quinta-feira, 24 de março de 2011

Notícia - Educação

Pesquisa mostra que 31% dos jovens brasileiros foram vítimas de bullying
G1

No Brasil, esse ato de violência entre crianças também é um problema sério. Uma pesquisa do IBGE mostrou que 31% dos estudantes brasileiros já foram vítimas de agressões.

Nas imagens, um garoto de boné se aproxima, provoca e dá um soco em outro aluno. Ele volta e bate novamente. Depois continua a intimidação. São mais duas agressões até que Casey Heynes, de 15 anos, reage.

Em uma entrevista para a TV australiana, Casey disse que a turma o persegue há duas semanas. Ele contou ainda que além das agressões físicas, também era chamado de gordo. Casey revelou que sofre bullying desde os oito anos de idade.

O garoto de boné é Richard Gale, de 12 anos. Segundo a imprensa australiana, apesar da força com que foi jogado no chão, ele só teve escoriações no joelho. O menino diz que apanhou primeiro.

O bullying, palavra em inglês usada para definir uma agressão física ou moral que acontece repetidamente, também é muito comum no Brasil. Segundo um levantamento do IBGE, 31% dos estudantes já foram vítimas dessas agressões.

“O bullying é uma imposição da criança sobre o outro. Necessidades de mostrar que ela é forte, que ela tem poder. O que indica que ela tem algumas necessidades e que deveriam inclusive trabalhadas”, explica Neide Saisi, psicopedagoga.

Nathan, de 13 anos, foi xingado, perseguido e apanhou várias vezes. “Quando eu sentava na frente, eles do fundo atacavam bola de papel e falavam, não gostavam de mim. Por causa que eu era muito quieto na sala”, conta o menino.

A mãe disse que o filho sempre passava mal quando chegava perto da escola. “A mão dele tava fria, suando. Muitas das vezes ele desceu a rampa da escola e eu ficava no portão da escola, porque eu sabia que ele ia voltar. Ele voltava e falava 'eu não vou ficar aqui’. Eu trazia ele embora”, revela Cristiane Ferreira da Silva, mãe de Nathan.

A psiquiatra infantil Vera Zimmermann diz que são os pais e a escola que precisam ensinar os estudantes a aceitar as diferenças de cada um. “Esses conflitos sociais que existem na escola teriam que ser sempre monitorados e discutidos numa forma de mediação entre as partes, para que esse conflito se torne algo produtivo para o desenvolvimento. E não algo que iniba o desenvolvimento de uma das partes”, afirma Vera Zimmermann, psicóloga.

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