terça-feira, 26 de abril de 2011
Projeto 'Quem Manda lá em Casa é o Respeito' inicia suas atividades
“A violência contra a mulher se transformou na principal causa de morte do sexo feminino e por isso já é considerada como um problema de saúde pública”, afirmou a promotora de Justiça, Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, na palestra que marcou a abertura dos trabalhos do Projeto 'Quem Manda Lá em Casa é o Respeito', ação desenvolvida pelo Ministério Público Estadual, em parceria com o Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs-MT).
A palestra de ontem (25.04) foi ministrada para 78 detentos do Centro de Ressocialização de Cuiabá (Carumbé), unidade que funcionará como projeto piloto dessa iniciativa. Além das palestras serão realizadas atividades com psicólogos e assistentes sociais para os infratores da Lei Maria da Penha.
De acordo com as promotoras Lindinalva Dalla Costa e Elisamara Portela, a violência doméstica normalmente é fruto de uma educação machista, que estimula o sentimento de superioridade dos homens em relação às mulheres. Neste cenário o ciúme potencializa os crimes contra o sexo feminino, pois é a causa de 90% dos ilícitos.
As estatísticas apontam que a cada dois minutos cinco mulheres são agredidas no Brasil. O problema está presente em todos os segmentos sociais e, em quase 70% dos casos, os agressores são companheiros ou ex-companheiros das vítimas. “Desde a instauração da Lei Maria da Penha percebemos que houve uma queda no número de crimes contra a mulher, porém, o problema ainda persiste, o que nos motivou a criar iniciativas que sensibilizem a população carcerária e a sociedade em geral”, disse a promotora Elisamara Portela.
Para o secretário adjunto de Trabalho e Emprego da Setecs, Jean Estevan de Oliveira, que representou a secretária e primeira-dama do Estado, Roseli Barbosa no evento de inauguração das atividades do projeto, a iniciativa simboliza valorização da família. “A mulher está inserida no contexto familiar e faz parte do principal núcleo de inserção do homem na sociedade. Com o projeto, acredito que os reeducandos e detentos da violência deste gênero terão uma oportunidade de reescrever sua própria história”, salientou o secretário.
O PROJETO
O Centro de Ressocialização de Cuiabá (Carumbé) abriga os infratores da Lei Maria da Penha da Grande Cuiabá. Dentre os ilícitos que caracterizam o crime está a lesão corporal, ameaça, homicídio, estupro e demais agressões contra a pessoa humana.
A legislação foi criada para dar uma proteção especial para mulheres, que muitas vezes acabam se tornando refém de uma situação humilhante dentro de sua própria residência.
O Projeto 'Quem Manda Lá em Casa é o Respeito' terá duração de dois anos, com realização de atividade em unidades carcerárias, bairros e associações comunitárias de Cuiabá. Posteriormente a ação será levada também para as cidades do interior do Estado, numa iniciativa de caráter preventivo e educativo.
A execução do projeto está a cargo da Promotoria Especializada no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e da equipe multidisciplinar da Setecs-MT.
XXXVI Jogos Estudantis Cuiabanos abrem neste sábado
Os XXXVI Jogos Estudantis Cuiabanos, evento promovido pela Prefeitura Municipal de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Cidadania, serão abertos oficialmente neste sábado, dia 30, no Ginásio Verdinho (CPA I), às 9 horas.
O evento é realizado conjuntamente com a Federação Mato-Grossense de Futsal com o apoio da Universidade Federal de Mato Grosso/Faculdade de Educação Física e das Federações de Atletismo, Basquete, Voleibol, Judô Handebol e Xadrez, com a participação das escolas estaduais, municipais, particular e federal e para alunos regularmente matriculados nos estabelecimentos de ensino do Município de Cuiabá até à data de 31 de Março de 2011.
As inscrições estão abertas, na Secretaria de Esportes e Cidadania-SMEC, localizada na Rua: Comandante Costa, nº 1554, até o dia 26 de abril, até às 17:00h.
Confira os principios decorrentes da Política Municipal de Desporto e Lazer e os Objetivos do XXXVI Jogos Estudantis Cuiabanos :
I - Democratizar e descentralizar a prática das atividades esportivas, assegurando a todos o direito de participação;
II- Estimular o desenvolvimento do nível técnico-esportivo das representações escolares;
III-Propiciar a todos, oportunidade de participação espontânea nos programas de lazer;
IV-Fortalecer a organização de atividades esportivas educacionais, com o envolvimento de grandes grupos;
V- Fomentar o desporto educacional e de participação, sem perder de vista o desporto de rendimento, ou espetáculo.
Objetivos
I- Fomentar a prática de atividades esportivas educacionais;
II- Propiciar o desenvolvimento integral da pessoa humana como ser social, autônomo, democrático e participante, contribuindo para o pleno exercício da cidadania;
III- Promover a integração sócio-esportiva entre Escolas da Rede Particular e Pública de ensino;
IV- Possibilitar ao aluno o desenvolvimento de suas habilidades no esporte;
V- Estimular o desenvolvimento técnico esportivo entre os participantes, buscando avaliar e apresentar subsídios a partir de análise científica, quantitativa e qualitativa.
VI- Definir a escola que irá representar o município de Cuiabá nos Jogos Escolares Mato-grossense(Categoria “ A “ e “B”).
VII-Selecionar atletas para compor a seleção cuiabana nas diversas modalidades.
Artigo - Tortura Escolar
Segunda, 25 de abril de 2011, 11h35
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Aprovação Escolar é Uma Vitória Conjunta de Pais e Filhos, que Deve Começar Já
Agora em abril, saem as notas do 1º bimestre escolar. Se, para você, isso significa a repetição daquela velha tortura anual, ainda é possível evitá-la.
Basta começar agora, neste início de ano, um trabalho junto ao seu filho, que vai exigir apenas amor, atenção e disciplina.
Não conte com milagres. Seu filho não vai mudar por si só, porque depende de você para formar-se como gente. Então, não espere as más notas de abril para começar a agir e ter de estragar as férias de julho tentando recuperar tudo no 2º semestre. Comece já.
Reserve na agenda diária do seu filho um momento determinado para estudar e fazer as lições, assim como para descansar entre escola e as tarefas.Deve horário limite para dormir.
Se isso é impossível por causa de outros compromissos (como inglês, academia, natação, etc...), remaneje tudo e até cancele algum item; já que a escola é a grande prioridade.
O processo começa no cumprimento dos horários, na arrumação da mochila, na organização da roupa, na ordem e limpeza dos cadernos e de todo o material escolar.
A cada dia, verifique se as lições foram feitas. Depois, veja a correção e comente-a construtivamente. Faça-o perceber que é competente para acertar o que não está correto. Para saber se o seu filho estudou, faça-lhe perguntas lendo o material indicado.
Não acredite em todas as desculpas. Se precisar, mande bilhetes aos professores, pedindo respostas. Tenha a agenda semanal das aulas. Acompanhe as datas de entrega de trabalhos.Participe das reuniões que tratem do desempenho do seu filho; principalmente nas matérias em que ele tenha mais dificuldade. Saiba também como vai o lado disciplinar.
Fazendo apenas isso, você já observará uma melhora sensível, porque ele saberá que está sendo monitorado e também vai vigiar-se mais.
O relacionamento de vocês tem de ser um misto entre “eu te amo muito” e “todos nós temos obrigações”.Então, não se ausente, nem se omita. Você é a principal referência.
Ouça seu filho sempre, ainda que filtrando as “verdades” dele. Reconheça cada progresso e mostre ao seu filho do que ele é capaz; encorajando-o.Mas sem exageros, rojões ou presentes caros.Explique sempre a ele que a escola é um importante presente.
Quando ele burlar as regras, converse e imponha restrições temporárias em algo de que ele goste. Assim, vai respeitar o estabelecido.
Ensine-o a empenhar mais energia nas matérias em que tenha mais dificuldade ou de que não goste.Afinal, o importante é ter uma média razoável em todas.
Nunca o compare com outros alunos, nem com parentes e amigos, para não sentir-se inferior e perder o ânimo necessário para superar obstáculos.Trata-se de um desafio pessoal, que ele deve esforçar-se para vencer. Vencer-se a si mesmo é a maior vitória possível.
Os avanços devem ser graduais e saboreados um a um. Assim, o 1º bimestre já será mais aceitável, o 2º um pouco melhor, o 3º bom e, no 4º, a missão estará cumprida.
Seu filho se sentirá um vencedor e poderá verificar que valeu a pena todo o esforço. Ele terá a sensação de uma vitória conjunta, fortalecendo em sua mente a idéia de família, e estará gratificado por ter sido alvo de sua contínua atenção equilibrada e sábia.
Essa trajetória conjunta valerá para vocês como estímulo para vencerem outros desafios futuros, nos quais a obediente confiança dele em você, e a sua atenção ao que realmente importa na vida dele, farão toda a diferença.
Dr Alessandro Vianna - Psicoterapeuta www.alessandrovianna.com.br
Artigo - Educação ambiental, um direito
É sabido que a relação do ser humano com a natureza existe desde o surgimento deste na face da terra. É sabido, também, que as civilizações antigas eram essencialmente camponesas. Por uma questão de sobrevivência nossos ancestrais começaram a desenvolver capacidade de apropriar-se da natureza e dela extrair seu sustento. Evoluíram e com a evolução surgem as organizações urbanas. Em todo o desenrolar desse processo começa a preocupação com o sistema educativo visando ao bom convívio em sociedade. Na Grécia antiga, por exemplo, o sistema filosófico servia como base para a sustentabilidade do sistema social.
Modernamente a preocupação com a conservação ambiental, via clarificação de informações, se tornou uma necessidade básica em qualquer parte do mundo. Hoje o marco conceitual aceito internacionalmente sobre educação ambiental e meio ambiente se referencia ao proposto em Tbilisi em 1972, quando da realização da 1ª conferência sobre este importante tema, e sua premência na evolução da vida. Desta conferência saiu a recomendação nº 01, que trata das funções, objetivos e princípios básicos que norteia a educação ambiental como forma regulamentadora e orientadora, de preparação de recursos humanos para a sustentabilidade da vida no mundo.
Para muitos educadores e instituições de ensino, a educação ambiental é um poderoso instrumento de transformação da sociedade humana, de sensibilização e respeito a valores éticos inalienáveis à vida e à justiça social. Albert Einstein, já questionava no início do século passado, "porque estamos tão pouco felizes com esta maravilhosa ciência aplicada que economiza trabalho e torna a vida mais fácil. E respondia a si mesmo, alegando que era simples, é porque ainda não aprendemos a nos servir dela com bom senso". Existe hoje o Programa Internacional de Educação Ambiental (Piea), coordenado pela ONU integrando continentes, envolvendo 133 países. Este programa tem como objetivo o aperfeiçoamento e a ampliação de conteúdos, métodos e produção de material didático/pedagógico para educadores ambientais, visando à sensibilização da sociedade humana para a difusão continuada da educação ambiental. No Brasil a educação ambiental, deu seus primeiros passos, estabelecendo-se como instrumento de mudanças conceitual e pensamento sustentável a partir da década de 70.
A Constituição Brasileira de 1988 assegurou sustentabilidade legal em todo território nacional. A região Amazônica e, em especial Mato Grosso, detentor de rica biodiversidade, constitui-se naturalmente em um referencial de convergência frutífera para soluções ou agravamento das questões ecológicas e ambientais. Portanto, senhoras e senhores, a situação esta posta cabe agora aos poderes constituídos, cientistas, pesquisadores e sociedade encontrar o melhor caminho para desenvolver com responsabilidade a sustentabilidade pretendida. Nesse viés penso que a educação ambiental é condições sine qua non para a gestão didático-pedagógica do verdadeiro desenvolvimento sustentável. Vejo também que há hoje instituições governamentais empenhadas em desenvolver ações educativas elevando a sua prática à vida cotidiana. Já é um bom começo não?
Romildo Gonçalves é biólogo, mestre em educação e meio ambiente, perito ambiental em fogo florestal e professor/pesquisador da UFMT/Seduc.
E-mail: romildogoncalves@hotmail.com
Artigo - Territórios etnoeducacionais
Prezado leitor, ainda inseridos nas discussões que perpassaram toda essa semana, onde se comemorou o dia do índio, tivemos várias matérias e depoimentos nestes dias, em diferentes jornais e sites, falando dos avanços e das dificuldades pelas quais passa esse segmento da sociedade brasileira, que ao longo de séculos tem procurado sobreviver aos embates imprimidos pelo que na antropologia chamamos de encontro de culturas.
Fazendo uma leitura do que foi abordado esse ano, deixando de lado as tradicionais matérias sobre o que existe de exótico nas culturas ameríndias, que é comum neste período, às reportagens em sua maioria abordaram temas mais reflexivos e propositivos, que envolviam questões de políticas públicas.
Isso é muito interessante e positivo, uma vez que se começa a pensar a temática indígena numa perspectiva de parte integrante da sociedade envolvente, com direitos e deveres a serem conhecidos e respeitados por todo cidadão brasileiro.
Falaram-se muito nas conquistas que os povos indígenas obtiveram nestes últimos anos, nos avanços que se conseguiu para a melhoria da qualidade de vida e de manutenção das práticas culturais das mais de 210 etnias presentes no estado brasileiro.
Quero ressaltar nesta conversa de hoje, para reforçar o que foi dito em alguns noticiários, que entre as conquista mais significativas que as comunidades indígenas obtiveram nos últimos anos, podemos afirmar com convicção que a principal foi o decreto presidencial que criou os territórios etnoeducacionais em todo o país.
Para entender do que se tratam, os etnoterritórios foram uma forma de reconhecer que os povos indígenas vivem em distintos espaços físicos, com cenários e processos socioambientais e territoriais, que envolvem extensas redes de trocas de reciprocidades que extrapolam as fronteiras politicamente demarcadas.
O Ministério da Educação, ciente dessa complexa rede interétnica, geográfica e histórica, propôs a partir da reivindicação das diversas etnias e dos órgãos de apoio à causa indígena, a formulação de uma política onde fosse estabelecido um regime de colaboração, ou seja, uma gestão compartilhada, em que o planejamento e a gestão pública estivessem como ponto convergente o princípio do reconhecimento e afirmação da diversidade étnica e cultural dos povos indígenas brasileiros.
De maneira geral, a criação dos territórios etnoeducacionais visa à operacionalização e um tratamento mais específico para o desenvolvimento e fortalecimento da educação escolar indígena, buscando ações que contenham estratégias que possam atender a demanda dos povos indígenas nas mais diferentes situações, como é o caso dos povos indígenas que ocupam áreas de fronteiras. Acaba assim com a concepção de fronteira estática e as políticas públicas são pensadas por povo, independente do estado da federação em que estiver inserido.
A proposta também trás em seu bojo a preocupação da contratação de professores indígenas e outros profissionais dessas escolas, a ampliação da formação inicial e continuada de professores indígenas, a produção de materiais didáticos e a melhoria da rede física das escolas das aldeias.
Em Mato Grosso temos, até o momento, oficialmente criadas três regiões etnoeducacionais que são Xingu, Cinta Larga e Xavante. Outras estão em fase de discussão e planejamento para serem implantadas.
A criação pelo governo federal dos territórios etnoeducacionais, que estabelece ações mais efetivas para as etnias indígenas, independente da região em que se encontra, foi sem dúvida uma das mais importantes ações feitas nos últimos anos para as comunidades indígenas.
ELIAS JANUÁRIO é doutor em Educação, professor de Antropologia da Unemat. E-mail: eliasjanuario@terra.com.br
Artigo - Educar para saber usar
O dia em que governantes e gestores públicos entenderem que a educação ambiental não deve ser tratada como um simples apêndice da educação formal certamente tudo no planeta mudará para melhor. Seja no Brasil ou no restante do mundo, a lógica da vida seguramente será outra. Pena que nem todos pensam assim.
Tudo o que somos, vivemos ou vivenciamos depende diretamente do meio ambiente, pena que nem todos pensam assim. Há um ditado que diz, o meio ambiente é tudo, penas que nem todos pensam ou entendem assim. Para que a natureza possa nos proporcionar a vida que queremos, é fundamental que tenhamos com ela a mesma complacência e respeitabilidade, que ela nos proporciona, no entanto, para muitos essa lógica não tem lógica.
Penso ser importante que nos seres humanos tenhamos o mínimo de conhecimento da dinâmica da vida, para entendê-la, compreendendo o que significa o Ar, a Água, a Terra e o Fogo. Ou seja, os quatro elementos básicos que dão origem, perpetua e sustenta a vida, sobre os quais ainda sabemos muito pouco.
Albert Einstein, já questionava no inicio do século passado, por que estamos tão pouco felizes com esta maravilhosa ciência aplicada que economiza trabalho e torna a vida mais fácil. E respondia a si mesmo, alegando que era simples a resposta "porque ainda não aprendemos a nos servir dela com bom senso". Ao delinear política educacional para o estado de mato grosso, incluindo nesse contexto a educação ambiental, como fator de formação humana, os gestores públicos deveriam ter uma visão macro do contexto.
As Secretarias de estado de educação e meio ambiente precisam visionar urgentemente essa questão para consolidar formação adequada de profissionais a atuar no estado. Elencar visão holística das questões apontando áreas específicas, não esquecendo o todo na sua essência, é o caminho. Fomentar ações educativas literalmente comprometidas com a preservação da vida e com desenvolvimento sustentado, preparando recursos humanos para atuar no meio rural base de sustentação econômica local.
Interagindo uso racional do meio ambiente, prevenção e controle do fogo florestal, controle dos recursos hídricos, produção agrícola, questões ainda conflitantes... E mudar esse estado de coisa tão em voga e presente. Com raciocínio logico seguramente viabilizarão tais incongruências nesse século! Se agir! Executar política ambiental com sustentabilidade é também dever basilar do poder e dos gestores públicos.
E, é exatamente ai que esta o x da questão, pois até o momento o estado não conseguiu mirar essa politica com a dimensão que mato grosso exige. Capacitar produtores rurais, madeireiros, ribeirinhos, assentados, silvícolas... Será o "viés" da politica ambiental para diminuir impactos ambientais desnecessários em curso no estado. Todavia é preciso uma sintonia fina para entender e atender as nuance ambiental como princípio básico da evolução humana.
Para realização das atividades aqui pontuadas, as referidas secretarias precisam estar conectadas com a importância da educação ambiental na formação integral do ser humano, viabilizando debates ambiental/educação/econômico/social, fundamentado nos princípios da racionalidade e da razoabilidade.
Mato Grosso contribui de forma significativa, com o desenvolvimento do país, todavia chegamos a um ponto onde só é possível mirar dois caminhos, produzir preservando ou preservar produzindo, condição se-ne-qua-non, para que tenhamos qualidade de vida e vida com qualidade. Ampliar a visão no mundo das ciências é assegurar sustentabilidade a vida. Mato Grosso detém em seu território uma universidade federal na capital mato-grossense, e campi em polos estratégicos.
Uma universidade estadual com campi muito bem posicionados no estado; centros federais tecnológicos, e faculdades particulares também estão dispersas no território mato-grossense. Com o que temos, já é um bom começo, no entanto, estamos ainda muito aquém da demanda reprimida. Portanto seria de bom senso que as secretarias em foco interagissem com as secretarias municipais de educação/Ambiente, numa visão mais dinâmica e abrangente e fizesse acontecer à educação ambiental na sua essência.
Viabilizar meio que permitam a formação cidadã e o uso harmônico do meio ambiente é a missão da educação ambiental, esse é acertadamente o caminho. Vamos aguardar!
ROMILDO GONÇALVES é biólogo, mestre em educação e meio ambiente, professor/pesquisador da Ufmt/Seduc romildogoncalves@hotmail.com
Artigo - Educação versus Preconceito
Já que a falta de obras importantes para a Copa do Mundo que se avizinha, ou a catástrofe que abala o Japão, ou o massacre na Líbia, ou a precariedade no sistema de saúde do país todo, não são de grande importância.
E já que o que de maior importância ocorreu nesse início de ano foi a inesquecível final do BBB 11, o centésimo gol do goleiro artilheiro, a aposentadoria do Fenômeno, o repatriamento do Imperador e o filosófico debate da talentosíssima Preta Gil com o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), também quero palpitar. E é nesse acalorado assunto que eu, mesmo não convidado, entrarei.
Muitos já opinaram. Inclusive alegaram que esse balburdio tem o objetivo de
fazer aparecer alguém que vive na sombra do talento inegável de sua figura paterna. Ou que o outro seria um troglodita que demonstra em suas falas o racismo, a homofobia e a sua total falta de complacência com as ideias alheias.
Na minha humilde opinião, ou melhor, na minha intromissão, entendo essa
discussão como desimportante. Não vejo como preconceito dizer o que se pensa. Temos o direito de gostar ou desgostar de quem quer que seja. Obrigar o outrem a ter opinião idêntica àquela que fora regulamentada seria, a meu ver, o preconceito. Não devo ser obrigado a gostar de quem pensa diferente de mim, desde que aquele não me humilhe, me agrida ou incite outros a fazê-lo.
Já disseram uma vez (não me lembro quem), que a opção sexual é algo pessoal, não cabendo a qualquer outro, fora os profissionais e entendedores do assunto, debater, até porque não é algo passível de posicionamento.
Agora, sejamos sensatos, o desfile anual dos homossexuais, que objetiva fazer campanha contra a homofobia, nada acrescenta, os curiosos - são quase em sua totalidade simplesmente isso -, presenciam a tudo somente como veículo de diversão e não como informação.
Melhor age para mudar a consciência de muitos é o que anônimos fazem. Agem, no seu dia-a-dia, executando suas funções normalmente. Nada de alarde. Não gritam, nem forçam que os vejam como iguais, mas mostram que o são. São profissionais da mais ampla gama de segmentos e que cumprem suas funções com seriedade, integridade e rigidez de caráter. O que fazem fora disso, se não atinge os outros, não interessa ou não deveria interessar.
O que falta ao ilustre deputado não é a cassação, como querem alguns, nem
deixar de estar ligado ao paleolítico, como dizem outros, mas sim buscar mais
informação, leitura e até parar de querer aparecer de qualquer forma - ainda mais dessa que mancha sua trajetória. Diriam ainda que currículo de figuras eleitas pela população não mais tem o que sujar.
A verdade é que mudanças na lei, objetivando o combate a homofobia, em nada irá alterar, vide a aclamada Lei nº. 11.340/2006 (popularmente conhecida como Lei Maria da Penha), que, apesar de vir com um objetivo importante em quase nada modificou o drama sofrido pelas mulheres.
O Brasil padece de um grande mal, visto que não é nossa cultura o apego a
educação. Crescemos de forma desordenada, somente indo de encontro a qualquer coisa, sem um objetivo, um fim.
Muitos países destacam-se ao projetar-se na briga pelas primeiras posições das nações mais desenvolvidas, contudo com um grande incentivo a educação, tendo esta como primeiro passo de todos os outros passos. Incluindo aqui melhores condições de trabalho aos educadores, bem como melhores salários.
Um grande exemplo é a Coréia do Sul que há poucos anos não passava de um país de maioria rural e nos anos 50 estava destruído por uma guerra civil que dividiu as Coréias, deixou um milhão de mortos e a maior parte da população na miséria. Um em cada três coreanos era analfabeto. Hoje, oito em cada dez chegam à universidade.
LOUREMBERGUE ALVES JÚNIOR é advogado, Diretor Jurídico da Federação Matogrossense de Capoeira e aprendiz de poeta.
http://louremberguealvesjunior.blogspot.com/
louremberguealves_jr@hotmail.com
Mais de 13 mil candidatos se inscreveram para vestibular da Unemat e concurso CFO
Ao todo 13.646 candidatos se inscreveram para o concurso vestibular da Universidade do Estado de Mato Grosso e para o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (CFO). Estão sendo ofertadas 1.800 vagas para ingresso nos cursos de graduação pela Unemat e outras 70 vagas para CFO.
As provas serão realizadas nos dias 22 e 23 de maio, a partir das 8 horas da manhã, horário de Mato Grosso, mas os candidatos devem chegar com pelo menos uma hora de antecedência. As provas ocorrem em 13 cidades de Mato Grosso: Alta Floresta, Alto Araguaia, Barra do Bugres, Cáceres, Colíder, Juara, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda, Sinop e Tangará da Serra, além de Cuiabá, Rondonópolis e Barra do Garças, que apesar de não possuírem campus da Unemat também são polos de prova.
A Unemat oferta semestralmente 1.800 vagas para ingresso em um dos 44 cursos de graduação em nível superior em 10 dos 11 campi da instituição, e 25% de todas as vagas disponíveis são reservadas para a política de inclusão e integração étnico-racial da instituição.
Os candidatos inscritos devem ficar atentos aos prazos previstos no edital, pois no dia 29 de abril a Coordenadoria de Concursos e Vestibulares divulga a relação de inscrições deferidas e indeferidas, e no dia 09 de maio, divulga os locais de realização das provas dos candidatos. As pessoas que necessitarem de atendimento especial durante a realização das provas tem até o dia 16 de maio para fazerem o requerimento conforme prevê o edital.
Para mais informações acesse: www.unemat.br/vestibular
Novo concurso do IFMT deve ofertar mais de 600 vagas
Pelo menos 645 novas vagas para o Instituto Federal de Mato Grosso serão preenchidas por concurso público. A autorização do Ministério da Educação foi publicada em Diário Oficial, para professor de carreira de educação básica, técnica e tecnológica e técnico-administrativo em educação.
As vagas são para três níveis de classificação. Ao nível "C", são ofertadas para Mato Grosso 110 vagas. Ao "D", 340 e, ao nível "E", 195, segundo a publicação. A data e realização do concurso não foi divulgada e caberá aos dirigentes de cada instituto federal. Conforme a portaria, o provimento dos cargos será escalonado e está condicionado a existência de vagas na data de nomeação.
Em Mato Grosso, há campi do IFMT em Cuiabá ( sendo duas unidades ), Cáceres, São Vicente, Barra do Garças, Campo Novo dos Parecis, Confresa, Juína, Pontes e Lacerda e Rondonópolis e, uma em Sorriso, em fase de implantação.
Abertas as inscrições para o processo seletivo da Secitec em Barra do Garças
Estão abertas nesta segunda-feira (25.04) as inscrições do processo seletivo da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Secitec), unidade Barra do Garças (515 km de Cuiabá). A Escola Técnica oferece 280 vagas divididas em sete cursos técnicos, com duração média de um ano e seis meses a dois anos.
Para 2011 a unidade educacional oferece os cursos técnicos de Nível Médio em: Meio Ambiente, Vendas, Segurança do Trabalho, Saúde Bucal, Enfermagem, Guia de Turismo e Edificações. Para concorrer a uma das vagas o candidato deve ter concluído, estar cursando o 2º ou o 3º ano do Ensino Médio. Para se inscrever no processo seletivo da Secitec de Barra do Garças o interessado deve ir até a sede da escola técnica, apresentar um documento com foto e preencher um formulário de inscrição.
A inscrição, que é gratuita, segue até o dia 06 de maio e pode ser feita das 8hs às 11hs, das 14hs às 16h30, e das 20hs às 22hs. O candidato que estiver internado em alguma unidade hospitalar tem a opção de participar da prova do processo seletivo. Basta um responsável do enfermo fazer a inscrição e solicitar 48 horas antes da prova o direito de avaliação, para que o candidato hospitalizado faça o exame no ambiente hospitalar. Já a candidata que tiver necessidade de amamentar durante a prova deve protocolar na unidade educacional, até 4 dias antes da prova, uma solicitação de atendimento especial. A candidata obrigatoriamente terá de levar no dia do exame um acompanhante que ficará responsável pela guarda da criança.
PROVA
A prova do processo seletivo está marcada para ser realizado em três períodos. De acordo com o diretor da unidade educacional, Antônio Soares Gomes, os candidatos vão enfrentar o exame no mesmo período em que ocorrem as aulas. Os cursos Vendas e Meio Ambiente será realizado pela manhã e sendo assim os candidatos matriculados em ambos os cursos vão enfrentar a prova no período matutino, ás 6h30, no dia 16 de maio.
Já os interessados em cursar Segurança do Trabalho, Saúde Bucal e Enfermagem, estes ministrados à tarde, irão passar pelo processo seletivo às 12hs do dia 17 de maio. E os inscritos em Guia de Turismo e Edificações, cursos realizado a noite, vão passar pela prova às 18hs de 18 de maio.
O gabarito preliminar do processo seletivo, que conta com 50 questões, sendo 25 de português e 25 de matemática, será divulgado no dia 19 de maio. As matrículas começam no dia 25 e segue até o dia 31 de maio. Já as aulas estão previstas para começar em 06 de junho. A Escola Técnica de Barra do Garças fica na rua Xavante, esquina com a Independência, s/n, Centro.
Inscrições para exame de proficiência em línguas estrangeiras começam dia 2
Começam na próxima segunda-feira (02), e vão até o dia 13 de maio, as inscrições para o exame de proficiência em Línguas Estrangeiras e Português para estrangeiros para os cursos de pós-graduação stricto sensu da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Os interessados deverão acessar o site www.uniselva.org.br. Será cobrada uma taxa de R$ 60,00.
Os testes em Línguas Estrangeiras incluem três idiomas: inglês, francês e espanhol. As provas serão aplicadas no dia 29 de maio, às 8 horas, no bloco do Instituto de Linguagens (IL). A relação de candidatos com inscrição confirmada e das salas onde serão realizadas as provas será divulgada no mural do Departamento de Letras, no IL, e no site da UFMT (www.ufmt.br), no dia 26 de maio, a partir das 14h. A lista dos aprovados será divulgada no dia 13 de junho, a partir das 14 horas.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3615 8403, no período matutino.
Professores da UFMT vão parar por 24h no dia 28 de abril
Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) vão parar por 24 horas no dia 28 de abril, próxima quinta-feira. Portanto, não haverá aula na UFMT.
A maioria das universidades federais do país também vai parar no dia 28, em estados como Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, entre outros.
O movimento é uma reação contra o congelamento dos salários do funcionalismo federal até 2019, conforme prevê a MP 549, e contra a precarização do trabalho docente.
O ato tem a adesão de outras categorias do funcionalismo federal, que também serão prejudicadas pela MP 549.
Para marcar a paralisação do dia 28, conforme decisão de Assembleia Geral, a ADUFMAT S.SIND, que é o Sindicato dos Professores da UFMT, está articulando um ato público, a partir das 9 horas, na praça Alencastro, Centro de Cuiabá. A concentração está marcada para as 8h em frente ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), antiga Escola Técnica Federal (ETF), com caminhada até a praça.
“Vamos todos paralisar e ir ao ato. É o momento de mostrarmos nosso descontentamento”, convoca o presidente da ADUFMAT S.SIND., professor Carlinhos Eilert. Segundo ele, lutar por melhorias na Universidade Federal é lutar por um ensino superior de qualidade, público, laico e socialmente referenciado.
Os docentes estão se articulando para fazer forte campanha salarial este ano, por reajuste já e no intuito de incorporar as gratificações em uma linha única no holerite. Assim, não haverá essas perdas na aposentadoria.
Além de reajuste salarial, os professores cobram melhores condições de trabalho. Há uma reclamação generalizada com relação ao espaço de trabalho disponibilizado ao professor na UFMT e em outras federais, desde a ausência de sala e computadores até falta de equipamentos mais sofisticados, como os exigidos em laboratórios.
Os professores das universidades federais estão também lutando por um Plano de Carreira, Cargos e Salários, que foi apresentado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) ao Governo Federal, como contraproposta ao que já está tramitando no Congresso Nacional. Na visão dos professores, o plano elaborado durante o Governo Lula, ainda em trâmite, coloca em risco alguns pilares conquistados, historicamente, pelo Movimento Docente, como o regime de Dedicação Exclusiva e a produção intelectual socialmente referenciada, ou seja, a serviço da sociedade.
*Com informações da assessoria da ADUFMAT
Seduc/MT Educação Servidores da educação param dia 27
Segundo informações da categoria servidores da Educação de Mato Grosso farão uma paralisação de advertência no dia 27 de abril e ameaçam entrar em greve caso o governo do Estado não implante o piso salarial de R$ 1.312. Os profissionais reivindicam também, investimentos na área, ampliação dos recursos conforme previsto na Constituição Estadual de 35%, posse imediata dos aprovados e classificados no concurso público nos cargos livres e hora atividade para interinos. As exigências serão avaliadas entre os dias 30 de abril e 1º de maio, quando o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) convoca a classe para discutir o assunto.
Seduc/MT Educação Reajuste salarial da Educação definido na sexta
O reajuste salarial dos trabalhadores da rede estadual de ensino em Mato Grosso deve ser definido até a próxima sexta (29).
Esta é a previsão do presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira, uma vez que o Grupo de Trabalho (GT) está analisando os dados apresentados pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), na audiência realizada nesta segunda (25) à tarde.
A indefinição se deve à mudança na sistematização dos números referentes aos repasses, despesas e folha de pagamento por parte da Seduc. “Não foi possível fechar a questão já no primeiro encontro, mas os integrantes do GT estão analisando todos os dados”, informou o sindicalista. Por enquanto, a categoria só tem a inflação de 2010 garantida, algo em torno de 6%. É preciso obter ainda o índice de crescimento do Estado e, em cima deste valor, calcular o percentual possível que também contribuirá para o reajuste.
De acordo com Gilmar Soares, a intenção é levar uma proposta formal para a categoria analisar no próximo Conselho de Representantes, que ocorre no final de semana, a partir das 14h do dia 30 de abril, e durante todo o dia 1° de maio, no Hotel Fazenda Mato Grosso. A pauta de reivindicações protocolizada pelo Sintep/MT no dia 21 de janeiro deste ano junto à Seduc aponta o piso salarial de R$ 1.312,00.
Fonte: Assessoria
Sai calendário unificado do vestibular 2012 de universidades paulistas
O calendário unificado de alguns dos principais vestibulares de universidades paulistas foi divulgado nesta terça-feira (26). As datas de inscrições, provas e resultados são da Fuvest - responsável pelo processo seletivo da Universidade de São Paulo (USP)-, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Instituto Tecnológico de Aeronática (ITA), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).
As datas foram planejadas para que não ocorra sobreposição com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), segundo a Fundação Vunesp. A data do Enem ainda não foi divulgada. O acerto foi feito pelo grupo de universidades paulistas com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação responsável pelo Enem. A reportagem do G1 procurou o Inep e aguarda retorno.
