Redação 24 Horas News
O prefeito de Santa Carmem, Alessandro Nicoli, foi denunciado pelo Ministério Público Federal por crime de responsabilidade. Ele deixou de prestar contas, no devido tempo, em convênio firmado com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em de maio de 2008. O contrato, no valor de R$ 225.720,00, era destinado à compra de um ônibus escolar, zero quilômetro, para o transporte diário de alunos da educação básica.
A vigência do convênio era de 210 dias a contar da assinatura, com prestação de contas para 60 dias após essa data, portanto, em fevereiro de 2009. Segundo a denúncia, Alessandro Nicoli apresentou a documentação com atraso, somente em maio do mesmo ano. No entanto, a prestação de contas foi enviada incompleta, pendência que foi resolvida posteriormente, por meio do envio de documentos complementares.
Para a procuradora regional da República Valquíria Quixadá o prefeito “deixou de cumprir a obrigação legal”, já que a ausência de prestação de contas da aplicação dos recursos federais recebidos, no tempo certo, está prevista no decreto-lei 201/1967.
O MPF pediu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) o recebimento da denúncia e a condenação do prefeito. Se condenado, Alessandro Nicoli poderá ser punido com pena de detenção, de três meses a três anos, e ficar inabilitado por cinco anos a exercer qualquer função ou cargo público.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Câmara aprova faixas de pedestres perto de escolas
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (23), em caráter conclusivo, proposta que torna obrigatória a pintura de faixas de pedestres em um raio de um quilômetro em torno de escolas públicas e privadas situadas em área urbana. O projeto segue para análise do Senado.
O texto aprovado foi um substitutivo da Comissão de Viação e Transportes ao Projeto de Lei 4268/08, do deputado Sandes Júnior (PP-GO). A proposta traz duas modificações em relação ao texto original.
Primeiro, inclui a exigência das faixas no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). Depois, especifica o perímetro para pintura das faixas (raio de um quilômetro).
O relator na CCJ, deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), defendeu a constitucionalidade do projeto.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Daniella Cronemberger
Agência Câmara de Notícias
O texto aprovado foi um substitutivo da Comissão de Viação e Transportes ao Projeto de Lei 4268/08, do deputado Sandes Júnior (PP-GO). A proposta traz duas modificações em relação ao texto original.
Primeiro, inclui a exigência das faixas no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). Depois, especifica o perímetro para pintura das faixas (raio de um quilômetro).
O relator na CCJ, deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), defendeu a constitucionalidade do projeto.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Daniella Cronemberger
Agência Câmara de Notícias
O grande gargalo da educação básica: o Ensino Médio
22/11/2011 - 09:00
Publicado olhardireto.com.br
Autor: Iza Aparecida Saliés
Segundo pesquisa realizada pelo Ibope a carga horária do Ensino Médio está em descompasso com as necessidades do aluno e com as exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O estudo demonstra que das 4 horas aula diária que o aluno do Ensino Médio tem na escola, apenas 1h44 são aproveitados pelos alunos com aprendizagem e ensino.
Essa foi uma metodologia nova, utilizada pela primeira vez para medir a presença nas escolas, para saber como estava sendo utilizado o tempo na sala de aula e na escola.
Então, ficamos sabendo de uma notícia bastante desagradável e inesperada, pois, a legislação educacional exige uma carga horária de 800h ou 200 dias letivos anuais para a educação básica, ou seja, em todas as suas etapas de ensino; Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Com a pesquisa concentrou o seu foco no Ensino Médio, os dados apontaram que da carga horária anual de 800 horas exigidas na LDB, para o ensino médio, apenas 43%, ou 344 h/a são realmente realizadas com atividades de aprendizado. Quanto ao restante da carga horária, o estudo detectou que há duas situações; ou não há aula ou o aluno não está lá para aprender.
O Ibope utilizou 18 escolas públicas para medir a “audiência” desta etapa de ensino, um estudo inédito. A metodologia utilizada destaca como categoria de análise a audiência que surge em decorrência do resultado da soma de dois fatores, o primeiro, chamado de “oportunidade de ensinar”, foi calculado sobre as aulas efetivamente dadas e o segundo de “oportunidade de aprender” extrai do anterior o tempo em que o estudante estava em classe.
Os pesquisadores consideraram o resultado foi alarmante, pois da carga horária estabelecida pela lei metade do tempo não é utilizada com o pedagógico, ou seja, é feito qualquer outra coisa, que não aprendizado”, segundo Ana Lima, diretora-executiva do Ibope.
Para a superintendente-executiva do Instituto Unibanco, Wanda Engel é de suma importância para o governo o resultado dessa pesquisa, tendo em vista que o mesmo estuda a possibilidade de aumentar a carga horária do ensino médio no país.
Mesmo com todas as recomendações dadas pelos sistemas de que aula de 45min não adiante nada, considerando que é pouco tempo para que o professor possa pelo menos abrir a boca para falar, porque sabemos que só de chamada consome, e para cada aula o tempo médio é de 43 minutos.
Outro fator que chamou a atenção da pesquisa foi à ausência dos professores, faltaram em aproximadamente 19%, há um desperdício de oportunidade de ensinar muito visível, e a agravante de tudo isso são as faltas do professores, infelizmente.
São tantos os gargalos do Ensino Médio no Brasil, o seu currículo que não atende as necessidades dos jovens e muito menos do mercado de trabalho, o tempo na escola, a formação dos professores, o conteúdo a ser trabalhada, a metodologia, a prática pedagógica, os investimentos, os laboratórios, as tecnologias e outras vertentes que possam contribuir para o enfrentamento desses desafios.
Afinal, como precisa ser o Ensino Médio, percebe-se que com 11 anos de implantação da reforma dessa etapa de ensino, a escola até agora, não entendemos o que de fato precisa ser ensinado e aprendido no Ensino Médio. Mesmo com todas as formações realizadas, com todos os documentos produzidos e divulgados, ainda assim estamos patinando na seara da má qualidade do ensino que oferecemos aos jovens brasileiros.
Publicado olhardireto.com.br
Autor: Iza Aparecida Saliés
Segundo pesquisa realizada pelo Ibope a carga horária do Ensino Médio está em descompasso com as necessidades do aluno e com as exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O estudo demonstra que das 4 horas aula diária que o aluno do Ensino Médio tem na escola, apenas 1h44 são aproveitados pelos alunos com aprendizagem e ensino.
Essa foi uma metodologia nova, utilizada pela primeira vez para medir a presença nas escolas, para saber como estava sendo utilizado o tempo na sala de aula e na escola.
Então, ficamos sabendo de uma notícia bastante desagradável e inesperada, pois, a legislação educacional exige uma carga horária de 800h ou 200 dias letivos anuais para a educação básica, ou seja, em todas as suas etapas de ensino; Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Com a pesquisa concentrou o seu foco no Ensino Médio, os dados apontaram que da carga horária anual de 800 horas exigidas na LDB, para o ensino médio, apenas 43%, ou 344 h/a são realmente realizadas com atividades de aprendizado. Quanto ao restante da carga horária, o estudo detectou que há duas situações; ou não há aula ou o aluno não está lá para aprender.
O Ibope utilizou 18 escolas públicas para medir a “audiência” desta etapa de ensino, um estudo inédito. A metodologia utilizada destaca como categoria de análise a audiência que surge em decorrência do resultado da soma de dois fatores, o primeiro, chamado de “oportunidade de ensinar”, foi calculado sobre as aulas efetivamente dadas e o segundo de “oportunidade de aprender” extrai do anterior o tempo em que o estudante estava em classe.
Os pesquisadores consideraram o resultado foi alarmante, pois da carga horária estabelecida pela lei metade do tempo não é utilizada com o pedagógico, ou seja, é feito qualquer outra coisa, que não aprendizado”, segundo Ana Lima, diretora-executiva do Ibope.
Para a superintendente-executiva do Instituto Unibanco, Wanda Engel é de suma importância para o governo o resultado dessa pesquisa, tendo em vista que o mesmo estuda a possibilidade de aumentar a carga horária do ensino médio no país.
Mesmo com todas as recomendações dadas pelos sistemas de que aula de 45min não adiante nada, considerando que é pouco tempo para que o professor possa pelo menos abrir a boca para falar, porque sabemos que só de chamada consome, e para cada aula o tempo médio é de 43 minutos.
Outro fator que chamou a atenção da pesquisa foi à ausência dos professores, faltaram em aproximadamente 19%, há um desperdício de oportunidade de ensinar muito visível, e a agravante de tudo isso são as faltas do professores, infelizmente.
São tantos os gargalos do Ensino Médio no Brasil, o seu currículo que não atende as necessidades dos jovens e muito menos do mercado de trabalho, o tempo na escola, a formação dos professores, o conteúdo a ser trabalhada, a metodologia, a prática pedagógica, os investimentos, os laboratórios, as tecnologias e outras vertentes que possam contribuir para o enfrentamento desses desafios.
Afinal, como precisa ser o Ensino Médio, percebe-se que com 11 anos de implantação da reforma dessa etapa de ensino, a escola até agora, não entendemos o que de fato precisa ser ensinado e aprendido no Ensino Médio. Mesmo com todas as formações realizadas, com todos os documentos produzidos e divulgados, ainda assim estamos patinando na seara da má qualidade do ensino que oferecemos aos jovens brasileiros.
Instituições de ensino perdem autonomia e vão passar por supervisão
O Ministério da Educação (MEC) instaurou 70 processos de supervisão e suspendeu a autonomia de dez instituições de ensino superior que apresentaram desempenho insatisfatório no índice geral de cursos (IGC) divulgado na semana passada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
A iniciativa do MEC, por meio de medidas cautelares publicadas nesta terça-feira, atinge sete centros universitários e uma universidade que apresentaram conceito inferior a 3, em uma escala que varia de 1 a 5, nos três últimos anos — um desses resultados foi verificado, necessariamente, em 2010. A determinação também se aplica a outras duas universidades que ministram cursos superiores na modalidade a distância e apresentaram índice inferior a 3.
A partir da decisão, as instituições ficam impedidas de abrir cursos ou ampliar o número de vagas de ingresso. Outro grupo de instituições atingido com a medida são 60 faculdades — instituições sem autonomia — que também apresentaram resultados insuficientes no índice.
Durante a vigência da medida, as instituições devem limitar o número de estudantes ingressantes ao total de vagas ocupadas em 2011. Para elas, o processo de regulação, em tramitação na Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC, estará suspenso até a conclusão do processo.
As medidas têm validade até que seja constatado o saneamento das deficiências apontadas na supervisão ou até as instituições apresentarem conceito satisfatório (mínimo de 3) na próxima edição do IGC. Caso não sejam cumpridas as determinações da Seres, pode ser aberto processo de descredenciamento dos estabelecimentos de ensino.
Melhora — O MEC também determinou a revogação de medida cautelar de janeiro último que suspendia a autonomia de três instituições que obtiveram índice insatisfatório em 2009. Como apresentaram melhora no desempenho, as unidades de ensino voltam a ter autorização para abrir cursos e ampliar o número de vagas.
Outras 12 instituições que tinham perdido a autonomia e voltaram a apresentar conceito insuficiente continuam em supervisão, com todos os processos de regulação suspensos temporariamente.
A iniciativa do MEC, por meio de medidas cautelares publicadas nesta terça-feira, atinge sete centros universitários e uma universidade que apresentaram conceito inferior a 3, em uma escala que varia de 1 a 5, nos três últimos anos — um desses resultados foi verificado, necessariamente, em 2010. A determinação também se aplica a outras duas universidades que ministram cursos superiores na modalidade a distância e apresentaram índice inferior a 3.
A partir da decisão, as instituições ficam impedidas de abrir cursos ou ampliar o número de vagas de ingresso. Outro grupo de instituições atingido com a medida são 60 faculdades — instituições sem autonomia — que também apresentaram resultados insuficientes no índice.
Durante a vigência da medida, as instituições devem limitar o número de estudantes ingressantes ao total de vagas ocupadas em 2011. Para elas, o processo de regulação, em tramitação na Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC, estará suspenso até a conclusão do processo.
As medidas têm validade até que seja constatado o saneamento das deficiências apontadas na supervisão ou até as instituições apresentarem conceito satisfatório (mínimo de 3) na próxima edição do IGC. Caso não sejam cumpridas as determinações da Seres, pode ser aberto processo de descredenciamento dos estabelecimentos de ensino.
Melhora — O MEC também determinou a revogação de medida cautelar de janeiro último que suspendia a autonomia de três instituições que obtiveram índice insatisfatório em 2009. Como apresentaram melhora no desempenho, as unidades de ensino voltam a ter autorização para abrir cursos e ampliar o número de vagas.
Outras 12 instituições que tinham perdido a autonomia e voltaram a apresentar conceito insuficiente continuam em supervisão, com todos os processos de regulação suspensos temporariamente.
domingo, 20 de novembro de 2011
I Dica de orientação para as escolas
MT- Escolas já podem realizar o agendamento escolar para participar da Flimt
Com atividades programadas a partir do dia 24 de novembro, a Feira do Livro Indígena de Mato Grosso (Flimt) já está com espaço para a participação de escolas de Cuiabá e região. As unidades interessadas devem realizar o agendamento escolar através do telefone (65) 3613- 9240 e também solicitar a programação completa.
Entre as atividades voltadas para as escolas estão palestras, bate-papos, oficinas, contação de histórias e festa no pátio, que consiste em atividades envolvendo literatura e música. Além da programação o público poderá visitar a livraria da Feira, onde terão contato com as mais diferentes obras literárias produzidas no país e conhecer o universo indígena através das exposições fotográficas, de Maquetes de Casas indígenas e Ritual. A participação é gratuita.
A solenidade de abertura acontecerá dia 23, a partir das 19h30, com a presença de autoridades, escritores e artistas indígenas e não indígenas e é aberta ao público. A Feira segue até o sábado (26.11).
Entre as atividades voltadas para as escolas estão palestras, bate-papos, oficinas, contação de histórias e festa no pátio, que consiste em atividades envolvendo literatura e música. Além da programação o público poderá visitar a livraria da Feira, onde terão contato com as mais diferentes obras literárias produzidas no país e conhecer o universo indígena através das exposições fotográficas, de Maquetes de Casas indígenas e Ritual. A participação é gratuita.
A solenidade de abertura acontecerá dia 23, a partir das 19h30, com a presença de autoridades, escritores e artistas indígenas e não indígenas e é aberta ao público. A Feira segue até o sábado (26.11).
De 4 horas diárias, alunos do Ensino Médio aprendem só em 1h44
Ibope usa pela primeira vez método para medir a audiência nas escolas e chega a este resultado em um grupo experimental médio
Da carga horária anual de 800 horas previstas pela legislação brasileira para as escolas de ensino médio, apenas 43%, ou 344, são efetivamente de atividades de aprendizado. No restante, ou não há aula ou o aluno não está lá para aprender. O dado é de um estudo inédito realizado pelo Ibope em 18 escolas públicas para medir a “audiência” desta etapa de ensino.
A audiência neste caso é dada pela soma de dois fatores. O primeiro, chamado de “oportunidade de ensinar”, foi calculado sobre as aulas efetivamente dadas e o segundo de “oportunidade de aprender” extrai do anterior o tempo em que o estudante estava em classe.
O resultado foi alarmante. Entre as 4 horas de aula que são obrigatórias por dia, apenas em 1 hora e 44 minutos o professor está oferecendo uma atividade aos estudantes e eles estão presentes para participar. “Mais da metade do tempo é qualquer outra coisa, que não aprendizado”, diz Ana Lima, diretora-executiva do Ibope.
A superintendente-executiva do Instituto Unibanco, Wanda Engel, destaca a importância do dado em um momento em que o governo estuda a possibilidade de aumentar a carga horária. “Não adianta aumentar o prato, se não tem comida dentro. Neste momento, deveríamos pensar em garantir estas quatro horas diárias.”
Metodologia
Como mesmo entre 18 escolas havia muita disparidade, a pesquisa dividiu o resultado em três grupo. O primeiro de “alta audiência”, o segundo de “média audiência” e o terceiro de “baixa audiência”. "Não adianta uma pessoa colocar a cabeça no forno o pé na geladeira depois pegar um termômetro e dizer que a temperatura está média", explica Ana Lima.
A audiência de 43% é relativa ao grupo médio. No primeiro, há cerca de 2 horas e 13 minutos de atividades diárias com a presença de alunos ou audiência final, ainda pequena, de 55%. No pior cenário, o total cai para 32% ou 1 hora e 17 minutos.
Para chegar aos dados finais foram usados dois critérios. O primeiro, "oportunidade de ensinar", foi medido por observadores que frequentaram todas as aulas de duas turmas em cada escola por uma semana em cada mês durante os 10 meses letivos do ano.
Eles anotavam dois componentes: se havia aula e em que momento ela começava e acabava – medindo a partir do primeiro instante em que o professor iniciava qualquer proposta e terminando com a saída dele. Para cada aula existente, o tempo médio foi de 43 minutos.
No primeiro grupo, de alta audiência, esse primeiro critério atingiu 83% das aulas previstas. No segundo grupo 71%, e no terceiro, 58%. A partir deste primeiro filtro, entrava o segundo critério, chamado de “oportunidade de aprender”, que levou em conta quantos alunos estavam em sala no tempo em que houve aula e os resultados foram respectivamente 66%, 61% e 55%. Para a conta final o porcentual do primeiro critério é multiplicado pelo segundo, ou seja:
Exemplo do 1º Grupo
Total de horas por dia: 4 horas
Porcentual em que houve aula: 83% (3 horas e 12 minutos)
Porcentual de alunos que estavam nas aulas: 66%
Média de horas aproveitadas pela turma toda (83 x 66 = 55%): 2 horas e 13 minutos
Do desperdício de oportunidade de ensinar, o principal fator, são as faltas do professores. No primeiro grupo, professores faltaram em 5% das aulas. No segundo, as faltas sobem para 12% e no terceiro atingem 19%. A metodologia do estudo será disponibilizada para as escolas, para que as instituições possam medir sua própria audiência.
Fonte: iG/ Cinthia Rodrigues 17/11/2011
Da carga horária anual de 800 horas previstas pela legislação brasileira para as escolas de ensino médio, apenas 43%, ou 344, são efetivamente de atividades de aprendizado. No restante, ou não há aula ou o aluno não está lá para aprender. O dado é de um estudo inédito realizado pelo Ibope em 18 escolas públicas para medir a “audiência” desta etapa de ensino.
A audiência neste caso é dada pela soma de dois fatores. O primeiro, chamado de “oportunidade de ensinar”, foi calculado sobre as aulas efetivamente dadas e o segundo de “oportunidade de aprender” extrai do anterior o tempo em que o estudante estava em classe.
O resultado foi alarmante. Entre as 4 horas de aula que são obrigatórias por dia, apenas em 1 hora e 44 minutos o professor está oferecendo uma atividade aos estudantes e eles estão presentes para participar. “Mais da metade do tempo é qualquer outra coisa, que não aprendizado”, diz Ana Lima, diretora-executiva do Ibope.
A superintendente-executiva do Instituto Unibanco, Wanda Engel, destaca a importância do dado em um momento em que o governo estuda a possibilidade de aumentar a carga horária. “Não adianta aumentar o prato, se não tem comida dentro. Neste momento, deveríamos pensar em garantir estas quatro horas diárias.”
Metodologia
Como mesmo entre 18 escolas havia muita disparidade, a pesquisa dividiu o resultado em três grupo. O primeiro de “alta audiência”, o segundo de “média audiência” e o terceiro de “baixa audiência”. "Não adianta uma pessoa colocar a cabeça no forno o pé na geladeira depois pegar um termômetro e dizer que a temperatura está média", explica Ana Lima.
A audiência de 43% é relativa ao grupo médio. No primeiro, há cerca de 2 horas e 13 minutos de atividades diárias com a presença de alunos ou audiência final, ainda pequena, de 55%. No pior cenário, o total cai para 32% ou 1 hora e 17 minutos.
Para chegar aos dados finais foram usados dois critérios. O primeiro, "oportunidade de ensinar", foi medido por observadores que frequentaram todas as aulas de duas turmas em cada escola por uma semana em cada mês durante os 10 meses letivos do ano.
Eles anotavam dois componentes: se havia aula e em que momento ela começava e acabava – medindo a partir do primeiro instante em que o professor iniciava qualquer proposta e terminando com a saída dele. Para cada aula existente, o tempo médio foi de 43 minutos.
