Escolas relatam sucesso em processo inclusão
Assessoria/Seduc-MT
Dois casos de sucesso relatados por escolas evidenciam a importância da Educação dentro processo de inclusão dos portadores de necessidade especiais. Um deles do estudante Rafael, de 7 anos, matriculado na 2ª fase do 1º Ciclo, da Escola Estadual Manoel Cavalcante Proença, instalada no Tijucal, e o outro é do estudante Breno, também de 7 anos, matriculado em 2010 na Escola Estadual Ubaldo Monteiro, na região do Cristo Rei, em Várzea Grande.
Rafael sofre de distúrbios invasivos, com pouco mais de um ano em ambiente escolar ele melhorou a socialização e aprendeu a ler e escrever. Hiperatividade, indisciplina, agressividade extrema, dificuldades motoras e de relacionamento, permeavam a vida dessa criança, que mudou completamente após a inclusão em uma escola regular.
“Foi uma grande evolução”, destaca a coordenadora pedagógica Lucilene Tereza Magalhães. Segundo ela, hoje o menino vai ao banheiro sozinho, fala com as pessoas, respeita os professores e também os colegas. “O ganho pessoal é muito grande, intenso, a todos”, diz Lucilene.
Ela cita que Rafael enfrentou problemas de adaptação no ano passado, mas hoje apresenta um quadro de equilíbrio na convivência com 34 colegas de sala. Para dar suporte no processo de ensino e aprendizagem a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) disponibilizou um Auxiliar de Desenvolvimento Infantil (ADI) para acompanhá-lo.
No outro caso de sucesso na rede pública é do menino Breno, autista. Antes dessa experiência, o processo de inclusão era restrito a convivência familiar e de vizinhos. “Quando ele chegou aqui não apresentava nenhuma coordenação motora. Era uma criança agressiva. Hoje a realidade é outra. Breno demonstra afetividade pelos colegas, comportamento mais tranqüilo e gosta muito de leitura”, afirma a professora dele Ana Lúcia de Assunção.
Na sala de aula, Breno convive com outros 28 estudantes. “A socialização foi um processo natural. As crianças possuem uma imensa capacidade de adaptação e de aceitação, fundamentais para o processo de inclusão”, sintetiza a professora Ana.
Mato Grosso tem cerca de 11 mil alunos especiais matriculados em classes especiais, classes comuns com apoio pedagógico de Salas de Recursos, além da presença dos Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADI). Possui também professores intérpretes de sinais. Na Baixada Cuiabana existem quatro unidades específicas para o atendimento (Escola Raio de Sol, Livre Aprender, Luz do Saber, o Centro de Habilitação Profissional – CHP Professora Célia Rodrigues Duque, Centro Educacional de Atendimento ao Deficiente Auditivo Professora Arlete Pereira Miguelete), além do Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies).
A Seduc disponibiliza 50 profissionais que integram as equipes multidisciplinares (compostas por fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, psicopedagogos e assistentes sociais). “Trabalhamos em conjunto. Na verdade, como uma grande rede de atendimento, de estímulo”, explica a psicóloga Maria Francisca Silva, que atua no Casies. O Centro oferta apoio aos profissionais e atendimento, atua no trabalho de suporte aos pais dos estudantes matriculados na rede pública e promove capacitação para professores.
PATRÍCIA NEVES
Assessoria/Seduc-MT
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