quinta-feira, 8 de novembro de 2012

MEC atualiza regras do Sisu para adequar o sistema à lei de cotas


G1

O Ministério da Educação divulgou, no "Diário Oficial da União" desta terça-feira (6), uma portaria que atualiza as regras do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), usado por instituições de ensino superior públicas e gratuitas para a seleção de alunos. As principais mudanças das regras servem para que o sistema se adeque à lei de cotas para estudantes egressos de escolas públicas, de famílias de baixa renda e pretos, pardos e indígenas.

A portaria traz poucas mudanças em relação às regras vigentes na última edição do Sisu, mas a redação do texto tem mais detalhes sobre as responsabilidades das instituições e dos candidatos, além de especificar os critérios nos quais se encaixam os candidatos contemplados na lei de reserva de vagas que entrou em vigor neste semestre.

O Sisu seguirá usando como critério a nota de cada candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No próximo processo seletivo para o primeiro semestre de 2013, valerá a nota do Enem 2012, realizado nos dias 3 e 4 de novembro, e que será divulgada a todos os candidatos no fim de dezembro.

Segundo a portaria, a instituição que decidir oferecer vagas por meio do sistema deverá definir suas condições específicas dentro de cinco critérios:

- O número de vagas em cada curso e turno participante do Sisu, além do semestre de ingresso;

- Se a instituição for federal, o número de vagas reservadas em decorrência da lei de cotas (em 2013, a reserva mínima obrigatória por lei é de 12,5% do total de vagas);

- O número de vagas reservadas além do mínimo obrigatório, além dos critérios de bonificação sobre a nota final do candidato que preencha os requisitos das políticas de ações afirmativas específicas de cada instituição;

- Os pesos de cada prova do Enem, e as notas mínimas que a instituição deseja definir para selecionar seus candidatos, em cada curso e turno;

- Os documentos exigidos pela instituição para que os candidatos selecionados possam fazer a matrícula.

O documento afirma que os estudantes que optarem por concorrer às vagas reservadas pela lei de cotas serão classificados dentro de grupos e subgrupos de inscritos. Os dois grupos são: estudantes de escola pública com renda familiar de até 1,5 salário-mínimo per capita e estudantes de escola pública independente da reda. Dentro desses dois grupos, esses estudantes são divididos entre os que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas, e os que não se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas.

Lista de espera

Além disso, o ministério especificou as regras para a seleção de candidatos na lista de espera das vagas que não forem preenchidas nas chamadas feitas pelo Sisu.

De acordo com a portaria, "se, após as chamadas regulares do Sisu, não houver candidatos classificados em número suficiente para o preenchimento das vagas reservadas aos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, aquelas eventualmente remanescentes serão ofertadas, na lista de espera, aos estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas".

O documento do MEC diz ainda que, até que as instituições de ensino implementem integralmente as reservas de vagas da lei de cotas --o prazo na portaria que regulamenta a lei é 30 de agosto de 2016--, os estudantes que optarem por concorrer às vagas reservadas e que não forem selecionados terão assegurado o direito de concorrer às demais vagas nas convocações de listas de espera".

Cuiabá - MT Começa nesta quarta-feira a 18ª Semana Jurídica em Cuiabá


Redação 24 Horas News

A Faculdade de Direito da Universidade de Cuiabá - UNIC realizará entre os dias 07 a 09 de novembro, a partir das 18h, a 18ª Semana Jurídica, no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá.

A palestra de abertura terá como tema “Coaching para o sucesso em provas, concursos e exame de ordem”, ministrado pelo advogado Dr. Felipe Lima.

Segundo o diretor da Faculdade de Direito, da UNIC, Antonio Alberto Schommer, o objetivo principal é a atualização dos acadêmicos com as contínuas mudanças nas leis e os temas atuais do Direito, além de proporcionar ao aluno uma atividade extraclasse.

Serão ministradas 10 palestras, cinco debates,apresentação de trabalhos de curso – monografias e júri simulado.

Cuiabá - MT - Alunos da rede municipal de ensino que ajudam no combate à dengue são premiados

Redação 24 Horas News

Alunos, professores e famílias envolvidos do projeto “Agente Mirim de Combate à Dengue é coisa séria sim, Senhor”, participaram nesta quarta-feira (07-11), do quarto sorteio promovido pela Secretaria de Educação de Cuiabá (SME) para premiar os segmentos comprometidos com o programa.

Desenvolvida em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e o Ministério Público Estadual, a iniciativa tem a finalidade de levar informação e conscientização aos alunos, escola e toda a comunidade em relação ao controle da dengue.

As ações dos estudantes consistem em visitar e cadastrar as residências dispostas a participar do programa e que se comprometem a combater os possíveis criadouros do Aedes Aegypti. O imóvel cadastrado recebe um adesivo, em um lugar visível, com a inscrição “Esta casa se previne contra a Dengue”.

Segundo o coordenador do projeto na SME, José Roberto Stopa, este ano o Agente Mirim mobilizou 10 mil alunos e 20 mil residências. “Nossa expectativa é que até o final do ano esse número chegue a 15 mil alunos e 30 mil famílias”.

Presente ao sorteio, a professora da escola municipal Francisco Pedroso, no bairro São Sebastião, Cristiane Nascimento, afirmou que o trabalho desenvolvido na unidade de ensino envolve alunos, funcionários e a comunidade escolar. “Entre as atividades que realizamos, estão palestras sobre o tema, além da instrumentalização dos alunos para que possam atuar na comunidade. No próximo dia 30 também realizaremos uma ação de conscientização com os pais dos estudantes”.

O sorteio contemplou dois alunos por cada Regional e dois alunos por escola rural, além de escolas e residências que foram cadastradas pelos agentes mirins de combate a dengue.

Os estudantes premiados receberão bicicletas e, os proprietários dos imóveis, ventiladores.

As escolas dos alunos sorteados foram: Escola Municipal Herbert de Souza, Escola Municipal Marechal Rondon, Escola Municipal Henrique da Silva Prado, Escola Municipal Alzira Valadares, Escola Municipal Pedrosa Moraes e Silva, Escola Municipal Gracildes Dantas, Escola Municipal Maximiano Arcanjo da Cruz, Escola Municipal Constança Palma.

Os nomes dos alunos sorteados somente serão revelados depois que a Secretaria Municipal de Saúde realizar uma vistoria nos imóveis cadastrados pelos estudantes e constatar que realmente não há focos do mosquito aedes aegypit.

Já as escolas sorteadas foram: Escola Municipal Francisco Pedroso, Escola Municipal Pedrosa de Moraes e Silva, Escola Municipal Hilda Caetano, Escola Municipal Esmeralda Fontes, Escola Municipal Ministro Marcos Freire.