Veja as datas:
Fuvest
Inscrições: 26/8 a 9/9
Taxa: ainda não foi divulgada
Provas: 27/11 (1ª fase) e 8/1 a 10/1 (2ª fase)
Habilidades específicas: 9/10 a 14/10 (provas antecipadas de música e artes visuais) e 11/1 a 13/1
Resultado: 4/2 (1ª chamada)
Matrícula: 8/2 e 9/2
Veja o calendário da Fuvest (link para a página da fundação).
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Inscrições: ainda não foi divulgado
Taxa: ainda não foi divulgado
Provas: 15/12 e 16/12 (1ª fase)
Resultado: 30/1
Matrícula: 9/2
As datas são referentes ao vestibular misto da Unifesp, que considera notas do Enem e da prova da universidade. A institutição seleciona outra parte dos candidatos pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU), do MEC.
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Inscrições: não foi divulgado
Taxa: não foi divulgado
Provas: 6/11 (1ª fase) e 18/12 e 19/12 (2ª fase)
Resultado: 27/1
Matrícula: 8 e 9/2
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Inscrições: 22/8 a 23/9
Taxa: ainda não foi divulgado
Provas: 13/11 (1ª fase), 15/1 a 17/1 (2ª fase)
Habilidades específicas: 23/1 a 26/1
Resultado: 6/2
Matrícula: 9/2
Instituto Tecnológico de Aeronática (ITA)
Inscrições: 1º/8 a 15/9, exclusivamente pela internet (link para a página do ITA).
Taxa: R$ 100
Provas: 13/12 a 16/12, às 8h (horário de Brasília), em 22 cidades do país
Resultado: 30/12
Matrícula: ainda não foi divulgado
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Inscrições: ainda não foi divulgado
Taxa: ainda não foi divulgado
Prova: 20/11
Resultado: 15/12
Matrícula: 19/12 e 20/12
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Camp)
Inscrições: ainda não foi divulgado
Taxa: ainda não foi divulgado
Provas: 25/11 e 26/11
Resultado: 9/12
Matrícula: 13/12 a 15/12
UFMT suspende aulas e greve de professores começa na 5ª
www.olhardireto.com.br
Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) farão uma paralisação de 24 horas na quinta-feira (28) contra o congelamento dos salários do funcionalismo federal até 2019, conforme prevê a Medida Provisória 549, e contra a precarização do trabalho docente. As aulas estarão suspensas.
Em Mato Grosso, a paralisação é organizada pelo Sindicato dos Professores da UFMT (Adufmat) e foi decidida em assembleia geral. O grupo deverá realizar um ato público, às 9h, na Praça Alencastro, no Centro de Cuiabá. A concentração está marcada para as 8h em frente ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), antiga Escola Técnica Federal (ETF), com caminhada até a praça.
“Vamos todos paralisar e ir ao ato. É o momento de mostrarmos nosso descontentamento”, convoca o presidente da Adufmat, professor Carlinhos Eilert. Segundo ele, lutar por melhorias na UFMT é lutar por um ensino superior de qualidade, público, laico e socialmente referenciado.
De acordo com a assessoria do sindicato, os docentes tambpem se articulam para fazer uma forte campanha salarial este ano. O reajuste seria imediato e com intuito de já incorporar as gratificações em uma linha única no holerite. Com isso, evita-se as perdas na aposentadoria.
Além do reajuste salarial, os professores cobram melhores condições de trabalho. Há uma reclamação generalizada em relação ao espaço de trabalho disponibilizado ao professor na UFMT e em outras federais, desde a ausência de sala e computadores até falta de equipamentos mais sofisticados, como os exigidos em laboratórios.
Os professores das universidades federais também lutam por um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), que foi apresentado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) ao Governo Federal, como contraproposta ao que já está tramitando no Congresso Nacional.
Na visão dos professores, o plano elaborado durante o governo Lula, ainda em trâmite, coloca em risco alguns pilares conquistados, historicamente, pelo Movimento Docente, como o regime de Dedicação Exclusiva e a produção intelectual socialmente referenciada, ou seja, a serviço da sociedade.
Outras universidades federais do país também irão participar da mobilização, como em Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. O ato tem a adesão de outras categorias do funcionalismo federal, que também serão prejudicadas pela MP 549.
Educador analisa o Enem, os vestibulares e o ensino brasileiro
Exame que cobra conteúdos mínimos, se for bem aplicado, pode induzir mudanças nos projetos pedagógicos das escolas
O Enem nasceu em 1998 com uma função extremamente polêmica. A idéia principal era que, quem fizesse a prova, tivesse subsídios para decidir pela continuidade no mundo acadêmico ou pelo ingresso no mundo do trabalho. Considero que esta concepção do que fazer com o resultado da prova era um retrocesso. Guardadas as devidas proporções, era como dizer que quem acerta mais questões, em geral alunos de melhores condições econômicas, deve seguir os estudos e cursar o ensino superior. Já quem acerta menos questões, em geral alunos de famílias de menor renda, deve optar pelo mundo do trabalho ou, se for possível, fazer um curso técnico.
Várias universidades passaram a usar sua nota de forma parcial. Em 2005, ele passou a servir como critério classificatório para os alunos que tinham os requisitos básicos para concorrer a uma vaga no Prouni. Nesta época, as notas das escolas começaram a ser divulgadas através de um 'ranking' baseado na média dos alunos de cada instituição.
O exame, que não nasceu exatamente como uma política de avaliação, foi ganhando mais funções, muitas delas até polêmicas. Em 2009, o ministro da Educação, Fernando Haddad, resolveu utilizar o exame para induzir mudanças no ensino médio.
A idéia do ministro era muito simples. Se o grande problema do ensino médio é o seu programa, que não propõe práticas pedagógicas porque prioriza o ensino dos conteúdos cobrados no vestibular, mudemos o vestibular.
Foi assim, então, que nasceu o maior e mais diferente vestibular do País. Em vez de cobrar conteúdos infinitos, o Novo ENEM de Haddad propõe uma série de conteúdos mínimos, aqueles necessários para poder aprender qualquer conteúdo, e competências e habilidades para a resolução de problemas.
O que o ministro esperava, e espera, é que as escolas de ensino médio, percebendo que são outras as capacidades cobradas do aluno na seleção para o ingresso na universidade pública, mudassem seus currículos e apostassem em uma educação inovadora, baseada no "domínio de linguagens", na "compreensão de fenômenos", na "resolução de situações-problema", na "construção de argumentação" e na "elaboração de propostas éticas".
Até aqui, esta idéia não foi bem percebida pela sociedade. A culpa, é claro, é do próprio ministério, que tem se mostrado um verdadeiro trapalhão na formulação e na aplicação do exame reformado.
O Enem como indutor das mudanças do ensino médio é uma dentre as várias experiências de inovação nesta etapa de ensino. Com certeza, hoje ele é a maior delas e a que tem mais capacidade de trazer mudanças para um quadro que hoje é desolador.
Precisamos entender que, em educação, as coisas se "desenvolvem", não são simplesmente "aplicadas". Alguns discursos, como o de que universalizar as escolas técnicas estaduais e federais (que costumam ter melhores resultados nos exames de avaliação), vai melhorar a educação, não se sustentam. Essas escolas técnicas têm os melhores resultados, por exemplo no Enem, simplesmente porque selecionam seus alunos. Elas já recebem as pessoas que melhor se adaptam a este tipo de educação. Podem pesquisar. Todas as escolas públicas que estão melhor posicionadas no Enem selecionam de alguma forma seus alunos.
As experiências de contrajornada, de incentivo financeiro para permanência, de estágios para alunos de ensino médio, entre outras, apesar de poderem trazer significativos avanços para a experiência pessoal dos alunos, não conseguem ser universais e nem atuar contra o principal problema do ensino médio, que é a sua falta de função e de projeto pedagógico.
O Enem, que no último ano teve cerca de 4 milhões de inscritos, pode ser o grande instrumento para a reorientação do ensino médio. Para cumprir esta função, que é a mais importante entre tantas outras, é necessário que seja feito com competência, que as etapas de formulação, aplicação e avaliação de cada prova sejam mais transparentes para a sociedade, que o programa nacional do livro didático só aprove materiais que tenham os eixos cognitivos exigidos pelo Enem e que o MEC adote um esforço especial, e emergencial, para esclarecer o sentido, e o conteúdo, do exame aos professores e demais profissionais do ensino médio.
Artigo - A Mística em Edgar Morin
Antes de adentrar na mística propriamente dita de Edgar Morin, vamos ao primeiro momento deste artigo como o autor define mística. O autor francês vai fundamentar seu conceito no autor Petit Robert, que define mística: "União íntima com o princípio do ser". "Em seguida Morin da outras definições: "Nos monoteísmos, esse princípio Deus e mística manifestam-se por meio de contemplações quase extáticas do Ser Divino, ou por uma profunda comunhão com Ele" . Podemos perceber que numa religião monoteísta onde se crê em um só Deus. A experiência mística se da através de contemplações, mas que este modo de mística é uma relação que não tem movimento com o divino com isso é um experiência quase que parada. Destaca também o autor que essa experiência mística se da através da comunhão com o divino.
Ele cita exemplos que ele se diz impressionado com a mística de varias personalidades cristã e não cristã ele cita irmã Faustina, uma polonesa que conversava com Cristo e a Virgem. Mas ele se sente tocado por Tereza d' Ávila: "sinto-me tocado por Tereza d' Ávila, que teceu uma relação intensa de amor, inclusive no sentido físico do termo, com Jesus" . Vimos que ele ressalta a importância mística de Tereza no sentido de uma relação de amor de proximidade com Jesus que chega a ser realidade, isto é, físico.
Além desse encantamento com a mística de Tereza, Morin ressalta também a mística de São João da Cruz principalmente a poesia mística do santo ele descreve linhas da poesia a que evoca a fonte obscura: " Sua origem, eu ignoro, ela não tem nenhuma. Mas sei que todo ser tira sua origem dela, se bem ela seja de sombras" . Em seguida da ênfase aos limites do pensamento. No qual se trata em educar, pois quando mais se educa menos se compreende a neblina que causa medo e que faz resplandecer a noite e é nisto então que consiste a mística em Morin, baseada no conhecimento:
Sinto "misticamente" o momento no qual o conhecimento desemboca na ignorância, no qual o saber desemboca no mistério. Ao mesmo tempo, estou racionalmente convencido de que, quando, mas nossa ciência avança, mas ela se aproxima do Inconhecível. Mas não dou a esse Inconhecível o nome de Deus. Aqui, ainda, uno meu demônio da racionalidade com o da mística.
Podemos observar que o autor se sente místico quando o conhecimento desemboca na ignorância. Isto significa que a partir do momento que se acredita que conhece, mas no fim se sabe e então se encontra com a ignorância e faz com que o saber se encadeie com o mistério. Morin afirma que a ciência está avançando e este avanço leva para o Inconhecível, isto é, caminha para aquilo que não se conhece. Mas deixa claro que este Inconhecível não é Deus. Por fim declara que seu pensamento ainda está em conflito com a mística. Ele acredita que isso seja mau quando demônio da racionalidade, pois cria um obstáculo para se aproximar do misticismo.
Com isso podemos dizer que a mística não é somente exclusivo da religião. Edgar Morin diz que o fenômeno místico não é monopólio das religiões clássicas, as que postulam a existência de Deus. E afirma:
Ele existe, também, nas religiões seculares. O culto da nação, o amor à Pátria podem suscitar estados místicos; a bandeira, Hino Nacional deixam os fanáticos desse culto em um estado secundário de caráter místico.
Nisso ressaltamos que os estados místicos existem até mesmo fora das religiões. Eles são momentos de poesia que torna adorável uma vida, que, de outro modo, seria horrível. Existem momentos místicos em nossa vida cotidiana: digo em uma reunião com os amigos, em um rosto amado, em passeio maravilhoso e até mesmo aquilo que foi citado acima.
