quinta-feira, 16 de junho de 2011

Indignado, professor arranca as calças e critica governo por descaso

Reportagem Local -Laura Petraglia/Da Redação - Alline Marques

Indignado e na tentativa de chamar a atenção, um professor irritado com a atual situação da categoria tirou as calças, num ato de protesto, durante a assembleia geral realizada na tarde desta quinta-feira (16). Revoltado, ele expressou: “é assim que o governo quer deixar os professores e a Educação: com as calças nas mãos”. O evento foi realizado na Escola Estadual Presidente Médice e em seguida os profissionais saíram para uma passeata no centro da cidade.

O professor não foi identificado, pois saiu da reunião logo após discursar sem dar entrevista. A reunião foi marcada para deliberar sobre a proposta feita pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e, ainda, insatisfeitos, os profissionais já estudam acampar na Praça Ulisses Guimarães, na Avenida do CPA, em Cuiabá.

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) deve orientar a categoria a não aceitar a proposta do governo do Estado e já propôs que a cada dia seja feito um rodízio na Praça Ulisses Guimarães com professores de outros municípios acampados no local para chamar a atenção das autoridades.

Os profissionais, que estão em greve desde o dia 6 de junho, reivindicam um piso salarial imediato de R$ 1.312 e a convocação de professores aprovados no último concurso. Eles garantem que não vão retomar as atividades enquanto as reivindicações não forem atendidas. Com a paralisação, cerca de 450 mil estudantes estão sem aula em 724 escolas de 82 cidades de Mato Grosso.

MT - Professores decidem manter greve e fazem passeata

Priscilla Vilela

Após debaterem se manteriam ou não a paralisação em Assembléia geral, os professores continuam na classe dos grevistas e dão um recado ao Governo do Estado, de que os serviços continuam parados e por tempo indeterminado. Aliás, a mensagem foi enviada durante passeata pelas principais vias de Cuiabá, com carros de sons e cartazes, além é claro, do tradicional coro das categorias ignoradas pelos políticos. “Professor na rua, governo a culpa é sua!”.

Os gritos de protesto foram entoados por aproximadamente três mil pessoas, que vieram de cerca de 60 municípios mato-grossenses para demonstrar a indignação com o descaso. Eles saíram do colégio Presidente Médice, na Avenida Mato Grosso e chegaram até a Praça Ipiranga, na Isaac Póvoas, com tambores, faixas, e carros de som, demonstrando à população a importância de se dar valor a educação. “Educação é o carro chefe que puxa a sociedade”, cantavam.

Júlio Viana, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Mato Grosso, relatou ao Olhar Direto que os professores decidiram continuar rejeitando a proposta de Silval Barbosa (PMDB), em 10% do reajuste salarial. Agora, a classe deve realizar ainda mais manifestações para continuar mobilizando os educadores que ainda não aderiram ao movimento, e para que os ‘interioranos’, integrem ao grupo de exigência.

Durante toda a passeata, a Polícia Militar (PM) esteve presente e auxiliou na condução do grupo, que parou o trânsito na capital. E apesar do congestionamento, a população se mostrou receptiva ao protesto e paciente com a lentidão no trânsito, mesmo embaixo do sol das 16 horas.

Na segunda-feira (20), as atividades continuam, e os educadores irão acampar na Praça Ulisses Guimarães, na Avenida do CPA, a partir das 14 horas.

MT- Até agosto todos os concursados serão chamados para suas vagas

Valérya Próspero

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) já enviou as duas listas de vagas disponíveis nas escolas de Mato Grosso para a secretaria de Administração (SAD), que agora vai analisar os critérios técnicos para fazer a nomeação de todos os concursados no setor. A nomeação deve ocorrer até agosto.

A 11ª convocação vai empossar 564 profissionais. Desses, 314 são professores, 104 técnicos administrativos educacionais (TAE) e 146 são apoio administrativo educacional (AAE). O restante vai entrar logo em seguida respeitando a ordem de classificação. Na seleção também estão alguns candidatos que foram apenas classificados.

Das 5.501 vagas disponibilizadas no concurso, 5.284 pessoas foram aprovadas e 4.540 nomeadas, que corresponde a 85,92%. Portanto, restam 14,08% para ser chamado até agosto

MT- Professores da rede estadual realizam assembleia e devem encerrar greve hoje

Da Redação

O Sindicato dos Trabalhadores no ensino Público de Mato Grosso (Sintep) não recebeu, até o início da noite de ontem, do governo do Estado a proposta para ser levada à assembleia da categoria, nesta quinta-feira (16), às 14 horas, na Capital. O documento faz parte de acordo firmado em audiência realizada na terça-feira (13) que sinalizava a retomada das negociações para pôr fim à greve que já dura 10 dias. Logo após a deliberação, os trabalhadores realizam ato público na Praça Ipiranga, centro da cidade.

Segundo o presidente do sindicato, Gilmar Soares Ferreira, o descumprimento da tratativa simboliza o descaso com que a educação é tratada em Mato Grosso. Por isso, o Sintep deverá manter a greve que já atinge 90% da categoria, composta por 30 mil trabalhadores, em todo o Estado, o que significa que cerca de 450 mil alunos continuarão sem aulas.

A categoria cobra a contratação imediata dos 950 aprovados no último concurso público, entre professores, técnicos e profissionais de apoio, e a aplicação imediata do piso salarial no valor de R$ 1,312 mil. A Secretaria de Educação (Seduc), alegando falta de recursos, ofereceu a recomposição gradativa até dezembro de 2011 e recomposição imediata apenas aos professores com nível médio, o que beneficiaria apenas 1.024 mil trabalhadores.

O impasse entre trabalhadores e governo começou no dia 8 de junho, quando o governador Silval Barbosa, por motivo de viagem, não recebeu a direção do sindicato para negociar, compromisso firmado durante audiência pública do dia 6. Representando o chefe do Executivo estadual, a secretária de Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida, e o secretário de Administração, César Roberto Zílio, não avançaram na proposta anteriormente efetuada. Por este motivo, os sindicalistas haviam encerrado a negociação.

MT- Escolas continuam abandonadas

Escolas sucateadas, abandonadas, sem qualquer estrutura que possam oferecer um ensino digno a seus alunos. Realidade geralmente comum em localidades mais afastadas. Porém, o problema acontece, também, em instituições localizadas em Cuiabá, tanto da rede estadual quanto da municipal. Um exemplo é o da escola Estadual Bela Vista, em Cuiabá, onde alunos reclamam da estrutura precária e das más condições do local.

A escola abriga 700 alunos nos ensinos fundamental e médio, que esperam apela construção de um novo prédio. As obras estavam previstas para iniciar em março em um terreno que fica entre as avenidas Oátomo Canavarros e Juliano Costa Marques, no entanto, até agora não foram iniciadas. No atual prédio onde os estudantes ficam, nove aparelhos de ar-condicionado foram instalados nas salas, mas a falta de forro impede o uso dos equipamentos.

Os alunos reclamam do desconforto. "É muito quente. Se pra gente que estuda de manhã é tão quente assim, imagine para quem estuda à tarde", relata a estudante Catarina Azevedo.

Além de não oferecer estrutura para os estudantes, a escola também tem vidros quebrados, cortinas insuficientes para as janelas e buracos nas salas de aula. Outro problema é a quadra de esportes, que parece estar abandonada.

Construída há 29 anos, a Escola Barão de Melgaço, em Cuiabá, sofre com os problemas no sistema elétrico e também a falta de espaço. Todas as salas possuem ar-condicionado, mas sempre acontecem blecautes. Os apagões são frutos do esgotamento do sistema elétrico. Ao todo são 12 climatizadores de ambiente, dos quais apenas quatro foram comprados pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O restante foi adquirido com recurso da escola e com a ajuda da comunidade.

O mesmo acontece com uma das escolas mais conhecidas da cidade a Escola Estadual Nilo Póvoas. Na instituição as marcas de mofo no teto apontam o local das goteiras, que estão em vários pontos. A escola tem 45 anos e é uma das unidades mais antigas de Cuiabá. O telhado nunca teve uma reforma geral e já não consegue proteger o ambiente interno das chuvas, que também invadem a quadra coberta da escola, levando lama para o piso.Veja matéria completa na edição impressa do jornal Circuito Mato Grosso

Por Maricelle Lima

quarta-feira, 15 de junho de 2011

CNE faz audiência pública para debater Custo Aluno-Qualidade Inicial

A Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação) realiza hoje, dia 8, uma audiência pública para apresentar o parecer sobre a articulação entre o órgão normativo e a Campanha Nacional pelo Direito à Educação feita para estudar uma forma de tornar o CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial) uma referência para o financiamento da educação pública brasileira. O encontro acontece em Brasília.

O trabalho conjunto dará origem a uma resolução que será encaminhada ao Ministério da Educação em 2010. Antes, porém, o parecer apresentado na audiência pública será enviado para discussão nas etapas estaduais e nacional da Conae (Conferência Nacional de Educação). “Vamos apontar que o Conselho reconhece o CAQi como política de financiamento e recomenda sua implantação em todas as escolas públicas até 2014” , declarou o vice-presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, Mozart Ramos.

Para o coordenador geral da Campanha, Daniel Cara, trabalhar junto com o Conselho na concretização do CAQi é um grande avanço para a “consagração da qualidade na educação brasileira e aumento justo do financiamento”. Segundo ele, a aprovação da resolução significa que a Campanha terá dado uma contribuição inédita e decisiva para o setor. O termo de cooperação interinstitucional foi assinado pelas duas partes em 5 de novembro de 2008.

CAQi – Em 2008 a Campanha lançou o livro Custo Aluno-Qualidade Inicial: rumo à educação pública de qualidade no Brasil. O CAQi é um estudo inédito desenvolvido ao longo de mais de três anos, com a colaboração e a participação de especialistas de universidades, institutos de pesquisa, professores, estudantes, ativistas e gestores das várias áreas da educação.

Levando em conta custos de remuneração e formação de profissionais, materiais didáticos, estrutura do prédio e equipamentos, entre outros, o CAQi determina quanto é preciso ser investido por aluno de cada etapa e modalidade da educação básica para que o país comece a oferecer um ensino com o mínimo de qualidade. O estudo propõe a inversão da lógica de financiamento adotada hoje, que parte de um montante previamente estipulado para depois aplicar os valores em educação.

Segundo IBGE, crianças sustentam 132 mil lares

Por: Valeska Andrade

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que, em 2010, cerca de 800 mil crianças e jovens, entre 10 e 19 anos, eram responsáveis por domicílios particulares no País: 132.033 têm entre 10 e 14 anos e outros 661.153 de 15 a 19 anos.

Diante da responsabilidade precoce, o coordenador do programa internacional para Eliminação do Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Renato Mendes, afirma que é preciso garantir o acesso a serviços de qualidade, proporcionar programas de complementação de renda e melhorar a educação.

Para ele, o trabalho infantil é reflexo de fatores econômicos, culturais e educacionais. É importante destacar que, por lei, é vedado qualquer tipo de trabalho a quem tem menos de 16 anos, salvas situações excepcionais.

Fonte: Gazeta do Povo (PR)

Ação contra pornografia infantil

Por: Valeska Andrade

Para auxiliar no combate à pornografia infantil, o Senado Federal aprovou o projeto que permite a infiltração de agentes online para investigar crimes.

O projeto serve tanto para a repressão quanto à prevenção dos casos de pornografia infantil. A infiltração deve ocorrer mediante autorização judicial e os policiais envolvidos assumem a responsabilidade.

De acordo com o titular da Delegacia da Criança e do Adolescente no Distrito Federal (DCA), Nivaldo Oliveira, os principais riscos da internet são o aliciamento para uso de drogas, a pedofilia e o bullying.

“Na rede, há pessoas que tentam fazer a cabeça de jovens para o uso de entorpecentes, existem sites que fazem apologia. Esse é um problema sério”, afirmou.

Fonte: Jornal de Brasília (DF)

Presidenta anuncia a doação de 30 mil bicicletas e capacetes para 81 municípios

Por: Valeska Andrade

Crianças maiores de 6 anos, de todas as regiões do país, poderão ganhar nos próximos meses uma bicicleta para ir à escola.

