sexta-feira, 6 de maio de 2011

Para ministro, novas diretrizes curriculares são um avanço

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse ontem (5), que as diretrizes curriculares do ensino médio aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) esta semana avançam em relação ao que existe hoje. “Ainda não fiz uma análise detalhada, mas gostei do texto”, afirmou.

De acordo com Haddad, o documento, aprovado por unanimidade pelo conselho, se apropria muito do trabalho prático relativo ao ensino médio promovido pelo MEC nos últimos anos. O ministro fez observações sobre as diretrizes após participar do 13.º Fórum da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), que acontece em Brasília.

Entre as realizações do ministério que contribuíram para aprimorar as diretrizes, ele citou a experiência com o ensino médio inovador, as mudanças no ensino médio profissional, que culminaram com o lançamento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), o acordo com o Sistema S, o aprimoramento e a ampliação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “O CNE atualizou as diretrizes se valendo de programas do MEC, tornando-os política de Estado e não só de governo.”

A possibilidade de mudanças no ensino médio noturno previstas nas diretrizes também agradaram Haddad. A organização por semestres ou por ciclos constitui alternativa de organização da oferta que busca responder as expectativas da juventude. Para o ministro, um dos desafios é justamente tornar atrativo o ensino noturno, que tem 39% das matrículas do ensino médio.

Documentário revelará razões da evolução da educação no Brasil

De 2000 para cá, o Brasil foi um dos países que mais cresceram na área educacional. É o que comprova o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). O exame é aplicado a cada três anos e, em sua primeira edição, o Brasil teve um desempenho baixo. Em 2009, ano da última avaliação, o Brasil apresentou melhora consistente de seus resultados, devido às reformas educacionais promovidas pelo Ministério da Educação, tendo como base os indicadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Alguns países, como Finlândia, Polônia, Alemanha, China e Canadá, mostraram esse mesmo crescimento. E para mostrar as boas práticas na educação que levaram a um melhor desempenho desses países, uma equipe da Fundação Pearson – instituição norte-americana que financia, por meio de doações, projetos educacionais para comunidades de baixa renda – percorreu, no Brasil, mais de 2.500 quilômetros, entrevistando os responsáveis, a fim de produzir um documentário, com lançamento internacional previsto para este semestre.

A equipe, enviada aos países pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), contou com três documentaristas que, no Brasil, entrevistaram o ministro da Educação, Fernando Haddad, a presidente do Inep, Malvina Tuttman, e visitaram o município de Sobral, no Ceará. Desde 2008, a cidade mostra que, mesmo com poucos recursos, é possível ter uma educação de qualidade.

“Sobral já superou a meta nacional para 2021 no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Foram capazes de desenvolver reformas educacionais e produzir efeitos em médio prazo muito significativos”, comentou o ministro Fernando Haddad, no documentário da OCDE.

A visita se deu à Escola Municipal José da Mata e uma equipe do Inep acompanhou as entrevistas. O Ideb da escola é de 7.2, ultrapassando a média do País para 2021. Segundo a equipe, práticas simples como investimento na formação do professor, a escolha do diretor por avaliações e o planejamento das atividades nas escolas levaram o município a obter um bom desempenho no indicador de qualidade da educação.

Pisa e Ideb – O Pisa é um programa de avaliação comparada, aplicado a estudantes da sétima série em diante, na faixa dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. O objetivo principal do Pisa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação ministrada nos países participantes, de modo a subsidiar políticas de melhoria da educação básica.

A avaliação ocorre a cada três anos e abrange três áreas do conhecimento – leitura, matemática e ciências – havendo, a cada edição do programa, maior ênfase em cada uma dessas áreas. A última edição, em 2009, teve seu foco em leitura.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica foi criado em 2007 pelo Inep e correlaciona, em um só indicador, dois conceitos importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar (taxa de aprovação e reprovação) e média de desempenho nas avaliações feitas pelo Inep, Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e Prova Brasil.

Defensoria vai à Escola

Sexta, 06 de maio de 2011

Quase dois mil alunos já foram beneficiados com o projeto "Defensoria vai à Escola"

O projeto “Defensoria vai à Escola”, que surgiu com a finalidade de promover a educação, e de dar orientações nas áreas da cidadania, ética e direito às escolas das rede pública estadual, teve início na última terça-feira (3), em Várzea Grande.

O objetivo é levar palestras a 190 escolas e promover aos alunos uma visão sobre seus direitos e deveres, sobre papel constitucional da Defensoria Pública.

A primeira escola a participar do projeto foi a Escola Estadual Jaime Veríssimo de Campos Júnior “Jaiminho”, localizada no bairro Jardim Tarumã, em Várzea Grande. As palestras foram realizadas nos três turnos e aproximadamente mil alunos, entre 12 a 55 anos, participaram.

A Defensora Pública Tânia Regina de Matos proferiu as palestras e abordou, com propriedade, os direitos do cidadão, a dignidade da pessoa humana e a atuação da Instituição junto à população. Ao fim de cada palestra foi aberto espaço para interação dos alunos, gerando debate sobre os assuntos discutidos.

Na quinta-feira (5), a instituição de ensino prestigiada foi a Escola Estadual André Avelino Ribeiro, localizada no bairro CPA I. Os Defensores Públicos Ademar Monteiro e Sávio Copetti, além do Assessor Jurídico Bruno Barcellos, proferiram palestras simultâneas com a proposta de acesso ao conteúdo da Constituição Federal, para que os alunos adquiram e reforcem seus conhecimentos acerca da República Federativa do Brasil, em seus princípios, aspectos sociológicos e políticos, ampliando a rede de informações.

Dr. Ademar Monteiro avaliou a palestra como “bastante proveitosa, e o projeto muito interessante e importante para o esclarecimento do que é Defensoria Pública e, sobretudo, para que os estudantes tenham conhecimento dos seus direitos e deveres como futuro cidadão, porque na essência só é cidadão aquele que é eleitor”, afirmou.

Realizadas no período matutino e noturno, as palestras levaram conhecimento a mais de 800 estudantes. Além de contribuir na formação do aluno, muitas dúvidas foram esclarecidas acerca dos direitos do cidadão.
“Senti que os adolescentes estão buscando conhecimento, prestaram muita atenção tanto nas palestras do período matutino quanto do vespertino, fazendo bastantes perguntas e participando. Me surpreendeu. À noite, com os adultos, não foi diferente. O projeto é viável e muito importante. Com certeza deve ter mudado alguma coisa na cabecinha deles”, explicou Dra. Tânia Regina.

Programação
Dia 10 de maio – Escola Estadual Irene Gomes, bairro Figueirinha – Várzea Grande
Dia 12 de maio – Escola Estadual Djalma Ferreira de Souza, bairro Morada do Ouro – Cuiabá
Dia 17 de maio – Escola Estadual Maria Macedo Rodrigues, bairro Mapim – Várzea Grande
Dia 18 de maio – Escola Estadual Presidente Médici, bairro Araés - Cuiabá
Dia 19 de maio – Escola Estadual Victorino Monteiro da Silva, bairro CPA IV - Cuiabá
Dia 24 de maio – Escola Estadual Dunga Rodrigues, bairro Parque do Lago – Várzea Grande
Dia 26 de maio – Escola Estadual Alcebíades Calhao, bairro Quilombo – Cuiabá
Dia 31 de maio – Escola Estadual José Leite de Moraes, bairro Cristo Rei – Várzea Grande

MT- Rede municipal de ensino recebe mais seis ônibus escolares

Sorriso

Seis novos ônibus vão aumentar a capacidade do transporte escolar de Sorriso. O prefeito Chicão Bedin garantiu nesta quinta-feira (05) três veículos, que foram entregues pelo governador Silval Barbosa. Os outros três chegarão à cidade até o final do mês. Os veículos fazem parte do Programa Caminho da Escola, desenvolvido em parceria com o Governo Federal.

No ato de entrega, Silval Barbosa disse que todos falaram no fortalecimento do municipalismo no seu governo e esse é o foco que se está trabalhando em sua gestão. A secretária de Estado da Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida, destacou que a qualidade na educação começa com o conforto no transporte do aluno de sua casa até a escola. Segundo ela, o governador abraçou esse programa de renovação da frota pela sua visão municipalista e – como ex-prefeito de um município do interior – conhece como ninguém os caminhos para se chegar até a escola.

O prefeito Chicão Bedin salientou que esta é uma ação de cidadania e que o Governo do Estado trata os municípios de forma igualitária. Foram 268 ônibus distribuídos a todos os municípios do Estado. “Esses veículos vão trazer mais segurança e conforto para nossas crianças e adolescentes”, disse Chicão.

Em Sorriso os ônibus vão atender a 240 alunos das escolas da zona rural do município

Cuiabanês- Câmara realiza projeto para revitalizar o "cuiabanês"

Sexta, 06 de maio de 2011
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Valorização da linguagem regional, atrair a população para a vir ao Palácio Pascoal Moreira Cabral compreender o linguajar da Baixada Cuiabana, preservação das tradições e reinserção do ‘falar cuiabano’ novamente ao cotidiano estão entre as principais metas do Projeto ‘Cuiabania – Exposição da Língua Portuguesa’.

Idealizado pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Júlio Pinheiro (PTB), o Projeto ‘Cuiabanês’ é uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para garantir a preservação histórica e cultural do linguajar cuiabano na Capital.

A coordenadora executiva do projeto, jornalista Maria Cândida Avelar Moraes de Lima, apaixonada pela cultura mato-grossense, explica que a proposta requer uma série de estudos, para, na sequência, ser exposta sobre a origem e a história da língua portuguesa expressa na cidade.

“Na prática, o cuiabanês é quase um dialeto. É o como conjunto de expressões legítimas faladas e corporificadas em Cuiabá, originário da soma de línguas português, indígena [bororo], africana [banto] e espanhola”, argumenta Maria Cândida Avelar.

O projeto, na qual as pesquisas estão em andamento, vai contar com uma exposição permanente, contendo painéis com textos no linguajar cuiabano, fotografias antigas de portugueses, índios, entre outros, além de exposição em multimídia. Ainda está previsto para a Câmara de Cuiabá, uma sala onde atores vão declamar poemas e prosas trazendo elementos e informações de origem cuiabana

Educação e Poder

Autor: Veralucia Guimarães de Souza


Nós, profissionais da educação do estado de Mato Grosso, estamos prestes a vivenciar algo inédito na história da educação no país: A eleição direta para Assessores Pedagógicos dos municípios do estado.

Este feito não é uma conquista de agora, talvez haja alguém na educação do estado que não vivenciou ou não se lembra, mas é uma das conquistas da década de 90, quando conseguimos a eleição direta para diretores, a eleição entre o grupo de professores da unidade escolar para os coordenadores. Jornada de 30 horas sem a obrigatoriedade de contra-turno. A Lei Orgânica dos Profissionais da Educação Básica. Parece mentira, mas uma luta do SINTEP .

Antes, tínhamos uma gestão escolar completamente partidária e autoritária. Os cargos vagos de profissionais da educação eram preenchidos por meio de bilhetes de governador, deputados, prefeitos e, até mesmo, vereadores. Tudo indicado! A lei era burlada. Só existia para aqueles que não pertenciam ao partido político que estava no poder.

Nesse momento, em que seremos chamados a escolher o nosso Assessor Pedagógico, é o momento em que devemos refletir sobre a gestão pública. Se for um professor, como é seu desempenho acadêmico e a sua relação interpessoal dentro da unidade escolar em que trabalha? Se já é ou foi um Assessor, como é ou foi a sua gestão? Foi uma gestão compartilhada com a comunidade educativa do município? Ou foi uma gestão desenvolvida por circulares que ferem LOPEB impedindo a jornada dos educadores com acúmulo de cargo? Apesar de muitos serem contra, é garantindo na Constituição Brasileira.