Buscaremos agora compreender a mística através da racionalidade. Mas será que é possível compreendermos a mística usando a razão? O autor irá dizer que sim:
O estado místico é uma experiência de não separação. Exames neurológicos realizados em monges budistas em meditação revelaram que a "chave" do misticismo seria a inibição de dispositivos cerebrais que mantêm a separação entre o eu e o universo .
Podemos dizer que a grande virtude do misticismo é a de banir essa separação. Morin diz que o fim da separação nos mergulha e nos faz sumir num grande todo que é simultaneamente vazio e Plenitude.
Então a verdade mística reúne-se a uma outra verdade e essa verdade vai dizer Edgar Morin:
Eu diria cientificamente, que na microfísica revela-se a experiência do Aspecto, que é de valor geral: tudo o que é separável é inseparável. Assim, biologicamente, somos como indivíduos, mas, ao mesmo tempo, somos inseparáveis de nossa espécie. A relação mística, mais além da separação, é a reunião dos inseparáveis.
Por fim, percebemos que Edgar Morin é um místico/racional e racional/místico. Pois a razão tem seus limites e a mística tem suas razões. Nosso texto estudado afirma que o autor com sua racionalidade têm dificuldades de crer em um Deus revelado e nem em outros tipos de divindades a não ser no sentido spinozante, no sentido que Spinoza eliminou um Deus exterior ao mundo para colocar a criatividade na natureza. Assim finaliza Edgar Morin.
Éder Fabrício Lourenço
Fonte: http://www.webartigos.com
Aula: Páscoa - Temas Transversais
Por que o coelho é o animal que simboliza a Páscoa?
Imagine que, na Páscoa, você recebeu em sua casa convidados muito especiais: habitantes de um planeta distante. Eles nunca tinham visto ovos de chocolate embrulhados em papéis coloridos, tampouco conheciam a figura do coelho da Páscoa. Encantados, os visitantes resolveram levar a comemoração para o seu planeta e o convidaram para ver o resultado.
Quando você desceu da nave espacial, levou um susto. Os ETs não trocavam ovos de páscoa, mas jiló de Páscoa. E o símbolo da festa era uma girafa! Então, você disse que estava tudo errado! Intrigados, os extraterrestres começaram a perguntar: por que o símbolo da Páscoa é o coelho? Por que os terráqueos trocam ovos? Qual o problema com a girafa? Se você não tem uma resposta na ponta da língua, não se preocupe. Agora você vai ficar sabendo tudo sobre essa festa.
A palavra Páscoa vem do hebraico Pessach, que significa ressurreição, vida nova. Os antigos hebreus foram os primeiros a comemorar a Páscoa, que possui diversos significados. Em termos históricos, ela celebra a libertação dos hebreus da escravidão no Egito e a passagem através do Mar Vermelho. Livres, eles passaram a formar um povo com uma religião e um destino comuns. É com o sentido de libertação que, até hoje, os judeus celebram esta festa. Os cristãos também comemoram a Páscoa. No entanto, o significado da festividade é diferente no cristianismo. Nela, celebra-se a ressurreição de Jesus Cristo que, segundo a bíblia, teria ocorrido três dias depois da sua crucificação. Ela é a principal festa do ano litúrgico cristão e, provavelmente, uma das mais antigas, pois surgiu nos primeiros anos do cristianismo. Ainda que todos os domingos do ano sejam destinados pelas igrejas cristãs de todo o mundo à celebração da ressurreição de Cristo (o que é feito por meio da eucaristia), no domingo de Páscoa, esse acontecimento ganha destaque, já que se festeja uma espécie de aniversário da ressurreição.
A Páscoa é uma data móvel, que acontece anualmente entre 22 de março e 25 de abril. Como no Hemisfério Norte esse período coincide com a chegada da primavera, o Pessach também é a festa do início da colheita dos cereais e da chegada da nova estação . Ela é comemorada no primeiro domingo após a lua cheia do equinócio de março. O equinócio é o ponto da órbita da Terra em que se registra uma igual duração do dia e da noite.
Mas há um modo mais fácil de saber quando é o domingo de Páscoa. Basta contar 46 dias a partir da quarta-feira de cinzas. A Páscoa cristã é antecedida pela Quaresma, período que dura 40 dias entre a quarta-feira de cinzas e o domingo de Ramos, que acontece uma semana antes da Páscoa. Os católicos destinam a Quaresma para fazer penitência, como o jejum, com o objetivo de libertar as pessoas dos pecados.
Artigo - Super-Heróis – Sem erros, sem medos
Estamos vivendo dias em que a sombra do menor erro é tida como fatalidade, como algo que nunca e em nenhuma hipótese poderia ter acontecido.
As proporções que sentimentos naturais de todo ser humano, como o medo, as saudades, o arrependimento e, pasmem, até o direito de errar, são assustadoras, pois prega-se o modelo de super-herói, ou seja, seres humanos que perderam o direito de experimentar sensações naturais a sua condição intransferível de pessoa.
Comportamentos assim fazem com que nos frustramos com mais facilidade, uma vez que nós somos obrigados a ter braços de ferro para desempenhar as mais diversas atividades sem nunca demonstrarmos cansaço e, como não se bastasse, há a nítida percepção que é desejável que os nossos corações também sejam de ferro e incapazes de pular mais forte ante a alguma situação.
Tudo isso, ainda que apregoado em diversos setores das nossas vidas, está muito longe de ser verdade. Ora, quantas marcas de tristezas e insatisfações vemos nas faces de muitos que alcançaram um posto altíssimo de destaque, os quais costumam falar de si mesmo sobre alguém que não conheceu o medo, o arrependimento e afins?
Não quero nestas linhas que escrevo, fazer demagogia ao erro, ao medo e ao fracasso, numa situação que impeça a obtenção de algo que pode fazer alguém feliz. Não, não é esta a ideia que desejo compartilhar.
Quero que os meus leitores compreendam que é preciso um reposicionamento frente a inverdades expostas nos dias atuais, nos quais a modernidade nos dá uma falsa sensação de onipotência.
Errar continua sendo humano, por mais que frases muito bem produzidas queiram dizer o contrário.
Sentir medo pode ser muito bom para nos impedir de cometer inconsequências que refletirão negativamente em nossas vidas e nas vidas daqueles que nos cercam.
Arrependimento é um sentimento que nos faz repensar atitudes impensadas em alguns momentos, que causaram dores e foram motivos de amargas lágrimas nos olhos de quem nos amava ou ainda nos ama.
Contudo, a bem da verdade é que nenhum destes sentimentos pode ser motivo de vergonha, pois são comuns a todo mundo, ainda que nem todo mundo os admita.
Não se pode desconsiderar, entretanto, que a administração pessoal merece espaço em nossas tumultuadas agendas. Precisa-se de completa dedicação para melhor governar a nós mesmos, pois tudo o que fazemos hoje terá, certamente, reflexos em algum momento do futuro.
É preciso saber estabelecer metas atingíveis. A aposta no incerto não pode ser feita inconsequentemente. Precisa-se avaliar o que passou, o que se está passando e o que queremos que venha ser realidade para nós no futuro.
Não é o caso de nos entregar ao fracasso, mas é o caso de conhecer os nossos limites, saber que precisamos de um tempo só para nós mesmos. É preciso esclarecer para nós mesmos que não é incapacidade ou insegurança dizermos “não” para algo que receamos as possíveis consequências, ou seja, o “não” também pode ser um excelente método de administrar impactos.
Por fim, viva com mais tranquilidade, conheça os seus limites, faça um planejamento adequado á realidade que se deseja viver, sem nunca desconsiderar a importância de se ter um tempo só para você mesmo e, também, para aqueles que realmente se importam com o seu bem-estar.
Desta forma, certamente diminuiremos os casos de depressão, que assolam muitas pessoas exigentes demais consigo mesmas e, acredite, professor, nossos alunos não podem ficar sem saber destas verdades, pois muito mais do que nós, o futuro será ainda mais exigentes com eles e, nós, não queremos que eles vivam insatisfeitos e frustrados, pois se assim se tornarem, a felicidade será uma utopia.
Erika de Souza Bueno - Professora de Língua Portuguesa e Espanhol pela Universidade Metodista de São Paulo. Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, sociedade e família.
domingo, 24 de abril de 2011
Dica de Livro - Cangaceiros inspiraram novos políticos
da Livraria da Folha
Análise do cangaço faz pensar no banditismo visto nos dias de hoje
Os cangaceiros são figuras míticas no mundo popular brasileiro. Entre heróis supostamente vilões, e vice-versa, algumas das histórias ouvidas, contadas e repassadas os colocam ora como frios assassinos, ora como defensores dos mais pobres, quase exigindo o título de Robin Hood para os diversos bandos. E o conhecimento coletivo das pessoas sempre despenca em Lampião e Maria Bonita, mas há muito mais por trás desses personagens.
Felizmente, o ensaio "Os Cangaceiros", de Luiz Bernardo Pericás chega a tempo para contar melhor os detalhes de homens e mulheres que viraram lendas do sertão, com suas vestimentas típicas, facão e arma na mão e motivações várias.
Como bem resume Lincoln Secco, que escreve na orelha da obra, "na história do Nordeste brasileiro o cangaço apareceu como a forma pela qual se moviam as contradições típicas de uma sociedade formada por populações errantes, pobres e vitimadas pelo mandonismo local, e marcada pela instabilidade. No entanto, a miséria não era a única motivação para a entrada no cangaço."
Reuters
Cabeças dos cangaceiros, incluindo as de Lampião e Maria Bonita, foram expostas pr policiais em diversas cidades do Nordeste
Em um texto gostoso de ser lido, o estudioso apresenta o real interesse dos bandos, a maneira que se relacionavam com os coronéis de cada cidade, as regras existentes entre eles próprios, o papel da mulher para seus prazeres e desmitifica o papel de Robin Hood citado anteriormente, apontando que o interesse nas riquezas e outros poderes era para o próprio cangaceiro, e o resto que se explodisse.
O livro ainda traz uma série de documentos valiosos, como cartas e circulares representativas e que reconstroem o linguajar, as leis e o cenário da época.
Leia trecho.
*
Mulheres e crianças dentro do cangaço
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Muitas mulheres, em geral de procedência humilde, entravam no cangaço por conta própria, vendo no bandoleirismo a possibilidade, mesmo que idealizada, de uma vida cheia de aventuras e liberdade. É claro que havia algumas jovens raptadas, forçadas a seguir os bandidos.
(...)
A educação feminina muitas vezes era equivalente, na mentalidade sertaneja, à prostituição. Por isso, poucas meninas recebiam uma educação formal. Escolas mistas, de garotos e garotas, eram pouco aceitas pela população.
(...)
Normalmente não se permitia que mulheres sem "maridos" ou "companheiros" permanecessem nos grupos. Se uma jovem ficasse viúva ou solteira, teria de escolher logo um novo parceiro, caso contrário era obrigada a deixar o bando. Algumas quadrilhas chegavam a ponto de executar essas raparigas - como foi o caso de Rosinha -, garantindo, com isso, que suas atividades e coitos não seriam revelados para ninguém.
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"Os Cangaceiros"
Autor: Luiz Bernardo Pericás
Editora: Boitempo
Páginas: 302
Quanto: R$ 54,00
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
Aula: Geografia Na rota certa
Por Juliana Lambert
Objetivos:
★Utilizar mapas e outras representações gráficas para tornar o aprendizado mais prazeroso
★Trabalhar noções de espaço, de direção e de distância
★Abordar conceitos básicos para a interpretação de mapas
Ter noção de espaço, direção e distância, saber identificar as diferentes regiões brasileiras, reconhecer os continentes e entender a importância das antigas civilizações são conhecimentos que acompanham os alunos durante toda a vida escolar. Por isso, o conteúdo deve ser bem fixado nos primeiros anos do Ensino Fundamental, de maneira prazerosa e significativa. Dos tradicionais mapas às modernas imagens de satélite, o conhecimento pode ser construído de forma natural. “Desde pequenas, as crianças têm contato com representações gráficas, como o desenho de uma paisagem, da casinha e até mesmo de plantas baixas que representam ambientes”, comenta Maria Antonieta Vilella, coordenadora do Ensino Fundamental do Colégio Nossa Senhora de Sion, de São Paulo (SP). Para Adjanete Lopes dos Santos, professora do Ensino Fundamental I do Colégio Agnes, em Recife (PE), o trabalho com mapas ajuda a desenvolver na criança a habilidade de interpretar formas abstratas no espaço e a fazer comparações com o concreto.
“É possível introduzir a atividade com itinerários do cotidiano da criança, explorando o ambiente escolar”, sugere a professora. A coordenadora do Colégio Nossa Senhora de Sion alerta: “Antes de iniciar o trabalho com mapas é preciso que o aluno tenha conceitos de escala e legenda”. Uma boa dica é usar recortes de figuras ampliadas e reduzidas muito comuns nas revistas, como a de um carro ou de uma joia.
“Essa noção é fundamental para compreender mapas que representam países. Ao usarmos objetos do cotidiano, levamos a criança a perceber que podemos representá-los em uma escala adequada ao nosso objetivo”, acrescenta a coordenadora. E não pense que os mapas envolvem somente as disciplinas de Geografia e de História. “A Matemática pode e deve ser parceira em atividades que envolvem escala, legenda e medidas de perímetro e área. Em Ciências, os mapas de satélite são usados para analisar questões referentes ao clima, tempo e temperatura”, diz Maria Antonieta Villela.
Criatividade é a palavra de ordem para despertar o interesse dos alunos. “Pode-se montar maquetes da sala de aula, usar jogos de percurso, promover uma gincana com o mapa do tesouro, elaborar um mapa do quarteirão da escola, usar cartas antigas como curiosidade e montar um mapa como se fosse um quebra-cabeça”, recomenda a coordenadora. A internet pode ser uma grande aliada no aprendizado, já que as imagens de satélites estão presentes no nosso dia a dia, seja no noticiário de TV, nas fotos de jornais, em atlas, livros e revistas. “O Google Earth (programa de computador que apresenta um modelo tridimensional do globo terrestre e reúne fotografias de satélite) é um recurso maravilhoso para os alunos.
Cabe a nós, educadores, ensinar a interpretar imagens dessa natureza e orientá-los a buscar a informações e obter subsídios para compreendê-las”, explica Maria Antonieta Vilella.
Escala do cotidiano (1º e 2º ano)
1. Separe algumas revistas e solicite que as crianças recortem figuras de objetos reduzidos e ampliados.
2. Promova a troca de ideias e questione sobre os tamanhos. Exemplo: a joia está ampliada e o carro apareceu reduzido. Afixe as figuras no quadro de modo que todos observem as diferenças.
3. Introduza a noção de escala e de legendas. Se possível, exiba um grande mapa e mostre como os países se apresentam de forma reduzida.
Maquete da sala de aula (1º ao 5º ano)
Materiais:
★ Papel colorido
★ Papel quadriculado
★ Canetinha hidrocor
★ Caixa de sapatos
★ Tinta guache
★ Cola
★ Tesoura
★ Caixas de papel de fósforo
★ Palitos de fósforo
★ Palitos de sorvete
★ E.V.A.
1. Desenhe com a canetinha hidrocor a planta da sala de aula com os alunos.
2. Usando uma caixa de sapatos sem tampa, retire um dos lados da caixa e pinte os demais lados da cor das paredes da sala com tinta guache.
3. Cole um pedaço de E.V.A. para fazer o chão.
4. Para fazer as carteiras, use caixas de fósforo embaladas em papel colorido. Cole pedaços de palitos de fósforo para fazer os pés das carteiras e da mesa da professora.
5. Encape duas caixas de fósforo juntas para fazer o armário.
6. Cole quatro palitos de sorvete juntos para fazer a porta.
7. Com um retângulo de E.V.A. verde, emoldure-o em palito de sorvete para fazer a lousa.
Dica de leitura!
Orientações e Mapas
A interpretação de mapas nem sempre é uma tarefa simples. Esse livro é uma ótima opção para complementar as aulas e explicar de maneira mais ilustrativa sobre o mundo da cartografia. Aproveite e utilize a leitura como uma forma de incentivar a curiosidade por lugares desconhecidos, a utilização de mapas, bússolas e cartas de orientação.
Textos: Eduardo Banqueri
Tradução: Eloísa Cerdán
Editora: Escala Educacional Preço: R$ 26,50
Onde encontrar: www.escalaeducacional.com.br
Dica de leitura!
Brasil em Mapas O livro é uma excelente oportunidade para conhecer melhor o nosso país. A história traz um retrato dos tempos antigos, quando o Brasil era habitado por grupos indígenas que viviam em harmonia com a natureza. Também narra a chegada dos europeus, suas plantações, criações e conflitos. Por fim, a autora mostra que, ao longo dos séculos, a nossa economia cresceu e as cidades se multiplicaram, mas a natureza brasileira sofreu com a ganância dos que a exploravam sem cuidados.
Autora: Renata Siebert
Editora: Editora FTD
Preço: R$ 60,60
Onde encontrar: www.ftd.com.br
Aula: Música sustentável
Por Marcos Muniz
Objetivos:
★Estimular a percepção musical
★ Promover a consciência ambiental
★ Promover a coletividade
Faixa etária: 4 a 6 anos
Duração: 3 aulas
Quem disse que é necessário ter instrumentos caros para aprender (e ensinar) música? Com objetos que seriam jogados fora, é possível construir um chocalho e um tamborzinho e explorar os diferentes sons que eles produzem. Estimule a criatividade da criançada e aproveite para reciclar para do lixo com as atividades a seguir.
Os chocalhos nos pés proporcionam a sonorização do movimento natural e contribuem para a coordenação motora. Imagine dançar Catira (dança do folclore brasileiro) com os chocalhos nos pés!
Instrumentos de sucata
★ Primeira aula: a partir da escolha do grupo, proponha uma audição de músicas variadas. Converse com as crianças sobre os ritmos, os instrumentos que elas percebem nas músicas etc. Para a próxima aula, peça que tragam potes de Yakult (limpos), sementes e grãos e um tubo vazio de papel-alumínio.
★ Segunda aula: construa os chocalhos e tambores com as crianças e use-os para tentar acompanhar alguns ritmos já conhecidos.
★ Terceira aula: proponha o desafio de usar os chocalhos nos pés, chamando a brincadeira de "sapato atômico". Para isso, faça dois chocalhos como no passo e prenda na lateral externa de cada sapato da criança com dois elásticos. Peça que elas percebam os sons diferentes a cada movimento dos pés.
Dica de leitura!
Musicarium
Dona Clave de Sol mistura as notas musicais, disfarçadas de sons e guloseimas, para falar sobre o universo da música com cores e diversão.
Autora: Telma Guimarães
Assuntos: música e cultura popular
Editora: Larousse
Preço: R$ 26,90
Onde encontrar: www.larousse.com.br
Notícia - Cardápio para estudante
Simone Harnik
Especial para o UOL Vestibular
Em São Paulo Às vésperas da Páscoa, fica difícil não pensar em chocolate, ainda mais durante uma longa tarde de estudos. Mas, segundo a nutricionista Vanderlí Marchiori, beliscar essa iguaria não é nenhum pecado e pode até ser um estímulo para permanecer com foco nos livros. "Peixes magros, linhaça, frutas amarelas e cítricas, muita água e chocolate amargo são alimentos que ajudam a manter a concentração", diz ela, que também é secretária-geral da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva.
É claro que o consumo de chocolate deve ser moderado e compor apenas uma pequena parte de uma dieta equilibrada: "Evitar o consumo de balas, refrigerantes, frituras, guloseimas, doces em excesso e alimentos muitos condimentados faz parte de hábitos saudáveis", pondera Patricia Prado Dias Peres, nutricionista do Cepeusp (Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo).
No entanto, ela enfatiza que alimentos com carboidrato são fundamentais para qualquer aluno – por isso, dietas que cortam esse nutriente podem resultar em queda de desempenho acadêmico. “O carboidrato, que está presente em pães integrais, em cereais, é importantíssimo na alimentação, já que é fonte de energia para o cérebro e para as hemácias”, afirma. As massas também são fonte de carboidrato e, quando ingeridas com moderação, podem ser uma fonte de energia.
Mas, como consumir carboidrato de forma adequada? A maneira é fracionar as porções ao longo do dia, nas principais refeições e lanches, diz Patricia. “O carboidrato é fundamental para a concentração, para a disposição e para a energia do aluno. Fontes desse nutriente ajudam nas aulas mais longas e no desempenho das provas.”
Antes da prova Na opinião de Vanderlí, a dieta do estudante deve ter menos gorduras e mais verduras e frutas do que a de uma pessoa qualquer. E, antes das provas, a ingestão dos alimentos corretos pode fazer toda a diferença: “Comida pesada antes dos exames, como uma feijoada, faz com que a circulação passe a ser preferencial na região digestória. Com isso, o fluxo cerebral acaba diminuindo, e há mais cansaço físico e mental. E muito sono”, alerta.
Se o estudante não deve comer muito antes das provas e aulas, é importante, por outro lado, se alimentar com regularidade. “Ele nunca deve ficar mais de três ou quatro horas sem comer porque o jejum prolongado provoca gasto de massa muscular e posterior estoque de energia”, afirma a nutricionista do Cepeusp.
Alimentação balanceada Patricia explica que a alimentação balanceada é essencial para que o corpo receba todos os nutrientes para a saúde e o bem estar. Uma forma de checar se o cardápio está balanceado é compará-lo com a “Pirâmide Alimentar”. “Ela é o guia para a ingestão de todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do corpo e é aprovada pela Organização Mundial da Saúde”, diz.
Uma forma de checar se o cardápio está balanceado é compará-lo com a "Pirâmide Alimentar"
No Brasil, a professora Sonia Tucunduva Philippi, da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), junto de seus colaboradores, adaptou as orientações da OMS ao hábito dos brasileiros. A base da pirâmide é composta pelos carboidratos complexos, que são fonte de energia, como pães, cereais, tubérculos e raízes. “Devemos consumir 60% de alimentos deste grupo”, explica Patricia.
Logo acima, estão as hortaliças e frutas, que fornecem vitaminas, sais minerais e fibras. Em seguida, há o grupo das proteínas (carnes, leite, ovos e leguminosas). Esses são os alimentos construtores e devem representar de 10 a 15% da dieta.
No topo da pirâmide ficam os doces, açúcares e gorduras, que também são fontes de energia, mas que devem estar limitados a uma ou duas porções por dia.
“A pirâmide funciona bem, no geral, mas é claro, temos que levar em consideração que cada indivíduo tem características diferentes, como: sexo, idade, metabolismo, prática de atividades físicas, situações fisiológicas. Assim, algumas pessoas terão necessidades específicas”, orienta Patricia.
Exercício físico A prática de algum tipo de esporte pode ter impacto favorável no rendimento acadêmico, quando associada a uma dieta equilibrada. As duas nutricionistas alertam que a atividade física é um dos fatores que colaboram para diminuir a ansiedade, porque produz a chamada serotonina, uma molécula que ajuda na comunicação dos neurônios e pode auxiliar na regulação do sono e do apetite. “Sem dúvida a atividade física melhora a concentração, ajuda na resistência, além de distrair”, opina Vanderlí.
Quando procurar um nutricionista Se a família notar que o aluno está se alimentando mal ou se o estudante apresentar sintomas decorrentes da falta de nutrientes, pode ser a hora de procurar um profissional especializado. O nutricionista vai trabalhar a reeducação alimentar e orientar o estudante a modificar seus hábitos diários.
Custo para cumprir metas na educação chega a R$ 80 bilhões
O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que o custo total para o cumprimento das metas do novo Plano Nacional de Educação (PNE 2) vai atingir o patamar de R$ 80 bilhões.
Segundo ele, a meta de investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, indicado no plano, cobrirá esses gastos.
Hoje, o investimento no segmento está próximo dos 5%do PIB. Nesta semana foi criada na Câmara dos Deputados uma comissão especial para discutir o projeto de lei enviado pelo executivo sobre o tema.
Um dos pontos polêmicos e que deverá ser alvo de emendas é justamente o que define um percentual mínimo para investimento público na área. Alguns parlamentares e entidades da sociedade civil querem que o patamar incluído no PNE seja ainda maior, na casa de 10%.
Fonte: Brasil Econômico (SP)
O Brasil investiu em educação 4,7% do PIB
O Fundeb vai garantir um investimento mínimo de R$ 1.414,85 por aluno de ensino fundamental da rede pública, em 2010.
É o equivalente a R$ 117 por mês, valor considerado insuficiente para oferecer ensino de alta qualidade, segundo especialistas e o próprio Ministério da Educação (MEC).
O gasto mínimo por aluno/ano é calculado com base nas estimativas de receita do Fundeb para o ano.
Gráfico do FUNDEB de 2009
Inicialmente, o Ministério havia projetado um valor ligeiramente maior: R$ 1.415,97. O resultado de um novo cálculo foi divulgado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE): o gasto mínimo por aluno caiu para R$ 1.414,85 (menos 0,1%).
O coordenador-geral do Fundeb no FNDE, Vander Oliveira Borges, diz que a correção foi motivada por um erro – nem todas as matrículas tinham sido incluídas no primeiro cálculo.
A quantia vale para as séries iniciais do ensino fundamental em escolas urbanas. O Brasil investiu em educação 4,7% do PIB (Produto Interno Bruto), em 2008. A Unesco recomenda 6%.
Fonte: O Globo (RJ)
Enem 2011
A data do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011 será anunciada em breve pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC).
A informação foi dada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após participar de audiência pública sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), em São Paulo.
Sobre melhorias no processo seletivo, o ministro limitou-se a dizer que o Inep tem uma equipe permanente para blindar o exame.
Segundo ele, os erros ocorridos nas duas últimas edições da prova se devem a uma infelicidade na contratação da gráfica, onde ocorreu o vazamento do exame, em 2009, e houve problemas de impressão, ano passado.
Fonte: Correio do Povo (RS)
Estados não repassaram recursos do Fundeb em 2010
Doze estados e o Distrito Federal deixaram de aplicar R$ 1,2 bilhão no Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em 2010.
Os recursos do fundo devem ser aplicados na melhoria da qualidade do ensino, incluindo investimento nas estruturas públicas das escolas e no pagamento de professores.
Levantamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela administração do Fundeb, mostra que o Acre, Alagoas, o Amapá, a Bahia, o Espírito Santo, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, o Tocantins, Rondônia e o Distrito Federal repassaram menos do que deveriam.
O cálculo foi feito pelo FNDE com base na arrecadação dos estados. Vander Oliveira, coordenador-geral do Fundeb, afirma que cabe agora aos órgãos de controle investigar porque eles não aplicaram o valor devido.
Fonte: Diário do Amapá (AP)
Gastos das famílias brasileiras com educação privada chegaram a 1,3% do PIB em 2009
Diante da baixa qualidade da educação pública brasileira, muitas famílias acabam investindo uma parcela significativa da sua renda com educação privada.
Uma pesquisa recente do Centro de Políticas Públicas (CPP) do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) calculou pela primeira vez o total de gastos privados com educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB).
O valor gasto pelas famílias brasileiras com educação atingiu 1,3% do PIB em 2009.
O total gasto com educação em cada país depende de uma série de fatores. O primeiro deles é a qualidade da educação pública.
Quanto maior é o aprendizado dos alunos nas escolas do governo, menor é a probabilidade de que as famílias queiram gastar sua renda com educação privada.
Fonte: Valor Econômico (SP)
Dica de Filme - Perfume de mulher
Esse, é o tipo de filme, o qual sentiremos vontade de ver infinitamente. A interpretação de Al Pacino está primorosa como um tenente-coronel reformado do exército.
Chris O’Donnell, aparece no drama, como um jovem estudante bolsista de uma tradicional escola da alta sociedade.
Ao aceitar fazer um “bico”como acompanhante do tenente-coronel, jamais imaginaria que, esse, fosse o final de semana mais marcante da sua vida.
Frank Slade (Pacino), acaba convencendo Charlie Simms (O’Donnell), a acompanhá-lo até N. York, no feriado de Ação de Graças. Durante a viagem, Frank, revela ao jovem Charlie, seu intento de passear. Visitar a família.Hospedar-se em hotel de luxo. Comer e beber muito bem. Dormir com uma maravilhosa prostituta e finalmente, cometer o suicídio. Claro que, esse, último detalhe é omitido quase até o final da película.
Muitas coisas acontecem, nesse, fim de semana, inclusive uma das mais belas cenas do cinema de todos os tempos. Slade, resolve ir a um “dancing” e lá, sentindo o oloroso perfume de uma mulher que julgava linda, e realmente o era, pede ao rapaz que o conduza à mesa da mesma. Em lá chegando, se apresenta e a convida para dançar o belíssimo tango: “Por una cabeza”, do maravilhoso cantor argentino, Carlos Gardel.
Tudo, está indo razoavelmente bem, até que Slade, resolve dispensar os serviços do jovem Charlie, pois, pela manhã dará cabo da própria vida.
Simms, não acredita no que ouve e desesperado, resolve contrariar as ordens de Slade e pela manhã impede a horrível cena que estava prestes a acontecer. Não sem antes, lutarem pela posse da arma.
Slade, é um homem que principia a envelhecer. Extremamente orgulhoso, não quer mais viver num mundo de trevas e onde a sua vontade não possa prevalecer.
O tiro de Slade, sai pela culatra e o rabugento tenente-coronel, acaba se interessando pelos problemas de Charlie e situações incríveis acabam por ensinar sôbre o significado da vida e dos relacionamentos.
Os problemas de Slade, perdem significação perante os de Charlie e a possibilidade de ajudá-lo e voltar a sentir-se participando da engrenagem da vida.
Poderíamos ficar páginas e páginas, falando bem desse filme que, a primeira vista, parece vulgar, mas, indicamos que o vejam e possam atestar que belas lições de vida, podem sair até mesmo de pseudo-infernos.
Fonte: http://pt.shvoong.com/entertainment/movies/1826253-perfume-mulher/
Escola ensina crianças como funciona a tecnologia do dia-a-dia
Quantas vezes pais ja não se depararam com aquela pergunta cabeluda da criança sobre como funciona isso ou aquilo? Nem sempre é fácil explicar o funcionamento das coisas, mesmo que ela faça parte do cotidiano. Mas já há no País escolas com essa abordagem, na tentativa de apresentar o mundo aos pequenos.
Internacionalmente conhecida como uma escola que ensina tecnologia, a FasTracKids não busca formar experts em informática nem nerds prodígios. “Para nós, adultos, tecnologia é a última geração de computadores. Mas, para as crianças, tecnologia vai desde o funcionamento dos óculos até como funciona um aspirador de pó”, explica Marlene Sauko, dona de uma franquia no bairro de Campo Belo, na capital paulista, sobre a iniciativa que baseia a aprendizagem nos avanços tecnológicos.
O curso é destinado a meninos e meninas de 2 a 8 anos e incentiva a aprendizagem de maneira divertida e interativa. Assim, a criança desenvolve a criatividade e o pensamento crítico. “O que eles vendem não é um conteúdo didático, é uma forma de aprender. O conhecimento vem como suporte”, conta Camila Pereira, mãe de Gabriel, 4 anos, que há um mês participa das aulas.
Ela queria colocar o filho em uma atividade extra-curricular que fosse além de um passatempo, que trabalhasse questões cognitivas. E, claro, que potencializasse a curiosidade nata de Gabriel. “Na escola, motivam o interesse da criança em pesquisar, em resolver problemas. E o Gabriel aprende rápido, então resolvemos estimular essa habilidade”, diz.
Em um mês de aula, o filho de Camila já levou para casa desde dentes de tubarão feitos de massinha até o aparelho digestivo humano feito com sacola plástica e bolacha triturada. “As atividades são bastante visuais, é mais fácil de assimilar”, diz a mãe.
Depois de cada tarde – são duas horas por semana na escola -, a criança leva consigo um relatório com os conteúdos trabalhados, além de perguntas que os pais podem fazer durante a semana para o aluno, para lembrar o que foi ensinado.
Para Marlene, os pais que procuram a escola costumam estar preocupados em manter seus filhos conscientes sobre o mundo à sua volta. Desde astronomia ate economia, são 12 disciplinas que dão conta de apresentar à criança a realidade que o cerca.
Pelo fato de as turmas serem pequenas, com uma média de oito alunos, e de não haver pressa em repassar os conteúdos por não existirem avaliações, Marlene considera o FasTracKids o lugar mais adequado para esse tipo de aula.
“No colégio tradicional, o conhecimento não é passado da mesma maneira com que apresentamos. É outro enfoque.” A ideia do curso não é tirar notas boas, é preparar para o mundo. E os pais que colocarem os filhos nessas aulas vão ter que se acostumar com frases como essa, que Marlene já ouviu: “Olha, é como o solo lunar!”, quando a criança olhou para uma rua toda esburacada.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias
Nacional - Grupo lança movimento ‘Nossa Salvador’
TEXTO: RAÍZA TOURINHO
Promover a cidadania participativa para tornar Salvador uma cidade mais humana. É o que pretendem os integrantes do movimento Nossa Salvador, que visitaram ontem a redação de A TARDE para apresentar a iniciativa. A cerimônia do lançamento oficial ocorrerá às 17h da próxima segunda-feira, na Livraria Cultura, no Salvador Shopping.
Durante o evento, será divulgada pesquisa com 61 indicadores sociais em diversas áreas. “Queremos mostrar uma fotografia do município em seus 462 anos”, salienta o secretário-executivo do projeto, Aldo Ramon Almeida.
Na ocasião, será lançado o portal www.nossasalvador.org.br, que já entra no ar a partir de amanhã. O site pretende sistematizar e divulgar os principais indicadores de qualidade de vida da capital baiana, permitindo o acompanhamento de toda a sociedade, além de abrir espaço para o debate e monitoramento do poder público.
“O movimento vai provocar os atores sociais para que cada um realize seu papel na sociedade”, explica o empresário Ricardo Pessoa, que integra o grupo. “Como se faz para resolver o problema da segurança pública? É só o governo? Não, é todo mundo”, garante outro integrante, Isaac Edington. Para ele, é por meio do efetivo exercício da cidadania que a cidade se tornará mais sustentável. “A gente quer que todos participem”, enfatiza.
A organização do movimento será feita a partir de grupos de trabalhos (GTs), que levantarão dados com o objetivo de buscar soluções para os problemas sociais. O modelo do projeto já existe em outras 52 cidades, que integram a Rede Latino-americana de Cidades Justas e Sustentáveis.