A presidenta Dilma Rousseff anunciou a doação de 30 mil bicicletas escolares e capacetes para 81 municípios.

O foco do projeto do governo federal são estudantes que moram de 3 km a 15 km de onde estudam ou em locais de acesso precário, onde veículos motorizados não conseguem chegar.

Para participar do programa, é preciso que o aluno tenha autorização dos pais.

Até o fim do ano, a ideia é chegar a 100 mil bicicletas. “É um meio para facilitar o acesso à escola ou ao ponto de ônibus. Não vai substituir totalmente os veículos automotores ou barcos”, disse José Maria Rodrigues de Souza, coordenador de apoio à manutenção escolar do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Fontes: Folha de S. Paulo (SP); O Estado do Maranhão (MA)

Especialistas pedem cautela para mudanças em escolas para pessoas com deficiência

Por: Valeska Andrade

Um protesto realizado em frente ao Ministério da Educação (MEC) teve o objetivo de alertar o País contra a intenção do governo federal de incluir pessoas com deficiência em escolas regulares.

Uma comissão formada por dirigentes de associações de deficientes visuais foi recebida pelo ministro Fernando Haddad e, em nota, o MEC disse que Haddad não pretende encerrar atividades de nenhuma instituição ou escola destinada a estudantes com deficiência.

Nidia Regina Sá, participante do movimento e professora da Universidade Federal do Amazonas, pede mudanças no Plano Nacional de Educação. “Eles querem transformar as escolas especiais em centros que prestam atendimento especializado, como fonoaudióloga, o que não é suficiente”, declarou.

Fonte: Diário Catarinense (SC)

Projeto de lei para tirar guloseima das escolas

Por: Valeska Andrade

Um projeto de lei em tramitação no Senado Federal quer proibir a inclusão de alimentos industrializados e ricos em gordura, sal, açúcar e outros conservantes na merenda escolar e em cantinas das escolas públicas e particulares de educação infantil e ensino fundamental.

O projeto foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Segundo a proposta, o cardápio oferecido aos alunos pelas escolas vai ser elaborado por um nutricionista.

A ideia é assegurar que as escolas ofereçam refeições não apenas saudáveis, mas balanceadas.

Os critérios de seleção desses alimentos ficariam sob responsabilidade das autoridades sanitárias.

Com a medida, alimentos in natura substituiriam industrializados, proporcionando mais nutrientes com menos calorias às crianças.

Fonte: Gazeta do Povo (PR)

Depois de virar hit na internet, professora do RN participa de reunião do Conselho de Educação

luan.santos

A professora ficou conhecida em todo o País pelo depoimento que fez diante de deputados estaduais do Rio Grande do Norte, que foi postado no YouTube e foi visto por cerca de 3 milhões de pessoas em poucos dias.

Acompanhada de outros professores e sindicalistas, ela veio à Câmara defender a destinação de 10% do PIB para a educação. “Atualmente, o Brasil aplica menos de 5% em educação. É por isso que o salário do professor é tão baixo”, diz Amanda. A campanha tem conquistado espaço na internet, colocando a frase #dezporcentodopibja entre as mais vistas no Twitter.

A professora defende que a aplicação dos 10% seja imediata, e não gradual (até 2020), como consta no projeto do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10), do Executivo. “Há uma indefinição muito grande. A proposta é investirmos 10% até 2020? É muito tempo… A educação tem pressa!”, afirma Amanda. Ela teme ainda que esse plano não seja cumprido, como o da década passada, que estabelecia um maior investimento na área.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/educacao

Unesco propõe novo currículo para o ensino médio

luan.santos

A criação de novas disciplinas divide opiniões, mas ninguém parece ter dúvida de que o ensino médio brasileiro precisa mudar, tornando-se mais atraente para a juventude. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) está convencida de que é preciso mexer na estrutura curricular das escolas. E acaba de divulgar uma proposta nesse sentido.

Em linhas gerais, a Unesco sugere que 25% da carga horária sejam destinados a atividades independentes das disciplinas tradicionais. A ideia é que as turmas desenvolvam projetos, a partir dos conhecimentos aprendidos em sala de aula. Pode ser um programa de prevenção da aids e do uso de drogas, a criação de um blog ou um levantamento sobre o mercado de trabalho na comunidade.

Os demais 75% da carga horária poderiam ser preenchidos com disciplinas tradicionais ou não, desde que quatro áreas do conhecimento fossem contempladas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.

O fundamental, segundo os Protótipos Curriculares do Ensino Médio elaborados pela Unesco, é que as aulas expositivas deem lugar a uma dinâmica que tenha o estudante como protagonista da investigação e da busca do conhecimento.

— A prática hoje no interior da escola é compartimentada em disciplinas isoladas, sem planejamento coletivo, sem políticas mais estruturadas de formação de professores — resume a oficial de Projetos em Educação da Unesco no Brasil, Marilza Regattieri.

Tamanha transformação, é claro, requer investimento na preparação docente.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) lista as áreas do conhecimento que devem figurar nos currículos, mas não estipula quais conteúdos têm que ser ministrados. Em tese, cabe às redes municipais e estaduais, em conjunto com as escolas, fazer esse trabalho. Na prática, observa Marilza, é diferente. E os livros didáticos acabam definindo o que será transmitido aos alunos.

— Hoje funciona assim: cada professor define o seu currículo. E faz isso com base no material a que tem acesso. Não há um debate coletivo. A proposta da Unesco foi apresentada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) no mês passado. A entidade pretende agora firmar parceria com governos estaduais para realizar um projeto piloto. Ou seja, levar os protótipos ao teste de fogo das salas de aula. Além de um modelo para o ensino médio de formação geral, a Unesco sugere uma organização curricular para o ensino médio integrado à formação profissional, isto é, curso geral mais curso técnico.

Na mesma direção da proposta da Unesco, o CNE aprovou novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, que ainda precisam ser homologadas pelo Ministério da Educação. O relator das diretrizes, conselheiro José Fernandes de Lima, diz que as diretrizes definem uma identidade para o ensino médio, considerado a etapa final da educação básica.

— Significa que é a última oportunidade para ensinar certas coisas. Tem que preparar para o mundo do trabalho, para a continudiade dos estudos e para a cidadania simultaneamente — diz Lima. Tanto ele quanto Marilza destacam que é chegado o momento de o Brasil definir o que se espera que os alunos saibam ao término do ensino médio. O debate já começou no Ministério da Educação, mas está longe de terminar.

A superintendente-executiva do Instituto Unibanco, Wanda Engel, critica a falta de um currículo mínimo nacional, que explicite quais conteúdos são obrigatórios. Segundo ela, há resistências à fixação de um currículo mínimo, em nome das diversidades regionais.

Para Wanda Engel, porém, a definição de um corpo mínimo de conhecimentos obrigatórios levaria o país a debater justamente o que se espera que um aluno saiba ao concluir o ensino médio. Marilza e Lima divergem, por temerem que as escolas se limitem ao mínimo.

— É péssimo não termos um currículo mínimo. Sua definição levaria as pessoas a discutirem quais são as competências mínimas que um ser humano precisa dominar para entrar no mercado de trabalho ou prosseguir no ensino superior — diz Wanda.

Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/educacao/

Coordenadora defende que avaliação é um instrumento do aprendizado

luan.santos

Um dos temas mais debatidos nas pautas atuais de educação é a avaliação. Existe um método ideal? Como fazer para que a avaliação aproxime os alunos da escola e não os afaste? E onde fica a família? Estes são questionamentos comuns quando tratamos deste assunto. E em entrevista à A TARDE Educação, Gilmária Cunha, coordenadora de ensino e apoio pedagógico da Secretaria da Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Salvador (Secult), trata destas e de outras questões referentes à avaliação..

A TARDE Educação – Como a escola deve evitar que os alunos tenham baixo aproveitamento?

Gilmária Cunha – A escola é a principal responsável pelo processo educacional dos alunos. Tem que haver acompanhamento dos alunos. Este acompanhamento tem que ser feito ao longo do ano e não deixar para buscar soluções quando o ano letivo já estiver perto de seu final. É preciso promover ações que ajudem os alunos que têm mais dificuldades, como monitorias, colocar alunos que têm mais facilidade com determinado assunto para auxiliar aqueles que têm dificuldades.

A TARDE Educação – Como a família entra nesse processo?

Gilmária Cunha – No caso dos familiares seria ideal que participassem mais do processo de educação dos filhos, mas com o mundo de hoje, sabemos que isso é bem complicado e eles acabam jogando toda a responsabilidade para a escola. Os pais têm que acompanhar como andam os estudos dos filhos, as atividades de casa, ir à escola saber como está o rendimento deles, observar sua postura em casa.

A TARDE Educação – Os atuais métodos de avaliação criam um certo afastamento dos alunos em relação às escolas?

Gilmária Cunha – A escola tem que aproximar o aluno de si e não afastá-lo. Buscar problematizar temas que sejam do dia a dia dos alunos, de maneira a despertar o interesse deles pela escola. Por isso a avaliação tem que ser um elemento de avaliação mesmo, mas que avalie os alunos de maneira efetiva, não de maneira que os afaste da escola. Que avalie o aprendizado, não apenas faça

A TARDE Educação – Em que sentido você ver a avaliação como positiva e como negativa?

Gilmária Cunha – A avaliação é um instrumento que facilita e pode prejudicar. Negativa ela será quando for utilizada sem finalidade de aprendizado. Mas será positiva quando estiver estritamente ligada ao processo de educação.

Tem algum modelo ideal de avaliar os alunos?

Gilmária Cunha – Não existe um modelo definido, tudo dependerá da escola, do professor, dos alunos. A avaliação precisa ser bem elaborada, de maneira que atenda às habilidades dos estudantes, que avalie aquilo que estudaram. Deve ser de verificação da aprendizagem, servido para ver se a aprendizagem foi feita de maneira eficiente. Tem que contextualizar o aluno em seu espaço natural, onde ele vive. Ela tem que abarcar maiores instrumentos de avaliação, como teatro, textos, que o aluno possa aprender.

A TARDE Educação – Quais as medidas que a escola tem que tomar para ajudar os alunos nas necessidades que apresentarem durante o processo de ensino?

Gilmária Cunha – O aluno sempre pode ser recuperado durante o processo, cabe à escola saber lidar com os problemas. É necessário acompanhar os alunos durante todo o ano, não deixar para o final. Que a avaliação seja um instrumento de análise da situação do aluno. A escola tem que despertar o interesse do aluno. Tem que buscar métodos de avaliação o mais diversificados possíveis.

As queixas do conselho de classe

Acabaram as provas do primeiro bimestre, estamos em maio e há poucos dias, os boletins devem ter ido às mãos dos pais. Ainda no Brasil, temos as provas, amaldiçoada por educadores nas décadas passadas, mas ainda tão utilizada que, quando um professor não as aplica, é visto como um ET pelos seus colegas de profissão.Eu ainda aplico provas quando o regimento me obriga, caso da instituição que leciono atualmente. Claro que exponho aos alunos tudo o que vou inquirir na prova. Eles já fazem a prova sabendo o que será cobrado. Não dou ajuda, mas aviso o que lhes é fundamental e importante saber.

Para mim, o que vale é o momento de troca, em sala ou nos ambientes que escolho ou monto para trabalhar com meus alunos. Claro, hoje leciono numa instituição de ensino superior, tenho grande autonomia e alunos capazes de compreender minhas propostas de aprender conversando e pensando sobre o presente e o futuro, a partir do que o passado nos mostrou.Provas e testes não provam nada. Provam até, que a escola brasileira é um fracasso. A pseudoeducação dada no país mais ocidental da América Latina se armou de tantos artifícios para excluir seus jovens, que nossos professores não sabem avaliar de outra forma, a não ser o trabalho (os alunos burlam sempre, e com razão: trabalho interessante se vive, se participa intensamente; trabalho burocrático e sem sentido, eles “matam”) copiado de enciclopédia ou de sites como Wikipédia e Zé Moleza, um teste com consulta e uma prova de ferrar a nota de alunos quando a sala faz muita bagunça.

Ainda há professores, na maioria das escolas, que “dão notas” nos cadernos, que “dão notas” por disciplina e “participação”, quase nunca com critérios claros. Nem entremos no assunto de que o caderno é do aluno e ele faz o que quiser ali. Nem julguemos os méritos de que participação é subjetiva demais para se medir. Ou seja: números têm de sobra, critérios claros de medição de aprendizagem, quase nenhum. Para quem tem aprendizagem dentro do que se considera normal, esta forma de avaliar deixa claro quais os bons alunos. Para quem tem dificuldades ou distúrbios de aprendizagem (são termos diferentes, minha gente!), todos entram na vala comum da incompetência escolar. Uns ficam apáticos, outros indisciplinados. Mas será que não aprenderam? E será que os que têm notas boas sabem algo do conteúdo do mês passado? Será que estes alunos com baixas notas aprendem quando as aulas são preparadas de um modo mais prático, e no campo teórico com o devido acompanhamento e clareamento das situações? Será que recursos audiovisuais no lugar do esquema “saliva-giz”, preparo de sondagem e adequação dos conteúdos não desenvolveriam novas habilidades nos alunos, mesmo nos que “nunca aprendem”? Tá bom, vou parar de perguntar... Empolguei-me... Mas você sabe responder!O pior momento da escola após as avaliações tão tradicionais é o conselho de classe. Uma vez feitas as médias das “avaliações”, o nome do aluno é invocado num círculo de carteiras, que parece com uma sessão mediúnica.Aparecem as manifestações sobrenaturais dos diários e dos relatórios dos especialistas. Um mar de queixas invade a sala: alunos que não fazem as tarefas, alunos que nada copiam, alunos apáticos, desinteressados, indisciplinados, malcriados, fedorentos, xexelentos, remelentos e outros espíritos malignos se manifestam em notas abaixo da média. O céu e o inferno se manifestam ali.É hora dos conselhos serem momentos de troca de experiências, de planos para projetos interdisciplinares e de análise e avaliação dos professores.Nossos mestres e seus trabalhos devem ser avaliados. Os bons professores devem ser muito bem remunerados, a partir dos resultados obtidos com seu sucesso no ensino.

Os maus, reciclados, reavaliados e, caso não evoluam, devem deixar o magistério. Nos países onde se agiu assim, a sociedade evoluiu e o país se desenvolveu.Sem notas, sem críticas, sem fofocas, sem queixas. Uma escola que desperte interesse surge do preparo profissional dos seus educadores.

Um aluno reprovado é uma escola reprovada. As notas dos alunos e sua capacidade de pensar seriam mais altas se ao invés de queixas, apresentássemos nos conselhos de classe soluções bem pensadas, estruturadas pedagógica e psicologicamente.

Fonte:Jornal da Educação

Candidato à certificação pode conferir gabaritos do Encceja

Estão liberados para consulta, pela internet, os gabaritos do Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja). As provas foram aplicadas em maio último a brasileiros residentes no Japão e a pessoas privadas de liberdade e sob medida socioeducativa. Os resultados do exame serão divulgados no segundo semestre.

Em busca da certificação do ensino fundamental, cerca de 15 mil candidatos fizeram as provas nas unidades prisionais e socioeducativas de 20 estados e do Distrito Federal. No Japão, mais de dois mil interessados participaram do exame para os ensinos fundamental e médio.

Os aprovados no Encceja estarão habilitados se atingirem pelo menos 100 pontos em cada área do conhecimento e cinco pontos na redação. A certificação dos aprovados cabe às secretarias de Educação estaduais e do Distrito Federal.

Os gabaritos podem ser conferidos na página eletrônica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Olimpíada de Matemática reúne mais de 18 milhões de estudantes

A edição deste ano da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) recebeu inscrições de 44,6 mil escolas da educação básica e de 18,7 milhões de estudantes das 27 unidades da Federação. As inscrições foram encerradas no dia 3 último.

Conforme o calendário da 7.ª edição da Obmep, a primeira fase de provas está prevista para 16 de agosto. Nessa etapa, os testes serão aplicados em cada escola. Na segunda fase, em 5 de novembro — definição dos medalhistas de ouro, prata e bronze e das menções honrosas —, as provas serão aplicadas por fiscais indicados pela coordenação da olimpíada em centros de ensino. A premiação está prevista para fevereiro de 2012.

As provas serão aplicadas em três níveis. O primeiro, a alunos matriculados no sexto ou sétimo ano do ensino fundamental; o segundo, a estudantes do oitavo ou nono ano do ensino fundamental; e terceiro, a alunos matriculados em qualquer série do ensino médio.

Medalhas — A entrega das medalhas de ouro da Obmep de 2010 está marcada para o dia 21 próximo, às 14h30, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Serão contemplados 504 estudantes de escolas públicas de ensino fundamental e médio. Estão convidados para o evento estudantes de cinco unidades da Federação que não conseguiram medalhas de ouro na competição do ano passado.

Segundo a coordenação da Obmep, os 900 medalhistas de prata e os 1,8 mil de bronze classificados em 2010 receberão a premiação em solenidades regionais — caberá menção honrosa aos 30 mil alunos que obtiveram pontuação nacional, mas não ganharam medalhas.

A Obmep é promovida pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia e realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa), com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). O objetivo é estimular o estudo da matemática entre alunos e professores da educação básica.

MEC recomenda livro de Geografia com rio no lugar errado

Obra consta no manual de escolha do livro didático como “muito boa em cartografia e exploração de ilustrações"

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo

Uma das opções de livros didáticos de Geografia para o ensino médio indicadas pelo Ministério da Educação traz uma foto de uma cidade, banhada por um rio, com a legenda: “Vista área do Rio São Francisco em Maceió, Alagoas”. O São Francisco acaba a mais de 130 quilômetros de Maceió, na fronteira alagoana com Sergipe.

O erro não foi notado pelos avaliadores do ministério que, pelo contrário, recomendaram a obra "Conexões - estudos de geografia geral e do Brasil" no Manual do Livro Didático, tendo como ponto forte “Representação cartográfica e adequação e exploração de ilustrações”. O livro consta entre as opções a adotar para 2012.

O Rio São Francisco divide os Estados de Alagoas e Sergipe e passa longe de Maceió

No mês passado, o professor Marcelo Moura Paiva, que dá aula em duas escolas estaduais do Rio de Janeiro, percebeu a falha. Ligou para a editora Moderna, que publicou a obra, e para o Ministério da Educação. “Nos dois casos fui atendido por pessoas que não entendiam o problema e em nenhum tive uma resposta”, diz.

Para o professor, o problema não é mais este livro, que não será escolhido pela escola, mas a falta de critério na escolha. “Esse erro eu percebi até porque morei em Alagoas, mas eu confesso que não sei tudo, se tivesse um erro no nome de uma placa tectônica, por exemplo, eu ia passar errado para meus alunos.”

Professor Marcelo Paiva que percebeu o erro: "Esse erro eu percebi, mas outros eu poderia ter ensinado errado para os alunos"

O Ministério da Educação informou que entrou em contato com a editora que “se comprometeu em corrigir a informação antes da distribuição do livro em 2012, primeiro ano em que ele estará na lista do Programa Nacional do Livro Didático”. A Editora Moderna reconheceu o erro e disse que sua equipe já o havia identificado. “O livro que chegará em 2012 às escolas trará uma foto da região de Piaçabuçu (Alagoas), área próxima à foz do Rio São Francisco”. A editora lembra que as informações nos textos da mesma coleção identificam corretamente o trajeto e a região da foz do rio.

Desde o início do ano, o Ministério da Educação vem lidando com polêmicas e erros nos livros didáticos distribuídos ou indicados. Uma obra para Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi criticada por conter um trecho em que aceita a utilização de construções como "nós pega" ao falar. Outro livro, destinado a escolas do Campo, continha erros de matemática como 10-7=4.

Fonte: Último Segundo - IG

Sesi-MT promove evento para disseminar a modalidade Educação de Jovens e Adultos a Distância

Pioneiro na implantação da EJA/EaD via web utilizando a metodologia SESIeduca, Sesi-MT recebe representantes da Rede SESI de Educação de oito estados

Seguindo a premissa de que as boas práticas devem ser disseminadas para beneficiar o maior número de pessoas em uma determinada ação, o Serviço Social da Indústria de Mato Grosso (Sesi-MT) promove, de 27 a 30 de junho, a visita técnica da Educação do Trabalhador a Distância (EaD), que terá a participação de representantes do Sesi de oito estados. A programação será realizada em Cuiabá, na sede do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt).

Vinte e duas pessoas, entre representantes do Departamento Nacional do Sesi, educadores e profissionais da Rede Sesi de Educação do Acre, Alagoas, Ceará, Goiás, Maranhão, Paraíba, Santa Catarina e Rio Grande do Sul participam do evento, que tem o objetivo de compartilhar a experiênci a vivenciada pelo Sesi-MT, primeiro Departamento Regional da instituição a implantar a EJA/EaD via web utilizando a metodologia SESIeduca.

Por meio da plataforma web SESIeduca, o Sesi-MT oferece, gratuitamente, cursos de Educação Continuada e Educação de Jovens e Adultos (Ensino Médio) a distância para o público da indústria de Mato Grosso e seus dependentes. Segundo a coordenadora da Educação do Sesi-MT, Rosa Gonçalves de Brito, a iniciativa do encontro surgiu da manifestação de Departamentos Regionais de outros estados que estão em processo de implantação da EJA/ EaD via web com a metodologia SESIEduca.

“Preparamos uma extensa programação que permitirá aos participantes conhecerem as estratégias, estrutura e funcionamento do programa em Mato Grosso, para facilitar a implantação do m esmo em outras localidades”, pontua. A programação prevê a participação de representantes de empresa que já foram contempladas com a metodologia, visita ao Núcleo de Educação do Trabalhador, relato de alunos e tutores que participam ou já participaram do programa, entre outras ações.

Confira a programação da visita técnica da Educação do Trabalhador a Distância (EaD), que ocorre de 27 a 30 de junho, em Cuiabá no site.

MT- ProJovem Campo está com inscrições abertas

Estão abertas até 22 de julho as inscrições para o ProJovem Campo. O programa reúne jovens entre 18 a 29 anos que estão fora do sistema formal de ensino em comunidades tradicionais ou ribeirinhas, assentamentos, distritos, quilombolas entre outros grupos organizados no campo. Os participantes precisam saber ler e escrever e ter como objetivo concluir o ensino fundamental dentro da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA).

O ProJovem possibilita o estudo com flexibilidade dos horários de acordo com a realidade da pedagogia da alternância desenvolvida nas escolas do campo de Mato Grosso. O Programa tem como proposta a elevação de escolaridade e qualificação social-profissional, ou seja, os alunos terão aulas integrais, com materiais didáticos específicos, contemplando teoria e prática entre o tempo escola e o tempo comunidade, além de receberem auxílio financeiro de R$100,00 a cada dois meses.

A meta é estimular o desenvolvimento sustentável e solidário como possibilidade de vida e constituição de sujeitos cidadãos. O programa fortalece o desenvolvimento de propostas pedagógicas e metodológias adequadas à EJA no campo.

As turmas podem ser formadas por 25 a 35 estudantes coordenados por três educadores, de cada área de conhecimento, e um técnico com conhecimentos específicos em agricultura familiar. Os educadores envolvidos terão formação específica a título de especialização em Educação do Campo pelo IFMT e poderão participar encaminhando currículo às Assessorias Pedagógicas para posterior seleção.

Os interessados devem fazer a inscrição no site da Seduc. Preencher e encaminhar pelo Correio para o endereço Rua Eng.Edgar Prado Arze, 215 Centro Política Administrativo (CPA) CEP 78049-909 aos cuidados da Gerência de Educação do Campo. Ou ainda, responder e enviar por e-mail para o endereço eletrônico projovemcampomt@seduc.mt.gov.br



De Roseli Riechelmann Da Assessoria Da Seduc-MT

MT- Encontro de Educação reúne mais cerca 150 pessoas em Cáceres

Cerca de 150 pessoas ligadas a educação direta e indireta estão reunidas em Cáceres para o I Encontro de Educação à Distância da Universidade do Estado de Mato Grosso e Universidade Aberta do Brasil (Unemat/UAB). O encontro teve inicio nesta manhã de quarta (15) e segue até a noite desta quinta (16) com o objetivo de apresentar a modalidade e as tecnologias empregas no ensino à distância.

Entre os participantes, professores e funcionários da rede municipal e estadual de ensino, professores e funcionários da Unemat oriundos de vários campi da instituição e também de outras Instituições de Ensino Superior como o IFMT estão participando das palestras e mesas redondas.

Na solenidade de abertura, a pró-reitora de Ensino e Graduação da Unemat, professora Ana Di Renzo, destacou o compromisso da instituição com a qualidade do ensino oferecido seja por meio da modalidade presencial ou à distância. Além disso, ela lembrou a rapidez com que as mudanças tecnológicas estão ocorrendo.

A coordenadora UAB/Unemat, professora Fabíola Sartin Dutra Parreira Almeida, lembrou que a qualidade dos cursos ofertados por meio desta modalidade seja, na graduação ou mesmo na pós-graduação é uma preocupação constante, por isso a necessidade de realizar encontros, cursos de capacitação e treinamentos para sanar as dificuldades que aparecem.

Na palestra de abertura, o vice-presidente do Fórum de Coordenadores UAB na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor Silvar Ferreira Ribeiro, apresentou o panorama do Ensino à Distância no Brasil.

O principal objetivo do curso é fomentar o interesse da comunidade interna da Unemat e também de demais professores para que possam a vir se tornar parceiros nesta modalidade de ensino. O Encontro também vai discutir as diferenças entre as modalidades de ensino à distância e o sistema presencial, e os recursos tecnológicos utilizados na realização das aulas.

Da Assessoria/Unemat

MEC pede que técnicos suspendam greve

O ministro da Educação, Fernando Haddad, pediu nesta quarta (15) em audiência pública na Câmara dos Deputados que os técnicos-administrativos das universidades federais suspendam a greve para que as negociações sejam retomadas. A paralisação teve início na semana passada. De acordo com a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), a adesão a greve conta com servidores de 37 instituições.

Segundo o ministro, na véspera da reunião em que foi deflagrada a greve, ele se comprometeu com os sindicatos a pactuar com o Ministério do Planejamento um cronograma de negociações. Mesmo com a sinalização do MEC a categoria decidiu pela greve em uma votação apertada com diferença de apenas dois votos a favor da paralisação.

“Essa greve não está sendo boa nem para a categoria, nem para o governo. Estou reiterando os termos da carta que foi encaminhada a assembleia”, afirmou o ministro. Haddad sugeriu que a paralisação seja suspensa e o semestre letivo concluído para que as negociações sejam retomadas. “Penso que a decisão foi equivocada. Não estou garantindo que as reivindicações serão atendidas, mas de que o diálogo vai se recolocado. Encerramos o semestre e depois se a proposta do governo não for convidativa que a greve seja retomada”, afirmou.

A Fasubra pede que o piso da categoria seja reajustado em pelo menos três salários mínimos. De acordo com a coordenadora-geral da entidade, Léia Oliveira, hoje os servidores recebem R$ 1.034. Uma das reivindicações é que a próxima Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) traga a previsão do reajuste. O risco, no caso de uma greve prolongada, é que o começo do próximo semestre fique comprometido, já que não há como processar as matrículas se as áreas administrativas estiverem fechadas.

Da redação com Agência Brasil

Professores da UFMT não param

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) não vão parar suas atividades. Durante assembleia geral, convocada pela Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), docentes debateram sobre salários e falta de estrutura da Universidade. Cerca de 119 educadores participaram da reunião.

De acordo com o presidente da Adufmat, Carlos Alberto Eilert, os professores reivindicam aumento salarial e melhores condições de trabalho. “Há um indicativo muito forte para os educadores entrarem em greve. Amanhã haverá um ato público a favor da educação em Brasília, onde cinco professores da UFMT estarão presentes. Temos expectativa de mais de 30 mil pessoas neste ato. Acredito que sensibilizaremos o governo com essa ação”, afirmou.

No próximo dia 28 de junho haverá uma assembleia geral, às 14h, na Adufmat, para o indicativo de greve.

Dica de Livro


Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem: Como lidar em sala de aula?

Resultados das avaliações educacionais ainda são subutilizados pelas escolas, aponta estudo

10/06/2011 - Pesquisa

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – No segundo semestre de 2011, alunos do 5° e 9° ano do ensino fundamental participam da Prova Brasil, uma das principais avaliações do Ministério da Educação (MEC). É a partir dos resultados do exame que é calculado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador que aponta em uma escala de 0 a 10 qual é a qualidade de cada escola, rede municipal ou estadual.

Apesar de servir de parâmetro para que as escolas possam detectar problemas e modificar sua atuação, muitas ainda não sabem como utilizar esses resultados. Pesquisa da Fundação Carlos Chagas com 400 coordenadores pedagógicos de 13 capitais apontou que muitos desconheciam o índice.

Quase metade (47%) deles, ao ser perguntado qual era o Ideb da sua escola, citava um número superior a 10. “Sabendo que o índice pode servir para o planejamento e ações de todos educadores da escola e que há metas governamentais a cumprir, esse desconhecimento é preocupante”, revela o estudo.

Para Amaury Gremaud, professor da Universidade de São Paulo (USP) e presidente do Conselho Consultivo da Avalia Educacional [empresa de avaliação de escolas e sistemas de ensino do grupo Santillana], as avaliações ainda são subutilizadas pelas escolas. “Isso melhorou muito, as secretarias de educação estão bem próximas dos dados, eles não vão só para a gaveta de quem produz. Mas do ponto de vista do planejamento das escolas, ainda há muito espaço para trabalhar essas informações”, afirma.

Na opinião do especialista, que foi diretor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), as escolas precisam aprender a analisar os resultados da avaliações para alterar suas práticas. Comparar o Ideb da escola com a média nacional, por exemplo, pode não ser um bom parâmetro. “Quando a escola ou rede vai analisar os resultados é preciso olhar criticamente e levar em consideração coisas que os indicadores escondem”, aponta o especialista.

O índice, por exemplo, não leva em conta o contexto social e econômico dos alunos – fator que pode influenciar o processo de aprendizagem e o desempenho final do estudante. Ele mede o "ponto de chegada", mas não o "ponto de partida" da escola, explica Gremaud. Por isso uma estratégia interessante é comparar os resultados da escola com outras unidades da mesma rede de ensino que atendam um público semelhante.

“Se você procura uma escola que tem condições próximas, mas um desempenho melhor, é sinal de que é preciso avaliar alguns processos. A direção pode comparar, por exemplo, se a equipe da outra escola passou por algum processo de treinamento diferenciado ou se o currículo é organizado de uma forma diferente. É olhar um pouco o que está dando certo em outros lugares”, recomenda Gremaud.

O especialista aponta que os índices educacionais não são “perfeitos”, mas são um bom parâmetro. “Indicadores são limitados, a Prova Brasil é uma prova de português e matemática, ela não leva em conta que as condições socioeconômicas dos alunos são diferentes. Por isso as escolas têm que ler os indicadores com uma certa calma”, explica.

A consulta ao Ideb de uma escola da rede municipal ou estadual e as metas que devem ser atingidas a cada dois anos estão disponíveis para consulta na internet.

Edição: Fernando Fraga//Matéria alterada para correção de informação


Fonte: Agencia Brasil

RJ: ´cola´ entre alunos no Facebook vira caso de polícia

A troca de mensagens entre pré-adolescentes no site de relacionamento Facebook foi parar na delegacia. O colégio pH, unidade Barra da Tijuca, entendeu que os alunos estavam passando ´cola´ pela Internet e ordenou a uma estudante que apagasse o site. Andréia Coelho, diretora de comunicação de uma empresa multinacional e mãe da menina em questão, de 15 anos, prestou queixa na 16ª DP (Barra da Tijuca) contra a direção da escola.

Segundo Andréia, sua filha foi constrangida e coagida: "Eles tinham esse site onde trocavam informações sobre exercícios que vinham de dever de casa para entrega após uma semana e valiam ponto. Quando a diretora descobriu, mandou minha filha apagar, dizendo que eu e ela poderíamos ir presas por crime cibernético. Mandou ela para casa no horário escolar, sem me chamar lá, deu suspensão de 5 dias e nota zero em provas. Os outros 700 que estavam no site não sofreram repressão alguma". Segundo Andréia, a filha não quer mais frequentar a escola e está tendo atendimento psicológico por conta do episódio.

A página criada pela garota chama-se ´Dane-se´. Agora tem 154 usuários, que se recusaram a sair, mesmo com os apelos da jovem, que não conseguiu apagar a página. Lá, ainda é possível ver que os alunos compartilhavam respostas de provas para turmas que ainda iriam ser testadas. Depois do ´Dane-se´, alunos criaram nova página na Internet, chamada ´Estou de volta´.

Fonte: Terra Educação

terça-feira, 14 de junho de 2011

Capes cria mais quatro áreas do conhecimento

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) publicou, nesta quarta-feira, uma portaria que cria quatro novas áreas do conhecimento. São elas: biodiversidade, ciências ambientais, ensino e nutrição.

Até então, os cursos de especialização e pós-graduação dessas quatro áreas eram classificados como interdisciplinar. A partir de agora, possuem coordenadores próprios, serão avaliados periodicamente e terão de cumprir metas estabelecidas pela Capes.

Cursos - A mais recente avaliação dos cursos de pós-graduação brasileiros, divulgada em setembro do ano passado, mostrou alguns dados importantes. O primeiro: são oferecidos atualmente no país, 2.718 programas, o que representa um aumento de 20,8% em relação a 2007. Eles correspondem a 4.099 cursos de mestrado acadêmico, mestrado profissional e doutorado. Outro destaque: o grupo de programas que receberam as maiores notas (6 e 7) subiu de 237 para 298 - mantendo uma proporção ao redor de 11% do total. Contudo, a parcela de programas mal avaliados (notas 1 e 2) saltou 92%, somando 75 ocorrências.

Formação profissional: Museologia

‘Com nova exigência legal, procura por museólogo tem crescido rapidamente’

Jennifer Gonzales - O Estado de S. Paulo

O curso de museologia ganha terreno nas universidades do País após a criação do Estatuto de Museus, no início de 2009. O texto determina que as instituições tenham um plano museológico – definido por diretrizes de preservação, conservação e segurança de bens – e que cada museu tenha um profissional da área.

Aula do curso na UFRGS, iniciado em 2008“Até 2007, só havia dois cursos em todo o Brasil: na Bahia e em Minas. Agora, são 12 cursos”, informa a coordenadora do curso de museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Marlise Giovanaz.

A universidade gaúcha ganhou sua primeira turma em 2008, pouco antes do estatuto. “Com a nova exigência da lei, a procura por esse profissional tem crescido apidamente”, diz Marlise.

O curso de museologia possui três linhas de aprendizagem: conservação (todo tipo de bens e documentos, não apenas artísticos), pesquisa museológica (acervos de museus) e comunicação (atividades educativas relacionadas ao público visitante). “Há todo tipo de museus, não só de arte, como de história natural, botânica e arquitetura. Além disso, esse profissional também pode trabalhar na criação de memoriais e museus de empresas”, explica a coordenadora. “O museólogo é um profissional que gerencia todas as atividades e processos do campo museológico.”

Opinião do especialista

MARLISE GIOVANAZ
COORDENADORA DO CURSO DE MUSEOLOGIA DA UFRGS

“A criação do Estatuto de Museus pelo Ministério da Cultura em 2009 abriu nova oportunidade para o surgimento de novos cursos no País e de mercado de trabalho nessas instituições.”

Museologia

Salário inicial
Variável

Duração
4 anos

Disciplinas
História dos registros humanos, iniciação à museologia, informação e memória social, gestão em museus

Colégio São Bento integra chineses à realidade brasileira

Desde 2007, interesse de orientais pela tradicional escola paulistana tem crescido; quase 50% dos 220 alunos tem ascendência chinesa

Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo

D. Camilo Dantas explica para um grupo de crianças o significado das pinturas da Igreja de São Bento. Alguns dos ouvintes estão descobrindo o Ocidente agora. Seus pais vieram da China e escolheram uma das escolas paulistanas mais tradicionais - o Colégio de São Bento - para integrar os filhos à realidade brasileira.

Clayton de Souza/AECultura. Crianças fazem visita monitorada à biblioteca central do Colégio de São Bento. Escola cobra mensalidade de R$ 1.620 para ensino em período integral; vários alunos têm direito a bolsa
Em 2007, d. Matthias Tolentino Braga, abade do mosteiro, recebeu 17 crianças chinesas que ainda não sabiam português. Montou uma estrutura para vencer a barreira do idioma e acolher as famílias e seus filhos. A experiência deu certo e a procura aumentou. Hoje, quase metade dos 220 alunos tem ascendência chinesa.

Padre Lucas Xiao, um chinês que vive no Brasil há 14 anos, deixou claro desde o início que a comunidade de imigrantes não deveria formar um grupo à parte no colégio. Sabia bem que o principal interesse dos pais é promover a integração dos filhos. D. Matthias pediu sua ajuda para atender os recém-chegados.

No início, o abade cogitou, por exemplo, uma adaptação do cardápio do colégio à culinária chinesa. Padre Lucas aconselhou: as crianças deveriam se acostumar ao brasileiríssimo arroz com feijão. Também sugeriu uma regra para os alunos não falarem mandarim durante as aulas - com exceção dos cursos extracurriculares para ensino do idioma chinês.

No próximo dia 18, haverá uma festa junina. Alguém propôs que as garotas chinesas utilizassem roupas típicas do Oriente. Mas Juliana Wu, coordenadora do departamento chinês do colégio, discordou. Seria melhor que vestissem a indumentária caipira para se familiarizar com os costumes do País. A ideia vingou e afixaram cartazes nos corredores com desenhos das combinações mais comuns para a ocasião: camisa xadrez, vestido, chapéu de palha...

Identidade. Tanto cuidado para evitar "panelinhas" não significa desprezo pela identidade chinesa. "Nossa cultura tem 5 mil anos", recorda Juliana, não sem uma ponta de orgulho. Na mesma festa junina, haverá espaço para estandes de dobradura, pintura típica chinesa e jian zhi - recorte artístico de papel. "Fez muito sucesso com os alunos no ano passado", afirma a coordenadora do departamento chinês.

O colégio funciona em tempo integral. No período da manhã, são oferecidos cursos regulares. À tarde, as crianças podem frequentar disciplinas optativas como balé, piano, jazz, línguas... Mandarim faz sucesso, não só entre os orientais.

Angel Plaza, por exemplo, está no 5.º ano e gosta muito das aulas. "Quero conversar com meus amigos", justifica. Filho de espanhol e portuguesa, fala com gosto das suas raízes judaicas. Reginaldo Miranda, do 8.º ano, pensa no futuro. "Um sexto das pessoas no mundo fala mandarim: é mais de 1 bilhão de pessoas", pondera.

A professora de música Simone Strublic Kimizuka apresentava o universo de Dorival Caymmi - povoado de pescadores e brisas - às crianças, quando a classe perguntou se poderia aprender uma música tradicional chinesa. A professora concordou, "desde que os próprios alunos arrumassem a partitura". Na aula seguinte, uma garota "loirinha, sem nenhum traço oriental" trouxe a música. As crianças chinesas traduziram a letra e todos cantaram juntos.

"Naturalmente, as diferenças culturais trazem desafios imensos", aponta Felipe Nery, um dos dois diretores do colégio e responsável por dirimir conflitos cotidianos. "E não só linguísticos. Mas o encanto também está aí." D. Matthias concorda e afirma que as diversas culturas não podem ficar "dentro de redomas". Ele acredita que filhos de imigrantes costumam testemunhar um grande desejo de crescer e se desenvolver. "E isso pode contagiar outros alunos, o que é ótimo."

De fato, Juliana costuma conversar com pais chineses para aplacar suas exigências relacionadas ao estudo dos filhos, normalmente muito altas. "Costumo dizer: "Você não vê como ele está melhorando? Você tem motivos para ficar contente"", argumenta.

Governo. Visitas de autoridades diplomáticas chinesas são frequentes e elas não costumam economizar manifestações de gratidão. "Parte do material que usamos para ensinar mandarim é doado pelo governo da China", afirma d. Matthias. "Recebemos o título oficial de escola-modelo para ensino do idioma."

O colégio oferece cursos de português para estrangeiros não só aos alunos, mas também para adultos interessados. O brasileiro Luiz Henrique Barretto viveu um ano e meio em Xangai e hoje ensina português para os estudantes chineses no São Bento. "Falo em mandarim até que tenham confiança para utilizar só o português", afirma.

O abade do mosteiro vê com clareza a importância do trabalho que realiza para a Igreja Católica. "Nos últimos anos, a Santa Sé tem tentado reatar relações diplomáticas com a China", recorda d. Matthias. "Sinto-me privilegiado: aqui, é a China que vem ao nosso encontro."

PARA LEMBRAR

Hospitalidade é virtude antiga

Não é a primeira vez que a hospitalidade beneditina acolhe comunidades recém-chegadas à capital paulista. No início do século 20, d. Miguel Kruse abriu as portas do mosteiro aos imigrantes alemães, italianos, ingleses e japoneses. Foi também ele quem criou o Colégio de São Bento em 1903.

A instituição chegou a anunciar seu fechamento em 2003, quando contava com 180 alunos. A reitoria atribui a decisão a um litígio jurídico: uma faculdade ocupava o prédio nos períodos da tarde e da noite, prejudicando a rotina do colégio. Depois de quatro tentativas frustradas de despejo, o mosteiro havia decidido jogar a toalha. Mas a situação se resolveu repentinamente e puderam dispor do edifício. Conta agora com 220 alunos e o número deve crescer.

O colégio sofreu também transformações pedagógicas. Todos os alunos recebem um acompanhamento periódico e personalizado: a tutoria. Também há uma grande ênfase na participação dos pais. "Um colégio é feito de pais, professores e alunos. Nesta ordem", afirma Evandro Faustino, um dos dois diretores que administram o colégio.




Aluno brasileiro ganha bolsa de US$ 60 mil

O trabalho de Matheus Manupella, de 17 anos, competiu com 1.500 estudantes

Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo

Apesar da pouca idade - são apenas 17 anos -, o estudante Matheus Manupella já tem números que impressionam em seu currículo: uma bolsa de estudos de US$ 60 mil para a Universidade de Illinois, conquistada durante uma competição com mais de 1.500 estudantes, finalistas de feiras de ciências de 65 países. Ele vai cursar os quatro anos de graduação na cidade de Chicago.

Filipe Araújo/AEOportunidade. Matheus vai estudar nos Estados Unidos
Aluno do 3º ano do ensino médio do Colégio Renascença, que fica no bairro paulistano de Higienópolis, Matheus participou da Intel ISEF 2011, nos Estados Unidos - uma das maiores feiras de ciências para estudantes do mundo. Seu projeto sobre o uso do videogame como método de concentração para adolescentes com déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) foi premiado, garantindo ao estudante a oportunidade de estudar no exterior.

O jogo criado por Matheus é composto por perguntas que estimulam a atenção do participante, liberando neurotransmissores que sofrem uma maior receptação no cérebro dos portadores de TDAH. "Estudei todas as funções psicológicas neurobiológicas afetadas pelo déficit e pesquisei também se os jogos poderiam estimular a memorização", explica o jovem.

A ideia surgiu em 2009, no primeiro ano do ensino médio, quando ele teve aulas de iniciação científica no colégio. A inspiração veio de um colega de sala, que tem TDAH. O projeto havia acabado no ano passado, mas ele continuou por escolha própria. "Acho que na nossa idade a maior parte dos jovens não tem interesse próprio em fazer um projeto", diz. "Por isso acho que cabe à escola incentivar."

Matheus agora está concentrado nos preparativos para a viagem. Apesar da empolgação, ele ainda não sabe o que vai estudar na universidade. "Mas me interesso bastante pelas áreas de psicologia, neurociência e biogenética", diz ele. "Sempre quis estudar fora, mas é caro. Essa é uma grande oportunidade."

Na universidade, ele quer continuar com o projeto. "Comecei como obrigação escolar, continuei por interesse próprio e agora ele está abrindo as portas para o meu futuro."




Colégios inovam em projetos tecnológicos

Ocimara Balmant - O Estado de S.Paulo

Um projeto do Rio de Janeiro, outro de Santa Catarina, um terceiro de Pernambuco e um último de Minas são os que mais apresentam característica de inovação tecnoeductiva em todo o País.

Este é o resultado de um levantamento que a Fundação Telefônica apresenta na quarta-feira em São Paulo, com participação dos representantes dessas iniciativas.

"Mapeamos quando a inovação contribui para a educação a partir de três dimensões: a qualidade educativa, a integração de tecnologias e as tendências tecnológicas envolvidas", explica Marcia Padilha, coordenadora do Instituto de Desenvolvimento de Inovação Educativa (IDIE), responsável pela realização do trabalho, que analisou 60 projetos.

Inovadores. De Belo Horizonte, o projeto Cartografias de Sentidos nas Escolas usa internet, celular, audiovisual e videogames para construir um mapa sensorial da cidade que traz depoimentos de seus habitantes, seus sons e cores característicos.

Na experiência de Petrópolis (RJ), os alunos desenvolvem o raciocínio lógico à medida em que aprendem linguagens simples de programação. O projeto trabalha, ainda, com as novas profissões digitais por meio da simulação de uma empresa multimídia e produz materiais pedagógicos para a escola e outros interessados usarem.

O desenvolvimento e a implementação de um sistema de experimentação remota, na área de física, com acesso livre via Web, é o projeto desenvolvido em Araranguá (SC).

Cem mil alunos, 3.738 professores e 1.889 escolas da rede estadual participam, em Recife e no Rio de Janeiro, da Olimpíada de Jogos Educacionais. A competição colaborativa envolve desafios com games e enigmas e acontece dentro do ambiente digital.

Após todas as fases da competição, as equipes que fizeram mais pontos entre todas as escolas, separadas por nível médio e fundamental, disputam a grande final. Esse evento pode ser on-line ou presencial.

13 de Junho, um monumento à paz

JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

Como faço a cada ano, homenageio de novo o dia 13 de junho. Não para celebrar a guerra, mas para reverenciar mártires, herois ou não, nem mocinhos, nem bandidos, nem vencedores ou perdedores, todos vítimas do absurdo que é a guerra, qualquer guerra. 13 de Junho lembra o maior dos sacrifícios vividos pelos cuiabanos e paraguaios. Já foi matéria escolar, mas hoje quase ninguém sabe que o maior conflito das Américas ocorreu aqui na América do Sul, e que Cuiabá pagou caríssimo por ele. A Guerra do Paraguai reuniu Brasil, Argentina, Uruguai e interesses ingleses contra o Paraguai, na época o país mais poderoso na América Latina. E Mato Grosso foi o principal palco dessa tragédia.

Na Guerra do Paraguai, um dos momentos épicos protagonizado pelos cuiabanos foi o da Retomada de Corumbá, a 13 de Junho de 1867, cidade então mato-grossense e que havia sido apoderada pelos paraguaios. Organizados pelo presidente do estado Couto Magalhães e comandados pelo então capitão Antônio Maria Coelho os cuiabanos foram lá, desafiaram o maior poder bélico do continente e retomaram para o Brasil a importante cidade, num “fato heroico exclusivamente cuiabano”, conforme nos ensina Pedro Rocha Jucá. Só com forças militares locais, acrescidas de voluntários, sem ajuda de fora.

Infelizmente, a história não parou na Retomada. As tropas retornaram à Cuiabá contaminadas com varíola. A epidemia tomou conta de Cuiabá, matando mais da metade de sua população. Segundo Francisco Ferreira Mendes, em cada casa havia ao menos um doente, e “a cidade ficou juncada de corpos insepultos, atirados às ruas, cuja putrefação impestava mais a cidade com a exalação produzida pela decomposição. Determinou o governo a abertura de valas e a cremação de cadáveres no campo do Cae-Cae, medida que se tornou ineficaz. Não raro eram vistos cães famintos arrastando membros e vísceras humanas pelas ruas”.

