sábado, 28 de janeiro de 2012

MT- Secretário de Edcucação, Ságua Moraes, mesmo com determinação da Justiça para não fazer novos contratos, resolveu chamar 264 temporários

Governo descumpre decisão judicial e contrata 264 servidores para a Seduc
Estado demitiu pessoal terceirizado, não chamou concursados para ocuparem as 859 vagas restantes e agora chama número expressivo de pessoal para Educação









HÉRICA TEIXEIRA


O Governo do Estado contratou cerca de 200 pessoas em regime temporário para exercerem funções em diversos setores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). A decisão foi publicada nas edições do Diário Oficial do Estado com datas de 9 e 10 de janeiro.

A contratação fere decisão da Justiça, que determinou em 2010, por meio de liminar, que o Estado nomeasse somente servidores aprovados no último concurso público. Essa decisão foi resultado de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Estado (MPE). O Governo recorreu e o TJ manteve decisão de primeiro grau.






Mayke Toscano/Hipernotícias

A confirmação das 264 contratações foi feita pelo secretário adjunto de Gestão de Políticas Institucionais de Pessoal da Seduc, Paulo Henrique Leite de Oliveira, que disse que foram contratados 190 técnicos de desenvolvimento ecônomico e social (nível superior), 64 agente de desenvolvimento econômico e social (ensino médio) e 10 de apoio administrativo educacional (nível fundamental).

O HiperNotícias, na tarde de quarta-feira (25), consultou o MPE a respeito das contratações e foi informado que o promotor Gustavo Dantas Ferraz anexou ao processo cópias do Diário Oficial em que constam as contrações avaliadas por ele como irregulares. Ferraz também requereu agilidade no julgamento da ação, que está com o juiz Luíz Aparecido Bertolucci Júnior, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Popular.
O Ministério Público, por meio da 10º Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade administrativa, após ter acesso às contratações temporárias no Diário Oficial, afirmou que propôs que o Estado pague multa de R$ 122 mil pelo descumprimento de decisão judicial. A petição foi protocolada no dia 19 de janeiro.

A nova contratação de servidores temporários foi denunciada pelo aprovado para área instrumental Francisvaldo de Castilho Gonçalves, que também não foi nomeado para a área ao qual foi aprovado. A reportagem fez buscas no Diário Oficial e encontrou as nomeações. Castilho lidera comissão dos aprovados para área técnica instrumental, que totalizam 246 aprovados que ainda não foram chamados, além de outras 613 pessoas que estão na mesma situação para cargos diversos.

O líder da comissão denunciou que nos dias 9 e 10 de janeiro deste ano, o secretário de Educação, Ságuas Moraes, contratou em caráter de urgência, servidores para atuar na Seduc com contratos temporários. O questionamento de Francisvaldo é que a Seduc poderia contratar os aprovados no concurso.

“Queremos saber o porquê isso está acontecendo. É certo que o governo divulga que está fazendo demissões, mas também está contratando temporariamente”, declarou Castilho.

O questionamento de Castilho deve-se a demora de chamada para assumir cargos. O certame foi realizado em 2010 e ainda faltam 859 candidatos assumirem vagas disponibilizadas no serviço público de Mato Grosso, no total de 10.086.

Com a garantia do Governo no ano passado, muitos aprovados no concurso pediram demissões nas empresas privadas na esperança de serem chamados pelo Estado.

O primeiro prazo de validade do concurso vence em junho de 2012. Os aprovados temem que mesmo com a aprovação, as nomeações nunca aconteçam. Diante dos fatos, planejam se manifestar para exigir rapidez nas contratações. Protestos estão sendo organizados para fim de fevereiro por meio de sites de relacionamentos como o Facebook.

CONTRADIÇÕES

O Governo anunciou na semana passada demissões dos todos terceirizados (1,8 mil servidores) e 50% dos comissionados (em torno de mil trabalhadores). Na terça-feira (24), o próprio Executivo, por meio da Secretaria de Administração, anunciou que o prazo para nomeações poderiam ser postergadas para junho de 2014.

AÇÃO

No ano de 2010, o Ministério Público Estadual (MPE) ingressou com ação civil pública em desfavor a administração pública, determinado que o Estado não contratasse nenhum servidor temporário aos cargos com candidatos disponíveis aprovados no concurso público do mesmo ano.

Na ação, os promotores de Justiça em 2010 destacaram várias contratações irregulares ocorridas na extinta Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs) e Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

“O Estado de Mato Grosso abandonou a regra constitucional de acesso a cargos públicos mediante concurso para incrementar sua multidão de contratos temporários, desprezando assim, com absoluta desfaçatez de seus gestores, os princípios e regras da Administração Pública”, afirmaram os promotores de Justiça do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, em um trecho da ação.

Os promotores de Justiça argumentaram que, ao deixar de nomear os candidatos aprovados e classificados para preencher os cargos por meio de contratações temporárias, a administração pública estadual fere os princípios da boa-fé e da proteção da confiança. “As contratações temporárias de excepcional interesse público, bem como suas prorrogações, quando realizadas em detrimento da nomeação de candidatos aprovados e classificados em concurso estão, assim, marcadas pela pecha da inconstitucionalidade, ilegalidade e imoralidade”, concluíram.

OUTRO LADO

A Secretaria de Educação (Seduc), por meio de assessoria, disse que não há nenhuma irregularidade nas contratações temporárias publicadas no Diário Oficial do dia 9 (da página 24 a 38) e dia 10 (da página 25 a 30) de janeiro. A argumentação é que as vagas disponibilizadas são para o núcleo sistêmico da secretaria (áreas de tecnologia, nutrição e organizacional, entre outras).

“Em nada tem a ver com o concurso público voltado a suprir a demanda pedagógica das unidades escolares. Ou seja, os contratos publicados nos dias 9 e 10 não são supridos pelos concursados”, informou Seduc, por meio de assessoria.

Os contratos temporários têm prazo de validade de três meses a um ano. A Seduc enfatizou que “ocupação de cargos no núcleo sistêmico é realizada mediante avaliação das necessidades e encaminhadas para a SAD (Secretaria de Administração) que poderá ou não autorizar os contratos”.

A secretaria de Administração, por meio de assessoria, também confirmou que aprovados que ainda não foram chamados para assumir cargos serão chamados até junho deste ano, data de validade de concurso.

Professores excluídos: de quem é a culpa?

Sara R. Oliveira

Ainda não se sabe. O certo é que milhares de professores que concorreram a horários anuais foram ultrapassados por docentes com menores habilitações e menos anos de serviço. Ministério garante que respeitou os pedidos das escolas, diretores dos estabelecimentos de ensino asseguram que a aplicação não está a validar corretamente.

A polémica estalou. Milhares de professores que concorreram a horários anuais ficaram automaticamente excluídos da lista de colocação porque as vagas anuais se tornaram temporárias - estima-se que mais de 85% dos horários disponibilizados na segunda bolsa de recrutamento eram temporários, quando no ano passado esse valor rondou os 29%. O Ministério da Educação e Ciência (MEC) já assegurou que está a respeitar as indicações dadas pelas escolas. A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) pede a anulação do concurso e pondera interpor uma providência cautelar.

A aplicação informática estará a ignorar os docentes que se candidataram a horários anuais porque o sistema só valida horários para um mês? O MEC garante que está a cumprir a lei, mas as escolas asseguram que não se enganaram nos pedidos de horários e que a aplicação transforma horários anuais em temporários. Na semana passada, o ministro Nuno Crato lembrou que sempre houve professores com contratos a termo de um mês. O que mudou, sustentou, foi que a Direção-Geral dos Recursos Humanos da Educação promoveu as contratações na sua plataforma. "Está a fazer-se o mesmo que já se fazia, mas não de forma automática e sem apoio central", disse.

O secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar esclareceu entretanto que os contratos temporários terão a duração mínima de um mês e que duram conforme as necessidades. "O que diz a legislação é que os contratos não podem ter um período inferior a um mês", adiantou João Casanova Almeida. O assunto, que está a perturbar a comunidade educativa, poderá não ser discutido na Assembleia da República. O BE pediu uma audição ao ministro Nuno Crato sobre a questão, mas o requerimento foi chumbado pela maioria PSD-CDS/PP. "Só falta o ministro da Educação contratar professores ao dia ou pagar a recibos verdes", comentou a deputada Ana Drago.

A situação não é consensual e está a agitar águas. O movimento de professores desempregados, criado a partir das redes sociais, vai pedir uma reunião ao Provedor de Justiça a propósito desta colocação de professores e também para abordar a condição precária dos docentes sem trabalho. "Precisamos de uma clarificação, por exemplo, na questão das contratações de escolas por mês. Parece que o Ministério se recusa a contratar ao mês em junho para poder despedir e não pagar os meses de julho e agosto. É um abuso que nos surpreende", referiu, à Lusa, Miguel Reis, do movimento.

A Federação Nacional de Educação (FNE) escreveu a Nuno Crato uma carta sobre o assunto porque, em seu entender, não faz sentido que se substitua professores aposentados ou em licença de parto por contratados a um mês. E considera uma "ilegalidade grosseira" que o prazo máximo de duração dos contratos de trabalho termine a 31 de julho, acusando o ministério de estar a provocar "instabilidade e insegurança" no corpo docente. "Se não quiser pagar o mês de Agosto aos professores que diga isso e seja claro", refere João Dias da Silva, secretário-geral da FNE.

Nos últimos dias, a FNE tem sido confrontada com diversas situações, pediu uma reunião ao MEC que está marcada para esta quarta-feira ao final da tarde. A FNE fez uma recolha exaustiva dos casos que lhe foram parar às mãos e tenciona discutir os que lhe parecem "irregulares". "Temos de perceber qual a origem destas circunstâncias", defende Dias da Silva, secretário-geral da FNE, em declarações ao EDUCARE.PT.

A FNE exige o cumprimento da lei e, para isso, sustenta que é necessário esclarecer as dúvidas quanto aos horários mensais ou anuais, percebendo se o problema está na aplicação informática ou nos horários solicitados pelas escolas ou ainda no procedimento adotado pela Direção-Geral dos Recursos Humanos da Educação. Dias da Silva diz que convém não esquecer o respeito pela graduação e pela manifestação de preferências por parte dos professores.

O Sindicato dos Professores do Norte, que está a contactar vários diretores de escolas para perceber o que passou, concorda que a situação tem de ser esclarecida e resolvida quanto antes. "Está criada uma situação de grande injustiça para os professores e de falta de transparência. Exigimos que o MEC corrija esta situação", sustenta Manuela Mendonça, coordenadora da estrutura sindical, ao EDUCARE.PT.

Depois da indicação da tutela de que as escolas seriam responsáveis pela situação, o sindicato está empenhado em esclarecer o que se passou. Até porque a última indicação é de que os diretores não assumem a responsabilidade nesta matéria. "Trata-se de uma situação que tem necessariamente de ser corrigida rapidamente. É injusto para os professores que só concorreram a horários anuais serem ultrapassados por outros com graduação inferior", afirma Manuela Mendonça.

A Associação Nacional de Professores (ANP) defende que o bom senso deve imperar. "O Ministério diz que a culpa não é sua, que é das escolas. Acontece que este procedimento foi aplicado sem qualquer problema no ano passado. Não vejo que, este ano, as direções das escolas tenham incorrido em tantos erros que lhes permitiram transformar horários que eram anuais em horários temporários", adianta Armindo Cancelinha, da ANP, ao EDUCARE.PT. A associação pede celeridade na resolução do problema. "É necessário averiguar a situação, apurar a verdade e depois agir em conformidade", acrescenta o responsável.

A FENPROF admite recorrer aos tribunais para impugnar a segunda bolsa de recrutamento dos professores se se comprovar a existência de ilegalidades. A hipótese de "recorrer aos tribunais administrativos com uma providência cautelar se houver razões jurídicas para isso, se se provar que há ilegalidades", está em cima da mesa, conforme anunciou Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF - que diz ter conhecimento de uma escola do Norte que quis declarar 14 horários anuais e 13 acabaram por ser validados como temporários. A FENPROF está também a contactar várias escolas para perceber o que está a acontecer.