No primeiro grupo, de alta audiência, esse primeiro critério atingiu 83% das aulas previstas. No segundo grupo 71%, e no terceiro, 58%. A partir deste primeiro filtro, entrava o segundo critério, chamado de “oportunidade de aprender”, que levou em conta quantos alunos estavam em sala no tempo em que houve aula e os resultados foram respectivamente 66%, 61% e 55%. Para a conta final o porcentual do primeiro critério é multiplicado pelo segundo, ou seja:
Exemplo do 1º Grupo
Total de horas por dia: 4 horas
Porcentual em que houve aula: 83% (3 horas e 12 minutos)
Porcentual de alunos que estavam nas aulas: 66%
Média de horas aproveitadas pela turma toda (83 x 66 = 55%): 2 horas e 13 minutos
Do desperdício de oportunidade de ensinar, o principal fator, são as faltas do professores. No primeiro grupo, professores faltaram em 5% das aulas. No segundo, as faltas sobem para 12% e no terceiro atingem 19%. A metodologia do estudo será disponibilizada para as escolas, para que as instituições possam medir sua própria audiência.
Fonte: iG/ Cinthia Rodrigues 17/11/2011
Analfabetismo cai, mas ainda atinge 13 milhões
País tem 16,7% de jovens de 15 a 17 anos fora da escola; no Nordeste rural, uma em cada três pessoas é analfabeta
Na Educação, o Censo de 2010 do IBGE apontou a queda no analfabetismo no país. Entre as pessoas de 15 anos ou mais, a taxa foi de 13,6% em 2000 para 9,6% em 2010 - no entanto, isso significa que ainda há cerca de 13,9 milhões de brasileiros analfabetos, quase 40% deles com 60 anos ou mais. Houve queda, ainda, na faixa de 10 a 14 anos de idade: o analfabetismo foi de 7,3% em 2000 para 3,9% em 2010.
As desigualdades regionais, porém, persistem. Se o percentual de analfabetos com 15 anos ou mais é de 5,4% no Sudeste e de 5,1% no Sul, no Centro-Oeste ele sobe para 7,2%; no Norte, vai a 11,2%; e no Nordeste, a pior situação, atinge 19,1% - ainda bem acima dos 13,6% que eram o percentual nacional em 2000.
Alagoas foi o estado com maior percentual de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais (22,5%), seguido de Piauí (21,1%), Paraíba (20,2%) e Maranhão (19,3%). Nas capitais, Maceió é a que tem maior proporção de crianças com 10 anos analfabetas: 11,6%. Outros altos percentuais estão em Macapá (7,7%) e Manaus (7,1%).
As diferenças entre as áreas urbana e rural também impressionam. Na área rural, o analfabetismo da população com 15 anos ou mais ainda é de 23,2%. No Nordeste rural, uma em cada três pessoas com 15 anos ou mais é analfabeta; lá, o percentual é de 32,9%.
Na divisão por rendimento, enquanto em domicílios com rendimento nominal mensal per capita de mais de cinco salários mínimos há 0,4% de analfabetos com 10 anos ou mais, nos domicílios com esse rendimento até 1/4 do salário mínimo, esse percentual chega a 17,6%.
Além disso, numa comparação internacional, o percentual geral de analfabetismo no país, na faixa de 15 anos ou mais, ainda fica acima dos níveis registrados pelo Banco Mundial em 2009 para países como Zimbábue (com 8% de analfabetos com 15 anos ou mais), Panamá (6%) e Guiné Equatorial (7%).
Outro dado do Censo em Educação, o percentual de crianças e jovens de 7 a 14 anos que não frequentavam a escola foi de 5,5% em 2000 para 3,1% em 2010. Já na população entre 15 e 17 anos, 22,3% não frequentavam a escola em 2000; em 2010, foram 16,7%. No Sudeste, 15% dos jovens de 15 a 17 anos não estão na escola.
Ao contrário de outras áreas em que o Nordeste tem péssimos indicadores, aqui seu percentual é de 17,2%, melhor do que os 18,6% do Sul. O Centro-Oeste tem 16,9%, e o Norte, a pior situação, 18,7%.
Na divisão por estado no ranking da população de 15 a 17 fora da escola, o Rio de Janeiro está na segunda melhor colocação, com 13,1%. Em último, vem o Acre, com 22,2%. O Piauí surpreende vindo em terceiro melhor lugar, com 14,5%, à frente de São Paulo, por exemplo.
Fonte: O Globo 17/11/2011
Na Educação, o Censo de 2010 do IBGE apontou a queda no analfabetismo no país. Entre as pessoas de 15 anos ou mais, a taxa foi de 13,6% em 2000 para 9,6% em 2010 - no entanto, isso significa que ainda há cerca de 13,9 milhões de brasileiros analfabetos, quase 40% deles com 60 anos ou mais. Houve queda, ainda, na faixa de 10 a 14 anos de idade: o analfabetismo foi de 7,3% em 2000 para 3,9% em 2010.
As desigualdades regionais, porém, persistem. Se o percentual de analfabetos com 15 anos ou mais é de 5,4% no Sudeste e de 5,1% no Sul, no Centro-Oeste ele sobe para 7,2%; no Norte, vai a 11,2%; e no Nordeste, a pior situação, atinge 19,1% - ainda bem acima dos 13,6% que eram o percentual nacional em 2000.
Alagoas foi o estado com maior percentual de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais (22,5%), seguido de Piauí (21,1%), Paraíba (20,2%) e Maranhão (19,3%). Nas capitais, Maceió é a que tem maior proporção de crianças com 10 anos analfabetas: 11,6%. Outros altos percentuais estão em Macapá (7,7%) e Manaus (7,1%).
As diferenças entre as áreas urbana e rural também impressionam. Na área rural, o analfabetismo da população com 15 anos ou mais ainda é de 23,2%. No Nordeste rural, uma em cada três pessoas com 15 anos ou mais é analfabeta; lá, o percentual é de 32,9%.
Na divisão por rendimento, enquanto em domicílios com rendimento nominal mensal per capita de mais de cinco salários mínimos há 0,4% de analfabetos com 10 anos ou mais, nos domicílios com esse rendimento até 1/4 do salário mínimo, esse percentual chega a 17,6%.
Além disso, numa comparação internacional, o percentual geral de analfabetismo no país, na faixa de 15 anos ou mais, ainda fica acima dos níveis registrados pelo Banco Mundial em 2009 para países como Zimbábue (com 8% de analfabetos com 15 anos ou mais), Panamá (6%) e Guiné Equatorial (7%).
Outro dado do Censo em Educação, o percentual de crianças e jovens de 7 a 14 anos que não frequentavam a escola foi de 5,5% em 2000 para 3,1% em 2010. Já na população entre 15 e 17 anos, 22,3% não frequentavam a escola em 2000; em 2010, foram 16,7%. No Sudeste, 15% dos jovens de 15 a 17 anos não estão na escola.
Ao contrário de outras áreas em que o Nordeste tem péssimos indicadores, aqui seu percentual é de 17,2%, melhor do que os 18,6% do Sul. O Centro-Oeste tem 16,9%, e o Norte, a pior situação, 18,7%.
Na divisão por estado no ranking da população de 15 a 17 fora da escola, o Rio de Janeiro está na segunda melhor colocação, com 13,1%. Em último, vem o Acre, com 22,2%. O Piauí surpreende vindo em terceiro melhor lugar, com 14,5%, à frente de São Paulo, por exemplo.
Fonte: O Globo 17/11/2011
"O bom professor não deixa nenhum aluno para trás"
Da Redação do Todos Pela Educação
"O bom professor não deixa nenhum aluno pra trás, pois todos têm o direito de aprender", afirma o spot do projeto "No Ar: Todos Pela Educação" de novembro, lançado nesta terça-feira (8). Você concorda com a mensagem? A ideia é que alunos diferentes têm necessidades distintas: alguns precisam de reforço, outros de desafio.
A valorização do professor é o tema dos materiais deste mês. Isso porque nunca é demais falar que o bom professor é fundamental para um País que está crescendo, ampliando as oportunidades para todos os cidadãos. "Nenhum país cresce sem Educação de qualidade!", aponta um trecho da mensagem aos radialistas. O kit deste mês faz parte da campanha “Um bom professor, um bom começo”, lançada em abril deste ano.
O que é o "No Ar: Todos Pela Educação"
Mensalmente, radialistas de todo o País recebem um kit com informações, depoimentos de artistas e atletas, músicas e spots com dicas sobre como a população pode fazer a sua parte pela melhoria da Educação. O objetivo é que a Educação entre em pauta nas rádios e que a sociedade se mobilize por um ensino melhor.
O projeto é uma iniciativa do movimento Todos Pela Educação com o apoio do Grupo ABC e da produtora Amics Áudio. "No Ar: Todos Pela Educação" também tem o apoio da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), das Associações Estaduais de Rádio e Televisão, do Grupo de Profissionais do Rádio (GPR) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
"O bom professor não deixa nenhum aluno pra trás, pois todos têm o direito de aprender", afirma o spot do projeto "No Ar: Todos Pela Educação" de novembro, lançado nesta terça-feira (8). Você concorda com a mensagem? A ideia é que alunos diferentes têm necessidades distintas: alguns precisam de reforço, outros de desafio.
A valorização do professor é o tema dos materiais deste mês. Isso porque nunca é demais falar que o bom professor é fundamental para um País que está crescendo, ampliando as oportunidades para todos os cidadãos. "Nenhum país cresce sem Educação de qualidade!", aponta um trecho da mensagem aos radialistas. O kit deste mês faz parte da campanha “Um bom professor, um bom começo”, lançada em abril deste ano.
O que é o "No Ar: Todos Pela Educação"
Mensalmente, radialistas de todo o País recebem um kit com informações, depoimentos de artistas e atletas, músicas e spots com dicas sobre como a população pode fazer a sua parte pela melhoria da Educação. O objetivo é que a Educação entre em pauta nas rádios e que a sociedade se mobilize por um ensino melhor.
O projeto é uma iniciativa do movimento Todos Pela Educação com o apoio do Grupo ABC e da produtora Amics Áudio. "No Ar: Todos Pela Educação" também tem o apoio da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), das Associações Estaduais de Rádio e Televisão, do Grupo de Profissionais do Rádio (GPR) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Como humanizar a gramática na sala de aula
Postado por Valdeir Almeida
As aulas expositivas da gramática “nua e crua” tornam-se um tormento para os alunos. Muitos professores valem-se do argumento de que não há outra saída, os estudantes precisam aprender a modalidade culta da língua. Isso é incontestável. Entretanto, há maneiras menos torturantes de se ensinar gramática. Uma delas é humanizando a disciplina.
Humanizar a gramática significa apresentá-la aos alunos de um modo que desperte as suas emoções, e, por consequência, facilite o aprendizado. Já apliquei esse método em sala de aula diversas vezes; o resultado impressiona. Certa ocasião, por exemplo, escrevi um conto intitulado “O Artigo Tumultua a Morfologia”. Nele não havia referência explícita às regras; mas, através da narrativa e dos personagens, eram demonstradas algumas classes de palavras e suas relações morfológicas e sintáticas. Os alunos apreciaram tanto, que nem perceberam que estavam estudando gramática (¹).
Até mesmo para discorrer sobre ortografia, é possível aplicar essa técnica. Foi o que fiz ao tratar dos “encontros vocálicos”. Produzi uma crônica em que comparava o ditongo com os relacionamentos estáveis, seja de amor ou amizade; e os hiatos, com os relacionamentos que se desfazem. Os estudantes se identificam com o texto, porque grande parte deles já namora; e todos têm certos conflitos com pais e amigos. Portanto, inicialmente, a turma levanta discussão sobre sentimentos. Em seguida, observa fruitivamente a relação que há entre tais sentimentos e as ligações vocálicas (²).
Evidentemente, em virtude do nosso tempo reduzido, é inviável “humanizar” a gramática inteira. No entanto, o mínimo que pudermos fazer, terá valido a pena. Isso porque, ao associá-la com situações cotidianas e sentimentos pessoais típicos, despertaremos o interesse dos alunos por esta disciplina tão injustamente rejeitada.
As aulas expositivas da gramática “nua e crua” tornam-se um tormento para os alunos. Muitos professores valem-se do argumento de que não há outra saída, os estudantes precisam aprender a modalidade culta da língua. Isso é incontestável. Entretanto, há maneiras menos torturantes de se ensinar gramática. Uma delas é humanizando a disciplina.
Humanizar a gramática significa apresentá-la aos alunos de um modo que desperte as suas emoções, e, por consequência, facilite o aprendizado. Já apliquei esse método em sala de aula diversas vezes; o resultado impressiona. Certa ocasião, por exemplo, escrevi um conto intitulado “O Artigo Tumultua a Morfologia”. Nele não havia referência explícita às regras; mas, através da narrativa e dos personagens, eram demonstradas algumas classes de palavras e suas relações morfológicas e sintáticas. Os alunos apreciaram tanto, que nem perceberam que estavam estudando gramática (¹).
Até mesmo para discorrer sobre ortografia, é possível aplicar essa técnica. Foi o que fiz ao tratar dos “encontros vocálicos”. Produzi uma crônica em que comparava o ditongo com os relacionamentos estáveis, seja de amor ou amizade; e os hiatos, com os relacionamentos que se desfazem. Os estudantes se identificam com o texto, porque grande parte deles já namora; e todos têm certos conflitos com pais e amigos. Portanto, inicialmente, a turma levanta discussão sobre sentimentos. Em seguida, observa fruitivamente a relação que há entre tais sentimentos e as ligações vocálicas (²).
Evidentemente, em virtude do nosso tempo reduzido, é inviável “humanizar” a gramática inteira. No entanto, o mínimo que pudermos fazer, terá valido a pena. Isso porque, ao associá-la com situações cotidianas e sentimentos pessoais típicos, despertaremos o interesse dos alunos por esta disciplina tão injustamente rejeitada.
Escolas incentivam expressão oral para preparar alunos para o mercado de trabalho
O ensino da leitura e da escrita digital é um desafio para as escolas nos dias atuais, mas não o único. Em tempos de alunos acostumados a escrever numa linguagem sucinta e codificada por causa da internet, estimulá-los a se expressar oralmente, desenvolvendo uma argumentação e um ponto de vista, também não é tarefa fácil. Para isso muitas escolas têm procurado desenvolver métodos que ajudem seus estudantes a falar em público e a fazer um encadeamento de ideias.
“O internauta usa muitas gírias, elimina artigos e preposições, dispensa a concordância, abrevia palavras e orações. Na hora de se expressar em público, muitas vezes tem dificuldade de utilizar a língua formal e de dar linearidade às ideias”, explica Izabel de Almeida e Silva, diretora pedagógica do Colégio Padre Antonio Vieira.
O ensino de técnicas de retórica não é novidade alguma e remonta à época dos sofistas, na Grécia de 500 a.C. Mas, agora a diferença é que, na maioria das vezes, os professores prepararam seus alunos para que eles lidem bem com a expressão oral em meio ao dia a dia das outras disciplinas, como português, matemática, história. Tal habilidade pode até não ser cobrada no vestibular, mas acaba sendo um diferencial tanto no ambiente de trabalho e na vida como um todo. Os processos seletivos, com suas dinâmicas de grupo e entrevistas, constituem um teste para a capacidade de expressão, além de avaliarem habilidades de iniciativa e liderança.
Falar bem é fundamental
A simples leitura dos textos em voz alta é insuficiente para preparar os alunos para os desafios da vida adulta. O Colégio Padre Antonio Vieira é um dos que explora as técnicas de oralidade desde o 1º ano do ensino fundamental. O trabalho inclui o incentivo à manifestação espontânea e frequente dos estudantes em qualquer disciplina.
“Falar bem, com segurança e coerência, é fundamental e isto também se aprende na escola. Procuramos fazer eventos que valorizam essa prática, como a produção de trabalhos para o dia da Independência do Brasil e a elaboração e apresentação de contos. Debates de temas polêmicos também ajudam no exercício da argumentação”, ressalta Izabel.
Segundo ela, os alunos passam por provas orais em todas as disciplinas. Eles têm cinco minutos para expressar verbalmente seus argumentos e podem elaborar fichas com palavras-chave sobre o assunto, que servem de roteiro. O objetivo é observar a capacidade que o estudante tem de organizar seu pensamento para elaborar um discurso, desenvolvendo as informações de maneira clara e seguindo um raciocínio lógico.
Retórica e argumentação
A Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) é uma das pioneiras do país a oferecer a disciplina Retórica a seus alunos. Segundo a professora Alessandra Aldé, que leciona a matéria e também é doutora em Ciência Política, no Brasil, apenas os cursos de Direito tinham na grade as técnicas de retórica e argumentação.
“A Uerj passou a oferecer a disciplina em 2004 para o curso de Comunicação. Em Portugal, isso é mais comum. Há um certo preconceito da academia, como se a retórica fosse coisa de manipulador, muito associada aos advogados e políticos”, afirma Aldé, que ressalta que muitas escolas exigem trabalho em grupo, mas não se preocupam em ensinar aos alunos como apresentá-los.
Ela lembra que a oratória tem suas técnicas, e a prova oral é uma boa forma de testar conhecimento porque o aluno tem menos tempo de pensar uma maneira de enrolar a resposta. Ele também tem que ter mais controle sobre o nervosismo. Mas, para o professor, a dificuldade também é maior, pois não é possível voltar e reler o que o aluno disse.
Fonte: Opinião e Notícia
“O internauta usa muitas gírias, elimina artigos e preposições, dispensa a concordância, abrevia palavras e orações. Na hora de se expressar em público, muitas vezes tem dificuldade de utilizar a língua formal e de dar linearidade às ideias”, explica Izabel de Almeida e Silva, diretora pedagógica do Colégio Padre Antonio Vieira.
O ensino de técnicas de retórica não é novidade alguma e remonta à época dos sofistas, na Grécia de 500 a.C. Mas, agora a diferença é que, na maioria das vezes, os professores prepararam seus alunos para que eles lidem bem com a expressão oral em meio ao dia a dia das outras disciplinas, como português, matemática, história. Tal habilidade pode até não ser cobrada no vestibular, mas acaba sendo um diferencial tanto no ambiente de trabalho e na vida como um todo. Os processos seletivos, com suas dinâmicas de grupo e entrevistas, constituem um teste para a capacidade de expressão, além de avaliarem habilidades de iniciativa e liderança.
Falar bem é fundamental
A simples leitura dos textos em voz alta é insuficiente para preparar os alunos para os desafios da vida adulta. O Colégio Padre Antonio Vieira é um dos que explora as técnicas de oralidade desde o 1º ano do ensino fundamental. O trabalho inclui o incentivo à manifestação espontânea e frequente dos estudantes em qualquer disciplina.
“Falar bem, com segurança e coerência, é fundamental e isto também se aprende na escola. Procuramos fazer eventos que valorizam essa prática, como a produção de trabalhos para o dia da Independência do Brasil e a elaboração e apresentação de contos. Debates de temas polêmicos também ajudam no exercício da argumentação”, ressalta Izabel.
Segundo ela, os alunos passam por provas orais em todas as disciplinas. Eles têm cinco minutos para expressar verbalmente seus argumentos e podem elaborar fichas com palavras-chave sobre o assunto, que servem de roteiro. O objetivo é observar a capacidade que o estudante tem de organizar seu pensamento para elaborar um discurso, desenvolvendo as informações de maneira clara e seguindo um raciocínio lógico.
Retórica e argumentação
A Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) é uma das pioneiras do país a oferecer a disciplina Retórica a seus alunos. Segundo a professora Alessandra Aldé, que leciona a matéria e também é doutora em Ciência Política, no Brasil, apenas os cursos de Direito tinham na grade as técnicas de retórica e argumentação.
“A Uerj passou a oferecer a disciplina em 2004 para o curso de Comunicação. Em Portugal, isso é mais comum. Há um certo preconceito da academia, como se a retórica fosse coisa de manipulador, muito associada aos advogados e políticos”, afirma Aldé, que ressalta que muitas escolas exigem trabalho em grupo, mas não se preocupam em ensinar aos alunos como apresentá-los.
Ela lembra que a oratória tem suas técnicas, e a prova oral é uma boa forma de testar conhecimento porque o aluno tem menos tempo de pensar uma maneira de enrolar a resposta. Ele também tem que ter mais controle sobre o nervosismo. Mas, para o professor, a dificuldade também é maior, pois não é possível voltar e reler o que o aluno disse.