13 de Junho deve lembrar sempre a epopeia de bravura e dor de um povo humilde, mas determinado. A história de gente de carne e osso, cujos descendentes andam aí pela cidade em seu dia-a-dia, sem lembrar que nas veias levam o valoroso sangue de seus bisavós, o mesmo que vem bravamente construindo e defendendo Mato Grosso e o país por quase três séculos. Hoje, no Cae-Cae nenhuma homenagem. A cidade cresceu e abraçou o campo santo. Dizem que queimada pelas velas desapareceu a cruz que ainda existia ano passado. Resta a igrejinha onde as missas dominicais são “pela intenção dos bexiguentos”, embora a maioria dos fiéis nem saiba mais do que se trata.

Como sede da Copa do Pantanal em 2014, Cuiabá e Mato Grosso mais uma vez serão palco de um megaevento internacional, agora pacífico. A Avenida 8 de Abril é um dos principais acessos ao novo Verdão e sua interseção com a Ramiro de Noronha e Thogo Pereira é um ponto crítico a ser solucionado, até como alternativa de ligação direta entre as Avenidas Miguel Sutil e XV de Novembro. Esse projeto urbanístico poderia abranger a contígua Praça do Cae-Cae, compondo uma nova capela em uma nova praça, e nesta um monumento à paz - à paz platina e à paz mundial - homenageando os herois e mártires de todas as guerras, de todos os lados, em nome de nossos irmãos e hermanos, da polca e do rasqueado, do guaraná e do tereré, vítimas de uma mesma tragédia que precisa ser lembrada para jamais ser repetida. Sei que o assunto conta com simpatias na Agecopa, na Secretaria Estadual de Cultura com o historiador João Malheiros, e que também vem sendo avaliado com carinho pela paróquia local. Seria mais uma atração turística no coração sul-americano, e palco para uma cerimônia internacional pela paz no mundo, em plena Copa do Pantanal. Por que não?

*JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS, arquiteto e urbanista, é professor universitário

joseantoniols2@gmail.com

Cuiabá adere à ‘Marcha pela liberdade de expressão'

Deu na Folha do Estado/MT

Cuiabá está inclusa na manifestação da “Marcha da Liberdade de Expressão”, que será realizada mais de 30 cidades, no sábado (18). O evento ganhou força após a repressão policial contra a caminhada de liberação da maconha, em São Paulo.

A marcha havia sido proibida em várias cidades brasileiras pela Justiça Federal em anos anteriores, conforme consta no relatório do ministro Celso de Mello (STF), que considera o direito constituído por lei, da liberdade de expressão, encaminhado ao Supremo.

A Justiça alega que é crime qualquer apologia ao uso de drogas, mas a livre manifestação de pensamento, em uma Marcha organizada é também direito do cidadão em uma sociedade que se diz democrática, não podendo o governo inferir em ações como tais.

Entretanto, a “Marcha pela Liberdade” abrange o debate de outros setores sociais, que passam por problemas, como a atual greve dos professores, a crise nos bombeiros, o kit antihomofobia do MEC, crise no sistema público de saúde, o desmatamento desenfreado após a proposta do Novo Código Florestal, e vários outros.

Em Cuiabá, a Marcha da Liberdade de Expressão possui um grupo no Facebook com mais de 1000 membros. O ponto de encontro para a concentração será em frente a prefeitura na Praça Alencastro às 15h subindo às 17h em direção à praça 8 de abril em frente ao restaurante Choppão.

Os grupos são formados livremente, quem se interessar em defender alguma ideia pode se juntar a Marcha da Liberdade de Expressão. Este movimento é construído de forma a atender as necessidades dos envolvidos, que se organizam através dessas redes sociais e com encontros, e debatem a melhor forma de ir às ruas com segurança e com clareza na defensa de suas ideias.

DEBATE

Não se trata de pregar a liberação do uso de drogas ou o que quer que o valha. Trata-se sim de discutir o assunto com maturidade. Ao ler a entrevista de Fernando Henrique Cardoso à Mônica Bergamo (FSP em 29 de maio de 2011) vemos como a posição do ex-presidente soa como um caminho do meio. Ele é a favor da descriminalização de todas as drogas.

Não é liberou geral, mas sim uma mudança do enfoque criminal para o de saúde pública. É certo que não temos a maturidade holandesa para permitir que o individuo se mate se quiser. Mas temos o exemplo português que vem de certa forma vencendo as drogas através de uma abordagem social e de saúde pública.

Esperamos que o debate seja permitido. Que as pessoas tenham o direito de dizer o que pensam. e que os governantes, em especial, os legisladores avancem na questão ampliando o debate através de audiências públicas de fato, com a convocação da sociedade em geral.

Não devemos nos ater às drogas, mas a união homoafetiva, cartilhas do MEC, aborto, código florestal, estado laico, reservas indígenas, e tantas outras questões polêmicas que parecem surgir apenas para desestabilizar a disputa política entre conservadores e liberais.

Municípios terão recursos para construir creches e quadras

O governo federal vai liberar recursos a 358 municípios para a construção de 360 unidades de educação infantil e a 180 para a instalação de 220 quadras poliesportivas. Será o quarto repasse deste ano para tal fim, como previsto na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Foram contempladas cidades com até 50 mil habitantes.

Para receber os recursos, os gestores de cada município precisam formalizar contrato com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Neste primeiro semestre, 827 municípios foram selecionados para erguer 1.216 unidades de educação infantil; outros 415, para receber 674 quadras.

O FNDE põe à disposição das prefeituras dois projetos de escolas de educação infantil. O tipo B tem capacidade para 240 crianças até cinco anos de idade, em dois turnos. São oito salas pedagógicas, sala de informática, cozinha, refeitório, pátio coberto, secretaria e sanitário para pessoas com deficiência, entre outros ambientes. O tipo C, que atende 120 crianças, também em dois turnos, tem quatro salas pedagógicas e os mesmos espaços previstos no tipo B.

Os recursos podem contemplar também projetos dos municípios, desde que atendam os padrões de qualidade exigidos pelo FNDE. No caso da quadra de esportes, o projeto é único e obrigatório.

A relação dos municípios contemplados consta da Resolução do FNDE n.º 29, do dia 9 último, publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (10), seção 1, páginas 27 a 30.

Vera Cruz vai cortar parte das atividades do programa de EJA

Por Carlos Lordelo

O encerramento de parte das atividades do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Vera Cruz, na zona oeste de São Paulo, surpreendeu alunos e professores da instituição. No fim de maio, eles foram avisados da suspensão imediata dos módulos que correspondem ao ciclo 2 do ensino fundamental.

O Ilha de Vera Cruz, projeto de ação comunitária da escola que oferece o EJA, diz que o objetivo é cortar gastos e garante que todos os alunos dos módulos serão encaminhados para outra instituição de ensino. “Temos uma estrutura enorme e atendemos a poucas pessoas. Preferimos investir na alfabetização”, afirma a coordenadora do Ilha, Jussara Ferreira Paim.

Prestes a completar uma década de existência, o Ilha abre duas turmas de alfabetização por ano. Ao final de três anos de aulas, os alunos fazem cinco módulos, cada um com duração de um semestre. Ao fim desses 5 anos e meio de atividades, o adulto recebe certificado de conclusão de ensino fundamental.

Jussara diz que as turmas de alfabetização têm em média 35 alunos por sala. Os módulos, por sua vez, não chegam a 30 estudantes no total. “Vamos fazer uma transferência adequada de todos os alunos e, paralelo a isso, abrir uma terceira turma de alfabetização.”

Mas o fim imediato dos módulos incomoda a alunos como o eletricista Cláudio Luiz Vieira, de 40 anos. Ele entrou no Ilha este ano e está no módulo 2. “Fiquei 25 anos sem estudar. De repente, quando começo a gostar da escola, me dizem que não vou continuar aqui. Estou desanimado.”

Na escola, só são contratados os dois professores das turmas de alfabetização. Todos que ensinam nos módulos são voluntários, que defendem a extinção parcial do curso. “Foi um processo muito mal conduzido, fugiu totalmente do conceito de projeto social. Querem ajudar as pessoas, mas estão cortando a possibilidade de elas continuarem os estudos”, reclama uma professora de matemática que preferiu não se identificar.

IFMT abre inscrições para cursos subsequentes nos campi Cuiabá e Bela Vista

Redação 24 Horas News

O Instituto Federal de Mato Grosso abre inscrições no período de 15 a 26 de junho para o Exame de Seleção 2011/2 para ingresso no segundo semestre do ano letivo de 2011 nos cursos técnicos subsequentes, nos seguintes Campi: Cuiabá – Octayde Jorge da Silva (antigo Cefet-MT) e Cuiabá – Bela Vista. São ofertadas 370 vagas. Para se inscrever é necessário ter concluído o terceiro ano do Ensino Médio. As inscrições são feitas no endereço eletrônico: http://selecao.ifmt.edu.br/.

No preenchimento do formulário de inscrição, o candidato deverá ter em mãos o número do CPF, da cédula de identidade ou documento equivalente, oficial, com foto, de validade nacional. No entanto, se essa documentação tiver sido extraviada, o candidato terá que protocolar no Campus para o qual se inscreveu uma cópia do Boletim de Ocorrência Policial. Se não o fizer, não terá sua inscrição confirmada.

Para se inscrever o candidato deve preencher o questionário eletrônico, imprimir o boleto bancário e, a seguir, recolher o valor de R$ 30,00 reais referente à taxa de inscrição. O pagamento da taxa será efetuado somente em dinheiro e deverá ser feito preferencialmente no Banco do Brasil.

Não serão aceitos, em hipótese alguma, recolhimentos do valor de inscrição efetuados pelas seguintes opções: agendamento de pagamento de titulo de cobrança; pagamento de conta por envelope; transferência eletrônica; DOC e DOC eletrônico; ordem de pagamento e depósito comum em conta corrente ou outra modalidade que não seja pagamento em espécie.

O pagamento da taxa de inscrição será efetuado até dia 27 de junho de 2011, observado o horário normal de funcionamento bancário. A confirmação da inscrição estará efetivada somente após o pagamento do boleto bancário correspondente à taxa e à sua devida confirmação da rede bancária.

Peru se declara livre do analfabetismo

Redação 24 Horas News

A pouco mais de um mês de deixar o poder, o presidente do Peru, Alan García, avaliou que ontem (13) foi um dia “decisivo e histórico” para o país. García afirmou que o Peru “está livre” do analfabetismo. "Esta é uma etapa maravilhosa na justiça social", afirmou. Segundo ele, nos últimos anos o número de peruanos alfabetizados chegou a 1,7 milhão, dos quais 70% são mulheres.

Porém, o presidente se disse preocupado porque cerca de 550 mil novos alfabetizados estão desempregados. De acordo com analistas políticos e econômicos, um dos principais desafios de Ollanta Humala, sucessor de García, é a falta de emprego no Peru e o elevado percentual de pobreza no país – aproximadamente 30% da população são considerados na faixa de pobreza.

No entanto, García se concentrou na conquista da redução de analfabetismo do país. O presidente afirmou que a queda para menos de 4% é uma das exigências internacionais. De acordo com ele, é uma ação de "justiça social". "Nós somos livres, como diz o nosso hino, mas a partir de hoje estamos livres do analfabetismo, que excluiu, oprimiu e torturou milhões de peruanos ao longo de nossa história", disse.

De acordo com os dados do governo, em 2006, a taxa de analfabetismo era 11% e agora foi reduzida para menos de 4%. O presidente agradeceu o apoio dado por “milhares de educadores” ao projeto. Os participantes dos cursos tiveram mais de 270 horas de estudo.

Durante a cerimônia, na sede do governo do Peru, María Huamaní Martinez, da cidade de Apurimac, uma das mulheres alfabetizadas, disse que estava feliz pela “oportunidade de ler e escrever”. Em seguida, García levantou a bandeira com a inscrição "Peru livre de analfabetismo".

As informações são da Presidência da República do Peru.

MT- Professores contratados para educação especial sofrem discriminação salarial

O tratamento dispensado aos trabalhadores da educação que atuam nas escolas para alunos portadores de necessidades causou indignação à direção central do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT). Diante da situação encontrada na Escola Estadual de Educação Especial Luz do Saber, em Várzea Grande, o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira, encaminhou ofício ao promotor de Justiça, Miguel Slhessarenko Júnior, do Ministério Público Estadual (MPE), com as reivindicações desta escola que traduzem o cenário da educação especial em Mato Grosso.

Na sexta-feira (10), Gilmar Soares esteve na Escola Luz do Saber e recebeu um documento com as reivindicações dos professores contratados. Eles denunciaram a retirada de conquistas que prejudicam fortemente o atendimento dos alunos.

"O fato é que o Governo de Mato Grosso tem praticado um modelo de contrato temporário reduzido para com os professores contratados, mas que ganha contorno de dificuldades ainda maiores quando relacionado aos que atuam nas escolas que atendem alunos portadores de necessidades especiais", diz Gilmar Soares no documento encaminhado ao promotor de Justiça.

Em 2010, os professores eram contratados com jornada de 30 horas. No entanto, neste ano eles foram contratados por apenas 20 horas, denuncia. "São vários os prejuízos decorrentes desta medida administrativa que contraria a necessidade de dedicação exclusiva destes profissionais e sua necessária subsistência financeira", completa o sindicalista.

O presidente do Sintep sugere ao promotor de Justiça uma visita à escola Luz do Saber para sentir in loco as dificuldades dos trabalhadores da educação. Lembra ainda que no caso dos contratos temporários, em Mato Grosso "o direito previsto em lei das horas de trabalhos pedagógicos (horas atividades), não é assegurado aos contratados. Isto acarreta uma sobrecarga de trabalho com alunos e também uma carga triplicada de atividades extrassala como pesquisa, planejamento e avaliação em que o professor contratado temporariamente não é remunerado por tal trabalho. Este tema inclusive, é ponto da nossa pauta de reivindicação junto ao governo do Estado".

No documento, o presidente do Sintep/MT pede o apoio do Ministério Público Estadual (MPE) ao movimente grevista da categoria. "Como estamos em greve também por este ponto, vimos solicitar apoio do Ministério Público para que este item, em específico o atendimento dos profissionais contratados nas escolas de educação especial, possa ser atendidos de imediato pelo Estado e os demais de forma progressiva e em médio prazo."

"O Sintep/MT tem denunciado os prejuízos que a educação pública vem sofrendo em nosso Estado. A retirada de recursos é constante, o que tem impedido de se avançar na condição de atendimento da demanda educacional e na valorização profissional", diz o sindicalista no ofício. "Foram mais de 300 milhões de reais retirados da educação pela não aplicação dos 25% constitucionais do IRRF entre 2004 e 2010; outros 50 milhões de reais deixaram de ser aplicados na educação em 2010 pela política de compensação de dívidas no Estado; outros milhões de reais deixam de ser aplicados todo ano em educação, porque o governo do Estado não cumpre o artigo 245 da Constituição Estadual que resguarda a educação das políticas de isenção e renúncia fiscal; em 2010 a educação perdeu outros 70 milhões de reais com o pagamento de aposentados com recursos da MDE - Manutenção e Desenvolvimento do Ensino. Para 2011, serão retirados da educação mais 110 milhões de reais para este mesmo fim", denuncia.

UFMT pode parar

Nesta quarta (15), às 14h, os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizam assembleia geral, convocada pela Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), para definir um indicativo de greve. O objetivo é reivindicar aumento salarial e melhores condições de trabalho.

Os docentes da universidade alegam que alguns motivos trazem à tona a necessidade de discutirem sobre uma possível paralisação. De acordo com a Adufmat há uma falta de diálogo com o governo Federal, o que há 12 anos não se resolve a situação dos professores.

Segundo informações do sindicato há uma medida provisória, aprovada na última quarta (8) no Congresso Nacional, autorizando a admissão de professores temporários nas universidades federais, o que a categoria entende como precarização de contratos e perda de direitos trabalhistas.

Da Redação com assessoria

MT- Festival de Livros é boa pedida para o sábado

A 9° edição do festival de livros Tanta Tinta/Carlini & Caniato, acontece no próximo sábado (18), das 8 às 14h, no espaço cultural Casa Ferraz. No evento serão lançados seis livros que representam o potencial e a diversidade da indústria editorial de Mato Grosso. Além do lançamento dos livros, o festival terá também audições de violão, viola de cocho e contrabaixo e, para acompanhar um brunch ao estilo regional. A entrada é gratuita.

Entre os lançamentos, estão quatro obras inéditas do escritor mato-grossense Ricardo Guilherme Dicke. Um livro de arte bilíngue do fotógrafo Laércio Miranda e o último do ficcionista Romulo Nétto.

Guilherme Dicke

Escritor brasileiro, natural do município de Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá), Dicke faleceu no ano de 2009. O escritor foi projetado nacionalmente em 1968 ao vencer um dos principais prêmios das letras brasileiras (Walmap), com “Deus de Caim”. O concurso teve entre os jurados Jorge Amado e Guimarães Rosa, que apontou o autor mato-grossense como uma revelação que chegava para agitar a criação literária nacional. Além desse prêmio, Dicke conquistou vários outros a nível nacional, tendo o pleno reconhecimento dos especialistas na arte da escrita. Deixou mais de dez livros publicados. O romance “Cerimônias do Sertão”, a novela “Os Semelhantes”, o livro de contos “A proximidade do mar & A Ilha” e “O Velho Moço e outros contos”, são obras que revelam a consistência de uma escrita única, que ainda precisa ser mais conhecida e estudada.

Laércio Miranda

Fotógrafo há 30 anos, apaixonado pelas causas ambientais, indígenas e dos povos da floresta, Laércio Miranda já atuou grandes veículos nacionais e em publicações internacionais – México, Peru, estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. No livro “Cores em Mato Grosso – gentes e paisagens”, Miranda destaca suas fotografias produzidas no estado de forma surpreendente, explorando toda diversidade, povos, culturas e as belezas naturais mato-grossenses. A obra surpreende pelo registro da pluralidade do Estado.

Romulo Nétto

Prosador singular, trabalhou durante anos na Universidade Federal de Mato grosso (UFMT), atualmente se dedica à criação literária com unhas e dentes. Seu estilo é envolvente e o revela um profundo observador da alma humana. “Romulo Nétto desponta como um dos talentos da Literatura Brasileira produzida em Mato Grosso, tendo seus livros lidos e respeitados por todo o Brasil. Surpreendeu personalidades como Cristovão Buarque, com o seu `Não Fala Comigo!´, que trata da causa do autismo e suas consequências para uma família, de forma amena, alegre e realista. A obra retrata a história de um casal prosador singular no sertão brasileiro, que com sua simplicidade e grande sabedoria e sensibilidade, soube derrubar obstáculos, não permitindo à amargura do sofrimento privá-los de amarem e serem amados pelo filho que, em sua diferença, conseguiu quebrar o gelo da desconfiança e os grilhões do preconceito. Este é o décimo-primeiro livro de Romulo Nétto.

O evento é organizado pela Editoria Carlini & Caniato Editorial, que vem se despontando como uma das principais editoras regionais ao apoiar a Literatura produzida em Mato Grosso.

Da redação com assessoria

MT- Ceja de Juara realiza projeto Mãos à Arte

O Centro de Educação de Jovens e Adultos José Dias (Ceja), do município de Juara (730 km de Cuiabá), promove durante o ano letivo de 2011, a 5ª edição do projeto cultural Mãos à Arte, com o tema “Por uma cultura de paz”. O objetivo é despertar no estudante o interesse pela diversidade cultural no Ano Internacional dos Afro Descendentes, comemorado em 2011.

Na oportunidade estarão discutindo a lei nº10. 639/2003, que prevê a ampliação das contribuições dos povos negros, nos campos social, econômico e político. Ainda este mês (junho) debaterão sobre o Estatuto da Igualdade Racial e a divisão de estudos por área de conhecimento.

Segundo os coordenadores do projeto, professores Altair Sofientini e Thiago Bezerra, “o Ano Internacional tentará fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africanos. A iniciativa também quer promover o respeito à diversidade e herança culturais”, afirmam.

As palestras e ações culturais serão finalizadas em setembro, no encerramento do projeto. A expectativa dos coordenadores é que após as atividades ocorra a diminuição da discriminação racial e a eliminação do preconceito em relação aos afro descendentes. “Nosso objetivo maior é o de que os estudantes possam ser agentes na construção de uma sociedade mais justa e igualitária que contribua para o processo de superação da discriminação e do preconceito”, concluem. (com CEJA)

Assessoria/Seduc-MT

MT- Diretores de Cuiabá e VG participam de workshop do programa Amigos da Escola

Diretores de 48 unidades da rede estadual de ensino de Cuiabá e Várzea Grande participaram do workshop sobre o "Programa Amigos da Escola". O evento, promovido nesta terça-feira (14.06), no Hotel De Ville, em Cuiabá, foi organizado pela Rede Globo com os parceiros, Instituto Faça Parte e a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT). Na apresentação foram focados três pontos fundamentais do projeto. O envolvimento da comunidade em ações que fortaleçam o ensino e aprendizagem, a valorização do espaço educativo e o incentivo ao respeito coletivo.

A secretária adjunta de Políticas Educacionais da Seduc, Fátima Resende apoia o projeto por pontuar o engajamento de práticas que possibilitem a melhora da educação e fortaleçam o trabalho desenvolvido. “Nós ainda nos deparamos com índices que precisam ser melhorados e em Cuiabá nós temos uma rede de trabalho com qualidade de parceiros para celebrar um plano de ação que sensibilize a todos pela qualidade da educação”.

Atuar em parceria com a comunidade é uma prática adotada em Mato Grosso por meio do Escola Aberta. O projeto possibilita atividades gratuitas voltadas à sociedade com colaboração de membros externos na escola, todos os fins de semana. No total, 61 unidades da rede estadual de nove cidades mato-grossenses desenvolvem essa ação.

O voluntariado é uma prática na Escola Estadual Malik Didier, no bairro Pedra 90, em Cuiabá. “Nós abrimos de segunda a segunda o laboratório de informática, com 36 máquinas para as práticas tecnológicas. Nós não enfrentamos problemas com o vandalismo ou ações criminosas. Estamos inseridos em um bairro conhecido pelo histórico de violência, mas as ações como o Escola Aberta, o Amigos da Escola, o Mais Educação, ajudam a mudar o cenário. Todos acabam se sentindo responsáveis pelo espaço e zelam por ele”, relata a diretora da unidade, Sérgia Eliana Novaes da Silva.

Para a coordenadora nacional do programa Amigos da Escola, Denise Martinez, o objetivo é deixar um legado. "Queremos fomentar nas pessoas o desenvolvimento de práticas voltadas para educação. Nosso projeto evoluiu, nossas parcerias cresceram. A educação é um agente de transformação", diz. Ela informa que as boas práticas desenvolvidas no ambiente escolar integrarão a programação das retransmissoras da Globo. “A tevê é um grande veículo de comunicação de massa e serve a esse propósito”, finalizou.

Guilherme Luis da Costa, supervisor/monitor do Programa Escola Aberta e técnico da Coordenadoria de Projetos Educativos da Seduc-MT, avalia que o Amigos da Escola é executado com ações pontuais e, a partir de agora, com o detalhamento das ações para os diretores de Cuiabá e Várzea Grande as estratégias de articulações possibilitarão a expansão e o fortalecimento do projeto.

“Quando existe o comprometimento da família a educação é fortalecida”. A frase é de Aluísio da Faria de Gonçalves, coordenador da área de Ciências da Natureza do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Almira Amorim.



PATRÍCIA NEVES
Assessoria/Seduc-MT

Lendo e relendo os pressupostos pedagógicos de Nóvoa

•Por Iza Aparecida Saliés

O tema abordado pelo autor a ser discutido neste texto é sobre os “Desafios do trabalho do professor no mundo contemporâneo” dentre as citações realizadas durante a apresentação, ele, destacou a importância do bom professor para a sociedade, nada substitui esse profissional. E diz que, os professores precisam fazer um exercício de grande humildade, enquanto profissionais da educação.