MT - Pulmão Inflável é uma das atrações nas Olimpíadas Escolares


Redação 24 Horas News

Os cerca de cinco mil atletas que participarão em Cuiabá da etapa nacional das Olímpiadas Escolares 2012, de 25 de novembro a 8 de dezembro, poderão conhecer um pouco mais sobre os malefícios do tabagismo e da poluição ambiental por meio do projeto MT Sem Fumaça, com a visitação gratuita ao ‘Pulmão Inflável’.
A estrutura de 220 metros quadrados será montada, estrategicamente, no Centro de Eventos Pantanal, local de funcionamento do centro operacional das Olímpiadas, organizadas pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Ministério dos Esportes e com apoio do Governo do Estado de Mato Grosso.

No total, os atletas brasileiros estarão na capital mato-grossense para disputar dez modalidades desportivas, sendo quatro delas coletivas e as demais categorias individuais. Quando não estiverem participando de atividades terão à disposição a estrutura (composta por três salas e um miniauditório) além de orientadores (estudantes da área de saúde) para refletirem e discutirem sobre a temática ambiental e saúde. A visitação poderá ser feita das 8h às 17h e também estará aberta a comunidade em geral.

“Queremos atender a todo esse público participante e também escolas e a comunidade de maneira geral. A visitação é gratuita”, explica a responsável pela Gerência de Educação Ambiental, Giselly Gomes. Na primeira fase do projeto, realizado durante o mês de outubro de 2012, mais de 600 pessoas chegaram a visitar diariamente a unidade inflável instalada no estacionamento da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Nessa segunda fase do projeto, pontua Giselly, será lançado um fascículo destinado aos estudantes da Educação Básica, confeccionado conjuntamente entre os profissionais das superintendências de Diversidades Educacionais (Sude) e da Educação Básica (Sueb). A proposta do fascículo é possibilitar a mudança de postura e de hábitos frente a questões ambientais.

O Projeto MT Sem Fumaça é uma realização da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT), Sociedade Brasileira de Tisiologia e Pneumologia, Ministério Público Estadual e Tribunal de Justiça de Mato Grosso.



MT - Profissionais da Educação de VG recebem certificados de curso


Redação 24 Horas News

A Secretaria Municipal de Educação de Várzea Grande, está fazendo a entrega dos certificados dos profissionais da educação que participaram do “Projeto Sala do Educador” - durante o ano letivo de 2012. Trata-se de um comprovante, com carga horária conforme a participação de cada profissional e, de acordo com o projeto de cada unidade educacional.

Segundo a professora Maristela Santana, do Setor de Gestão Básica, esse é o quarto ano em que as escolas contam com essa ferramenta de aperfeiçoamento. As unidades educacionais enviam as listas com os participantes que, dias depois, são chamados para buscar o certificado.

“A Sala do Educador vem trabalhando os desafios de cada escola, durante o ano todo e, o ponto positivo é que chegam a uma solução no final do ano”, destaca Maristela,que ressalta que cada um colaborando com a escola, todos terão um reflexo à qualidade de ensino.

MT - Surdos propõem criação de escolas bilíngües em Mato Grosso


Redação 24 Horas News

A efetivação de Escolas bilíngues (Língua Oral e Língua Brasileira de Sinais) está entre as propostas que deverão ser debatidas por alunos surdos e profissionais da Educação, durante o II Seminário de Educação de Surdos do Estado de Mato Grosso. O evento teve início nesta segunda-feira (07.11), no Hotel Fazenda, em Cuiabá, e se estende até a sexta-feira (09.11).

Cerca de 120 pessoas prestigiaram a abertura do Seminário, que ocorreu pela manhã e contou com a participação da gerente de Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Nágila Zambonatto, e representantes do Centro de Formação dos Profissionais da Educação e Atendimento a Pessoa Surda (CAS), e Centro Estadual de Apoio ao Deficiente Auditivo (Ceada).

Nágila destacou a importância do Seminário como forma de conhecer dos estudantes surdos as observações sobre o atual modelo de educação inclusiva, bem como as necessidades de possíveis mudanças. Ela citou que a idéia de Escolas bilíngües está em debate no país e possui muitos adeptos em Mato Grosso, pelo fato de grande parte surdos terem dificuldades de acompanhar o processo de ensino das Escolas regulares.

“Nesse sentido estamos discutindo na Câmara Básica do Conselho Estadual de Educação (CEE) uma resolução para que os professores também tenham formação em Libras. Isso porque o atual modelo de escola inclusiva com o professor regente em sala de aula, tendo o apoio de interpretes ouvintes, não tem atendido a necessidade formativa dos surdos. Por exemplo, a forma como a língua portuguesa é ensinada aos surdos da mesma forma que ensina-se aos ouvintes dificulta o aprendizado, porque a compreensão obtida pelos deficientes por meio da Libras é diferente da compreensão dos demais”, explicou.

Em palestra ela também apresentou todo o histórico de luta para a educação dos deficientes auditivos, bem como apresentou as ações realizadas pela Seduc nos últimos anos. Entre as ações estão à criação do Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies). Atualmente reúne 110 profissionais que ofertam cursos de formação em Libras durante o ano para educadores e interessados em atuar como intérpretes, além de formação para professores surdos; e a efetivação e manutenção de 399 salas de recursos multifuncionais nas unidades de ensino.

Avaliação

A deficiente auditiva, que atua como instrutora de Libras na Escola Estadual Fenelon Müller, na capital, Kamila Cristhine Fonseca Silva, de 26 anos, conta que é a primeira vez que participa de um evento estadual sobre discussão da educação para deficientes auditivos. Ela informou estar muito empolgada para participar dos três dias de discussões por se tratar de momentos importantes de aprendizagem.

“É muito importante entendermos as políticas públicas de ensino para nós surdos. Aqui teremos a oportunidade de dizer o que gostamos e o que queremos que mude”, afirmou. Nesse sentido, a técnica da Gerência, Luzinete Almeida da Silveira, citou que as propostas apresentadas no Seminário irão compor as propostas de políticas públicas específicas para a Educação de Surdos de Mato Grosso.

“Além da resolução que está em debate no CEE, a intenção é estabelecermos as políticas para essa área da educação que serão aplicadas pelo Estado”, relatou. Conforme o último censo populacional do IBGE, Mato Grosso possui cerca de 100 mil deficientes auditivos. Destes, 12 mil são atendidos pela Educação Estadual e entidades conveniadas (filantrópicas). “O nosso desafio está posto: atender mais pessoas e com cada vez mais qualidade”, finalizou Nágila.



MT - Unirondon promove o projeto científico-cultural Expiaê nesta sexta-feira


Redação 24 Horas News

Transformar a noite de sexta-feira em um momento atrativo, divertido e cultural para a comunidade acadêmica. Esta foi à base para a elaboração do Expiaê, projeto intercursos promovido pelo Centro Universitário Cândido Rondon - Unirondon. A primeira edição do evento será realizada na próxima sexta-feira (9), no pátio da instituição, a partir das 19h. A entrada é gratuita.

A programação inclui apresentações culturais como o Projeto Siminina, o grupo Flor Ribeirinha, Alice, a contadora de histórias; Eloah Pimenta, Caçula do pandeiro e performances musicais de Hendson Santana e Janaína Carvalho, atividades científicas e seleção de estágio. A culinária cuiabana também estará presente com vários feirantes do Bulixo do SESC Arsenal.

O pátio do campus será transformado em um ambiente de feira, onde os alunos dos cursos de Gestão de Recursos Humanos, Administração, Publicidade e Propaganda e Jornalismo, Biomedicina, Pedagogia, Turismo, Radiologia e Gestão Ambiental farão apresentações de trabalhos científicos e também de ações ligadas à responsabilidade social e meio ambiente. Será instalado no local um ponto de coleta de óleo de cozinha.

Durante o evento, será finalizada a campanha de arrecadação do leite longa vida que será doado para o Hospital do Câncer de Mato Grosso.


O PROJETO

O projeto intercursos Expiaê surgiu a partir de uma aula de campo dos cursos de Jornalismo e Turismo no Bulixo do SESC Arsenal, que é realizado toda quinta-feira. A atividade foi coordenada pela professora Silviane Ramos. Ela, que leciona em vários cursos da instituição, divulgou o projeto para outros cursos que resolveram participar dessa primeira edição. A idéia é realizar o evento uma vez ao mês, contemplando elementos da cultura regional.



MT - Pronatec 2013: Prioridade será atendimento a pessoa com deficiência


Redação 24 Horas News


“Temos uma demanda grande e não podemos perder a chance de qualificação”. A frase é da presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Cuiabá, Mariley Auxiliadora de Jesus, ao debater a oferta de vagas para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) para o ano de 2013. A reunião foi promovida pela Coordenadoria de Proteção Social Básica, da Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá, na manhã desta quarta-feira (07.11).

De acordo com a coordenadora de Proteção Social, Ariane Baena, “a prioridade para o ano de 2013 é o atendimento ao público com esse perfil”. Durante a reunião - realizada no auditório da unidade e que contou com a participação de pelo menos 25 pessoas – foi realizada a apresentação dos cursos que poderão ser disponibilizados gratuitamente a população.

Agora caberá ao Conselho e as entidades filantrópicas e associações representativas de pessoas com deficiência a seleção dos que mais interessarem ao público atendido. São ofertadas qualificações com carga horária de 180 horas para zelador, costureira, eletricista, pintor, recepcionista, dentre outros. No total, devem ser pactuados mais de vinte cursos profissionalizantes.

“Apesar de o público ter comparecido de forma tímida, nós sabemos que há uma demanda muito grande a ser atendida. Importante dizer que os parceiros ofertantes dos cursos terão de disponibilizar material didático, professores, intérpretes, para a realização das aulas”, explica a assistente social Aurenilce Pinto. Ela ainda relembra que o Pronatec disponibiliza auxílio para a locomoção, uniforme e material didático.



Cada brincadeira assume uma função no desenvolvimento das crianças

09/10/2012


Lair Ribeiro



O poder da comunicação

Comunicar-se não é simplesmente falar-ouvir-falar. É mais do que isso.

Somos animais sociais, e a comunicação é parte das atividades humanas. Comunicando-se, você transmite idéias, faz solicitações, cria realidades, inventa possibilidades e, principalmente, é capaz de coordenar ações no sentido de que o todo possa ser maior que a soma das partes.

Como toda ferramenta poderosa, a comunicação eficaz ocorre por meio do uso de técnicas específicas, que você vai conhecer neste capítulo.

Aperfeiçoando a arte da comunicação

A comunicação é uma arte, mas não é como as pessoas costumam dizer: “Fulano tem o dom da comunicação.” Ela é uma arte porque constitui uma ferramenta com a qual o ser humano pode manifestar idéias, sensações e sentimentos com vista a um resultado. E também porque, para essa manifestação, podemos dispor de técnicas específicas, passíveis de aperfeiçoamento.

É evidente que existem pessoas mais comunicativas do que outras, mas isso não determina um dom especial para uma comunicação efetiva. É, sim, decorrência de fatores como introversão e extroversão, que nada têm a ver com a comunicação em si. Uma pessoa introvertida pode, perfeitamente, comunicar-se bem em um meio onde se sinta à vontade, e uma extrovertida, não ne-cessariamente, será capaz de fazê-lo, apesar de sentir-se sempre à vontade.

Como eu disse, comunicação não se resume a falar-ouvir-falar. Vai muito além disso. Profissionalmente, a comunicação eficaz constitui uma das ferramentas mais poderosas de que você dispõe. Basta aprender a usá-la!

Ao pé da letra

Comunicação é o processo de transmitir e receber mensagens por intermédio da linguagem, falada ou escrita, ou de outros sinais e símbolos, que podem ser visuais ou sonoros. Comunicação é a capacidade de trocar ou discutir idéias, de dialogar e de conversar com vista ao bom entendimento entre pessoas.

Mas a comunicação, que visa prioritariamente ao entendimento e que pode gerar uma ação comum, também pode ser utilizada para manipular pessoas. Quando isso acontece, ela é capaz de destruir indivíduos, organizações e nações, em um efeito semelhante ao da falta de comunicação, que tem o poder de desagregar valores.

Sempre que alguém está-se comunicando efetivamente, está criando do nada uma realidade antes inexistente. A comunicação, com o uso da linguagem, permite-nos inventar possibilidades.

Para saber viver profissionalmente, considere todas as formas de comunicação, mas concentre-se principalmente na linguagem verbal e na não-verbal. É esse tipo de comunicação que predomina no relacionamento humano.

Os tipos de relacionamento

É no processo de comunicação entre as pessoas que podemos observar a ocorrência de relacionamentos interativos ou manipulativos. Enquanto os relacionamentos interativos são altamente produtivos, os manipulativos são altamente destrutivos.

Quando um dos interlocutores se considera uma pessoa e vê o outro como objeto, ou vice-versa, acontece a manipulação. E quando ambos os interlocutores se vêem e vêem o outro como pessoas, acontece a interação.

Mesmo quando uma comunicação se inicia de forma interativa, ela tanto pode manter-se assim, como pode deteriorar-se para a manipulação. E uma relação interativa se torna manipulativa quando o coração quer uma coisa e a razão quer outra.


Natália do Vale
Minha Vida

Quem é que não se lembra com saudade das brincadeiras de ciranda, amarelinha, cabra-cega e de tantas outras travessuras que fazem da infância um momento mágico? Quando brincam de passatempos que fazem parte do universo infantil, as crianças aprendem noções de espaço e tempo, aprendem a dividir com os outros coleguinhas, memorizam sequências e muito mais. "Quando brinca, a criança aprende a treinar sua agilidade, força e equilíbrio, além de aguçar ainda mais seus reflexos. Mas cada idade exige um exercício específico, o que não exclui a prática de outros. O ideal é despertar estas aptidões até os sete anos de idade quando a criança começa a aprimorar os movimentos que aprendeu até então", explica o fisiologista da Unifesp Renato Romani. A seguir, veja as vantagens de praticar cada atividade.

Além da noção de espaço e o equilíbrio, a ciranda revive as cantigas lúdicas que têm papel importante na formação da garotada na medida em que despertam a imaginação e ajudam na desenvoltura na hora de falar com outras pessoas. "Na ciranda, as crianças cantam, dançam e interagem entre si estreitando laços, o que faz com que fiquem mais extrovertidas além do domínio do equilíbrio e da linguagem, já que fazem todas estas atividades simultaneamente", explica Cida Lessa.

Este é um exercício bastante complexo porque exige da criança equilíbrio, noção de espaço e estimula todos os sentidos. "Para compensar a ausência da visão, a criança aguça a audição, olfato e percepção, daí a eficiência cognitiva e motora da brincadeira", explica Renato Romani. "Ao privar as crianças da visão, a cabra-cega desperta a imaginação para monstros e fadas que podem aparecer a qualquer momento sem que a criança possa ver, já que está com os olhos vendados. É uma viagem que proporciona adrenalina e medo, mas que faz com que a molecada sinta o prazer das descobertas e a possibilidade da incerteza", explica Cida.

Velocidade, equilíbrio, competição, noção de espaço e resistência física. Estas são apenas algumas das aptidões desenvolvidas nesta brincadeira. "A criança é estimulada a correr, disputar espaço e superar seus limites. É um excelente exercício de resistência física e integração ao grupo", afirma Cida. "Qual criança não gosta de competição? As atividades, quando competitivas por vontade da criança e não por imposição dos pais, se tornam prazerosas e ensinam as crianças a superarem as perdas", explica Romani.

"Se a atividade for condicionada pelos pais, ela sai do limite e perde o efeito. O corpo só responde positivamente a estímulos compatíveis com a resistência de cada um. Quando a criança é pressionada a trazer resultados ou a praticar uma atividade que não gosta, descarrega em seu corpo um estresse maior do que consegue suportar e a brincadeira perde a graça", continua.

E quem não fica craque em equilíbrio pulando com um pé só? Brincar de amarelinha fortalece os músculos das pernas e confere noção de espaço, mas deve-se tomar cuidado para não forçar demais o movimento e jogar toda a carga em uma das pernas causando distensões ou fraturas: "O corpo se adapta as novas funções, mas tem seu limite, por isso, nada de extrapolar na dose", diz Renato Romani.

Basta uma jogada e lá vai a bolinha do adversário para o seu bolso causando uma sensação de vitória e superioridade tão gostosa que não dá nem para explicar. Além da competitividade, o jogo ensina a respeitar a vez do amigo e a lidar com a derrota sem reações agressivas. "Na hora do jogo, as bolinhas coloridas de vidro valem fortunas e cada tacada certeira no alvo gera uma explosão de alegria e adrenalina que torna a criança ainda mais competitiva, sem tirar da brincadeira a essência lúdica que faz dela uma diversão e não uma batalha", explica Cida Lessa.

O jogo desenvolve o raciocínio lógico e a habilidade motora das mãos, porém, se não houver moderação, pode comprometer as habilidades sociais como integração em grupo e exposição ao público, assim como ocorre com o computador. "A criança fica com raciocínio mais rápido e com as mãos mais ágeis, mas é preciso um meio termo para não fazer dele uma muleta e deixar as brincadeiras de rua e o exercício físico de lado", explica a psicóloga.

Problemas de comunicação

Lair Ribeiro

Muitos problemas de comunicação acontecem quando a pessoa que fala subestima ou superestima o nível de compreensão do seu interlocutor ou a pessoa que ouve pressupõe, incorretamente, que sabe o que o seu interlocutor quer dizer. Ou, ainda, quando a pessoa que fala não leva em consideração o contexto em que o seu interlocutor está inserido, a pessoa que ouve não leva em consideração o contexto ao qual as palavras de seu interlocutor se referem ou a pessoa que ouve não se interessa pelo que o seu interlocutor está dizendo.

Einstein dizia que não se pode obter respostas certas com perguntas erradas. Entretanto, mesmo com perguntas corretas, você não será capaz de compreender a resposta se não for capaz de escutar corretamente.

O lado bom dos problemas de comunicação

Como diz Fredy Kofman: “em cada conversação inefetiva se escondem as sementes do aprendizado e da transformação”. Talvez a competência mais importante dos seres humanos e das organizações seja a capacidade de “processar” aquilo que ouve para o transformar em oportunidade de melhora. Tudo o que nos entra pelos ouvidos pode ser matéria-prima para o nosso crescimento.

Isso significa que, se você estiver interessado em crescer, até mesmo as conversações mais desastrosas lhe serão úteis, desde que a sua capacidade de processar aquilo que ouve esteja em sintonia com seus anseios de crescimento.

Para atingir um padrão de excelência interpessoal é preciso conhecer os níveis em que a comunicação se processa. Portanto, vou lhe apresentar um modelo muito objetivo e funcional, a partir do qual você não apenas poderá aperfeiçoar a qualidade da sua comunicação, como também poderá escolher o nível mais adequado para os seus propósitos.

Modelo é uma sistematização de pensamentos e procedimentos. De acordo com esse modelo, a comunicação entre duas ou mais pessoas pode acontecer em três níveis:

Boca-ouvido

Nesse nível, uma pessoa fala e a outra ouve, sem necessariamente escutar.

Ouvir e escutar são funções diversas de partes diferentes do nosso corpo. Ouvir é função dos ouvidos; escutar é função do cérebro. Enquanto o ouvir constitui um ato passivo, o escutar é um ato ativo que envolve processamento de informação.

Imagine-se chegando a um restaurante, solicitando ao garçom uma água mineral com gás e ele lhe trazendo uma água mineral sem gás. Ou seja, ele ouviu o que você disse, mas, até chegar ao bar para pegar a água, parte daquilo que ouviu se perdeu. É como se eu estivesse escrevendo este livro e desligasse o computador sem salvar o arquivo: estaria tudo perdido.

Nenhum sucesso profissional é possível neste nível (boca-ouvido); portanto, é fundamental passar para o nível seguinte (cérebro-cérebro). Como? — Convidando o cérebro a entrar no processo. É sobre isso que falaremos em nosso próximo encontro.

O nível de comunicação cérebro-cérebro — II Parte

Lair Ribeiro

Chamar a pessoa pelo nome, apertar a mão dela com a mesma intensidade que ela aperta a sua e fazer-lhe perguntas abertas são as técnicas básicas para que o cérebro do seu interlocutor entre no processo e a comunicação passe do nível boca-ouvido para o nível cérebro-cérebro.

Você já sabe a importância de chamar a pessoa pelo nome e como fazer para memorizá-lo. Agora, você vai saber mais sobre o aperto de mão e perguntas abertas.

Aperto de mão

Existe uma linguagem corporal com a qual se pode transmitir firmeza, confiança e sinceridade. O aperto de mão é uma dessas formas de linguagem não-verbal. Talvez você não saiba, mas 40% das transações comerciais que não se concretizam são perdidas por causa do aperto de mãos.

Imagine duas pessoas: uma aperta a mão com tanta força que mais parece um alicate, e outra aperta a mão com tanta delicadeza que mal se consegue tocar-lhe os dedos.

Você já imaginou como seria um aperto de mãos entre essas duas pessoas?

Numa transação imobiliária, se a pessoa que aperta a mão com força for tratar com um corretor que aperta a mão com delicadeza, certamente ela duvidará da firmeza dele para conduzir a negociação, e esta não se concretizaria. Por outro lado, se a pessoa com aperto de mão delicado for negociar com um corretor que aperta a mão com força, a negociação também não acontecerá, pois o corretor será considerado muito agressivo.

O aperto de mão ideal precisa transmitir a seguinte mensagem: — Eu sou igual a você, pode confiar em mim! A importância disso é muito simples de entender; afinal, nós gostamos de pessoas iguais a nós.

Perguntas abertas

Existem dois tipos de perguntas: as fechadas e as abertas. Perguntas fechadas são respondidas simplesmente com um “sim” ou “não”, automaticamente. Esse tipo de resposta, da qual o cérebro não participa, pode limitar o seu processo de persuasão: quando você obtém um “não” como resposta, fica mais difícil fazer a pessoa com quem você estiver negociando dizer um “sim”. Perguntas abertas, por sua vez, não podem ser respondidas com “sim” ou “não”, e aí está a vantagem do seu uso, pois o cérebro precisa participar da resposta.

Por exemplo, em vez de perguntar a uma pessoa se ela está interessada em comprar uma cadeira, pergunte-lhe se, caso comprasse a cadeira, a colocaria na sala de visitas ou na sala de jantar. Para responder a essa pergunta, ela teria de pensar que já comprara a cadeira e que a cadeira já teria chegado à sua casa. Com a pergunta aberta, você “colocou” a cadeira dentro da casa da pessoa.

Pessoas que usam com mais freqüência perguntas abertas ganham mais dinheiro na vida.

Muita coisa pode ser conquistada nesse nível de comunicação. Grande parte do seu sucesso profissional concentra-se em dominar a arte da comunicação cérebro-cérebro. Mas para que o sucesso profissional possa acontecer de forma ainda mais espetacular, você precisa aprender a passar para o nível seguinte.

Coração-Coração

Nesse nível, empatia e amizade se mani¬festam e os milagres da comunicação entre as pessoas podem acontecer. Afinal, sempre gostamos de falar “sim” para os nossos amigos e não nos importamos em dizer “não” para os nossos inimigos.

Negociação

Lair Ribeiro


Em tese, toda negociação só deve se concretizar se puder ser boa para as partes envolvidas. Nem sempre isso acontece, mas precisamos estar preparados para obter cada vez mais esse resultado. Assim, abordaremos negociação sob a perspectiva do ganha-ganha, pois negociações em que há um ganhador e um perdedor sempre se deterioram e todos acabam perdendo. E não é isso o que estamos buscando, não é mesmo?

As diferenças

Negociar é o processo de lidar com diferenças. Pode levar mais tempo do que você imaginava e necessitar de um esforço maior do que você pretendia fazer. Pode-se, também, deparar com variáveis complexas, difíceis de ser controladas ou, até mesmo, incontroláveis. E as partes envolvidas em uma negociação chegam a ela com suas idéias, conceitos e estratégias preestabelecidos.

Os participantes de uma negociação, raramente, chegam dispostos a substituir suas próprias idéias pelas idéias de outros. O que querem, em geral, é fazê-las prevalecer. Nesse processo, eles tanto podem manipular quanto influenciar o interlocutor, determinando o tipo de jogo a ser jogado.

A negociação

O propósito de uma negociação é encontrar uma solução satisfatória, de modo que as necessidades das partes envolvidas sejam atendidas da forma mais completa possível.

Para uma boa negociação, é preciso ter:

Certeza de que qualquer acordo só será alcançado pela negociação.

Se eu quero pizza de mussarela e você quer de quatro queijos, não precisamos negociar. É só pedir uma pizza meio a meio.

Condições de participar do processo.

Existe apenas um produtor de laranja e dois interessados na sua produção. Um precisa da casca da laranja para a produção de geléias; o outro quer apenas o suco. O melhor acordo, neste caso, é a safra de laranja ir, primeiro, para a extração do suco e, depois, para a produção de geléias. Mas, para isso, o industrial que quer o suco precisa instalar equipamento para uma prévia lavagem e esterilização das laranjas, e, também, manter o nível de processamento das laranjas em tantas toneladas/mês.

Se ele não tiver capital para instalar o equipamento necessário nem condições de processar mensalmente o volume de laranja que atenda a outra parte interessada, ele não tem condições de participar dessa negociação.

Vontade de chegar ao melhor resultado possível.

Ainda no exemplo anterior, a negociação só aconteceria se, entre as partes, houvesse confiança e comprometimento com os resultados da negociação. Se a parte que tivesse de investir para atender aos termos da negociação mentisse sobre suas condições financeiras ou não tivesse a intenção de respeitar o que ficou estabelecido, o resultado seria um desastre.

Milagre da multiplicação


Piracema: devemos ter o mínimo de dignidade com a renovação da vida

Tudo que existe no universo se encontra em contínua transformação, evoluindo em ciclos ou períodos de duração variável. Desde o aparecimento de ambientes habitáveis, estes vêm sendo ocupados por espécies animais e vegetais que se sucedem ecologicamente em equilíbrio dinâmico, segundo as leis de fluxo refluxo e dissipação de energia.

O declínio, ou mesmo a extinção de determinadas espécies, tantas vezes documentada pela paleontologia, certamente decorreram de transformações, verificadas nesses mecanismos, motivadas por mudanças relativamente rápidas de variáveis físicas, químicas e biológicas em ecossistemas em naturais e/ou antropizados.

Com o surgimento da espécie humana na Terra (Homo Sapiens), e em todo o decorrer de historia evolutiva da humanidade, o peixe foi e será sempre uma importante fonte de proteína conhecida e apreciada no mundo inteiro, singular base alimentar para a humanidade.

Nós, seres “racionais”, devemos mais do que ninguém respeitar sua preservação e conservação, especialmente no sagrado período da procriação. Nesse espaço de renovação da vida é preciso evitar pescarias, não praticar esporte aquático, não alterar o curso das águas... Só assim a vida se perpetuará naturalmente.

Para que o fenômeno da piracema possa ocorrer naturalmente, a mãe natureza sabiamente prepara o ambiente, criando todas as condições para que rios, córregos, lagos, lagoas e vazantes o recebam... No Brasil a piracema acontece de novembro a fevereiro, período em que os ambientes aquáticos estão com o nível das águas em elevação. As condições de intempéries estão perfeitas, água aquecida pelo sol, coloração amarronzada, aumento de nutrientes em suspensão... É exatamente nesse momento que os cardumes detectam as mudanças e sabem que chegou a hora.

Um radar infalível chamado sistema nervoso central decodifica as mensagens traduzindo-as numa ordem única: subir, saltar e vencer as corredeiras rio acima, entregando-se a um duelo orgástico com as águas até atingir a explosão da desova e o surgimento de novas vidas.

Para o cientista Manoel de Godoy, profundo conhecedor da ictiofauna brasileira, “o ser humano precisa entender e respeitar o impulso irresistível da piracema e os requisitos para que ela continue a existir”.

Ao estudar o ecossistema aquático, percebe-se que lá o ambiente é muito bem organizado, com área de alimentação, onde eles desenvolvem-se fisicamente. O pantanal mato-grossense é um bom exemplo desse ambiente. Em seguida, o local de reprodução propriamente dito, para onde os cardumes se deslocam, são as cabeceiras dos rios com a água em movimento contínuo e bem oxigenada. Estimulados por instintos naturais, sabem que ali a probabilidade de aumentar a prole é muito maior.
No entanto, para que tal fenômeno possa ser bem-sucedido, a natureza exige mais, é preciso que o ambiente em questão apresente as seguintes características: níveis dos rios em elevação, temperatura da água entre 22 e 28 graus, pH entre 7 e 7,4, transparência inferior a 10 cm, gás carbônico inferior a 20 ppm, horário propício para que a fecundação ocorra entre 16 horas e 17 horas.

No período que antecede a piracema, o ovário maduro representa 24% de peso nas fêmeas, e os testículos maduros representam 15% do peso nos machos. 20% de gorduras são armazenados em seus corpos a ser gastos ao deslocarem rio acima, até atingir seus objetivos.

Além de todos esses percalços, as arribações enfrentam desafios gigantescos tais como oscilações climáticas, temperaturas extremas, parasitas, barreiras naturais... Pressão antrópica, com interferência humana poluindo ecossistemas aleatoriamente. Produtos químicos como mercúrio, chumbo, cádmio, pesticidas, agrotóxicos, metais pesados... Esgotos domésticos e industriais in natura correndo a céu aberto assoreando rios, córregos, nascentes... Barragens rudimentares de pequenas, médias e grandes hidrelétricas... Fiscalização pública ineficaz, pesca predatória... São questões literalmente em aberto. Ou será que não?

Tem razão o cientista Manuel de Godoy. É muito difícil, quase impossível, pensar na insensibilidade humana, em não conseguir mirar a irresistível força reprodutiva da arribação selvagem e serena do dourado, do pintado, da piraputanga, do curimbatá e tantas outras, em duelo pelos rios e córregos do país buscando a perpetuação da vida.

Como disse, de novembro a fevereiro ocorre o período de defeso nos rios mato-grossenses. Vamos respeitar esse espaço. Enquanto seres humanos ‘racionais’, devemos ter o mínimo de dignidade com a renovação da vida, nesse período. Pronto, falei!

ROMILDO GONÇALVES é biólogo, mestre em Educação e Meio Ambiente, perito ambiental em fogo florestal e professor-pesquisador da UFMT/Seduc.

romildogoncalves@hotmail.com

MT - Empresa lança projeto de reciclagem em escolas municipais


De Rondonópolis - Cairo Lustoza - Olhar Direto/Agência Pauta Pronta com assessoria

A Louis Dreyfus Commodities lança o projeto “Meio Ambiente - Por um mundo melhor” com o objetivo de ensinar a importância da preservação do meio ambiente para 250 alunos de três escolas municipais de Rondonópolis (MT).

O projeto é desenvolvido por 35 voluntários da empresa, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e com alunos da Universidade de Mato Grosso-UFMT (campus Rondonópolis), sob a supervisão do professor do curso de Ciências Biológicas, Vilson Luiz Menegazzo. A escolha do grupo da UFMT para capacitar os colaboradores não foi aleatória. A equipe já desenvolve trabalhos em escolas baseando-se no princípio dos três Rs: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. E é com esse espírito que busca despertar a consciência para a redução do consumo e o uso adequado dos recursos naturais.

A iniciativa – já em curso e com trabalhos programados até novembro – promove atitudes que colaboram com a preservação da natureza. Isso será feito por meio de oficinas de reciclagem de papel, palestras, distribuição de materiais educativos, teatro e um concurso cultural. Este, por sua vez, será dividido em duas categorias: “Frases sobre o tema abordado” e “Apresentação do Projeto Desenvolvido”. Após a realização das palestras e oficinas, os alunos desenvolverão um projeto final que será exposto no final de novembro, para avaliação de uma comissão julgadora e elaborarão frases sobre o tema.

A Comissão premiará o projeto sustentável e a melhor frase ao final do concurso. O primeiro colocado receberá um notebook e um curso completo de inglês durante quatro anos; o segundo lugar um notebook; o terceiro um netbook; o quarto uma bicicleta e o quinto um tablet. Já a sala vencedora fará uma visita ao Orquidário e Sala de Reciclagem da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). A escola que ficar em primeiro lugar levará um projetor, uma televisão LCD de 32 polegadas e lixeiras para coleta seletiva. A segunda e terceira colocadas receberão um kit multimídia, um kit esportivo e lixeiras para coletas seletivas, respectivamente.