Fonte: Opinião e Notícia
O “trauma” da Prova
Élida Pereira Jerônimo
Ao adentrar na escola, inicio da alfabetização a criança é submetida à avaliação escolar – prova. Com o passar dos anos, ao receber suas notas e sempre ser parabenizado (a), teremos um ser humano acostumado com avaliações e bons resultados. Ao longo de sua vida escolar provavelmente será exigente consigo mesmo não permitindo tirar notas insatisfatórias sob pena de depressão.
Paralelo a este aluno teremos aquele “repetente” que não alcança a média e algumas vezes ouve familiares e colegas da escola o chamarem de “burro” por não conseguir passar de ano. Este aluno será “traumatizado psicologicamente” ao longo dos anos, terá resistência em retornar a sala de aula, abandonando-a ou “matando as aulas”.
Segundo Wikipédia, o trauma psicológico é um tipo de dano emocional que ocorre como resultado de um algum acontecimento. Pressupõe uma experiencia de dor e sofrimento emocional ou físico. Como experiência dolorosa que é, o trauma acarreta uma exacerbação do medo, o que pode conduzir ao estresse, envolvendo mudanças físicas no cérebro e afetando o comportamento e o pensamento da pessoa, que fará de tudo para evitar reviver o evento que lhe traumatizou. Igualmente, pode acarretar depressão, comportamentos obssessivos compulsivos e outras fobias ou transtornos , como o de pânico.
Estes estudantes com trauma psicológico possuem extrema dificuldade em lidar com provas.
Sabemos que no decorrer das nossas vidas seremos avaliados através de provas constantemente, e estes estudantes com dificuldades? Como ficam?
A dificuldade de certos alunos é tão grande a ponto de passarem mal pré e pós prova, sentindo ansiedade que os fazem comer compulsivamente, insônia, ter pesadelos com a prova... dentre outros sintomas prejudiciais ao bom desempenho na avaliação e saúde do aluno.
Com isso não conseguem aprovação na escola, faculdade, concursos, enem, exame da ordem, dentre outras avaliações...
O problema de muitos é o psicológico que está abalado e o pânico provocado pela temida prova.
Alguns são submetidos a tratamentos médicos para controlar a ansiedade e trabalhar o psicológico para conseguirem vencer o “trauma” da “prova”, mas nem todos alcançam o sucesso no tratamento.
Isto não quer dizer que é um mau “aluno”, que não tem conhecimento suficiente para aprovação, o trauma é o empecilho para este indivíduo alcançar a aprovação que tanto anseia.
Os educadores, escolas e familiares tem atuação fundamental na reversão deste quadro. Estes tem que saber como colocá-la no dia-a-dia do aluno e como usá-la em beneficio do conhecimento.
O único interesse que deve pairar sobre as avaliações é o de suprir as necessidades cotidianas e necessidades de potencialidades da turma.
Temos que mudar este papel, reduzir o número de alunos com traumas psicológicos. Para isso é preciso que os critérios de desempenho (o que deseja com a prova), estejam bem estabelecidos e o professor, escola e familiares tenham um real compromisso na construção do conhecimento do aluno.
A avaliação deve ser reflexiva, relacional e compreensiva. Ao olhar para o resultado obtido pelo aluno, o professor/escola/familiares, vejam ali o reflexo dos seus ensinamentos e tenha orgulho do conhecimento absorvido pelo aluno e a convicção de que cumpriu sua missão com excelência.
Ao adentrar na escola, inicio da alfabetização a criança é submetida à avaliação escolar – prova. Com o passar dos anos, ao receber suas notas e sempre ser parabenizado (a), teremos um ser humano acostumado com avaliações e bons resultados. Ao longo de sua vida escolar provavelmente será exigente consigo mesmo não permitindo tirar notas insatisfatórias sob pena de depressão.
Paralelo a este aluno teremos aquele “repetente” que não alcança a média e algumas vezes ouve familiares e colegas da escola o chamarem de “burro” por não conseguir passar de ano. Este aluno será “traumatizado psicologicamente” ao longo dos anos, terá resistência em retornar a sala de aula, abandonando-a ou “matando as aulas”.
Segundo Wikipédia, o trauma psicológico é um tipo de dano emocional que ocorre como resultado de um algum acontecimento. Pressupõe uma experiencia de dor e sofrimento emocional ou físico. Como experiência dolorosa que é, o trauma acarreta uma exacerbação do medo, o que pode conduzir ao estresse, envolvendo mudanças físicas no cérebro e afetando o comportamento e o pensamento da pessoa, que fará de tudo para evitar reviver o evento que lhe traumatizou. Igualmente, pode acarretar depressão, comportamentos obssessivos compulsivos e outras fobias ou transtornos , como o de pânico.
Estes estudantes com trauma psicológico possuem extrema dificuldade em lidar com provas.
Sabemos que no decorrer das nossas vidas seremos avaliados através de provas constantemente, e estes estudantes com dificuldades? Como ficam?
A dificuldade de certos alunos é tão grande a ponto de passarem mal pré e pós prova, sentindo ansiedade que os fazem comer compulsivamente, insônia, ter pesadelos com a prova... dentre outros sintomas prejudiciais ao bom desempenho na avaliação e saúde do aluno.
Com isso não conseguem aprovação na escola, faculdade, concursos, enem, exame da ordem, dentre outras avaliações...
O problema de muitos é o psicológico que está abalado e o pânico provocado pela temida prova.
Alguns são submetidos a tratamentos médicos para controlar a ansiedade e trabalhar o psicológico para conseguirem vencer o “trauma” da “prova”, mas nem todos alcançam o sucesso no tratamento.
Isto não quer dizer que é um mau “aluno”, que não tem conhecimento suficiente para aprovação, o trauma é o empecilho para este indivíduo alcançar a aprovação que tanto anseia.
Os educadores, escolas e familiares tem atuação fundamental na reversão deste quadro. Estes tem que saber como colocá-la no dia-a-dia do aluno e como usá-la em beneficio do conhecimento.
O único interesse que deve pairar sobre as avaliações é o de suprir as necessidades cotidianas e necessidades de potencialidades da turma.
Temos que mudar este papel, reduzir o número de alunos com traumas psicológicos. Para isso é preciso que os critérios de desempenho (o que deseja com a prova), estejam bem estabelecidos e o professor, escola e familiares tenham um real compromisso na construção do conhecimento do aluno.
A avaliação deve ser reflexiva, relacional e compreensiva. Ao olhar para o resultado obtido pelo aluno, o professor/escola/familiares, vejam ali o reflexo dos seus ensinamentos e tenha orgulho do conhecimento absorvido pelo aluno e a convicção de que cumpriu sua missão com excelência.
Alfabetização e inclusão social
Autor: José Lacerda
A questão da pobreza, das desigualdades sociais e da educação, que no passado eram consideradas sub-temas das questões sociais do desenvolvimento econômico, hoje, são vistas - na agenda de governos e de organizações internacionais - como prioritárias para o enfrentamento do círculo vicioso do subdesenvolvimento. Por isso, os programas de políticas públicas para a erradicação da extrema pobreza, também passam pela erradicação do analfabetismo, o qual continua alto no Brasil.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2010 , foram apontados 14,1 milhões de brasileiros analfabetos. A maioria dos analfabetos (92,6%) está concentrada no grupo com mais de 25 anos. Um em cada cinco brasileiros (20,3%) é analfabeto funcional, ou seja, tem menos de quatro anos cursados, lê e escreve frases simples, mas não consegue interpretar textos ou se expressar na escrita. O analfabetismo é considerado um dos maiores obstáculos à inclusão social, empecilho ao exercício da cidadania entre as camadas mais pobres da população.
Em Mato Grosso, também há um grande desafio a ser enfrentado : do total de pessoas com idade igual ou superior aos 15 anos ( representando 74,7% da população), o índice de 10,1% não são alfabetizadas (acima da média nacional), ou seja, cerca de 230 mil pessoas analfabetas no estado.
Em parceria com o governo federal, o governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Educação, desenvolve o Programa Brasil Alfabetizado, com apoio dos municípios. Entre os anos de 2004 e 2009, foram alfabetizados mais de 83.120 jovens e adultos em Mato Grosso. Esse número representa a redução de mais de 40% do total de 200 mil analfabetos apontados no censo de 2000 do IBGE.
Neste ano, Mato Grosso recebeu R$ 1,02 milhão para o desenvolvimento do Programa Brasil Alfabetizado. A meta do governador Silval Barbosa é alfabetizar 30 mil pessoas, em 2012, em todo o território mato-grossense. Dessas vagas, 20 mil são destinadas à área urbana e 10 mil para a área rural. Em 2011, Mato Grosso superou a meta de alfabetização: do objetivo inicial de alfabetizar 11.200 pessoas, atingiu a alfabetização de 16.024 estudantes, em 100 municípios do estado.
O Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), implantado em 2003 em todo o Brasil, vem ano a ano, aprimorando as técnicas e estratégias para dar continuidade aos estudos no 1º e 2º segmento (ensino fundamental) até o ensino médio, atingindo o público das diversidades culturais. Esse avanço nos estudos os leva, paralelamente, à inclusão social e exercício da cidadania, ao melhor desempenho para capacitação voltada ao mercado profissional, melhores oportunidades de emprego, aumento da renda familiar e melhoria de vida.
Entre as estratégias e avanços, estão o aumento da capacitação de alfabetizadores e o aumento de regiões e áreas a oferecer cursos. Em 2011, foram capacitados 1.226 alfabetizadores, que atuaram em 1.232 turmas, acompanhados por 209 coordenadores em todo o estado de Mato Grosso.
A maioria dos adultos no processo de alfabetização está na faixa acima dos 40 anos. O grande desafio dos países é acreditar e estimular a educação na maturidade (e muitas vezes, dos idosos). Estudiosos da educação citam que as pessoas acima dos 40 anos estão ideologicamente conformistas com a exclusão, reflexo, muitas vezes, do pensamento da sociedade, que traduz como um investimento em “caso perdido”. A postura ideológica contra os excluídos é citada pelo educador Paulo Freire como “desvalia”, uma desumanização por conceituar o indivíduo como “sem valia”.
A erradicação do analfabetismo depende do envolvimento de todos: dos gestores, dos educadores, da sociedade. É importante eliminar o preconceito e acreditar na mudança e no desenvolvimento social pela educação: sem idade, cor, raça, gênero ou condição social.
*José Lacerda – secretário-chefe da Casa Civil do Governo de Mato Grosso
A questão da pobreza, das desigualdades sociais e da educação, que no passado eram consideradas sub-temas das questões sociais do desenvolvimento econômico, hoje, são vistas - na agenda de governos e de organizações internacionais - como prioritárias para o enfrentamento do círculo vicioso do subdesenvolvimento. Por isso, os programas de políticas públicas para a erradicação da extrema pobreza, também passam pela erradicação do analfabetismo, o qual continua alto no Brasil.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2010 , foram apontados 14,1 milhões de brasileiros analfabetos. A maioria dos analfabetos (92,6%) está concentrada no grupo com mais de 25 anos. Um em cada cinco brasileiros (20,3%) é analfabeto funcional, ou seja, tem menos de quatro anos cursados, lê e escreve frases simples, mas não consegue interpretar textos ou se expressar na escrita. O analfabetismo é considerado um dos maiores obstáculos à inclusão social, empecilho ao exercício da cidadania entre as camadas mais pobres da população.
Em Mato Grosso, também há um grande desafio a ser enfrentado : do total de pessoas com idade igual ou superior aos 15 anos ( representando 74,7% da população), o índice de 10,1% não são alfabetizadas (acima da média nacional), ou seja, cerca de 230 mil pessoas analfabetas no estado.
Em parceria com o governo federal, o governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Educação, desenvolve o Programa Brasil Alfabetizado, com apoio dos municípios. Entre os anos de 2004 e 2009, foram alfabetizados mais de 83.120 jovens e adultos em Mato Grosso. Esse número representa a redução de mais de 40% do total de 200 mil analfabetos apontados no censo de 2000 do IBGE.
Neste ano, Mato Grosso recebeu R$ 1,02 milhão para o desenvolvimento do Programa Brasil Alfabetizado. A meta do governador Silval Barbosa é alfabetizar 30 mil pessoas, em 2012, em todo o território mato-grossense. Dessas vagas, 20 mil são destinadas à área urbana e 10 mil para a área rural. Em 2011, Mato Grosso superou a meta de alfabetização: do objetivo inicial de alfabetizar 11.200 pessoas, atingiu a alfabetização de 16.024 estudantes, em 100 municípios do estado.
O Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), implantado em 2003 em todo o Brasil, vem ano a ano, aprimorando as técnicas e estratégias para dar continuidade aos estudos no 1º e 2º segmento (ensino fundamental) até o ensino médio, atingindo o público das diversidades culturais. Esse avanço nos estudos os leva, paralelamente, à inclusão social e exercício da cidadania, ao melhor desempenho para capacitação voltada ao mercado profissional, melhores oportunidades de emprego, aumento da renda familiar e melhoria de vida.
Entre as estratégias e avanços, estão o aumento da capacitação de alfabetizadores e o aumento de regiões e áreas a oferecer cursos. Em 2011, foram capacitados 1.226 alfabetizadores, que atuaram em 1.232 turmas, acompanhados por 209 coordenadores em todo o estado de Mato Grosso.
A maioria dos adultos no processo de alfabetização está na faixa acima dos 40 anos. O grande desafio dos países é acreditar e estimular a educação na maturidade (e muitas vezes, dos idosos). Estudiosos da educação citam que as pessoas acima dos 40 anos estão ideologicamente conformistas com a exclusão, reflexo, muitas vezes, do pensamento da sociedade, que traduz como um investimento em “caso perdido”. A postura ideológica contra os excluídos é citada pelo educador Paulo Freire como “desvalia”, uma desumanização por conceituar o indivíduo como “sem valia”.
A erradicação do analfabetismo depende do envolvimento de todos: dos gestores, dos educadores, da sociedade. É importante eliminar o preconceito e acreditar na mudança e no desenvolvimento social pela educação: sem idade, cor, raça, gênero ou condição social.
*José Lacerda – secretário-chefe da Casa Civil do Governo de Mato Grosso
Brasil perde dois milhões de alunos na educação pública
Por: Valeska Andrade
O número de matrículas na educação básica pública está em queda no Brasil, como comprovam dados preliminares do Censo Escolar 2011 divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Em 2009, o País apresentava um total de 43 milhões de alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio. Hoje, são 41 milhões estudantes. A queda no índice de natalidade do País e a menor taxa de reprovação dos alunos são fatores apontados como preponderantes para que o ensino fundamental (1º ao 9º ano) conviva com o ingresso cada vez menor de alunos. Em todo o território nacional, a quantidade de crianças que ingressaram nessa etapa caiu de 27,6 milhões para 25,8 milhões, o que equivale a uma redução de 6,5%.
O número de matrículas na educação básica pública está em queda no Brasil, como comprovam dados preliminares do Censo Escolar 2011 divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Em 2009, o País apresentava um total de 43 milhões de alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio. Hoje, são 41 milhões estudantes. A queda no índice de natalidade do País e a menor taxa de reprovação dos alunos são fatores apontados como preponderantes para que o ensino fundamental (1º ao 9º ano) conviva com o ingresso cada vez menor de alunos. Em todo o território nacional, a quantidade de crianças que ingressaram nessa etapa caiu de 27,6 milhões para 25,8 milhões, o que equivale a uma redução de 6,5%.
Marketing de alimentos infantis desrespeita lei de incentivo ao aleitamento
Por: Valeska Andrade
Já no primeiro mês de vida, quando deveriam só mamar no peito, 17,8% das crianças brasileiras provam outros tipos de leite e alimentos. Na avaliação de Rosana De Divitiis, coordenadora da International Baby Food Action Network (Ibfan Brasil), entidade pró-aleitamento, o que faz os pais darem esses alimentos aos bebês é a propaganda maliciosa das empresas. “A indústria não tem como competir com leite materno de forma honesta”, diz.
Em parceria com o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a Ibfan faz uma checagem anual para ver se empresas estão cumprindo a lei que restringe a divulgação de leites, fórmulas, alimentos de transição, chupetas e mamadeiras. Na pesquisa deste ano, as entidades acharam 95 irregularidades em produtos de 76 empresas.
Problemas – Os maiores problemas observados são os rótulos dos produtos e a forma como são expostos nos pontos de venda. A legislação obriga os fabricantes a incluir alertas sobre a importância da amamentação e proíbe promoções ou sugestões de semelhança com o leite materno. Nos mercados, esses itens não podem receber destaque.
Já no primeiro mês de vida, quando deveriam só mamar no peito, 17,8% das crianças brasileiras provam outros tipos de leite e alimentos. Na avaliação de Rosana De Divitiis, coordenadora da International Baby Food Action Network (Ibfan Brasil), entidade pró-aleitamento, o que faz os pais darem esses alimentos aos bebês é a propaganda maliciosa das empresas. “A indústria não tem como competir com leite materno de forma honesta”, diz.
Em parceria com o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a Ibfan faz uma checagem anual para ver se empresas estão cumprindo a lei que restringe a divulgação de leites, fórmulas, alimentos de transição, chupetas e mamadeiras. Na pesquisa deste ano, as entidades acharam 95 irregularidades em produtos de 76 empresas.
Problemas – Os maiores problemas observados são os rótulos dos produtos e a forma como são expostos nos pontos de venda. A legislação obriga os fabricantes a incluir alertas sobre a importância da amamentação e proíbe promoções ou sugestões de semelhança com o leite materno. Nos mercados, esses itens não podem receber destaque.
Pesquisa avalia a educação infantil no Brasil
Por: Valeska Andrade
A Fundação Carlos Chagas realizou, em parceria com diversas universidades brasileiras, a pesquisa Consulta sobre a qualidade da educação infantil, que avaliou quase todos os quesitos como inadequados nas escolas públicas. O estudo analisou pontos como motricidade, arte, música, brincadeiras de faz de conta, promoção e aceitação da diversidade, interação com os professores etc. Este último, inclusive, foi o único que se mostrou satisfatório. Os dados foram apontados pelo doutor em Letras, Augusto Batista. O pesquisador acredita que as crianças da rede privada começam a estudar já sabendo de muitas coisas devido aos “eventos de letramento” vivenciados nas famílias. Batista diz que quando os pais leem livros, jornais, e-mails, contam histórias e inserem a criança nesses processos, estimulam a compreensão
A Fundação Carlos Chagas realizou, em parceria com diversas universidades brasileiras, a pesquisa Consulta sobre a qualidade da educação infantil, que avaliou quase todos os quesitos como inadequados nas escolas públicas. O estudo analisou pontos como motricidade, arte, música, brincadeiras de faz de conta, promoção e aceitação da diversidade, interação com os professores etc. Este último, inclusive, foi o único que se mostrou satisfatório. Os dados foram apontados pelo doutor em Letras, Augusto Batista. O pesquisador acredita que as crianças da rede privada começam a estudar já sabendo de muitas coisas devido aos “eventos de letramento” vivenciados nas famílias. Batista diz que quando os pais leem livros, jornais, e-mails, contam histórias e inserem a criança nesses processos, estimulam a compreensão
Mais de 50% dos alunos latino-americanos do 6º ano sofre bullying na escola
Por: Valeska Andrade
Mais da metade dos alunos do 6º ano do ensino fundamental da maior parte das escolas latino-americanas confessa ter sido vítima de roubos, insultos, ameaças e agressões de colegas, revela estudo de especialistas chilenos e espanhóis. Baseado em dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e desenvolvido entre 2005 e 2009, o relatório aponta o roubo (39,4%) como a agressão mais frequente, seguida da violência verbal (26,6%). Os autores do estudo examinaram os resultados de 91.223 estudantes de 16 países latino-americanos, entre eles o Brasil. A análise revela que 51,1% dos estudantes dizem ter sido vítimas de bullying no mês anterior ao da pesquisa. Outra descoberta é que os meninos sofrem mais de bullying que as meninas.
Mais da metade dos alunos do 6º ano do ensino fundamental da maior parte das escolas latino-americanas confessa ter sido vítima de roubos, insultos, ameaças e agressões de colegas, revela estudo de especialistas chilenos e espanhóis. Baseado em dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e desenvolvido entre 2005 e 2009, o relatório aponta o roubo (39,4%) como a agressão mais frequente, seguida da violência verbal (26,6%). Os autores do estudo examinaram os resultados de 91.223 estudantes de 16 países latino-americanos, entre eles o Brasil. A análise revela que 51,1% dos estudantes dizem ter sido vítimas de bullying no mês anterior ao da pesquisa. Outra descoberta é que os meninos sofrem mais de bullying que as meninas.
Por que as pessoas mentem?
Olga Lustosa
A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer, como escreveu Mário Quintana. Admita: você também já mentiu. Estudo recente mostra que as pessoas contam duas ou três mentiras a cada dez minutos e a mesma estimativa aponta que mentimos pelo menos uma vez por dia. A mentira se alastra sobretudo onde há decepção generalizada com a vida cotidiana e é usada, como uma mal social necessário para lubrificar as engrenagens do discurso social.
No ano passado o jornal inglês The Telegraph publicou uma pesquisa encomendada sobre o tema e a mentira mais popular da Grã-Bretanha é: "desculpe, eu não tinha sinal de telefone celular", desculpa essa, admitida por um em cada quatro pessoas entrevistadas. Os pesquisadores descobriram que o britânico diz, em média, quatro mentiras todos os dias ou quase 1500 por ano. Um em cada três britânicos mente sobre o peso, sobre o valor da dívida e sobre a quantidade de exercícios físicos que praticam.
A pesquisa indica que as mulheres mentem melhor do que os homens, embora em número 46% das mulheres foram flagradas mentindo contra 58% dos homens.
Em segundo lugar, a mentira mais comum é ''Eu não tenho nenhum dinheiro comigo”, ''Não há nada errado - eu estou bem'' ficou em terceiro seguido por ''Você está linda" 'e ''Prazer em vê-lo''. Ainda entre as dez mentiras mais contadas registra-se: ''Nós somos apenas bons amigos'', ''Nós vamos nos encontrar logo'' e ''Eu estou a caminho''.
A tecnologia moderna emergiu como o instigador de muitas mentiras como ''eu não recebi o seu texto”, ”O nosso servidor caiu'' e “minha bateria descarregou”. O diretor da empresa OnePoll, que realizou a pesquisa com 4.300 adultos, disse que o resultado apresentado justifica-se pela obsessão das pessoas em serem agradáveis e tentar encobrir o que realmente querem dizer. As mentiras admitidas foram consideradas nem completamente inofensivas nem taticamente necessárias. Muitos especialistas não vêem muita diferença entre uma pequena ou grande mentira, porque todas apresentam um efeito, quanto mais mentira mais degradação e depois você não consegue mais parar. "Meia verdade muitas vezes é uma grande mentira." Frase atribuída a Benjamin Franklin.
Quando uma pessoa diz uma mentira ousada e descarada normalmente fica tensa e inquieta,a batida cardíaca acelera e a temperatura corporal aumenta explica a psicóloga Bella DePaulo da Universidade de Santa Bárbara na Califórnia.
Desculpas e mais desculpas... mas porque as pessoas mentem e enganam? O autor do livro “Um mentiroso em sua vida”, Bob Feldman revela que a maioria das pessoas ao mentir não carregam nenhum sentimento de culpa e mentem por que não conseguem cumprir a carga de sua responsabilidade. Ao analisar o comportamento de estudantes universitários constatou que os mesmos matam seus avós não apenas duas vezes, mas oito no decorrer do período do curso e que a desonestidade acadêmica vai da aplicação apara conseguir bolsas de estudos até a falsificação de cartas de recomendação.
As pessoas mentem para fugir com desculpas e acabam reforçando a sua inclinação para mentir novamente e muitas vezes para dar o tom de realidade a uma mentira é necessário envolver uma segunda pessoa. As pessoas que mentem ficam vulneráveis ao plantio de falsas memórias e fazem todo tipo de manobra mental para credita-las como identidades verdadeiras, mesmo que o comportamento esteja em conflito direto com a realidade. Ao invés de admitir que mentiram, que enganaram, as pessoas distorcem os fatos e atribuem a culpa a alguém. De acordo com a explicação de identidade, a nossa forma de avaliar a nós mesmos é muito frouxa.
Tendemos culpar a situação, outra pessoas, mas nunca a nós mesmos quando inventamos uma desculpa ou mentimos. Existem várias razões complexas e interligadas para mentir, enganar, e fabricar desculpas, como assegura, num nível mais profundo a psicanalista Karen Horney, observando que quando você cria um falso “eu”, o fosso alarga-se entre quem você é e quem você deseja ser. Eventualmente, você perde contato com seu “eu” real e entra no terreno da neurose, afetando sua saúde mental e física.
Contrapondo os estudos e pesquisas apresentadas, o psicólogo Richard Gramzow da Universidade de Southampton, na Inglaterra observa que as pessoas que “exageram” tendem a ter objetivos realizados mais elevados, são mais amáveis e portanto são mais felizes do que as pessoas que não mentem. Mas comunga com o pensamento de que a mentira é imoral e de mau gosto.
Olga Borges Lustosa é cerimonialista pública e acadêmica de Ciências Sociais pela UFMT e escreve exclusivamente neste blog toda terça-feira - olga@terra.com.br
A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer, como escreveu Mário Quintana. Admita: você também já mentiu. Estudo recente mostra que as pessoas contam duas ou três mentiras a cada dez minutos e a mesma estimativa aponta que mentimos pelo menos uma vez por dia. A mentira se alastra sobretudo onde há decepção generalizada com a vida cotidiana e é usada, como uma mal social necessário para lubrificar as engrenagens do discurso social.
No ano passado o jornal inglês The Telegraph publicou uma pesquisa encomendada sobre o tema e a mentira mais popular da Grã-Bretanha é: "desculpe, eu não tinha sinal de telefone celular", desculpa essa, admitida por um em cada quatro pessoas entrevistadas. Os pesquisadores descobriram que o britânico diz, em média, quatro mentiras todos os dias ou quase 1500 por ano. Um em cada três britânicos mente sobre o peso, sobre o valor da dívida e sobre a quantidade de exercícios físicos que praticam.
A pesquisa indica que as mulheres mentem melhor do que os homens, embora em número 46% das mulheres foram flagradas mentindo contra 58% dos homens.
Em segundo lugar, a mentira mais comum é ''Eu não tenho nenhum dinheiro comigo”, ''Não há nada errado - eu estou bem'' ficou em terceiro seguido por ''Você está linda" 'e ''Prazer em vê-lo''. Ainda entre as dez mentiras mais contadas registra-se: ''Nós somos apenas bons amigos'', ''Nós vamos nos encontrar logo'' e ''Eu estou a caminho''.
A tecnologia moderna emergiu como o instigador de muitas mentiras como ''eu não recebi o seu texto”, ”O nosso servidor caiu'' e “minha bateria descarregou”. O diretor da empresa OnePoll, que realizou a pesquisa com 4.300 adultos, disse que o resultado apresentado justifica-se pela obsessão das pessoas em serem agradáveis e tentar encobrir o que realmente querem dizer. As mentiras admitidas foram consideradas nem completamente inofensivas nem taticamente necessárias. Muitos especialistas não vêem muita diferença entre uma pequena ou grande mentira, porque todas apresentam um efeito, quanto mais mentira mais degradação e depois você não consegue mais parar. "Meia verdade muitas vezes é uma grande mentira." Frase atribuída a Benjamin Franklin.
Quando uma pessoa diz uma mentira ousada e descarada normalmente fica tensa e inquieta,a batida cardíaca acelera e a temperatura corporal aumenta explica a psicóloga Bella DePaulo da Universidade de Santa Bárbara na Califórnia.
Desculpas e mais desculpas... mas porque as pessoas mentem e enganam? O autor do livro “Um mentiroso em sua vida”, Bob Feldman revela que a maioria das pessoas ao mentir não carregam nenhum sentimento de culpa e mentem por que não conseguem cumprir a carga de sua responsabilidade. Ao analisar o comportamento de estudantes universitários constatou que os mesmos matam seus avós não apenas duas vezes, mas oito no decorrer do período do curso e que a desonestidade acadêmica vai da aplicação apara conseguir bolsas de estudos até a falsificação de cartas de recomendação.
As pessoas mentem para fugir com desculpas e acabam reforçando a sua inclinação para mentir novamente e muitas vezes para dar o tom de realidade a uma mentira é necessário envolver uma segunda pessoa. As pessoas que mentem ficam vulneráveis ao plantio de falsas memórias e fazem todo tipo de manobra mental para credita-las como identidades verdadeiras, mesmo que o comportamento esteja em conflito direto com a realidade. Ao invés de admitir que mentiram, que enganaram, as pessoas distorcem os fatos e atribuem a culpa a alguém. De acordo com a explicação de identidade, a nossa forma de avaliar a nós mesmos é muito frouxa.
Tendemos culpar a situação, outra pessoas, mas nunca a nós mesmos quando inventamos uma desculpa ou mentimos. Existem várias razões complexas e interligadas para mentir, enganar, e fabricar desculpas, como assegura, num nível mais profundo a psicanalista Karen Horney, observando que quando você cria um falso “eu”, o fosso alarga-se entre quem você é e quem você deseja ser. Eventualmente, você perde contato com seu “eu” real e entra no terreno da neurose, afetando sua saúde mental e física.
Contrapondo os estudos e pesquisas apresentadas, o psicólogo Richard Gramzow da Universidade de Southampton, na Inglaterra observa que as pessoas que “exageram” tendem a ter objetivos realizados mais elevados, são mais amáveis e portanto são mais felizes do que as pessoas que não mentem. Mas comunga com o pensamento de que a mentira é imoral e de mau gosto.
Olga Borges Lustosa é cerimonialista pública e acadêmica de Ciências Sociais pela UFMT e escreve exclusivamente neste blog toda terça-feira - olga@terra.com.br
O poder da referência
Andre Bellucci
Abraham Lincoln disse certa vez: “É possível aprender algo com todas as pessoas que encontramos, ainda que seja o que não se deve fazer”. Certamente nessa altura da vida Lincoln já conhecia o poder da referência. De alguma maneira adquirimos referências positivas ou negativas durante toda a nossa vida. São essas informações que permitem que mantenhamos um poderoso banco de dados capaz de decernir o que acreditamos ser certo ou errado.
No meu primeiro emprego, o engenheiro que era responsável pela minha formação solicitou que eu escolhesse uma referencia para seguir dentro da empresa, podia ser o mestre de obras, alguns dos encarregados ou engenheiros que ali trabalhavam. Mas ele gostaria que escolhesse pelo menos um. Provavelmente, ele acreditava que assim que escolhesse, o meu processo decisório melhoraria e me ajudaria a ter liderança assim como aquelas pessoas tinham sobre a equipe. Resolvi então escolher varias referências, os separei por áreas, como conduta, posicionamento, fé, convicção, profissionalismo e assim por diante, não tentei buscar em uma pessoa todas essas qualidades, apenas me atentei a ver o que cada um deles tinha de melhor.
Naquela pequena amostra que tinha pude rapidamente entender que deveria ser um entusiasta como o mestre de obras. Lembro-me até hoje, a palavra que mais se escutava dele era “agora”. Ele acabou por se tornar a minha referência no que se diz respeito a fazer algo porque era importante, não apenas porque gostava de fazer. Com um entusiasmo impressionante ele motivava a todos a resolver tudo no dia, dando muita velocidade a obra. A minha segunda grande referência naquele empreendimento foi o engenheiro da obra. Ele tinha um pulso firme de dar inveja, e muito conhecimento técnico também. De alguma maneira ele se tornou a minha referência quando vou instruir algo a minha equipe até hoje.
E, por último, mas não menos importante, a pessoa que primeiro imaginei quando fui solicitado a pensar em uma referência. Ele era o diretor da construtora, tinha uma conduta impressionante, com a sua voz calma e firme chamava todos pelo nome e fazia perguntas que nos levavam a pensar em possibilidades de eventos que até então parecia não existir. A sua visão de mercado e busca pelo “detalhe” levou a empresa a ser líder no seu ramo de atividade em Cuiabá. Com ele aprendi que era importante fazer o melhor possível sempre, e ainda, percebi que se eu quisesse fazer mais pelas pessoas eu teria que ter meu próprio negócio.
Durante a minha formação profissional apareceram outras pessoas, novas referências, e algumas que com o passar do tempo não se mostraram tão boas assim. Mas o mais importante é que elas existiram. Fica difícil você ir mais longe sem referência. Sendo assim devemos agradecer a cada cliente exigente, concorrente feroz, professor detalhista, líder chato ou líder bom que passam por nossas vidas todos os dias, de alguma maneira eles estabelecem algum padrão que colocado sobre a ótica correta (por exemplo, a ótica de Lincoln) nos ajuda a ir mais longe, de forma mais rápida, e a um ponto mais alto.
André Luiz Bellucci é empresário, trainer da Dale Carnegie Training em Cuiabá e escreve neste blog todo sábado - engbellucci@uol.com.br
Abraham Lincoln disse certa vez: “É possível aprender algo com todas as pessoas que encontramos, ainda que seja o que não se deve fazer”. Certamente nessa altura da vida Lincoln já conhecia o poder da referência. De alguma maneira adquirimos referências positivas ou negativas durante toda a nossa vida. São essas informações que permitem que mantenhamos um poderoso banco de dados capaz de decernir o que acreditamos ser certo ou errado.
No meu primeiro emprego, o engenheiro que era responsável pela minha formação solicitou que eu escolhesse uma referencia para seguir dentro da empresa, podia ser o mestre de obras, alguns dos encarregados ou engenheiros que ali trabalhavam. Mas ele gostaria que escolhesse pelo menos um. Provavelmente, ele acreditava que assim que escolhesse, o meu processo decisório melhoraria e me ajudaria a ter liderança assim como aquelas pessoas tinham sobre a equipe. Resolvi então escolher varias referências, os separei por áreas, como conduta, posicionamento, fé, convicção, profissionalismo e assim por diante, não tentei buscar em uma pessoa todas essas qualidades, apenas me atentei a ver o que cada um deles tinha de melhor.
Naquela pequena amostra que tinha pude rapidamente entender que deveria ser um entusiasta como o mestre de obras. Lembro-me até hoje, a palavra que mais se escutava dele era “agora”. Ele acabou por se tornar a minha referência no que se diz respeito a fazer algo porque era importante, não apenas porque gostava de fazer. Com um entusiasmo impressionante ele motivava a todos a resolver tudo no dia, dando muita velocidade a obra. A minha segunda grande referência naquele empreendimento foi o engenheiro da obra. Ele tinha um pulso firme de dar inveja, e muito conhecimento técnico também. De alguma maneira ele se tornou a minha referência quando vou instruir algo a minha equipe até hoje.
E, por último, mas não menos importante, a pessoa que primeiro imaginei quando fui solicitado a pensar em uma referência. Ele era o diretor da construtora, tinha uma conduta impressionante, com a sua voz calma e firme chamava todos pelo nome e fazia perguntas que nos levavam a pensar em possibilidades de eventos que até então parecia não existir. A sua visão de mercado e busca pelo “detalhe” levou a empresa a ser líder no seu ramo de atividade em Cuiabá. Com ele aprendi que era importante fazer o melhor possível sempre, e ainda, percebi que se eu quisesse fazer mais pelas pessoas eu teria que ter meu próprio negócio.
Durante a minha formação profissional apareceram outras pessoas, novas referências, e algumas que com o passar do tempo não se mostraram tão boas assim. Mas o mais importante é que elas existiram. Fica difícil você ir mais longe sem referência. Sendo assim devemos agradecer a cada cliente exigente, concorrente feroz, professor detalhista, líder chato ou líder bom que passam por nossas vidas todos os dias, de alguma maneira eles estabelecem algum padrão que colocado sobre a ótica correta (por exemplo, a ótica de Lincoln) nos ajuda a ir mais longe, de forma mais rápida, e a um ponto mais alto.
André Luiz Bellucci é empresário, trainer da Dale Carnegie Training em Cuiabá e escreve neste blog todo sábado - engbellucci@uol.com.br
Professor e cuidado com a voz
Rosângela Cadidé
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) considera os professores como a categoria de maior risco de contrair enfermidades da voz. No artigo anterior, relatei os principais motivos da perda da voz destes profissionais, relacionados primeiramente a falta de condições de trabalho no ambiente escolar; segundo a falta de informações adequadas ao uso vocal, pois durante a formação acadêmica não tem na grade curricular uma disciplina específica para ter as orientações necessárias para usar o seu principal instrumento de trabalho: a voz.
Acrescento agora um terceiro, que auxiliaria não só os professores como também a comunidade escolar, mas que infelizmente não temos: fonoaudiólogos dentro das unidades de ensino. Se os nossos governantes tivessem vontade política, esses motivos seriam facilmente resolvidos gastando menos do que se gastam com as licenças médicas solicitadas por professores com doenças vocais.
A saúde vocal envolve cuidados importantes que devemos ter para conservar a qualidade da voz, protegê-la do uso inadequado frequente e evitar doenças. Esses cuidados (que muitos professores desconhecem) vão da roupa que usamos para trabalhar até na maneira que dormimos Neste artigo, ressaltarei a importância de cuidados que devemos ter com quatro hábitos diários que levam a qualidade vocal: vestuário, calçado, alimentação e postura corporal.
Muitos estranham: o que a qualidade vocal tem a ver com a roupa, calçado, postura do corpo e com o que comemos? Resposta: tudo e mais um pouco. Para uma boa movimentação dos músculos que participam da fonação, ou para uma boa respiração e movimentação do corpo, é recomendado ao profissional que use roupas leves e folgadas, principalmente na altura do pescoço, do peito e da cintura, pois permitem movimentos livres para escrever no quadro, falar com os alunos e andar pela classe sem produzir tensões desnecessárias. Sendo assim, deve-se evitar as roupas apertadas na cintura (para não comprimirem o diafragma) e as golas muito firmes ao redor do pescoço (para não tensionarem a laringe).
Os sapatos devem ser confortáveis e sem saltos para não haver tensão em todo o corpo, pois permitem maior apoio e equilíbrio postural. Qual a relação da nossa postura corporal com a fala? Uma postura inadequada interfere no livre movimento da região cervical e no funcionamento pleno da musculatura laríngea; por isso deve-se estar atento à altura da cadeira em relação à mesa, à forma como se abaixa para corrigir o material ou para conversar com o aluno, à maneira como se fica em pé, à altura do quadro e o modo de apagá-lo, mantendo o pescoço em equilíbrio sem tombar a cabeça para os lados. São contra-indicados solados de borracha durante o uso profissional da voz para não impedir o fluxo natural das energias.
No que se refere à alimentação, o professor antes de utilizar sua voz profissionalmente, deve evitar a ingestão de comidas pesadas e condimentadas, pois provocam o refluxo gastroesofágico, podendo irritar a garganta e produzir catarro. Um estômago cheio pode interferir no suporte diafragmático e no refluxo do suco gástrico, assim como o café aumenta o suco gástrico e o leite, o sorvete e o chocolate aumentam a viscosidade da secreção mucosa, impedindo a livre movimentação de vibração das pregas vocais na fonação. Sem contar que tais alimentos resultam na necessidade de pigarrear para limpar a garganta.
O ato de pigarrear não limpa a voz. Ao contrário, provoca atrito brusco nas pregas vocais, causando irritação. O melhor a fazer é hidratar o organismo ou respirar profundamente e deglutir. Deve-se dar preferências: refeições leves com: verduras, legumes e frutas (em especial a maçã). É recomendado ainda, que sejam cumpridos horários regulares de alimentação, mastigando bem os alimentos com amplitude de movimentos para auxiliar numa boa dicção. Quanto às pastilhas, sprays e drops, o uso dos mesmos deve ser ignorado, principalmente à base de menta, uma vez que irritam a mucosa.
Eles não ajudam a refrescar a garganta, mas sim mascaram os sintomas de esforço vocal (ardor, dor, etc) por possuírem o poder de anestésicos. Por que entre as frutas a maçã é citada como especial? A maçã tem a propriedade ser adstringente, limpando parte do trato vocal responsável pela ressonância.
Vale lembrar que a voz deve durar enquanto durar nossa vida. Enfim, a saúde vocal depende de diversos fatores e, o mais relevante deles, é incorporar alguns hábitos que irão favorecer à saúde vocal e eliminar outros prejudiciais que comprometam o rendimento vocal, principalmente antes de começarem as aulas, como por exemplo, o uso do famoso cafezinho que sempre tem na sala dos professores.
Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 10 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federação de MT, coordena o Centro de Estudos às Forças Armadas e escreve neste blog às sextas - rosangelacadide@hotmail.com
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) considera os professores como a categoria de maior risco de contrair enfermidades da voz. No artigo anterior, relatei os principais motivos da perda da voz destes profissionais, relacionados primeiramente a falta de condições de trabalho no ambiente escolar; segundo a falta de informações adequadas ao uso vocal, pois durante a formação acadêmica não tem na grade curricular uma disciplina específica para ter as orientações necessárias para usar o seu principal instrumento de trabalho: a voz.
Acrescento agora um terceiro, que auxiliaria não só os professores como também a comunidade escolar, mas que infelizmente não temos: fonoaudiólogos dentro das unidades de ensino. Se os nossos governantes tivessem vontade política, esses motivos seriam facilmente resolvidos gastando menos do que se gastam com as licenças médicas solicitadas por professores com doenças vocais.
A saúde vocal envolve cuidados importantes que devemos ter para conservar a qualidade da voz, protegê-la do uso inadequado frequente e evitar doenças. Esses cuidados (que muitos professores desconhecem) vão da roupa que usamos para trabalhar até na maneira que dormimos Neste artigo, ressaltarei a importância de cuidados que devemos ter com quatro hábitos diários que levam a qualidade vocal: vestuário, calçado, alimentação e postura corporal.
Muitos estranham: o que a qualidade vocal tem a ver com a roupa, calçado, postura do corpo e com o que comemos? Resposta: tudo e mais um pouco. Para uma boa movimentação dos músculos que participam da fonação, ou para uma boa respiração e movimentação do corpo, é recomendado ao profissional que use roupas leves e folgadas, principalmente na altura do pescoço, do peito e da cintura, pois permitem movimentos livres para escrever no quadro, falar com os alunos e andar pela classe sem produzir tensões desnecessárias. Sendo assim, deve-se evitar as roupas apertadas na cintura (para não comprimirem o diafragma) e as golas muito firmes ao redor do pescoço (para não tensionarem a laringe).
Os sapatos devem ser confortáveis e sem saltos para não haver tensão em todo o corpo, pois permitem maior apoio e equilíbrio postural. Qual a relação da nossa postura corporal com a fala? Uma postura inadequada interfere no livre movimento da região cervical e no funcionamento pleno da musculatura laríngea; por isso deve-se estar atento à altura da cadeira em relação à mesa, à forma como se abaixa para corrigir o material ou para conversar com o aluno, à maneira como se fica em pé, à altura do quadro e o modo de apagá-lo, mantendo o pescoço em equilíbrio sem tombar a cabeça para os lados. São contra-indicados solados de borracha durante o uso profissional da voz para não impedir o fluxo natural das energias.
No que se refere à alimentação, o professor antes de utilizar sua voz profissionalmente, deve evitar a ingestão de comidas pesadas e condimentadas, pois provocam o refluxo gastroesofágico, podendo irritar a garganta e produzir catarro. Um estômago cheio pode interferir no suporte diafragmático e no refluxo do suco gástrico, assim como o café aumenta o suco gástrico e o leite, o sorvete e o chocolate aumentam a viscosidade da secreção mucosa, impedindo a livre movimentação de vibração das pregas vocais na fonação. Sem contar que tais alimentos resultam na necessidade de pigarrear para limpar a garganta.
O ato de pigarrear não limpa a voz. Ao contrário, provoca atrito brusco nas pregas vocais, causando irritação. O melhor a fazer é hidratar o organismo ou respirar profundamente e deglutir. Deve-se dar preferências: refeições leves com: verduras, legumes e frutas (em especial a maçã). É recomendado ainda, que sejam cumpridos horários regulares de alimentação, mastigando bem os alimentos com amplitude de movimentos para auxiliar numa boa dicção. Quanto às pastilhas, sprays e drops, o uso dos mesmos deve ser ignorado, principalmente à base de menta, uma vez que irritam a mucosa.
Eles não ajudam a refrescar a garganta, mas sim mascaram os sintomas de esforço vocal (ardor, dor, etc) por possuírem o poder de anestésicos. Por que entre as frutas a maçã é citada como especial? A maçã tem a propriedade ser adstringente, limpando parte do trato vocal responsável pela ressonância.
Vale lembrar que a voz deve durar enquanto durar nossa vida. Enfim, a saúde vocal depende de diversos fatores e, o mais relevante deles, é incorporar alguns hábitos que irão favorecer à saúde vocal e eliminar outros prejudiciais que comprometam o rendimento vocal, principalmente antes de começarem as aulas, como por exemplo, o uso do famoso cafezinho que sempre tem na sala dos professores.
Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 10 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federação de MT, coordena o Centro de Estudos às Forças Armadas e escreve neste blog às sextas - rosangelacadide@hotmail.com
MT- Governo Federal suspende curso de Medicina da Unic
Curso obteve média 2 em conceito do ministério; mensalidade cobrada passa dos R$ 4 mil
MidiaNews
Ministério da Educação deu média 2, numa escala que vai de 1 a 5
KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO
Em um despacho publicado no Diário Oficial da União, na sexta-feira (18), o Ministério da Educação e Cultura (MEC) suspendeu o curso de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic). O motivo é a média muito baixa - nota 2 - obtida no Conceito Preliminar de Curso (CPC).
O Índice Geral de Cursos (IGC) varia em uma escala de 1 a 5 e é calculado com base no desempenho dos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), e em outros critérios, como a infraestrutura e o corpo docente da instituição.
O curso de Medicina na Unic foi autorizado pelo MEC em 2004 e tem duração de 12 semestres, com 8.640 horas aula. O valor da mensalidade é R$ 4.308,86. Caso o estudante pague até o dia 05 de todo mês, o acadêmico terá um desconto de 6%, que ficará no valor de R$ 4.050,33, conforme divulgado no site da instituição.
Além da Unic, outras 15 faculdades privadas que oferecem o curso de Medicina foram consideradas as piores do Brasil, e também tiveram os cursos suspensos.
Os cursos que sofreram o corte são todos de instituições privadas nos Estados de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Maranhão, de Rondônia, do Tocantins e Mato Grosso.
O ministério pretende suspender, até o fim do ano, 50 mil vagas em graduações na área da Saúde, Ciências Contábeis e Administração que tiveram resultado insatisfatório nas avaliações de 2009 ou 2010.
Ensino insatisfatório
Conforme o MidiaNews já divulgou, todas as instituições de ensino superior de Cuiabá, avaliadas pelo MEC, obtiveram notas que ficaram abaixo da média no Índice Geral de Cursos (IGC). A lista completa com os 1.828 cursos superiores de todo o Brasil foi divulgada na quinta-feira (17).
Veja a classificação das instituições de ensino em Cuiabá, no Índice Geral de Cursos (IGC), classificação por pontos.
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT): média 3,03
Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat): média 2,31
Universidade de Cuiabá (Unic): média 2,06
Centro Universitário Cândido Rondon (Unirondon): média 1,75
Instituto Cuiabano de Educação e Cultura (Icec): média 1,68
Faculdade Afirmativo: média 1,30
Faculdade de Cuiabá (Fauc): média 1,11.
Crise na Medicina
O Conselho Federal de Medicina afirmou, por meio de nota, na sexta-feira, que o resultado da avaliação do Ministério da Educação (MEC) sobre o desempenho das instituições de ensino superior comprova a "crise" do ensino da Medicina no País.
Confira a íntegra da nota do Conselho Federal de Medicina:
Com base nos resultados do Conceito Preliminar de Cursos (CPC), divulgado pelo Ministério da Educação, na quinta-feira (17), o Conselho Federal de Medicina (CFM), que se preocupa com a formação dos médicos brasileiros como forma de assegurar atendimento digno, chama - mais uma vez - a atenção da sociedade e das autoridades para o problema da má qualidade do ensino médico oferecido atualmente.
É preocupante o número de escolas médicas que alcançaram notas ruins, entre 1 e 2 (de 141 instituições avaliadas, um total de 23). Também é lamentável que nenhuma delas tenha obtido nota suficiente para ser classificada na faixa máxima (nota 5).
Este resultado é consequência da abertura indiscriminada de novos cursos de Medicina em território nacional, há tempos denunciada pelo CFM e pelos conselhos regionais de medicina (CRMs). Ao fazer este alerta, ressaltamos que a situação atual do ensino médico não condiz com as preocupações humanitárias e sociais pertinentes à Saúde e à Medicina.
O quadro descortinado pelo CPC denota a prevalência de interesses econômicos e políticos sobre a preocupação legítima com a qualidade da formação de futuros médicos. De 2000 a 2010, o número de escolas médicas pulou de 100 para 181. Das que entraram em funcionamento, 72,5% (58 escolas) são privadas e visam o lucro.
No entanto, a multiplicação dessas instituições não solucionou a povoação de médicos nos locais desassistidos e sequer melhorou a qualidade daqueles ali formados. Não há dúvida que número importante das escolas médicas em atividade está sem condições plenas de funcionamento, seja em termos de instalações, seja em termos de conteúdo pedagógico, incluindo aí questões ligadas aos corpos docentes. Infelizmente, essa situação, tem prejudicado, sobretudo, a população que fica à mercê de profissionais com formação deficiente.
Neste contexto, o CFM - novamente - alerta os brasileiros para esta realidade e considera oportuna a decisão do MEC de supervisionar o ensino oferecido por algumas escolas médicas, o que implicará, de imediato, no corte de 512 vagas em cursos com notas ruins.
Por outro lado, ficamos preocupados com o anúncio do próprio MEC de abertura de outras 320 vagas em algumas escolas, o que, no mínimo, indica que alunos e professores destas instituições terão que dividir os parcos recursos que têm, fragilizando ainda mais as condições de ensino.
Esperamos rigor e seriedade na formação do médico brasileiro, eliminando as distorções no ensino que prejudicam toda a sociedade. Somente, assim o país poderá contar com uma assistência de qualidade tanto na rede pública, quanto privada.
Investimentos
Por meio da assessoria de imprensa, a Unic divulgou uma nota, por meio da qual lamenta que a avaliação do Ministério da Educação não levaria em consideração as constantes melhorias que a instituição realiza em seu câmpus, localizado na Avenida Beira-Rio, na Capita.
Veja a nota na íntegra:
A Universidade de Cuiabá esclarece que conforme a portaria 420 de 16/11/2011, publicada no dia 17/11/2011 no Diário Oficial da União, em que divulgou o Índice Geral de Cursos (IGC) da UNIC como 3, realiza melhorias contínuas nos cursos da instituição, principalmente na graduação de Medicina, para atender aos requisitos do Ministério da Educação (MEC).
Infelizmente, a nota obtida no CPC (Conceito Preliminar de Curso) não reflete apenas os investimentos em infraestutura, recursos didáticos pedagógicos e corpo docente realizados pela Unic, mas também o desempenho dos alunos no ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).
Em virtude desse resultado será realizada uma ampla campanha de conscientização para os estudantes do curso sobre a importância de participar da prova com comprometimento e seriedade, como aconteceu com os cursos de Medicina Veterinária e Enfermagem, que obtiveram no ENADE notas 5 e 4, respectivamente.
A Unic atenderá o recomendado pelo MEC, pois o CPC é um indicador preliminar da situação dos cursos. Para que os valores se consolidem e representem efetivamente o que se espera em termo de qualidade, as comissões de avaliadores farão visitas in loco para corroborar ou alterar o conceito obtido preliminarmente.
MidiaNews
Ministério da Educação deu média 2, numa escala que vai de 1 a 5
KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO
Em um despacho publicado no Diário Oficial da União, na sexta-feira (18), o Ministério da Educação e Cultura (MEC) suspendeu o curso de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic). O motivo é a média muito baixa - nota 2 - obtida no Conceito Preliminar de Curso (CPC).
O Índice Geral de Cursos (IGC) varia em uma escala de 1 a 5 e é calculado com base no desempenho dos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), e em outros critérios, como a infraestrutura e o corpo docente da instituição.
O curso de Medicina na Unic foi autorizado pelo MEC em 2004 e tem duração de 12 semestres, com 8.640 horas aula. O valor da mensalidade é R$ 4.308,86. Caso o estudante pague até o dia 05 de todo mês, o acadêmico terá um desconto de 6%, que ficará no valor de R$ 4.050,33, conforme divulgado no site da instituição.
Além da Unic, outras 15 faculdades privadas que oferecem o curso de Medicina foram consideradas as piores do Brasil, e também tiveram os cursos suspensos.
Os cursos que sofreram o corte são todos de instituições privadas nos Estados de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Maranhão, de Rondônia, do Tocantins e Mato Grosso.
O ministério pretende suspender, até o fim do ano, 50 mil vagas em graduações na área da Saúde, Ciências Contábeis e Administração que tiveram resultado insatisfatório nas avaliações de 2009 ou 2010.
Ensino insatisfatório
Conforme o MidiaNews já divulgou, todas as instituições de ensino superior de Cuiabá, avaliadas pelo MEC, obtiveram notas que ficaram abaixo da média no Índice Geral de Cursos (IGC). A lista completa com os 1.828 cursos superiores de todo o Brasil foi divulgada na quinta-feira (17).
Veja a classificação das instituições de ensino em Cuiabá, no Índice Geral de Cursos (IGC), classificação por pontos.
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT): média 3,03
Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat): média 2,31
Universidade de Cuiabá (Unic): média 2,06
Centro Universitário Cândido Rondon (Unirondon): média 1,75
Instituto Cuiabano de Educação e Cultura (Icec): média 1,68
Faculdade Afirmativo: média 1,30
Faculdade de Cuiabá (Fauc): média 1,11.
Crise na Medicina
O Conselho Federal de Medicina afirmou, por meio de nota, na sexta-feira, que o resultado da avaliação do Ministério da Educação (MEC) sobre o desempenho das instituições de ensino superior comprova a "crise" do ensino da Medicina no País.
Confira a íntegra da nota do Conselho Federal de Medicina:
Com base nos resultados do Conceito Preliminar de Cursos (CPC), divulgado pelo Ministério da Educação, na quinta-feira (17), o Conselho Federal de Medicina (CFM), que se preocupa com a formação dos médicos brasileiros como forma de assegurar atendimento digno, chama - mais uma vez - a atenção da sociedade e das autoridades para o problema da má qualidade do ensino médico oferecido atualmente.
É preocupante o número de escolas médicas que alcançaram notas ruins, entre 1 e 2 (de 141 instituições avaliadas, um total de 23). Também é lamentável que nenhuma delas tenha obtido nota suficiente para ser classificada na faixa máxima (nota 5).
Este resultado é consequência da abertura indiscriminada de novos cursos de Medicina em território nacional, há tempos denunciada pelo CFM e pelos conselhos regionais de medicina (CRMs). Ao fazer este alerta, ressaltamos que a situação atual do ensino médico não condiz com as preocupações humanitárias e sociais pertinentes à Saúde e à Medicina.
O quadro descortinado pelo CPC denota a prevalência de interesses econômicos e políticos sobre a preocupação legítima com a qualidade da formação de futuros médicos. De 2000 a 2010, o número de escolas médicas pulou de 100 para 181. Das que entraram em funcionamento, 72,5% (58 escolas) são privadas e visam o lucro.
No entanto, a multiplicação dessas instituições não solucionou a povoação de médicos nos locais desassistidos e sequer melhorou a qualidade daqueles ali formados. Não há dúvida que número importante das escolas médicas em atividade está sem condições plenas de funcionamento, seja em termos de instalações, seja em termos de conteúdo pedagógico, incluindo aí questões ligadas aos corpos docentes. Infelizmente, essa situação, tem prejudicado, sobretudo, a população que fica à mercê de profissionais com formação deficiente.
Neste contexto, o CFM - novamente - alerta os brasileiros para esta realidade e considera oportuna a decisão do MEC de supervisionar o ensino oferecido por algumas escolas médicas, o que implicará, de imediato, no corte de 512 vagas em cursos com notas ruins.
Por outro lado, ficamos preocupados com o anúncio do próprio MEC de abertura de outras 320 vagas em algumas escolas, o que, no mínimo, indica que alunos e professores destas instituições terão que dividir os parcos recursos que têm, fragilizando ainda mais as condições de ensino.
Esperamos rigor e seriedade na formação do médico brasileiro, eliminando as distorções no ensino que prejudicam toda a sociedade. Somente, assim o país poderá contar com uma assistência de qualidade tanto na rede pública, quanto privada.
Investimentos
Por meio da assessoria de imprensa, a Unic divulgou uma nota, por meio da qual lamenta que a avaliação do Ministério da Educação não levaria em consideração as constantes melhorias que a instituição realiza em seu câmpus, localizado na Avenida Beira-Rio, na Capita.
Veja a nota na íntegra:
A Universidade de Cuiabá esclarece que conforme a portaria 420 de 16/11/2011, publicada no dia 17/11/2011 no Diário Oficial da União, em que divulgou o Índice Geral de Cursos (IGC) da UNIC como 3, realiza melhorias contínuas nos cursos da instituição, principalmente na graduação de Medicina, para atender aos requisitos do Ministério da Educação (MEC).
Infelizmente, a nota obtida no CPC (Conceito Preliminar de Curso) não reflete apenas os investimentos em infraestutura, recursos didáticos pedagógicos e corpo docente realizados pela Unic, mas também o desempenho dos alunos no ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).
Em virtude desse resultado será realizada uma ampla campanha de conscientização para os estudantes do curso sobre a importância de participar da prova com comprometimento e seriedade, como aconteceu com os cursos de Medicina Veterinária e Enfermagem, que obtiveram no ENADE notas 5 e 4, respectivamente.
A Unic atenderá o recomendado pelo MEC, pois o CPC é um indicador preliminar da situação dos cursos. Para que os valores se consolidem e representem efetivamente o que se espera em termo de qualidade, as comissões de avaliadores farão visitas in loco para corroborar ou alterar o conceito obtido preliminarmente.
MEC amplia supervisão a todos os cursos da área da saúde
O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta quinta-feira, 17, a ampliação de medidas de supervisão em instituições e cursos de educação superior.
Neste ano, os processos de supervisão serão abertos em cursos da área de saúde que tiveram desempenho insatisfatório nos indicadores divulgados nesta quinta-feira, 17, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). É a primeira vez que as medidas atingem todos os cursos de uma área.
A ação, que prevê a suspensão de vagas de ingresso em todos os cursos da área da saúde que obtiveram Conceito Preliminar de Curso (CPC) inferior a três, deverá ser publicada no Diário Oficial da União na próxima semana. Os primeiros atos publicados serão dos cursos de medicina.
A instituição de ensino superior que tenha obtido, no percurso de três avaliações, duas vezes o IGC insatisfatório (um a dois pontos), desde que o último índice seja insatisfatório, responderá a um processo administrativo de supervisão instaurado pelo MEC. Ao mesmo tempo, o Ministério publica medida cautelar (preventiva) que suspende a autonomia da instituição de forma imediata. Se for universidade ou centro universitário, é suspensa a autonomia, que compreende o congelamento do número de vagas (tendo por base o ano anterior) e a abertura de novos cursos. Além disso, a instituição assina termo de saneamento das deficiências, com prazo de duração de um ano. O mesmo rito vale para a faculdade, exceto na questão da autonomia, que ela já não tem.
Após o período de saneamento das deficiências, é verificado se a instituição cumpriu o que foi pactuado no termo de saneamento. Nos casos do cumprimento dos requisitos de qualidade, o processo é encerrado. Se não alcançou a meta estipulada, o MEC instaura um processo administrativo para descredenciamento da instituição ou encerramento do curso. Neste caso, os estudantes matriculados têm garantia de conclusão do curso, podendo também solicitar transferência para outra instituição e completar a graduação.
Neste ano, os processos de supervisão serão abertos em cursos da área de saúde que tiveram desempenho insatisfatório nos indicadores divulgados nesta quinta-feira, 17, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). É a primeira vez que as medidas atingem todos os cursos de uma área.
A ação, que prevê a suspensão de vagas de ingresso em todos os cursos da área da saúde que obtiveram Conceito Preliminar de Curso (CPC) inferior a três, deverá ser publicada no Diário Oficial da União na próxima semana. Os primeiros atos publicados serão dos cursos de medicina.
A instituição de ensino superior que tenha obtido, no percurso de três avaliações, duas vezes o IGC insatisfatório (um a dois pontos), desde que o último índice seja insatisfatório, responderá a um processo administrativo de supervisão instaurado pelo MEC. Ao mesmo tempo, o Ministério publica medida cautelar (preventiva) que suspende a autonomia da instituição de forma imediata. Se for universidade ou centro universitário, é suspensa a autonomia, que compreende o congelamento do número de vagas (tendo por base o ano anterior) e a abertura de novos cursos. Além disso, a instituição assina termo de saneamento das deficiências, com prazo de duração de um ano. O mesmo rito vale para a faculdade, exceto na questão da autonomia, que ela já não tem.
Após o período de saneamento das deficiências, é verificado se a instituição cumpriu o que foi pactuado no termo de saneamento. Nos casos do cumprimento dos requisitos de qualidade, o processo é encerrado. Se não alcançou a meta estipulada, o MEC instaura um processo administrativo para descredenciamento da instituição ou encerramento do curso. Neste caso, os estudantes matriculados têm garantia de conclusão do curso, podendo também solicitar transferência para outra instituição e completar a graduação.
A sala de aula dá a volta ao mundo
Vivian Mansovi
Já não é nova a discussão sobre que modelo de ensino é o mais adequado: presencial ou online. O último Censo da Educação Superior realizado pelo MEC mostra que, nos últimos dez anos, o número de matriculados em cursos de graduação a distância, por exemplo, aumentou em mais de 15.000%. Para se ter uma ideia, em 2000, havia 5.287 inscritos em todo o Brasil e, apenas 9 anos depois, esse número saltou para mais de 838 mil. Isso revela uma trajetória histórica dos números de matrículas no EAD.
No entanto, o velho modelo da lousa e do giz ainda persiste no ensino formal, garantindo, além do aprendizado, a possibilidade de interação e vivência prática em equipe. Então, como fazer as aulas presenciais se tornarem mais interessantes frente à avalanche de informações, acessíveis ao simples toque do celular? Uma das alternativas, sem dúvida, é fazer com que o ambiente de estudos acompanhe a modernidade que alunos e professores usufruem fora da sala de aula, criando atrativos que prendam a atenção e despertem o interesse.
Há uma década não seria possível imaginar uma visita ao Louvre sem que se estivesse na França. Mas, hoje, já é possível ilustrar uma aula de pintura renascentista com um tour virtual ao museu em forma de pirâmide, com direito a um pit stop na torre Eifel e uma parada frente a Monalisa, muito mais longa do que seria em qualquer visita monitorada. No Brasil mesmo, já há escolas e universidades, inclusive da rede pública, usando novas tecnologias que têm revolucionado o conceito de aprendizado, com um fluxo de informações muito mais rápido, colaborativo e apto a gerar novos processos cognitivos.
Em total alinhamento à essa realidade, várias empresas de tecnologia estão focando seus trabalhos para o setor da Educação e por aqui isso não tem sido diferente. Prova disso é que já sediamos importantes eventos do gênero, reunindo grandes players do mercado global. Em abril desse ano, durante um dos maiores seminários do segmento, o educador britânico, Mike Lloyd, disse que a cada 18 meses o volume de informações dobra e a forma de comunicação ainda não é suficiente para dar conta desta demanda.
Segundo ele, a eficácia na aprendizagem está ligada a como o aluno recebe essa quantidade de dados. Por isso, é preciso uma escola adaptada ao aluno e não o aluno à escola. Neste caminho, devemos apostar no crescimento das demandas para as chamadas TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) como ferramentas de apoio que, aos poucos, tornam-se um diferencial importante na forma de ensinar. Ainda que o desafio seja não só ter em sala de aula os recursos de lousa digital, tablets e câmeras de documento, mas acima de tudo preparar o professor para que seja capaz de lecionar, fazendo o melhor uso desses recursos.
Embora, no Brasil, o governo já tenha dado início a esse processo de forma tímida, é sempre bom reforçar que a tecnologia tem que ser usada na medida certa. Ou seja, escrever à mão e desenhar, por exemplo, são ações que precisam ser incentivadas permanentemente. Parafraseando Toquinho, com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo no caderno, no tablet e, até mesmo, em lousas digitais. É chegado o momento de experimentarmos novas possibilidades.
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Vivian Mansovivian@starboard.com.brEspecialista em Tecnologia Educacional e durante os últimos sete anos atuou ativamente na implantação de Soluções Colaborativas e Interativas em Instituições de Ensino Privadas e da Rede Pública.
Já não é nova a discussão sobre que modelo de ensino é o mais adequado: presencial ou online. O último Censo da Educação Superior realizado pelo MEC mostra que, nos últimos dez anos, o número de matriculados em cursos de graduação a distância, por exemplo, aumentou em mais de 15.000%. Para se ter uma ideia, em 2000, havia 5.287 inscritos em todo o Brasil e, apenas 9 anos depois, esse número saltou para mais de 838 mil. Isso revela uma trajetória histórica dos números de matrículas no EAD.
No entanto, o velho modelo da lousa e do giz ainda persiste no ensino formal, garantindo, além do aprendizado, a possibilidade de interação e vivência prática em equipe. Então, como fazer as aulas presenciais se tornarem mais interessantes frente à avalanche de informações, acessíveis ao simples toque do celular? Uma das alternativas, sem dúvida, é fazer com que o ambiente de estudos acompanhe a modernidade que alunos e professores usufruem fora da sala de aula, criando atrativos que prendam a atenção e despertem o interesse.
Há uma década não seria possível imaginar uma visita ao Louvre sem que se estivesse na França. Mas, hoje, já é possível ilustrar uma aula de pintura renascentista com um tour virtual ao museu em forma de pirâmide, com direito a um pit stop na torre Eifel e uma parada frente a Monalisa, muito mais longa do que seria em qualquer visita monitorada. No Brasil mesmo, já há escolas e universidades, inclusive da rede pública, usando novas tecnologias que têm revolucionado o conceito de aprendizado, com um fluxo de informações muito mais rápido, colaborativo e apto a gerar novos processos cognitivos.
Em total alinhamento à essa realidade, várias empresas de tecnologia estão focando seus trabalhos para o setor da Educação e por aqui isso não tem sido diferente. Prova disso é que já sediamos importantes eventos do gênero, reunindo grandes players do mercado global. Em abril desse ano, durante um dos maiores seminários do segmento, o educador britânico, Mike Lloyd, disse que a cada 18 meses o volume de informações dobra e a forma de comunicação ainda não é suficiente para dar conta desta demanda.
Segundo ele, a eficácia na aprendizagem está ligada a como o aluno recebe essa quantidade de dados. Por isso, é preciso uma escola adaptada ao aluno e não o aluno à escola. Neste caminho, devemos apostar no crescimento das demandas para as chamadas TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) como ferramentas de apoio que, aos poucos, tornam-se um diferencial importante na forma de ensinar. Ainda que o desafio seja não só ter em sala de aula os recursos de lousa digital, tablets e câmeras de documento, mas acima de tudo preparar o professor para que seja capaz de lecionar, fazendo o melhor uso desses recursos.
Embora, no Brasil, o governo já tenha dado início a esse processo de forma tímida, é sempre bom reforçar que a tecnologia tem que ser usada na medida certa. Ou seja, escrever à mão e desenhar, por exemplo, são ações que precisam ser incentivadas permanentemente. Parafraseando Toquinho, com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo no caderno, no tablet e, até mesmo, em lousas digitais. É chegado o momento de experimentarmos novas possibilidades.
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Vivian Mansovivian@starboard.com.brEspecialista em Tecnologia Educacional e durante os últimos sete anos atuou ativamente na implantação de Soluções Colaborativas e Interativas em Instituições de Ensino Privadas e da Rede Pública.
Dica de Filme :Coach Carter- Treino para a vida
Por Cátia Lima
O filme, baseado numa história real, fala sobre a trajetória de um treinador que impõe um rigoroso regime, em que os alunos tenham de assinar um contrato se comprometendo em tirar boas notas e ter um comportamento respeitoso. As regras impostas contrariam os alunos, as mães dos alunos, os professores e a comunidade.
O filme aborda a importância do trabalho em equipe para se conseguir resultados extraordinários. Além disso, foca o quanto a individualidade pode ser prejudicial e pouco produtiva. O educador poderá solicitar a turma que realize um trabalho em grupos, para mostrar o quanto se produz melhor trabalhando em equipe e como resultado desssa produção, consequentimente, tirarão boas notas.
Título no Brasil: Coach Carter – Treino para a Vida
Título Original: Coach Carter
País de Origem: EUA / Alemanha
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 136 minutos
Ano de Lançamento: 2005
Site Oficial: http://www.coachcartermovie.com
Estúdio/Distrib.: Paramount Home Entertainment
Direção: Thomas Carter
Fonte: Interfilmes.com
O filme, baseado numa história real, fala sobre a trajetória de um treinador que impõe um rigoroso regime, em que os alunos tenham de assinar um contrato se comprometendo em tirar boas notas e ter um comportamento respeitoso. As regras impostas contrariam os alunos, as mães dos alunos, os professores e a comunidade.
O filme aborda a importância do trabalho em equipe para se conseguir resultados extraordinários. Além disso, foca o quanto a individualidade pode ser prejudicial e pouco produtiva. O educador poderá solicitar a turma que realize um trabalho em grupos, para mostrar o quanto se produz melhor trabalhando em equipe e como resultado desssa produção, consequentimente, tirarão boas notas.
Título no Brasil: Coach Carter – Treino para a Vida
Título Original: Coach Carter
País de Origem: EUA / Alemanha
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 136 minutos
Ano de Lançamento: 2005
Site Oficial: http://www.coachcartermovie.com
Estúdio/Distrib.: Paramount Home Entertainment
Direção: Thomas Carter
Fonte: Interfilmes.com
Entrevista: Cipriano Luckesi é especialista em educação
Entrevista de Cátia Lima com Luckesi
Segundo especialista, reforço escolar deve ser utilizado quando necessário
Especialista em educação, Cipriano Luckesi fala sobre o reforço escolar e sua importância no atual contexto da educação. Para o educador, o reforço é uma solução e deve ser utilizada quando necessário, levando em conta que o mais o que importa mesmo é o aprendizado e não as notas dos alunos.
A TARDE Educação – Qual sua opinião em relação ao reforço escolar? O senhor defende ou é contra?
Cipriano Luckesi – Reforço escolar é um serviço prestado ao educando que está com alguma defasagem na aprendizagem escolar. Não sou nem contra nem a favor. Entendo que é uma solução e quando necessário deve ser utilizada. O que não se deve é permanecer no impasse tanto para estudante, quanto para os pais e para a própria escola.
A TARDE Educação – O senhor acha que o reforço é uma solução para as baixas notas dos alunos?
Cipriano Luckesi – Pode ser uma solução para a efetiva aprendizagem que não conseguiram apropriar-se do conteúdo proposto (conhecimentos, habilidades ou capacidades) e não para as notas. A questão é a aprendizagem, não as notas. Elas representam exclusivamente o registro dos resultados da aprendizagem.
A TARDE Educação – E em relação à avaliação, o senhor defende que o reforço escolar pode ajudar os alunos nas avaliações?
Cipriano Luckesi – O reforço escolar tem como destino auxiliar o educando na aprendizagem. A avaliação é somente um diagnóstico da qualidade da aprendizagem. Por isso, o reforço não auxilia a avaliação. Não há relação de causa e efeito entre esses fenômenos, a não ser através de um entendimento teórico-prático enviesado que, de forma distorcida, considera escalas classificatórias (aprovado/reprovado) como avaliação.
A TARDE Educação – O senhor acredita que essa tarefa de reforço escolar é uma tarefa da escola?
Cipriano Luckesi – Reforço escolar é uma atividade de auxiliar o educando a aprender o que não foi possível aprender nas horas regulares de aula em uma escola. O ideal seria que a própria escola prestasse esse serviço ao educando, pois os estudantes necessitam de aprender; é por essa razão quem vem para a escola. E a escola promete, em sua propaganda, que eles aprenderão. Desse modo, caso eles não tenham aprendido, é dever da escola propiciar o saneamento desse impasse. Em última instância, se a escola não faz isso, alguém necessita de fazer. Usualmente são os pais que assumem essa tarefa, ou por si mesmo ou contratando quem oferece esse serviço.
Segundo especialista, reforço escolar deve ser utilizado quando necessário
Especialista em educação, Cipriano Luckesi fala sobre o reforço escolar e sua importância no atual contexto da educação. Para o educador, o reforço é uma solução e deve ser utilizada quando necessário, levando em conta que o mais o que importa mesmo é o aprendizado e não as notas dos alunos.
A TARDE Educação – Qual sua opinião em relação ao reforço escolar? O senhor defende ou é contra?
Cipriano Luckesi – Reforço escolar é um serviço prestado ao educando que está com alguma defasagem na aprendizagem escolar. Não sou nem contra nem a favor. Entendo que é uma solução e quando necessário deve ser utilizada. O que não se deve é permanecer no impasse tanto para estudante, quanto para os pais e para a própria escola.
A TARDE Educação – O senhor acha que o reforço é uma solução para as baixas notas dos alunos?
Cipriano Luckesi – Pode ser uma solução para a efetiva aprendizagem que não conseguiram apropriar-se do conteúdo proposto (conhecimentos, habilidades ou capacidades) e não para as notas. A questão é a aprendizagem, não as notas. Elas representam exclusivamente o registro dos resultados da aprendizagem.
A TARDE Educação – E em relação à avaliação, o senhor defende que o reforço escolar pode ajudar os alunos nas avaliações?
Cipriano Luckesi – O reforço escolar tem como destino auxiliar o educando na aprendizagem. A avaliação é somente um diagnóstico da qualidade da aprendizagem. Por isso, o reforço não auxilia a avaliação. Não há relação de causa e efeito entre esses fenômenos, a não ser através de um entendimento teórico-prático enviesado que, de forma distorcida, considera escalas classificatórias (aprovado/reprovado) como avaliação.
A TARDE Educação – O senhor acredita que essa tarefa de reforço escolar é uma tarefa da escola?
Cipriano Luckesi – Reforço escolar é uma atividade de auxiliar o educando a aprender o que não foi possível aprender nas horas regulares de aula em uma escola. O ideal seria que a própria escola prestasse esse serviço ao educando, pois os estudantes necessitam de aprender; é por essa razão quem vem para a escola. E a escola promete, em sua propaganda, que eles aprenderão. Desse modo, caso eles não tenham aprendido, é dever da escola propiciar o saneamento desse impasse. Em última instância, se a escola não faz isso, alguém necessita de fazer. Usualmente são os pais que assumem essa tarefa, ou por si mesmo ou contratando quem oferece esse serviço.
Pronatec é a maior reforma da educação profissional já feita no Brasil, diz Dilma
Cátia Lima
A presidente Dilma Rousseff disse hoje (24) que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec) é a maior reforma da educação profissional já feita no Brasil. O projeto, que vai oferecer bolsas de estudo e financiamento para cursos de qualificação profissional, foi aprovado na última terça-feira (18) pelo Senado.
No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma destacou que serão R$ 24 bilhões em investimentos até 2014. A expectativa do governo é que sejam criados 8 milhões de vagas em cursos de formação técnica e profissional.
“Vão ser 5,6 milhões de vagas para cursos de curta duração, destinados à qualificação profissional de trabalhadores. E mais 2,4 milhões de vagas para cursos técnicos, voltados para os estudantes do ensino médio, com duração de pelo menos um ano”, explicou.
Segundo Dilma, estão sendo construídas 208 novas unidades de institutos federais de Educação Profissional – 35 delas devem ser entregues ainda este ano. Uma parceria com o Sistema S prevê a ampliação da oferta de cursos profissionalizantes gratuitos para 630 mil vagas também em 2011.
“Além disso, investimos R$ 1,7 bilhão na construção de 176 escolas técnicas estaduais e também na reforma, ampliação e compra de equipamentos de outras 543 unidades. O Pronatec vai financiar cursos técnicos em escolas privadas de educação profissional, como se faz hoje com o ensino superior, por meio do Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil”, disse a presidente.
Os investimentos de empresas em educação profissional, ainda de acordo com a presidenta, não serão mais tributados por meio do Pronatec. O governo pretende garantir que 30% dos recursos destinados à ampliação da oferta de educação profissional e tecnológica sejam aplicados nas regiões Norte e Nordeste e que 5% das vagas sejam destinadas a pessoas com deficiência. Além disso, 1,1 milhão de vagas serão reservadas para beneficiários do programa Brasil sem Miséria.
Ao final do programa, Dilma comentou a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último fim de semana. Segundo ela, 4 milhões de estudantes fizeram as provas, utilizadas como critério para a distribuição de 150 mil vagas do Programa Universidade para Todos (ProUni).
“A aplicação da prova é um esforço de grandes dimensões que ocorreu este ano em 1.602 cidades de todo o país. E mobilizou 400 mil profissionais, entre professores, policiais, funcionários dos Correios e fiscais. Tudo isso nos ajuda a democratizar o acesso à universidade”, concluiu.
A presidente Dilma Rousseff disse hoje (24) que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec) é a maior reforma da educação profissional já feita no Brasil. O projeto, que vai oferecer bolsas de estudo e financiamento para cursos de qualificação profissional, foi aprovado na última terça-feira (18) pelo Senado.
No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma destacou que serão R$ 24 bilhões em investimentos até 2014. A expectativa do governo é que sejam criados 8 milhões de vagas em cursos de formação técnica e profissional.
“Vão ser 5,6 milhões de vagas para cursos de curta duração, destinados à qualificação profissional de trabalhadores. E mais 2,4 milhões de vagas para cursos técnicos, voltados para os estudantes do ensino médio, com duração de pelo menos um ano”, explicou.
Segundo Dilma, estão sendo construídas 208 novas unidades de institutos federais de Educação Profissional – 35 delas devem ser entregues ainda este ano. Uma parceria com o Sistema S prevê a ampliação da oferta de cursos profissionalizantes gratuitos para 630 mil vagas também em 2011.
“Além disso, investimos R$ 1,7 bilhão na construção de 176 escolas técnicas estaduais e também na reforma, ampliação e compra de equipamentos de outras 543 unidades. O Pronatec vai financiar cursos técnicos em escolas privadas de educação profissional, como se faz hoje com o ensino superior, por meio do Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil”, disse a presidente.
Os investimentos de empresas em educação profissional, ainda de acordo com a presidenta, não serão mais tributados por meio do Pronatec. O governo pretende garantir que 30% dos recursos destinados à ampliação da oferta de educação profissional e tecnológica sejam aplicados nas regiões Norte e Nordeste e que 5% das vagas sejam destinadas a pessoas com deficiência. Além disso, 1,1 milhão de vagas serão reservadas para beneficiários do programa Brasil sem Miséria.
Ao final do programa, Dilma comentou a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último fim de semana. Segundo ela, 4 milhões de estudantes fizeram as provas, utilizadas como critério para a distribuição de 150 mil vagas do Programa Universidade para Todos (ProUni).
“A aplicação da prova é um esforço de grandes dimensões que ocorreu este ano em 1.602 cidades de todo o país. E mobilizou 400 mil profissionais, entre professores, policiais, funcionários dos Correios e fiscais. Tudo isso nos ajuda a democratizar o acesso à universidade”, concluiu.
Alunos melhoram habilidades de leitura e escrita com jornal
Cátia Lima e Luan Santos
Política, economia, esportes e cultura são algumas das seções de um jornal impresso. É uma fonte rica de informações acerca do que acontece na sociedade local e mundial. Mas o jornal não é apenas utilizado como informação, ele é também uma rica ferramenta pedagógica. E o Programa A TARDE Educação está disseminando esta prática e os resultados continuam a aparecer.
Na cidade de Crisópolis, a 215 km de Salvador, o jornal está sendo utilizado em sala de aula pelos professores. Na Escola Municipal Caio Caldas Sobrinho, a professora Mariluce Souza resolveu por em prática sua criatividade com o jornal em sala de aula com alunos do sexto ano do ensino fundamental. Primeiro, ela explicou como é a estrutura de um jornal, passando por todas as seções que formam o periódico. Em seguindo, realizou uma atividade chamada “Lendo Através de Imagens”, com o objetivo de promover maior proximidade dos alunos com o jornal.
“Desta forma, proporcionamos um conhecimento mais amplo das informações contidas no jornal, focando nas imagens e estimulando nos alunos o interesse pela leitura e produção de textos”, relata a professora. Para desenvolver esta atividade a turma foi dividida em grupos de quatro alunos, sendo que cada grupo recebeu um exemplar de A TARDE. De forma dinâmica e criativa, os alunos selecionaram imagens de matérias atuais e através dessas imagens criaram os seus textos.
Desta forma, os alunos criaram textos baseados nas imagens que selecionaram e na breve leitura que fizeram dos textos. “Conclui que o objetivo proposto na atividade teve um bom resultado. Os alunos aprenderam a ler o jornal com uma outra visão e fazer a leitura de imagens, que antes não faziam”, conta Mariluce.
Segundo ela, a atividade estimulou os alunos para que lessem mais, de maneira que melhoraram seu desempenho em sala de aula em relação à leitura e escrita. “Percebi também que através deste trabalho houve maior interesse pela leitura e escrita, pois agora leem e produzem com um outro olhar”, diz.
Sobre o A TARDE Educação
O programa A Tarde Educação é uma iniciativa de A TARDE e visa levar o periódico impresso às escolas, de maneira a democratizar a informação e incentivar a construção de novos leitores. Foi implantado há 15 anos e atende hoje a mais de 3300 escolas das redes estaduais e municipais de ensino nas 40 cidades baianas em que está presente. As instituições integradas ao programa recebem diariamente o periódico impresso para ser utilizado em sala de aula.
Política, economia, esportes e cultura são algumas das seções de um jornal impresso. É uma fonte rica de informações acerca do que acontece na sociedade local e mundial. Mas o jornal não é apenas utilizado como informação, ele é também uma rica ferramenta pedagógica. E o Programa A TARDE Educação está disseminando esta prática e os resultados continuam a aparecer.
Na cidade de Crisópolis, a 215 km de Salvador, o jornal está sendo utilizado em sala de aula pelos professores. Na Escola Municipal Caio Caldas Sobrinho, a professora Mariluce Souza resolveu por em prática sua criatividade com o jornal em sala de aula com alunos do sexto ano do ensino fundamental. Primeiro, ela explicou como é a estrutura de um jornal, passando por todas as seções que formam o periódico. Em seguindo, realizou uma atividade chamada “Lendo Através de Imagens”, com o objetivo de promover maior proximidade dos alunos com o jornal.
“Desta forma, proporcionamos um conhecimento mais amplo das informações contidas no jornal, focando nas imagens e estimulando nos alunos o interesse pela leitura e produção de textos”, relata a professora. Para desenvolver esta atividade a turma foi dividida em grupos de quatro alunos, sendo que cada grupo recebeu um exemplar de A TARDE. De forma dinâmica e criativa, os alunos selecionaram imagens de matérias atuais e através dessas imagens criaram os seus textos.
Desta forma, os alunos criaram textos baseados nas imagens que selecionaram e na breve leitura que fizeram dos textos. “Conclui que o objetivo proposto na atividade teve um bom resultado. Os alunos aprenderam a ler o jornal com uma outra visão e fazer a leitura de imagens, que antes não faziam”, conta Mariluce.
Segundo ela, a atividade estimulou os alunos para que lessem mais, de maneira que melhoraram seu desempenho em sala de aula em relação à leitura e escrita. “Percebi também que através deste trabalho houve maior interesse pela leitura e escrita, pois agora leem e produzem com um outro olhar”, diz.
Sobre o A TARDE Educação
O programa A Tarde Educação é uma iniciativa de A TARDE e visa levar o periódico impresso às escolas, de maneira a democratizar a informação e incentivar a construção de novos leitores. Foi implantado há 15 anos e atende hoje a mais de 3300 escolas das redes estaduais e municipais de ensino nas 40 cidades baianas em que está presente. As instituições integradas ao programa recebem diariamente o periódico impresso para ser utilizado em sala de aula.
Pronatec é a maior reforma da educação profissional já feita no Brasil, diz Dilma
Cátia Lima
A presidente Dilma Rousseff disse hoje (24) que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec) é a maior reforma da educação profissional já feita no Brasil. O projeto, que vai oferecer bolsas de estudo e financiamento para cursos de qualificação profissional, foi aprovado na última terça-feira (18) pelo Senado.
No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma destacou que serão R$ 24 bilhões em investimentos até 2014. A expectativa do governo é que sejam criados 8 milhões de vagas em cursos de formação técnica e profissional.
“Vão ser 5,6 milhões de vagas para cursos de curta duração, destinados à qualificação profissional de trabalhadores. E mais 2,4 milhões de vagas para cursos técnicos, voltados para os estudantes do ensino médio, com duração de pelo menos um ano”, explicou.
Segundo Dilma, estão sendo construídas 208 novas unidades de institutos federais de Educação Profissional – 35 delas devem ser entregues ainda este ano. Uma parceria com o Sistema S prevê a ampliação da oferta de cursos profissionalizantes gratuitos para 630 mil vagas também em 2011.
“Além disso, investimos R$ 1,7 bilhão na construção de 176 escolas técnicas estaduais e também na reforma, ampliação e compra de equipamentos de outras 543 unidades. O Pronatec vai financiar cursos técnicos em escolas privadas de educação profissional, como se faz hoje com o ensino superior, por meio do Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil”, disse a presidente.
Os investimentos de empresas em educação profissional, ainda de acordo com a presidenta, não serão mais tributados por meio do Pronatec. O governo pretende garantir que 30% dos recursos destinados à ampliação da oferta de educação profissional e tecnológica sejam aplicados nas regiões Norte e Nordeste e que 5% das vagas sejam destinadas a pessoas com deficiência. Além disso, 1,1 milhão de vagas serão reservadas para beneficiários do programa Brasil sem Miséria.
Ao final do programa, Dilma comentou a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último fim de semana. Segundo ela, 4 milhões de estudantes fizeram as provas, utilizadas como critério para a distribuição de 150 mil vagas do Programa Universidade para Todos (ProUni).
“A aplicação da prova é um esforço de grandes dimensões que ocorreu este ano em 1.602 cidades de todo o país. E mobilizou 400 mil profissionais, entre professores, policiais, funcionários dos Correios e fiscais. Tudo isso nos ajuda a democratizar o acesso à universidade”, concluiu.
A presidente Dilma Rousseff disse hoje (24) que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec) é a maior reforma da educação profissional já feita no Brasil. O projeto, que vai oferecer bolsas de estudo e financiamento para cursos de qualificação profissional, foi aprovado na última terça-feira (18) pelo Senado.
No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma destacou que serão R$ 24 bilhões em investimentos até 2014. A expectativa do governo é que sejam criados 8 milhões de vagas em cursos de formação técnica e profissional.
“Vão ser 5,6 milhões de vagas para cursos de curta duração, destinados à qualificação profissional de trabalhadores. E mais 2,4 milhões de vagas para cursos técnicos, voltados para os estudantes do ensino médio, com duração de pelo menos um ano”, explicou.
Segundo Dilma, estão sendo construídas 208 novas unidades de institutos federais de Educação Profissional – 35 delas devem ser entregues ainda este ano. Uma parceria com o Sistema S prevê a ampliação da oferta de cursos profissionalizantes gratuitos para 630 mil vagas também em 2011.
“Além disso, investimos R$ 1,7 bilhão na construção de 176 escolas técnicas estaduais e também na reforma, ampliação e compra de equipamentos de outras 543 unidades. O Pronatec vai financiar cursos técnicos em escolas privadas de educação profissional, como se faz hoje com o ensino superior, por meio do Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil”, disse a presidente.
Os investimentos de empresas em educação profissional, ainda de acordo com a presidenta, não serão mais tributados por meio do Pronatec. O governo pretende garantir que 30% dos recursos destinados à ampliação da oferta de educação profissional e tecnológica sejam aplicados nas regiões Norte e Nordeste e que 5% das vagas sejam destinadas a pessoas com deficiência. Além disso, 1,1 milhão de vagas serão reservadas para beneficiários do programa Brasil sem Miséria.
Ao final do programa, Dilma comentou a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último fim de semana. Segundo ela, 4 milhões de estudantes fizeram as provas, utilizadas como critério para a distribuição de 150 mil vagas do Programa Universidade para Todos (ProUni).
“A aplicação da prova é um esforço de grandes dimensões que ocorreu este ano em 1.602 cidades de todo o país. E mobilizou 400 mil profissionais, entre professores, policiais, funcionários dos Correios e fiscais. Tudo isso nos ajuda a democratizar o acesso à universidade”, concluiu.
Ensino da cultura afro amplia a autoestima
Luan Santos e Raíza tourinho
“Na época da escravidão, os negros eram sequestrados pelos portugueses e trazidos para o Brasil em navios negreiros para trabalharem como escravos. Acorrentados, eles comiam restos da comida dos dominadores e ficavam entulhados. Os negros trouxeram para o Brasil uma cultura muito rica, que inclui a comida, religião, música e roupas, presentes até hoje”. No mês em que se comemora a Consciência Negra, os estudantes do quinto ano, Luiz Felipe Viana, 10, Felipe Rocha, 11, e Vitor Dantas, 11, mostram que estão com o assunto das aulas sobre a história e a cultura africana na ponta da língua. Junto com os colegas da Escola Nova Nossa Infância, na Pituba, os garotos participaram do projeto “Por que Salvador é a capital mais negra do Brasil?”. “É um projeto interdisciplinar que pretende mostrar o quão rica é a cultura africana, assim como estes povos são guerreiros. Os alunos precisam saber de onde vieram”, explica a coordenadora pedagógica, Ione França, sobre os objetivos do projeto. Conhecimento
Desde 2003, o ensino da cultura e da história da África nas escolas é regulamentado pela Lei 10.639. Segundo a legislação, instituições públicas e privadas de ensino devem privilegiar em seu currículo o conteúdo da história e cultura afro-brasileira nos ensinos fundamental e médio. A lei não determina uma disciplina específica, mas que o tema seja trabalhado interdisciplinarmente, principalmente em artes, literatura e história do Brasil, o que, infelizmente, não ocorre em toda a rede.
Na opinião da especialista em História e Cultura Afro-brasileira e professora do ensino médio, Rosana Lima, falta formação de professores na área. “Na prática a lei não acontece porque muitos professores acham que não existe racismo no Brasil”. Para a especialista, a ausência de critérios mais específicos para a aplicação esvazia a lei. “Tem muitas escolas que não trabalham a questão racial, só fazem ‘oba-oba’ na semana da consciência negra. Não é só criar a lei, tem que dar mecanismos para que ela funcione corretamente”. O historiador e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Ubiratan Castro diz que a lei é fundamental para a valorização da cultura afro na sociedade. “O preconceito é resultado da falta de conhecimento. É importante destacar a participação do negro na formação do que é o Brasil hoje”, diz. Para o professor, levar este conteúdo para sala de aula aumenta a autoestima dos alunos. “Eles conhecem a origem guerreira do povo negro. Os alunos passam a se olhar não como negros ou brancos, mas como brasileiros, como iguais”, pontua, destacando a importância de não se trabalhar o conteúdo afro em sala de aula tratando o negro como “coitadinho”. “O discurso abolicionista já morreu. É, sim, importante destacar a origem deste povo, que não foi a escravidão. Além disso, temos que levar ao conhecimento dos alunos a riqueza da cultura afro”, diz. Ensino
Interrogado sobre o que mais o impressionou, o aluno da Escola Nossa Infância, Felipe Rocha, diz: “Nós aprendemos mais sobre a cultura da nossa cidade”. Já Vitor Dantas conta que a história de Zumbi dos Palmares e dos quilombos foi o que mais chamou sua atenção. “Fiz uma música e uma tirinha sobre eles. A história é muito legal”, conta satisfeito, mostrando sua produção.
A administradora Ivone Rocha, mãe de Felipe, diz que seu filho se envolveu bastante no projeto. “Ele só falava disso. Adorava contar o que estava aprendendo”, relata ela, que acha importante conhecer a influência do povo negro..Deixe sua opnião!Adicione o seu comentário abaixo, ou trackback de seu próprio site.
“Na época da escravidão, os negros eram sequestrados pelos portugueses e trazidos para o Brasil em navios negreiros para trabalharem como escravos. Acorrentados, eles comiam restos da comida dos dominadores e ficavam entulhados. Os negros trouxeram para o Brasil uma cultura muito rica, que inclui a comida, religião, música e roupas, presentes até hoje”. No mês em que se comemora a Consciência Negra, os estudantes do quinto ano, Luiz Felipe Viana, 10, Felipe Rocha, 11, e Vitor Dantas, 11, mostram que estão com o assunto das aulas sobre a história e a cultura africana na ponta da língua. Junto com os colegas da Escola Nova Nossa Infância, na Pituba, os garotos participaram do projeto “Por que Salvador é a capital mais negra do Brasil?”. “É um projeto interdisciplinar que pretende mostrar o quão rica é a cultura africana, assim como estes povos são guerreiros. Os alunos precisam saber de onde vieram”, explica a coordenadora pedagógica, Ione França, sobre os objetivos do projeto. Conhecimento
Desde 2003, o ensino da cultura e da história da África nas escolas é regulamentado pela Lei 10.639. Segundo a legislação, instituições públicas e privadas de ensino devem privilegiar em seu currículo o conteúdo da história e cultura afro-brasileira nos ensinos fundamental e médio. A lei não determina uma disciplina específica, mas que o tema seja trabalhado interdisciplinarmente, principalmente em artes, literatura e história do Brasil, o que, infelizmente, não ocorre em toda a rede.
Na opinião da especialista em História e Cultura Afro-brasileira e professora do ensino médio, Rosana Lima, falta formação de professores na área. “Na prática a lei não acontece porque muitos professores acham que não existe racismo no Brasil”. Para a especialista, a ausência de critérios mais específicos para a aplicação esvazia a lei. “Tem muitas escolas que não trabalham a questão racial, só fazem ‘oba-oba’ na semana da consciência negra. Não é só criar a lei, tem que dar mecanismos para que ela funcione corretamente”. O historiador e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Ubiratan Castro diz que a lei é fundamental para a valorização da cultura afro na sociedade. “O preconceito é resultado da falta de conhecimento. É importante destacar a participação do negro na formação do que é o Brasil hoje”, diz. Para o professor, levar este conteúdo para sala de aula aumenta a autoestima dos alunos. “Eles conhecem a origem guerreira do povo negro. Os alunos passam a se olhar não como negros ou brancos, mas como brasileiros, como iguais”, pontua, destacando a importância de não se trabalhar o conteúdo afro em sala de aula tratando o negro como “coitadinho”. “O discurso abolicionista já morreu. É, sim, importante destacar a origem deste povo, que não foi a escravidão. Além disso, temos que levar ao conhecimento dos alunos a riqueza da cultura afro”, diz. Ensino
Interrogado sobre o que mais o impressionou, o aluno da Escola Nossa Infância, Felipe Rocha, diz: “Nós aprendemos mais sobre a cultura da nossa cidade”. Já Vitor Dantas conta que a história de Zumbi dos Palmares e dos quilombos foi o que mais chamou sua atenção. “Fiz uma música e uma tirinha sobre eles. A história é muito legal”, conta satisfeito, mostrando sua produção.
A administradora Ivone Rocha, mãe de Felipe, diz que seu filho se envolveu bastante no projeto. “Ele só falava disso. Adorava contar o que estava aprendendo”, relata ela, que acha importante conhecer a influência do povo negro..Deixe sua opnião!Adicione o seu comentário abaixo, ou trackback de seu próprio site.
Ministério faz reunião para falar sobre livro didático
Cátia Lima
Nessa próxima quinta-feira, 17, acontecerá em São Paulo a reunião aberta às editoras de livros didáticos interessadas em participar do Programa Nacional do Livro Didático em 2014 com o ministério da educação . O programa irá selecionar e avaliar obras dos anos finais do ensino fundamental para os estudantes.
Os editores interessados podem inscreverem seus livros e coleções de língua portuguesa, matemática, ciências, geografia, história e língua estrangeira moderna (inglês ou espanhol).Os que forem aprovados integrarão o Guia do Livro Didático 2014, que conterá um resumo das obras selecionadas para que professores e diretores possam escolher o que for mais adequado ao processo pedagógico de cada escola.
O edital do PNLD 2014, fala que os editores apresentem objetos educacionais complementares no formato digital. Os conteúdos multimídia que forem aprovados devem ser entregues com os livros didáticos.
O período de pré-inscrição das obras no PNLD 2014 vai de 9 de dezembro de 2011 a 1º de maio de 2012 e a entrega dos exemplares para avaliação será de 7 a 11 de maio de 2012. Para efetuar o cadastro das obras, os detentores de direitos autorais devem acessar o portal do FNDE na internet Sistema de Material Didático (Simad).
Nessa próxima quinta-feira, 17, acontecerá em São Paulo a reunião aberta às editoras de livros didáticos interessadas em participar do Programa Nacional do Livro Didático em 2014 com o ministério da educação . O programa irá selecionar e avaliar obras dos anos finais do ensino fundamental para os estudantes.
Os editores interessados podem inscreverem seus livros e coleções de língua portuguesa, matemática, ciências, geografia, história e língua estrangeira moderna (inglês ou espanhol).Os que forem aprovados integrarão o Guia do Livro Didático 2014, que conterá um resumo das obras selecionadas para que professores e diretores possam escolher o que for mais adequado ao processo pedagógico de cada escola.
O edital do PNLD 2014, fala que os editores apresentem objetos educacionais complementares no formato digital. Os conteúdos multimídia que forem aprovados devem ser entregues com os livros didáticos.
O período de pré-inscrição das obras no PNLD 2014 vai de 9 de dezembro de 2011 a 1º de maio de 2012 e a entrega dos exemplares para avaliação será de 7 a 11 de maio de 2012. Para efetuar o cadastro das obras, os detentores de direitos autorais devem acessar o portal do FNDE na internet Sistema de Material Didático (Simad).
Mais uma vez o Enem
Fátima Venzi de Lima Esteves
Mais uma vez o Enem - Exame Nacional do Ensino Médio - apresentou problemas, sendo alvo de fraude. O ministro Gilberto Carvalho, da Secretária-Geral da Presidência da República, defensor da candidatura do Ministro da Educação (MEC), Fernando Haddad, à prefeitura de São Paulo, afirmou que não houve prejuízo em relação às provas aplicadas, pois a fraude foi localizada.
A pedido do Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE), o juiz Luís Praxedes Vieira da Silva tomou por decisão de cancelar as 13 questões em todo país, deferindo esta sentença por entender que a divulgação das questões fere o princípio da isonomia - consagrado no art. 5º, caput, da CF “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, porem o governo entrou com recurso para anular a decisão da Justiça Federal no Ceará, porque o Ministério da Educação considerou a decisão desproporcional e exagerada.
Pelo terceiro ano consecutivo o Enem apresenta erros, prejudicando materialmente milhares de estudantes e moralmente agredindo-os em seus direitos. Erros estes que demonstram o descaso daqueles que são responsáveis pela educação no nosso país, que mais poderia dizer-se irresponsáveis.
O ministro da educação, Haddad diante destes fatos, juntamente com o ministro Gilberto Carvalho parecem mais preocupados com a vida política do que com os atos politicamente corretos que deveriam nortear suas "pastas".
Como pode um país como o Brasil não conseguir fazer a coisa certa de forma honesta?
A muito reclama-se de políticos corruptos, da saúde, da educação falida etc e tal, mas continua-se a eleger os mesmos e a dar-lhes mais quatro anos no poder...e quando não os fazem...arrumam sempre discípulos que conseguem fazer melhor (ou pior) que seus mestres.
Que desculpem os bons, que sabe-se existir, mas fala-se aqui da grande maioria daqueles que fazem do brasileiro um ser vergonhoso e de "saco cheio" com tantos "erros, mentiras, desculpas e trapaças".
O Brasil - a muito venho dizendo - não prioriza e nem leva a educação a sério, ficando sem prioridades nos governos e não respeitando os professores, que estão cada vez mais marginalizados em sala de aula.
Para o Ministério da Educação o que vale são números e estatísticas para mostrar a todos que o Brasil mudou e a educação também! Voilà!!!!
Nada mudou...mudaram apenas aqueles que detém o poder nas mãos e o jovem brasileiro que resolveu sair da sua mesmice e lutar pelo que quer...como nos velhos tempos!!!
A maioria do povo brasileiro é analfabeto funcional sim, basta fazer um passeio pelas universidades brasileiras e pedir que os alunos dos primeiros semestres redijam uma redação e obterá as piores possíveis, concorrendo apenas com alunos da primeira serie do ensino fundamental.
E de quem é a culpa?
Dos velhos e cansados professores ou de uma política falida de favores e apadrinhados?
Há pouco tempo o MEC afirmou que 91% dos estudantes terminam o ensino fundamental sem saberem ler corretamente, compreender o que leem e interpretar um texto básico e isso é culpa de quem?
Mas voltemos ao Enem...
O que mesmo se fará com este tal Exame Nacional de Ensino Médio?
A quem recorrer se o próprio ministro da Educação que deveria estar preocupado com a EDUCAÇÃO no país se preocupa mais com sua candidatura a Prefeitura de São Paulo e seus assessores em limpar seu nome para não deixar rastro de sua malfadada gestão?!?
E quanto aos alunos que estudam e que não fazem parte da porcentagem de ANALFABETOS FUNCIONAIS? O que se fará com eles???
Pois são estes que não se calam!
São estes que não engolem...
São estes que cobram!
São estes que sabem....
Que entendem...
Que votam!
Que colocam (no poder)!
Que tiram....(do poder)!
O que se fará com eles...senhores ministros....senadores...deputados...presidenta?
Espera-se que os responsáveis pelo Enem na próxima prova se dignem a trabalhar com responsabilidade, respeitando os princípios que norteiam a administração publica e, para aqueles que já se esqueceram segue abaixo um pequeno resumo para se fazerem lembrar que devem acima de tudo respeitar a CARTA MAGNA do Estado Democrático de Direito Brasileiro, traduzindo, a Constituição da Republica Federativa do Brasil, mais conhecida como Constituição Cidadã.
Princípios da Administração Pública Previstos no Artigo 37 da Constituição Federal
Quem deve se submeter aos Princípios do art. 37 da Constituição Federal:
Como regra geral, a Administração direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal, Municípios. Assim, as Autarquias, Fundações Públicas, Agências reguladoras e executivas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista também estão submetidas a esses princípios.
Princípios previstos no artigo 37 da Constituição Federal:
- Legalidade
- Impessoalidade
- Moralidade
- Publicidade
- Eficiência
Desta forma, como cidadã brasileira, espero que o Ministro da Educação faça realmente seu dever de casa e cumpra com seu real dever com a competência que seu cargo exige - valorizar e moralizar a educação neste país e principalmente que nas próximas provas, os princípios legais sejam respeitados por aqueles que se dizem "representantes do povo brasileiro", e que a presidenta Dilma tome a iniciativa de trazer para junto de si este problema e o resolva com todo o rigor que lhe é comum aplicar quando se faz necessário aos seus olhos.
Princípio da Legalidade - O Princípio da legalidade é fundamento do Estado democrático de direito, tendo por fim combater o poder arbitrário do Estado. Os conflitos devem ser resolvidos pela lei e não mais através da força.
Princípio da Impessoalidade - A Administração deve manter-se numa posição de neutralidade em relação aos administrados, ficando proibida de estabelecer discriminações gratuitas. Só pode fazer discriminações que se justifiquem em razão do interesse coletivo, pois as gratuitas caracterizam abuso de poder e desvio de finalidade, que são espécies do gênero ilegalidade.
Princípio da Moralidade - A Administração deve atuar com moralidade, isto é de acordo com a lei. Tendo em vista que tal princípio integra o conceito de legalidade, decorre a conclusão de que ato imoral é ato ilegal, ato inconstitucional e, portanto, o ato administrativo estará sujeito a um controle do Poder Judiciário.
Princípio da Publicidade - A Administração tem o dever de manter plena transparência de todos os seus comportamentos, inclusive de oferecer informações que estejam armazenadas em seus bancos de dados, quando sejam solicitadas, em razão dos interesses que ela representa quando atua.
Princípio da Eficiência - A Administração Pública deve buscar um aperfeiçoamento na prestação dos serviços públicos, mantendo ou melhorando a qualidade dos serviços, com economia de despesas. - Binômio: qualidade nos serviços e racionalidade de gastos.
Fátima Venzi de Lima Esteves fvenzi@yahoo.com.brEstudante de Direito pela Unip - DF - Especialista em Docência Universitária pelo ICESP-DF / Graduada em Letras - com enfâse em Literaturas e Produção de textos.
Mais uma vez o Enem - Exame Nacional do Ensino Médio - apresentou problemas, sendo alvo de fraude. O ministro Gilberto Carvalho, da Secretária-Geral da Presidência da República, defensor da candidatura do Ministro da Educação (MEC), Fernando Haddad, à prefeitura de São Paulo, afirmou que não houve prejuízo em relação às provas aplicadas, pois a fraude foi localizada.
A pedido do Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE), o juiz Luís Praxedes Vieira da Silva tomou por decisão de cancelar as 13 questões em todo país, deferindo esta sentença por entender que a divulgação das questões fere o princípio da isonomia - consagrado no art. 5º, caput, da CF “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, porem o governo entrou com recurso para anular a decisão da Justiça Federal no Ceará, porque o Ministério da Educação considerou a decisão desproporcional e exagerada.
Pelo terceiro ano consecutivo o Enem apresenta erros, prejudicando materialmente milhares de estudantes e moralmente agredindo-os em seus direitos. Erros estes que demonstram o descaso daqueles que são responsáveis pela educação no nosso país, que mais poderia dizer-se irresponsáveis.
O ministro da educação, Haddad diante destes fatos, juntamente com o ministro Gilberto Carvalho parecem mais preocupados com a vida política do que com os atos politicamente corretos que deveriam nortear suas "pastas".
Como pode um país como o Brasil não conseguir fazer a coisa certa de forma honesta?
A muito reclama-se de políticos corruptos, da saúde, da educação falida etc e tal, mas continua-se a eleger os mesmos e a dar-lhes mais quatro anos no poder...e quando não os fazem...arrumam sempre discípulos que conseguem fazer melhor (ou pior) que seus mestres.
Que desculpem os bons, que sabe-se existir, mas fala-se aqui da grande maioria daqueles que fazem do brasileiro um ser vergonhoso e de "saco cheio" com tantos "erros, mentiras, desculpas e trapaças".
O Brasil - a muito venho dizendo - não prioriza e nem leva a educação a sério, ficando sem prioridades nos governos e não respeitando os professores, que estão cada vez mais marginalizados em sala de aula.
Para o Ministério da Educação o que vale são números e estatísticas para mostrar a todos que o Brasil mudou e a educação também! Voilà!!!!
Nada mudou...mudaram apenas aqueles que detém o poder nas mãos e o jovem brasileiro que resolveu sair da sua mesmice e lutar pelo que quer...como nos velhos tempos!!!
A maioria do povo brasileiro é analfabeto funcional sim, basta fazer um passeio pelas universidades brasileiras e pedir que os alunos dos primeiros semestres redijam uma redação e obterá as piores possíveis, concorrendo apenas com alunos da primeira serie do ensino fundamental.
E de quem é a culpa?
Dos velhos e cansados professores ou de uma política falida de favores e apadrinhados?
Há pouco tempo o MEC afirmou que 91% dos estudantes terminam o ensino fundamental sem saberem ler corretamente, compreender o que leem e interpretar um texto básico e isso é culpa de quem?
Mas voltemos ao Enem...
O que mesmo se fará com este tal Exame Nacional de Ensino Médio?
A quem recorrer se o próprio ministro da Educação que deveria estar preocupado com a EDUCAÇÃO no país se preocupa mais com sua candidatura a Prefeitura de São Paulo e seus assessores em limpar seu nome para não deixar rastro de sua malfadada gestão?!?
E quanto aos alunos que estudam e que não fazem parte da porcentagem de ANALFABETOS FUNCIONAIS? O que se fará com eles???
Pois são estes que não se calam!
São estes que não engolem...
São estes que cobram!
São estes que sabem....
Que entendem...
Que votam!
Que colocam (no poder)!
Que tiram....(do poder)!
O que se fará com eles...senhores ministros....senadores...deputados...presidenta?
Espera-se que os responsáveis pelo Enem na próxima prova se dignem a trabalhar com responsabilidade, respeitando os princípios que norteiam a administração publica e, para aqueles que já se esqueceram segue abaixo um pequeno resumo para se fazerem lembrar que devem acima de tudo respeitar a CARTA MAGNA do Estado Democrático de Direito Brasileiro, traduzindo, a Constituição da Republica Federativa do Brasil, mais conhecida como Constituição Cidadã.
Princípios da Administração Pública Previstos no Artigo 37 da Constituição Federal
Quem deve se submeter aos Princípios do art. 37 da Constituição Federal:
Como regra geral, a Administração direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal, Municípios. Assim, as Autarquias, Fundações Públicas, Agências reguladoras e executivas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista também estão submetidas a esses princípios.
Princípios previstos no artigo 37 da Constituição Federal:
- Legalidade
- Impessoalidade
- Moralidade
- Publicidade
- Eficiência
Desta forma, como cidadã brasileira, espero que o Ministro da Educação faça realmente seu dever de casa e cumpra com seu real dever com a competência que seu cargo exige - valorizar e moralizar a educação neste país e principalmente que nas próximas provas, os princípios legais sejam respeitados por aqueles que se dizem "representantes do povo brasileiro", e que a presidenta Dilma tome a iniciativa de trazer para junto de si este problema e o resolva com todo o rigor que lhe é comum aplicar quando se faz necessário aos seus olhos.
Princípio da Legalidade - O Princípio da legalidade é fundamento do Estado democrático de direito, tendo por fim combater o poder arbitrário do Estado. Os conflitos devem ser resolvidos pela lei e não mais através da força.
Princípio da Impessoalidade - A Administração deve manter-se numa posição de neutralidade em relação aos administrados, ficando proibida de estabelecer discriminações gratuitas. Só pode fazer discriminações que se justifiquem em razão do interesse coletivo, pois as gratuitas caracterizam abuso de poder e desvio de finalidade, que são espécies do gênero ilegalidade.
Princípio da Moralidade - A Administração deve atuar com moralidade, isto é de acordo com a lei. Tendo em vista que tal princípio integra o conceito de legalidade, decorre a conclusão de que ato imoral é ato ilegal, ato inconstitucional e, portanto, o ato administrativo estará sujeito a um controle do Poder Judiciário.
Princípio da Publicidade - A Administração tem o dever de manter plena transparência de todos os seus comportamentos, inclusive de oferecer informações que estejam armazenadas em seus bancos de dados, quando sejam solicitadas, em razão dos interesses que ela representa quando atua.
Princípio da Eficiência - A Administração Pública deve buscar um aperfeiçoamento na prestação dos serviços públicos, mantendo ou melhorando a qualidade dos serviços, com economia de despesas. - Binômio: qualidade nos serviços e racionalidade de gastos.
Fátima Venzi de Lima Esteves fvenzi@yahoo.com.brEstudante de Direito pela Unip - DF - Especialista em Docência Universitária pelo ICESP-DF / Graduada em Letras - com enfâse em Literaturas e Produção de textos.
Indicadores de avaliação de instituições revelam melhora de qualidade
O Ministério da Educação (MEC) avaliou 2.176 instituições de ensino superior, sendo 229 públicas e 1.947 privadas, entre universidades, centros universitários e faculdades. O ministro Fernando Haddad, ao anunciar os indicadores de qualidade nesta quinta-feira, 17, considerou que, no cômputo geral, a qualidade está melhorando. “Temos hoje professores mais titulados e que se dedicam mais ao ensino do que no passado”, disse.
Junto com a melhora da formação dos docentes, Haddad disse que está sendo feito um investimento pesado tanto nas instituições públicas como nas particulares. No grupo das universidades federais, ele destacou as boas notas obtidas por nove das 14 novas universidades criadas a partir de 2003 e que passaram por avaliação em 2010. Segundo ele, oito universidades ficaram com nota quatro e uma alcançou nota cinco.
A avaliação gerou o Índice Geral de Cursos (IGC) por instituição, com notas de um a cinco pontos. As notas de três a cinco significam conceito satisfatório e as notas um e dois, desempenho insatisfatório.
No quadro de notas obtidas pelas 2.176 instituições, 27 delas alcançaram cinco, sendo 16 públicas e 11 privadas; 131 obtiveram nota quatro (65 públicas e 66 privadas); 985 aparecem com nota três (90 públicas e 895 privadas); 674 tiveram nota dois (41 públicas e 633 privadas); nove tiveram nota um (duas públicas e 335 privadas). Outras 350 instituições participaram do ciclo avaliativo, porém os cursos que não obtiveram o Conceito Preliminar de Curso (CPC) por não atende
r a um ou mais itens dos oito medidas de cálculo ficaram sem conceito.
Autonomia – Mas sete centros universitários e uma universidade com baixa qualidade e avaliação insatisfatória estão perdendo hoje sua autonomia. Eles não podem mais abrir cursos sem a autorização do MEC, nem novas vagas.
As medidas também atingem instituições de ensino superior que oferecem educação a distância. “Vamos impedir que essa modalidade importante para a democratização do acesso à educação superior sofra com problemas de qualidade”, explicou Haddad.
“Queremos continuar promovendo a expansão, a interiorização dos cursos, a educação a distância, os cursos superiores de tecnologia, contudo vamos fazer isso com o rigor que o Sinaes [Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior] exige”, afirmou o ministro, lembrando que o sistema está em forte expansão – o ano de 2010 fechou com cerca 6,5 milhões de universitários.
Cursos – Também passaram por avaliação no ano passado 4.143 cursos superiores de graduação. O produto da avaliação de diversos itens é o Conceito Preliminar de Curso (CPC), expresso com notas em uma escala de um a cinco pontos. As notas de três a cinco significam conceito satisfatório e as notas um e dois, desempenho insatisfatório.
Na distribuição dos 4.143 cursos, o mapa do CPC aparece dessa forma: 58 cursos de graduação alcançaram nota cinco; 728 (quatro); 1.608 (três); 575 (dois); 19 (um); e 1.155 cursos das áreas avaliadas aparecem “sem conceito”. Neste caso, o curso não teve a nota final porque faltou um ou mais dos itens que compõem o Conceito Preliminar de Curso.
Medidas – De todos os cursos de medicina que, por terem notas baixas, entraram em processo de supervisão nos últimos anos, Haddad informou que 95% deles atingiram patamar mínimo de funcionamento, o que representa uma vitória do sistema de avaliação.
Mas um novo grupo de cursos de medicina terá 446 vagas cortadas neste ano, enquanto que cursos da mesma área que obtiveram nota máxima nas avaliações dos ministérios da Educação e da Saúde estão autorizados a abrir 320 novas vagas.
Cortes – Haddad anunciou que os mesmos critérios aplicados pelo MEC para os cursos de medicina, direito e pedagogia com conceitos insatisfatórios em anos anteriores, agora serão estendidos a todos os cursos de graduação. São cursos da área da saúde e cursos de ciência contábeis e administração que terão cerca de 50 mil vagas suspensas para ingresso em 2012.
Nos cursos com pior avaliação, o corte atinge 65% das vagas oferecidas em 2010 e nos demais o corte será de 20%. Além do corte, a instituição precisa assinar com o MEC um termo de saneamento das deficiências com prazo de duração de um ano.
Áreas e cursos – Em 2010, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes avaliou as áreas de saúde e ciências agrárias, distribuídas em 14 cursos: biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional, agronomia e zootecnia. Também em 2010, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) avaliou cinco tipos de cursos superiores de tecnologia – tecnologia em agroindústria, tecnologia em agronegócio, tecnologia em gestão ambiental, tecnologia em gestão hospitalar e tecnologia em radiologia.
As três áreas do conhecimento com maior número de cursos avaliados em 2010 foram enfermagem, com 728 cursos, fisioterapia (477) e farmácia (389). As áreas com menor número de cursos avaliados são as tecnológicas: tecnologia em agroindustria teve 18 cursos avaliados, tecnologia em gestão hospitalar, 45, e tecnologia em radiologia, 49.
Junto com a melhora da formação dos docentes, Haddad disse que está sendo feito um investimento pesado tanto nas instituições públicas como nas particulares. No grupo das universidades federais, ele destacou as boas notas obtidas por nove das 14 novas universidades criadas a partir de 2003 e que passaram por avaliação em 2010. Segundo ele, oito universidades ficaram com nota quatro e uma alcançou nota cinco.
A avaliação gerou o Índice Geral de Cursos (IGC) por instituição, com notas de um a cinco pontos. As notas de três a cinco significam conceito satisfatório e as notas um e dois, desempenho insatisfatório.
No quadro de notas obtidas pelas 2.176 instituições, 27 delas alcançaram cinco, sendo 16 públicas e 11 privadas; 131 obtiveram nota quatro (65 públicas e 66 privadas); 985 aparecem com nota três (90 públicas e 895 privadas); 674 tiveram nota dois (41 públicas e 633 privadas); nove tiveram nota um (duas públicas e 335 privadas). Outras 350 instituições participaram do ciclo avaliativo, porém os cursos que não obtiveram o Conceito Preliminar de Curso (CPC) por não atende
r a um ou mais itens dos oito medidas de cálculo ficaram sem conceito.
Autonomia – Mas sete centros universitários e uma universidade com baixa qualidade e avaliação insatisfatória estão perdendo hoje sua autonomia. Eles não podem mais abrir cursos sem a autorização do MEC, nem novas vagas.
As medidas também atingem instituições de ensino superior que oferecem educação a distância. “Vamos impedir que essa modalidade importante para a democratização do acesso à educação superior sofra com problemas de qualidade”, explicou Haddad.
“Queremos continuar promovendo a expansão, a interiorização dos cursos, a educação a distância, os cursos superiores de tecnologia, contudo vamos fazer isso com o rigor que o Sinaes [Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior] exige”, afirmou o ministro, lembrando que o sistema está em forte expansão – o ano de 2010 fechou com cerca 6,5 milhões de universitários.
Cursos – Também passaram por avaliação no ano passado 4.143 cursos superiores de graduação. O produto da avaliação de diversos itens é o Conceito Preliminar de Curso (CPC), expresso com notas em uma escala de um a cinco pontos. As notas de três a cinco significam conceito satisfatório e as notas um e dois, desempenho insatisfatório.
Na distribuição dos 4.143 cursos, o mapa do CPC aparece dessa forma: 58 cursos de graduação alcançaram nota cinco; 728 (quatro); 1.608 (três); 575 (dois); 19 (um); e 1.155 cursos das áreas avaliadas aparecem “sem conceito”. Neste caso, o curso não teve a nota final porque faltou um ou mais dos itens que compõem o Conceito Preliminar de Curso.
Medidas – De todos os cursos de medicina que, por terem notas baixas, entraram em processo de supervisão nos últimos anos, Haddad informou que 95% deles atingiram patamar mínimo de funcionamento, o que representa uma vitória do sistema de avaliação.
Mas um novo grupo de cursos de medicina terá 446 vagas cortadas neste ano, enquanto que cursos da mesma área que obtiveram nota máxima nas avaliações dos ministérios da Educação e da Saúde estão autorizados a abrir 320 novas vagas.
Cortes – Haddad anunciou que os mesmos critérios aplicados pelo MEC para os cursos de medicina, direito e pedagogia com conceitos insatisfatórios em anos anteriores, agora serão estendidos a todos os cursos de graduação. São cursos da área da saúde e cursos de ciência contábeis e administração que terão cerca de 50 mil vagas suspensas para ingresso em 2012.
Nos cursos com pior avaliação, o corte atinge 65% das vagas oferecidas em 2010 e nos demais o corte será de 20%. Além do corte, a instituição precisa assinar com o MEC um termo de saneamento das deficiências com prazo de duração de um ano.
Áreas e cursos – Em 2010, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes avaliou as áreas de saúde e ciências agrárias, distribuídas em 14 cursos: biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional, agronomia e zootecnia. Também em 2010, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) avaliou cinco tipos de cursos superiores de tecnologia – tecnologia em agroindústria, tecnologia em agronegócio, tecnologia em gestão ambiental, tecnologia em gestão hospitalar e tecnologia em radiologia.
As três áreas do conhecimento com maior número de cursos avaliados em 2010 foram enfermagem, com 728 cursos, fisioterapia (477) e farmácia (389). As áreas com menor número de cursos avaliados são as tecnológicas: tecnologia em agroindustria teve 18 cursos avaliados, tecnologia em gestão hospitalar, 45, e tecnologia em radiologia, 49.
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