Anne Marie Lucille
Ester Cartago

Por que tratamos nossas crianças como brinquedos?

Mitos
O Respeito começa quando consideramos que elas são capazes de feitos como nunca fomos
Por que o mundo das crianças está situado numa espécie de reino, o mais distante possível da nossa realidade, um reino repleto de fantasias, de coisas fáceis, de pessoas gentis, onde o bizarro é coisa inexistente, onde os problemas e dilemas humanos não são sequer mencionados, isso, não temos como saber.
Mas, sabemos que é assim, esse é o critério. É a prática comum desde incontáveis gerações. É a conduta aceita e autenticada pelos sistemas cognitivos de todas as nações, pelos especialistas em educação, pelos cientistas sociais.
E, naquele mundo, onde não existem doenças, todo mal é tratado como um vilão, que atua de fora para dentro do indivíduo, como se fosse uma entidade desagregada deste. E ali, a violência é retratada como uma coisa romântica, capaz ser resolvida pela simples presença de um super-herói, ou divindade, que, de repente, irá surgir do nada, ou sempre que for solicitado.
Um mundo utópico, abstrato, onde os sonhos se concretizam, onde apenas as coisas que dão certo são mencionadas. Um epicentro, onde a realidade é totalmente deixada de lado, onde o idealismo e fantasia dos chamados contos de fada, predomina.
Sobre os contos de fada, a parte que chega ao mundo ocidental, o nosso, têm origem na idade média. Foram criados pelos devaneios de alguns escritores, para entreter um público carente de sonhos, que viviam sufocados, encarcerados pela opressão dos costumes da época. Tratando-se, portanto, de uma deliberada concepção surreal, uma fuga à realidade, que logo, no imaginário de cada um, se tornaria tão real quanto o são as coisas concretas.
Eis a base de toda nossa educação, ao menos a ocidental, onde quer que estejamos, como crianças que somos. Se vivemos em um mundo de constantes desafios, onde os problemas e múltiplas atividades do nosso dia a dia preenchem todas as nossas horas de vigília, onde vivemos imersos em disputas e conflitos sem fim, afinal de contas, o que existe de concreto para nós, como objetivo de vida?
A verdade é que, não estamos no controle da situação, as circunstâncias sim. Somos regidos na íntegra, não pela nossa vontade e querer, mas pela necessidade constante de solucionar problemas. Resolver problemas, grandes ou pequenos, este é o nosso atual objetivo de vida. Não criamos nada disso, tudo foi criado antes de existirmos.
Se ensino para meu filho, que existe um mundo imaginário - para ele isso é coisa real - onde todos são capazes de, pela vontade, viverem qualquer tipo de sonho, que seja possível de se criar pelo pensamento, como espero que devam reagir, ao descobrirem mais tarde, sufocados pela competição da vida, que tudo não passara de uma grande ilusão, uma incompreensível mentira?

O Que as Crianças Deveriam Aprender

Autor: Jon Talber [1]
Ensinar a Pensar é Educar...
"Um animal irracional é domesticado pelo medo e recompensas, não precisamos imitá-los..."
mãe lendo para o filho
Será que que toda inutilidade, que sabemos para nada servir, isso também precisamos ensinar para as crianças?
Para pensar: Um lenhador, certa feita, comprou um machado com cabo de ferro, por se dizer defensor do meio ambiente, quer dizer, das árvores...
Dentro de um mundo que chamamos de “mundo das aparências”, um cenário ideal criado pela sempre faminta indústria, ou processo doutrinário, do “vender qualquer coisa”, onde se incluem objetos, ideias e ideais, a construção de uma personalidade “batizada”, quer dizer condicionada, tornou-se sua principal meta existencial.

Observe o mundo artificial que criamos para nossos pequenos. Os personagens não são de verdade, os objetos são modificados, ganham uma aparência bizarra, que categorizamos como engraçados. Quem define o que é engraçado, nós ou as crianças? Quem cria o conceito de engraçado, nós ou nossas crianças? Claro que não são elas, elas são os consumidores finais, o alvo de tais criações. Assim, se somos nós, não se trata tão somente de uma forma de condicioná-las? Idealizamos o engraçado, damos forma a esse engraçado, e a etapa seguinte é a tarefa de convencê-las de que aquilo é de fato engraçado, e está feito.

A mesma coisa é válida para as fantasias, os reinos mágicos, encantados, criados para entretê-las. O que esperamos obter com tal tradição? Isso ainda não temos como saber, e normalmente nos deixamos levar pela conversa dos “especialistas”, afinal de contas, eles devem saber. Mas, será que sabem? E só repetimos aquilo que um dia já herdamos de outros. E se há algum ensinamento educativo, ético, proveitoso, seja lá o que for, que tal prática verdadeiramente seja capaz de promover, aparentemente, a coisa ainda não logrou o desejado, pretendido e cognitivo efeito.

Para uma imensa, bem estruturada e sólida indústria, a mesma que cria tais fantasias, e seus espetaculares mundos abstratos, há um efeito, e este conhecemos bem, chama-se lucro. Pelo menos para eles a coisa já é um sucesso. E há todo um corpo docente, os criadores, e por trás deles uma espetacular máquina publicitária, a tentar nos convencer que essa é a coisa certa.

Diversão não precisa estar casada com ilusão. Diversão é uma coisa, é uma atividade lúdica com objetivos cognitivos claros, e disso toda criança carece, mas ilusão, mentiras, fantasias inexistentes, disso não precisam. Não se edifica uma realidade em cima de uma fantasia.

Fantasia é uma mentira disfarçada de sonho realizável, de coisa possível, que logo se torna uma necessidade, uma falsa necessidade em cima de uma falsa realidade, um objetivo utópico, inalcançável, uma porta de entrada para nossas futuras frustrações e o eterno sentimento de que nunca seremos capazes de nos realizarmos.

Uma criança, e mesmo um jovem, pré-adolescente, ou mais velho, desconhece os problemas dos seus pais, dos adultos, e o mais absurdo, desconhecem mesmo a sua própria fisiologia. Ocorre que, como adultos, tendemos a cultivar a falsa crença de que esse jovem é incapaz de compreender e assimilar as situações que já fazem parte de nosso cotidiano. Paradoxalmente, estamos cientes da sua formidável capacidade e potencial intelectual, quando lidam com as novas e complexas tecnologias, com invejável desenvoltura, coisa que, mesmo dotados de mais experiência de vida, não possuímos.

Onde está o erro? Ora, se os jovens são capazes de assimilar tecnologias complexas, por que não estariam aptos a compreenderem coisas infinitamente mais simples, como são os problemas estruturais e corriqueiros de uma família? Precisamos entender uma coisa: o fato de expormos um problema para eles, não quer dizer que irão interagir com o mesmo para solucioná-lo. Tal compartilhamento serve apenas como informação, para cientificá-los de que eles, os problemas, existem, que fazem parte da vida humana, que caminham lado a lado, de mãos dadas, com a parte não problemática.

Não somos nós, mas as autoridades, os regentes do conhecimento, que nos dizem o que fazer, o que pensar, o que sonhar, o que desejar, como se fossemos brinquedos sofisticados movidos aos seus impulsos, vaidades e ordens. Apenas seguimos o roteiro, obedientes, submissos, tementes de questionar o porquê de cada uma dessas coisas.

De perder é sempre o nosso receio, seja uma ideologia, seja uma crença, seja o que for. Apoiamos-nos na autoridade de uma tradição - tais coisas usamos como muletas - na esperança de que aquilo nos dê força para também dominarmos, nossos filhos, nossas relações, quem estiver em nosso entorno. Se o argumento deles nos controlam, então, usamos esse mesmo argumento na esperança de controlar os outros.
 

Autor:
Jon Talber - jontalber@gmail.com
Veja mais detalhes sobre o autor nas notas abaixo.

Nota de Copyright ©Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização expressa do autor.

Notas sobre O Autor:[1] Jon Talber é Pedagogo, Antropólogo e escritor de temas de auto-ajuda. Como pesquisador intinerante, estudou por mais de 30 anos as filosofias orientais e o comportamento das muitas culturas do mundo, seus sistemas educativos, doutrinas, dogmas, etc. Torna-se mais um colaborador eventual do nosso Site, onde pretende compartilhar parte daquilo que aprendeu ao longo de sua jornada.

Observação: O autor não possui Website ou página pessoal no Facebook ou em qualquer outra Rede Social.

Mais artigos do autor em: http://www.mundosimples.com.br

A Criança e a Motivação

Autor: Jon Talber [1]
O Professor Desmotivado, cria o Aluno sem Disciplina
"Para compreender a vida não se requer uma certa quantidade de energia, mas de toda disponível..."
criança com livros
Lembre-se sempre, o resultado das ações do potencial adulto que está naquela criança, depende da qualidade da instrução que ora recebe
Quando se ensina alguma coisa, o que seja, ensina-se também a colher com sabedoria os resultados, e também a se preparar para os contratempos. Ambos fazem parte do aprendizado, e não apenas a maneira de se fazer a coisa. Uma criança ainda requer de muita experimentação antes de ser capaz de compreender cada coisa, por isso, a expectativa de resultados insatisfatórios, ou parciais, assim como a perspectiva de resultados positivos em qualquer empreendimento, deve fazer parte de sua instrução preliminar.

Não existe ilustração melhor do que ensinar a fazer. Não existe ensinamento mais eficaz do que aprender fazendo. Assim, mostrar como fazer, vale mais que dizer que pode ser feito. Ainda assim, tudo começa com a demonstração de que aquilo pode ser realizado, desde que se possua a devida habilidade, ou instrução.

Uma obra sem utilidade, para uma criança, vale tanto quando uma pedra preciosa para uma galinha. Sua motivação é diretamente proporcional à utilidade da coisa produzida, seja para si mesmo, seja para outros. Do mesmo modo, enganá-la com falsas propostas ou promessas, equivale e comprometer sua autoestima. Ocorre que ela não reage às frustrações como um adulto, mas antes disso, tende a se sentir rejeitada, inferiorizada, sem importância, já que vê no resultado do seu trabalho, a si mesmo.