Para o autor a escola deve ser centrada no aluno, todos nós partilhamos essa idéia, mas, defendeu também que a escola de ser centrada na aprendizagem, considerando que atualmente, na escola, há um excesso de missões.

O reflexo da sociedade emergente foi aos pouco sendo lançando para dentro da escola, atribuindo a ela muitas tarefas, tanto para a gestão escolar como para os professores, na gestão do ensino, sem perceber o espaço escolar passou a ser uma extensão da comunidade, atrapalhando suas funções, dificultando a defi¬nição de prioridades e caracterizando tudo como de fundamental importância.

Há muitas escolas trabalhando sem foco, são instituições distraídas, dispersivas, são incapazes de definir estratégias claras em seus Projetos Político Pedagógicos. Quando são definidas as ações no Projeto Político Pedagógico a escola tem dificuldade de priorizar, estabelecer sua missão. Será que a escola vai conseguir realizar tudo?

O autor chama de “transbordamento” essas atribuições impostas pela sociedade e a comunidade que parecem importantes, mas que precisam ser analisadas para não dispersar a prioridade principal dos docentes, que é a aprendizagem dos alunos.

Historicamente a pedagogia moderna chega para mexer com os paradigmas do sistema de ensino, que transforma o aluno como centro das discussões pedagógicas. E atualmente discute-se a centralidade das questões pedagógicas com foco no aluno, na aprendizagem e no conhecimento. Sabemos que a aprendizagem está relacionada ao aluno, então, estamos dizendo que como pessoa, precisa ser considerada o seu desenvolvimento, o seu bem-estar. Para que aprendizagem aconteça há necessidade de que haja o conhecimento.

Precisamos fortalecer a escola com foco na aprendizagem, o aluno e o conhecimento são de fundamental importância para o processo ensino e aprendizagem. A aprendizagem não acontece sem aluno, sem considerar as referências às suas subjetividades, sem considerar os seus contextos sociais, suas sociabilidades, ou seja, o seu contexto de realidade.

Segundo o autor, a aprendizagem não acontece sem o conhecimento e sem a aprendizagem desses conhecimentos, ou seja, sem o domínio dos conhecimentos científicos das respectivas disciplinas escolares. Esse conhecimento, só pode acontecer via escola, sem dúvida, o espaço que temos para constituir a sociedades do conhecimento, capaz de acompanhar o desenvolvimento contemporâneo.

Faz-se necessário inovar a aprendizagem, introduzir novas ciências, nas práticas escolares. A peda¬gogia e o trabalho do professor estão ainda muito fechados para as novas ciências, para as tecnologias. O novo modelo de sociedade exige da escola inovações nas práticas pedagógicas e nas discussões curriculares.

Os profes¬sores precisam, com urgência, estudar, pesquisar novas áreas de conhecimento científico que fazem parte da ciência da educação, são teorias necessárias e estimulantes e que deslumbram saberem específicos servindo de aporte teórico aos conhecimentos formais necessários para a aprendizagem do aluno.

Tudo permeia o conjunto de saberes necessários para que o professor possa abordar com propriedade questões de comportamento, sentimento, sociais e da aprendizagem, são temas que estão no dia-a-dia da escola, do professor que nós ainda não sabemos lidar com ele no contexto da nossa prática na sala de aula.

Considerando que a aprendizagem é complexa que permeia diferentes caminhos para se constituir e depende fundamentalmente dos aspectos cognitivos, emocionais e sociais do aluno, não há como instituir um currículo de ensino que não esteja respaldado nos aspectos atuais de respeito à diversidade cultural, social econômica, política e de saberes constituídos pelos alunos (fora da escola). Esse currículo está posto para as escolas, mas, ainda em forma de concepção teórica, conceitual, havendo necessidade de uma longa caminhada de formação para os professores, na perspectiva dos novos paradigmas pedagógicos.

Ao defender a escola centrada na aprendizagem, o autor diz que essa escola precisa ser menos “transbordante”, mais direcionada, precisa saber fazer, inevitavelmente: deve haver um pata¬mar comum de conhecimentos. É importante que as crianças saiam da escola com um patamar comum de conhecimentos para que todos possam estar nas mesmas condições de conhecimento.

Dessa forma, estaremos de fato oferecendo uma escola capaz de conduzir o desenvolvimento do seu currículo com clareza das necessidades e demandas da sua clientela e preparando os alunos para esse novo modelo de sociedade do conhecimento.

Essa é a escola que precisamos



Fonte: http://www.webartigos.com/articles/66182/1/-Lendo-e-relendo-os-pressupostos-pedagogicos-de-Novoa-/pagina1.html#ixzz1PGMXVzF4

Um caso:Adolescente sem atitude

Iza Aparecida Saliés

Não é regra, mas está deixando às pessoas assustadas a atitude dos adolescentes, parecem desconectados da realidade, agem sem interesse e descompromissado, estão quase sempre desligados.

Por que estou abordando isso? Passeando com uma adolescente, tivemos necessidade de verificar um endereço, como não conhecíamos o lugar precisamos de orientação para achar o endereço correto. Confiante na adolescente que está fazendo o Ensino Médio apostou que ela teria conhecimento dos aspectos geográficos básicos, para saber andar em uma cidade, bairro ou lugarejo.

Para minha surpresa a adolescente não foi capaz de localizar o itinerário que precisávamos fazer mesmo como mapa que o meu sobrinho fez para nós, ela não consegui decifrar os rabiscos que estavam no bilhete o que chamamos de mapa. Então fiquei pensando, o que esses adolescentes estão estudando no Ensino Médio, que tem como finalidade preparar para a vida?

Será que os adolescentes estão na fase de ser preparados para a vida? Será que a escola não está sonegando o direito que o adolescente tem de curtir a vida, a fase, os amigos, o grupo?

Vejo certo desinteresse dos adolescentes frente às atitudes corriqueiras que precisam ser trabalhadas pela família e pela escola, mesmo com o universo de possibilidades de informações, ajuda e colaboração, em muitos casos são informações duvidosas, sem detalhes, expressando uma orientação aleatória, desprovida de fundamentação teórica, ou seja, de conhecimento construído na escolarização.

A postura da adolescente provocou a seguinte indagação, como um adolescente utiliza os conhecimentos escolares frente a uma situação problema? O que é o conhecimento formal para um adolescente? Essa pergunta nasce da necessidade de entender como um adolescente visualiza a relação do conhecimento escolar com as necessidades práticas da vida do próprio adolescente.

Partindo desse pressuposto, a escola ocupa um espaço sem muito significado para o adolescente, parece que a escola ensina coisas totalmente fora do contexto da vida deles, ou seja, o conhecimento escolar não significa muito para eles, parece que serve apenas para o vestibular. Em muitos casos, eles não sabem colocá-los em ação, na hora que precisa. Parece que esse conhecimento só tem utilidade enquanto estou na escola preparando para o Enem, não são associados à realidade.

Percebi que os adolescentes estão realmente desconectados da realidade, não estão preparados para a vida, apesar de sabem utilizarem as tecnologias como ninguém, mas, reconstruir conceitos a partir dessa informação e transformá-lo em conhecimento parece ser muito difícil para eles.

Um Ensino Médio que não prepara o adolescente para saber localizar o espaço geográfico, orientar o tipo de transporte que precisa utilizar como explorar uma visita ao museu, essas são atividades básicas e primárias do conhecimento.

Parece coisa pequena, insignificante, porém, bastante relevante, são conhecimentos que com certeza a escola trabalhou como conteúdo e não foram utilizados adequadamente.

E como utilizá-lo na prática? Houve falha no processo?

Ainda falando sobre a adolescente, ao passear a um museu, quando entramos no recinto, tínhamos que pagar a entrada, então perguntei, onde estava sua carteira de estudante? O que lhe dava o direito ao desconto de 50% do valor do ingresso, então ela disse, que esse documento não tinha importância, portanto não levou junto com os demais documentos.

Espantei com a colocação da adolescente, firme na teimosia disse não saber que era preciso usá-lo. Pelo que sei segundo a tradição escolar a carteira de estudante é a identidade do aluno.

Se o estudante não conhece a importância que tem um documento de identidade estudantil, ou seja, um documento que a ocupação da pessoa no momento, como também, oferece benefícios, então, a escola precisa rever suas orientações.

Quem entra na escola não pode sair dela sem saber que tem identidade estudantil. Dominar conteúdos, informação e internet não são suficientes para a formação dos adolescentes, precisamos ensinar os estudantes a saberem fazer a articulação entre teoria e prática de vida.

Então onde está o Ensino Médio que constrói a identidade do adolescente? Onde está a escola necessária para a vida dos adolescentes? De quem é o papel de orientar sobre a importância de um documento de identidade para o estudante? A família? A escola?

Uma coisa eu percebi, os adolescente, estão com pouca iniciativa, muita informação em idiomas e internet, grupos, tribos, porém suas as atitudes são desprovidas de desenvoltura, de interesse de curiosidade, parecem agir como robôs programados para fazer só que a eles interessa.


Fonte: http://www.webartigos.com/articles/67161/1/-Um-caso-Adolescente-sem-atitude-/pagina1.html#ixzz1PGLUNOXb

Quase 90% dos jovens têm orgulho de ser brasileiros

Geração “sonhadora” quer “oportunidade para todos”

R7

Um estudo inédito divulgado nesta segunda-feira (13) em São Paulo mostra que 9 em cada 10 jovens (89%), com idades entre 18 e 24 anos, têm orgulho em ser brasileiros. De acordo com o levantamento, que ouviu mais de 3.000 pessoas de 173 cidades do país, a geração atual é "sonhadora" - segundo avaliação de 34% dos entrevistados - e otimista em relação ao futuro do Brasil (75%).

A pesquisa Sonho Brasileiro, que levou mais de um ano para ser concluída, revela também que os jovens brasileiros querem transformar o mundo em um lugar melhor: 90% disseram querer exercer uma profissão que ajude a sociedade; 28% sonham com "oportunidades para todos"; 18% desejam menos violência; e 13% almejam o fim da corrupção.

Entretanto, diferentemente do que ocorria nos anos 1970 - quando o Brasil vivia a ditadura militar -, os jovens de hoje sabem que podem trabalhar por uma causa coletiva e buscar seus sonhos pessoais, como avalia Gabriel Milanez, pesquisador da Box1824 (agência especializada em mapear tendências de comportamento), que realizou o estudo em parceria com o instituto Datafolha.

- Hoje, 50% dos jovens brasileiros se conectam mais com discursos coletivos que individualistas. [...] Isso mostra que o jovem concorda que tem um papel de transformar a sociedade, ou seja, ele entende que o que é mais aceitável socialmente é ser mais ‘coletivo'.

Isso ajuda a entender porque apenas 5% dos jovens elegeram como prioridade "ficar rico", e porque o sonho da casa própria está no topo da lista de somente 15%. Ao serem questionados sobre seus sonhos individuais, 55% dos entrevistados optaram pela educação e escolheram como prioridade "a formação profissional e emprego na área escolhida".

Grana e carreira

O modo como os jovens encaram a carreira é um dos principais "pontos de conflito" em relação à geração dos pais deles, quando a estabilidade financeira estava no topo da lista de desejos. Isso não quer dizer, porém, que os brasileiros perderam o desejo de conquistar dinheiro, apenas mostra que coisas como "realização pessoal" e preocupação social ganharam maior importância, observa Milanez.

- Nós saímos de uma geração muito preocupada com sucesso, estabilidade, em ficar rico logo, etc. Mas, se for pensar no contexto do país, nós tínhamos uma instabilidade econômica muito forte, então havia a noção de que era necessário, antes de tudo, sobreviver. [...] A partir do momento em que nós temos uma economia mais estável, é possível pensar em outros objetivos.

Enquanto 34 % dos jovens classificam a geração atual como "sonhadora", outros 31% a definiram como "consumista". Neste sentido, 91% disseram acreditar que as pessoas consomem mais do que precisam e 9% têm medo de ganhar muito dinheiro e ficar infelizes.

A percepção sobre o Brasil também mudou. Para a geração atual, o Brasil já não é mais o "país do futuro", e sim o país "do presente". Em cinco anos, porém, os brasileiros viverão no "país das realizações", como apostam 46% dos entrevistados.