Você é responsável pela sua vida

Lair Ribeiro


Dar-se conta de que você é responsável pela sua vida pode ser algo transformador, pois lhe dá a possibilidade de escolher entre assumir a responsabilidade ou não. Se não assumir, muito provavelmente alguém o fará e você passará a trabalhar para a realização dessa pessoa, que pode perfeitamente ser a empresa na qual você trabalha... Se você vive dizendo “Eu trabalho para Fulano” ou “Eu trabalho para tal empresa”, é possível que já esteja perdendo o controle sobre a sua vida... E se assumir, você terá de abandonar a confortável posição de vítima em que se coloca e ir em busca do que você realmente deseja para si.

Então, você pensa: “Abrir mão da minha vida, nem pensar. Mas assumir a responsabilidade por tudo dá muito trabalho!”. Pois vou lhe contar um segredo: a posição de vítima pode ser muito mais pesada do que os esforços que você venha a fazer para alcançar sua realização pessoal e profissional. Portanto, a hora é agora. E uma das ações mais importantes no momento de retomar as rédeas da sua vida é perdoar.

Desde criança, nos ensinam que devemos perdoar, e muitos de nós crescemos sem saber direito o que isso significa. Perdoar pode ser muitas coisas, mas, antes de mais nada, é uma atitude inteligente. Se alguém o ofendeu e você insiste em não perdoar, quem carrega o peso da ofensa é você. Logo, perdoar é assumir a responsabilidade por aquilo que você sente.

Perdoar é diferente de esquecer. Esquecer uma ofensa, por exemplo, é pôr uma pedra em cima dela. Você pode nem pensar mais naquilo, mas a energia fica lá, estagnada embaixo da pedra! Ao perdoar, porém, você se liberta das amarradas do passado e permite que a sua energia flua positivamente, trazendo mais alegria ao seu ser.

Perdoar pode demandar tempo, paciência e dedicação. Pode não ser fácil, pode demandar muita força e sabedoria, mas os resultados são compensadores! Além de purificar a alma e proporcionar um sentimento de leveza, afinal de contas, você está abrindo mão de sentimentos negativos como raiva, ódio, desprezo, entre outros, também renova as energias, o perdão traz mais vitalidade e força para lutar pelos seus ideais. Isso porque enquanto você estiver guardando mágoas, remoendo ofensas e permitindo que a dor e o sofrimento cresçam e se multipliquem em seu interior, você estará gastando valiosas unidades de energia, principalmente cerebrais, que poderiam ser muito mais bem empregadas em prol do seu crescimento pessoal e profissional.

Quando uma pessoa nutre pensamentos rancorosos, tais pensamentos tendem a se acumular, gerando tensões, insônia, agitação e destruindo sua paz. Se você tem uma dívida que não consegue pagar é porque está precisando perdoar alguém. Dívida é falta de perdão no passado. Na hora em que você perdoar, tenha certeza de que o dinheiro aparece e você consegue pagar a dívida.

Ao perdoar, você libera a dor e o ressentimento que, durante anos, vinha carregando como se fosse um fardo pesado e inconveniente. Ao perdoar, você deixa de ser vítima de quem o prejudicou, recupera seu poder e assume a responsabilidade pelo que você sente. Lembre-se de que nossos verdadeiros inimigos são a raiva e o ódio, emoções que podem crescer desordenadamente quando nos descontrolamos e que são potencialmente destrutivas, que nos corroem, minando a nossa energia e vitalidade, podendo gerar doenças tão graves como o câncer.





Alice Ruiz: "Exemplos de atitude ensinam mais que teorias"

Alice cresceu sem ter acesso a muitos livros, mas encontrou motivação na família para se tornar uma respeitada poeta e compositora

Foi no ambiente familiar que ela obteve bons exemplos de perseverança Acho que existem três tipos de educação.

A que se recebe em casa. A formal, que se recebe na escola.

E aquela que nós próprios fazemos, depois, quando adultos.

Em minha casa só existia um livro, a Bíblia. E eu fui criada para trabalhar muito cedo e não para prosseguir nos estudos.
Mas, ainda assim, recebi um exemplo de mulheres fortes, que lutaram por seus espaços e pelas coisas nas quais elas acreditavam.
E exemplos de atitude, como sabemos, ensinam mais que teorias.

O primeiro livro que ganhei foi de uma professora de história, descobri um novo mundo ali e virei leitora voraz.
Meu professor de latim me deu o gosto pela etimologia, pela origem das palavras, o que, em si já traz o cerne da poesia.
Meu professor de inglês nos fazia traduzir e decorar poemas. E me fez ,assim, descobrir esse prazer.
E houve um professor de português que vibrava tanto com minhas redações que me fez acreditar em mim mesma nesse caminho.

Mas, além disso, eles me ensinaram algo ainda mais importante, gostar de aprender.

Acredito que a principal função da Educação é despertar o gosto pelo aprendizado.

Muito mais do que assimilar essa ou aquela matéria.

Porque aprender vira um hábito que nos acompanha para sempre.

Alice Ruiz é poeta, compositora, tradutora. Ministra oficinas de haikai no Brasil, desde 1990. Já publicou diversos livros e recebeu dois prêmios Jabutis por suas poesias em "Vice-Versos" e "Dois em Um". Como compositora, tem parcerias com artistas como Alzira Espíndola, Arnaldo Antunes, Chico César, Itamar Assumpção, Zeca Baleiro, Zélia Duncan, entre outros.

Contexto histórico de Olga

Por: Priscila Silva Paulino

Início de uma fase, e término de outra; o mundo entra em um novo período. Em 1929, a população mundial sofreu com a crise vinda da bolsa de Nova York, a economia de todo o planeta se desestruturou. Pessoas morreram de fome em muitos lugares (a nova era de sofrimento estava aberta), muitos imploravam ajuda, porém sem êxito. Diante da crise o mundo fecha as portas para quem precisa.
Acreditar, obedecer e combater1, frase usada para atrair o povo a favor do fascismo, ilusão que tapou os olhos do mundo perante a realidade de ações violentas e de repressão de diversos movimentos sociais. No poder de persuadir, não houve outros tão eficientes, o mundo se curvou perante seus discursos. Mussolini e Hitler taparam a boca do povo e foram soberanos. O mundo não via morte, arrogância e nem abuso de poder, apenas a felicidade por cima de um enorme manto que tapava toda a sujeira.

Brotados nos convictos corações alemães, a sede de vingança e o nacionalismo demasiado, funcionaram como imã para uma nova política abusiva. Acreditando na, superioridade da raça ariana2, o povo alemão afirmava sua dominância e repressão sobre outros povos, tais como: judeus. A política da superioridade alemã trouxe conseqüências absurdas para o país, invadiram escolas, igrejas e casas com o propósito de retirar do convívio com a sociedade os “não arianos”, ou seja, os judeus. Quando não morriam ao serem presos, eram levados a campos de concentração, torturados ou então levados a câmaras de gás onde morriam.

Em 1917, na Rússia, a grande mobilização urbana socialista foi a chave para a conquista de uma grande revolução no país. Na multidão que clamava imediatas melhorias políticas, sociais e econômicas ao país, havia operários, mulheres e pessoas de distintas classes sociais que se mobilizaram a participar deste movimento socialista revolucionário.

Inspirado nos soberanos líderes e ditadores Hitler (Alemanha) e Mussolini (Itália), Getúlio Vargas foi ditador e ademais excelente estrategista. Iniciou sua política no país com propósitos de mudanças políticas, sociais e legislativas. Vargas, no início de seu “império”, foi ponderado com relação a suas atitudes, levando a crer, ter pretendido como o bom estrategista que era evitar futuras manifestações populistas. Getúlio só não prosseguiu calado, quando percebeu que seu “reinado” estaria ameaçado, por partidos comunistas, a partir deste momento surge o ditador Vargas. Com uma nova política tomada conta do país, é extremamente proibida à criação de novos partidos, comunistas começam a serem caçados por militares, Vargas sufoca cada movimento que tente se manifestar sobre seu poder; O Ditador Dorneles adiante do Brasil.

1 Lema pedagógico de fascismo, de Benito Mussolini (1922 – 1924).
2 Doutrina nazista, de Adolf Hitler (1889 – 1945).
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Olga Benário era de uma família alemã e judia, de grande estabilidade financeira. Uma garota que viu sua família sorrir pela estabilidade financeira que obtinham e que os viu sofrer com a crise que de 1929, decorrente nos Estados Unidos, se alastrou pelo mundo atingindo economicamente a todos os países e a todas as classes sociais; como uma peste surgira, atacava em quem sua frente se punha.

Quando cresceu virou uma socialista ativa e aberta para o que lhe propusessem, seus pais não a apoiavam em suas atitudes, participava de manifestações populistas. Olga lutou a frente da Revolução Russa, no meio daqueles manifestantes em busca de igualdade, havia uma alemã aberta a ajudar o povo, de qualquer nação ou raça. Foi neste período que esta grande heroína tomou conhecimento de que no Brasil (um país que nunca conhecera), estava havendo também uma revolta contra o governo, ouve-se falar da coluna Prestes, a qual lhe desperta forte interesse. Perceptível pelas suas atitudes a favor de causas humanitárias, Olga era considerada grande aliada dos socialistas.

Havendo o tempo passado, Benário é chamada com uma nova missão, deveria cuidar para que retornasse seguro ao país de origem, Brasil, o comunista Luís Carlos Prestes; aquele que tivera ouvido falar durante a Revolução Russa, que organizou uma coluna que percorreu o país em oposição ao governo que atuava no país.
Na viagem de ida ao Brasil, Olga e Prestes engatam numa intensa história amor. Uma mulher com a missão de proteger o próprio amor.
Apaixonada, não somente pelo homem, mas também pela história de luta à igualdade e pela força de vontade que trazia com sigo. Percebendo-se que interesses de ambos partia de um mesmo princípio, Olga decide-se por lutar junto a frente comunista liderada por Prestes, esteve ao seu lado quando o partido lutou, perdendo ou vencendo, foi fiel até o último instante.

Depois de tentativas fracassadas de revolução, as quais pretendiam abalar o governo de Vargas, os comunistas foram presos um a um. Capturados e torturados como animais, não tinham a quem pedir auxílio e nem havia quem os ajudasse ou simplesmente os apoiasse.

Olga Benário foi presa no Rio de Janeiro com ordem direta de Getúlio Dorneles Vargas. Ficou presa durante um curto período no Brasil, fora descoberta que estava grávida e como um fiel cumpridor da lei, com quem lhe atacava Vargas a enviou de volta para a Alemanha nazista de Adolf Hitler para ter seu filho no mesmo território de cuja mãe era vinda. Olga reivindicou esta decisão do governo brasileiro, pois sabia que se voltasse para sua pátria seria morta, era uma judia no território hitlerista.

Não tinha o que se lamentar, agora o que restava era a esperança de que sua filha permanecesse viva, mesmo sendo filha de uma judia. O governo enviou seus homens à prisão onde, para evitar um conflito com as presas que ameaçavam armar uma rebelião, levaram Olga dizendo que a mesma necessitava de tratamentos médicos, por tal motivo precisava ir a um hospital e com intenção de não serem contrariados pelas presas, disseram-nas que uma delas poderia acompanhá-la. Como se esperava de Getúlio, Olga foi extraditada para a Alemanha, como resultado de uma estratégia de quem a melhor sabia fazer, Vargas.

Foi concedida a Olga, que poderia ficar com sua filha na prisão até que se cessasse seu leite. Olga mantinha contato com seu esposo por intermédio de cartas que lhe enviava, contava-lhe como era sua pequena Anita, seus primeiros passos e falava-lhe do amor que por ele sentia mesmo estando tão longe e tão perto ao mesmo tempo.