Assim, seu trabalho representa sua pessoa, e a forma como esse trabalho será recebido, rejeitado, criticado, utilizado, apreciado, aceito, será também o modo como se sentirá como individuo. Ao sentir a inutilidade do seu trabalho, assim também se sentirá como pessoa, e a mesma coisa vale para a aceitação, ou crítica construtiva.

Uma crítica construtiva, longe de ser um elogio, ou uma espécie de recompensa, tem mais valor se bem compreendida como função motivadora. Comentar de forma clara sobre o trabalho, como, por exemplo, discutir um texto escrito, de modo que ela perceba que o mesmo foi lido e analisado, torna-se uma excelente forma de motivação, e abre espaço para a crítica construtiva. Desse modo, ela tenderá a aceitar as ressalvas, correções, como uma forma clara de orientação e nunca de rejeição.

Conhecer uma criança, não apenas seu nome, ou o nome dos seus pais, mas, daquilo que não gosta, ou gosta, abre um espaço gigantesco, para que o educador tenha acesso à mesma. Ela o permitirá, pois saberá que ele a conhece, e por isso mesmo, deve saber o que é melhor para ela. Também, o educador sensato, o deve demonstrar publicamente, que conhece cada uma delas. Isso se consegue com comentários discretos, enfatizando ou ilustrando os gostos pessoais de cada uma. Mentalmente ela dirá: “Nossa, ele ainda lembra de mim...”.

"Não existe incentivo maior e argumento mais motivador para uma criança, que ouvir o educador chamar pelo ser nome."

Cuidado deve ter, entretanto, para nunca, sob nenhuma circunstância ou alegação, criar ambientes competitivos entre elas. Seja por preferir uma ou outra, seja por elogiar o pior ou melhor desempenho de quem quer que seja. Motivar uma criança não deve ter como terreno a desmotivação do restante do grupo, e é exatamente isso que ocorre, ao preferirmos, ou destacarmos alguém, ou seu trabalho, de forma seletiva, ou ostensiva.
criança fantasiada
Não existe nenhuma mágica, é um simples fato, uma criança motivada é naturalmente disciplinada...

O educador consciente sabe como fazer para nivelá-las, sem destacar de forma provocativa uma ou outra, sem fazê-las sentirem-se inferiores ou superiores aos seus amigos, o que poderia incentivar a competição interna, a disputa por preferências, a falta de entendimento e sintonia do grupo. Aquela que sabe mais, ou que demonstra maior interesse, deve ser tratada com a devida atenção, mas sem demonstração explícita de que há preferências, ou que as demais são inferiores, ou preteridas.

Incentiva-se uma criança claramente destacada no meio do grupo, de forma discreta e com inteligência. Se ela é curiosa, deve ser incentivada de forma indireta a desenvolver ainda mais sua curiosidade. Nesse caso, a mensagem deverá ser dada para todo o grupo, e aqueles indivíduos mais interessados, entenderão que se trata de uma orientação direcionada para eles.

Recompensas, elogios fáceis, promessas de sucesso, práticas comuns usadas para motivar ou incentivar as crianças a realizarem suas tarefas, obrigações, ou mesmo cuidados pessoais, devem ser evitadas a todo custo. Deverá o educador, substituir tudo isso, pelo simples reconhecimento de um trabalho bem feito, ou interesse sincero pelo andamento de uma tarefa ainda pendente. Deve estar disposto a ouvir as explicações das mesmas, de como realizaram aquele trabalho, e mesmo, contribuir pessoalmente, com sugestões individuais ou coletivas.

Outra forma de elogiar, de dar novo ânimo ao grupo, de modo a não haver comparações, ou despertar ciúmes, é ensiná-las a trabalhar em equipe, deixando claro que, para uma tarefa dessa natureza, onde cada uma tem uma função, todas são igualmente necessárias e importantes. Deve ainda enfatizar ao grupo, que o tamanho de uma atividade, não quer dizer menos ou mais, mas igualmente importante. Use pequenos contos como analogias, estes são excepcionais exemplos, elas gostam de ouvir, e ainda aprenderão alguma coisa útil.

Na formatação de uma equipe, o educador deve conhecer as capacidades e personalidades de cada um, cuidando de não incluir num mesmo grupo, crianças de temperamentos contrários. Conhecendo as disposições psicológicas e habilidades individuais, poderá agrupá-las em equipes que se complementem.

Finalmente, não se motiva uma criança, comparando seu resultado com o do seu colega, ou de um estranho. Mais eficaz e sensato, é dar-lhe desafios sempre crescentes, e acompanhar de perto seu progresso, ou dificuldades. E ao perceber o interesse do educador pelo seu trabalho, ela se sentirá motivada e responsável, pois, como foi dito antes, para ela, o trabalho e a sua pessoa, é uma só coisa.
 
Autor:
Jon Talber - jontalber@gmail.com
Veja mais detalhes sobre o autor nas notas abaixo.

Nota de Copyright ©Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização expressa do autor.

Notas sobre O Autor:[1] Jon Talber é Pedagogo, Antropólogo e escritor de temas de auto-ajuda. Como pesquisador intinerante, estudou por mais de 30 anos as filosofias orientais e o comportamento das muitas culturas do mundo, seus sistemas educativos, doutrinas, dogmas, etc. Torna-se mais um colaborador eventual do nosso Site, onde pretende compartilhar parte daquilo que aprendeu ao longo de sua jornada.

Observação: O autor não possui Website ou página pessoal no Facebook ou em qualquer outra Rede Social.

Mais artigos do autor em: http://www.mundosimples.com.br

Selação de candidatos para estágio

A Raízen em parceria com a Cia de Talentos está selecionando candidatos para a vagas de estágio, a Raízen é uma das cinco maiores empresas do país em faturamento e uma das mais competitivas na área de energia sustentável do mundo.

Gostaria de solicitar seu apoio na divulgação do programa no blog ou em qualquer outro meio que fique visível aos alunos, pode ser encaminhando o email aos alunos, no facebook, qualquer meio de divulgação aos universitários.

Pré – Requisitos

Cursos: Engenharia de produção, engenharia civil, engenharia elétrica, engenharia eletrônica, engenharia mecânica, Administração e Ciências Econômicas
Conclusão: entre dezembro/2014 e julho/2015
Conhecimento no pacote Office – intermediário
Inglês: Intermediário;
Idade: 18 a 25 anos;

Carga horária: 06 horas diárias. Somente candidatos que estudam no período noturno e matutino;
Necessária Graduação com duração mínima de 4 (quatro) anos;
Início Imediato!

Para se inscrever acesse :
Segue cartaz de divulgação:

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Coordenadores de PJE discutem ações

Durante 3 dias (9, 10 e 11 de abril), coordenadores de Programa Jornal e Educação (PJE) de todo o país estiveram reunidos em Brasília (DF) para discutir ações de incentivo a leitura e gestão social dos programas
Publicada no Jornal Gazeta do Oeste - RN e copiada no site da Comunidade Exkola www.exkola.com.br

Durante 3 dias (9, 10 e 11 de abril), coordenadores de Programa Jornal e Educação (PJE) de todo o país estiveram reunidos em Brasília (DF) para discutir ações de incentivo a leitura e gestão social dos programas.

O programa, desenvolvido por intermédio da Associação Nacional de Jornais (ANJ), incentiva os jornais brasileiros a trabalhar ações de incentivo a leitura. Representantes dos 60 jornais com PJE estiveram presentes na capital federal trocando experiências e trabalhando o marketing mix social do programa como um todo. A ação de incentivo a leitura já é presença em 2 mil escolas em 20 Estados e no Distrito Federal, atendendo uma faixa de 3 milhões de alunos.

No primeiro dia do encontro, no período matutino, os coordenadores discutiram o que já foi feito em relação ao programa no país. Uma das propostas já trabalhadas foi a definição da proposta do que é um programa de jornal e educação, além de reuniões para levar o Ministério da Educação e da Cultura e Unesco a reconhecerem oficialmente o PJE/ANJ, realização de cinco oficinas regionais para trabalhar as novas referências conceituais e garantir que os projetos dos associados possam atender todos os níveis de educação.

À tarde, foi proferida palestra e debate sobre o Programa Mídias na Educação, do Ministério da Educação (MEC), com o coordenador do Mídias, Alexandre Mathias Pedro, e cujo objetivo é disponibilizar as mídias para que o professor possa, além de ter acesso a elas, utilizar-se delas para ajudar na aprendizagem do aluno.

MARKETING SOCIAL - No segundo dia, os coordenadores participaram de um treinamento com o grupo de consultoria Jonh Snow Brasil, sobre Capacitação em gestão social para os gestores dos programas Jornal e Educação. Miguel Fontes, diretor fundador da John Snow Brasil e PhDc na Johns Hopkins University (SAIS), e Rodrigo Laro, coordenador da Divisão de Alianças Público-Privadas e mestre em Gestão Social e Trabalho pela Universidade de Brasília, conduziram os trabalhos.

A Jonh Snow, segundo Fontes, trabalha o conhecimento aplicado para a transformação social. E o PJE utiliza os jornais na escola para que isso possa acontecer e mudar o comportamento dos vários envolvidos. "É preciso descobrir qual a causa social do PJE. As ações sociais hoje deixaram de ser gastos e passaram a ser investimentos para as empresas", diz Fontes.

Conhecimento aplicado para a transformação social
- Promove a atuação social estratégica de gestores e organizações
- Busca a transformação social pela adoção de comportamentos e práticas sociais

Ministro faz elogios a suplementos

Suplementos Newszinho e Diarinho são reconhecidos pelo Ministério da Educação e pela Secretaria Estadual de Educação


Iniciativa inédita em todo o Alto Tietê, os suplementos infanto-juvenis Newszinho e Diarinho, do Grupo Mogi News, vêm repercutindo de forma positiva entre as autoridades e entidades ligadas à educação e à cultura. Além de funcionar como um canal de informação e entretenimento para estimular nas crianças o gosto pela leitura, os encartes dos jornais Mogi News e Diário do Alto Tietê foram alvos de elogios pelo Ministério da Cultura, que, em nome do ministro Gilberto Gil, parabenizou a iniciativa pioneira (veja a reprodução do ofício nesta página).

Para a vice-presidente e diretora de Assinaturas e Circulação do Grupo Mogi News, Sonia Massae de Moraes, este reconhecimento confirma o compromisso da empresa em investir na cultura e na educação e estimula a continuidade de ações que forneçam noções de cidadania: "Os suplementos são complementos de trabalho que podem ser utilizados na escola e no ambiente familiar, para desenvolver nos alunos o gosto pela leitura e, principalmente, contribuir para a formação de cidadãos conscientes e participativos".

Outro elogio veio da equipe técnica responsável pelo Ciclo I do ensino fundamental da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp), da Secretaria de Estado da Educação. No comunicado, enviado via e-mail ao jornal, o coordenador da Cenp, José Carlos Neves Lopes, diz "considerar que iniciativas como essa dos jornais Mogi News e Diário do Alto Tietê contribuem favoravelmente para a formação integral de nossas crianças, divulgando a função sociocultural real da leitura e da escrita".

Interação

Segundo Sonia, a mesma repercussão vem sendo observada nos assinantes dos jornais: "É muito gratificante receber o feedback dos leitores de ambos os jornais referente ao Newszinho e ao Diarinho. Isso mostra o poder de interação com o Grupo Mogi News, que respeita e agradece as sugestões, que chegam por meio de e-mails, cartas e até mesmo pessoais".

Lançados com a proposta de fazer da busca pelo conhecimento um processo mais divertido, os suplementos, de responsabilidade editorial da jornalista Gisleine de Rezende Zarbietti e do ilustrador Raphael Nogueira Félix, têm por objetivo interagir crianças e adolescentes em um aprendizado dinâmico, construtivo e repleto de ações de cidadania.

Na semana passada, os suplementos também foram alvos de elogios durante o Encontro Nacional de Coordenadores de Programa Jornal e Educação da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), realizado em Brasília e que reuniu representantes de empresas jornalísticas de todo o País.

As vidas que o PNE poderia mudar

Talita, Maria, Carlos e Renato ajudam a entender a que se destinam os royalties e o Plano Nacional de Educação

O filho de 1 ano e meio brinca com paus e pedras no quintal e Talita Cristina da Silva, 20 anos, o segue com o próximo bebê já na barriga. “Não pode ir aí”, “Solta isso” e “Cuidado” são algumas das frases que mais diz o dia todo, consciente de que não é a melhor rotina nem para ele nem para ela própria. “Queria que ele fosse para a creche para aprender mais coisas, brincar e eu também poder ir atrás de melhorar de vida”, diz.
Talita e os filhos são exemplos da demanda por educação que o Brasil não conseguiu atender até agora. Por trás da destinação dos royalties para o setor e da consequente aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) com 10% do PIB para a área estão milhões de pessoas como ela que dependem de mais investimento para conseguir o direito ao ensino de qualidade.

O projeto está há dois anos e meio em tramitação no Congresso Nacional e prevê 20 metas que devem ser cumpridas até 2020. Desde a última semana, também inclui uma emenda que destina 100% dos royalties do petróleo para a educação, estratégia do governo para que seja cumprido.

A jovem de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, aguarda há nove meses vaga para o filho em uma das poucas creches da cidade. No meio da espera, descobriu que o segundo filho está a caminho e logo precisará de duas vagas. “Se não tem vaga nem para o primeiro, imagina agora”, lamenta. Enquanto a meta 1 do PNE é atender 50% das crianças de até 3 anos, a cidade onde vive tem apenas 178 vagas públicas e 2,2 mil nomes na lista de espera. Um retrato de algo que se repete em todo o Brasil, onde há 1,6 milhão de vagas públicas para mais de 10 milhões de crianças na faixa etária.
Por causa disso, Talita deve engrossar o déficit relacionado às metas 11 e 12 , de ampliar a população entre 18 e 24 anos com curso técnico e superior. “Eu era boa aluna, mas quanto mais o tempo passa mais difícil acho de voltar para a escola. Agora já estou pensando em fazer bico quando os meninos estiverem maiorzinhos.”

Morador da mesma cidade, Carlos Vinicius Costa Santos, 14 anos, é mais otimista quanto ao próprio futuro que personifica outros pontos ambicionados no projeto do PNE. Caçula em uma família de cinco irmãos sustentados pela avó diarista, ele é o único que não abandou a escola ou perdeu anos de estudo até o momento. “Acho que meus irmãos pararam por desinteresse mesmo. Eu pretendo ser advogado”, diz .

Se apenas concluir o último ano do ensino fundamental já vai ajudar a cumprir a meta 2 , de universalização do ensino fundamental na idade correta, algo que seus irmãos e outros 539 mil brasileiros não fizeram segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, de 2011. A irmã, Taiane, de 16 anos, chegou a concluir com atraso o fundamental e agora se divide entre a busca por emprego e o ensino médio noturno.

Ela dá pistas do que levou ao desinteresse dos irmãos. “O Carlos ainda estuda de dia e em uma escola que quase não falta professor. O colégio (ensino médio) é mais complicado, falta tudo, aula mesmo é raro e tem muita influência ruim”, resume. Ainda assim, ela voltou para a escola ao menos enquanto não encontra trabalho. Melhorar o ensino médio e mantê-la como aluna é a meta 3 do PNE, de atender 85% dos adolescentes de 15 a 17 anos. Atualmente, só 80% estudam – o que significa que 2 milhões de jovens nessa idade estão fora da escola.

O futuro da família se relaciona ainda com a meta 8 , de elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos para os 25% mais pobres e igualar a situação de negros e brancos até 2020. No último Censo, de 2010, apenas um em cada cinco negros acima de 20 anos continuava estudando.

Professores

Renato Babolim Ribeiro, 26 anos, representa outros protagonistas da Educação que aguardam aprovação do PNE para conseguir direitos mínimos: os professores. Formado em Pedagogia em 2011, ele vive em condições precárias com holerites que variam de R$ 51 a R$ 1.200 conforme a época do ano. “Ao contrário das empregadas domésticas, que finalmente conseguiram seus direitos trabalhistas, metade de nós professores ainda seguimos sem 13º, férias e qualquer garantia”, comenta desolado.

Em todo o Brasil, embora faltem professores diariamente em sala de aula, apenas metade dos que atuam nas redes públicas tem cargo efetivo, a meta 18 é elevar para 90% os concursados. Isso mudaria a vida de Renato que hoje é professor auxiliar na rede estadual paulista contratado a cada fim do primeiro bimestre do ano e dispensado às vésperas das férias, em dezembro. Às vezes, ainda dá aulas como substituto, mas nunca tem certeza se terá trabalho ou renda. “São 25 mil professores nessas condições e não tem concurso para PEB 1 (que atende 1º ao 5º ano, na rede estadual de São Paulo) desde 2005. Tenho colega que chega a passar fome em casa alguns meses”, afirma.

Também fazem parte dos objetivos do PNE equiparar a renda dos professores a dos demais profissionais de nível superior ( Meta 17) e garantir em um ano formação continuada nas áreas de atuação, incluindo pós-graduações gratuitas ( Meta 15 ). “Se eu pudesse, já estava cursando pós, mas falta renda e todos os programas oficiais de ajuda são voltados para o concursado, como se o governo não soubesse a nossa situação”, afirma Renato.

Dizem respeito à especialização alguns dos objetivos mais difíceis de alcançar até o fim da vigência do plano, em 2020. Ainda entre os professores, a meta 16 é que 80% dos que atuam na educação básica tenham pós-graduação. Atualmente, o censo escolar apura a escolaridade dos mestres apenas até o nível superior. Mesmo aí já há uma defasagem quase impeditiva: 20% dos atuais professores sequer concluíram curso superior. Em uma pesquisa amostral do Instituto Paulo Montenegro, apenas um quinto havia concluído também pós-graduação. “Infelizmente a gente ainda tem que brigar por coisas mais básicas”, comenta Renato.
A aposentada Maria Pereira Silva, de 57 anos, representa outra enorme demanda por mais investimento em educação por algo ainda mais rudimentar: saber ler e escrever. Ela faz parte dos 12,9 milhões de brasileiros analfabetos com mais de 15 anos – 8,6% de todos nós. Se a meta 9 do PNE for cumprida, em 2020 a alfabetização seria universalizada.

A baiana que vive há 40 anos em São Paulo sonha com esse momento desde a infância. Quando completou 7 anos adiou os estudos pela primeira vez para trabalhar seguindo uma sina de filha mais velha. “Eu era remo de família”, explica. Aos 9 anos, o pai morreu e ela se viu cuidando das irmãs mais novas. Aos 18 anos veio para São Paulo em busca de oportunidade de trabalho e passou duas décadas como empregada doméstica e o restante como diarista.

“O tempo que sobrava eu dedicava ao meu filho, esse sim estudou. Até faculdade fez”, conta. Maria se matriculou em alguns cursos de jovens e adultos no meio do caminho, mas desistiu por conta das salas cheias e da falta de entrosamento com os colegas mais novos. “O barulho me incomodava. Acho que sala para adulto é diferente de adolescente, a gente precisa de mais atenção e calma”, avalia. Sem conhecer o PNE, ela também pede que as aulas incluam disciplinas que a ajudem a obter renda, exatamente como a meta 10 , que estabelece que uma em cada quatro vagas para adultos seja integrada a educação profissional. “Se eu soubesse um lugar que desse curso de escrita e costura junto, eu correria atrás.”

O PNE traça ainda objetivos para a população deficiente, para aumentar o número de mestres e doutores na educação superior, melhorar o resultado das redes nas avaliações e estimular a gestão democrática nas escolas ( veja todas as metas aqui ). A meta mais discutida da lei, no entanto, é a 20, que trata das fontes de financiamento para garantir que a lei signifique de fato mudanças nas vidas de Talita, Carlos, Renato, Maria, os milhões de pessoas que eles representam e, por consequência, da população toda.

Conheça as 20 metas do Plano Nacional de Educação

Em análise no Congresso desde 2011, o Plano Nacional da Educação (PNE) traça objetivos e metas para o ensino no País em todos os níveis (infantil, básico e superior) para serem cumpridos até 2020. A meta mais polêmica é a 20, que trata do percentual do PIB que deve ser investido em educação. Para garantir o que chama de " revolução no ensino" e o cumprimento desta meta, a presidente enviou ao Congresso, paralelamente, um outro projeto para destinar 100% dos royalties do petróleo e recursos do pré-sal em educação .

Saiba o que prevê o PNE:

Meta 1
Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de quatro a cinco anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até três anos até o final da vigência deste PNE.

Meta 2
Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a população de seis a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.
Meta 3
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%.

Meta 4
Universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

Meta 5
Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até os oito anos de idade, durante os primeiros cinco anos de vigência do plano; no máximo, até os sete anos de idade, do sexto ao nono ano de vigência do plano; e até o final dos seis anos de idade, a partir do décimo ano de vigência do plano.

Meta 6
Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica.

Meta 7
Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb :

Ideb 2015 2017 2019 2021
Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6
Anos finais do ensino fundamental 4,7 5 5,2 5,5
Ensino médio 4,3 4,7 5 5,2

Meta 8
Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no mínimo 12 anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE.)

Meta 9
Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 10
Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, na forma integrada à educação profissional, nos ensinos fundamental e médio.

Meta 11
Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% de gratuidade na expansão de vagas.

Meta 12
Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 13
Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% de doutores.

Meta 14
Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.

Meta 15
Garantir, em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, no prazo de um ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do art. 61 da Lei nº 9.394/1996, assegurando-lhes a devida formação inicial, nos termos da legislação, e formação continuada em nível superior de graduação e pós-graduação, gratuita e na respectiva área de atuação.

Meta 16
Formar, até o último ano de vigência deste PNE, 50% dos professores que atuam na educação básica em curso de pós-graduação stricto ou lato sensu em sua área de atuação, e garantir que os profissionais da educação básica tenham acesso à formação continuada, considerando as necessidades e contextos dos vários sistemas de ensino.

Meta 17
Valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

Meta 18
Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Meta 19
Garantir, em leis específicas aprovadas no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a efetivação da gestão democrática na educação básica e superior pública, informada pela prevalência de decisões colegiadas nos órgãos dos sistemas de ensino e nas instituições de educação, e forma de acesso às funções de direção que conjuguem mérito e desempenho à participação das comunidades escolar e acadêmica, observada a autonomia federativa e das universidades.

Meta 20
Ampliar o investimento público em educação de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB no final do decênio.

Fonte: iG

Avança projeto com prazo menor para professor temporário

Segundo texto aprovado em comissão, cai de 6 para 2 anos período em que temporário pode ocupar cargo de professor de escola pública. Decorrido o período, qualquer pessoa pode exigir concurso público
Qualquer cidadão poderá exigir a realização de concurso público para preenchimento de cargo de professor de escola pública ocupado, por mais de dois anos, por profissional não concursado.

Essa possibilidade está prevista no PLS 313/2012, do ex-senador Cidinho Santos, que foi aprovado ontem pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). A proposta será votada em caráter terminativo pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O projeto reduz de seis para dois anos a permissão para que o cargo de professor de escola pública seja ocupado por profissional com contrato temporário. Após o prazo, qualquer cidadão poderá exigir a abertura de concurso para o preenchimento da vaga por professor efetivo. Esse trecho foi introduzido por um substitutivo apresentado pelo relator, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).

— De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, os temporários correspondem a 25,8% dos professores do setor público no Brasil. O que sabemos é que a contratação temporária quase sempre vem junto com relações de trabalho precárias, rotatividade docente e formação insuficiente — afirma Valadares.

O senador ressaltou que o projeto de lei, além de contribuir para a valorização do professor, mantém como exceção a contratação temporária no serviço público prevista na Constituição.

Fonte: Agência Senado

Câmara aprova MP que trata de pagamento de pré-escola

Medida autoriza pagamento com recursos federais de convênios assinados entre prefeituras e pré-escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, sem fins lucrativos até o fim de 2016

A Câmara aprovou nesta terça-feira a Medida Provisória (MP) 606, que autoriza pagamento com recursos federais de convênios assinados entre prefeituras e pré-escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, sem fins lucrativos até o fim de 2016. A MP segue agora à apreciação do Senado.

A medida provisória também permite o uso do Seguro de Crédito à Exportação nas operações relativas à exportação do setor aeronáutico. Ela também prorroga por um ano, até junho de 2014, o prazo para inscrição de empresas no Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga.

Nas votações das emendas e destaques que visavam a modificar o texto principal, os deputados aprovaram duas emendas apresentadas pela oposição. A primeira, de autoria do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), permite a adesão de faculdades municipais ao Programa Universidade para Todos (ProUni), com regras aplicáveis às faculdades sem fins lucrativos não beneficentes.

A outra emenda, apresentada pela deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), assegura a formação inicial e continuada dos professores atuantes no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) quanto às condições de acessibilidade e garantias de participação de alunos com deficiência no ambiente educacional das escolas integrantes do programa.

Fonte: Terra

Opinião: cérebro e computador

"Crianças nutridas adequadamente e recebendo Educação de alto nível poderão se transformar nos cientistas de que carecemos, como reconheceu a própria presidente Dilma Rousseff", afirma Arnaldo Niskier

O cérebro normal de uma criança cresce até os cinco anos de idade e alcança um total de cerca de 90 bilhões de neurônios. Essa verdade não nasceu hoje, quando há um extraordinário avanço em tudo o que se refere à neurociência.

Mas é possível encontrar os prolegômenos da ideia em trabalhos como os do cientista e Professor Josué de Castro, autor do célebre "Geografia da fome".

A desnutrição nos primeiros anos de vida provoca sequelas quase sempre irreversíveis, no crescimento do cérebro. Aí pode estar também a raiz das nossas clássicas dificuldades de Alfabetização (hoje, ainda temos cerca de 14 milhões de adultos Analfabetos).

Crianças nutridas adequadamente e recebendo Educação de alto nível poderão se transformar nos cientistas de que carecemos, como reconheceu a própria presidente Dilma Rousseff. O seu programa Ciência sem Fronteiras busca exatamente a correção desse problema crônico, na Educação brasileira.

Entendemos que não basta enviar nossos jovens para os grandes centros mundiais de pesquisa. Eles voltam (quando voltam) e não encontram ambientes propícios ao desenvolvimento das suas habilidades. É mais um tempo desperdiçado e recursos jogados fora.

Com a interface cérebro-máquina agora existente temos possibilidades incríveis de expansão do conhecimento, mas isso não começa nas universidades e sim nos primeiros anos de Escolaridade. Inovação é um conceito muito amplo, que não pode ser introjetado na cabeça dos estudantes de repente, numa determinada série. Isso vem desde cedo, com Professores bem preparados e estimulados a valorizar as conquistas científicas e tecnológicas.

É claro que todos sabemos o vulto do desafio. Às vezes nos espantamos com certas decisões aparentemente incompreensíveis, como a importação de médicos cubanos, "para trabalhar no interior do país".

Quem garante a competência deles para enfrentar os desafios da medicina tropical? Nem a desculpa de que se trata de uma solução de emergência tem cabimento, até porque isso se vai perigosamente ampliando. Começou na engenharia e agora chega à medicina.

Temos é que formar de modo competente os nossos jovens, com uma Educação de primeira classe. Imaginar que a importação de cérebros estranhos à nossa realidade seja uma boa solução é tentar resolver o problema pelo facilitário.

Devemos acelerar a formação de cientistas em nosso país (existe um pequeno aumento nesse número), para aproveitar de modo inteligente a extraordinária reserva da biodiversidade brasileira.

Educando os jovens, certamente, eles irão influenciar os pais e assim se forma a equação do nosso progresso. Cérebro e computador não podem caminhar dissociados.

Fonte: O Globo (RJ) 04/06/2013

Estados não sustentam educação sozinhos e Fundeb dispõe R$ 682,9 milhões

Recurso de complementação da União atende nove Estados em 2013; quinta parcela está disponível nesta terça

Os Estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí e seus respectivos municípios, não alcançam com arrecadação própria o valor mínimo nacional por aluno, de R$ 2.221,73. Por isso, devem receber este ano R$ 682,9 milhões da complementação da União ao Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Em nota divulgada nesta terça-feira, o MEC (Ministério da Educação) informa que a quinta parcela da complementação já está disponível. O responsável pelas transferências dos recursos é o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

No mínimo 60% desse recurso deve ser usado na  remuneração de professores, diretores e orientadores educacionais. O restante destina-se a despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, pagamento de outros profissionais ligados à educação, aquisição de equipamentos e construção de escolas.

O Fundeb também é principal fonte de financiamento da educação básica pública do País.

Fonte: R7 04/06/2013

Perigo a caminho da sala de aula

Cidade no norte do Estado tem frota de veículos escolares com idade média de 31 anos, a mais velha do Rio Grande do Sul

Em Ibirapuitã, no noroeste do Estado, Nádia Zandonai, a diretora da única Escola estadual e de Ensino médio da cidade, com frequência ouve queixas de Alunos em relação à qualidade do transporte Escolar. Faltam cintos de segurança, panes mecânicas atrasam a chegada e, muitas vezes, os estudantes precisam viajar em pé para dar lugar a moradores das comunidades do interior.

Um dos motivos para tantos problemas foi apontado no levantamento inédito do Tribunal de Contas do Estado (TCE), divulgado ontem: o município de 4.061 habitantes é o que tem a frota Escolar com idade média mais avançada, de 31 anos – 17,5 a mais do que a média estadual (13,5 anos). Mas a situação não é exclusividade do município, com 16 coletivos em circulação. Segundo o auditor Hilário Royer, coordenador do estudo, 117 veículos com fabricação anterior a 1980 transportaram 5.839 estudantes gaúchos em 2011 (1,76% da frota). Embora não seja irregular, essa condição, conforme o TCE, coloca em risco a integridade física dos passageiros e aumenta o custo do serviço.

Para o presidente da Corte, César Miola, a radiografia apontou motivos para preocupação, como a falta de cinto de segurança em 6% dos coletivos e a superlotação em 12,9% dos veículos.

No passado, um acidente com um ônibus de 12 anos e centenas de milhares de quilômetros rodados vitimou 17 crianças e jovens em 22 de setembro de 2004 em Erechim, quando o veículo caiu em uma represa.
Não há legislação que proíba uso pelo tempo de fabricação

Responsável pelo setor na prefeitura de Ibirapuitã, Lisiane Silva informa que a data de fabricação dos coletivos, todos terceirizados, varia de 16 a 36 anos. Segundo ela, nunca houve exigência nas licitações – a última foi feita em 2010 e vem sendo renovada anualmente – quanto ao tempo de uso de vans, ônibus e micro-ônibus empregados no transporte de quase 400 Alunos, que percorrem, em média, 80 quilômetros por dia em cada viagem. Contudo, Lisiane ressalta que os veículos têm permissão do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para rodar. Atualmente, não há no país legislação que proíba a circulação.

Presidente do Conselho de País e Mestres da Escola Estadual de Ensino médio Saldanha Marinho, Fladimir da Silveira Moraes reclama das condições precárias da frota e da falta de fiscalização por parte do município:
– A prefeitura licita, mas não fiscaliza, daí o proprietário põe o carro que achar que der.
Lair dos Santos, pai de Rodrigo, nove anos, também está preocupado. Apesar da família morar a dois quilômetros da Escola, ele teme pela segurança da criança, já que, além de “quebrado”, o ônibus circula lotado e com as janelas abertas.

– É frio dentro do ônibus e, com criança que não para quieta, tem que andar de janela fechada.
Realizada entre maio e agosto de 2012, com dados de 2011, a pesquisa foi respondida por 483 dos 496 municípios consultados à época (veja mais detalhes na página ao lado). Foram descritas características de 6.624 veículos e 7.050 condutores, que transportaram pouco mais de 396 mil pessoas (3,69% da população), a maioria com idade entre seis e 15 anos.

Por ordem, os 10 maiores municípios transportadores de Alunos são: Caxias do Sul, Canguçu, Triunfo, Pelotas, Tramandaí, Venâncio Aires, Viamão, Santo Antônio da Patrulha, Farroupilha e Flores da Cunha.

Entrevista: “O serviço é prestado, mas com deficiências que oferecem riscos”

Cezar Miola, presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), afirma que é preciso aperfeiçoar o serviço de transporte Escolar no Estado. Segundo ele, os recursos transferidos pela União e pelo Piratini – R$ 100 milhões neste ano – não são suficientes. No ano em que a pesquisa foi realizada, 464 municípios declararam ter aplicado, pelo menos, R$ 323,26 milhões.

Zero Hora – O que motivou esta pesquisa?

Cezar Miola – A razão fundamental é que se trata de uma política pública. O transporte Escolar é um serviço cuja prestação é obrigatória, pois a constituição diz que o atendimento à criança e ao adolescente deve se constituir numa prioridade absoluta. O transporte Escolar é vital para a Educação e envolve a aplicação de significativa soma de recurso, por isso, o tribunal entendeu que deveria avançar e que o assunto merecia uma análise mais aprofundada.

ZH – Qual a conclusão do TCE a respeito da qualidade do transporte Escolar público no Estado?

Miola – Há problemas identificados com relação à idade da frota, falta de cinto de segurança e superlotação. O serviço, de uma maneira geral, é prestado, mas com deficiências que, em alguns casos, oferecem riscos. Nós precisávamos conhecer esta realidade. Agora, vamos retomar o estudo e verificar o que aconteceu em 2012 e, ao mesmo tempo, divulgando este trabalho, permitir que a população e o poder local possam agir.

ZH – Quais as dificuldades encontradas durante a pesquisa?

Miola – Nunca tínhamos realizado um trabalho com esta dimensão. Então, muitos destes dados, agora, vão ser conferidos e auditados. Esse caráter de inovação trouxe alguma dificuldade, tanto que o questionário de 2012 já está sendo aprimorado. O detalhamento do custo foi uma das dificuldades encontradas, mas o problema ocorre em todas as áreas da administração pública. É preciso que estimulemos os gestores a evidenciar estes dados para permitir a análise com mais qualidade.

CEZAR MIOLA, PRESIDENTE DO TCE
Fonte: Zero Hora (RS)

Escola com maior IDESP 2012 tem avaliação toda semana

Unidade que já deveria ter tido melhor resultado no ano passado tem professores fixos e lista de espera de alunos. Apenas 25 escolas do 1º ciclo do Fundamental têm 7 ou mais

A Escola estadual paulista Senador Cesar Lacerda de Vergueiro, em Araras, perdeu alguns décimos na sua nota no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) 2012 em relação ao ano anterior, mas ainda assim fez o dobro da média da rede e bem mais do que a meta do governo do estado para 2030. Em uma escala de zero a 10 ficou com 8,39. Segundo a direção, o resultado reflete uma cultura de avaliação que inclui prova para todas as turmas no primeiro horário de toda quarta-feira.

Se não fosse a fraude que levou a Reverendo Augusto da Silva Dourado, em Sorocaba, a ter uma falsa nota 9,3 , a Senador Vergueiro já estaria com a maior nota pelo segundo ano. Em 2011, o Idesp foi 8,95.
A diretora Miriam Camargo, no cargo há 11 anos, diz que a Escola não tem problemas estruturais e raramente sofre com falta de Professores. Ela também acha que ajuda o fato de estar situada em uma comunidade sem grandes problemas de violência e ter apenas o primeiro ciclo do Ensino fundamental (1º ao 5º ano), mas a fórmula, diz, está na avaliação.

“A gente avalia os Alunos, ou melhor, avalio o nosso próprio trabalho, toda semana. Desse diagnóstico a gente norteia as aulas”, afirma. As provas com formato variado são elaboradas pelos Professores das séries em comum em uma reunião depois das aulas. “Não no horário de HTPC (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo) porque a nossa coordenadora ocupa tudo com formação”, ressalta.

A Escola atende principalmente à comunidade do Jardim Belverde, mas todos os anos fica com cerca de 60 nomes na fila de espera. “Como em todo lugar, muitos pais participam pouco porque estão sempre trabalhando, mas a gente explica o mecanismo da Escola no começo do ano e recebe boa aprovação”, diz.
Apenas 25 Escolas entre as 5 mil ao todo e cerca de 800 com o 1º ciclo do Ensino fundamental tiveram nota acima de 7 no 5º ano, que é a meta do governo do Estado para o Idesp em 2030 – para os anos finais do Ensino fundamental a meta é 6 e para o Ensino médio 5.

Veja a lista:
Escola Idesp Cidade

SENADOR CESAR LACERDA DE VERGUEIRO 8,39 Araras
CLAUDIO ABRAMO 8,27 Diadema
JULIO ASCANIO MALLET PROF 8,17 Itapolis
DR. EMILIO JOSE SALIM MONSENHOR 7,95 Campinas
PROF. MAGALI VALERIO ProfessorA 7,85 Campinas
PROF. HENRIQUE BERTOLUCCI 7,76 Bauru
PROF. DAUD JORGE SIMAO 7,68 São José do Rio Preto
JARDIM SANTA INES 7,67 Itabera
MALLET MARECHAL 7,56 Campinas
PROF. TEOFILA PINTO DE CAMARGO 7,51 Taquaritinga
ANTONIA BINATO SILVA VO NINA 7,48 Teodoro Sampaio
ADALGISA DE SAO JOSE GUALTIERI 7,46 Franca
PROF. CARLOTA DE NEGREIROS ROCHA 7,45 Marília
MANOEL SILVEIRA BUENO 7,44 Borborema
SIMAO DA SILVA 7,42 Ribeirão Preto
PROF. SILVERIO SAO JOAO 7,41 Bauru
JOAQUIM PEDROSO SARGENTO 7,31 Campinas
HILDA HILST ESCRITORA 7,30 Campinas
PEDRO MASCARI 7,22 Itapolis
PROF. JOAQUIM DE MICHIELI 7,17 Bauru
PROF. VITORIO JOSE ANTONIO ZAMARION 7,09 Campinas
PROF. MARCELINO VELEZ 7,08 Campinas
PROF. ZORAIDE PROENÇA KAYSEL 7,04 Sumaré
PROF. NELSON CARDIM DE BRITO 7,00 Santo André
PROF. NAIR DE ALMEIDA 7,00 Serra Negra
Fonte: iG 05/04/2013

Cuiabá/MT Secretaria de Educação participa de seminário sobre bullying

A psicóloga da Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá (SME), Ivone Ricci Boaventura, ministrou hoje (14-03), na escola estadual Liceu Cuiabano, uma palestra no sobre o bullying e seus impactos dentro do ambiente escolar e na vida emocional e psicológica dos estudantes, no “I Seminário sobre Bullying na escola: desafios para educadores”.

O evento foi realizado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE), em parceria com a Câmara de Educação Básica (CEB), Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), Secretarias Municipais de Educação de Cuiabá e Várzea Grande e Conselhos Municipais de Educação de Cuiabá e Várzea Grande.

Direcionado aos gestores de escolas municipais e estaduais da Baixada Cuiabana, o seminário abordou temas como “O papel do gestor público no combate ao bullying na escola” e “A arte como resgate de valores humanos”, além da construção de uma Agenda de Compromisso da Escola para 2011.

A definição do termo, segundo a psicóloga Ivone Ricci, tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Sem uma tradução em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação e humilhação. “Esse comportamento só se caracteriza como tal se for repetidos e constantes”, explicou.

“O bullying não foi criado na escola. Ele é reflexo dos valores negativos cultivados pela sociedade, como o individualismo e o desrespeito às diferenças. As mesmas relações de poder que existem no meio social, que são as propulsoras do bullying, acabam desaguando no ambiente escolar. Ou seja, a escola reproduz esses valores”, afirmou.

Durante sua exposição, Ivone citou personalidades que passaram pelo trauma durante a época de estudante, como a tenista Fernando Meligeni e a apresentadora Ana Hickmann. “Esse tipo de agressão podem chegar a consequências extremas, como homicídio e suicídio, que podemos ver em vários exemplos na mídia”.

Na avaliação da palestrante, para reverter essa situação, é necessário que se construa uma sociedade mais igualitária, solidária e de respeito à diversidade. “Para isso, temos que contar com o papel do adulto na vida das crianças e adolescentes, que é a responsabilidade de educar, estabelecer limites. A mídia também é uma grande aliada nesse processo”.

Para o presidente do Conselho Estadual de Educação, Geraldo Grossi, a superação dessa condição nas escolas depende do aprofundamento das discussões sobre o tema com os educadores. “Minha experiência como professor revela que não estamos preparados para lidar com bullying, que provoca tantos danos de ordem física, mas fundamentalmente moral na formação da personalidade dessas crianças e adolescentes. Somos co-responsáveis em buscar soluções dentro do espaço escolar”, concluiu.

Mais informações:
(65) 3645-6578
Fonte:  Giovania Teixeira Duarte-Assessoria-SME

Trabalho infantil

Maria Regina Canhos Vicentin - contato@mariaregina.com.br
Psicóloga, bacharel em direito, pós-graduada em educação, especialista em psicologia clínica e jurídica, e escritora de livros, além de ser colaboradora de diversos jornais e revistas do país.

Sou a favor do trabalho infantil! Antes de me apedrejar, por favor, procure entender minha argumentação. Lógico que precisamos levar em conta qual o tipo de trabalho que a criança ou adolescente irá exercer. Não sou favorável a trabalhos forçados nem minas de carvão, muito menos pedreiras ou lavouras de cana de açúcar. Esses ofícios costumam ser desumanos até para adultos. Penso é que crianças e adolescentes ociosos correm o sério risco de enveredar para o crime, as drogas, os vícios e manias como videogames, fliperamas, internet, entre outros. Conheço inúmeras crianças e adolescentes viciados nesses jogos eletrônicos. Passar horas a fio em frente a um computador pode. Auxiliar em algumas tarefas domésticas ou remuneradas não pode. Algo está errado.

Se as crianças ou adolescentes tiverem um tempo para estudar e brincar, que mal há em exercerem alguma atividade laborativa? É uma forma de se manterem afastados da rua e das más companhias. É um meio de entrarem em contato com o exercício de sua cidadania. Ou será que só nos interessa os reconhecermos graduados em sexo e banalidades?

Você percebeu quantas meninas passaram a engravidar aos 13, 14 e 15 anos ultimamente? Reparou quantas crianças de 08, 09 e 10 anos já experimentaram maconha, cola de sapateiro, álcool e crack? Será que pequenos ofícios contribuiriam para minimizar essas ocorrências? Não seriam uma forma de manter crianças e adolescentes ocupados com tarefas edificantes e construtivas? Óbvio que alguns cursos de línguas, arte, artesanato, música... também servem para suprir esse tempo ocioso; entretanto, não podemos fechar os olhos diante das dificuldades enfrentadas por algumas famílias onde, muitas vezes, falta o básico para criar uma série de filhos. Que mal há em se trabalhar como empacotador ou babá nas horas vagas?

Certa vez, um amigo advogado já falecido se pronunciou a respeito desse assunto com muita propriedade, defendendo a atuação da Polícia Mirim. Ele sabia que, antigamente, as crianças trabalhavam, e muitas vezes no serviço pesado, como aconteceu com o meu esposo que aos 09 anos carregava sacas de café nas costas. Sabia também que as crianças de antigamente eram muito diferentes das de hoje, e que existia menos violência e mais respeito.

Precisamos acordar para o evidente abandono de nossos filhos, que passam horas nas ruas perambulando ou hipnotizados diante do fascínio do computador. Num cotidiano em que nossos filhos têm mais direitos que obrigações, concluo este artigo citando dois provérbios sempre atuais: “a ocasião faz o ladrão” e “o trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade”.
Bom dia a todos!

Obras em quadras de esportes podem ter recursos federais


A construção de quadras poliesportivas e a cobertura das já existentes em escolas públicas de educação básica estão contempladas na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2) desde 2011. Estados e municípios podem pedir recursos do governo federal no Plano de Ações Articuladas (PAR) para todas as etapas da educação básica, da creche ao último ano do ensino médio, desde que a unidade tenha no mínimo 100 matrículas registradas no Censo Escolar.

O investimento federal para melhorar os espaços escolares dedicados a atividades de educação esportiva e de lazer faz parte do conjunto de ações para o desenvolvimento integral da infância, adolescência e juventude.

Ao registrar o pedido no PAR, o gestor público municipal ou estadual deve informar qual a obra pretendida — construção ou cobertura de quadra. Para orientar o preenchimento dos dados, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) criou projetos arquitetônicos de acordo com as diversas dimensões de terrenos e de área construída —escolas que tenham de uma a 12 salas de aula. O projeto define também o número de estudantes que podem ser atendidos por turno e os valores mínimo e máximo por metro quadrado.

Estados e municípios não são obrigados a usar os projetos arquitetônicos do FNDE, mas devem submeter projetos próprios ao fundo caso pretendam pedir recursos públicos para as obras.

Até 2014, a previsão do governo federal é construir 6.116 quadras poliesportivas e cobrir cerca de 4 mil unidades já existentes em instituições de educação básica, incluindo a educação infantil.

Cresce no país o investimento em escolas de educação infantil

Um menino de dois anos e meio, com hidrocefalia e cadeirante; uma menina de cinco anos, com síndrome de Down e hiperatividade; outro menino, de três anos, com transtorno bipolar, usuário de medicação controlada. Eles estão incluídos em todas as atividades pedagógicas do Centro Municipal de Educação Infantil Zilda Arns, em Anápolis, Goiás. A escola, construída com recursos do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), tem matriculadas 127 crianças na faixa de seis meses a cinco anos de idade, em turno integral.

Este ano, no início das aulas, a inclusão dos estudantes com deficiência foi o grande desafio dos educadores do centro Zilda Arns, como explica a diretora da unidade, Sandra de Oliveira Marques Costa. “O menino com hidrocefalia chegou subnutrido, só aceitava mamadeira, não bebia água e chorava sem parar”, afirma a diretora. “Tivemos dificuldades para atendê-lo nas primeiras semanas.”

Além da recusa dos alimentos e da questão da mobilidade, a criança não conseguia ficar com os colegas da sala na qual foi matriculada. Para superar as dificuldades, a escola foi socorrida pela Secretaria Municipal de Educação, que designou uma pedagoga para o atendimento individual e de inserção do aluno na turma. O centro também recebeu orientação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) sobre cuidados a serem observados, especialmente na alimentação.

Passados seis meses do início do ano letivo, a criança está plenamente integrada, ganhou peso e participa de todas as atividades com os demais alunos. O processo de inclusão contou também com o carinho e a atenção dos 12 colegas de sala. Duas vezes por semana, a mãe do estudante, uma jovem de 18 anos, busca o filho na escola e o leva para avaliação e fisioterapia na Apae.

ATIVIDADES — No centro Zilda Arns trabalham 44 profissionais, 16 deles, pedagogos. Compõem o quadro auxiliares de sala, cozinheiras, merendeiras, faxineiras e seguranças, todos servidores concursados do município. As atividades começam às 7 horas da manhã e são encerradas às 17. São servidas quatro refeições — lanche às 8 horas, almoço às 11, lanche às 14 e jantar às 16. Das 11h30 às 13h30, as crianças repousam. Uma nutricionista da Secretaria de Educação prepara os cardápios semanais e envia os alimentos para preparação na cozinha da escola. Frutas, verduras, legumes, carnes, arroz e feijão compõem as refeições diárias.

Outros alimentos complementam o cardápio. A nutrição é um dos itens de atenção da diretora, especialmente porque dez crianças que estudam ali só se alimentam na escola.

O centro recebe crianças do Setor Tropical e dos bairros de Lurdes, Jardim Europa e Novo Jundiaí. Metade delas tem pais atendidos pelo programa Bolsa-Família do governo federal. De acordo com Sandra, a maior parte dos pais trabalha no setor de serviços, mas há também ambulantes, professores e técnicos de enfermagem que residem naquelas áreas da cidade.

Quanto às famílias, a diretora explica que parte dos pais está presente na vida dos filhos, acompanha as atividades, confere a agenda e, quando leva a criança à escola, conversa com os professores. Outros, porém, limitam-se a deixar os filhos no centro. Não se preocupam com a higiene das crianças e nem sequer dão banho nelas em casa. Deixam tudo por conta da escola.

DRUMMOND — Um outro centro de educação infantil de Anápolis, no qual 75% das crianças matriculadas moram em condomínio do programa Minha Casa, Minha Vida, também do governo federal, recebeu o nome do poeta Carlos Drummond de Andrade. A escola, localizada entre as casas do programa, nos bairros Reny Cury e Copacabana, começou a funcionar em fevereiro deste ano, mesmo sem ter recebido o mobiliário escolar e o playground.

A diretora, Nedi Garcia da Cunha, explica que as mães viam a escola pronta e estavam ansiosas pelo atendimento. Um mobiliário básico foi instalado e a unidade começou a funcionar. Como os berços são necessários para receber crianças com idade inferior a um ano, foram matriculados apenas estudantes de um a cinco anos. O berçário será aberto no próximo ano.

Os professores recebem as crianças às 7 horas da manhã. Elas têm como primeiras atividades ouvir história curta, desenhar e pintar. Às 8 horas, é servido o café. A partir daí, elas voltam para as salas para diversos tipos de atividades ou vão para o banho de sol. Ao ar livre, jogam, dançam, brincam e cantam. Às 11 horas, é servido o almoço. Depois, formam fila para escovar os dentes e vão para o repouso.

Na parte da tarde recomeçam as atividades, às 14 horas, é servido o lanche e, às 16, o jantar. A escola tem 43 servidores de carreira do município, 16 deles são pedagogos.

Para Nedi, que há 21 anos trabalha com crianças, oito deles na rede pública de Anápolis, a educação infantil é o alicerce, a base da casa. Daí o compromisso da equipe com a formação integral. A diretora lembra que 70% dos estudantes são atendidos pela Bolsa-Família e, por isso, têm maior dedicação dos profissionais. Além dos matriculados, o centro Carlos Drummond de Andrade tem 50 pedidos na lista de espera, a maior parte de beneficiários da Bolsa-Família. “As mães vêm aqui, pedem mais vagas, cobram”, diz Nedi.

Com os centros de educação infantil Zilda Arns e Carlos Drummond em plena atividade, o município vai abrir o centro Jorge Amado, que está pronto. Outras cinco unidades serão concluídas até o fim deste ano.
PROGRAMA — Dados do Ministério da Educação, fechados no dia 11 último, mostram que 1.038 escolas de educação infantil construídas com recursos do Proinfância estão concluídas; 631 estão com mais de 80% das obras prontas e 1.863, em execução. No conjunto, o Proinfância tem 5.678 projetos, em diversas fases, como licitação e planejamento.

Lançado em 2007, o Proinfância presta assistência financeira suplementar ao Distrito Federal e a municípios que aderiram ao plano de metas Compromisso Todos pela Educação e elaboraram o Plano de Ações Articuladas (PAR). Os recursos destinam-se à construção e à aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e unidades da educação infantil pública. Cabe ao município oferecer o terreno, licitar as obras e fazer o estabelecimento de ensino funcionar. Em 2011, o programa entrou na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

O gestor escolar como construtor de cenários

Francisca Romana Giacometti Paris - frgparis@editorasaraiva.com.br
Pedagoga, mestra em Educação e diretora de serviços educacionais do Ético Sistema de Ensino, da Editora Saraiva.

A imagem do educador como um profissional capaz de produzir cenários onde a aprendizagem se desenvolva ilustra bem a mudança no papel dos professores, ao longo das últimas décadas. Entre as competências do bem ensinar, está certamente a de criar um ambiente estimulante no qual crianças e jovens possam encontrar sua rota de aprendizagem, construam seu percurso de aprendizes, cresçam.
Se pensarmos bem, a imagem da construção do cenário também se refere diretamente ao trabalho dos gestores. O diretor, o coordenador, enfim, os líderes educacionais, devem, cada vez mais, ser capazes de entrever e construir os cenários do seu projeto de escola.

Pode-se pensar nesse papel de duas diferentes perspectivas. Uma delas é o contexto imediato, próximo. Liderando equipes complexas, em que atuem diversos profissionais com diferentes personalidades e formas de trabalhar, os gestores precisam ser capazes de articular um relacionamento produtivo. Isso implica, por exemplo, a construção de um ambiente de trabalho que concilie criatividade e disciplina, espaço de valorização do mérito de cada um e resultado do grupo. Ser capaz de organizar a cena profissional é uma habilidade importante para o gestor contemporâneo que precisa ser desenvolvida.
Há, porém, cenários maiores do que esse: um deles é o grande palco das mudanças da sociedade contemporânea. Se é imprescindível olhar para dentro, com atenção e critério para o que acontece na escola – nossa área de influência mais próxima –, é igualmente importante olhar para fora, ou seja, tentar compreender o que se passa no mundo. Se há algo que caracteriza nossa época é a volatilidade dos conceitos.

Muitas vezes, presos aos afazeres cotidianos, os gestores se esquecem de olhar para mudanças importantes, grandes reorientações que mais cedo do que parece chegarão ao ambiente escolar. Estamos falando de tecnologia? Sim, mas não só disso. Há mudanças demográficas, econômicas, culturais e comportamentais que certamente chegarão à escola e irão interferir nos negócios. Saber entender esses movimentos permite ao gestor se preparar para o que virá.

São muitos os exemplos: em alguns lugares, pode ser a melhoria da escola pública, que repentinamente rouba os clientes da rede particular; em outros, podem ser movimentos migratórios internos, como a fuga das metrópoles. Enfim, não há uma regra; o que sabemos, com certeza, é que as mudanças se sucedem com incrível velocidade e a vitalidade dos negócios cada vez mais dependerá de nossa capacidade de adaptação aos novos contextos.

Por isso, ser líder hoje implica ser sensível aos sinais dos tempos. É preciso saber ler nas entrelinhas, buscar compreender as tendências, antecipar-se, quanto mais possível, às curvas da história – essa estrada cada vez mais veloz.

Geral - Notícias

Você nasceu para vencer, mas para ser um vencedor você precisa planejar para vencer, se preparar para vencer, e esperar vencer.

Zig Ziglar

IBGE divulga pesquisa de saúde escolar

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem (19), a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2012, que entrevistou mais de cem mil adolescentes em 2.842 escolas de todo o país. De acordo com o estudo, apesar de proibido por lei, 27,1% dos estudantes do 9.º ano do ensino fundamental, com 13 e 15 anos de idade, informaram ter dirigido um veículo motorizado e 19,3% disseram ter andado de motocicleta sem usar capacete. A pesquisa mostra ainda que 28,7% deles informaram que já tiveram uma relação sexual, dos quais 75,3% disseram ter usado preservativo na última vez. Já a violência também está presente no cotidiano de muitos alunos. Do total, 6,4% disseram ter se envolvido em brigas com armas de fogo. Outros 10,6% informaram terem sido fisicamente agredidos por um adulto de sua família. Numa evidência da existência de bulliyng, 7,2% dos alunos do último ano do ensino fundamental afirmaram que "sempre ou quase sempre se sentiram humilhados por provocações dentro da escola", segundo o IBGE. Outros 20,8% praticaram algum tipo de bullying contra os colegas nos 30 dias anteriores a pesquisa.

Inscrições prorrogadas

As inscrições para o Prêmio Jabuti, o mais tradicional da literatura brasileira, foram prorrogadas até o dia 30. Pelo edital divulgado anteriormente, as inscrições teriam terminado no último sábado, dia 15. A Câmara Brasileira do Livro (CBL), que organiza a premiação, informou em seu site que o adiamento foi solicitado por autores e editores. Podem concorrer ao Jabuti obras inéditas que foram editadas no Brasil entre 1.º de janeiro e 31 de dezembro de 2012. As inscrições devem ser feitas pelo site, onde há o regulamento completo. O Jabuti tem 27 categorias. Os laureados de cada uma delas irão receber R$ 3.500 e um troféu.

Protestos despertam Brasil

Os atuais protestos em várias cidades brasileiras resultam do fato de que os brasileiros "caíram na realidade", na avaliação do sociólogo francês Alain Touraine, especialista em América Latina e autor de inúmeros livros sobre movimentos sociais. "A situação (econômica e social) no Brasil vinha sendo descrita de maneira exageradamente cor-de-rosa", disse o sociólogo em entrevista à BBC Brasil. Para ele, os protestos aproximaram a imagem que se tinha do Brasil da realidade do país. "Construiu-se uma imagem do Brasil em que tudo vai bem e que o País se dirige rapidamente em direção ao crescimento e ao bem-estar. Fico feliz ao ver que o que acontece atualmente no Brasil corresponde melhor à realidade do País do que as imagens que vinham sendo transmitidas", afirmou.

Açúcar x obesidade

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirma a relação entre o consumo de açúcar e obesidade e vai divulgar, em julho, medidas que espera que governos adotem para reduzir a incidência do problema que já afeta 43 milhões de crianças de menos de 5 anos pelo mundo. O que mais impressiona a entidade é que 75% dessas crianças obesas ou fora do peso estão em países em desenvolvimento, um número que poderá aumentar de forma exponencial até 2020. O tema promete ser polêmico, já que nos últimos dez anos governos como o do Brasil e outros exportadores de açúcar fizeram de tudo para frear qualquer iniciativa da OMS em relação ao consumo de açúcar, alegando que essa não seria a forma de lidar com a obesidade.

Redefinir conceito

“A definição de população idosa ficou velha?” Quem levanta a questão é a demógrafa Ana Amélia Camarano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ela propõe redefinir o conceito na Lei no 10.741/2003, o Estatuto do Idoso, que completa 10 anos em outubro e, há uma década, estipulou como população idosa, para diversos fins, quem tem 60 anos de idade ou mais. A proposta de Ana Amélia é aumentar a linha definidora para 65 anos. “Referendando o que já fora estabelecido pela Política Nacional do Idoso de 1994, o Estatuto define como idosa a população de 60 anos ou mais, o que ratifica o patamar estabelecido pelas Nações Unidas em 1982. Em 1994, a esperança de vida ao nascer da população brasileira foi estimada em 68,1 anos. Entre 1994 e 2011, este indicador aumentou 6,0 anos e, entre 2003 e 2011, 2,8 anos, alcançando 74,1. Isso tem sido acompanhado por uma melhoria das condições de saúde física, cognitiva e mental da população idosa, bem como de sua participação social. Em 2011, 57,2% dos homens de 60 a 64 anos participava das atividades econômicas”, destaca a pesquisadora.
Cerca de 80 ônibus da Viação Cidade Dutra foram depredados e um foi incendiado na noite de terça-feira na região da avenida Belmira Marin, zona sul de São Paulo. Segundo informações da empresa, os veículos foram atacados por manifestantes que participavam dos protestos contra o aumento da tarifa do transporte público. De acordo com a companhia, o fogo destruiu completamente o veículo. Atualmente, a empresa possui uma frota com mais de 540 veículos. Destes, 460 circulam diariamente e transportam cerca de 9 milhões de passageiros. 
A cachorrinha Negrita, que foi jogada no alambrado de um estádio na Argentina após invadir o gramado durante partida no começo deste mês, virou mascote do San Juan, adversário do Bella Vista naquela partida – foi Jiménez, do Bella Vista, que agrediu o animal. A informação foi dada pelo clube via Facebook, , em nota na qual informou que, “após milhares de mensagens de todo o mundo, não poderiam negar carinho a cachorrinha”. “Negrita virou mascote do clube, dos jogadores, da diretoria… É uma cadela muita doce e mansa”, diz a nota.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Câmara de Cuiabá debate qualidade da educação em Cuiabá


Da Redação

A Câmara Municipal de Cuiabá realiza nesta quarta-feira (19) uma audiência pública para debater a educação no município. O evento, proposto pelo presidente da Comissão de Educação da Casa, vereador Allan Kardec (PT), é aberto a toda a população interessada em debater os problemas que afetam a qualidade do ensino público municipal e propor melhorias para mudanças que vão contemplar estudantes, pais, professores e a sociedade como um todo. A audiência terá início às 9h no plenário da Câmara.

De acordo com Allan, que também é professor e milita na causa educacional há vários anos, a audiência será uma mobilização de professores, comunitários, estudantes e toda a população interessada em lutar por melhorias educacionais no município. “A ideia é sair com um documento base para uma reforma estrutural na educação no município de Cuiabá”, explica o parlamentar que continua visitando escolas e creches municipais para constatar os problemas que necessitam de soluções mais urgentes e ouvindo os anseios dos estudantes e professores.

Durantes as visitas foi constatada uma série de problemas como a falta de infraestrutura com telhados desabando, goteiras e falta de condições adequadas para os professores ministrarem aulas e atividades esportivas. Diversas indicações e requerimentos endereçados ao Executivo para promover melhorias nesses locais já foram apresentados pelo vereador. Agora, essas questões serão debatidas pelos vereadores, professores, pais e sindicalistas, juntamente com o secretário municipal de Educação, Gilberto de Figueiredo que já confirmou presença na audiência.

Os integrantes da Comissão de Educação já visitaram em 5 meses um total de 144 escolas municipais, outras 78 escolas estaduais além de 20 universidades. “Vamos discutir a educação como um todo e não apenas na esfera municipal”, ressaltou o vereador explicando que será o momento dos educadores questionarem diretamente ao secretário sobre o Plano Municipal de Educação, como anda a construção das 40 creches com recursos do governo federal, em quais bairros serão construídas e quais critérios serão utilizados na escolha das regiões para recebê-las.

Outra questão que será reforçada durante o evento são os encontros municipais que estão preparando Cuiabá para participar ativamente e contribuir com as discussões que serão colocadas em pauta em fevereiro de 2014, durante a Conferência Nacional da Educação (Conae). “Estamos felizes com a Conferência Nacional da Educação etapa Cuiabá e vamos reforçar também sobre o assunto na audiência”, pontua o vereador.







terça-feira, 18 de junho de 2013

A formação de leitores e o calibre de nossa dívida

Oswaldo Truzzi - truzzi@ufscar.br
Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas, mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e graduado em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo.


O Indicador de alfabetismo funcional (Inaf) classifica a população brasileira adulta (15 a 64 anos) em quatro categorias: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, básico e pleno, esta última congregando indivíduos com domínio nas habilidades de leitura, escrita e matemática.

Entre 2002 e 2012 houve uma redução do analfabetismo absoluto e do alfabetismo rudimentar, concomitante a um incremento do alfabetismo básico da população. Entretanto, a proporção dos que atingem o nível pleno de habilidades manteve-se inalterada, em torno de míseros 25%. Ou seja, apenas 1 em cada 4 brasileiros adultos são plenamente alfabetizados e – pior – nesta categoria permanecemos estagnados ao longo da ultima década. Pior ainda, seria de se esperar que todos os indivíduos com curso superior fossem plenamente alfabetizados, mas esta não é a realidade: apenas 62% o fazem (34% acomodam-se no nível básico e 4% no rudimentar de alfabetização).

Também no ano passado foram divulgados os resultados da terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. Aqui tampouco as notícias são animadoras. Comparada à edição anterior, de 2007, houve um decréscimo no número de leitores (aferido por quem leu pelo menos um livro nos últimos três meses), de 55% para 50% da população total. Da metade de não leitores, 16% são analfabetos. Entre as opções para uso do tempo livre, a leitura despencou de quinto lugar em 2007 para sétimo lugar no ultimo levantamento, muito atrás da televisão (a opção preferida) ou de simplesmente descansar.

A pesquisa também indica que lê quem tem mais renda e quem já nasceu em uma família cujos pais já praticavam a leitura. Assim sendo, é forçoso reconhecer que no Brasil, leitura ainda é um privilegio de classe.

Temos de ampliar nossa "comunidade de leitores", sob pena de perpetuar a terrível exclusão cultural.

Outra constatação é que quanto maior a idade, menos o brasileiro lê, provavelmente porque os livros didáticos estão incluídos na pesquisa. Se considerarmos que a Bíblia é o livro que mais se lê no país, deduzimos que são poucos os brasileiros fora da escola que praticam a leitura por vontade própria. A conclusão inevitável é que nossas escolas falham em despertar o interesse pela leitura, e que nossos professores não conseguem introduzir parcelas expressivas de não leitores ao mundo da cultura letrada.

Entre 11 e 13 de junho, a EdUFSCar realiza a décima edição de sua já tradicional feira de livros. Na semana seguinte, a feira será, pela primeira vez, replicada em Sorocaba. Praticamos descontos significativos para facilitar o acesso aos nossos livros e aos publicados por outras editoras, ao mesmo tempo em que desenvolvemos uma programação cultural paralela que busca aproximar autores de leitores.

Mesmo que modestamente, temos de nos preocupar em ampliar e reforçar nossa "comunidade de leitores", sob pena de perpetuar esta terrível exclusão cultural (que logo se traduz em impossibilidade de exercer cidadania pela incapacidade de acessar tantos e tão diversos universos culturais) em plena era que se define como a do conhecimento. É uma dívida enorme e saldá-la deve ser tomado como uma missão, uma cruzada pelo país, na qual cada um – nós, professores, e a EdUFSCar aí incluída – , deve se engajar, no limite de suas possibilidades.

Seduc/ MT - Site Seduc disponibiliza link de incrições para a etapa intermunicipal da Conae

Estão abertas as inscrições para as etapas intermunicipais da Conferência Nacional de Educação (CONAE) 2014. O prazo para alistamento segue até o dia 15 de julho e pode ser feito no site da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Cerca de 1,7 mil pessoas deverão participar em Mato Grosso das discussões das fases municipais e intermunicipais da CONAE, que ocorrerá nos 15 pólos dos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação (Cefapro).

As Conferências têm como objetivo discutir o Plano Nacional de Educação (PNE) que está em tramitação no Congresso Nacional. Os delegados eleitos nessas etapas locais e regionais participarão da Conferência Estadual que ocorrerá em setembro em Cuiabá, que elegerá representantes para a Nacional que será realizada em fevereiro de 2014, em Brasília.

Clique aqui para ver das datas das etapas intermunicipais

Assessoria/Seduc-MT

Seduc/MT - Ludicidade é aplicada no combate ao Bullying

 




Respeitar o próximo e suas diferenças é o principal objetivo do trabalho pedagógico que envolve 80 crianças (do 1º até a 2ª fase do 2º Formação Humana) matriculados na Escola Estadual Manoel Gomes, de Várzea Grande. A estratégia que emprega vivências fora da sala de aula  ajudam no combate o bullying,  ao mesmo tempo auxilia na construção de cidadãos mais participativos e fortalece  o processo de alfabetização.
 A sequência didática implementada emprega fábulas como norteadora das atividades. Tanto o desenho quanto a dinâmica a ser emprega foi construído coletivamente na Sala do Educador e reuniões pedagógicas. Neste mês de junho, a história ‘O patinho feio’ é o principal instrumento de trabalho.

Após a leitura, todos são convidados a recontar a história oralmente, a dar vida aos personagens em pinturas  desenhos, assim como a  transcreverem para o papel suas interpretações da história.
“A experiência é exitosa. Já tivemos depoimentos de uma mãe que nos contou sobre o sofrimento da filha, gordinha, que era alvo de piadas. Com a implementação do projeto a situação mudou”, explica Helena Roque, coordenadora pedagógica.

Em continuidade a ação, o projeto disponibiliza para duas crianças de cada turma, dois bonecos, um negro e outro branco. Esse novo colega então é levado para casa pelo prazo de sete dias e suas experiências  compartilhadas em sala de aula após esse período.



“Depois de refletirem sobre as diferenças, o tempo de vivências com os bonecos, eles socializam com o grupo a experiência. Nessa parte da iniciativa, o contexto familiar é muito importante e pedimos que a mãe nos conte, por escrito, a semana”, explica a coordenadora. 
 
“Ministro aulas para 17 alunos e posso afirmar que no prazo de uma semana é possível perceber diferenças. Infelizmente, o preconceito é vigente e  muitas vezes  começa em casa. Ensino meus alunos que é preciso aprender a respeitar o diferente, principalmente, a se respeitar e se aceitar. Em uma semana posso afirmar que pude perceber resultados, já houve redução de pelo menos 95% no bullying na sala”. A afirmação é da professora Gonçalina Neves, que ministra aulas para garotada da 2ª fase do 2º Ciclo.

Ela ainda pontua que além do estímulo à leitura e a produção de textos, os alunos também pesquisam versões da história na internet usando o laboratório de informática, estimulando a pesquisa, a produção do conhecimento.

Para o pequeno Breno Alves de Andrade, 10 anos, a experiência tem sido interessante. O garoto, atualmente, cuida do boneco Neneco. “Acho muito  boa a ideia da escola.  Eu cuido direito do meu amigo e tenho gostado muito das leituras”, sintetiza.

Outra vertente de trabalho que estimula o processo de ensino e aprendizagem é o emprego da Sacola do Conhecimento. Diariamente, dois alunos são sorteados e passam  24 horas com no mínimo três obras clássicas da literatura infantil. A leitura é realizada em casa e posteriormente socializada.  A iniciativa foi elaborada como estratégia  pela Sala de Articulação.

“Verificamos que há muita  expectativa da garotada. E esse trabalho não se restringe apenas aos alunos da articulação, assim como conta com a colaboração de todos os professores”, conta a articuladora Bildnet Ivone de Almeida.

A Escola Manoel Gomes fica  no bairro da Manga, em Várzea Grande, e atende a 207 alunos do Ensino Fundamental.

PATRÍCIA NEVES
Assessoria Seduc-MT