Inspiração
O movimento Nossa Salvador foi inspirado por outro ocorrido há dez anos em Bogotá, capital colombiana. O movimento nesta cidadese iniciou com um grupo de intelectuais, acadêmicos, empresários e civis que se reuniram para discutir maneiras de tornar a cidade mais justa, mais igual e com melhor qualidade de vida. Tal iniciativa pioneira trouxe bons frutos à capital colombiana, de maneira que influenciou outras cidades da America Latina, como La Paz, Santiago, Santa Cruz de La Sierra e as brasileiras SãoPaulo e Rio de Janeiro.
Fonte: Jornal A Tarde, Primeiro Caderno, página A7, 22 de março de 2011.
Nacional - Campanha nacional valoriza legado africano nas escolas
luan.santos
SELO Colégio de Jequié, Secretaria da Educação de São Francisco do Conde e IAT foram premiados
TEXTO: LUDMILLA DUARTE
Uma educação voltada para o reconhecimento da herança africana nas escolas brasileiras é a ênfase da campanha Igualdade Racial é para Valer, lançada ontem pela ministra Luiza Bairros, titular da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) diante de um auditório lotado de representantes do movimento negro no País, em Brasília.
A atividade aconteceu no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, em alusão ao massacre de Sharpeville, que vitimou dezenas de manifestantes que protestavam contra a Lei do Passe, na África do Sul, em 1960. A Seppir tenta pegar carona num momento em que as Nações Unidas estabeleceram 2011 como o Ano Internacional dos Afrodescendentes para ampliar as iniciativas de redução das desigualdades raciais no Brasil, como explicou Luiza Bairros.
“O governo já trabalha seus programas com a perspectiva da igualdade racial, mas este ano queremos um esforço maior no sentido de acelerar a inclusão das pessoas negras, com dignidade”, avisou a ministra, mencionando que as altas taxas de homicídios violentos entre os jovens negros brasileiros não são unicamente uma questão de segurança pública. “Antes de ser assassinado, esse jovem já foi morto culturalmente, intelectualmente”, avaliou. Luiza Bairros espera por uma melhoria dos indicadores que apontam a desvantagem da população negra – o que não será tarefa simples.
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado no ano passado, mostrou que, apesar da melhora em algumas áreas, os negros brasileiros têm menos anos de estudos que a população branca, 76% deles dependem do SUS (contra 54% dos brancos) e têm rendimento médio menor no mercado de trabalho(mulheres negras chegam a ganhar apenas 34% do rendimento médio dos homens brancos). O Mapa da Violência divulgado recentemente pelo Instituto Sangari mostrou que morrem assassinados 103,4% mais negros que brancos no País.
Na ocasião, a professora doutora Petronilha Beatriz Gonçalves foi homenageada por ser a primeira mulher negra a ter assento no Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação. Ainda no evento, sete crianças foram premiadas pela iniciativa Cores do Saber, da Petrobras– que incentivou dois mil filhos de funcionários a produzirem desenhos, redações e produtos multimídia sobre história africana.
Fonte: Jornal A Tarde, Primeiro Caderno, página A7, 22 de março de 2011.
Espaço do Professor - A educação segundo Rousseau
Texto: Luan Santos
Filósofo, teórico político, escritor e compositor musical autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos do iluminismo. Além de todas as realizações no campo da política, da filosofia, da música, Jean Jacques Rousseau teve grande contribuição também para a educação.
Sua teoria sobre a educação visa um tratamento diferente às crianças, não observá-las como adultos em miniatura, mas sim prestar atenção para as necessidades e condições para o devido seu devido desenvolvimento. Para ele, as crianças tinham que ser entendidas como um ser com características próprias, que têm seus interesses e formas de relacionamento, e que não são iguais aos dos adultos. Sua teoria visava desmentir a ideia de que a educação é um processo pelo qual a criança passa a adquirir conhecimentos, hábitos, atitudes armazenadas pela civilização. Assim, a individualidade das pessoas não é levada em conta, apenas que o aprendizado é um processo mecânico que vem sendo acumulado há muito tempo a educação apenas passava todo este conjunto de informações e conhecimentos. Assim, cada fase da vida foi concebida como portadora de características próprias, respeitando a própria individualidade. Desta forma, para compreender a infância, o homem precisa olhar a vida com simplicidade.
Na teoria educacional de Rousseau, um conceito básico e ao mesmo tempo fundamental torna-se necessário destacar. Trata-se do conceito de Educação Natural, que é alicerçada no próprio sujeito. Para ele, à educação compete a tarefa de pensar o processo formativo da criança de modo independente. A criança deveria descobrir o caminho de uma educação natural e não somente aquela que foi imposta pela ação do adulto. Assim, a deve-se respeitar e preservar a criança em seu mundo, deixar que descubra os seus próprios caminhos. Este processo oferece possibilidade para a formação de um bom sujeito humano, ético e político, que consiga compreender-se em meio aos aspectos sociais.
Pensar educação infantil é integrar-se em um mundo e construir logo na infância valores morais, que possam ser norteados de seus ideais e em sua educação futura. Respeitar a criança em seu mundo, deixar que ela explore seus limites e atitudes. A educação natural deve começar desde que a criança vem ao mundo.
O processo pedagógico de Rousseau está vinculado à liberdade, trazendo assim uma nova maneira de educar e conceber o ser humano. Para ele, a pedagogia irá trabalhar com dois conceitos: natureza boa e natureza corrompida. No primeiro conceito, o homem nasce bom, mas não moralizado e é bom por natureza. No segundo, a educação e toda a cultura vêm como forma de lutar contra todas as manifestações do homem, sendo vetados os desejos e as paixões humanas.
Rousseau acreditava que a intervenção dos pais deveria ser apenas para fazer com que as crianças atingissem a socialização. Educação com liberdade não é fazer o que se quer, mas sim não escravizar nem deixar-se escravizar. É necessário a imposição de limites, mas desde que estes tenham como objetivo a socialização, a inserção deste ser na sociedade. A liberdade bem regrada é a vontade educada, é aquela que racionaliza as necessidades.
Jean Jacques Rousseau, por todo o legado que deixou, foi um dos grandes pensadores influentes na educação. A sua educação natural foi revolucionária, defendendo que as crianças mereciam cuidados e observações especiais, não apenas serem vistas como adultos em miniatura. Defendeu uma educação fundamentada na socialização, de maneira que as crianças tivessem liberdade, mas sendo que esta esbarraria nos limites do próprio respeito à sociedade. Seu pensamento deixou-nos um acervo enorme de informações certamente muito pertinentes para a educação e esperamos que este texto possa ter sintetizado bem a ideia de Rousseau sobre a educação e que os educadores possam assimilar e praticar tais ideias.
Nacional - Inscrições abertas para competição
A APrintE-mail
Quem vencer a XV edição da Competição de Resolução de Casos (CRC), realizada pela FEA júnior USP, empresa Júnior da Faculdade de Economia e Administração da universidade, poderá viajar para Bancoc, na Tailândia, para participar do campeonato internacional de casos, o TUBC.
A CRC é uma competição entre universitários que disputam quem dá a melhor solução para um caso empresarial - em 72 horas.
O evento é aberto a estudantes de todo o país e será realizado na própria FEA. As equipes são formadas por quatro alunos e divididas nas categorias Júnior (1º ao 4º semestre da faculdade) e Sênior (do 5º semestre em diante).
As inscrições, grátis, devem ser feitas no site
www.competicaodecasos.com.br e vão de 31 de março a 20 de abril.
A competição começa com a cerimônia de abertura no dia 28 de abril e se encerra no dia 11 de maio, quando serão apresentadas as últimas resoluções e anunciados os vencedores, em uma cerimônia de encerramento.
Na categoria sênior, o primeiro lugar ganha a oportunidade de participar da competição internacional e R$ 4 mil destinados à viagem à Tailândia. O segundo, R$ 3 mil, e o terceiro, R$ 1.500,00. Já na categoria júnior, o prêmio do grupo vencedor é de R$ 1.500,00.
Nacional - Justiça determina indenização a ex-professora da PUC
A ex-professora Anna Maria Garzone Furtado acusa a PUC de assédio moral na Justiça comum. No mês passado, conquistou sua primeira vitória, em segunda instância, contra a universidade. A Justiça do Trabalho determinou que a PUC pague a ela indenização de R$ 30 mil por danos morais. A universidade recorreu.
Na sentença, a desembargadora relatora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) Sonia Maria de Barros entendeu que “diversas vezes a reclamante foi tratada de forma desrespeitosa e incompatível com sua dignidade profissional”. A docente também entrou com ação na Vara Cível por danos morais, mas perdeu o processo em primeira instância.
Nilani Goettems/AE-15/6/2010Prédio da PUC, em Perdizes: ex-docente diz ter sido vigiada na classeA perseguição começou, segundo ela, em 2000, depois que quatro alunos que ela reprovou foram aprovados pela coordenadoria do curso, a portas fechadas, sem que fosse consultada. “Passaram por cima da minha autonomia e da minha avaliação”, sustenta. Os alunos foram reprovados, segundo ela, porque dois não entregaram trabalhos, um teria falsificado o estágio obrigatório e o quarto por ser “analfabeto”. “Concordar com essas decisões seria compactuar com situações acadêmicas, pedagógicas e administrativas consideradas irregulares pelo Estatuto da Universidade”, diz, ao explicar as razões de ter ido buscar explicações aos colegas e superiores. “Em um primeiro momento, consideraram que eu tinha razão. Posteriormente, mudaram de posição alegando cumprimento de ordens.”
Anna Maria diz que, até então, nunca tinha tido problemas com alunos. Como julgou que sua soberania em classe não foi respeitada, pediu para deixar de dar aula a essa turma, mas continuou com outras atividades na faculdade, como supervisão de estágios e coordenação de curso.
De uma hora para outra, fui proibida pela minha superior de frequentar as reuniões do meu departamento, sem nenhuma explicação. Queriam me obrigar a referendar as notas que haviam dado aos alunos reprovados por mim. O que me neguei a fazer, sistematicamente.” Ela afirma ter sido surpreendida com uma carta enviada à reitoria desmerecendo seu trabalho e com um abaixo-assinado feito por seis professores reivindicando a saída de sala.
E sustenta ter recorrido a diferentes instâncias da universidade e que o órgão máximo, Conselho Universitário, considerou-a com razão em sua autonomia, determinando a abertura de uma sindicância e um pedido de desculpas públicas. Mas para Anna, isso não ocorreu “adequadamente”.
Chegou a ser reintegrada pela reitoria da PUC, mas teve de voltar a dar aulas sob vigilância, com um funcionário indicado pela reitoria analisando tudo o que fazia dentro da sala. “Nem na ditadura, quando até fui depor no Dops, sofri uma perseguição como essa.” Seguranças também foram orientados a cercá-la em reuniões das quais viesse a participar, segundo ela. “Fui acusada de louca, desequilibrada e surtada por cobrar explicações e não concordar com irregularidades.”
Ela foi encaminhada pelos superiores a tratamento psiquiátrico. Laudo assinado pelo psiquiatra Içami Tiba concluiu que foi vítima de assédio moral pelos colegas. O caso tornou-se público após ser divulgado no site da PUC. “Postaram um texto desmoralizante”, diz. Teve de entrar na Justiça para que a notícia fosse retirada do ar, o que ocorreu apenas três anos depois. A versão contada pela professora ao JT está documentada nos processos da justiça comum. O reitor da PUC, Dirceu de Mello, alegou que a demissão já estava resolvida quando ele assumiu e partiu do órgão máximo da universidade, o Conselho Universitário. Não quis comentar para não expor as partes envolvidas.