Nas aulas cada aluno recebe uma cartilha explicando os princípios básicos da reciclagem, como as vantagens de reciclar e os materiais que podem ou não ser reciclados. No verso da cartilha, os alunos encontrarão o Jogo da Reciclagem, que testa os conhecimentos dos participantes sobre o assunto.

“Desenvolver um trabalho focado na educação faz parte da cultura de responsabilidade social da companhia. Por isso, todas as ações desenvolvidas propõem, junto aos participantes, uma reflexão sobre temas como: desperdício, poluição e a responsabilidade de cada um em sua realidade diária”, comenta Eudes Assis, gerente de operações da Plataforma de Algodão.

“O objetivo deste projeto é formar multiplicadores da ideia de reaproveitamento e reciclagem. Assim, procuramos desenvolver com os alunos atividades nas quais eles sejam desafiados a pensar, refletir e propor soluções para questões e problemas contemporâneos”, completa o professor Vilson Luiz Menegazzo.

MT- Adolescente é flagrado com faca dentro da bolsa em escola pública


De Rondonópolis - Giselle Saldanha - Olhar Direto/Agência Pauta Pronta

Um adolescente foi pego com uma faca na manhã de ontem (7), na escola onde estuda - Eunice Souza dos Santos no bairro Monte Líbano, em Rondonópolis. A denúncia foi feita ao diretor pelos próprios colegas.

Assassino confesso é quase solto por dúvida na interpretação da legislação

A Polícia Militar e a mãe do garoto foram chamados e acompanharam o momento em que a arma foi encontrada dentro da bolsa do menor.

Diante disso a diretoria da escola informou aos presentes sobre os procedimentos administrativos que serão tomados sobre o ato e liberou o garoto. A faca ficou sobre responsabilidade da instituição.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Seminário aponta caminhos para as políticas públicas do ensino



por: Marina Azaredo

Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, encerrou o evento.

Em seminário realizado nesta terça-feira, 25 de outubro, em São Paulo, educadores, acadêmicos, prefeitos e secretários de Educação debateram como deve ser a Educação no século 21. O evento foi realizado pelo
Instituto Ayrton Senna, em cooperação com a Unesco e com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

O Seminário Educação para o Século 21 contou 330 participantes de 13 Estados. Os palestrantes concordaram que o ensino deve ser baseado no equilíbrio entre as competências cognitivas e as não cognitivas. Para todos eles, o desenvolvimento das competências não cognitivas deve integrar o currículo do Ensino Fundamental para todos os alunos a partir de oito anos de idade. Dessa forma, essas crianças terão melhores condições de desenvolver as cognitivas e estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios do século 21, como violência, sustentabilidade ambiental e diversidades.

O prêmio Nobel de Economia, James Heckman, professor do Instituto Henry Schultz da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, comentou a relação dessas competências com a formação de personalidade das crianças. “Não podemos ignorar as competências não cognitivas ou teremos graves problemas sociais”, alertou o especialista. Segundo ele, essas questões têm relação direta com o sucesso das pessoas em diversos setores.

E que tudo isso depende muito do envolvimento entre famílias e escolas. “A interação desses agentes é imprescindível para o desenvolvimento do ambiente social”, afirmou Heckman.Eduardo Gianetti da Fonseca, professor de Neurociência da Universidade Duke (EUA), chamou a atenção para o atraso na conclusão de temas fundamentais. “Em pleno século 21, ainda não resolvemos agendas do século 19, como saneamento básico.” O presidente executivo do Grupo Abril, Fábio Barbosa, compartilha da opinião de Gianetti e acrescentou que evidenciar determinados valores depende apenas da disposição das pessoas.

E a Educação é um dos principais fatores desta mudança.Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, encerrou o seminário ressaltando a importância do encontro. “Importante resultado deste encontro é que certamente estamos saindo daqui diferentes de como chegamos, e cientes de que temos de fazer nossa lição de casa”, disse ela.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Hora de impor limites



Algumas crianças aos dois anos de idade nem saíram das fraldas mas já querem mandar em todos da família. É hora de mostrar quem manda para não criar uma situação de grandes conflitos no futuro.

Uma das tarefas mais difíceis na educação das crianças é o momento de impor limites. Muitos pais não sabem a hora certa de negar as coisas para seus filhos, porém quando limites não são impostos, eles terão dificuldade de aceitar um simples não. Não existem regras para dar liberdade ou não as crianças, afinal, cada família deve levar em conta os costumes próprios e a confiança que o filho tem.

É importante ressaltar que a família e a escola têm papel fundamental na educação de valores para as crianças. Os pais que sempre estão por perto e mostrem com exemplos e atitudes o que é certo, permitem a construção de um comportamento mais maduro por parte dos filhos. Vale ficar atento por que os filhos também costumam fazer pedidos inesperados aos pais como uma forma de testá-los.

Crianças, a partir dos 2 anos, começam a ter autonomia natural e é necessário que os pais entendam este processo de crescimento pelo qual passa o filho. É preciso deixar a criança livre para que ela aprenda a se defender, porém, sempre estando por perto para se fazer presente e preocupado para que ela não cresça infantilizada.

Sempre equilibre os desejos com o que é permitido. A criança não poderá escolher se vai estudar ou não, ou se fará a lição de casa ou não, mas poderá escolher o esporte que vai praticar, por exemplo. Por isso se faz necessário acompanhar de perto o crescimento dos filhos para que você faça que ele entenda que cada escolha tem hora certa e acarretam renúncias.

Ou você também pode atender aos pedidos da criança conforme ela mostrar que é responsável e sabe se colocar bem nas situações cotidianas. Com isso, você colabora para que ela seja mais capacitada ao enfrentar dificuldades e crie soluções próprias para seus problemas.

Se seu filho pede para dormir fora de casa, na casa de um amiguinho, o que você fará? Normalmente, ainda mais nesta idade, a resposta é não. Porém as coisas não funcionam assim. Verificar o que acontece no mundo da criança, quem são seus colegas, seus pais e que tipo de criação que recebe, é o primeiro passo. E isso deve estar de acordo com a criação dada ao seu filho. Se estiver tudo bem, não há por que não permitir que seu bebê durma na casa do amiguinho, afinal, este é o momento ideal para que ele comece a pôr em prática a socialização fora do ambiente do lar.

Paula R. F. Dabus

Discordar pode. Desautorizar não pode.



Cada família tem sua criação e seus valores. Quando um casal resolve ter uma vida em comum as diferenças aparecem. Quando resolvem ter um filho, então, os valores a serem passados para essa criança parecem mais diferentes ainda.

Esse é o ponto onde queremos chegar: os pais podem, sim, discordarem em alguns assuntos. O problema começa quando um deles desautoriza o outro na frente do filho.

A discordância entre os pais é saudável para a criança se esta vê que os pais conseguem conversar e chegar a um consenso. O filho percebe que com uma boa conversa, cada um cedendo um pouquinho, ouvindo os argumentos da outra pessoa, se chega a um ponto em comum e tudo se resolve.

O que deixa a criança perdida e sem limites claros é o casal onde a discordância se transforma em desautorização.

É o caso onde a mamãe não deixa o filho passear no parquinho porque tem que fazer a lição de casa. Mas aí chega o papai do trabalho e autoriza a criança ir ao parquinho sem consultar a mamãe ou por achar que mesmo sem ter feito a lição a criança pode brincar. Isso cria um nó na cabeça da criança na questão do "até onde vai o meu limite".

A criança, principalmente dos três aos cinco anos, vai testar os pais até conseguir o que quer. Ela se aproveita dessas situações para alcançar seu desejo.

Se descobrir que com o papai é mais fácil, espera a mamãe sair de perto e pede o que quer para o papai. Se a mamãe é mais "coração mole", o pedido vai esperar o papai sair. Agora, se é chorando ou fazendo um pouco mais de birra ela consegue o que quer, pois é assim que a criança vai agir.

O que fazer? - O ideal é que os limites básicos a serem passados para a criança devam ser discutidos antes entre o casal e depois serem transmitidos para o filho, como doces antes das refeições, hora da lição de casa, passeios, programas de televisão que os pequenos poderão assistir, entre outros.

Se houver uma situação inusitada onde ainda não há um consenso, o melhor é conversar antes de dar uma resposta à criança.

Se o papai não concordou com a atitude da mamãe, que deixou a criança jogar vídeo game mesmo a criança estando de castigo, ele não deve repreendê-la na frente da criança e, sim, chamá-la para uma conversa longe do filho para chegarem a um acordo e isso não mais acontecer.

Se há discussão na frente da criança, esta percebe que os pais não cedem no seu ponto de vista e vai agir automaticamente assim na sua vida, não abrindo mão dos seus desejos, olhando somente para si.

Não podemos "unificar" pensamentos. Isso é uma utopia e completamente abominável. Mas uma boa conversa pode reparar eventuais desequilíbrios entre os pais, mostrando aos filhos que as pessoas têm pensamentos diferentes, sem desrespeito e ouvindo outras argumentações.

Dicas

O não deve ser não sempre. Se a mamãe ou papai não deixa dormir até mais tarde, nem com birra ou choro a concessão deve ser feita.

Ninguém é perfeito, os pais erram também. Se vir que errou, não hesite em mostrar ao seu filho o erro e peça desculpas.

O exemplo é melhor do que as palavras. Mostrar aos filhos que uma boa conversa resolve tudo é melhor do que somente dizer

Bruno Rodrigues

Notícias -Geral

Idade dos avanços cognitivos


Por: Valeska Andrade
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Depois de todos os cuidados com os primeiros anos de vida da criança, em que ela depende exclusivamente da atenção e dos estímulos dos pais e dos responsáveis, a fase da pré-escola, a partir dos 5 anos, é especialmente interessante. É quando ela já se comunica bem e começa a ter autonomia com questões do dia a dia, como hábitos de higiene e escolha de alimentos. Se estiver na creche, tem a oportunidade de desenvolver atividades artísticas, inclusive o contato com cantigas, histórias, jogos e brincadeiras.
Mais independente e exploradora, a criança mostra interesse por descobertas sobre o ambiente ao seu redor.Fase decisiva– Segundo Dioclésio Campos Júnior, professor de pediatria da Universidade de Brasília (UnB) e chefe do Centro de Clínicas Pediátricas do Hospital Universitário da instituição, essa é a fase da criação e da inovação. “Um período em que se dá a estruturação e a diferenciação do cérebro, a formação da personalidade e o mais alto índice dos avanços cognitivos, envolvendo originalidades e inovações potenciais que a criança traz consigo.
Para desenvolvê-las, é preciso cuidar, de forma qualificada, do ser humano na fase decisiva da sua existência”.

Fonte: Correio Braziliense


Inclusão de duas novas disciplinas no currículo escolar brasileiro

Por: Valeska Andrade
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A inclusão de duas novas disciplinas no currículo escolar brasileiro, aprovada em fase terminativa na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, estava pronta para ser enviada à Câmara dos Deputados, mas o governo federal – que é contra -fez o possível para retardar a tramitação do tema.

Com a ajuda do líder do governo na Casa, Eduardo Braga (PMDB-AM), o Planalto conseguiu levar ao plenário a inclusão de Cidadania Moral e Ética no ensino fundamental e Ética Social e Política no ensino médio, sem data para votação. A manobra do governo gera polêmicas. Quem apoia a alteração do currículo condena, mas, entre especialistas, é uma articulação bem-vista.

Inchaço–

Nos últimos anos, a grade horária de crianças e adolescentes sofreu um inchaço de pelo menos seis disciplinas. Sociologia, filosofia, antropologia e política foram alguns dos temas incluídos na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e passaram a fazer parte da rotina dos estudantes.

Mãe de Pedro Picanço, 9 anos, a médica Cristiana Campos, 40, apoia a inserção de mais uma matéria: a ética. “O colégio é um bom ambiente para aprender desde cedo valores do que é certo e errado”. Pedro discorda por considerar uma coisa a mais para estudar. “Já está tão difícil”, lamenta. Dentro da grade do garoto, já são pelo menos 10 matérias. “E português não é só português, é literatura, redação, gramática”, acrescenta a mãe.

Fonte: Correio Braziliense


Pesquisa mostra que 60% dos adultos passaram a infância sem contato com livros

Por: Valeska Andrade
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Apesar de terem tido pouco contato com os livros na infância, 96% dos brasileiros consideram importante ou muito importante o incentivo à leitura para crianças de até cinco anos – mas apenas 37% costumam ler para elas.Esse é o resultado de pesquisa da Fundação Itaú Social que será anunciada hoje em São Paulo. Para o levantamento, o instituto Datafolha ouviu 2.074 pessoas com mais de 16 anos de idade em 133 municípios de todo o País.

“Nosso objetivo foi medir a percepção sobre a importância da leitura para crianças pequenas, mas também o envolvimento do adulto nessa tarefa”, afirma o vice-presidente da Fundação Itaú Social, Antonio Matias.A pesquisa é uma das ações da campanha que vê no estímulo à leitura uma oportunidade demobilizar a sociedade para a garantia dos direitos da criança e do adolescente.
Fonte: O Estado de S. Paulo