quarta-feira, 15 de junho de 2011

Coordenadora defende que avaliação é um instrumento do aprendizado

luan.santos

Um dos temas mais debatidos nas pautas atuais de educação é a avaliação. Existe um método ideal? Como fazer para que a avaliação aproxime os alunos da escola e não os afaste? E onde fica a família? Estes são questionamentos comuns quando tratamos deste assunto. E em entrevista à A TARDE Educação, Gilmária Cunha, coordenadora de ensino e apoio pedagógico da Secretaria da Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Salvador (Secult), trata destas e de outras questões referentes à avaliação..

A TARDE Educação – Como a escola deve evitar que os alunos tenham baixo aproveitamento?

Gilmária Cunha – A escola é a principal responsável pelo processo educacional dos alunos. Tem que haver acompanhamento dos alunos. Este acompanhamento tem que ser feito ao longo do ano e não deixar para buscar soluções quando o ano letivo já estiver perto de seu final. É preciso promover ações que ajudem os alunos que têm mais dificuldades, como monitorias, colocar alunos que têm mais facilidade com determinado assunto para auxiliar aqueles que têm dificuldades.

A TARDE Educação – Como a família entra nesse processo?

Gilmária Cunha – No caso dos familiares seria ideal que participassem mais do processo de educação dos filhos, mas com o mundo de hoje, sabemos que isso é bem complicado e eles acabam jogando toda a responsabilidade para a escola. Os pais têm que acompanhar como andam os estudos dos filhos, as atividades de casa, ir à escola saber como está o rendimento deles, observar sua postura em casa.

A TARDE Educação – Os atuais métodos de avaliação criam um certo afastamento dos alunos em relação às escolas?

Gilmária Cunha – A escola tem que aproximar o aluno de si e não afastá-lo. Buscar problematizar temas que sejam do dia a dia dos alunos, de maneira a despertar o interesse deles pela escola. Por isso a avaliação tem que ser um elemento de avaliação mesmo, mas que avalie os alunos de maneira efetiva, não de maneira que os afaste da escola. Que avalie o aprendizado, não apenas faça

A TARDE Educação – Em que sentido você ver a avaliação como positiva e como negativa?

Gilmária Cunha – A avaliação é um instrumento que facilita e pode prejudicar. Negativa ela será quando for utilizada sem finalidade de aprendizado. Mas será positiva quando estiver estritamente ligada ao processo de educação.

Tem algum modelo ideal de avaliar os alunos?

Gilmária Cunha – Não existe um modelo definido, tudo dependerá da escola, do professor, dos alunos. A avaliação precisa ser bem elaborada, de maneira que atenda às habilidades dos estudantes, que avalie aquilo que estudaram. Deve ser de verificação da aprendizagem, servido para ver se a aprendizagem foi feita de maneira eficiente. Tem que contextualizar o aluno em seu espaço natural, onde ele vive. Ela tem que abarcar maiores instrumentos de avaliação, como teatro, textos, que o aluno possa aprender.

A TARDE Educação – Quais as medidas que a escola tem que tomar para ajudar os alunos nas necessidades que apresentarem durante o processo de ensino?

Gilmária Cunha – O aluno sempre pode ser recuperado durante o processo, cabe à escola saber lidar com os problemas. É necessário acompanhar os alunos durante todo o ano, não deixar para o final. Que a avaliação seja um instrumento de análise da situação do aluno. A escola tem que despertar o interesse do aluno. Tem que buscar métodos de avaliação o mais diversificados possíveis.

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