Como o dito foi o feito, a pequena Anita fora levada dos braços de sua mãe quando se cessou seu leite. A avó paterna e a tia da menina cuidaram dela. A menina crescia e agora perto de seu pai, porém era cada vez mais difícil ter sua mãe por perto.
Meses depois que sua filha partiu na prisão Olga recebeu uma carta de seu esposo e recebera junto um retrato de como era o rosto de sua bela menina, agora bem distante de si, mesmo na prisão Olga despertava entre as presas a esperança, que em muitas já havia adormecido, cria e pregava na existência de uma sociedade única e sem diferenças.

Alguns meses após o recebimento da carta, que lhe fizera tão bem, Olga escreve de volta, falando de seu amor intenso e interminável até a morte vir, despede-se da filha com imenso carinho de uma mãe que lutou pela vida até o último segundo que tivera força suficiente para fazê-lo.

Olga, a brasileira Maria Prestes, se recordava de tudo que viveu em sua vida num flash de segundos antes de completar-se sua sentença. Olga foi morta em uma câmara de gás; sua família só tomou conhecimento de sua morte anos depois, que sua carta chegara.
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Olga é um filme, cuja parte da história desta mulher fantástica é desvendada, mas infelizmente outra metade também importante, que o filme não relata, se mantém em absoluto silêncio.

Mulher de princípios, de garra, de humanidade, Olga Benário conseguiu ser amada, mas também odiada. Lutou por si e pelos outros, pelos que não podiam e pelos que necessitavam de ajuda, pelos que a procuravam e por quem simplesmente amasse.
A humanidade precisa de ouvir abertamente a realidade que a comporta, neste filme diversos destinos se entrelaçam na história de uma só mulher que lutou a favor de um único objetivo.

MCuiabá Vest aprova mais 19 alunos na segunda chamada da UFMTT-


O Cuiabá Vest amplia suas conquistas. Mais 19 alunos, do cursinho gratuito da prefeitura de Cuiabá, foram aprovados na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Os novos universitários ingressaram por meio da 2º chamada da instituição de ensino, divulgada em 25 de janeiro. O Cuiabá Vest é organizado pela Fundação Educacional de Cuiabá (Funec).

Com este resultado, o Cuiabá Vest soma 54 estudantes aprovados para UFMT em 2012. Entre os cursos de escolha dos alunos estão: Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Pedagogia, Letras, Nutrição, Enfermagem, Agronomia, Sistema de Informações e outros.

Para o diretor executivo da Funec, professor Mário Nadaf, o resultado alcançado é uma vitória para o Cuiabá Vest. “Atingimos nosso objetivo, o de incluir alunos da rede pública de ensino dentro do ensino superior público. Transformando o educando em cidadão consciente”, disse.



Universidades britânicas oferecem bolsas de PhD para brasileiros

Terra

As universidades de Birmingham e de Nottingham, que estão entre as melhores instituições de ensino superior do Reino Unido, elaboraram uma parceria com instituições brasileiras de ensino para oferecer 20 bolsas de PhD para estudantes do País. O programa terá início entre setembro e outubro de 2012 e terá uma validade máxima de dois anos.

De acordo com informações disponibilizadas pelas universidades, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) deve disponibilizar um auxílio em dinheiro para os brasileiros, além de passagem aérea. Maiores informações sobre o programa estarão disponíveis em breve no site da Capes.

Entre os requisitos do programa estão: ser residente no Brasil no momento da inscrição, não estar trabalhando ou estudando no exterior e possuir proficiência na língua inglesa. Além disso, é preciso propor um tema de pesquisa. As inscrições serão feitas no site da universidade escolhida ( Birmingham e Nottingham ). Também é necessário apresentar uma solicitação à Capes até março de 2012. A relação dos selecionados será divulgada em abril.


MT - Professora de Sinop lança livro em Brasília


O prefeito de Sinop, Juarez Costa, recebeu nesta quarta-feira (25), a professora de capoeira Renata Lucia Maluf e um grupo de alunos.

Renata lançou em dezembro de 2011, em Brasília, na Fundação palmares o livro “Capoeiral: uma abordagem pedagógica da capoeira”. A obra está com lançamento programado para a segunda semana de fevereiro em Cuiabá. “A idéia depois disso é lançar o livro aqui em Sinop”, conta a autora, instrutora de capoeira há 18 anos.

Renata destaca que atualmente em Sinop 210 alunos praticam o esporte, com a orientação de 12 professores em vários pontos da cidade. “Os horários são diferenciados, atendendo as necessidades dos grupos. Temos turmas pela manhã, tarde e noite”, explica. Um dos destaques de uma aluna sinopense foi a medalha de primeiro lugar em uma competição em São Paulo, que o grupo doou pra o prefeito. “Entendemos a importância da capoeira e desejamos que ela se estabeleça em todos os pontos do município. Com certeza a medalha terá um lugar especial”, declarou Juarez.

Renata adiantou que entre as atividades do calendário desse ano, nos dias 25 a 27 de maio será realizado um Festival de Capoeira com a participação do artista e capoeirista Ailton Carmo, ator principal do filme Besouro, lançado em 2009, que retrata a história de Manoel Henrique Pereira, um lendário capoeirista baiano conhecido como Besouro. Para os interessados em participar dos grupos de capoeira locais, Renata recomenda que entrem em contato com Cícero Maciel pelo número 99553432.



Fonte: Assessoria da Prefeitura

Projeto destina recursos de loterias para o Projovem

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2708/11, do Senado, que prevê o repasse de 2% do valor bruto arrecadado com concursos de prognósticos, sorteios e loterias federais, para o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem). Para regulamentar esse repasse, a proposta inclui dispositivo na Lei 11.692/08, que trata do programa.

Segundo a Caixa Econômica Federal, diversos programas do governo já são beneficiados com recursos arrecadados com sorteios e loterias. Em 2008, por exemplo, dos cerca de R$ 6 bilhões arrecadados em sorteios promovidos pela Caixa R$ 2,7 bilhões foram repassados para programas do governo federal. O Ministério do Esporte e os comitês Olímpico e Paraolímpico Brasileiros receberam R$ 241 milhões. Já para a Seguridade Social foram repassados R$ 960 milhões para garantir benefícios previdenciários aos cidadãos. E o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) foi beneficiado com R$ 401 milhões.

O Projovem é gerenciado pelo governo federal e destinado a jovens de 15 a 29 anos. O objetivo principal do programa é promover a reintegração dos jovens ao processo educacional, com foco na capacitação profissional e inserção no mercado de trabalho.

Tramitação

A proposta, que tramita em regime de prioridade e em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Reportagem – Jaciene Alves
Edição – Natalia Doederlein

Agência Câmara de Notícias

Programa escolar EduComunicação cresce 56% em MT


Da Assessoria/Seduc-MT


Mato Grosso ampliou a oferta do Programa EduComunicação em 56% para o ano de 2012. Mais 53 unidades escolares empregarão o rádio e jornais como aliados no processo de ensino-aprendizagem. No total, 146 escolas trabalharão com criação, produção, montagem e edição de programas para rádios, assim como confecção de informativos impressos. No ano passado, 93 escolas estaduais atuaram com o Educomunicação.

Por meio do Programa os estudantes ampliam o desenvolvimento da articulação oral, de redação, além de acentuar a capacidade de trabalho coletivo, conforme explica Marli Goveia, técnica da coordenadoria de Projetos Educativos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT).

“Os benefícios são inúmeros. Todos os estudantes podem participar, independente da faixa etária”, relata Marli. A inclusão de portadores de necessidades especiais também está garantida. “Temos uma estudante cega que auxilia na programação da rádio, na Escola Estadual Zélia Costa de Almeida”, diz. Lá, a estudante atua na criação, passando pela montagem, edição, manutenção e apresentação de programas da rádio ‘ZCA’.

Apoio Pedagógico

No total, 59 escolas encaminharam, em 2011, propostas pedagógicas para implantação do Projeto EduComunicação em 2012. Seguindo os critérios estabelecidos, todas as solicitações foram avaliadas e apenas seis terão que readequar-se à proposta para que sejam novamente avaliadas.

Garantir a estrutura adequada para o funcionamento da rádio é uma das exigências do Programa. É preciso que a escola tenha mesa de som, microfones, e outros itens necessários para o funcionamento da rádio. A contrapartida da Secretaria de Estado de Educação será a autorização de contratação de um profissional da área de Linguagens para coordenar as atividades. O acompanhamento pedagógico é feito bimestralmente, com envio de e-mail, fotos, assim como as cópias dos programas.








terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MT- Agendamento para Exame Supletivo retorna em fevereiro


A partir de 1º de fevereiro o agendamento para as provas do Supletivo Online será reaberto. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT) informa que as provas poderão ser feitas de 6 de fevereiro a 14 de março de 2012, conforme previsto em edital.

Em 2011 foram realizados 93.526 agendamentos e cerca de 80 mil pessoas se beneficiaram com a oferta do exame online. O sucesso foi significativo que a gerência de Exames Supletivos da Seduc, publicará edital para a segunda edição do programa, já no primeiro quadrimestre de 2012.

Segundo o responsável pelo gerenciamento do Exame, professor Antônio Marcos Passos de Mattos, alguns ajustes serão feitos para a segunda edição. Entre eles, a redução do período entre o agendamento e a realização das provas. “‘Percebemos que muitas pessoas marcavam as provas e, depois, esqueciam de ir realizar o exame”. Outro ponto que será modificado é quanto o tempo entre a realização da prova e um novo agendamento.

Outra novidade implantada será à realização das provas por Área de Conhecimento. Hoje os candidatos se inscrevem por disciplinas ou por Áreas de Conhecimento (Ciências da Natureza, Códigos e suas Tecnologias, Linguagem, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas, Códigos e suas Tecnologias). No novo sistema será inserido um ícone com a indagação se o candidato já foi submetido à avaliação para eliminação de disciplinas.

“Se for a primeira vez, será vetada a realização da prova por disciplina”, relata Mattos. O candidato terá que realizar o exame por Área de Conhecimento. Por exemplo, ele pode realizar a prova na área de Linguagens e eliminar, de uma única vez, as disciplinas de língua portuguesa, língua estrangeira, educação física e artes. No caso de realização por área de conhecimento o candidato deve responder a 30 questões e, no caso da prova por disciplina, 20. Nos dois casos o candidato precisar pontuar positivamente 50% das questões para ser aprovado.

Inclusão/Desafios

O Exame Supletivo Online serve também como ferramenta de inclusão digital. Em todos os laboratórios (instalados em 22 Centros de Educação de Jovens e Adultos) onde as provas foram realizadas havia um técnico. A Seduc disponibilizou máquinas com telas touch screen, sensível ao toque, permitindo ao usuário sem afinidade com manuseio de equipamentos eletrônicos a realização do exame. “O modelo atual (supletivo on line) é mais seguro para a certificação do conhecimento dos candidatos”, destaca Mattos.

Um dos desafios dessa nova metodologia é atingir a todos os interessados em fazer o Supletivo. Dadas as dimensões de Mato Grosso, os 22 laboratórios distribuídos nos municípios pólos se fazem insuficientes. A Seduc estuda a realização (mesmo que sazonal) de provas em alguns municípios para facilitar o acesso de quem reside no interior em cidades distantes dos Cejas. E ainda, para atendimento dos moradores de Alta Floresta (a 800 km ao Norte de Cuiabá) a Seduc estuda parceria com a prefeitura da cidade.



PATRÍCIA NEVES
Assessoria/Seduc-MT


MT- Casies divulga programação 2012 do Centro de Atendimento à pessoa Surda

O Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial de Mato Grosso (Casies) o qual integra o Centro de Formação dos Profissionais da Educação e Atendimento à Pessoa Surda (CAS), inicia no próximo dia 27 de janeiro a programação para 2012.

Durante quatro dias (27 a 30 de janeiro), das 8h às 12 horas e das 14h às 18 horas, realiza a rematrícula para os participantes dos cursos de Libra 2 e 3. No mesmo período abrirá matrículas para as novas turmas de alunos para o curso de Libras 1, encaminhados pelas escolas e famílias que tenham deficientes auditivos.

Para os novos estudantes (L1), a coordenação do Casies orienta a importância de trazer no ato da matrícula a apresentação do ofício encaminhado pelas escolas para preenchimento das vagas. No dia 31 de janeiro, a instituição disponibilizará as vagas remanescentes para os demais interessados. O curso começa em 13 de fevereiro.

Interpretação

Para os interessados em cursar interpretação, o Casies disponibiliza 40 vagas. As inscrições poderão ser feitas entre os dias 5 a 9 de março (início das aulas dia 19 do mesmo mês). Para essas vagas os candidatos terão que passar por entrevista onde será verificada a fluência na Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa, o domínio do alfabeto em Libras, e ainda, o domínio em Libras 1,2 e 3. Serão disponibilizadas turmas as terças e quintas-feiras, no período das 9h30 às 11h30 e das 15h às 17h. E ainda, uma turma aos sábados das 7h30 às 11h30.

Atesto

Para esse semestre estão previstas três datas para a realização da Prova de Atesto na Linguagem de Sinais. A primeira data será nos dias 23 e 24 de fevereiro (primeira e segunda etapa) Os interessados devem se inscrever entre os dias 1 a 16 de fevereiro. A segunda data dias 26 e 27 de julho, com inscrições abertas entre 2 a 13 de julho. E finalmente, a terceira e última prova do ano, dias 22 e 23 de novembro (inscrições entre 29 de outubro a 9 de novembro).

Para participar das provas os candidatos devem ter mais de 18 anos e fluência em Libras e Língua Portuguesa.

Cursos de Libras

Dentro da Programação do Casies 2012 constam ainda cursos de Libras para crianças surdas, Libras para Juvenis, Libras para o interior (intensivo anual) e, Libras intensivo para surdos.

Confira as datas abaixo:

Libras para Crianças Surdas - 2ª e 4ª feiras, das 13h30 às 15h30 (Inscrições durante todo o ano letivo). Os candidatos passam por processo avaliativo.


Libras para juvenis - 3ª e 5ª feiras, das 15h30 às 17h (Inscrições em Fevereiro, com início na primeira quinzena de março)


Libras para o Interior (Intensivo – Anual), inscrições de 5 a 9 de março. Início das aulas de 19 à 22 de março – período integral. Voltado para os profissionais da Educação (ouvinte)


Libras Intensivo para surdos – inscrições de 5 a 9 de março. Aulas de 19 à 22 de março, em período integral. Necessário estar matriculado no ensino regular e ter idade superior a 15 anos.



ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT


Estudantes trocam a pichação pelo grafite


O muro pichado do Colégio Estadual Professor José dos Reis Mendes, na periferia de Trindade, município goiano de 104 mil habitantes, a 18 quilômetros de Goiânia, virou espaço para a grafitação — grafitagem, na linguagem dos adeptos.

O projeto de arte, criado no ano passado, deu tão certo que a direção da escola já pensa em ampliá-lo para este ano letivo. A ideia é que o muro interno da instituição seja aproveitado como espaço de expressão artística dos 700 alunos do ensino fundamental e médio.

“O prédio da nossa escola é antigo e estava sujo”, conta a diretora, Wannessa Cardoso Silva. “Como os alunos pichavam o muro que cerca o quarteirão, aproveitamos a criatividade deles porque os mesmos alunos que picham também sabem desenhar.”

Carlos Henrique de Castro Mendes, 15 anos, participava da turma dos pichadores. “Era legal pichar; tinha adrenalina”, diz o estudante do primeiro ano. Ele costumava assinar as pichações sob o apelido de Caos. “E quanto mais alto e difícil, mais a gente ficava famoso.”

O projeto de arte, do Muralismo ao Grafite, fez Carlos Henrique refletir. No muro, ele desenhou a prisão de um pichador por um policial. “Isso quase aconteceu comigo”, revela. Hoje, ele e outros colegas pedem para grafitar em muros pela cidade. “É muito melhor; o grafite é um jeito de expressar”, diz o jovem, que aprendeu, com o projeto, um pouco sobre a história dessa arte.

Coordenadora do projeto, a professora de história Maria Aparecida Pereira Laura pesquisou sobre o movimento artístico. “O primeiro grafiteiro famoso foi o norte-americano Jean Michel Basquiat, um jovem negro, usuário de drogas”, explica. Basquiat deixava mensagens poéticas nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan, em Nova York. “Foi um movimento artístico de ruptura, de contracultura, que se destacou no processo de independência das Américas, principalmente do México”, continua a professora. “O muro era usado como espaço para a manifestação popular.”

Orgulho — Satisfeita com o resultado do projeto de artes, a diretora adianta que o novo visual do colégio ganhou elogios da comunidade e até fez aumentar o pedido de vagas para novos alunos. “O clima é outro na nossa escola depois desse trabalho do grafite” assegura Wannessa. “Os alunos mudaram o comportamento e agora chamam os pais para visitar a escola e ver o muro pintado, estão mais interessados nos estudos e se conscientizaram de que a escola é um espaço público, que também pertence a eles.”

Para dar continuidade ao projeto, a diretora propõe que se pinte também o muro interno. Ela pretende envolver, agora, os professores de biologia. “Todas as ruas do bairro têm nomes de flores, como gardênia e amor-perfeito, e plantas, como vitória-régia; por que não pintá-las pela escola, com os nomes científicos?”, sugere.

A professora Maria Aparecida, que coordenou o projeto, pensa em algo ainda maior. Em suas pesquisas, ela descobriu como a cultura de rua é valorizada por escolas públicas da Argentina. A partir daí, pensa em aproveitar o laboratório de informática para conectar os estudantes. “Os alunos vão poder aprender sobre arte, a falar espanhol e também a fazer uso da informática.”

Origem — A palavra grafite tem origem na língua italiana (graffiti, plural de graffito). O nome era utilizado, desde o império romano, para as inscrições feitas em paredes. Atualmente, o grafite é traduzido como inscrição caligrafada ou desenho pintado sobre um suporte não convencional, como os muros das cidades. Por isso mesmo, por muito tempo, foi visto como contravenção. Agora, é considerado expressão artística urbana. Ou seja, o artista usa espaços públicos para criar.

Grafite não é pichação, embora muitos grafiteiros respeitáveis, como Os Gêmeos — os paulistas Otávio e Gustavo Pandolfo —, admitam ter começado como pichadores. A prática do grafite espalhou-se a partir do movimento de contracultura de maio de 1968, quando os muros de Paris eram o suporte para inscrições de caráter poético-político. No século atual, o grafite é arte exposta até em museus.


MTAo contrário da Saúde, Educação tem repasses em dia, frisa Ságuas-


Gabriela Galvão


Ao contrário da secretaria estadual de Saúde, que está com repasses financeiros atrasados em até 90 dias, o secretário estadual de Educação, Ságuas Moraes (PT), afirma que a pasta está com todos os pagamentos de fornecedores e empreiteiras em dia, pois só firma convênios com dinheiro em caixa. Ságuas admite, contudo, que devido a transição do orçamento, alguns repasses pontuais tiveram um atraso de cerca de 30 dias.

O pagamento atrasado diz respeito à medição de obras de reforma em escolas, cuja ordem de pagamento chegou ao governo no dia 20 de dezembro. “Esse é o único repasse atrasado da Seduc e que será pago esta semana. Nós sempre tomamos o cuidado de empenhar e licitar apenas o que tem recurso. Esse atrasou pelo intervalo entre o fechamento e abertura do orçamento”, declarou em entrevista ao RDTV na manhã desta terça (24).

Em relação às obras nas escolas, Ságuas afirma que 90% das unidades de ensino são novas ou já foram reformadas e a reivindicação agora é climatização. Segundo ele, estão sendo licitados 330 pontos de transformação, 100 escolas já são climatizadas e outras 70 serão nos próximos dias. A intenção é aumentar o convênio com o governo federal e climatizar pelo menos 90% das 725 escolas do Estado ainda neste ano.

Quanto ao "arrocho" nos gastos do governo, determinado por Silval Barbosa (PMDB), Ságuas acredita que só dará para ter noção do impacto ao longo do ano, mas ressalta que se as secretarias que não possuem orçamento vinculado, como a Seduc e a Saúde, conseguirem economizar, as outras não serão afetadas.

Poconé quer campus do Instituto Federal de MT

Redação 24 Horas News


Transformar o polo do Instituto Federal Mato-Grossense (IFMT) de Poconé em um campus. Este foi o pedido feito pelo prefeito de Poconé, Tico de Arlindo, acompanhado da secretária de Educação do município, Nilvanda Guizoni, ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD).

“O motivo desse nosso pedido é devido a grande demanda em Poconé, já que o polo já funciona em uma área ampla, com boa estrutura oferecida, que comporta a instalação de um campus, para melhor aproveitamento por parte dos estudantes da nossa cidade e regiões vizinhas”, afirmou o prefeito.

Na oportunidade, o deputado Riva destacou que a luta é justa, pois investir na educação é um dos fatores de redução das desigualdades regionais e sociais. “O IFMT preenche uma lacuna. Os cursos podem explorar a vocação econômica”, declarou Riva, adiantando que vai encaminhar expediente ao secretário de Ciência e Tecnologia, Eliene Lima e ao reitor do IFMT, professor José Bispo Barbosa.

2012 – O deputado José Riva disse que vai lutar por mais investimentos na área de infraestrutura urbana de Poconé, principalmente, de pavimentação asfáltica, uma das grandes carências do município. O asfalto no trecho que dá acesso ao estádio Neco Falcão é outra prioridade. “Temos uma dívida com o município e tenho esse compromisso”, concluiu Riva.

Mestrado em Direito Ambiental da UFMT abre edital para preenchimento de vagas remanescentes

Redação 24 Horas News


Serão abertas, entre os dias 30 de janeiro e 17 de fevereiro, as inscrições para o preenchimento de dez vagas remanescentes do Programa de Pós-Graduação em Direito Agroambiental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

O Mestrado está vinculado à Faculdade de Direito da UFMT e tem como objetivo formar profissionais capacitados para atuarem na investigação, pesquisa e ensino do Direito Agroambiental. Com duração máxima de 24 meses, o curso é oferecido exclusivamente para candidatos com curso de graduação na área das Ciências Jurídicas.

Na programação didática estão previstas aulas teóricas e práticas, seminários, desenvolvimento de pesquisa, elaboração de relatórios, exame de qualificação, elaboração e defesa de dissertação. Aos candidatos beneficiados com bolsas de estudos é exigida a dedicação exclusiva ao curso.

Para fazer a inscrição os interessados devem apresentar o formulário e os documentos solicitados no edital, juntamente com o comprovante de pagamento da taxa de inscrição (R$ 100,00) na sala da Secretaria do Programa, na Faculdade de Direito.

MT- Alunos do Cuiabá Vest aprovados pelo Sisu se reúnem para confraternização

Redação 24 Horas News

Os mais de 60 alunos do Cuiabá Vest aprovados na UFMT e IFMT se reunirão, nesta sexta-feira (27-01), para comemorar as aprovações nos vestibulares das melhores instituições de Ensino Superior de Mato Grosso. O encontro será às 8h, na sede da Fundação Educacional de Cuiabá (Funec), localizada na Rua Pedro Celestino, nº 26 - 1º andar – Centro.

Conforme o diretor Executivo da Funec, Mário Nadaf, o resultado alcançado pelos alunos, além de muito positivo, é digno de comemoração: “Este resultado deve ser comemorado e divulgado, pois estamos falando do melhor número de aprovados nos últimos cinco anos no Cuiabá Vest”, declara.

Cuiabá Vest

A Funec é a instituição da Prefeitura responsável pelo Cuiabá Vest. O curso gratuito é uma complementação escolar, que visa preparar alunos da rede pública de ensino, que já concluíram ou ainda estão cursando o ensino médio, para o ingresso no ensino superior.

Em 2011, o Cuiabá Vest atendeu a 2.700 alunos, distribuídos em 12 polos de ensino, sendo: Centro I, Centro II, Centro III, Centro IV, Pedra 90, Santa Izabel, Tijucal, Coxipó, Jardim Paulista, 1º de Março, CPA, Pedregal.

Para 2012, o processo seletivo do Cuiabá Vest está previsto

Em tom de agradecimento, Fernando Haddad se despede do MEC

Terra

Fernando Haddad fez um discurso em tom de agradecimento nesta terça-feira no Palácio do Planalto. Ele deixa o comando da pasta para se dedicar à corrida eleitoral pela prefeitura de São Paulo. Haddad contou com a presença do seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que retorna ao Planalto pela segunda vez desde que deixou a Presidência.

"Presidenta, eu lhe agradeço a confiança e por iniciar meus trabalhos na educação sob o comando de um metalúrgico, e digo isso como um professor universitário", disse o ministro voltando-se para Dilma e referindo-se a Lula.

"É um dia de agradecimento por tudo que eu minha equipe recebemos dos governos aqui representados e por parte da sociedade", disse o ministro. Haddad fez um agradecimento público e formal ao Congresso Nacional, inclusive aos parlamentares de oposição que, na avaliação do ministro, ajudaram a aprovar matérias importantes.

Haddad citou os programas do governo na área educacional como "importante legado" do governo. Para ele, o Brasil vem trilhando um caminho de desenvolvimento e que a continuidade dos projetos pode erradicar a pobreza do País. "Vivemos uma década auspiciosa e, sob teu comando presidenta Dilma, teremos uma década ainda melhor. Se tiver pulso, vamos erradicar a pobreza", disse o ministro avaliando que o governo precisa "garantir a todos os brasileiros um direito a um passo a mais na educação".

Haddad finalizou o discurso fazendo afagos ao seu sucessor na pasta, o atual ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que segundo ele é "uma pessoa da mais qualidade técnica e competência política para levar a frente essa revolução silenciosa".

MT- Assessoria Pedagógica da SME promove mudanças e projetos para 2012

Redação 24 Horas News


As atividades para o ano letivo de 2012 já se iniciaram para os assessores pedagógicos da Secretaria Municipal de Educação. Os educadores, que se reuniram na segunda-feira na Faculdade FEICS, se organizam para colocar em prática o planejamento previsto para este ano.

Durante a Semana pedagógica, que acontecerá entre os dias 26 e 03 de fevereiro, diretores e gestores de escolas e creches do município, envolvendo também a Educação de Jovens e Adultos (EJA), se reunirão para tomarem conhecimento e entenderem todo o planejamento previsto dentro da educação pública municipal em 2012.

Neste primeiro momento foi ressaltada a importância de abordar e intensificar os estudos, concepções, reflexões e conhecimentos pedagógicos, compreendendo as diretrizes para a educação básica, tendo como foco principal a aprendizagem em sala de aula.

“Nós precisamos ter condições de fazer o apoio técnico pedagógico de forma segura.”, destaca a diretora de Ensino da Secretaria Municipal de Educação, Elenir Honório do Amaral.

A equipe da assessoria pedagógica pretende ainda aprimorar as ações estratégicas já existentes e implementar novos projetos, tais como a execução do Programa de Avaliação Institucional – termo de cooperação técnica com a UNESCO; e a execução de um projeto voltado para os jogos escolares.

O diretor geral de Gestão Educacional, Gilberto Fraga de Melo, explica que é preciso investir e continuar lutando pela qualidade da educação pública municipal. “Lutamos para garantir o acesso a todos, a escola para todos. Precisamos continuar o nosso trabalho, pensando não só no quantitativo, mas também no qualitativo”.

A principal mudança, dentro da assessoria pedagógica, para o ano de 2012 diz respeito a dois novos aspectos que se criam, dando origem a uma nova divisão: O primeiro foco será na Gestão da Prática do Ensino, tendo como base a implementação política educacional da Rede Municipal de Cuiabá, e do projeto político pedagógico por meio dos planejamentos e execuções dos planos de ensino, do monitoramento e desenvolvimento acadêmico da formação continuada.

Já o segundo foco a ser trabalhado pelos assessores é a Gestão Administrativo-Gerencial, que consiste no planejamento e execução dos regimentos e dispositivos normativos institucionais, do PDE, da gestão dos recursos financeiros, de pessoas e da mediação de conflitos internos, além da relação escola/comunidade externa.

Com estas modificações, “a assessoria deixa de ser de um único assessor e passa a ser de uma equipe.”, finaliza Elenir Honório do Amaral.

MT- Seduc promove hoje (24.01) videoconferência especial com tema Currículo

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) realizará nesta terça-feira (24.01) uma edição especial da série “Diálogo entre os Educadores”, iniciada em 2011. A videoconferência ocorrerá às 15h no estúdio da Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia (Secitec), em Cuiabá, que é utilizado nas aulas do programa MT Preparatório.

O diálogo desta segunda-feira terá como convidada a professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Suely Dulce de Castilho. Ela falará a diretores, assessores pedagógicos, diretores de Centros de Formação e Atualização de Profissionais do Ensino (Cefapros) e coordenadores pedagógicos, sobre o tema: Currículo e Diversidade Cultural.

Conforme a superintendente de Educação Básica da Seduc, Aidê Fátima de Campos, a participação de Suely, doutora em currículo com ênfase nas relações raciais, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), será a primeira de diversos encontros que terão a participação de educadores de outras instituições.

“No ano passado realizamos nove diálogos entre educadores, mas apenas com a presença de profissionais da Seduc. Em 2012, os setores da Secretaria que ainda não participaram da atividade serão chamados e ainda convidaremos profissionais externos”, disse.

Aidê de Campos destaca que o Diálogo entre Educadores tem como objetivo aproximar a Seduc das Escolas Estaduais. “Por meio da videoconferência podemos trocar experiências, tirar dúvidas e fazermos a interação em tempo real entre o órgão central (Seduc) e os profissionais que estão nas Escolas. Nessas ocasiões discutimos questões como normas e diretrizes da Educação no Estado, orientações curriculares”, entre outros.

Além de Suely Castilho participarão da videoconferência, a assessora Especial da Seduc, professora Rosa Neide Sandes de Almeida, a própria superintende Aidê de Campos e a técnica da Coordenadoria de Ensino Médio da Seduc, Dariluce Gomes.


VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT

ONG quer cota racial no Ciência Sem Fronteiras


Para Educafro, governo 'está excluindo brancos pobres, negros e indígenas' do programa que concede bolsas no exterior

Carlos Lordelo, do Estadão.edu


A ONG Educafro cobra do governo federal a adoção imediata de cotas raciais no Ciência sem Fronteiras. O programa pretende enviar 101 mil alunos brasileiros para uma temporada de estudos no exterior.

A própria presidente Dilma Rousseff anunciou em julho que o mérito não seria a única prerrogativa para a concessão das bolsas. Durante evento no Palácio do Planalto, ela disse que parte das vagas seria preenchida de acordo com questões étnicas e de gênero. "A partir desse primeiro critério, de mérito, teremos de aplicar outros critérios que podem contemplar toda a questão relativa a gênero, à questão étnica", afirmou a presidente.

Mas, segundo o presidente da Educafro, frei David Raimundo dos Santos, a promessa não está sendo cumprida. "Menos de 1% dos primeiros estudantes beneficiados pelo programa é afrodescendente e dificilmente, pobre", diz. Os 630 universitários que compõem a primeira leva de intercambistas selecionados pelo Ciência sem Fronteiras está embarcando neste mês para os Estados Unidos.

"Esta é uma política nova com velhos vícios porque privilegia o branco rico, que desde criança fez curso de inglês porque a mãe podia pagar. E o nosso povão, que quer ter esse direito, tem capacidade, é excluído", reclama frei David.

A Educafro quer cotas de acordo com a distribuição populacional brasileira constatada no Censo 2010: 7,61% de vagas para negros e 0,43% para indígenas.

O Ciência sem Fronteiras foi criado por decreto em dezembro. A definição dos critérios de seleção, das áreas a serem financiadas e do valor das bolsas está a cargo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgãos ligados aos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, respectivamente.

Até março devem ser nomeados os membros do Comitê de Acompanhamento e Assessoramento do programa, que terá como uma das tarefas propor ações para o "bom desenvolvimento" do Ciência sem Fronteiras.

Segundo o CNPq, a discussão sobre cotas não está descartada e deve ser analisada pelo comitê. A Capes não respondeu aos pedidos de entrevista da reportagem. E o MEC informou, por meio de sua Assessoria de Imprensa, que o frei David poderá apresentar sua demanda ao comitê quando este começar a se reunir.



Mercadante assume MEC e muda cúpula


Novo ministro da Educação deve indicar novo presidente do Inep e de outros 3 cargos-chave


Rafael Moraes Moura, de O Estado de S. Paulo


BRASÍLIA - Apesar da mobilização de servidores pela sua permanência, a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Malvina Tuttman, deve deixar o cargo com a posse, nesta terça-feira, 24, do novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O Inep é a autarquia do Ministério da Educação (MEC) que cuida do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).


Dida Sampaio/AE - 22/12/2011Mercadante (à esq.), que assume o MEC no lugar de Haddad (dir.): nova equipeO MEC deve passar por outras mudanças, com as saídas dos secretários Eliezer Pacheco (Educação Profissional e Tecnológica), Maria do Pilar (Educação Básica) e Carlos Augusto Abicalil (Articulação com os Sistemas de Ensino). Os substitutos ficarão a critério de Mercadante.

O secretário da Educação Superior, Luiz Cláudio Costa, continua na equipe, mas deve ser remanejado. Segundo o Estado apurou, o nome dele é cotado para assumir a presidência do Inep - que teve três presidentes nos últimos três anos.

Na sexta-feira passada, a Associação de Servidores do Inep entregou a um assessor de Mercadante uma carta em que “manifesta sua preocupação com a possibilidade de mais uma substituição da alta gestão comprometer a continuidade de todo o processo de oxigenação, reestruturação, fortalecimento e aprimoramento científico e metodológico das atividades do órgão”.

Pesa contra Malvina o fato de não ser ligada politicamente ao PT. Uma hipotética substituição de Malvina por Luiz Cláudio Costa, cujo nome encontra resistência dentro do Inep, é vista mais como uma questão política.

Para os servidores, Malvina é um nome técnico que defendeu o instituto, tendo feito cobranças ao consórcio Cespe/Cesgranrio quanto à aplicação de provas, como o Enem.

No entanto, o ministro Fernando Haddad (Educação) não teria se empenhado em garantir a permanência da presidente no cargo, ao contrário, por exemplo, do que fez pela manutenção do diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, José Carlos de Freitas.

Desafios. Para especialistas, ajustar a logística do Enem, melhorar a formação de professores e reduzir o gargalo do ensino médio são os principais desafios lançados ao novo ministro da Educação. Conforme o Estado antecipou no mês passado, a presidente Dilma Rousseff pediu em conversas reservadas que Mercadante se dedicasse a dois assuntos: solucionar os problemas do Enem e colocar de pé o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Para os educadores, no entanto, será preciso um olhar mais abrangente às deficiências no sistema de ensino brasileiro.

A sucessão de falhas envolvendo o Enem, que acabou de ter cancelada a edição programada para abril, é vista como o calcanhar de Aquiles da administração Haddad. “O Enem foi uma grande ideia má executada até agora, realizada com pressa”, avalia o coordenador da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, Daniel Cara.

Para a diretora executiva do Todos Pela Educação, Priscila Fonseca da Cruz, Mercadante “terá de resolver o Enem” e evitar a repetição de erros que, embora pontuais, atingem milhares de estudantes. Além disso, uma das grandes batalhas será garantir que os cursos de pedagogia e as licenciaturas ofereçam a ferramenta necessária para o professor atuar em sala de aula.

“Os professores em grande medida têm uma formação muito ruim no País, o que explica o fato de os alunos não aprenderem nas escolas”, comenta.

A opinião é compartilhada pela educadora Maria Helena Guimarães, ex-presidente do Inep e ex-secretária estadual de Educação de São Paulo. “O MEC até aumentou a oferta de matrículas, mas não é esse o problema, e sim o currículo. Os cursos de formação estão descolados daquilo de que as escolas precisam.”

Maria Helena critica a situação do ensino médio - apenas 28,9% dos estudantes chegam ao 3.º ano acima do nível considerado adequado em língua portuguesa e 11% em matemática. “Não faz sentido um mesmo ensino médio para um aluno que quer fazer pedagogia e para outro que pretende cursar engenharia”, diz.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, diz que o MEC deve ser mais atuante. “Em questões como o piso salarial nacional, o governo deve ser mais incisivo na cobrança dessa lei por parte de Estados e municípios.”



Analfabetismo funcional das Políticas Públicas 2

Em nosso País ainda estamos naquela em que “m” é jogada in natura nos rios e o cidadão leva o cachorro para defecar no espaço público. É também classificação para o custo do superfaturamento, da corrupção, da política desonesta e da falta de visão ....

HONEIA VAZ

No Marrocos, um óleo muito apreciado para a culinária, medicinalmente e para formular cosméticos, é obtido a partir das fezes de cabras alimentadas com determinado fruto (similar à oliva). Weasel coffee é o café feito com grãos defecados por doninhas vietnamitas.

O Kopi Luwak é processado da mesma forma por um mamífero da Indonésia (civeta) e é divulgado como o café mais caro do mundo – cerca de R$1.500 o quilo em São Paulo ou US$ 500 em algum país do mundo. É considerado delicioso pelos fãs (sabor de chocolate com suco de uvas), mas seu alto valor no mercado é decorrente, justamente, do fato de sua produção estar limitada a 230 quilos ano.

Diferente dos quadros de muitas dificuldades dos pequenos em relação a grandes agricultores em várias atividades, o produto é a prova de que é possível concorrer atendendo a públicos e nichos específicos, com selo, marketing e distribuição igualmente neste contexto, possibilitando inserção continuada no cenário econômico, e equiparação de retorno financeiro proporcional a de grandes indústrias.

Um exemplo está na história de 164 famílias de pequenos cafeicultores da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região (COOPFAM/Minas Gerais), que trabalha o sistema de “agricultura orgânica, solidária e agro-ecológica”. Eles possuem 7 hectares em média cada, e juntos destinam cerca de 200 hectares ao cultivo do café orgânico. Desde 2002 são certificados BCS ÖKO – GARANTIE (Alemanha) e selados no chamado “comércio justo” (Fair Trade) pela Fair Trade Labelling Organisation International, exportando toda a produção para os EUA, Dinamarca, Itália e Inglaterra.

No total, somando orgânico e convencional sem produtos químicos, são hoje em torno de 250 produtores. Na primeira classificação de produção há mais burocracia, mas o valor de venda dá maiores margens de lucro. A segunda opção também é rentável, mas em menor percentual – para ambos, estima-se que o mercado cresce a percentuais de no mínimo 20% ao ano (contra 2% em média para os convencionais), contando com países em que a população consumidora nesta categoria atesta a compra atrelada a mais saúde humana e ambiental por causa da ausência de produtos químicos.

Além de possibilitar competitividade no grande mercado, o modelo é exemplar em termos de distribuição de renda para as famílias e sustentabilidade (lucro - promoção das pessoas - preservação do meio ambiente), tendo como base a organização cooperada (não necessariamente como cooperativa, mas adequada à formação de certa escala e padrão uniforme de produção para o nicho a que se dirige).

Mas, se grandes produtores em casos como este não fazem frente a estas pequenas e especiais produções para consumidores muito certos de sua preferência, de outro lado o futuro de muitas famílias em projetos quaisquer neste modelo se torna incerto por causa de desafios macros de: logística – muitas vezes falta simples ligação de estradas, pontes ou modal de transporte do campo à cooperativa; enchentes; desorganização para compra coletiva de adubos, insumos, e alguns equipamentos; diversificação da produção para sustentação ao longo do ano; desconhecimento da população brasileira para aumento desta produção e venda também internamente, entre outros, quase que em sua totalidade de âmbito de governo, seja em suas várias alçadas ou dos seus tantos parceiros na resolução de problemas que podem tirar a chance de grupos de pessoas de se autosustentar, e até gerar emprego a outros trabalhadores, e os leva para cadastros no estilo Bolsa Família.

Literalmente voltando à merda, o início desta conversa, a questão não é diferente, mostrando o quando falta ao Brasil cultura de planejamento e seu devido desdobramento em políticas públicas e projetos em geral melhor elaborados para custo-benefício amplo. Enquanto debatemos as conseqüências dos pelo menos 2/3 do esgoto brasileiro sem tratamento (e assim despejados no meio ambiente), e o elevado índice de falta de saneamento básico, no mundo todo cocô é parte de uma economia forte.

Em parte da zona rural da China os vasos sanitários (privadas) são conectados a biodigestores que produzem gás para os fogões, e outra parte da energia vem das fezes animais, casos similares são encontrados no Nepal (no Brasil há exemplos com fezes de animais, mas em número bem menor do que a quantidade de matéria-prima disponível. Contudo existem alguns projetos em variados graus de estudos e aplicação). Adubo nos EUA e Reino Unido também é do lodo do esgoto, gerando a uma única empresa que vende este resíduo a plantadores cerca de US$ 320 milhões/ano.

As técnicas de tratamento do esgoto para fertilizar plantações são bem conhecidas e, atestam especialistas, segura para o meio ambiente na quantidade certa (leia-se a mesma definição para uso de lixo em compostagem – adubo). A energia produzida do cocô animal é reconhecidamente de qualidade, sendo os desafios a escala de produção e tecnologia.

Quer dizer que planos mais avançados em termos bioenergia, tendo na matriz o biogás, além do etanol, biodiesel e biomassa, são mesmo e sem dúvida, estratégicos. E podem perfeitamente estar paralelos aos índices da estimada superpopulação do mundo, com a previsão de grande produção de alimentos (se você come, logo...), e os crescentes custos que, consequentemente, os esgotos e estações de tratamento (e tudo o que se referir a serviços básicos públicos para esta crescente comunidade mundial) impactarão.

Sem contar o velho dilema: produção de alimento para o mundo ou de grão para biodiesel (será que finalmente encontramos uma resposta ao paradoxo?).

Sinceramente, é meio risível e nada maravilhosa ou atraente a ideia de trabalhar com fezes, estatística e economicamente falando. Mas não é engraçado e nem melhor ler os números do saneamento no Brasil (e como direcionamos o cocô - humano e animal). E muito menos perceber que, enquanto falamos de futuros índices de canalização e tratamento de esgoto em todo o território nacional, há muito tempo outras comunidades economizam gastos e lucram com esta merda toda.

Em nosso País ainda estamos naquela em que “merda” é jogada in natura nos rios e o cidadão leva o cachorro para defecar no espaço público. É também classificação para o custo do superfaturamento, da corrupção, da política partidária desonesta e da falta de visão, e para do fato das metas estarem sempre atrasadas, não somente face à precisão do povo, mas em relação ao que existe de inovador e sustentável, mesmo que básico - afinal, as doenças relacionadas à falta de saneamento e à contaminação das águas estão entre as que mais elevam os gastos com saúde pública.

(*) HONÉIA VAZ é jornalista em Cuiabá-MT e colaboradora do Hipernotícias.

MGoverno começa demissão de 1,8 mil terceirizados e comissionadosT-

Executivo estadual já mandou embora 184 dos 800 contratados de empresas, mas todos serão demitidos, juntos com cerca de mil que são nomeados pelo governador a pedido de políticos


HÉRICA TEIXEIRA

Mayke Toscano/Hipernoticias


O secretário de Administração, César Zílio, negou que o Governo esteja em crise


O Governo de Mato Grosso vai demitir todos os 800 funcionários terceirizados e cerca de mil comissionados. Na primeira etapa, que começou na semana passada, sairam 184 contratados de empresas que prestam serviços. Até final de março, o Executivo manda embora os outros 616.

No total, o Estado empregava 800 trabalhadores terceirizados de cinco empresas. Os atuais funcionários desempenham funções em todas as secretarias do Governo e em diversas áreas. O governo tem, por enquanto, 2 mil nomeados, a maioria indicada por políticos da base aliada.

Segundo informações da Secretaria de Administração (SAD), possivelmente o número de comissionados demitidos não chegue a mil. As análises ainda estão sendo feitas.

Segundo o secretário de Administração, César Zilio, a determinação em demitir terceirizados e comissionados partiu do governador Silval Barbosa e o motivo é para equilibrar gastos com a máquina pública.

O secretário argumentou motivos para os cortes. “As demissões são plano de equilíbrio das finanças públicas. Todos os servidores contratados para cargos temporários e serviços terceirizados serão demitidos. No caso dos comissionados, o número talvez não chegue aos mil”, informou.

Zílio reiterou ainda que cortes são necessários porque as despesas do governo de Mato Grosso têm que ser bem aplicadas e negou que Silval Barbosa esteja em momento de dificuldades em seu governo.

“Não há crise, o governo está tomando medidas de contenção de gastos. Todas as atitudes estão dentro da seguridade jurídica, financeira e orçamentária”, defendeu Zílio.

OUTRO LADO

O diretor da Simetrya Tecnologia da Informação, Sandro Brandão, disse que ainda não foi informado oficialmente sobre desligamentos de funcionários que trabalham nas secretarias do Estado.

Brandão disse que a empresa disponibiliza 35 analistas que atuam na área de Tecnologia da Informação (TI). Todos os funcionários atuam na Secretaria de Fazenda (Sefaz) e data de contratos vencem em abril.

“Ainda não fomos informados de nada. Os funcionários desempenham funções importantes na secretaria, operacionalmente é complicado desligar todo mundo (terceirizados), como vão arcar com isso? Os serviços são especializados e requerem conhecimento”, declarou o diretor da Simetrya, uma das cinco terceirizadas que atendem ao Estado.

A outra terceirizada, Ábaco Tecnologia de Informação LTDA, cujo o proprietário é o vice-presidente da Fiemt (Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso), Jandir Milan, foi procurada pela reportagem insistentemente, mas até o fechamento da matéria (final da tarde se sexta-feira (20) não retornou às ligações.

As demais empresas que prestam serviços para o Governo não tiveram seus nomes ou razões sociais informados pelo Estado.


MT- Governo do Estado anuncia que até junho 859 aprovados em concurso público serão nomeados

Concurso foi realizado em 2009, mas em 2010 candidatos tiveram que repetir exame; 8.952 candidatos aprovados tomaram posse, faltam 859 do total de 10.086 vagas disponibilizadas

HÉRICA TEIXEIRA

Mayke Toscano/Hipernoticias


O secretário de Administração César Zílio confimou que aprovados serão chamados, mas não pontuou a data que nomeações vão acontecer


A Secretaria de Administração (Sad) garantiu que até junho de 2012 todos os 859 aprovados no concurso do Estado realizado em 2009 serão nomeados. A informação foi divulgada depois que o HiperNoticias publicou que o governador Silval Barbosa (PMDB) havia determinado a demissão de 100% dos terceirizados e 50% dos funcionários que atuam em cargos comissionados.

Os candidatos que vão assumir as vagas deixadas pelos funcionários terceirizados são os aprovados no último concurso público realizado em 2009, na qual foram ofertadas 10.086 vagas, mas quase dois anos após a realização das provas, 8.952 aprovados tomaram posse, faltam ainda 859.

No mesmo concurso um total de 9.811 conseguiram alcançar a nota mínima para serem nomeados. Os candidatos que fizeram pontuação inferior estão no rol dos classificados. Foram disponibilizadas 34 cargos, destes, três não tiveram nenhuma nomeação. É o caso do cargo para gestor, delegado de polícia, e analista administrativo de defesa agropecuária florestal.

O secretário de Administração do Estado, César Zílio, disse que demissões são necessárias para equilibrar as contas do Estado e que cortes foi determinação do governador de Mato Grosso. Mas de qualquer forma o Governo vai gastar para nomear os aprovados no concurso.

Zílio afirmou que os aprovados serão nomeados, mas não citou data exata de quando as nomeações vão acontecer. “As demissões são plano de equilíbrio das finanças públicas. Todos os servidores contratados para cargos temporários e serviços terceirizados serão demitidos. No caso dos comissionados, o número talvez não chegue aos mil. Os aprovados no concurso serão chamados para ocupar vagas deixadas pelos terceirizados”, argumentou.

Na semana passada 184 contratados por meio de empresas terceirizadas foram mandados embora, ainda restam 616. A meta do Governo é que até final de março todos os servidores (terceirizados) tenham deixado o quadro de funcionários do setor público. No total o Estado empregava 800 funcionários, divididos em todas as secretarias e em diferenciadas áreas de atuação.

Em relação aos cargos comissionados, o Estado tem hoje 2 mil nomeados, segundo assegurou a Secretaria de Administração(Sad). Este número pode reduzir a 50%, ou seja, metade podem deixar cargos e funções. A maioria dos comissionados são indicações de políticos da base aliada.

SINDICATO

O diretor da Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antônio Wagner de Oliveira, disse que demissões é apenas o princípio do que pode vir a acontecer. O diretor defendeu as demissões e disse que um funcionários concursado sai mais em conta para os cofres públicos, se comparado com um funcionário terceirizado.

“Ao que tudo indica o Governo vai nomear os candidatos aprovados no último concurso. Começar a chamar os candidatos vemos isso com bons olhos, mas isso ainda não é certo. Estamos buscando informações”, ressaltou Oliveira.

Wagner de Oliveira criticou nomeação apenas dos aprovados e disse que classificados também devem ser chamados diante das disponibilizações de vagas. O argumento do diretor da CGTB é que o gasto para a realização de um concurso público é muito alto.

“O Estado já teve que repetir o exame, já que da primeira vez teve um problema (erro na distribuição das provas). Se o Governador não aproveitar todas os candidatos disponíveis é um desperdício do dinheiro público”, declarou.

Wagner disse em junho desta ano vence o prazo do concurso, que é de dois anos. A administração pública tem a chance de prorrogar ou não por mais dois anos a validade do concurso.

A primeira prova realizada para provimento da 10.086 vagas foi realizada em novembro de 2009. Vários municípios do Estado sediaram a realização dos exames. Com os erros na distribuição das provas, a nova data de aplicação foi 31 de janeiro e 21 de fevereiro de 2010, desta vez separadamente para os níveis médio e superior.

NÚMEROS

Aprovados Nomeados: 8.952
Restam a ser nomeados: 859
Total de vagas ofertadas: 10.086
Total de candidatos aprovados: 9811 (dentro da nota mínima necessária para a aprovação. Abaixo desta nota, os candidatos ficaram classificados)

Com apoio de Salvatti, Abicalil deve ir para a Casa Civil, revela Ságuas


Gabriela Galvão


A saída do ministro Fernando Haddad da Educação não deve trazer grandes problemas para o ex-deputado mato-grossense Carlos Abicalil (PT), que provavelmente continuará com uma “boquinha” no governo federal. De acordo com o secretário estadual de Educação Ságuas Moraes já era uma vontade da ministra-chefe da secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Ideli Salvatti (PT), levar o petista para a Casa Civil ou para a própria presidência da República, o que possivelmente ocorrerá nos próximos dias.

Nesta terça (24) toma posse o novo ministro Aloízio Mercadante. Ele deve exonerar pelo menos quatro servidores nomeados por Haddad, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, entre eles o mato-grossense, que ainda ocupa o cargo de secretário de Articulação dos Sistemas de Ensino e é o petista de Mato Grosso mais bem articulado junto à cúpula do governo federal.

Ságuas ressalta ainda que está praticamente descartada a participação de Abicalil na disputa eleitoral desde ano. “Antes ele optou pela Educação, pois estava na pasta e achou prudente permanecer no ministério, mas, agora, deve seguir a vontade de Salvatti”, pontuou.

Apesar do secretário afirmar que Abicalil permaneceu na Educação por já estar no quadro de servidores, o motivo pode ter sido outro. Em junho do ano passado Salvatti queria nomear o ex-deputado como seu "braço direito" na secretaria, entretanto, reportagem da Revista Veja intitulada de "Ministério dos Aloprados", apontou os dois como envolvidos no esquema de fabricação de dossiês para prejudicar candidaturas tucanas em 2006, o que provavelmente acabou "retardando" a ida de Abicalil para a pasta.

Com "Aloprados", ascensão de Abicalil em Brasília pode parar

O ex-deputado federal conseguiu o cargo na Educação após ser derrotado na disputa eleitoral de 2010, quando concorreu a uma vaga no Senado e ficou com a terceira colocação, atrás dos eleitos Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT). O fracasso de Abicalil foi resultado, principalmente, de uma intensa disputa interna no partido com a ex-senadora Serys Marly, o que acabou fragilizando a legenda no Estado.

Mesmo derrotado em Mato Grosso, contudo, pela boa articulação política com a ala majoritário da PT nacional, Abicalil sempre contou com aliados de “peso”, a exemplo de Salvatti, hoje principal articuladora do governo Dilma Rousseff (PT).

Parceria entre SEC e Instituto Ciranda oferece 40 vagas para curso na área de músicaMT-

O curso voltado a alunos e profissionais de música, dividido em quatro módulos, terá a duração de dois anos

DA REDAÇÃO

A Secretaria de Estado de Cultura e o Instituto Ciranda, com o objetivo de levar ações permanentes de música para o Pavilhão das Artes, selaram parceria para a realização de cursos durante os anos de 2012 e 2013. "Análise e Interpretação Musical" é o primeiro curso resultante da parceria firmada e será ministrado a partir de fevereiro no Pavilhão das Artes.

O curso voltado a alunos e profissionais de música, dividido em quatro módulos, terá a duração de dois anos. Nos dois primeiros módulos serão tratados assuntos formais da criação musical. Nos módulos seguintes serão estudados os processos da estética e suas diferentes poéticas. Ao final do curso espera-se que os alunos tenham autonomia para atuar como protagonistas na construção do pensamento musical seja como educador, intérprete ou compositor.

O curso será ministrado pelo professor Fernando Pereira, graduado e mestre em música pela Academia Nacional de Sofia. O professor é especialista nos processos da análise musical e sua aplicabilidade na interpretação e performance instrumental. Intérprete e orientador ao violino, domina a prática camerística da música instrumental alemã do século XIX, em especial Brahms, compositor sob o qual dedicou sua dissertação de mestrado. Reside em Mato Grosso desde 2008, onde desenvolve trabalhos na capital e interior do estado.

O Instituto Ciranda - Música e Cidadania

O Instituto Ciranda - Música e Cidadania é uma associação civil sem fins lucrativos criada em 2003 com o objetivo desenvolver ações nas áreas da educação e cultura, utilizando a música como ferramenta de cidadania. Em Cuiabá, atende atualmente cerca de 250 crianças e adolescentes de baixa renda de diversos bairros da capital, de Várzea Grande e demais municípios da "baixada cuiabana", sendo a maioria matriculada na rede pública de ensino.

Serviço:

Estão disponíveis o total de 40 vagas divididas em duas turmas, sendo 20 para o período matutino, no horário das 10 às 12 horas, e outras 20 para o horário de 15 às 17 horas. As oficinas acontecem no Pavilhão das artes e são gratuitas. Os interessados podem se inscrever até o dia 1 de fevereiro através do portal do Instituto Ciranda, em www.cirandamusicaecidadania.org.


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Sem emprego

DA REDAÇÃO

O atual ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, tomará posse nesta terça (24) do Ministério da Educação (MEC), onde já pretende fazer mudanças na cúpula. A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Malvina Tuttman, deve deixar o cargo com a posse de Mercadante. O Inep é a autarquia do Ministério da Educação (MEC) que cuida do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A informação é da coluna de Cláudio Humberto.

O MEC deve passar ainda por outras mudanças, com as saídas dos secretários Eliezer Pacheco (Educação Profissional e Tecnológica), Maria do Pilar (Educação Básica) e Carlos Augusto Abicalil (Articulação com os Sistemas de Ensino). Os substitutos ficarão a critério do novo ministro. Abicalil, que domina uma das alas do PT de Mato Grosso, deve voltar ao Estado, em busca de novos ares.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

MT- Profissionais da Seduc participam de Seminário para traçar metas 2012

As estratégias de fortalecimento da educação com qualidade social permearão as discussões do Seminário “Avaliação das Metas: Perspectivas e Ações a serem consolidadas em 2012”. Profissionais da Secretaria Adjunta de Políticas Pedagógicas (Sape), da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT), estarão reunidos de 30 de janeiro a 2 de fevereiro para debater as estratégias de trabalho para 2012, no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. O evento terá abertura às 8h com palestra proferida pelo secretário de Estado de Educação Ságuas Moraes.

Na sequência, a secretaria adjunta Fátima Resende, irá realizar um balanço sobre as ações de 2011. Ainda pela manhã, a assessora especial e presidente do Fórum Estadual de Educação, professora Rosa Neide Sandes de Almeida, ministrará palestra sobre as políticas pedagógicas da Seduc.

O encontro possibilitará a reflexão sobre a execução das Políticas Educacionais de Mato Grosso e ainda a elaboração do Plano de Ação 2012 da Secretaria Adjunta de Políticas Educacionais (Sape). Caberá as superintendências de Formação dos Profissionais da Educação (SUFP), de Educação Básica (Sueb), de Gestão Escolar (SUGT) e de Diversidades Educacionais (SUDE), a apresentação de propostas norteadoras das estratégias implementadas.

A metodologia do evento permitirá ainda que após conclusão dos trabalhos os participantes expressem - em instrumento previamente elaborado - as aprendizagens adquiridas e ainda, indicarem as necessidades formativas que servirão para a organização de uma proposta de formação continuada das equipes.

No decorrer do ano, caberá a cada Superintendência realizar análise de resultados da avaliação do Plano de Ação- 2012.

Educação em Números

No ano de 2011, a rede estadual de ensino atendeu a 443.813 mil estudantes ampliando em 2,7% a oferta considerando o ano de 2010 (com 431.958 estudantes), conforme dados divulgados pela Gerência de Formação e Estatística/Censo Escolar (2010).

Para o ano letivo de 2012 (cujo período de matrícula encerrou-se em 23 de janeiro) a perspectiva é de ampliação em até 5% no atendimento. Hoje, Mato Grosso dispõe de um total de 727 unidades escolares na rede estadual.



PATRÍCIA NEVES
Assessoria/Seduc-MT

MT- Lotação de Professores- PORTARIA Nº 006/12/GS/SEDUC/MT

Diário Oficial nº : 25723
Data de publicação: 16/01/2012
Matéria nº : 457068






ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO



Dispõe sobre a atribuição de classes/aulas dos profissionais efetivos da educação básica que exercem funções designadas em Órgãos vinculados à Seduc e unidades escolares, para o ano letivo de 2012.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO no uso de suas atribuições legais e, considerando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9.394/96, as Leis Complementares Estaduais 49/98, 50/98, 206/04 , 314/08 e a Lei Estadual 7.040/98;

Considerando a importância em garantir o quadro dos profissionais nas unidades escolares estaduais assegurando o compromisso para com os interesses e objetivos fundamentais da Educação Básica;

RESOLVE:

Art. 1º Os profissionais da educação básica, efetivos e estáveis, que exercem atividades nos Órgãos vinculados ao Órgão Central/SEDUC ou função de dedicação exclusiva de unidades escolares, deverão participar do processo de atribuição de classes/aulas nas suas unidades escolares de lotação.

§ 1° Incluem-se no disposto do “caput” deste artigo os profissionais efetivos da educação básica, ocupantes do cargo de professor que se encontram:

Designado para o exercício da função de Diretor Escolar, Coordenador Pedagógico e Secretário Escolar;
Designado para o exercício da função Assessor Pedagógico;
Designado para o exercício da função Diretor, Coordenador de Formação e Professor Formador do CEFAPRO;
Prestando serviço em Instituições Filantrópicas;
Inclusos no Regime de Colaboração entre Estado e Município.

Art. 2º O profissional da educação básica que se encontra designado conforme consta Artigo 1º, § 1º e incisos desta Portaria, ao afastar-se das atribuições inerentes ao seu cargo efetivo, poderá gerar substituição, sendo esta suprida por servidor efetivo ou na falta deste, por servidor contratado temporariamente, durante o período da designação.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.


Cuiabá, 12 de janeiro de 2012.








MT- Edital esclarece sobre atribuição de aulas na rede estadual


A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) de segunda-feira (16.01) a portaria número 006/12 que trata sobre as atribuições de classes/aulas dos profissionais do ensino efetivos da rede estadual, para o ano letivo de 2012. A medida visa formar o quadro dos educadores necessários para a garantia das aulas em todas as unidades escolares do Estado.

O artigo primeiro da portaria estabelece que “os profissionais da educação básica, efetivos e estáveis, que exercem atividades nos Órgãos vinculados ao Órgão Central/Seduc ou função de dedicação exclusiva de unidades escolares, deverão participar do processo de atribuição de classes/aulas nas suas unidades escolares de lotação”. A atribuição terá início na quarta-feira (25.01), com o início da semana pedagógica.

O texto destaca que devem realizar a atribuição os professores que se encontram designados para o exercício das funções: de diretor escolar, coordenador pedagógico e secretário escolar; assessor pedagógico; diretor; coordenador de Formação e professor Formador do CEFAPRO; de Prestador de serviço em Instituições Filantrópicas e ou Inclusos no Regime de Colaboração entre Estado e município.

O último artigo da portaria ressalta que o profissional da educação básica que ao afastar-se das atribuições inerentes ao seu cargo efetivo, poderá gerar substituição, sendo esta suprida por servidor efetivo ou na falta deste, por servidor contratado temporariamente, durante o período da designação.

Criando metas equilibradas


Lair Ribeiro


É preciso identificar as di­fe­rentes áreas da vida e, em cada uma, criar uma meta equilibrada, seja ela cultural, física, financeira, familiar, profissional ou espiritual. E a meta deve ser sua, e não de outra pes­soa.



Certas pessoas dizem que escolheram fazer isso ou aquilo na vida porque esse era o desejo de seus pais. Um pai pode de­­sejar que seu filho estude medicina, mas nunca pode impor isso a ele! Acredite: A sua capacidade de decidir sobre a sua vida é um passo essencial para a realização dos seus ideais. Quem assume para si uma meta que não é sua, está assumindo a própria infelicidade.



Meta deve ser pessoal. Você tem de estar comprometido com ela.

Estar comprometido é muito mais do que estar envolvido. Quem se envolve se liga, participa. Quem se compromete deixa de ter medo, vestindo e suando a camisa.



O tamanho da meta

A meta deve ser grande. Grande mesmo. Tão grande que, se você contar para um amigo, ele não acreditar que você é capaz de realizá-la.

Quando fui estudar na Universidade de Harvard, em 1976, eu disse a um colega que em três anos eu estaria ensinando car­dio­logia nos Estados Unidos. Ele ironizou, pois eu nem sabia falar inglês muito bem. Passados exatos oito meses depois dessa conversa, eu estava fazendo minha primeira palestra para quatrocentos cardiologistas em Washington, D.C. Quando o meu amigo duvidou, eu sabia que estava no caminho certo!



A forma da meta

A meta tem de ser específica. Você quer dinheiro? Então, especifique quanto dinheiro você quer. Dinheiro, simplesmente, você já tem no bolso; então, isso não é uma meta.



— Eu quero ter 50 mil dólares na minha conta bancária.

Agora sim a sua mente entende, pois o pedido é es­pecífico. A mente só entende a mensagem quando você fala exatamente o que quer. Aí, o seu sub­consciente processa o seu pedido e providencia a realização.


Os 50 anos da maior lei brasileira para a educação


Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) completa meio século em plena discussão do novo plano de metas do País para a área

MARIANA MANDELLI

O Estado de S.Paulo


Repleta de emendas e com diversos artigos que não foram cumpridos, a principal lei do Brasil para a educação completou meio século no momento em que o País discute as metas da área para a próxima década por meio do Plano Nacional de Educação (PNE). Foi justamente ela - a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) - que instituiu a criação do plano, em sua última versão.

O ensino supletivo, a obrigatoriedade da matrícula e o atendimento gratuito em creches e pré-escolas, entre outros direitos que hoje fazem parte da vida dos brasileiros, foram garantidos pela LDB, em diversos momentos da história do Brasil.

Há três grandes versões da LDB, sem contar os "remendos" e grandes reformas pelas quais ela passou no decorrer dos anos: 1961, 1971 e 1996 - a mais atual, que está em vigor.

A primeira LDB foi sancionada em 20 de dezembro de 1961, durante o governo João Goulart, A questão, até hoje polêmica, do ensino religioso facultativo no sistema público foi um dos maiores embates. Foram necessários 13 anos de debate para que a primeira revolução educacional do Brasil acontecesse.

"A aprovação da lei de 1961 foi um grande avanço porque a legislação anterior era muito centralizadora. Não havia nada que competisse aos Estados e municípios", explica Nina Ranieri, vice-presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo.

Apesar do avanço, a lei de 1961 foi considerada uma "meia vitória" - expressão usada na época pelo educador Anísio Teixeira, uma das personalidades mais importantes da história da educação no Brasil,

Entre seus maiores gargalos, estão justamente o tímido efeito dos principais ganhos que ela trouxe: pouca autonomia dos municípios (ainda dependentes de Estados e da União) e pouca democratização de oportunidades educacionais na escola pública, que permaneceu elitizada.

"Além disso, houve uma fraca expansão dos cursos superiores destinados à formação de professores para a educação básica", lembra Francisco Cordão, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE). "Faltou investimento das universidades nesse ponto, embora tenhamos assistido à uma forte expansão do ensino normal, destinado a atuar nas escolas primárias."

Remendos. Em 1971, quando a segunda versão da LDB foi aprovada, o Brasil vivia um dos momentos mais críticos de sua história: a ditadura militar, em pleno governo Médici.

É dessa lei artigos como a instituição da educação moral e cívica no currículo. Ela também valorizava a educação profissional e instituía o ensino obrigatório dos 7 aos 14 anos. Outro ganho, segundo educadores, foi a criação dos supletivos.

"Esta foi a grande inovação promovida pelos militares, que possibilitou a milhares de brasileiros a retomada de seus estudos, tanto na modalidade suplência, para suprir sua escolaridade não concluída na idade própria, quanto nas modalidades de qualificação profissional e aprendizagem", explica Cordão, que defende que essa LDB não deve ser encarada como nova lei, mas como uma reforma da anterior.

Com a redemocratização do Brasil e a Constituição de 1988, veio a necessidade de se garantir novos direitos educacionais. A discussão começou com duas propostas da lei e se arrastou por anos. Só na Câmara dos Deputados, onde foram sugeridas 1.300 emendas, o projeto tramitou por cinco anos.

"Novos tempos". Em 20 de dezembro de 1996, exatos 35 anos após a primeira LDB, ela foi sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. O relator foi o senador Darcy Ribeiro - a lei ficou conhecida como "Lei Darcy Ribeiro de Educação Nacional".

Foi essa LDB que debateu a autonomia universitária, discutiu a educação a distância, enxergou a educação infantil como etapa da educação básica e detalhou como o dinheiro para a área deve ser gasto. Há 15 anos em vigor, especialistas discutem se ela ainda é válida (leia mais abaixo).




3 perguntas para... Cristovam Buarque, senador pelo PDT e autor da Lei do Piso (nº 11.738/2008)


Paulo Saldaña

O Estado de S. Paulo

1.Faz sentido a proposta do governo paulista de calcular como atividade extraclasse o tempo do intervalo para argumentar que cumpre a lei?

Não foi o que pensamos na nossa discussão para criarmos a lei. Não dá para contabilizar cafezinho como uma atividade extra-aula, como uma reunião de preparação. Isso está dentro do cotidiano. Não é possível que o governador possa cronometrar os instantes do dia do professor. O importante é que o professor fique dentro da sala de aula dois terços do tempo.

2.Por que é importante que se cumpra esse porcentual de jornada?

A minha proposta é de 50% em sala, como em qualquer país decente do mundo. Nas próprias universidades é incomparavelmente menos.

3.É possível que as secretarias cumpram o que manda a lei?

Se não há condições agora, faz-se um acordo, um pacto para que em determinado prazo se alcance essa condição. De fato, se a lei for cumprida corretamente, faltarão professores e não se contrata professor de um dia para outro, para não termos docentes deficientes. Esse processo leva um tempo. Mas tem ainda um risco de se pensar no professor e de se esquecer dos alunos. Temo que algumas secretarias pelo Brasil, para cumprir a lei, reduzam em 33% o tempo de aula dos alunos.


São Paulo - Jornada defendida por sindicato docente custaria R$ 2 bi


Atribuição de aulas na rede estadual começa hoje, em meio a ação judicial sobre carga horária dos professores

O Estado de S.Paulo

A atribuição de aulas na rede estadual paulista começa hoje em meio a um impasse sobre a jornada extraclasse dos professores. A Lei Nacional do Piso exige que o docente tenha um terço de sua jornada dedicado a atividades fora da sala de aula.

Uma liminar favorável ao sindicato dos professores da rede (Apeoesp) determina que sete aulas sejam reduzidas na jornada de 40 horas semanais. Dessa forma, os dois terços correspondentes ao período em classe deveriam ser de 26 aulas semanais.

A Secretaria Estadual de Educação afirma que os custos para implantar uma jornada assim chegariam a R$ 2 bilhões. Além disso, de acordo com o governo, não haveria professores suficientes, uma vez que o docente ficaria 54,26% do tempo em sala e, consequentemente, 46,8% fora dela, configurando quase metade da jornada em atividades extraclasse. As informações foram dadas pela pasta na quinta-feira.

Na sexta-feira, a Justiça deu ao governo um prazo de 48 horas, após notificação, para cumprir a liminar. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, o prazo começa hoje.

O juiz considerou que a proposta do governo para cumprimento da lei, publicada na sexta-feira, não atende a decisão.

A proposta da secretaria tirou uma aula por semana da carga horária. Por exemplo: numa jornada diurna de 40 horas semanais, o professor dará 32 aulas, e não mais 33. Assim, ele fica com 66,6% do seu tempo em sala.

Além de tirar uma aula, a pasta oficializou como tempo extraclasse os minutos adicionais que o professor tinha para cada aula dada (10 no diurno e 15 no noturno), uma vez que a duração da hora de trabalho paga é de 60 minutos - 50 são para ministrar aula. Esses minutos eram uma complementação da carga horária para serem usados em atividades ligadas à docência.

Para a pasta, os sindicatos confundem hora paga de trabalho e hora em sala de aula. "Venderam uma ilusão para criar a uma agenda de reivindicações", disse o chefe de gabinete Fernando Padula em entrevista na quinta.

A Apeoesp diz que o governo tem os recursos para bancar a aplicação da jornada conforme a liminar. "Além disso, como é que dizem que vai faltar professor se agora eles querem colocar dois por sala?", afirma a presidente da entidade, Maria Izabel Noronha.

A atribuição de aulas começa hoje. A Apeoesp diz que o processo não terá valor caso seja realizado em desacordo com a Justiça. A secretaria afirmou, na sexta-feira, que ainda não havia sido notificada e que, quando fosse, tomaria as "providências por meio da Procuradoria-Geral do Estado". Além disso, a pasta diz que a atribuição começará para não comprometer o início do ano letivo. Se houver notificação judicial sobre o tema, o governo diz que adotará as medidas cabíveis. / M.M.