Muitas pessoas sentem-se poderosas quando assumem cargos de chefia. Esquecem que o poder é transitório. Não se diz, estou diretor, estou coordenador, estou assessor, mas sou diretor, sou coordenador ou sou assessor. Esquecendo- se de duas coisas: há uma grande diferença entre estar e ser e representam seus colegas de profissão, profissionais do ensino, são, na verdade, meros professores, como aqueles que estão na sala de aula. Isso é um tanto perigoso! O poder corrompe o lado humano e o ser se degrada e acaba com todos que estão ao seu redor.

Quando se diz em poder na gestão pública, parece ser cabível uma alusão à famosa fábula de George Orwell, que apesar de ser uma crítica ao totalitarismo que fora posto em prática por Stálin, cujos personagens são representados por Major como Lênin, Bola-de-Neve como Trotsky e Napoleão como Stálin, pode retratar o contexto da gestão pública. Assim, cabem a nós alguns questionamentos. O que tem a fábula em comum com a gestão pública? Talvez a sede pelo poder levando as pessoas se esquecerem do essencial, o bem comum. No caso da educação, o bem comum de cada comunidade escolar que tem seu contexto histórico, social e cultural.

Na fábula, quando Mayor morre, Bola-de-Neve é escorraçado por Napoleão, começando assim uma gestão que visava o bem comum apenas daqueles que estavam no poder: os porcos. Estes, por suas vez, adestraram os cachorros para coagir as vozes que lutavam pelos ideais da revolução, igualdade para todos. As leis criadas para regulamentar o bem comum da Granja dos Bichos foram substituídas por outras que atendessem a interesses particulares. Os outros animais viraram escravos, o que é pior, foram enganados, pois, quando fizeram a revolução, confiaram o poder aos porcos.

Nesse momento de escolha de chefia municipal para conduzir a educação da rede estadual de ensino em cada município, temos que estar atentos a tudo, para não sermos vilões da famosa frase de "A Revolução dos Bichos"
"Todos animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que outros!" George Orwell

Veralucia Guimarães de Souza - professora da Rede estadual de Ensino desde 1987. Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade de Brasília.
veraluciags@terra.com.br

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Vestibular dificulta mudança do ensino médio, dizem escolas

Colégios afirmam, porém, que vão debater a flexibilização do currículo aprovada pelo Conselho Nacional de Educação


Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo

Escolas particulares de São Paulo afirmam que vão discutir a flexibilização do currículo do ensino médio, aprovada anteontem pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília. No entanto, os colégios admitem que o foco no vestibular das grandes universidades paulistas pode forçar a permanência do currículo tradicional.

"De forma alguma vamos abandonar a grade acadêmica. Mas ela não nos impede de trabalhar as áreas de cultura, ciência, trabalho e tecnologia. Aliás, já fazemos isso há quatro anos", afirma o diretor do Colégio Stockler, Agostinho Marques Filho.

Para Gisele Magnossão, diretora pedagógica do Albert Sabin, o perfil do aluno deve pesar na decisão. "A escola vai ter de analisar como fazer escolhas dentro de sua demanda, especialmente no caso dos vestibulandos", diz ela. "Mas a discussão é interessante porque retoma o papel do ensino médio de preparar o aluno para a vida."

Sueli Conte, mantenedora do Colégio Renovação, concorda. "Vamos fazer um trabalho com uma psicóloga para identificar as habilidades e interesses dos nossos alunos", afirma.

O Colégio Santa Maria também já flexibiliza seu currículo com disciplinas como geopolítica e comunicação e mídia. "Mas vamos analisar e buscar a melhor forma de nos adaptarmos", conta a diretora-geral, irmã Diane Clay Cundiff. Outras escolas, como o Magister, Móbile e Viva, também apresentam, em sua grade curricular, disciplinas diferenciadas.

Rede pública. A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo não se manifestou sobre o assunto. Já a Secretaria Estadual disse que vai esperar receber a homologação das diretrizes do Conselho Estadual de Educação.

Demanda

DÉBORA VAZ
DIRETORA PEDAGÓGICA DA ESCOLA CASTANHEIRAS

"Discutindo a criação do ensino médio, notamos que temos de combinar a grade com o perfil da comunidade."


Brasil fica fora de ranking de universidades em Ciências Biológicas

Harvard lidera em Medicina, Psicologia e Biologia; 31 países estão representados no ranking

Estadão.edu

Os Estados Unidos mantêm o monopólio no ensino e pesquisa de Ciências Biológicas em um novo ranking global de universidades divulgado nesta quarta-feira, 4, pela entidade britânica QS. As instituições de ensino tiveram seu desempenho avaliado em Medicina, Biologia e Psicologia e, sem surpresa, Havard lidera todas as listas. O Brasil não está representado entre as top 200 universidades do mundo, que se concentram em 31 países.

No cálculo da nota, são considerados a reputação acadêmica, a reputação do empregador e citações de pesquisas. Atrás dos Estados Unidos, vêm Reino Unido, Alemanha, Austrália e Canadá. A Universidade Nacional de Cingapura ficou na 30.ª colocação na média das três áreas.

Harvard domina o ranking de Medicina especialmente por conta de um trabalho pioneiro na pesquisa com células-tronco realizado em parceria com a 3.º colocada, o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), também dos Estados Unidos. O trabalho das universidades mais citado foi o da investigação com células-tronco embrionárias, que tiveram o financiamento federal cortado pelo ex-presidente George W. Bush. A medida foi revogada por Barack Obama em 2009.

Veja o ranking das instituições

MEDICINA


1. Universidade Harvard (EUA)
2. Universidade de Cambridge (Reino Unido)
3. Instituto Tecnológico de Massachusetts (EUA)
4. Universidade de Oxford (Reino Unido)
5. Universidade Stanford (EUA)
6. Universidade Yale (EUA)
7. Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA)
8. Universidade Johns Hopkins (EUA)
9. Universidade Imperial (Reino Unido)
10. Universidade da Califórnia em San Diego (EUA)

BIOLOGIA


1. Universidade Harvard (EUA)
2. Instituto Tecnológico de Massachusetts (EUA)
3. Universidade de Cambridge (Reino Unido)
4. Universidade de Oxford (Reino Unido)
5. Universidade Stanford (EUA)
6. Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA)
7. Universidade Yale (EUA)
8. Instituto Tecnológico da Califórnia (EUA)
9. Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA)
10. Universidade da Califórnia em San Diego (EUA)

PSICOLOGIA


1. Universidade Harvard (EUA)
2. Universidade de Cambridge (Reino Unido)
3. Universidade Stanford (EUA)
4. Universidade de Oxford (Reino Unido)
5. Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA)
6. Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA)
7. Universidade Yale (EUA)
8. Universidade de Melbourne (Austrália)
9. Universidade Princeton (EUA)
10. Universidade McGill (Canadá)

Segundo o jornalista Martin Ince, do conselho consultivo da QS, as três áreas são importantes para os países porque toda nação precisa de médicos e outros profissionais das Ciências Biológicas. "A demanda por esses profissionais cresce na medida em que a população envelhece e as pessoas esperam viver saudáveis por mais tempo."

Ince diz que as Ciências Biológicas são marcadas por uma "implacável cultura do publique o quanto antes", financiamento pesado de governos, instituições de caridade e setor privado, e significativa atenção pública.

Para o jornalista, a tecnologia de escaneamento de cérebros revolucionou a Psicologia. Isso tem feito com que a área se torne mais uma ciência dura e abandone o perfil de estudo social. "Isso também significa mais dinheiro, o que explica porque universidades ricas dos EUA e Reino Unido dominam a tabela."

Em Medicina, as mudanças também foram profundas, diz Ince. "Avanços recentes em ciência e tecnologia levaram a pesquisa biomédica para um novo território." Segundo ele, as pesquisas mais bem avaliadas não visam a resolver uma doença específica, mas tendem a ser teóricas e de larga aplicação.

Em Biologia, foram analisados trabalhos em ecologia, botânica, zoologia e genética de não humanos, além de mudanças climáticas e crescimento da população humana.

Com ajuda de astronauta, USP quer formar engenheiros aeroespaciais

Marcos Pontes ajudou em projeto; alunos de Engenharia Aeronáutica de São Carlos teriam matérias da área aeroespacial

Carlos Lordelo - Estadão.edu

Com a consultoria do astronauta Marcos Pontes, a USP elabora projeto para formar engenheiros aeroespaciais no câmpus de São Carlos. O objetivo é atender à demanda do programa espacial brasileiro por esses profissionais.

Pela proposta, 10 dos 40 alunos que entram anualmente no bacharelado em Engenharia Aeronáutica cursariam matérias da área aeroespacial.

“Esses alunos vão aprender a projetar, além de aviões, satélites e espaçonaves”, diz o professor Fernando Catalano, chefe do Departamento de Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia de São Carlos. O estudante sairia com o título de bacharel em Engenharia Aeronáutica com ênfase em Engenharia Aeroespacial.

O projeto está em vias de ser enviado à Comissão de Graduação da unidade. Se aprovada em todas as instâncias da USP, a nova estrutura curricular deve começar a valer para os ingressantes em 2013.

Segundo Catalano, a intenção, no futuro, é ter um curso específico de Engenharia Aeroespacial. “Antes, vamos observar como o mercado absorve nossos formandos.”

A discussão sobre o novo curso começou há cerca de dois anos, por iniciativa de Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro. “O Marcos tem uma bagagem absurda e contatos importantes no Brasil e no exterior, além de ser engenheiro de extensa formação”, conta Catalano.

Primeiro astronauta no País, Marcos Pontes ajudou a criar projeto para formar engenheiros aeroespaciais
Foto: Paulo Pinto/AE

Para Pontes, que em 2006 representou o País na Estação Espacial Internacional, faltam profissionais qualificados para trabalhar no programa espacial brasileiro. “Muita gente sai do País ou trabalha no setor privado”, diz. “Somos um país enorme e precisamos investir em satélites para monitorar nossos recursos naturais, especialmente a Amazônia, e oferecer dados climáticos adequados para a produção agropecuária.”

O curso de Engenharia Aeroespacial também é oferecido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, e nas Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG) e do ABC (UFABC), na região metropolitana de São Paulo.

Legenda: Astronauta Marcos Pontes ajudou a formatar aulas para formação de engenheiros aeroespaciais


(Colaborou Thais Caramico)

Jornada de professores

Professores terão jornada alterada

Por: Valeska Andrade

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou a inconstitucionalidade da lei do piso nacional dos professores, que modifica a jornada de trabalho dos docentes, pedida em outubro de 2008 pelos governos do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará.

Trata-se da mesma lei votada no início de abril, que determina a constitucionalidade de um valor mínimo para o salário dos professores.

A jornada não foi definida na época por falta de consenso no STF.

Pela lei, os docentes têm direito a utilizar 30% da carga de trabalho de 40 horas semanais para atividades extra-classe.

Agora, como a votação ficou empatada, o STF rejeitou a ação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) já orienta seus sindicatos a exigir dos gestores públicos a aplicação dos preceitos da lei do piso do magistério.

Fonte Brasil Econômico (SP)

Pronatec é lançado

Por: Valeska Andrade

O Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec), que buscará ampliar e facilitar o acesso à Educação Profissional no País a jovens do ensino médio e a trabalhadores sem formação, foi lançado pela presidente da República Dilma Rousseff.

Além de oferecer cursos de qualificação profissional a estudantes do ensino médio, o projeto deverá incluir a capacitação de trabalhadores que já estão no mercado; e envolverá a expansão das escolas técnicas federais.

Também está previsto que empresários com interesse em oferecer capacitação a seus funcionários possam contratar o Fies, obtendo do governo a facilitação de financiamento de recursos para este fim.

Nas ações de expansão do Ensino Profissionalizante devem ser criadas 120 escolas técnicas federais no País.

Fonte: Correio do Povo (RS)

"Vila Sésamo" ensina crianças a economizar em tempos de crise

Elmo, o mostrinho vermelho da Vila Sésamo e seus colegas ensinarão crianças a economizar com a campanha "For me, for you, for later" ("Para mim, para você, para depois", do inglês), anunciou a produtora americana.

A nova campanha quer conscientizar as crianças do valor do dinheiro, ensinar a conter o impulso de gastar e explicar a importância de economizar.

"Cada vez que suas crianças lhe veem gastando dinheiro ou usar o caixa automático, começam a compreender o que é o dinheiro", indica a produtora que contou com a colaboração da companhia de serviços financeiros PNC.

PNC, através de sua fundação, doou US$ 12 milhões para financiar a campanha centrada em crianças da pré-escola, pais e professores para motivar a administração do dinheiro de maneira inteligente.

"A lenta recuperação econômica reforçou a importância que todas as famílias vivam dentro de suas possibilidades", assegurou a companhia financeira em comunicado.

Para isso criaram uma série de capítulos, que podem ser assistidos no site www.sesamestreet/save disponíveis em inglês e em espanhol, com dicas de como gastar o dinheiro no futuro e empregá-lo para comprar coisas inclusive melhores do que tinham pensado.

"Trabalhando com Vila Sésamo, podemos ajudar as crianças a compreender melhor que tudo tem seu valor e ensinar aos pais como transformar os momentos cotidianos em experiências de aprendizagem financeira para seus filhos", assinalou James Rohr, presidente de PNC.

Um dos lemas da campanha é "aprender a gastar, compartilhar e economizar" e mostram que o dinheiro é alcançado com esforço, trabalhando. "É importante trabalhar, se você trabalha vão te pagar", explicam ao Elmo quando ele pergunta como se consegue o dinheiro para poder comprar uma bola.

O personagem se propõe a economizar, ajudar nas tarefas de casa e reciclar garrafas de vidro para conseguir de dólar em dólar seu objetivo.

Sesame Workshop, entidade sem fins lucrativos que se encontra por trás do popular programa, já tinha realizado iniciativas similares anteriormente.

Em 2009 criou um episódio especial intitulado "As famílias se mantêm unidas: Sentir-se seguros em tempos difíceis", no qual falava sobre a situação que seus pais percam o emprego.

Fonte: Terra Educação

Especialistas defendem separar meninos e meninas nas escolas

Desde 2009, a Escola do Bosque, para meninos, e a Escola Mananciais, para meninas, funcionam no mesmo prédio em Curitiba, e seus estudantes não se cruzam, nem no intervalo das aulas

Desde 2009, a Escola do Bosque, para meninos, e a Escola Mananciais, para meninas, funcionam no mesmo prédio em Curitiba, e seus estudantes não se cruzam, nem no intervalo das aulas.

"Meninos e meninas precisam de um aprendizado diferenciado, pois o amadurecimento deles é diferente", afirma Valdir Fernandes, diretor de formação da Escola do Bosque.

No Brasil, segundo Fernandes, há apenas quatro escolas no formato. No resto do mundo, no entanto, o número de escolas "single-sex" tem crescido --há cerca de 210 mil, em 70 países.

Os defensores do método afirmam que a separação de meninos e meninas durante a primeira parte da educação tem impacto nos resultados acadêmicos.
Segundo estudo da Easse (Associação Européia de Educação do Mesmo Sexo, em inglês), no Reino Unido, das 29 escolas públicas que se encontram entre as cem melhores, 25 são de educação diferenciada.

O Ofsed britânico (Gabinete para Padrões em Educação, em inglês) recomendou a separação por sexo.

Segundo eles, em escolas de educação diferenciada, as meninas se interessam por ramos considerados masculinos como a informática, a química e a matemática, pois os cursos são adaptados às suas necessidades.
Mas proposta de separação é controversa.

"Além da função acadêmica, há outros processos de aprendizagem que se dão dentro do espaço escolar. Por exemplo, a escola tornou-se importante na socialização", diz Helena Altmann, professora da faculdade de educação física da Unicamp.

Para Lise Eliot, neurocientista autora de "Pink Brain, Blue Brain", não há diferenças neurológicas que justifiquem a separação. "Meninos e meninas são mais parecidos do que diferentes."
Fonte: Folha.com 02/05/2011

Entre a insistência e a desistência

Em Minas, alunos contam por que abandonam a sala de aula e também o que os faz insistir

NOVA LIMA (MG). A chefe da cozinha da Escola Estadual Maria Josefina Sales Wardi se aproxima do repórter e do entrevistado sentados no refeitório e pergunta:
- Vocês são alunos? Podem ir para casa porque hoje não tem aula. Está todo mundo dispensado - diz, antes de ouvir a resposta, como se o aviso na escola localizada em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, fosse rotina.

Aluno da turma de Educação para Jovens e Adultos (EJA), Sandro Domingos Cardoso, de 21 anos, respira com desânimo e apenas olha para o repórter como se expressasse um "eu não disse?".

Na última quinta-feira, a escola estava sem água nos banheiros e na cozinha, e as turmas foram dispensadas. Mas o que deixa Sandro realmente chateado é, segundo ele, não se tratar de um episódio pontual:
- A gente entra na sala, o professor não está. Se o professor passa mal e eles não conseguem alguém pra ficar no lugar um dia, vá lá. Mas e quando ele fica 15 dias de licença e não aparece um substituto?

Sandro está prestes a concluir o 3º ano. É o último que restou do grupo de amigos com idades próximas à sua na turma que ingressou no meio de 2009. Dos 32 alunos, restam 22.
- Quando o professor tira uma licença maior, não tem jeito de evitar que o aluno fique no prejuízo, porque o trâmite burocrático do estado para conseguir um substituto é demorado - admite a vice-diretora do turno da noite na escola, Malone Tupy Ruas.

O lote de computadores entregue pela Secretaria de Educação não funciona. Com isso, o curso profissionalizante de técnico em administração oferecido parece inútil. Como não há guarda municipal à noite, o uso de drogas é frequente nas quadras, e os banheiros só são abertos na hora do recreio. É a soma desses fatores que desanima alunos que sonhavam concluir o ensino médio.
- Com estudo já está difícil conseguir alguma coisa, então imagina sem - diz Sandro, justificando a insistência em concluir o curso.
Na última sexta-feira, em frente à escola, Mateus Vieira de Souza, de 15 anos, esperava os colegas e dizia que, apesar de ter decidido deixar os estudos este ano, talvez um dia possa ser advogado:
- Minha mãe fica na cola, mas meus irmãos de 18 anos e 22 anos também saíram. Ninguém leva a sério a escola, eu também não vou levar.
O cozinheiro Thiago José da Silva, de 27 anos, parou de estudar no 1º ano do ensino médio e o trabalho à noite o impede de voltar aos estudos:
- O foco é quem trabalha de dia e, à noite, pode estudar. Conheço muita gente na situação oposta.
Fonte: O Globo (RJ)/Thiago Herdy 02/05/2011

Repetência e evasão, males do ensino no Brasil

Defasagem idade-série atinge metade dos alunos e provoca abandono escolar; situação no Ensino Médio é pior

O vendedor Yohann Moura parou de estudar no ano passado, ainda na 1ª série do ensino médio. Aos 19 anos, ele é o retrato de um dos desafios da Educação brasileira: reduzir a repetência e a evasão, garantindo que mais jovens concluam o ciclo básico. Num país onde quase todas as crianças têm acesso à escola, menos da metade consegue, na idade prevista, terminar os ensinos fundamental e médio.

A última Pnad (2009), do IBGE, revela o abismo que se cria nas salas de aulas. De cada cem crianças na faixa de 7 anos, 98 frequentavam a escola.

Mas, quando se olha para os jovens de 15 anos - idade em que todos já poderiam ter concluído o ensino fundamental - só 47% chegaram lá. Ou seja, a maioria que consegue terminar o ciclo, o faz acima da idade prevista. No caso do ensino médio, é ainda pior: apenas 37% da população de 18 anos tinha o certificado de conclusão.

O matemático e consultor em Educação Ruben Klein tabulou os microdados da Pnad. Aos 16 anos, 63% dos brasileiros haviam completado a 8.ª série; aos 18 anos, 75%. Mesmo aos 20 anos, só 79,2% tinham terminado o ensino fundamental. Ou seja, um quinto dos jovens nessa faixa etária (20,8%) não havia concluído o fundamental.

- É por isso que eu digo que o ensino fundamental não está universalizado - afirma Klein.

Desde 1999, mais de 95% das crianças de 7 anos estão matriculadas na escola. Esse índice chegou a 97%, em 2004, e, desde 2008, está em 98%. O afunilamento à medida que os anos passam é resultado da repetência e da evasão, que já foi maior.

Em 2009, 14,8% dos alunos de ensino fundamental não passaram à série seguinte, por causa de reprovação e abandono - nada menos do que 4,6 milhões de estudantes. A realidade foi pior no ensino médio: 24,1% dos jovens (1,9 milhão).

O desafio dos educadores é tornar a escola atrativa

Não é à toa que, mesmo entre os jovens de 19 anos, somente 50,2% tinham concluído o nível médio, em 2009. Na faixa dos 20 anos, só 55%. O levantamento de Ruben Klein mostra que esse índice estava em 35%, em 2001.
O vendedor Yohann trabalha numa loja de móveis, em Nova Iguaçu. Ele conta que repetiu a 6ª e a 7ª séries. E reclama que os conteúdos não tinham relação com o seu dia a dia:
- Sei que estudar é importante, às vezes penso em voltar, mas a verdade é que não tenho mais ânimo. Depois que comecei a trabalhar, passei a depender do dinheiro. Nunca tive muito interesse em fazer faculdade, não consigo focar nisso e a escola não me ensinava o que eu queria.

A presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Maria Nilene Badeca da Costa, diz que o déficit de aprendizagem nas séries iniciais leva ao abandono. Para ela, que é secretária de Educação de Mato Grosso do Sul, a prioridade é manter os alunos na escola:
- Nosso desafio, como educadores, é tornar a escola atrativa - afirma.

O professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) Romualdo Portela de Oliveira diz que o atraso escolar está ligado à cultura da repetência - problema que já foi mais grave. Além do gargalo no fluxo escolar, ele diz que é preciso melhorar a qualidade do ensino e o nível de aprendizagem dos alunos.
- Está melhorando, mas não está bom - diz Romualdo.

A secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin, diz que a defasagem idade-série contribui muito para que os estudantes decidam sair da escola. Para ela, fazer parte de uma turma com o qual não se identifica e aprender conteúdos sem a linguagem apropriada à respectiva faixa etária deixa qualquer estudante infeliz:
- Quando o aluno sente que não está aprendendo, quando não percebe aquele conhecimento como útil para a sua vida, ele sai - diz.

A secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar, admite que a distorção idade-série é um problema. Mas afirma que a situação está melhorando.

Ela observa que, para o MEC, a idade de referência para a conclusão do ensino médio é 19 anos - faixa em que 50,2% dos jovens tinham terminado essa etapa, em 2009. Em 2010, teve início um projeto do MEC, em parceria com a iniciativa privada, para capacitar professores em quase mil municípios. O foco é combater o atraso escolar.

- Está melhorando. O Brasil é considerado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) um dos três países que mais melhoraram, junto com Luxemburgo e Chile - afirma Maria do Pilar.
Fonte: O Globo (RJ)/ Demétrio Weber e Carolina Benevides 02/05/2011

Artigo - Combate ao bullying na escola: alunos em grupos operativos

A função da escola dentro e fora dela é sempre educativa. É preciso criar uma rede de proteção e de inibição do comportamento bullying
contribuindo com o bem-estar de todos e a melhoria do desempenho escolar do alunado.

Os motivos do não-aprender geram e apontam a desatenção ou a dificuldade de canalizar energias destrutivas - advindas das cargas agressivas que atropelam sentimentos, percepções e tomadas de consciência - para ações catárticas de liberação e terapia dessa força silenciosa e avassaladora.

A melhor forma de resolvermos o fenômeno bullying é contarmos com o protagonismo dos alunos desencadeando a sensibilização de professores e funcionários. O desenvolvimento da assertividade e da empatia alicerçam a escolha e a formação de representantes de turma, indicados pelo alunado após debates sobre grupo operativo e liderança.

O objetivo é fomentar a cooperação discente no combate ao bullying através de programas que favoreçam o cultivo da paz, fortaleçam as vítimas e despertem os espectadores. Sites como o da organização kidscape - que protege crianças e jovens molestados na Inglaterra, e inclusive, se dedica a prevenir crimes contra a infância na internet - nos ajudam a repensar estratégias importantes a partir do movimento de alunos e alunas da escola. Afinal, segundo eles, os episódios de bullying precisam ser Reconhecidos, Rejeitados e Relatados. Os três erres amigos em ação capaz de desmontar os ataques bullying.

O alunado em “grupo operativo” se reúne em torno de uma tarefa concreta e objetivo comum. Cada pessoa exercita sua fala, sua opinião, manifesta seu silêncio ou defende seu ponto de vista e assim constroem a sua identidade no grupo. O propósito do grupo é movimentar-se no reconhecimento, na prevenção, na aquisição de conhecimentos específicos, na proposição de ideias, em cooperação de atividades centradas na solução dos comportamentos bullying, no questionamento reconstrutivo, estimulado no processo que antecede ou permeia definições e ações coletivas como exercício de autocrítica.

O protagonismo “de aluno para aluno” acorda a sensibilização de professores e funcionários da escola, chama os pais, as mães, parentes e vizinhos para integrar a ação coletiva e até para além dos muros escolares.

A tarefa emergente da escola, nesse caso, é a campanha antibullying. O empoderamento de representantes de turma, também potencializado pela indicação da maioria de cada turma, deve advir de uma reflexão comum sobre o que é um grupo. Segundo Pichon-Rivére (1998, p.65-66), grupo se refere a um “conjunto restrito de pessoas ligadas entre si por constantes de espaço e tempo, articuladas por sua mútua representação interna interatuando através de complexos mecanismos de assunção e atribuição de papéis, que se propõe de forma explícita e implícita uma tarefa que constitui sua finalidade”, ou seja, as pessoas se movem por necessidades semelhantes e, nesse caso, os alunos se reúnem em torno do programa em busca da paz através de suas aprendências e cooperação.

Apesar de o grupo ser constituído de indivíduos com comportamentos diferenciados, os diferentes papéis interagem entre si, algumas vezes invertem suas funções, caracterizadas como: líder de mudança, bode expiatório, porta-voz, líder de resistência, e a dos representantes do silêncio, que muito se assemelham ao papel dos espectadores dentre os protagonistas do bullying.

O fio dessa mudança está em apresentarmos estratégias para despertar a maioria deles, os representantes do silêncio, os espectadores, e mexermos com suas incertezas. Vamos explorar o potencial desse grupo como agentes de mudança, sobretudo, porque sabemos que os autores de bullying só crescem com a adesão da platéia.

Se trabalharmos a conscientização inaceitável das condutas bullying, os espectadores podem, contrariamente, se tornar aliados das vítimas, e não mais protegendo os agressores com seus silêncios. A escolha e a formação continuada de representantes de turma na nossa escola é uma das funções do Núcleo de Acompanhamento Pedagógico (NAP), ou, na falta dessa equipe, em outras escolas, caberá aos coordenadores ou à direção escolar.

Em escolas com Ensino Médio, o protagonismo juvenil ou do próprio Grêmio Estudantil, transforma alunos em monitores ambientais principalmente, a partir das relações interpessoais e princípios que valoram auto-estima, respeito pelo outro buscando potencializar assertividade, empatia, compreensão e solidariedade.

Se ouvidos e bem estimulados alunos proativos e colaboradores podem reduzir episódios de bullying através de ações articuladas: tecnologia aprimorada na construção de vídeos, fotomontagens, murais de exposição interna ou internet, como veículo familiar de muitos deles, releituras teatrais, musicais, por desenhos, estruturar jogos e brincadeiras que não firam, humilhem ou magoem outras pessoas.

- Como tornar o ambiente escolar mais agradável a todos?
- Como monitorar os espaços da escola onde comumente se transformam em palco de ações bullying na escola?

- Perguntas outras podem desafiar os alunos a pensar. E outras mais que esse grupo de alunos monitores pode formular. Monitores que, são representantes de turmas, foram indicados como líderes dessas turmas, porém, dentre eles muitos exercem diferentes papéis na prática de bullying, conhecido como “terror silencioso”, capaz de surpreender familiares, escola, comunidade que temporiza e irrompe nas culturas mídiaticas.

Referências
MALDONADO, Maria Tereza. A face oculta: uma história de bullying e cyberbullying. Desenhos Manuela Eichner. 5ª. reimpressão. São Paulo: Saraiva, 2011.
____. Bullying e cyberbullying: o que fazemos com o que fazem conosco. Moderna, 2011.
PICHON-REVIÉRE, Enrique. O processo grupal. Trad. Marco Aurélio Fernandes. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
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Marcadores: aprendentes, bullying, psicopedagogia, situação-problema

Formação de Professor

O professor de hoje não pode só reproduzir sua formação

Por Içami Tiba

É como um médico cirurgião que não poderia nem deveria operar ninguém se não tivesse competências específicas como conhecimento (não conhece as técnicas cirúrgicas mais adequadas e atualizadas, a patologia a ser operada, etc.), comprometimento (não se incomodar com a vida do paciente, largar todo o material cirúrgico na barriga da pessoa que está sendo atendida, tirar as luvas e avental e jogar sobre a mesa cirúrgica e sair correndo porque está na hora da sua saída), responsabilidade (de ter consciência da cirurgia que faz), disciplina (terminar o que começou), ética (respeitar tanto o paciente quanto a si mesmo) etc.

Assim também, de um professor espera-se competências específicas para que seus alunos sejam bem sucedidos no aprendizado. Tomo a liberdade de listar aqui as seis características que o docente ideal para o século 21 deve ter, segundo texto publicado na revista Nova Escola, da editora Abril:
• ter uma boa formação;
• usar novas tecnologias a favor dos conteúdos;
• atualizar-se em novas técnicas de ensinar;
• trabalhar bem em equipe;
• planejar e avaliar sempre: observar para reorientar o trabalho;
• ter atitudes e posturas profissionais: todo aluno pode aprender.
Aponto, abaixo, mais exemplos de como melhorar a performance do professor com os alunos em sala de aula:

•7. aquecer o aluno para receber a aula. Um aluno raramente tem sua mente aquecida para receber a aula e frequentemente está totalmente desligado. Cabe ao professor fazer um warming up, aquecimento, como qualquer esporte ou aperitivo que prepara o corpo para a ginástica ou refeição, basta que o professor pergunte: quem se lembra da última aula? Quem responder ganha um ponto, pois este aluno favorece o aquecimento de outras mentes, até as respostas começarem a pipocar. Pronto: as mentes estão aquecidas!

•8. mental-breaks: alunos não mais suportam ficar 50 minutos em aula. Até adultos precisam de coffee-breaks. Em uma aula pesada, o professor poderia abrir mental-break oferecendo 5 minutos para os alunos trocarem ideias entre si sobre o que foi dado ou, melhor ainda, um aluno pergunta e outro responde, numa competição de somar pontos quem mais souber.

•9. um aluno escolhido ou voluntário faz um resumo final da aula, também ganhando um ponto. A aula não termina sem o resumo.

•10. o professor deve fazer um teaser (recurso do marketing para estimular o “comprador” através de ofertas interessantes fazendo o aluno interessar-se pela matéria da próxima aula). É como as cenas do próximo capítulo das novelas e seriados de TV ou trailler dos filmes que chegarão aos cinemas.

•11. o professor tem que ensinar os pais a cobrarem diariamente as lições de casa. Os filhos têm que fazer um resumo de cada aula assistida, usando 150 palavras do próprio vocabulário e enviar aos pais como conseguirem: seja via mensagens de computador, torpedo, e-mail etc. Tiveram três aulas? Os pais têm que receber três resumos. Caso contrário, estarão sustentando a ignorância que custa muito mais caro do que o conhecimento.

Os itens 7, 8, 9, 10 e 11 já constam do meu novo livro “Pais e Educadores de Alta Performance”, a ser lançado em julho de 2011 pela Integrare Editora.
Içami TibaIçami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Família de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 26 livros

Governo Federal envia recursos para a Merenda Escolar em Mato Grosso

Redação 24 Horas News

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) transferiu para estados e municípios R$ 302.801.822,18 referentes ao Programa Nacional de Alimentação Escolar. O recurso já está disponível nas contas correntes das secretarias estaduais e municipais de educação, bem como da Secretaria de Educação do Distrito Federal, e pode ser conferido na Internet, em www.fnde.gov.br / Liberação de recursos.

Para os estados e o Distrito Federal, foram destinados R$ 125.809.080,00 e para os municípios, R$ 176.934.456,00. Já os institutos federais de educação receberam R$ 58.286,18.

O valor repassado pela União a estados e municípios vigora desde 2010 e é de R$ 0,30 por dia letivo para cada aluno matriculado em turmas de pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos. As creches, escolas indígenas e quilombolas recebem R$ 0,60 por estudante e as escolas de ensino integral por meio do programa Mais Educação, R$ 0,90.

O orçamento do programa de alimentação escolar para 2011 é de R$ 3,1 bilhões, para beneficiar 45,6 milhões de estudantes da educação básica. Com a Lei nº 11.947/2009, 30% desse valor – R$ 930 milhões – devem ser gastos na compra direta de produtos da agricultura familiar, medida que estimula o desenvolvimento econômico das comunidades.

Unemat concede cem bolsas de extensão para universitários

Redação 24 Horas News

A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) divulgou, ontem, o edital para concessão de cem bolsas de extensão universitária. O benefício tem o valor de R$ 300 mensais, concedida pelo período de 1º de junho a 20 de dezembro deste ano, está sujeita ao cumprimento dos requisitos previstos no edital.

O processo de seleção será desenvolvido em duas etapas. Na primeira o coordenador do projeto deve solicitar a bolsa, e na segunda etapa o acadêmico deve apresentar o plano de trabalho. A divulgação dos selecionados para as bolsas de extensão universitária será divulgado no dia 31 de maio.

Governo Federal envia recursos para a Merenda Escolar em Mato Grosso

Redação 24 Horas News

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) transferiu para estados e municípios R$ 302.801.822,18 referentes ao Programa Nacional de Alimentação Escolar. O recurso já está disponível nas contas correntes das secretarias estaduais e municipais de educação, bem como da Secretaria de Educação do Distrito Federal, e pode ser conferido na Internet, em www.fnde.gov.br / Liberação de recursos.

Para os estados e o Distrito Federal, foram destinados R$ 125.809.080,00 e para os municípios, R$ 176.934.456,00. Já os institutos federais de educação receberam R$ 58.286,18.

O valor repassado pela União a estados e municípios vigora desde 2010 e é de R$ 0,30 por dia letivo para cada aluno matriculado em turmas de pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos. As creches, escolas indígenas e quilombolas recebem R$ 0,60 por estudante e as escolas de ensino integral por meio do programa Mais Educação, R$ 0,90.

O orçamento do programa de alimentação escolar para 2011 é de R$ 3,1 bilhões, para beneficiar 45,6 milhões de estudantes da educação básica. Com a Lei nº 11.947/2009, 30% desse valor – R$ 930 milhões – devem ser gastos na compra direta de produtos da agricultura familiar, medida que estimula o desenvolvimento econômico das comunidades.

Ensino médio poderá ter currículo flexível e maior duração

Redação 24 Horas News

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou na quarta-feira as novas diretrizes curriculares para o ensino médio. Elas não eram revistas desde 1998. O relatório, que agora segue para homologação do ministro Fernando Haddad, prevê maior flexibilização do currículo e abre a oportunidade de ampliação da carga horária do ensino médio para além dos atuais três anos.

O relatório mantém a carga horária mínima de 2, 4 mil horas no ensino médio, mas abre espaço para que a sua duração seja ampliada caso haja interesse das escolas de oferecer conhecimentos e atividades além das consideradas obrigatórias. Essa recomendação tem peso especial no caso do ensino médio noturno que, em geral, oferece uma carga horária menor do que aquela dada a estudantes do turno matutino. O relatório indica que essa duração deve ser ampliada e coloca como uma opção a oferta de 20% da carga horária na modalidade ensino a distância. Sugere também que se necessário o ano letivo seja estendido para além dos atuais três anos.

As novas diretrizes indicam que a escola deve trabalhar a formação a partir de quatro eixos básicos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura. O currículo pode enfatizar um desses temas, mas deve incluir todos eles. A ideia é tentar flexibilizar o modelo curricular segmentado oferecido pelas escolas hoje, tradicionalmente dividido em disciplinas que não se relacionam durante o aprendizado.

"A essência dessa proposta é a definição de uma identidade para o ensino médio. O ensino médio tem que ser entendido como a última etapa da educação básica e, por isso, tem que preparar para a vida. Para isso, ele tem que ser capaz de trabalhar simultaneamente com essas quatro dimensões", disse o relator do parecer, José Fernandes de Lima.

O conselheiro ressalta que, ao mesmo tempo em que é preciso estabelecer uma identidade para a etapa, a organização dela precisa ser flexível não apenas para atender às diversidades regionais, mas ao próprio público do ensino médio. "Os estudantes do ensino médio são pessoas que só estudam, ou que trabalham, ou que estudam e trabalham. São do campo ou da cidade, são pessoas de 15 anos a 17 anos de idade, mas também mais velhas", afirmou.

Para Lima, há várias experiências de ensino médio bem sucedidas, mas elas não são organizadas de forma sistemática. O foco das novas diretrizes é dar autonomia às escolas para que possam atender às necessidades de cada público. As recomendações do CNE não têm força de lei, mas servem de orientação para a organização de escolas públicas e particulares de todo o país.

59 instituições se inscrevem para criar perguntas para provas do Enem

G1
www.olhardireto.com.br

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgou nesta quinta-feira (5) que 59 instituições públicas de ensino superior se cadastraram para elaborar perguntas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O prazo para inscrição terminou no dia 15 de abril.

Segundo o Inep, órgão vinculado ao MEC e responsável pela organização do Enem, são 45 universidades federais e estaduais, sete Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), cinco são Fundações Universitárias e dois Centros Federais. As demais são universidades federais e estaduais. O Inep não divulgou os nomes das instituições inscritas. Cada uma deve criar no mínimo 500 perguntas para o Enem.

Agora, o Inep vai capacitar os coordenadores-gerais e coordenadores de área de todas as instituições inscritas. Em seguida, será celebrado convênio entre o Inep e cada uma das IES participantes da capacitação. Só depois será dado início ao processo efetivo de elaboração das perguntas – que terá que ser feito, obrigatoriamente, em ambiente seguro. As instituições assinam um termo de sigilo e compromisso para evitar o vazamento das questões.

Até agora as perguntas do Enem eram feitas por professores ou especialistas contratados diretamente para a tarefa. Segundo o Inep, a ideia de convocar as instituições para criar um banco de perguntas é aumentar o número de questões disponíveis e transferir expertise às instituições em avaliações de larga escala. O Inep tem hoje cerca de dez mil questões no Banco Nacional de Itens (BNI) do Enem e a meta é chegar a 100 mil.

Cada edição do Enem tem 180 questões, sendo 45 de cada área. A prova é composta por uma redação e provas de matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias.

Cada pergunta a ser elaborada pelas instituições deverá contar com um texto-base, enunciado, cinco alternativas e apenas uma resposta correta, além de uma justificativa para cada alternativa.

As perguntas terão que atender às matrizes de habilidades e competências do Enem. Todas as questões passarão por uma revisão do Inep/MEC.

O pagamento a cada instituição, segundo tabela do Inep será de R$ 30 mil por 500 questões até R$ 1 milhão por cinco mil questões. Cada elaborador ganha R$ 120 por questão e cada revisor ganha R$ 60 por questão. Eles devem ser professores ou pesquisadores ativos da instituição.

Segundo o instituto, o pagamento à instituição será por créditos, que a instituição poderá acumular e usar quando achar conveniente. Os créditos poderão ser transformados em apoio financeiro a projetos apresentados pela instituição ao Inep.

O aumento do banco de perguntas é necessário para informatizar o Enem, segundo o MEC. O ministério planeja começar a aplicar a prova em computadores em dois ou três anos. Com o exame informatizado, os candidatos fazem a prova em terminais capazes de gerar uma prova diferente para cada estudante.

'Exame da OAB é tão difícil que, hoje, eu não passaria', diz desembargador

G1

O adiamento da divulgação do resultado da prova do Exame de Ordem da OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil, aumentou a expectativa de mais de 26 mil bacharéis em direito. Eles esperam passar na prova para obter o certificado que garante o direito de exercer a profissão de advogado. O resultado da segunda fase, que seria anunciado no final de abril, será divulgado no próximo dia 20, e a lista dos aprovados sairá no dia 26. Muitos candidatos afirmam que o Exame de Ordem está cada vez mais difícil. O índice de reprovação chegou a quase 90% na última edição.

“As provas da OAB estão num nível de dificuldade absolutamente igual às da defensoria do Ministério Público e, se bobear, da magistratura”, diz o desembargador Sylvio Capanema, ex-vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (assista ao vídeo acima). “Posso dizer com absoluta sinceridade que eu, hoje, não passaria no Exame de Ordem.”

São realizadas três edições do exame por ano, cada uma com duas fases. A taxa de inscrição para cada edição é de R$ 200. A prova é organizada pela Fundação Getulio Vargas. A edição mais recente, a 2010.3, teve 104 mil inscritos na primeira fase, composta por 100 questões de múltipla escolha, e só 26% dos candidatos passaram para a segunda fase, que teve perguntas com respostas dissertativas.

Em março, a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado rejeitou por unanimidade a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propunha considerar o diploma de curso superior como comprovante da qualificação profissional e extinguiria o Exame de Ordem.

Na defesa da importância da prova, o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, disse que o maior problema é a baixa qualidade do ensino jurídico no país. “Cerca de 70% dos alunos formados por universidades públicas e particulares de boa qualidade passam no exame. O problema são as faculdades ruins, de fundo de quintal", disse Cavalcante. Hoje, segundo ele, há 1,3 milhão de bacharéis em direito no país sem inscrição na OAB. E apenas 700 mil profissionais aptos a advogar. O Ministério da Educação registra 1.164 cursos superiores de direito no país.

Obrigatoriedade divide opiniões
A obrigatoriedade do Exame de Ordem e o formato da prova geram muita discussão no meio jurídico. O G1 foi à feira Expo Direito, realizada na semana passada, no Rio, para ouvir as opiniões e sugestões de advogados, desembargadores, professores e estudantes de direito. Afinal, o exame de ordem é necessário para definir quem pode ou não exercer a profissão de advogado?

O desembargador Sylvio Capanema se diz contrário à constitucionalidade do exame. “Eu não consigo entender como é que o governo chancela um curso, outorga o grau de bacharel, o que significa reconhecer que o aluno está preparado para o exercício da profissão, e que ele ainda tenha que passar por um último teste, último desafio”, afirma. “As faculdades de direito ficam desmoralizadas, porque recebem um atestado de incompetência porque são capazes de lançar no mercado profissionais que não teriam condições de exercer a profissão.”

A advogada e professora de direito Tereza Rampinelli considera o Exame de Ordem necessário para uma boa qualidade da advocacia brasileira. “Infelizmente hoje muitas faculdades não estão cumprindo o que realmente o Ministério da Educação (MEC) determina e com isso cada vez mais os estudantes estão sendo prejudicados”, avalia. “E a sociedade vai ser prejudicada também, porque serão inseridas pessoas no mercado de trabalho que não vão ter uma consciência ética da profissão nem uma boa fundamentação jurídica para poder fazer com que o cliente seja amparado.”

“Acho importantíssimo que se faça essa prova”, afirma a advogada Rosemere Alves Pereira. “É uma confirmação de que a pessoa tem a capacidade para poder exercer a profissão." Ela acha que os estudantes devem ter uma postura mais séria durante a faculdade sabendo que terão de passar pela prova da OAB. “Você tendo essa consciência de que ao final do curso tem que passar por esse exame, já faz a faculdade com outra postura. É uma forma de incentivar o aluno a fazer um excelente curso. Acho que as pessoas deveriam levar a faculdade de direito a sério de qualquer forma, mas muitas não levam. Eu fiz aos 47 anos de idade, sou aeroviária, trabalho o dia inteiro, trabalho final de semana e consegui passar na prova. Então eu acho que é uma questão de dedicação ao estudo durante o curso.”

Também advogada, Aline Gonçalves Maia acha que o exame não pode servir para avaliar os cursos de direito. “A gente não pode é querer comparar a OAB ao MEC. É responsabilidade do MEC fiscalizar o tipo de ensino e não a OAB. A impressão que se tem é que a OAB quer tomar o lugar do MEC. A OAB tem que avaliar os profissionais. O ensino compete ao MEC.” Ela reclama também do alto valor da taxa de inscrição. “A maioria esmagadora dos candidatos não consegue nem atingir a segunda fase e precisa ficar repetindo essa prova várias vezes ao longo do ano. Tem gente que tenta durante anos, e cada tentativa são R$ 200.”

A professora de direito Flavia Bahia Martins vê o exame muito parecido com os concursos públicos. “As provas estão sendo cada vez mais acirradas, tem um grau de dificuldade que eu acho que não precisaria ser atendido nesse início de carreira do bacharel em direito”, diz.

A favor do exame, o advogado e consultor Diogo Hudson sugere uma mudança no formato da prova. “A OAB deveria aplicar o exame aos estudantes em duas fases, a primeira na metade e a segunda no final do curso de direito. “Existem algumas matérias do início da faculdade que são extremamente importantes, sendo que, no final da faculdade, muitas vezes você não se lembra delas.”

Estudantes se dizem a favor da prova
Para os estudantes de direito, o Exame da OAB é importante para garantir embasamento para quem vai entrar no mercado de trabalho. Eles questionam apenas o fato de só esta carreira ser submetida a uma prova para certificar a profissão.

“Tem muitas faculdades que precisam de uma forma de avaliação, mas por que só o direito tem que ter a prova? Se a prova se estendesse a todos os cursos seria mais justo”, diz a universitária Neila dos Santos Carvalho, que vai fazer o Exame de Ordem este ano.

Amanda Luiza Dias Félix acha o exame válido porque é uma maneira de provar que o bacharel em direito sabe o mínimo para poder atuar na sua área. “O pessoal de medicina tem que fazer um vestibular super difícil em qualquer faculdade, então acho que não é nada demais no direito você mostrar que aprendeu.”

O estudante Raphael Alves Oldemburg acha que o Exame de Ordem representa um controle adequado da qualidade da formação dos estudantes. “É muito difícil você, depois de passar por um longo processo de cinco anos do ensino superior, ter que fazer uma prova para mostrar se você aprendeu ou não aquele conteúdo da sala de aula”, diz. Ele sugere uma fiscalização maior da qualidade dos professores das universidades.

“Eu acho a prova bem difícil. Uma fase seria suficiente”, diz Camila Martins da Costa Lemos, estudante do quarto ano de direito. Para Gabriela Pinheiro Ornelas, o exame da OAB é um “mal necessário”. “Se com ele a gente já tem tantos profissionais que não preenchem os requisitos necessários, imagina se não houvesse o exame como não ficaria banalizada a profissão?”

MT- Nortelândia recebe mais um ônibus do Governo do Estado

Da assessoria
www.olhardireto.com.br

O município de Nortelândia recebeu na última quinta-feira (05) durante solenidade do Palácio Paiáguas em Cuiabá, sede do Governo do Estado de Mato Grosso, mais um veículo do estado, desta vez um ônibus escolar com capacidade para 60 passageiros, que atenderá o transporte de alunos da Zona Rural. Este é o segundo ônibus escolar que o município recebe da Secretária de Estado de Educação.

O prefeito municipal Neurilan Fraga, que estava acompanhado dos vereadores Rubilan Nunes de Oliveira, Luiz Garcia, Mariano Gomes, Aníbal de Oliveira e Valdey Souto, disse que os dois veículos estão contribuindo para uma melhora significativa no transporte de alunos da Zona Rural para as escolas estadual e municipal, e destacou que com isso o município passa economizar os recursos que estavam sendo gastos na contratação do serviço da iniciativa privada, fazendo com que se possa investir em outros setores da administração, como na própria Educação.

“Esta é uma importante contribuição deste governo com o fortalecimento dos municípios e evidentemente com a melhora de nossa educação, visto que os alunos passam a ser transportados em veículos novos, garantindo segurança aos mesmos” destacou Fraga.

O Estado de Mato Grosso é o que no Brasil, mais tem feito investimentos na aquisição de ônibus escolares, contando inclusive com suporte financeiro do Ministério da Educação (MEC), através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Desde o lançamento do programa Caminho da Escola em 2007, o Estado já investiu R$ 64 milhões na aquisição de 500 veículos novos e o Governo Federal o mesmo montante e quantidade. A projeção é que até o final de 2012, o estado contará com 1 mil unidades, através desta parceria, quando todos os 141 municípios estarão completamente assistidos no tocante ao transporte escolar, passando a ser entre os 27 estados, o que melhor nível terá em termos de frota escolar do Brasil.

O primeiro ônibus recebido está transportando os alunos que residem no Santaninha, atendendo diversas comunidades do perímetro, e o que acaba de receber será utilizado para o transporte dos alunos do Assentamento Barreirão, onde vivem mais de 190 familias. No ano passado a administração municipal gastou mais de R$ 400 mil reais com o transporte escolar, e com os dois novos veículos que passam a integrar a frota própria, o municipio deverá economizar com o transporte escolar, recursos da ordem de R$ 200 mil reais por ano, aumentando a capacidade de investimentos na melhoria da educação, bem como de outros setores da gestão pública.

Capes e CNPq proíbem concessão de bolsas a quem tem vínculo empregatício nas universidades

Agência Brasil

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) publicaram nota conjunta esta semana para evitar o acúmulo de bolsa de mestrado ou doutorado e salário por professores e servidores das universidades públicas (federais e estaduais), de faculdades privadas; e das escolas que formam a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. A Capes salienta que a restrição também é válida a quem já tivesse vínculo empregatício antes da solicitação da bolsa.

O acúmulo passou a ser permitido a partir da publicação, em julho do ano passado, de uma portaria que flexibilizava a concessão de bolsa a estudantes com vínculo empregatício. A concessão da bolsa segue critérios como a proximidade entre a atividade empregatícia e o projeto de pesquisa, e depende da autorização do orientador do aluno bolsista. O valor da bolsa de mestrado é de R$ 1.200 e o valor da bolsa de doutorado é de R$ 1.800.

Ofício da Diretoria de Programas e Bolsas da Capes aos pró-reitores de pós-graduação das universidades federais informa que os bolsistas matriculados em programas de pós-graduação “poderão” receber “complementação financeira” de outras fontes. “Não há, portanto, a previsão de que discentes que possuíam anteriormente vínculo empregatício remunerado estariam aptos ao acúmulo”, diz o documento.

O ofício informa que após o fechamento este mês do Sistema de Acompanhamento de Concessões (SAC) a Diretoria de Programas e Bolsas fará levantamento com relação à existência de bolsistas irregularmente cadastrados. “No caso de ocorrências nesse sentido, os eventuais bolsistas terão as bolsas canceladas.”

Segundo o ofício, os alunos que tenham recebido bolsa indevidamente terão de devolver o dinheiro. “Ressaltamos que a ocorrência do indébito caracteriza obrigatoriedade de devolução, a esta agência, dos recursos percebidos irregularmente, devidamente atualizados”, diz o documento.

MT- UNIC realiza 1º Fórum de Sustentabilidade em Tangará da Serra

Da assessoria

Alunos do curso de Administração promovem evento com o objetivo de buscar ideias simples para a preservação do meio ambiente

No dia 21 de maio, a partir das 14h, estudantes de Tangará da Serra estarão reunidos no Bosque Municipal para promover um encontro de reflexão sobre um tema da atualidade e em voga no cenário mundial: a sustentabilidade. Durante o evento, os alunos buscarão por meio do intercâmbio de ideais soluções práticas em benefício da comunidade.

O primeiro fórum realizado na região contará com uma palestra ministrada pelo fundador do grupo Pensamento Verde, Felipe da Silva Denz, e um ciclo de debates. “O projeto oferece uma atividade complementar em que o acadêmico poderá, além de adquirir conhecimentos relacionados à administração responsável e sustentável, gerar integração com os pares e contribuir com ações estratégicas de sustentabilidade”, explica o coordenador do curso de Administração da UNIC, Julio Cesar Gomes da Silva.

Depois do diálogo, os alunos criarão um documento com sugestões sobre sustentabilidade que será apresentado para a Associação Comercial e Industrial de Tangará da Serra e Câmara de Dirigentes Lojistas. Este documento será protocolado na Câmara Municipal de Vereadores, onde ficará à disposição de toda sociedade.

“Acadêmicos do curso de Administração querem demonstrar a preocupação com o planeta e, ao mesmo tempo, afirmar que são nas universidades que surgem as ideias revolucionárias”, ressalta Jorge Nazzari, aluno e idealizador do evento. “O projeto visa mostrar às empresas que podem deixar de ser parte do problema e começar a fazer parte da solução”, completa.

As inscrições estão abertas até o dia 21 de maio para todos estudantes de Tangará da Serra interessados pela iniciativa e poderão ser realizadas nos locais indicados pelo blog (www.nossolegadosustentavel.blogspot.com). Durante o fórum, as 3 sugestões eleitas mais criativas para a sustentabilidade serão premiadas com e iPad, netbook e câmera digital.

Sala de aula

Projeto no ABC tenta acabar com violência em escolas

G1

Um projeto desenvolvido em São Bernardo do Campo, no ABC, aproxima pais, alunos e professores para tentar combater os casos de violência em escolas, principalmente nas públicas. Os diretores encaminham os pais e alunos para reuniões com psicólogos e assistentes sociais. Segundo um levantamento feito pela Promotoria da Infância e da Juventude da cidade, entre 2005 e 2007, foram registrados 1.800 boletins de ocorrências de casos como lesão corporal, calúnia e ameaça.

A Fundação Criança atende alunos envolvidos nessas situações. “A escola não pode considerar a violência como um tabu. Ela tem que compartilhar a situação e buscar soluções conjuntas”, explica o presidente da fundação, Ariel de Castro Alves.

As assistentes sociais, psicólogas e pedagogas ajudam a fortalecer os vínculos familiares e a melhorar a autoestima dos jovens. Só assim eles podem mudar de comportamento. Depois do projeto implantado, 50% dos alunos ouvidos não voltaram a se envolver em confusão. “Eu xingava os professores, alunos, ficava para fora da aula. Agora eu tô mais tranquila , sempre faço minha lição, melhorei muito”, relata uma aluna.

Bullying
O projeto “Amigos da Escola”, da Rede Globo, discutiu nesta sexta-feira (6) a educação em 150 escolas públicas da capital. Além de todo serviço que oferecido como atendimento odontológico, corte de cabelo, orientação nutricional, eles debateram o bullying. Foram 500 pessoas entre pais, alunos e voluntários, todos preocupados em melhorar a escola do bairro.

Médicos reprovados

Os resultados do projeto-piloto criado pelos Ministérios da Saúde e da Educação para validar diplomas de médicos formados no exterior confirmaram os temores das associações médicas brasileiras.

Dos 628 profissionais que se inscreveram para os exames de proficiência e habilitação, 626 foram reprovados e apenas 2 conseguiram autorização para clinicar.

A maioria dos candidatos se formou em faculdades argentinas, bolivianas e, principalmente, cubanas.

As escolas bolivianas e argentinas de medicina são particulares e os brasileiros que as procuram geralmente não conseguiram ser aprovados nos disputados vestibulares das universidades federais e confessionais do País.

As faculdades cubanas - a mais conhecida é a Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) de Havana - são estatais e seus alunos são escolhidos não por mérito, mas por afinidade ideológica. Os brasileiros que nelas estudam não se submeteram a um processo seletivo, tendo sido indicados por movimentos sociais, organizações não governamentais e partidos políticos.

Dos 160 brasileiros que obtiveram diploma numa faculdade cubana de medicina, entre 1999 e 2007, 26 foram indicados pelo Movimento dos Sem-Terra (MST). Entre 2007 e 2008, organizações indígenas enviaram para lá 36 jovens índios.

Desde que o PT, o PC do B e o MST passaram a pressionar o governo Lula para facilitar o reconhecimento de diplomas cubanos, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira têm denunciado a má qualidade da maioria das faculdades de medicina da América Latina, alertando que os médicos por elas diplomados não teriam condições de exercer a medicina no País.

As entidades médicas brasileiras também lembram que, dos 298 brasileiros que se formaram na Elam, entre 2005 e 2009, só 25 conseguiram reconhecer o diploma no Brasil e regularizar sua situação profissional.

Por isso, o PT, o PC do B e o MST optaram por defender o reconhecimento automático do diploma, sem precisar passar por exames de habilitação profissional - o que foi vetado pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Médica Brasileira. Para as duas entidades, as faculdades de medicina de Cuba, da Bolívia e do interior da Argentina teriam currículos ultrapassados, estariam tecnologicamente defasadas e não contariam com professores qualificados.

Em resposta, o PT, o PC do B e o MST recorreram a argumentos ideológicos, alegando que o modelo cubano de ensino médico valorizaria a medicina preventiva, voltada mais para a prevenção de doenças entre a população de baixa renda do que para a medicina curativa.

No marketing político cubano, os médicos "curativos" teriam interesse apenas em atender a população dos grandes centros urbanos, não se preocupando com a saúde das chamadas "classes populares".

Entre 2006 e 2007, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara chegou a aprovar um projeto preparado pelas chancelarias do Brasil e de Cuba, permitindo a equivalência automática dos diplomas de medicina expedidos nos dois países, mas os líderes governistas não o levaram a plenário, temendo uma derrota. No ano seguinte, depois de uma viagem a Havana, o ex-presidente Lula pediu uma "solução" para o caso para os Ministérios da Educação e da Saúde. E, em 2009, governo e entidades médicas negociaram o projeto-piloto que foi testado em 2010. Ele prevê uma prova de validação uniforme, preparada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC, e aplicada por todas as universidades.

Por causa do desempenho desastroso dos médicos formados no exterior, o governo - mais uma vez cedendo a pressões políticas e partidárias - pretende modificar a prova de validação, sob o pretexto de "promover ajustes".

As entidades médicas já perceberam a manobra e afirmam que não faz sentido reduzir o rigor dos exames de proficiência e habilitação.
Custa crer que setores do MEC continuem insistindo em pôr a ideologia na frente da competência profissional, quando estão em jogo a saúde e a vida de pessoas. (Isto é fruto de um governo que faz politicalha...)

Recebi: do blog do corumbah

FONTE:
O Estado de S.Paulo

Artigo - O poder da escrita

www.24horasnews.com.br
04/05/2011

Lair Ribeiro


Uma das contribuições dos sumérios para o desenvolvimento da Humanidade foi o seu sistema de escrita: uma série de pictogramas (pequenos desenhos) faziam referência aos conceitos que pretendiam ser transmitidos. Daí se desenvolveu o conceito de ideograma, seguido pelo uso de sinais arbitrários para palavras e elementos fonéticos ou de símbolos que representavam o som de uma palavra ou de parte dela. Na China, os ideogramas proliferaram e foram padronizados. Em outras civilizações, os sinais fonéticos foram os únicos mantidos, a exemplo dos fenícios[1], que desde 1000 a.C. davam forma ao alfabeto que usamos hoje.

Desde então, a escrita vem sendo associada a civilização. A invenção, que convertia a palavra falada e tornava-a fixa e transmissível ao longo das gerações, era uma importante ferramenta, principalmente, para a árdua tarefa de administração dos Estados civilizados. A partir da escrita, o homem pôde organizar-se social e culturalmente. E foi além, pois, por meio da escrita, pôde criar e perpetuar sua identidade e deixar registrada na História a sua passagem.

Incorporada à existência do homem, a escrita nunca se tornou obsoleta. Ao contrário, torna-se cada vez mais importante para manter viva a essência humana.

Hoje, com o uso de celulares, notebooks, câmeras fotográficas digitais e internet, entre outros aparatos modernos, as distâncias se encurtarem e o tempo tem ficado mais escasso. Hoje, trabalha-se mais e vive-se menos, mas não em anos de vida, pois estes aumentaram. Atualmente, pessoas com 80, 90 e até 100 anos de idade caminham pelas ruas das grandes metrópoles; mas, meio século atrás, um indivíduo com 50 ou 60 anos de idade era considerado velho.

Uma epidemia do mundo moderno é o estresse, cujos principais sintomas são fadiga e falta de memória. É cada vez mais freqüente encontrar pessoas entre 25 e 50 anos com lapsos de memória. Ao contrário do que muitos pensam, essas falhas nem sempre têm origem patológica. Distração, ansiedade, estresse, depressão e até mesmo bloqueios emocionais podem desencadear lapsos de memória.

A memória divide-se em antiga e recente. A primeira é relacionada ao processo de aprendizagem, e a segunda, também chamada “memória de trabalho”, é ocupada por fatos do cotidiano, pouco relevantes para serem armazenados definitivamente. É importante saber que essa memória tem capacidade limitada; portanto, é preciso administrar bem o que é colocado nela para não sobrecarregá-la.

Apesar dos esforços da ciência, a melhor maneira de manter a memória afiada é a prevenção. Um dos recursos que podem e devem ser utilizados é a milenar técnica da escrita.

Escreva! Deixe tudo registrado. Tenha uma agenda. Anote todos os seus compromissos e tarefas diárias. Você aliviará cérebro e se sentirá revigorado, pronto para assumir as tarefas mais importantes com eficácia e destreza.

Escrevendo, você também aprende a definir suas metas, traçar planos de ação e atingir seus objetivos. A partir do momento que você registra algo, seu cérebro se compromete e passa a atuar em prol da realização daquilo que foi registrado. Ao escrever um diário, por exemplo, você terá uma importante ferramenta para fazer follow-up e verificar se está agindo no sentido certo ou se é preciso mudar alguma coisa. Colocar no papel a sua reação depois de conquistar um objetivo desejado também é um excelente meio de induzir o cérebro a buscar a repetição desse momento. Da mesma forma, extravasar, por meio da escrita, sentimentos como ódio, raiva, medo e rancor libera mente e coração de sensações ruins e prejudiciais. Portanto, escreva!


[1] Povo de origem semita canaanita que se estabeleceu no país de Canaã por volta do sXXVIII a.C. Os fenícios foram os maiores navegadores e comerciantes da Antiguidade; atribui-se a eles a invenção do alfabeto fonético. (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa)

Mudanças no ProUni devem ser enviadas ao Congresso até junho

AGÊNCIA BRASIL

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que a medida provisória que vai alterar as regras de funcionamento do ProUni (Programa Universidade para Todos) será enviada ao Congresso Nacional ainda neste semestre.

Ontem (4), ele se reuniu com o secretário da Receita Federal para discutir como será o novo mecanismo de isenção concedida às instituições de ensino que participam do programa. Segundo ele, a ideia é que a mudança passe a valer a partir de 2012.

Atualmente, os estabelecimentos de educação superior recebem isenção fiscal proporcional ao total de número de bolsas ofertadas, mesmo que não tenham sido todas elas preenchidas. Mas o TCU (Tribunal de Contas da União) já se posicionou contrário a esse formato e quer que as instituições só recebam a isenção caso as vagas sejam, de fato, ocupadas.

O MEC (Ministério da Educação) concorda com a mudança e estudará, com a Casa Civil, a melhor forma de implementá-la. Segundo Haddad, o ministério defenderá que seja feita por medida provisória, já que a tramitação deste tipo de projeto é mais rápida.

Outra mudança que ainda está sendo discutida no ministério é o fim das bolsas parciais. O ProUni oferece, além do benefício integral, bolsas parciais que custeiam 50% da mensalidade. Mas são essas vagas que costumam ficar ociosas. Esse benefício pode ser pleiteado por famílias com renda per capita (por pessoa) até três salários mínimos. "Ainda estamos discutindo esse ponto porque, dentro do MEC, há pessoas que defendem que a bolsa parcial é benéfica para uma parte da população", disse Haddad.

Educação/MT - Está cheia de problemas e as soluções ainda longes

Reportagem de Camila Ribeiro

O tempo passa e as escolas estaduais e municipais sentem poucos avanços, principalmente no tocante a sua estrutura. Um dos motivos é o que aponta a Seduc: 87% do orçamento é destinado à folha de pagamento. Assim, sobram problemas e as soluções tornam-se cada vez mais paliativas e tardias.

Foi o tempo em que a Educação era base da nação. O oriente já descobriu isso e reconstruiu Japão e China de devastações naturais e de guerras utilizando a arma do saber e dando condições para que estudantes absorvam o que lhes é ensinado. Cuba, um país bem menor que a grandeza brasileira e cheio de dificuldades também dá uma aulda de patriotismo quando cuida do ensino que trabalha em prol da Saúde e outros setores com uma nação preparada. Em Mato Grosso, sabe-se que uma escola não se desenvolve apenas com a valorização dos salários dos professores: os estudantes precisam de atividades extraclasse para complementar o aprendizado e tornar o estudo mais atraente. Mas existe, além disso, outra grande necessidade: prédios amplos, modernos, equipados com biblioteca, computadores, ônibus escolares, entre outras coisas. A lista é realmente longa, mas se faz necessária para o alcance de uma educação de qualidade.

Contudo, em Mato Grosso, não há nenhuma escola pública que atenda a todos esses requisitos. A afirmação é da diretora do Sintep subsede Cuiabá, Helena Bortolo. Segundo ela, há muitos anos a secretaria denuncia a falta de estrutura em algumas escolas. Agora ela prepara uma outra denúncia. “Uma tentativa de instalar os aparelhos para maior conforto dos alunos poderia causar um desastre por conta da precariedade das fiações elétricas em muitas escolas”, explica a sindicalista.

A situação ocorre, por exemplo, no colégio estadual Nilo Póvoas, localizado no Bairro Bandeirantes, em Cuiabá. Há necessidade de trocar aparelhos, mas a escola precisa antes contar com transformadores que garantam a potência energética necessária. “É uma escola antiga e muito importante que só recebeu pequenas reformas nos últimos 40 anos”, pontua Bortolo. Na mesma escola, são visíveis as infiltrações nas paredes. A direção da escola anseia pela implantação de um projeto de um novo refeitório. Essa reforma é esperada para os próximos três meses.

PARCERIA LIMITADA

Reclamações também partem dos gestores municipais. Os de Cuiabá e Várzea Grande argumentam que faltam recursos para ampliação da melhoria da estrutura da área. O secretário de Educação de Cuiabá, Permínio Pinto, afirma que só com transporte escolar nos distritos e regiões periféricas são gastos anualmente R$ 5 milhões. Segundo ele, desse valor, o Estado repassou apenas RS 180 mil. “Uma participação ínfima”, avalia Permínio. O repasse é realizado através de convênio, que segundo o secretário não está sendo cumprido na íntegra. O município também tem outras parcerias. Uma delas sedia aulas para o Ensino Médio em nove salas pertencentes aos municípios.

Disponibilizar salas para o Ensino Médio noturno também é algo que acontece em Várzea Grande. Segundo o secretário Isaac Nassardem, convênios no mesmo sentido também foram assinados no município. Ele admite, porém, que “os convênios se tornaram um acordo de cavalheiros”, em que cada um cumpre uma pequena parte da parceria, mas nunca a totalidade. “Estamos buscando ampliar o diálogo” pondera o recém empossado secretário de Educação.


Secretária também vê falta de recursos

O Circuito Mato Grosso ouviu a secretária Rosa Neide sobre os principais problemas que afetam o desenvolvimento da Educação e seus projetos. A secretária reclama também da falta de recursos disponíveis para estruturar as escolas. Segundo ela 87% dos recursos orçamentários são destinados à folha de pagamento de servidores. Confira:

Circuito Mato Grosso - Com a crescente demanda pela melhoria na Educação, as mazelas no setor tendem a inflar. Em sua gestão já foi possível perceber o que precisa melhorar nessa área?

Rosa Neide - A educação em MT está sendo organizada a partir de diagnósticos e de planejamentos. Já estamos trabalhando de forma muito entusiasmada para melhorar a qualidade da aprendizagem. Temos muitos alunos na escola. Ao todo são 450 mil, mas precisamos atacar a qualidade do que aprendem. É preciso melhorar a leitura, a interpretação, os cálculos... Trabalharemos para que os nossos alunos conquistem o saber necessário para viver melhor no Brasil e no mundo.

CMT - Qual o orçamento da pasta e os últimos investimentos?
Rosa Neide - O orçamento de 2011 é de R$ 1,330 bilhão, entretanto, 87% deste valor são investidos em folha de pagamento. O restante é destinado à manutenção da máquina e a algum investimento em obras. Temos contado com o apoio do MEC para o investimento em obras, especialmente para a construção de novas escolas.

CMT - Como o Estado tem contribuído com a Segurança nas escolas?
Rosa Neide - Temos três servidores por unidade escolar para cuidar. Entretanto, com o modelo de sociedade que temos, onde não há respeito por prédios públicos e nem pelos seres humanos, estamos sempre correndo riscos. Temos contado com o apoio da Secretaria de Segurança; através das bases comunitárias, há contato com as escolas e temos sempre parceiros à disposição para o apoio da segurança.
CMT - Quais são as principais dificuldades para gerir a Educação?
Rosa Neide - Os recursos ainda não são suficientes para estruturá-la. Temos um atraso histórico de investimentos. Existe muito a se gastar para garantir uma estrutura adequada. Precisamos garantir também melhores salários.

CMT - O presidente do Sintep, Gilmar Soares Ferreira, frisou ao jornal que o pagamento dos aposentados está sendo realizado com recursos da Educação e não do orçamento geral.

Rosa Neide – Há um fundo de previdência para garantir o pagamento de aposentados e pensionistas. O modelo é questionado pelo sindicato, mas estamos em discussão para acertar essas questões dentro da legalidade. A Secretaria de Administração está aberta ao diálogo, já iniciado com a Seduc.

CMT - Recentemente, a Corte do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu a favor da validade do piso salarial do Magistério Público. Pelo entendimento do STF, piso é vencimento é não remuneração como era questionado pela Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4167. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, a decisão poderá trazer um impacto de R$ 1,9 bilhão na folha de pagamento dos municípios. Qual sua opinião sobre este fato?

Rosa Neide - Sou a favor do piso e da carreira. Profissionais precisam de tranquilidade para atuar bem em nossas escolas e darem a formação necessária aos nossos alunos. Mato Grosso já paga o piso salarial e também tem uma carreira respeitada por todos os educadores em todo o País. Precisamos continuar avançando.

CMT - Temos notícias de que tanto em escolas estaduais, quanto municipais ainda há alunos que mal sabem ler ou escrever, mesmo assim são transferidos para a próxima série. Não seria essa uma maneira deturpada de se pensar em educação de qualidade?

Rosa Neide - O Estado garante hoje a entrada de 98% dos alunos em idade escolar nas escolas da rede pública. Por consequência maior número de alunos com diferentes ritmos de aprendizagem estejão em nossas escolas. Enfrentamos as dificuldades com tranquilidade e responsabilidade. Temos a sala de articulação que é a presença de profissionais à disposição dos alunos com maior dificuldade para apoiá-los,
é melhor estarem na escola, do que reprovados, deprimidos e na rua.

CMT - O deputado José Riva quer que se contrate uma empresa para avaliar os contratos da secretaria estadual de Educação. Como a senhora avalia essa situação?

Rosa Neide - Todos os contratos da Seduc são acompanhados pela Auditoria-Geral do Estado e pelo TCE, além do mais, todas as contas estão devidamente aprovadas. Mas, o trabalho da Assembleia é autônomo. A Seduc está à disposição e sem nenhum problema prestaremos contas à população todas as vezes em que isso for solicitado. Como não há indícios de erros, estamos aguardando as solicitações para entregarmos tudo que nos for solicitado.

Aos mestres um aumentozinho...

Municípios mato-grossenses terão que rever seus orçamentos para garantir aos professores o pagamento do piso salarial nacional, previsto em R$ 1.187,08 por 40 horas semanais. A Lei 11.738/2008 que regulamenta a remuneração mínima destaca que os trabalhadores em jornadas diferentes das 40h semanais devem ganhar salários "proporcionais" ao piso. No mês de abril, a determinação constitucional foi reforçada por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que validou o piso salarial.
Neste caso, Várzea Grande, por exemplo, estaria prestes a se enquadrar no estabelecido.

A secretaria municipal de Educação de Várzea Grande, segundo o secretário da pasta, Wilton Coelho, implanta o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). O secretário garante que o piso mínimo validado no PCCS é de R$ 1.050,00, por 25 horas trabalhadas, aos profissionais de nível médio.

Quanto a Cuiabá, a secretaria de Educação afirma que o piso salarial, por 20 horas trabalhadas, alcança R$ 1.270,00. Mas há municípios mato-grossenses, principalmente os que contam com menor arrecadação, como Nossa Senhora do Livramento, Poconé e Dom Aquino, que temem que o orçamento seja afetado. Os gestores desses e de outros municípios concordam com o levantamento do Conselho Nacional dos Municípios (CNM). Os dados apontam que o impacto da Lei será de R$ 1,9 bilhão na folha de pagamento dos municípios brasileiros.

O levantamento mostra ainda que o salário médio pago nos 1.641 municípios brasileiros variou em 2010 entre R$ 587 e R$ 1.011. No caso dos docentes com formação superior, os valores variaram entre R$ 731,84 e R$ 1.299,59. A lei do piso prevê a complementação da União aos estados e municípios que não conseguirem arcar com esses custos. Essa transferência de recursos é prevista por meio do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Contraponto

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira, dizer que os orçamentos dos municípios podem ser afetados é uma falácia. Segundo ele, basta que cada administrador, o governo do Estado e o Ministério da Educação garantam o mínimo de investimentos na Educação. “Mato Grosso já vive essa realidade em boa parte dos municípios e ela é comprovadamente possível. O Estado garante a hora-atividade há três anos, portanto, é uma realidade palpável e garante as condições necessárias para uma Educação pública de qualidade".

Segundo o sindicalista, tanto o Sintep-MT quanto a maioria das entidades representativas do País, calculam o piso salarial com base nos repasses do Fundeb. Por esse método, segundo cálculos do sindicato, o piso deveria subir para acima para R$ 1.312,00 a partir deste ano. “Hoje temos valores milionários do Imposto de Renda, retirado na fonte, e que não são aplicados no setor. De qualquer forma, o piso salarial é um avanço”, avalia Gilmar.

Hoje o salário base de um professor de 2º Grau é de R$ 1.135. Para a educação estadual, a oferta é de um reajuste de cerca de 10%, o que elevaria o salário do professor da Rede Estadual de Ensino para R$ 1.248. A categoria não aceita e está em estado de greve, podendo paralisar as atividades caso a Secretaria Estadual de Educação não apresente uma nova proposta. Os professores, representados pelo Sintep, vão aguardar retorno da Secretária Rosa Neide até o fim do mês.

Cobrando perdas

A categoria cobra do Poder Executivo o compromisso firmado no encerramento da greve da categoria ocorrida em 2008. “Ficou acordado que 60% dos recursos vinculados à educação, determinados pela Constituição Federal, seriam destinados ao pagamento de salários, mas o governo não está cumprindo”, protesta o presidente do Sintep. Ferreira emenda, afirmando que o governo tem utilizado os recursos da Educação para pagamento de aposentados e pensionistas do setor.

Segundo o representante do sindicato, mais de R$ 300 milhões são sonegados do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) desde 2004, por força do acórdão nº 1.908 do Tribunal de Contas do Estado, que desobriga o governo de Mato Grosso a repassar 25% do imposto para a educação. O Sintep contabiliza também os recursos destinados ao incentivo fiscal. “A renúncia fiscal de até 95% para algumas empresas significa ignorar que os setores de base de um Estado precisam de investimentos”, avalia o sindicalista. Em outras palavras, a opinião do sindicalista é que tais incentivos, se relacionados a impostos, não podem ser excluídos da base de cálculo vinculada à educação.

Para discutir essas perdas e outras, o presidente da Comissão Permanente de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Fonseca (PP), pediu a realização de uma audiência pública para debater todos os aspectos relevantes e que vêm determinando, ao longo do tempo, as perdas dos recursos da Educação. Com incentivo da categoria, a audiência deve servir de palco para um grande debate entre professores e governo.

Por Simone Alves

Seduc/MT Educação Após ser cobrada, Rosa Neide entrega ônibus

Reportagem de Simone Alves

O ex-secretário-chefe da Casa Civil, Eder Moraes, nem bem deixou a pasta e já demonstrou que vai continuar sendo o braço direito do governador Silval Barbosa. No início da semana passada, Eder cobrou da secretária de Educação, Rosa Neide, que ela agilizasse a entrega dos ônibus escolares que estão parados no pátio do Detran-MT, à espera de vistoria. A resposta veio rapidamente.

No mesmo dia em que recebeu a ligação, Rosa Neide anunciou que no próximo dia 5, às 9h, mais de 273 ônibus e micro-ônibus destinados ao transporte escolar serão entregues a 141 municípios. Segundo a Secretaria de Educação, os investimentos superam R$ 64 milhões.

A secretária Rosa Neide fez outro compromisso. Afirmou que vai entregar mais 123 veículos até o fim de maio. Segundo ela, ao todo, estarão disponíveis 396 unidades. A secretária garantiu mais. Disse que até o fim de 2012 a renovação da frota alcançará 54%. No ano passado, a frota era de 1.852 veículos, poucos deles em ótimas condições de trafegabilidade.
Enquanto isso, por mais de dois meses, os novos ônibus ficaram parados num pátio na região do bairro Carumbé.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Educação e Saúde registram mais irregularidades

CGU: educação e saúde registram mais irregularidades por receberem maior volume de recursos

Roberta Lopes

Da Agência BrasilEm Brasília O ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, explicou há pouco que as áreas da saúde e educação são as que mais registram irregularidades por receberem maior volume de recursos do governo. O dinheiro é repassado por transferência obrigatória, caso da merenda escolar e também dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

O ministro informou que as duas áreas representaram no ano passado 30% dos recursos federais transferidos para estados e municípios. “Somente aí está uma razão para que se tenha maior possibilidade de irregularidade”, disse.

Ele participa neste momento de audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados para esclarecer denúncias de irregularidades nessas áreas, divulgadas na imprensa.

O ministro também enfatizou que a fiscalização na aplicação do dinheiro público não é só responsabilidade da CGU, mas também dos responsáveis pela área. “Há um controle primário que deve ser do gestor [responsável pelos recursos repassados]”.

DIDÁTICA OCUPA APENAS 10% DO CURRÍCULO DO PROFESSOR, DIZ ESTUDO

São Paulo - Os cursos de licenciatura em letras e ciências biológicas das faculdades e universidades brasileiras dedicam apenas 10% da grade curricular para conhecimentos sobre didática, segundo estudo feito pela Fundação Carlos Chagas a pedido da Fundação Victor Civita. No caso da matemática, a proporção sobe para cerca de 30%. Além disso, 95% deles não têm especificações para seus programas de estágio.

Para completar o cenário, a maior parte dos concursos realizados por prefeituras e Estados para contratar profissionais concentra suas perguntas em aspectos da legislação, sem apresentar bibliografia nem questionamentos sobre práticas de ensino.

Em resumo, as instituições de ensino superior estão formando mal o futuro professor, os estágios dentro das salas de aula são mal formulados e pouco aproveitados e, na hora de contratar, as redes de ensino não sabem selecionar os mais preparados.

Uma primeira etapa da pesquisa, que analisou os cursos de pedagogia, foi divulgada no mês passado. A pesquisa levou em conta as grades e emendas curriculares de cursos oferecidos por instituições públicas (estaduais e federais) e particulares.

"Oferecer apenas 10% da grade para conhecimentos para docência é muito, muito pouco, porque se trata de licenciatura, não de bacharelado. Estamos falando do curso dedicado a formação de professores", afirma a consultora pedagógica da Fundação Victor Civita, Regina Scarpa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo