sábado, 26 de março de 2011

Dicas para o Professor - Pedagógica

Projetos: uma nova opção metodológica
Nas últimas décadas surgiram novas metodologias, na tentativa de qualificar o ensino. Com base nisto, este texto tem por objetivo abordar um tema muito atual em termos de organização do ensino, a fim de construir uma forma mais atraente e envolvente de realizar a prática pedagógica: o projeto.

Ao falar em projetos, penetramos numa das dimensões do planejamento: a mediação. Esta, por sua vez, contempla vários elementos, sendo a metodologia um deles. Etimologicamente, metodologia significa estudo de métodos . A palavra método vem do grego méthodos - de meta (pelo, através, fim) e hodós (caminho). Portanto metodologia é o modo, a maneira que o professor desenvolve uma atividade.

Escolher um método

O professor, ao elaborar e planejar sua ação concreta, necessita fazer escolhas entre as diversas metodologias: metodologia expositiva, por projetos, exposição dialogada, exposição provocativa, dialética de construção do conhecimento e dialógica. Ao lançar mão de uma metodologia para o desevolvimento de seu trabalho de sala de aula, o profissional de educação estará determinando o tipo de formação de seus alunos, alicerçado no paradigma da construção do conhecimento. A opção metodológica não é uma opção neutra.

Segundo o professor Sandro Cozza Sayão, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), “a opção metodológica contempla escolhas, tendo em vista nossa visão de homem, sociedade, conhecimento e educação”. Portanto nela está implícita a visão de mundo, a formação acadêmica do professor e sua ética comprometida com um processo de construção do conhecimento e não de mera reprodução.

Na nossa experiência da prática de estágio como acadêmicas da UCS, optamos pela metodologia por projetos, porque permite tornar o ensino mais significativo para o aluno e fazer ponte com as diversas disciplinas, ou seja, trabalhar interdisciplinarmente diversos conteúdos. A pedagoga Nilda Stecanella afirma que a metodologia por projetos permite propiciar a construção do conhecimento; o professor problematiza o sujeito, fazendo-o pensar, refletir e elaborar hipóteses.

Na atualidade, o espanhol Fernando Hernández é o grande defensor da metodologia de ensino por projetos. Ele diz que a “organização do currículo deve ser feita por projetos de trabalho, com atuação conjunta de alunos e professores.

As diferentes fases e atividades que compõem um projeto ajudam os estudantes a desenvolver a consciência sobre o próprio processo de aprendizagem”.

Estabelecer metas

O profissional de educação que deseja desenvolver o seu trabalho por projetos deve tomar conhecimento da estrutura que compõe o mesmo. Conforme Hernández, “estabelecer um objetivo e exigir que as metas sejam cumpridas, esse é o nosso papel”. Para todo trabalho educativo deve-se saber o que se quer, por isso é fundamental ter uma direção.

No decorrer do trabalho é importante fazer registros, comparações para verificar acertos e erros. Hernández diz que “todo o trabalho deve estar alicerçado nos conteúdos pré-definidos pela escola”.

Salienta-se, ainda, que todo projeto deva ter um desfecho. Pode ser a socialização do trabalho, uma exposição, um relatório ou qualquer outra forma.

Ao finalizar nosso projeto, constatou-se a satisfação de todos os envolvidos. Foi necessário dar continuidade, pois os próprios alunos trouxeram sugestões interessantes de atividades para o trabalho.
Nilce Tonús e Heloísa Maria Lessa,
professoras estaduais (EJA) e acadêmicas de Pedagogia na UCS,
Caxias do Sul, RS.
Endereço eletrônico: ntonus@ucs.br e hmlessa@ucs.br
Projeto Pedagógico publicado na edição nº 384, jornal Mundo Jovem, março de 2008, página 5.

Dicas para o Professor

Ateliê sobre gênero e sexualidade
Diante desta realidade, surgiu a necessidade de se trabalhar e discutir sexualidade e gênero - com alunos e professores - em sua forma mais ampla e pragmática, dando a todos a oportunidade de amadurecimento a respeito do tema abordado, favorecendo o desenvolvimento de suas habilidades, de forma lúdica e prazerosa.
Acontecendo na prática
O ateliê é a oportunização de estratégias que facilitem a abordagem do tema de maneira prática e cativante, garantindo a alunos e professores a construção/reconstrução de seus próprios conceitos de sexualidade e gênero, constando assim de três eixos centrais: 1) atividades e conteúdos ministrados na sala de aula que servirão para a discussão do tema; 2) criação do espaço humanescente; 3) por fim, a confecção de um jornal informativo. Estes eixos foram distribuídos em etapas.
1ª etapa: começa com a exposição aos alunos e equipe pedagógica da importância de ampliar as discussões sobre gênero e sexualidade, a fim de promover mudanças significativas em nossa sociedade e amenizar as desigualdades de gênero.
2ª etapa: levar para a sala de aula textos, músicas, filmes e documentários que trabalhem a temática. Músicas: Masculino e feminino (Pepeu Gomes), Tem pouca diferença (Durval Vieira), Amor e sexo (Rita Lee e Roberto de Carvalho), A mulher que virou homem (Elias Soares e Jackson do Pandeiro), Homem (Caetano Veloso), Wake up (Hilary Duff & Dead Executives). Documentário: Identidades, gênero e diversidade sexual (Ciências Sociais/UFRN). Textos: Mulher ao espelho (Cecília Meireles), Soneto do Corifeu e Para viver um grande amor (Vinícius de Morais), Bom mesmo (Luis Fernando Verissimo). Filmes: Billy Elliot (2000), Filadélfia (1993).
3ª etapa - teatro e dinâmicas:
a) Solicitar aos alunos a criação de peças teatrais com exemplos diários de como a questão de gênero e sexualidade é retratada em nossa sociedade.
b) Pedir para os alunos trazerem para a escola brinquedos que marcaram a infância de cada um deles e sugerir que eles relatem para os demais a razão da escolha daqueles brinquedos.
4ª etapa: criar um espaço humanescente dentro da escola e pôr, no mesmo, lavanda de florais e um tapete para tornar o ambiente mais acolhedor. Elaborar cartazes destacando a temática de gênero a fim de estimular o debate e diálogo sobre o assunto.
5ª etapa: elaborar um mural expositivo com fotos e cartazes do ateliê para mostrar à comunidade escolar que a educação sexual é trabalhada de forma lúdica e prazerosa.
6ª etapa: construir com os alunos um informativo (jornal ou fanzine) explicando os objetivos do ateliê, pedir para que os alunos o distribuam e relatar como foi a experiência.
Resultados obtidos
Ampliaram-se os espaços de discussões a fim de produzir mudanças significativas em nossa sociedade, amenizando as desigualdades de gênero. Por isso, o debate sobre educação sexual abordado na escola atinge ambientes que permeiam o alunado, como a casa, a família, a igreja, o trabalho e a relação entre os amigos.
O envolvimento e a compreensão melhor do tema pelos alunos contribuiu para transformações e mudanças de posturas em suas vidas, como se refere, por exemplo, a aluna S.R., 14 anos: “Consegui superar tabus impostos na minha família como ‘homem não chora’, ‘mulher não sabe dirigir’ ou ‘só a mulher pode fazer trabalhos domésticos’”.
Ficha técnica
Local de realização: Escola Estadual Rômulo Wanderley - Natal, RN.
Público atendido: alunos do 8º ano do Ensino Fundamental.
Objetivos:
• Dar novo significado às relações de gênero, promovendo um ambiente escolar de respeito às diferenças;
• Usar as artes cênicas como um espaço para promover a sexualidade;
• Entender que o ser humano manifesta o que sente por meio da corporalidade;
• Dar informações de gênero e sexualidade;
• Promover a educação sexual de forma interativa.
Componentes curriculares envolvidos: Ciências, História, Língua Portuguesa e Língua Inglesa.
Duração: duas semanas.
Recursos materiais: brinquedos, papel madeira, revistas antigas para recorte, aparelho de som, TV, DVD, máquina digital, tnt, fita adesiva, tapete e gliter.
Avaliação: foi observada a participação e o envolvimento dos alunos nas dinâmicas e discussões propostas, bem como suas produções, ao longo do projeto.
Mytercia Bezerra da Silva,
licenciada em Ciências Biológicas, professora
de Ciências, especialista em Estratégias
Metodológicas em Educação Sexual. Natal, RN.
Endereço eletrônico: gestorarn@rn.gov.br
e
Professores colaboradores,
Astíages R. Siqueira, Marluce Galdino Cunha e
Zoraide Pereira de Araujo da Silva.
Projeto Pedagógico publicado na edição nº 404, jornal Mundo Jovem, março de 2010, página 7.::: Voltar :::
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Convivência, um exercício de valores

Em virtude dos muitos anos de uma educação meramente conteudista, a escola de hoje enfrenta o dilema de conjugar competência cognitiva com formação de valores éticos. Nesse sentido, as diversas áreas do saber anseiam por uma linha educacional capaz de trabalhar o conhecimento científico aliado às possibilidades do uso racional e responsável para com a vida humana.

Esse projeto pedagógico busca, em sua essência, tomar para si esse desafio atual e trabalhar o tema de valores, na intenção de procurar, tanto nas questões práticas do cotidiano quanto no confronto com a realidade social excludente, desenvolver o senso de respeito, justiça, solidariedade e responsabilidade social. Acreditamos que a aproximação da família com a escola seja pré-requisito indispensável nesse processo, posto que a formação de valores se origina e se consolida verdadeiramente na família.
Resultados atingidos
Os resultados do projeto Convivência: um exercício de valores demonstraram que toda ação pautada nos valores tem visibilidade e, como disse o mestre Paulo Freire, “o educando descobre-se como um construtor do mundo e da cultura”. Coube a nós, como escola, proporcionar essa ação.

Dessa forma, foi percebida uma transformação em todo o espaço escolar. Entre os educadores, vimos uma maior interação nas relações humanas de empatia, tolerância e maior envolvimento com os nossos alunos. Nesse processo de troca, os alunos demonstraram entre si maior envolvimento com o fortalecimento da amizade, do respeito, da capacidade de perdoar e nas rotinas de sala de aula mais desenvoltura nas atividades em grupos.

Foi importante para nossa equipe desenvolver um projeto como esse e reafirmamos nossa preocupação em formar cidadãos críticos e autônomos, embasados nos valores.

Acontecendo na prática

Em cada bimestre será abordado um tema principal que é composto de algumas ações em conjunto e outras realizadas por cada professor. Abaixo seguem algumas sugestões.

Ética e felicidade

• Exibição do filme A corrente do bem, com o objetivo de relacionar o nosso bem-estar à satisfação de contribuir com o outro.
• Encontro de formação com os pais.
• Encontro com os alunos, sobre o tema.
• Visitas a algumas instituições sociais da cidade.

Paz e solidariedade

• Serão debatidas algumas personalidades que contribuíram para a construção da paz, como Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Nelson Mandela, Martin Luther King.

• Poderá ser feito um concurso de redação sobre o tema da paz entre as turmas da escola.

Trabalho e promoção da vida

• O trabalho cada vez mais ganhará ares de humanização, oriunda de um coeficiente emocional, característico dos tempos modernos, em detrimento do tecnicismo de períodos anteriores.

• Exibição dos filmes Tempos modernos e O corte para problematizar a temática do trabalho.

Ficha técnica

Local de realização: Colégio Pro Campus, Teresina, PI.

Público atendido: alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e Médio.

Objetivos:

• Desenvolver o senso de cidadania e responsabilidade social;
• Cultivar o exercício de uma moral humanitária;
• Exercitar o sentimento de indignação diante das injustiças;
• Trabalhar o senso de tolerância e respeito à diversidade;
• Priorizar o aspecto humano e espiritual em detrimento do material;
• Cultivar a solidariedade e protestar contra a indiferença.

Componentes curriculares envolvidos: é uma proposta interdisciplinar, portanto todas as disciplinas estarão envolvidas.

Equipe: direção, supervisores, professores, alunos, monitores, merendeiras, vigilantes, secretárias.

Recursos materiais: TV, DVD,
aparelho de som, projetor, livros, revistas, jornais e internet.
Avaliação: desenvolvida no decorrer do projeto, compreendida como um processo contínuo. Observará se os objetivos propostos foram atingidos.

Os instrumentos avaliativos utilizados serão trabalhos, realização de debates, elaboração de relatórios, entre outros. Equipe de professores e coordenação pedagógica do Colégio Pro Campus, Teresina, PI,
Endereço eletrônico: procampus@procampus.com.br
Site: www.procampus.com.br
Projeto Pedagógico publicado na edição nº 400, jornal Mundo Jovem,
setembro de 2009, página 4.

Artigo - Professores em 3-D

Escrito por Gabriel Perissé
26-Mai-2010

Professores com efeitos visuais, auditivos, sinestésicos e muito mais. Professores em 3-D.

O primeiro "D" é de didática.

Didática em português e matemática. Aulas com muita teoria e muita prática. Aulas que vão ao essencial, sem perda de tempo. Para além da gramática, o professor não se preocupa mais com o sujeito oculto. Se ele quer ficar oculto, deixemos o sujeito em paz!

Didática com informática de ponta ou com o velho giz, tanto faz. Problemas e solucionáticas, sem medo de errar. O erro acerta na mosca da hesitação.

Didática se resume em deixar o outro aprender. Esqueçamos as estratégias e táticas em sala de aula. Ensinar não é guerrear. Mais do que soldado, professor é diplomata.

O segundo "D" é de disciplina.

Haja aspirina para suportar a dor de cabeça que a baderna provoca! Bagunça e desrespeito, gritaria e palavrão! Mas disciplina só se consegue melhorando a comunicação. Disciplina para além da raiva ou da depressão.
Disciplina é arte. Disciplina de bailarina, de ator e de atriz. Disciplina que faz dançar as idéias. Disciplina que nasce da vontade de todos, e não da autoridade de um. Disciplina impossível de obrigar. Disciplina é vontade de dizer "eu mesmo quis!".

Disciplina é muito mais do que rotina. Disciplina acontece quando o mestre é mestre veraz. Os discípulos nascem da certeza de que perdem tudo se eles próprios não disciplinarem sua mente e sua voz.

O terceiro "D" é de desafio.

Desafio é chamamento para o jogo e a brincadeira. Desafiar para aprender, questão de vida, questão de gosto, questão de sorte, questão de graça. Desafio não tem preço.

Desafio poético, desafio sem desafetos. Diálogo improvisado. Desafio dos cantadores que se alternam, compondo versos e perguntas, criando rimas e assuntos, divertindo e ensinando.

Cada novo desafio é aprender por um fio, afiar a língua, é ir de fio a pavio. E ir de frente, e de perfil, pular e mergulhar, faça calor ou frio, o desafio me faz feliz.

Professor 3-D não faz papel de juiz nem de algoz. Professor 3-D é capaz de tudo, só não sai pela tangente porque o que está em jogo é mais importante. É gente o que está em jogo.

Professor 3-D não é moda fugaz. Sempre existiu, sempre esteve em cartaz, sem ser famoso ou milionário.

Professor 3-D é campeão de bilheteria!

Gabriel Perissé é doutor em Educação pela USP e escritor.

Artigo- Diversidade

Diversidade sim, diferença não.
Iza Aparecida Saliés
Gostaria de lembrar aos senhores deputados federais e senadores que o estado democrático de direito é coisa nossa, isto é, prerrogativa de todos os brasileiros, sejam eles, brancos negros, índios, pardos...
Portanto, não podemos estabelecer critérios que possam beneficiar alguns, sob a égide da questão racial, provocando injustiça, agravando mais as desigualdades sociais.
Cotas sociais sim, cotas por raça? Não! Muito bem deputados!
Pensamento correto dos senhores deputados dessa comissão, não importa se esse comportamento teve como procedência a aproximação das eleições, se foi? Valeu, mesmo assim, pois provocou preocupação aos parlamentares e o assunto não foi aprovado sem ser discutido amplamente pela instituição. Não passou despercebido como sempre acontece.
Apesar de ser visível a preocupação dos parlamentares, no que diz respeito à impressão que os eleitores terão deles, tendo em vista o cenário político que está posto hoje, permeado por preocupações, descrédito, e digo mais, todos os dias pipocam situações inadmissíveis, vexatórias, por que não dizer, vergonhosa.
Até quando vamos conviver com essa situação? Que calamidades está nosso Congresso! Sabemos que está falida a instituição chamada Congresso. Esta situação justifica-se pelo fato de que os indivíduos que a compõe, fazem valer o desejo individual.
Os valores! Ah, ah, ah! Aqueles! Sim, os que aprendemos em casa e na escola, estes? Estão e crise conceitual e de identidade para alguns desses políticos.
Os assuntos sociais relevantes e polêmicos precisam ser considerados em suas diferentes concepções de pensamento, então o que é alteridade para eles? O povo apesar de pouca escolaridade já está tomando conhecimento sobre essas questões.
E a ideologias políticas? As utopias? Os sonhos? Os desejos? Sim estou falando de um país que lutou tanto pela democracia, pela liberdade de imprensa, de pensamento, de respeito à diversidade, à pluralidade de idéias, tudo... tudo...... Então onde está?
Fonte: Opinião sobre as cotas para as universidade
Publicado no Blog do Corumbá

Notícia da Seduc/MT

Seduc participa de formação em Escolas Sustentáveis

A Superintendência de Diversidades Educacionais e gerência de Educação Ambiental, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) participam sexta-feira e sábado (18 e 19/03) junto a  coordenação da Escolas Sustentáveis e Com-Vida /Universidade Aberta do Brasil/Universidade Federal de Mato Grosso do processo formativo Escolas Sustentáveis e Com-Vida, no campus da UFMT,no auditório da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – FAMEV(prédio em frente ao Ginásio de Esportes da UFMT).


Dividido em dois módulos, a formação terá no primeiro dia de estudo voltado apenas para os tutores do programa, no módulo III “ O Mundo, a comunidade e as tecnologias ambientais para a sustentabilidade”. No dia 19, sábado, será a vez dos 200 novos cursistas participarem. Cerca de 50 professores da rede pública estadual e 150 da rede municipal de Cuiabá. Nessa data estarão presentes professores das Escolas Estaduais José leite de Moraes, Professora Zélia Costa de Almeida e Historiador Rubens de Mendonça.

A abertura, focada nos tutores, é aguardada com grande expectativa, pois os participantes após a explanação teórica sobre construções sustentáveis, coordenada pelo chefe do departamento de Arquitetura da UFMT, professor José Afonso Portocarrero, farão uma visita técnica no Espaço Sebrae de Conhecimento. Um espaço inovador onde será possível ver modelos de construções que buscam a eficiência na utilização de energia e água, que utilizam mecanismos tecnológicos procurando a redução de desperdícios e de poluição objetivando a não degradação ambiental.

ROSELI RIECHELMANN

Assessoria/Seduc-MT

Para pensarmos sobre ...................

Burro velho não aprende?

Por Içami Tiba

Não acreditem neste velho ditado popular: “Burro velho não aprende!”

São quatro grandes besteiras ditas em quatro palavras. 1. Burro não é “burro”, é um muar mais inteligente e resistente do que o cavalo; 2. burro “velho” é usado como teimoso, só porque ele faz o que ele quer e não o que o seu patrão manda; 3. não aprende; solte-o num pasto nunca dantes frequentado por ele e ele aprenderá rapidinho o melhor caminho para o melhor pasto; 4. a frase toda é mentirosa, preconceituosa  e totalmente depreciativa. Quando chamamos alguém de burro, estamos ofendendo o burro. 5. Quem aceita este ditado para si, interrompe com ele o seu próprio futuro com projetos e sonhos para viver o presente sem realizações, baseando-se somente num passado que se tornou obsoleto.

Aqui vão alguns dados que demonstram que os velhos aprendem, sim, quando lhes interessa:

1. Os motoristas de taxi de Londres são submetidos a rigorosos testes de conhecimento do mapa do trânsito da cidade para poderem trabalhar. Colocando tais taxistas em um exame de angiologia cerebral, existe uma grande ativação e um aumento de tamanho no córtex parahipocampal direito, quando se pede que pensem num trajeto. Estes motoristas de tanto usarem esta área aumentaram-na inclusive de tamanho! Trata-se de uma pesquisa em andamento. Se assim for, o não uso do cérebro pode atrofiá-lo? Perguntas, temos muitas, mas as respostas são poucas. Ou seja, é um excelente campo para a pesquisa científica...

Para entender melhor o parágrafo anterior vou fazer uma comparação entre o taxista londrino e um taxista que nunca tenha dirigido em Londres. O segundo leva muito mais tempo do que o primeiro para aprender um caminho novo.

2. Qualquer médico especialista, antigo em idade, mas atualizado na sua profissão, em um instante aprende as novidades que surgem se de fato lhes interessarem. Aprendem até mais depressa que outros colegas de qualquer idade que não são especialistas. Atualizado significa que nunca deixou de aprender todas as novidades que surgiam no seu ramo, inclusive as surgidas na informática, como a Internet, o Google e sites de relacionamentos...

3. Os neurônios da memória envelhecem e tornam-se mais lentos no processo de memorização. A neurociência descobriu que estes neurônios, verdadeiros hardware, reproduzem neurônios filhotes, como se fossem software, que memorizam provisoriamente dados e vão lentamente passando para hardware, dando-lhe o tempo necessário para o aprendizado. Uma vez cumprida a missão, eles desaparecem. Assim, os velhos podem levar mais tempo para aprender do que os jovens, mas uma vez aprendido e praticado passa a ser mais experiente.

No meu livro “Família de Alta Performance”, na página 213, dedico à Ginástica mental, verdadeiros exercícios cerebrais com a finalidade de criar novas sinapses entre os neurônios, onde se alojam a Inteligência e a Capacidade de Aprender, e a”desenferrujar” as que estão perdendo suas funções por falta de uso.

Parar de aprender é antinatural no desenvolvimento do ser humano e pode ser resultado de depressão, falta de estímulo, baixa autoestima, conformação com a ignorância, perda de esperança, descrença na vida, pois a aprendizagem só acaba quando a pessoa morre.


Içami Tiba

Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Família de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 26 livros.

Plano Nacional da Educação

Os recursos previstos para a Educação no novo PNE (Plano Nacional da Educação)
7% do PIB (Produto Interno Bruto) até 2020 – não irão garantir a realização das metas apresentadas no documento. Essa é uma das críticas da Campanha Nacional pelo Direito à Educação ao texto do PNE, que está para ser analisado na Câmara dos Deputados.

Segundo o movimento, deve-se atingir o mínimo de 10% do PIB até 2020. Eles defendem que 80% dos investimentos vão para a educação básica e, 20%, para o ensino superior.

A proposta do Executivo prevê ampliação de recursos de acordo com a revisão das metas, mas não estabelece quem fará essa avaliação. Para a Campanha, o acompanhamento deve ser feito pelo Fórum Nacional de Educação, no quarto ano de vigência da lei, devendo a alteração ser submetida ao Congresso Nacional.

A campanha reivindica a implementação do Custo Aluno-Qualidade (CAQ), que define um investimento por aluno/ano, e acrescenta a meta de destinar 50% dos créditos advindos do pagamento de royalties de atividades de produção energética à manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE).

Atualmente, de acordo com o movimento, estão incluídas no cálculo das despesas mínimas obrigatórias com MDE na União, nos estados, no Distrito Federal e nos municípios despesas com aposentadorias e pensões. A Campanha propõe a exclusão dessas despesas, com o argumento de que a prática é vedada pela legislação em vigor e pelas normas de contabilidade pública.

O movimento também pede propõe emendas para os seguintes itens:
Responsabilidades dos entes federados
Segundo o movimento, o PNE precisa distinguir claramente as atribuições de cada ente federado. É necessário rever e alterar o peso da participação da União no financiamento da educação básica e estimular que Estados e municípios com maior poder arrecadatório contribuam com seus pares que ganham menos. Uma das emendas propostas aumenta a participação da União no custeio do transporte escolar para garantir o acesso à educação no campo, por exemplo.

As organizações propõem a criação de uma lei federal para pactuar as reponsabilidades de cada ente no prazo máximo de um ano após a aprovação do plano, para promover a distribuição proporcional de recursos materiais, financeiros e técnicos.

O atual projeto, para a campanha, não faz diagnóstico da educação brasileira nem prevê um monitoramento eficaz de suas metas. As entidades criticam a ausência de diagnóstico da situação educacional brasileira, bem como a falta de uma avaliação do PNE anterior e de um estudo capaz de justificar a opção por cada uma das metas e estratégias apresentadas pelo executivo federal.

Segundo as entidades, um dos principais motivos do fracasso do PNE anterior (2001/2010) foi não ter sido determinado um mecanismo legal capaz de monitorar e avaliar o cumprimento de suas metas. Uma emenda pede que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) produza, a cada dois anos, um estudo para analisar o cumprimento das metas do novo PNE, em termos quantitativos e qualitativos.

O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), segundo a campanha, precisa ser aperfeiçoado "para dar conta de avaliar a qualidade educacional". Uma das emendas propostas incorpora ao índice outros elementos como condições de trabalho, formação continuada e remuneração dos profissionais da educação, razão do número de alunos por profissional do magistério e existência e situação dos equipamentos de infraestrutura pedagógica das escolas de educação básica.

A Campanha critica a proposta do Executivo de criar uma prova para aferir a alfabetização de crianças de 8 anos, pois o instrumento segue lógica de “ranqueamento”. Uma emenda remete para cada sistema de ensino a tarefa de avaliar e monitorar o desempenho do esforço de alfabetização das crianças.

Processos participativos e gestão democrática
Enquanto a proposta do PNE determina que os Estados elaborem novos planos no prazo de um ano, sem nada dizer sobre o modo como devem ser elaborados, de acordo com levantamento do Observatório da Educação, 15 Estados e o DF ainda não possuem seus respectivos planos estaduais de educação, embora esta seja uma exigência legal.

Desta forma, a Campanha propõe emenda para definir que os planos sejam elaborados em amplos processos participativos. O tema da transparência na gestão dos recursos educacionais ocupou um amplo espaço nas discussões da Conae, mas o PL praticamente nada determina sobre o assunto. Uma das emendas estabelece a publicização em tempo real da execução orçamentária e financeira de cada unidade gestora dos recursos educacionais e da receita vinculada auferida.

Profissionais da Educação
A meta 17 do PNE, segundo a campanha, estabelece que o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade deve se aproximar do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente – mas não explicita como se dará essa “aproximação”. Segundo estudo do MEC (2008), comparando a remuneração de profissionais com ao menos um ano de ensino superior completo (12 ou mais anos de escolaridade), o salário médio para professores da educação básica com nível superior é de R$ 1.638,00, enquanto os não-professores, nas mesmas condições, recebiam R$ 2.503,00. Ou seja, o magistério recebia apenas 65,4% do recebido por profissionais de escolaridade equivalente.

A emenda da Campanha sugere prazos e especifica uma meta intermediária: o rendimento médio do professor deve chegar a 80% do rendimento médio dos demais profissionais em 2016 e seu rendimento deve ser equiparado em 2020. O cumprimento desta meta depende fundamentalmente dos reajustes do piso nacional e da vigência de planos de carreiras para o magistério (legislação que ainda não é cumprida em diversos estados).

Ações previstas para EJA
A Campanha propõe a realização de um levantamento da demanda potencial de jovens e adultos por educação básica, por nível de escolaridade, bairro e distrito de referência, para que a oferta de vagas possa ser planejada e a demanda adequadamente atendida. Também é necessário realizar a chamada escolar pública ao menos uma vez a cada ano – pois essa população, muitas vezes, desconhece seu direito de voltar a estudar.

O direito à educação das pessoas privadas de liberdade ocupou espaço de destaque nas discussões da Conae, mas não foi contemplado no projeto de novo PNE. Apenas 18% da população carcerária nacional frequenta atividades de educação escolar, segundo dados de 2010 do Ministério da Justiça.

Uma das emendas propões aumento a meta de redução da taxa de analfabetismo funcional – de 50% no atual projeto para 60%.

Metas para creches
A primeira meta do projeto do Executivo determina que o atendimento escolar da população de quatro e cinco anos seja universalizado até 2016, e a oferta de educação infantil seja ampliada de forma a atender 50% da população de zero a três anos até 2020. As entidades consideram a meta "tímida" e propõem que a demanda manifesta – isto é, todos que desejarem matricular seus filhos nessa modalidade – seja atendida até essa data. Para isso, será necessário realizar um levantamento da demanda por educação infantil em creches e pré-escola.

"A Campanha propõe a seguinte proporção dos investimentos dos entes federados na expansão da oferta de educação infantil: 50% por parte da União, 25% por parte dos estados e 25% por parte dos municípios. Além disso, uma emenda reafirma o princípio aprovado na Conae que determina que os recursos públicos sejam direcionados exclusivamente nas escolas públicas (e não a creches conveniadas, conforme deliberação da Conae)."

O movimento quer ainda universalizar o ensino fundamental de 9 anos em 5 anos e não em 10, como havia sido proposto no texto original. É criticada, por fim, a ausência de "estratégia clara sobre o Programa Nacional de Transporte Escolar" e a meta de universalização do acesso à banda larga nas escolas, que, para a campanha, deveria diminuir de 10 para 6 anos.

*Com informações do Observatório da Educação, da ONG Ação Educativa.

Professores fazem mobilização

Professores fazem mobilização por redução de alunos em sala de aula

A APP/Sindicato realizou uma mobilização ontem (21), das 14h às 16h, na Assembleia Legislativa, com representantes do Núcleo Regional de Educação da área metropolitana Sul e alunos de algumas escolas de Araucária, que puderam assistir à sessão plenária. O motivo foi dar continuidade às reivindicações feitas nesta segunda-feira pela manhã pela comunidade escolar de Araucária, com o intuito de impedir a união de duas turmas de ensino médio.

A manifestação também teve o objetivo de entregar um documento pedindo o apoio dos deputados, a fim de impedir imediatamente a junção de outras turmas da rede pública e propor a redução do número de alunos por sala, por meio da aprovação do projeto de lei da deputada Luciana Rafagnin.

O ex-presidente da APP e deputado estadual, professor Lemos, iniciou a sessão com um pronunciamento em prol do manifesto e da imediata tramitação do projeto da deputada Luciana. Depois entregou o documento aos colegas para sensibilizá-los quanto à superlotação nas salas de aula caso o projeto de junção de turmas seja efetivado em mais escolas.

José Ricardo Donatti Corrêa, secretário estadual de organização da APP, afirma que o projeto contrário ao manifesto já foi instaurado e que não foi exceção em uma escola só. "Foi uma medida infeliz para resolver o problema da falta de espaço físico", diz.

Ele afirma que o número ideal de alunos por sala, para que haja qualidade no ensino, é o que propôs a deputada Luciana: na educação infantil, de 0 a 2 anos de idade, até oito alunos; e de 3 a 5 anos de idade, até 15 alunos; 1.º e 2.º anos do ensino fundamental, até 20 alunos; 3.º, 4.º e 5.º anos do ensino fundamental, até 25 alunos; 6.º, 7.º e 8.º e 9.º anos do ensino fundamental, até 30 alunos; no ensino médio, até 35 alunos.

"Para que os últimos pronunciamentos do governo atual façam sentido, na questão qualidade de ensino, é necessária a aprovação e a sanção deste projeto", ressalta José Ricardo.

"Uma das poucas ferramentas que a sociedade tem para demonstrar a insatisfação é a mobilização. Esperamos a adesão da causa e, caso isso não aconteça, vamos continuar cobrando atitudes concretas para que haja qualidade na educação pública do Paraná", observa José Ricardo.

A deputada Luciana Rafagnin afirma que é indispensável o estado ver na educação um investimento e não uma despesa a se conter. "É importante todos tomarem ciência de que não tem como ter qualidade de ensino em salas superlotadas, já que os alunos não terão assistência e o professor estará frustrado. É necessária a promoção de condições para o real aprendizado", diz.
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Provinha Brasil

Conjuntos para aplicação da Provinha Brasil já estão disponíveis

Os conjuntos para a primeira aplicação da Provinha Brasil 2011, com ênfase em língua portuguesa, já estão disponíveis na página eletrônica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Os gestores de escolas públicas interessados em aferir o conhecimento das crianças matriculadas no segundo ano do ensino fundamental devem acessar o material usando o CPF e a senha do sistema Educacenso.

Além da edição digital, a Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC) está distribuindo a versão impressa do conjunto para todas as secretarias de educação do país. Cada conjunto é composto por cinco itens: caderno do aluno, guia de aplicação, guia de correção, reflexões sobre a prática e encarte com informações da avaliação.

A Provinha Brasil é um instrumento pedagógico que fornece aos professores informações sobre o processo de alfabetização de seus alunos, sendo aplicada duas vezes por ano, uma no início e outra no fim do ano letivo.

Com adesão voluntária, as informações obtidas na avaliação possibilitam aos gestores e professores realizar intervenções pedagógicas e gerenciais para melhorar a qualidade da alfabetização. Como consequência, as chances de que todas as crianças obtenham êxito até os oito anos de idade é aumentada, conforme prevê uma das metas do plano de metas Compromisso Todos pela Educação.

A partir do mês de agosto, quando ocorrerá a segunda aplicação da Provinha Brasil, os alunos serão avaliados também em matemática. A expansão do exame permitirá um diagnóstico mais preciso da alfabetização.
Os resultados da Provinha Brasil são para conhecimento e uso da própria rede de ensino que aderiu ao exame, por esse motivo não há divulgação do desempenho das escolas ou das unidades da Federação por parte do Inep.
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Seleção de diretor de escola pública

Proposta cria regras para seleção de diretor de escola pública

A Câmara analisa o Projeto de Lei 8011/10, do deputado Vitor Penido (DEM-MG), que estabelece diretrizes para seleção e indicação de diretores de escolas públicas. Pelo texto, só poderão se candidatar a diretor os titulares de cargo efetivo na carreira do magistério público que tiverem sido previamente aprovados em exame de certificação em gestão escolar.

De acordo com a Agência Câmara, o projeto obriga o órgão gestor da educação a fornecer periodicamente aos interessados cursos de formação em gestão escolar com duração mínima de 300 horas. Candidatos a diretor, no entanto, não serão obrigados a frequentar as aulas para realizar o exame.

Na opinião de Penido, o primeiro obstáculo à qualidade da educação no Brasil é a falta de preparo dos diretores para a gestão escolar. "Em geral, professores assumem a tarefa sem os conhecimentos necessários aos imensos desafios administrativos que vão enfrentar", afirma.

A proposta estabelece as etapas do processo de seleção de diretores escolares da rede pública. Sempre que for necessária a seleção desses profissionais, o órgão dirigente da educação deverá publicar edital com prazo de inscrição. Os candidatos, previamente certificados, deverão apresentar plano de trabalho.

Na etapa seguinte, o conselho escolar realizará a seleção com base nos currículos dos interessados e na entrevista. Encaminhará, então, lista tríplice ao órgão dirigente para que proceda à indicação do diretor.

Uma vez indicado o titular da direção escolar, o órgão dirigente da educação deverá formalizar com ele acordo de resultados com as metas a serem atingidas pela escola. Caso as metas não sejam atingidas por mais de um ano letivo consecutivo, a escola deverá selecionar um novo diretor.

Para Penido, esse acordo com relação aos objetivos da escola representa etapa fundamental no processo de melhoria da qualidade do ensino no País. "Por meio dessa negociação devem ser acordadas metas relativas à redução do abandono escolar, aumento da aprovação e dos níveis de rendimento", exemplifica.

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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sexta-feira, 25 de março de 2011

Lideranças estudantis em Brasília

Presidenta Dilma Rousseff recebe lideranças estudantis em Brasília

Lideranças estudantis da União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) foram recebidas ontem (24) no Palácio do Planalto pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, e pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Na ocasião, eles entregaram a ela um documento com 59 emendas ao Plano Nacional de Educação. Entre as principais reivindicações estão o aumento de investimentos na educação - de 4% para 10% do PIB - e a aprovação do projeto que destina 50% do fundo social do Pré-Sal para a educação.

A presidenta disse aos estudantes que a pauta a respeito da aplicação dos recursos do Pré-Sal em educação é uma luta legítima. "Faz todo sentido apostar a riqueza do país no futuro do país", falou. Na ocasião, Dilma também reafirmou o compromisso de seu governo com a educação. "Tenho um compromisso com a educação, pois tenho absoluta clareza que para mudar o país é preciso investir na educação, formando cidadãos e cidadãs críticos, educados e criativos", disse. A presidenta garantiu que o diálogo do governo com os movimentos sociais iniciado no governo Lula terá continuidade durante sua gestão e enfatizou que as portas do Palácio estarão sempre abertas para os estudantes.

O presidente da UNE, Augusto Chagas, reconheceu que a educação melhorou muito nos últimos anos, mas afirmou que ainda há muito o que ser conquistado. "Reconhecemos um conjunto enorme de avanços - como o ProUni e as Escolas Técnicas - e nos sentimos partícipes de cada uma dessas conquistas. No entanto, acreditamos que a caminhada é longa e ainda estamos distantes do que desejamos para a educação brasileira", concluiu.

O presidente da Ubes, Yan Ivanovich, ressaltou a importância e o simbolismo do encontro com a presidenta e falou a respeito da qualidade do ensino médio brasileiro. "O ensino médio é não só a porta de entrada para a universidade, mas também é responsável pela formação cidadã dos estudantes", disse.

O encontro com a presidenta Dilma fez parte da Jornada Nacional de Lutas da UNE, Ubes e ANPG, tradicional série de manifestações que as entidades estudantis realizam todos os anos no mês de março em homenagem ao estudante Edson Luís, assassinado em março de 1968. Com o lema "Educação tem que ser 10! Por 10% do PIB para a educação e um Plano Nacional de Educação a serviço do Brasil", a Jornada deste ano tem por objetivo garantir para o país uma educação de excelência em todos os seus níveis nos próximos 10 anos, com a erradicação do analfabetismo, inclusão e empoderamento do povo, além de colocar a educação como fator estratégico de desenvolvimento do Brasil.

Também estiveram presentes ao encontro o ministro da Educação, Fernando Haddad; o secretário-executivo do Ministério da Educação, José Henrique Paim Fernandes; o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa; a secretária Nacional de Juventude, Severine Macedo; além de diretores das entidades estudantis de todo o país.
Foto: Antonio Cruz/ABr.

Mais recursos para creches e pré-escolas/BR

Medida provisória vai garantir recursos para creches e pré-escolas

A presidenta Dilma Rousseff anunciou ontem (24), que pretende editar uma medida provisória para garantir os recursos de custeio para as creches e pré-escolas recém-inauguradas. A ação visa a atender a reivindicação de prefeitos, que enfrentam um interregno entre a entrega da obra e o preenchimento do Educacenso, que é a referência para a distribuição dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para a educação infantil. A falha se reflete na oferta de alimentação escolar, contratação de professores e material didático-pedagógico.

Iniciado em 2007, o Proinfância, programa de assistência financeira aos municípios e ao Distrito Federal para construção, reforma e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas da educação infantil, formalizou até agora 2.348 creches em 2.151 municípios. Incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), o programa prevê o repasse de recursos para a construção de 1.500 escolas em 2011.

O anúncio foi feito durante cerimônia de inauguração, no Palácio do Planalto, de 54 creches em diversos municípios brasileiros, além da assinatura de 419 termos de adesão para a construção de mais 718 creches.
Os recursos de custeio das creches e pré-escolas recém-inauguradas virão do orçamento do Ministério da Educação (MEC) e complementarão as ações realizadas pelo Proinfância e pelo Fundeb.

Alguns municípios dependem de investimento do Fundeb, cujo principal objetivo é promover a redistribuição dos recursos vinculados à educação, para atender as novas pré-escolas. Os investimentos do fundo são feitos de acordo com o número de alunos da educação básica, com base em dados do censo escolar do ano anterior.
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Plano Nacional de Educação

Presidente da Anped critica atual proposta do Plano Nacional de Educação

A presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), Dalila Andrade, da Universidade Federal de Minas Gerais, disse esta semana em Curitiba que o projeto de lei sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), proposto pelo governo federal, é “tímido”. Seguindo ela, que participou de debate sobre o assunto na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a proposta precisa ser ampliada e melhorada.

"O plano não traz diagnóstico nem mecanismos de controle e monitoramento, não prevê avaliação sistemática", afirma a professora. "Não podemos aceitar 7% do PIB, perpetuando um modelo [...] 10% é início de conversa se quisermos enfrentar os desafios."

O projeto, que tramita na Câmara dos Deputados desde dezembro do ano passado, estabelece 20 metas educacionais que os governos municipais, estaduais e federal deverão cumprir até o fim da década. No caso do percentual de verbas da educação em relação ao PIB, a proposta prevê um aumento de 5% para 7% até 2020.

A palestra de Dalila Andrade inaugurou uma série de sete encontros intitulada "EntreLinhas: O Plano Nacional de Educação em discussão", promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), Setor de Educação e Pró-Reitoria de Graduação da UFPR.

"Queremos um PNE que faça a diferença, que dê nome aos bois, que cobre responsabilidades", declarou. "Se não melhorarmos desde o muro da escola até chegar ao professor, não vai haver qualidade. Enquanto o óbvio não for resolvido, temos que falar dele."
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Pesquisa "BOM PROFESSOR "

Na sua opinião, o que é um bom professor?

Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)

Maria de Salete Silva, coordenadora do Programa de Educação do Unicef no Brasil

Uma boa professora ou um bom professor tem como diretriz de sua prática a compreensão de cada menino e menina como sujeito de direitos. Entende sua prática como essencial para garantir o direito de aprender e sabe que cada criança e adolescente tem tempos e formas diversas de aprendizagem.

Por isso, a boa professora e o bom professor têm um olhar diferenciado para cada uma das crianças. Preocupam-se com o desenvolvimento pleno de seus alunos e alunas: sua presença e ausência, sua saúde, exposição a situações de preconceito, discriminação e violência.

A atitude é de busca contínua de crescimento: os bons professores preocupam-se com a própria formação, buscando novas oportunidades de aprendizagem e contribuindo para o estabelecimento de uma rede de troca de experiências com os demais professores e professoras da escola e da rede de ensino. Tem disposição, calma e paciência para conversar e ouvir as crianças e suas famílias, estabelecendo com elas uma relação de atenção, proximidade e confiança

Profuncionário/MT

Prorrogada inscrições para o Profuncionário

A coordenação estadual do Curso Técnico de Formação dos Funcionários da Educação – Profuncionário, comunica a prorrogação das matrículas para 1º de abril, para todos os servidores da rede pública de Educação.

Os servidores interessados em participar devem os pré-requisitos determinado pelo Edital, no ato da inscrição. Ser concursado e estar em efetivo exercício na rede estadual ou municipal de Educação, ter conhecimento básico em Informática e, ter concluído ou estar cursando o segundo ano do Ensino Médio.

O aluno que estiver cursando o Ensino Médio deverá apresentar uma declaração de escolaridade. Para efetivar a matrícula, o candidato deve ser alertado a continuar os estudos, considerando que a emissão do diploma de Técnico estará vinculado á conclusão e apresentação da certificação de Ensino Médio.

Para matricula o candidato deve apresentar os segunites documentos: ficha de matricula, cópias do RG, CPF, certidão de nascimento ou de casamento. E ainda, cópia do histórico escolar do Ensino Médio (concluído), cópia do certificado do Ensino Médio, cópia do Termo de posse e/ ou D.O de nomeação, declaração de efetivo exercício assinado pelo chefe imediato e, pasta elástica.

Assessoria/Seduc-MT

Prêmio Educadores Inovadores Microsoft

6ª Edição do Prêmio Educadores Inovadores Microsoft está com inscrições abertas

Estão abertas até o dia 26 de junho as inscrições para a 6ª edição do Prêmio Educadores Inovadores promovido pela Microsoft Brasil. O Prêmio direcionado aos educadores de escolas públicas, particulares, Fundações e Secretarias de Educação, tem como objetivo reconhecer e premiar os melhores projetos educacionais que utilizam a tecnologia como instrumento de aprendizagem.

O professor ganhador será premiado com um pacote de aplicativos Office 2010 e notebook equipado com o sistema operacional da Microsoft Windows 7. A proposta é que ele prossiga com o projeto, além de apresentá-lo no Fórum de Educação Inovadora da América Latina que ocorrerá entre agosto e setembro, no Chile. Ou, caso seja classificado na etapa regional, no Fórum Mundial de Educação Inovadora, irá para os Estados Unidos, em novembro.

O Prêmio Microsoft Educadores Inovadores 2010 recebeu a inscrição de 1.056 professores de todos os estados brasileiros. Para 2011 a expectativa é ainda maior, para assim, buscar o reconhecimento internacional sobre a educação brasileira.

O regulamento do Prêmio e o formulário de inscrição se encontram no site www.educadoresinovadores.com.br.

Assessoria/Seduc-MT

Noticia Internacional -Educação

União Europeia lança concurso de desenho para estudantes da rede pública


Os estudantes de escola pública entre 8 e 10 anos de idade têm até 20 de maio para participar do 5º Concurso da União Europeia de Desenho para Crianças, com tema "Era uma vez uma menina e um menino, juntos queriam construir um mundo melhor…".

Os desenhos deverão ser entregues em folha A4, com ou sem legenda, deve conter no verso os dados de identificação (nome e sobrenome, idade, classe, endereço, telefone ou e-mail da escola do estudante).

O concurso internacional será avaliado por júri de crianças europeias. Os desenhos vencedores serão premiados com 1.000 Euros (um mil euros). Ao todo serão 14 desenhos premiados em todo o globo, dois deles da América Latina.

Os interessados em participar devem encaminhar os trabalhos à Delegação da União Européia, SHIS QI 7 Bloco A – Lago Sul – CEP 71615-205 – Brasília – DF. Para outras informações seguem os contatos ana.almeida@eeas.europa.eu ou tel. (0xx 61) - 2104 3106 - Delegação da União Européia no Brasil.

Assessoria/Seduc-MT

Notícia - Educação -CEE/MT

CEE E UNCME-MT realizam encontro estadual de Conselhos 2011


Representantes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e de Secretarias Municipais de Educação de Mato Grosso participam desde ontem (23 e 24 de março) do “Encontro Estadual de Conselhos de Educação 2011” no auditório da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Cuiabá.

No evento debatem temáticas sobre “Educação Infantil: desafios e problemáticas dos municípios mato-grossenses”, “Os sistemas estaduais e municipais frente à implantação do Sistema Nacional de Educação”, “Plano Nacional, Estadual e Municipal de Educação e Regulamentação do Regime de Cooperação”.

Para apresentar e debater os temas foram convidados o presidente do Conselho Estadual de Educação e a presidente da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME), professora Maria Ieda Nogueira. Além da presidente do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (FNCE), Francisca Batista da Silva, e a diretora de Fortalecimento Institucional de Gestão Educacional do Ministério da Educação (MEC), Maria Luiza Aléssio.

E ainda, o secretário adjunto do MEC, Francisco da Chagas Fernandes, o presidente da Comissão Permanente de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Assembléia Legislativa do Estado, Ezequiel Ângelo da Fonseca, e a presidente regional do Fórum Estadual de Educação e Secretária de Estado de Educação/MT, Rosa Neide Sandes de Almeida.

O evento teve também a presença dos secretários Municipais de Educação de Cuiabá, Permínio Pinto, de Lucas do Rio Verde, Solimara Lígia Moura, e a gerente de Alfabetização da Secretaria Estadual de Educação, Alvarina de Fátima dos Santos e a presidente do Conselho Municipal de Educação de Alta Floresta. (colaborou Seduc-MT)

Assessoria CEE

Comemoração

Escola de Rosário Oeste realiza alvorada festiva em comemoração aos 40 anos


A Escola Estadual Governador Pedro Pedrossian localizada no município de Rosário Oeste ( 128 km ao Norte de Cuiabá) realiza comemoração dos 40 anos com programação de alvorada festiva marcada para às 5h30, do dia 31 março. Na abertura do evento, a fanfarra da escola anima os participantes, que terão às 6h um show com a queima de fogos.

A direção da escola comunica que os estudantes serão presenteados com a inauguração do laboratório de ciências e celebração aberta para a comunidade escolar. Durante a manhã os convidados poderão apreciar uma mostra fotográfica com imagens dos ex-diretores, seguido de momento cívico e finalizando será servido um almoço para os estudantes no novo refeitório e cozinha, inaugurados na data.

A escola, fundada em 1971, adotou o slogan “40 anos fazendo educação em Rosário Oeste” e expandiu a infraestrutura contando atualmente com 751 estudantes matriculados, 44 professores, 19 servidores e 11 salas anexas nos três distritos (Bauxi, Arruda e Marzagão).

Assessoria/Seduc-MT

Soletrando

Estudante de Aripuanã participa da etapa nacional do Soletrando

Assessoria/Seduc-MT

Caroliny Candiatto, aluna selecionada para o soletrando
A aluna da Escola Estadual São Francisco de Assis, em Aripuanã, Caroliny Candiatto, 14 anos, é a representante mato-grossense do concurso Soletrando 2011, do Programa Caldeirão do Huck, que vai ao ar no próximo dia 02 de abril, pela Rede Globo de Televisão. A garota que cursava a 7ª série (determinação do concurso para a inscrição), em 2010, concorreu com outros 25 estudantes da rede pública de ensino do Estado e saiu vitoriosa após 17 etapas, na fase regional, ao soletrar corretamente a palavra auxílio.

Na etapa nacional, Caroliny disputará a vaga com outros oito representantes das regiões Sul e Sudeste, e do próprio Centro Oeste (Mato Grosso do Sul). A estudante tem se preparado para a competição. Segundo ela, foi presenteada pela Prefeitura do Município com exemplares de dicionários e livros sobre as novas regras ortográficas. “Estou estudando bastante”, diz.

A preparação de Caroliny é um reforço maior no próprio potencial. Conforme a professora de Língua Portuguesa da Escola Francisco de Assis, Roseli de Vargas Witcel, ela é disciplinada e uma excelente aluna. “Todos os dias incentivo a prática da leitura. Eu mesmo leio contos para os estudantes. Porém, muitos, assim como Caroliny, vão além e buscam a leitura extraclasse”.

Caroliny é firme ao dizer que não basta ir para a escola, o estudo e a leitura devem ser praticados diariamente. Participar do Soletrando é a realização de um sonho da menina. Sempre assistiu ao programa e dizia que queria participar. Foi com dedicação e esforço que foi aprovada na seleção interna da escola.

“Tínhamos o jogo do Soletrando no computador da escola. Era muito procurado pelos estudantes e até professores. Foi quando, junto com outra professora, realizamos o concurso na escola e resolvemos participar da competição nacional”, relata a professora Roseli.

A mãe de Caroliny, Sandra Ferreira Candiatto, se diz orgulhosa da menina pela determinação e por ela ter realizado um sonho. “Desde pequena ela diz que queria participar do Programa”, conta.

ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT

quinta-feira, 24 de março de 2011

Governo destinará recursos para creches por meio de MP

Municípios se queixavam que bancavam sozinhos o custo desses estabelecimentos, enquanto não conseguiam regularizar seu funcionamento

A presidente Dilma Rousseff anunciou hoje que enviará ao Congresso uma Medida Provisória que repassará recursos para prefeituras, de forma a ajudar na manutenção de creches recém-construídas e que atendem crianças de zero a seis anos. Os municípios se queixavam que bancavam sozinhos o custo desses estabelecimentos, enquanto não conseguiam regularizar o funcionamento dessas unidades no Ministério da Educação.

Pela lei que vigorava até agora, somente a partir da regularização é que o governo federal começava a ajudar a bancar as despesas. A MP que seguirá ao Congresso vai, portanto, atender a reivindicação das prefeituras e oferecer recursos a partir do momento em que as crianças já estiverem nas salas de aula, mesmo se não houver ainda a regularização.

O governo já tinha anunciado o repasse de R$ 6 bilhões, como parte do PAC 2, para a construção de estabelecimentos de ensino até 2014. Não foi informado o valor que será liberado com a MP, que financiará somente despesas de custeio.

Dilma recebeu hoje um grupo de prefeitos no Planalto para anunciar a inauguração de 54 creches. A meta é construir outras 718 unidades. "A gente sabe que há um pequeno espaço de tempo entre o momento em que a creche fica pronta e quando começa a receber recursos do Fundeb", disse a presidente. "Ter uma política de creches é ter uma política educacional.
Não é ter pura e simplesmente uma política de assistência social", afirmou. A presidente avaliou que as medidas do governo no setor representam uma oportunidade de resgatar uma geração "dos brasileiros e das brasileirinhas".

Jovens e a educação

Jovens devem ser donos da sua educação

Projeto adotado nos Estados Unidos dá mais autonomia a estudantes do ensino médio, com resultados surpreendentes

Susan Engel - O Estado de S.Paulo

Em um discurso pronunciado na semana passada, o presidente Barack Obama disse que é inaceitável que "25% dos estudantes americanos não concluam o ensino médio". Mas a atual filosofia dos EUA na área da educação não só não prepara os adolescentes para enfrentar as disciplinas acadêmicas da universidade como também não os prepara, num sentido mais profundo, para a vida adulta.

Queremos que os jovens se tornem independentes e capazes, mas estruturamos sua jornada de trabalho minuto a minuto e lhes damos poucas oportunidades de fazer alguma coisa que não seja responder a perguntas de múltipla escolha, seguir as instruções e memorizar informações.

Consideramos a interação social um impedimento ao aprendizado, mas todas as evidências mostram a enorme influência que ela exerce em seu desenvolvimento psicológico. É por isso que precisamos repensar a própria natureza do ensino médio em si.

Recentemente, acompanhei um grupo de oito estudantes do ensino médio da escola pública, entre 15 e 17 anos, na região oeste de Massachusetts, que planejaram e dirigiram sua própria escola dentro de uma escola. Eles representavam o padrão normal: dois estavam prestes a abandonar o projeto antes de começar, enquanto os outros eram mais empenhados. Eles chamaram sua escola de Projeto Independente.

Seu consultor era o seu orientador, que conversava com eles quando o grupo fraquejava ou esbarrava em algum obstáculo. Embora procurassem a orientação dos professores de inglês, matemática e ciências, cada um deles foi responsável por monitorar o trabalho dos colegas e lhes dar retorno. No final do semestre, os estudantes apresentavam a avaliação dos companheiros.

Os alunos também elaboravam seu programa escolar, dividindo o semestre de setembro a janeiro em duas partes. Na primeira, eles formulavam e depois respondiam a perguntas sobre o mundo natural e social, como "As células das plantas no sopé de uma montanha são diferentes das do topo da montanha?" e "Por que a gente chora?" Não só criticavam as respectivas perguntas, como também as respostas dadas. Nisso, adquiriam instrumentos essenciais de investigação, como, por exemplo, como descobrir bons métodos para reunir vários tipos de dados.

Na segunda, o grupo praticou o que chamou de "artes literárias e matemáticas". Escolheram oito romances - entre eles, obras de Kurt Vonnegut, William Faulkner e Oscar Wilde - para ler em oito semanas, mais do que a classe do curso avançado de Inglês precisa ler durante o ano letivo.

Ao mesmo tempo, cada um deles estudou assuntos específicos de matemática, das equações de segundo grau à matemática do pôquer. Procuraram a ajuda de professores que davam aula de matemática em período integral, consultaram livros e a internet e, sempre que possível, ensinaram os colegas.

Também assumiram uma "tarefa individual", como aprender a tocar piano ou a cozinhar, escrever um romance ou elaborar um podcast sobre violência doméstica. No final do ano letivo, apresentaram seus trabalhos a todos os alunos e professores do colégio.

Finalmente, assumiram uma tarefa coletiva, que deveria ter um sentido social. Chegando à conclusão de que toda a experiência modificara profundamente sua vida, realizaram um filme mostrando como outros estudantes poderiam planejar e dirigir sua própria escola.

Transformações. Os resultados dessa experiência trouxeram grandes transformações. Todos eles voltaram ao programa escolar convencional e estão indo bem. Dois dos estudantes mais velhos estão se preparando para cursar faculdades extremamente seletivas.

Os estudantes do Projeto Independente são notáveis, mas não porque estejam excepcionalmente motivados ou dotados. Eles são notáveis porque demonstram como é possível aprender e crescer em termos pessoais quando os adolescentes sentem que são os donos de sua experiência no ensino médio, quando aprendem o que é importante para eles - e quando aprendem juntos.

Nesse ambiente, a escola capitaliza a intensidade e o envolvimento que os jovens costumam reservar para os esportes, o protesto ou a amizade, em lugar de freá-los.

As escolas de todos os países poderiam adotar um Projeto Independente.

São necessários estudantes sérios e comprometidos e um corpo docente que lhes dê apoio. Os projetos não precisam ser exatamente iguais: os estudantes podem dividir seu tempo de modo diferente ou acrescentar outras disciplinas ao seu programa.

Mas, à semelhança dos estudantes do Projeto Independente, os participantes que seguirem o seu exemplo se tornarão jovens mais maduros, mais engajados e mais informados do que se estivessem assistindo a cursos regulares.

Nós tentamos alongar o horário de estudos na escola e aplicar aos estudantes testes padronizados. Mas talvez as crianças não precisem de uma reforma imposta de cima. Elas precisam se sentir donas da própria educação. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

É AUTORA DO LIVRO RED FLAGS OR RED HERRINGS: PREDICTING WHO YOUR CHILD WILL BECOME (INDÍCIOS SEGUROS OU PISTAS FALSAS: COMO PREVER O QUE SEU FILHO SE TORNARÁ)

Estudantes fazem manifesto em BR

Estudantes fazem manifestação em Brasília por mais recursos
UNE pede que 10% do PIB, além de 50% dos recursos do fundo social do pré-sal, sejam destinados à educação

Agência Brasil

SÃO PAULO - A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) organizaram nesta quinta-feira, 24, uma passeata, em Brasília, para pedir que 10% do Produto Interno Bruto (PIB), além de 50% dos recursos do fundo social do pré-sal, sejam destinados à educação. Cerca de 5 mil estudantes participaram da manifestação.

Marcello Casal/Jr/Agência Brasil/DivulgaçãoEstudantes protestam em BrasíliaSegundo o presidente da UNE, Augusto Chagas, não há como melhorar as universidades e as escolas se não houver investimento em educação.

"Nós apresentamos [aos deputados] uma emenda ao PNE [Plano Nacional de Educação] para que seja destinado 10% do PIB para a educação. Os 7% que estão na proposta do governo, a presidente Dilma já se comprometeu a atingir até 2014. Na nossa opinião é possível atingir os 10% até 2020 e estamos mostrando o caminho. Voltamos a apresentar a nossa emenda que propõe destinar 50% do fundo social do pré-sal para a educação".

Segundo Chagas, o grande problema do fundo social do pré-sal é não determinar "prioridades". Dessa forma, segundo ele, os recursos podem ser gastos em qualquer área social. "Ele pode ser gasto em saúde, em educação, cultura, ciência e tecnologia. Na nossa opinião, se não existe prioridade, esse recurso talvez não resolva o problema. Achamos que a agenda prioritária é a educação e 50% devem ser destinados para fazermos investimentos estratégicos em educação", analisou.

O presidente da Ubes, Yvann Ivanovick, disse que esse é o momento certo para se discutir o porcentual do PIB que deve ser aplicado em educação.
"O ano de 2011 é o ano da educação. Temos a oportunidade de aprovar o Plano Nacional de Educação e garantir 10% do PIB para a educação. Há dez anos o congresso aprovou 10% para a educação e o governo vetou. O trabalhador, quando deixa de pagar uma dívida, paga mais caro. O Brasil tem uma dívida com a educação e agora tem que pagar mais caro."

A presidenta da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, Fátima Bezerra, disse que o Plano Nacional de Educação vai exigir uma ampla discussão dentro do parlamento. "A Câmara vai se debruçar sobre o debate do PNE. Ele é fruto de uma ampla discussão no país e, por isso, não pode ser aprovado a toque de caixa."

Segundo os dirigentes do movimento estudantil, novas passeatas devem ser organizadas nos próximos dias em outros estados.

UNE cobra de Dilma mais recursos para a educação

Entidade, ao lado da Ubes, quer aumentar de 7% para 10% do PIB investimento no setor


Ao recebernesta quinta-feira representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a presidente Dilma Rousseff manifestou simpatia pelas reivindicação dos estudantes. As entidades defendem mais investimentos na educação e a mudança de alguns pontos do Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação (PNDE).

No entanto, Dilma ressaltou que as mudanças no PNDE devem ser debatidas no Congresso Nacional.


O plano prevê o investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação até 2020.

Os estudantes querem que esse percentual seja de 10%, conforme deliberado na Conferência Nacional de Educação.

Outro ponto defendido pelas lideranças estudantis foi a ampliação para 50% do percentual do Fundo Social do Pré-Sal que será destinado à educação.

“Ela (Dilma) não se comprometeu diretamente (com as reivindicações), mas se mostrou favorável à ideia de aprovar o padrão de financiamento”, disse o presidente da UNE, Augusto Chagas.

“Saímos confiantes em relação ao pré-sal. Se conquistarmos isso no Congresso Nacional, acreditamos que ela não vetará”, acrescentou.

“Vamos continuar a mobilização e fazer passeatas até o Congresso Nacional aprovar um plano nacional que contenha as reivindicações do movimento estudantil. Caso contrário, apenas em 2020 voltaremos a essa discussão sobre investimentos. E a qualidade da educação está diretamente ligada aos investimentos”, argumentou o presidente da Ubes, Yann Evanovick.

Guerra civil e Educação

Confrontos civis atrapalham a educação

Por: Valeska Andrade

Estudo da Unesco aponta que as guerras civis provocam danos à educação: cerca de 28 milhões de crianças e adolescentes ficam fora da escola.

O documento A crise oculta: conflitos armados e educação, alerta para os impactos desses conflitos no processo de aprendizagem.

Dos 160 países que se comprometeram com a resolução do problema, ao assinar o programa Educação Para Todos, muitos não estão no caminho para cumprir as metas até 2015. A organização defende uma nova distribuição de recursos que reconheça a importância da educação em situações de emergência.

O coordenador de Educação da Unesco no Brasil, Paolo Fontani, afirma que aqui não há conflitos armados, mas que em alguns pontos é imposto o convívio com o tráfico de drogas (conflito difuso), que também tem efeitos negativos para as crianças.

Brasil ainda investe pouco – O documento ainda aponta que, embora venha aumentando, o País ainda investe pouco em educação se comparado a países desenvolvidos.

O estudo mostra que aqui é investido US$ 1.598 (R$ 2.659) por ano em cada estudante dos quatro primeiros anos do ensino fundamental. O valor é menos de um terço dos US$ 5.557 (R$ 9.246) investidos por países desenvolvidos.

Os dados são de 2007 e a comparação considera o poder de compra das moedas. Apesar de baixo se comparado ao mundo desenvolvido, o valor cresceu nos últimos anos e está 102% maior do que em 2000.

Eja

Bolsa amplia programas de educação para jovens

Por: Valeska Andrade

Ao lado do diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, Patrícia Quadros se firmou nos programas de popularização da bolsa de valores. Responsável pelo desenvolvimento dos projetos e acompanhamento dos resultados, a executiva diz que, atualmente, há um projeto voltado aos jovens, intitulado Dinheiro do Bolso.

Trata-se de uma competição educativa, com perguntas e provas aos participantes privilegiando o raciocínio lógico e a criação de estratégias financeiras. “Chegamos à conclusão de que crianças e adolescentes levam o conhecimento para casa, multiplicando os conceitos de educação financeira entre pais e responsáveis”, explica a gerente.

Desde o início do Programa de Educação Financeira da Bovespa, em 2002, até fevereiro deste ano, cerca de três milhões de pessoas participaram das ações educativas oferecida pela bolsa brasileira.

Fonte: Brasil Econômico (SP)

Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente.


Docente não será obrigado a fazer exame

Por: Valeska Andrade

O Ministério da Educação (MEC) trabalha para definir o formato da prova que irá transformar a forma de seleção de professores pelas redes públicas de ensino.

A mudança começou a virar realidade com a publicação no Diário Oficial da União da portaria que institui a Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente.

A sistemática é similar à do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova não será obrigatória nem para as redes de ensino, nem para o professor.

Estados e municípios poderão utilizar o exame em seus processos seletivos como julgarem adequado.

No caso dos professores, eles farão a prova se quiserem concorrer a uma vaga em alguma rede que a tenha adotado.

Fonte: Zero Hora (RS)

Notícias - Justiça - Educação

MPF pede condenação de envolvidos no furto e vazamento do Enem 2009

G1

O Ministério Público Federal em São Paulo pediu à 10ª Vara Federal Criminal em São Paulo a condenação dos cinco envolvidos no furto, vazamento e tentativa de venda da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2009 pelos crimes de corrupção passiva (exigir vantagem indevida) e violação de sigilo funcional.

Segundo o MPF, o julgamento está na fase dos memoriais, em que acusação e defesa apresentam suas conclusões sobre o caso. É a última fase do processo antes da sentença. O pedido foi feito na sexta-feira (18), mas só foi divulgado nesta quinta-feira (24) pelo MPF.

Caso sejam condenados, os réus Felipe Pradella, Gregory Camillo Oliveira Craid, Luciano Rodrigues, Filipe Ribeiro Barbosa e Marcelo Sena Freitas podem pegar pena de dois a seis anos de prisão por violação de sigilo funcional e de dois a doze anos de prisão por corrupção passiva. Felipe Pradella também é acusado de extorsão.

Segundo o processo, três dos réus (Freitas, Ribeiro e Pradella) são ex-funcionários da empresa Cetros, integrante do Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção, contratado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), e são acusados pelo furto das provas da Gráfica Plural, onde trabalhavam. Craid e Rodrigues são apontados como intermediários que colaboraram com a prática dos crimes. Eles procuraram jornalistas para tentar vender a prova.

O vazamento do Enem causou o cancelamento da prova às vésperas da realização em 2009, prejudicou cerca de quatro milhões de inscritos e tumultuou todo o calendário de vestibulares do final de 2009 e início de 2010. A prova foi cancelada na madrugada do dia 1º de outubro de 2009 pelo Ministério da Educação, após a divulgação de que havia sido furtada de uma gráfica em São Paulo e oferecida a uma repórter do jornal "O Estado de S. Paulo." O exame seria aplicado nos dias 3 e 4 de outubro.

O gasto com a reimpressão das provas do Enem foi estimado em 30% do valor da licitação, que foi de R$ 148 milhões, segundo o Ministério da Educação. “Portanto, o prejuízo causado à Administração é estimado em cerca de R$ 45 milhões”, dizem no memorial os procuradores da República Ana Carolina Previtalli Nascimento, Ryanna Pala Veras, Roberto Antônio Dassié Diana e Márcio Schusterschitz da Silva Araújo.

Para a Promotoria, além do prejuízo material, os crimes causaram “danos incalculáveis” aos mais de 4,1 milhões de estudantes que prestariam o exame, pois várias universidades não levaram o resultado em consideração na seleção de seus vestibulares.
De acordo com os procuradores, “a integralidade dos danos causados em razão das condutas praticadas pelos denunciados talvez nunca seja reparada, já que os denunciados não aparentam possuir patrimônio suficiente para reparar tão vultosos danos”. Mesmo assim, os procuradores defendem a fixação de “valor mínimo de reparação dos danos materiais e morais causados”.
O Ministério Público Federal também imputou aos cinco acusados o crime de peculato, mas a denúncia para este crime foi rejeitada sob o argumento de que “as folhas de papel subtraídas (…) não tinham em si valor econômico”, questão que, atualmente, deve ser apreciada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

Política e Educação /MT

Riva intervém e escola de Juara ganha banheiros químicos

Assessoria da Presidência

A Escola Estadual Luiza Nunes Bezerra, localizada em Juara, foi contemplada com seis banheiros químicos provisórios. A unidade escolar foi interditada pela Vigilância Sanitária do município no início deste ano e a ação foi efetivada após o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), ter encaminhado no dia 03 de fevereiro o Ofício GP n. 030/2011 à Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O parlamentar solicitou providências para que o início do ano letivo não ficasse comprometido.

Segundo a assessora técnica da Estrutura Escolar da Seduc, Nuccia Santos, a secretaria recebeu solicitações por parte da escola e também do Poder Legislativo. “Recebemos expediente vindo do gabinete do deputado José Riva e de uma forma emergencial, providenciamos a locação de banheiros químicos, até que seja possível concluir a reforma”.

Graças à aquisição dos banheiros químicos, os 870 alunos que estudam na escola não foram prejudicados. As aulas começaram no dia 14 de fevereiro. A locação dos banheiros custou R$ 9 mil por 90 dias. “Se até lá, as obras dos banheiros não forem concluídas, o contrato poderá ser prorrogado”, ratificou Nuccia.

A assessora informou ainda que, no final do ano passado, uma equipe da Seduc fez um levantamento dos problemas na escola. Para a construção de novos banheiros serão destinados 130 mil. “Será preciso demolir os antigos banheiros para a construção de novos, com adequações para atender Portadores de Necessidades Especiais (PNE)”.

A Escola Estadual Luiza Nunes Bezerra existe há mais de 15 anos. Conforme Nuccia, o projeto já foi elaborado e aguarda o processo de licitação. Após essa fase, a empresa vencedora terá 90 dias para concluir a obra.

Aulas de violão na internet/MT

Projeto do IFMT/Campus Cáceres lança vídeos com aulas de violão na internet

Redação 24 Horas News

O grupo de violonistas do IFMT / Campus Cáceres lançou esta semana no canal 'violões IFMT' na rede mundial de compartilhamento de vídeos na internet, Youtube, vídeos aulas com o objetivo de estimular a aprendizagem na arte de tocar violão. O canal é utilizado também para socializar o trabalho e as apresentações realizadas pelo grupo e como espaço de interação aberto a participação dos internautas.
“ Nossa proposta é auxiliar as pessoas que estão aprendendo a tocar violão. A ideia é criar diários de aprendizagem, os interessados vão comentar, pedir orientação. É aberto. Qualquer pessoa pode assistir, comentar em vídeo ou em texto”, explica o coordenador do projeto, professor de música do Campus, Célio Jonas.
Além do youtube, o grupo utiliza outras ferramentas de comunicação na internet como as redes sociais facebook e orkut para socializar os trabalhos com aulas vídeos e apresentações realizadas. Por meio desses canais são disponibilizados também materiais didáticos complementares para o aprendizado do violão, a exemplo de textos e partituras. Os arquivos são livres e podem ser acessados nas comunidades virtuais identificadas 'violões IFMT'.

A primeira aula é sobre um blues criado pelo grupo para aquecimento no início das apresentações. “Nos explicamos o nosso arranjo. Os integrantes mostram como tocar, como é o trabalho em conjunto e questões pontuais sobre teoria da música” explica Célio.

O grupo de violão do IFMT/ Campus Cáceres integra o projeto 'Som e Cor' iniciado em fevereiro de 2010 com o objetivo de promoção cultural envolvendo a comunidade acadêmica do IFMT no município de Cáceres. Composto atualmente por 13 integrantes entre alunos e servidores do campus, o grupo apresenta diversos ritmos, estilos e épocas, com destaque para música instrumental.

Noticia Greve na Educação de Matupá/MT

300 profissionais da Educação ameaçam entrar em greve em Matupá

Redação 24 Horas News

Cerca de 300 profissionais municipais da Educação em Matupá ameaçam entrar em greve, a partir da próxima terça-feira (29). Eles reivindicam a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e a aplicação do piso salarial de R$ 1.187. A presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep), Andréia Brasil, disse hoje, ao Só Notícias, que uma proposta foi apresentada a administração, e que agora, a categoria aguarda contraproposta. Nesta semana, foi decretado estado de greve.

Conforme Só Notícias informou, em Sinop, 1,4 mil profissionais municipais da Educação estão em greve há mais de 35 dias, reivindicando, principalmente, implantação do PCCS e jornada única de 30 horas. Ontem, o prefeito Juarez Costa (PMDB) determinou o retorno imediato dos que trabalham nas creches e autorizou a contratação temporária de aprovados no processo seletivo educacional, cujo resultado foi divulgado mês passado, para preencher vagas que ainda permanecerem abertas.

A administração municipal aguarda decisão da justiça, sobre o pedido de ilegalidade da paralisação para que os profissionais retornem a trabalho. Mais de 13 mil alunos estão sem aulas.

Notícia da UFMT

Antônio Nóbrega apresenta aula-espetáculo no Teatro da UFMT
Redação 24 Horas News

O projeto “Rumos Educação, Cultura e Arte”’, em parceria com a Coordenação de Cultura da Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência da UFMT (Procev) oferece a terceira edição do programa com o músico e dançarino Antonio Nóbrega. A apresentação será na terça-feira (29), no Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com entrada franca e classificação indicativa de 16 anos.

O músico e dançarino Antonio Nóbrega apresenta a aula-espetáculo intitulada ‘’Mátria: Uma Outra Linha de Tempo Cultural’’, com canções, danças e peças instrumentais.

Nóbrega traz considerações sobre a cultura brasileira e a européia, além das peças do samba, da tradição oral e da música clássica. Um dos focos do artista é o equilíbrio entre o que seria o tipo de pensamento masculino, o discurso, o conceito, e o que seria o feminino, a sensibilidade e emoção.

Segundo o artista, "o sistema em que vivemos é de tessitura masculina, daí a necessidade de levarmos em conta outra linha de tempo cultural, onde valores femininos são mais operantes, para incorporar o melhor das duas tradições".

O espetáculo começou no último dia 23, em Vitória, Espírito Santo e percorrerá várias cidades do país, sendo a última apresentação no dia 16 de junho em Rio Branco, Acre.

O projeto busca apoiar a formação de profissionais que desenvolvem, em todo o país, propostas diferenciadas nos campos da cultura e da arte por meio da educação não formal. Pretende-se contribuir para a continuidade e o aperfeiçoamento das ações existentes e para a criação de outras práticas de convergência entre cultura, arte e educação.

Noticia da UFMT

Alunos de Engenharia Mecânica da UFMT de Rondonópolis reclamam da falta de professores
Herber Almeida
Da Redação
Faltam professores, laboratórios para pesquisas e grade curricular com número de matérias para a semana toda. Estas são algumas das principais situações que os alunos do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Rondonópolis, vem enfrentando. E para piorar o problema, os alunos não conseguem falar com a reitoria da Universidade. Já ameaçam levar o caso para o MEC – Ministério da Educação -, responsável pelas universidades federais para que providências possam ser tomadas.
Os alunos de Engenharia Mecânica reclamam principalmente da falta de professores, notadamente para as matérias básicas do curso, como cálculo. “Está difícil. Já enviamos inúmeras reclamações e as reitorias, tanto de Rondonópolis quanto de Cuiabá, não tomam a mínima providência”, reclamou um aluno do quarto ano. Segundo ele, é difícil ter um professor de cálculo, matéria fundamental na Engenharia Mecânica. “Nunca tem professor suficiente nesta área. Tem turma que fica até três meses sem professor. Quando aparece um é no último mês do semestre. Ai é obrigado a descarregar toda a matéria de quatro meses em menos de um mês. Aprender fica praticamente impossível. Passar, então, mais difícil ainda”, completa, lembrando que este descaso está provocando problemas para os alunos.
“Muitos alunos estão em recuperação na matéria de cálculo. O curso tem mais de 100 alunos nesta situação.
A instituição privilegia quem está entrando na hora de confirmar a matricula e os veteranos ficam sem estas matérias”, reclamou outro aluno que diz que viveu um drama nos últimos semestre.
“Não consigo ter seis matérias por semestre. No ano passado consegui fazer só duas matérias e neste estou matriculado em apenas três. Tudo porque a coordenação do nosso curso alega que faltam professores da área de cálculo e a reitoria não toma providência”, diz indagando em seguida: “Quando vou terminar minha faculdade deste jeito? Meus pais vivem reclamando, cobrando providências”, completou, assinalando que é por problemas como este que os alunos estão se unindo para cobrar providências.
“Se a reitoria não resolver logo este problema, colocando professores suficientes para atender a demanda vamos até Cuiabá cobrar que a situação seja resolvida. Se lá também não for suficiente não descartamos ir a Brasília, cobrar um atitude imediata do Ministério da Educação”, diz um líder estudantil.

Mas os alunos não reclamam apenas da falta de professores, que atinge ainda outros cursos, mas também da falta de laboratório para o aprendizado prático da Engenharia Mecânica. Segundo ele o curso já existe há cinco anos e a reitoria até hoje não ampliou o laboratório, dotando-o de condições de trabalho e aprendizagem. Um aluno lembrou que no último semestre um professor chegou a ser contratado para dar aulas no laboratório e ao constatar a situação precária do local, com falta de equipamentos básicos, simplesmente desistiu de lecionar na instituição.

A reportagem tentou, via telefone, falar com a reitoria de Rondonópolis e com o coordenador do curso de Engenharia Mecânica na manhã desta quinta-feira, mas em todas as oportunidades foi avisada que estavam em reunião e não podiam atender para responder sobre as reclamações dos alunos.

Notícia da Seduc/MT

Escola Djalma Ferreira fortalece oficinas profissionalizante no Escola Aberta

O programa Escola Aberta, na Escola Estadual Djalma Ferreira de Souza, no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, inicia as atividades de 2011 com oficinas profissionalizantes para a comunidade. Orientada por oficineiros (técnicos nas respectivas áreas), oferece noções básicas para os cursistas atuarem como auxiliar administrativo, cabelereiro, manicure, turismo e hotelaria, atendimento em vendas e telemarketing. No final do curso todos receberão certificação.

Paralelo aos cursos profissionalizantes, a Escola Aberta se fortalece como um espaço para que a comunidade busque atividades recreativas e culturais com aulas sábados e aos domingos. Integram a lista de cursos ofertados no Programa, aulas de violão, informática, noções de investimento na Bolsa de Valores, espanhol, inglês, orientação sobre rádio escola, artesanato, culinária e outras. No total são 18 oficinas.

Para a coordenação do Escola Aberta na Djalma Ferreira de Souza, Luiz Carlos da Silva Ferreira e professora Margareth de Souza e Silva, a proposta é ofertar nesse espaço conhecimentos que contribuam com a vida da comunidade. Luiz Carlos esclarece que a idéia de cursos profissionalizantes surgiu quando percebeu em um Supermercado do bairro a falta de profissionalização dos atendentes.

“Os empresários do bairro abrem vagas frequentemente para jovens, e o curso de capacitação seria um diferencial na escolha do funcionário”, relata. Segundo ele, os contatos feitos aprovaram a idéia e se prontificaram a aceitar a demanda de cursistas sempre que houver necessidade. “Capacitação faz toda a diferença’, reforça ele. O coordenador buscou parceria com uma franquia de escola técnica para validar as certificações.

O cursista da área administrativa, Eduardo Augusto Aparecido de Camargo, 17 anos, concluiu o ensino médio. O garoto que quer ser Engenheiro Civil, planeja fazer um ‘pé de meia’ para poder investir nos estudos. “Estou buscando capacitação para poder ingressar no mercado de trabalho”, diz.

Marco Aurélio Ferreira de Oliveira, 35 anos, frequenta as aulas sobre investimento na Bolsa de Valores. Segundo ele, com a popularização desse tipo de investimento é preciso conhecer o mercado de ações. “É preciso conhecer como trabalhar antes de realizar as aplicações”, acredita.

Uma das áreas de destaque, também inserida dentro da proposta de profissionalização, é o de turismo e hotelaria orientada pela oficineira Jéssica Campos Stephan. O trabalho dividido em duas etapas, terá duração de um ano, com presença monitorada. Na primeira etapa, a teórica os participantes terã noções de história regional, práticas de atendimento ao turista e, num segundo momento, serão realizadas visitas em pontos históricos como Sesc Arsenal, Misc (Museu da Imagem e do Som) e outros.

Para participar das oficinas do Escola Aberta na Djalma os interessados podem fazer as inscrições de até quatro cursos, pessoalmente ou pela internet. Basta acessar o site www.escoladjalma.com

Escola Aberta

O Programa é desenvolvido em 61 escolas de nove municípios e um Distrito (Cuiabá, Várzea Grande, Alta Floresta, Nossa Senhora do Livramento, Nossa Senhora da Guia, Acorizal, Santo Antonio do Leverger, Jangada, Barra do Bugres e Chapada dos Guimarães).

Mantido com recursos dos governos Federal e Estadual, tem o objetivo de trazer a comunidade para a escola nos finais de semana desenvolvendo oficinas de cultura/arte, esporte/lazer e recreação, qualificação para o trabalho e geração de renda, e formação educativa complementar. Sempre atendendo as solicitações da comunidade.

ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT