Colégios afirmam, porém, que vão debater a flexibilização do currículo aprovada pelo Conselho Nacional de Educação
Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo
Escolas particulares de São Paulo afirmam que vão discutir a flexibilização do currículo do ensino médio, aprovada anteontem pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília. No entanto, os colégios admitem que o foco no vestibular das grandes universidades paulistas pode forçar a permanência do currículo tradicional.
"De forma alguma vamos abandonar a grade acadêmica. Mas ela não nos impede de trabalhar as áreas de cultura, ciência, trabalho e tecnologia. Aliás, já fazemos isso há quatro anos", afirma o diretor do Colégio Stockler, Agostinho Marques Filho.
Para Gisele Magnossão, diretora pedagógica do Albert Sabin, o perfil do aluno deve pesar na decisão. "A escola vai ter de analisar como fazer escolhas dentro de sua demanda, especialmente no caso dos vestibulandos", diz ela. "Mas a discussão é interessante porque retoma o papel do ensino médio de preparar o aluno para a vida."
Sueli Conte, mantenedora do Colégio Renovação, concorda. "Vamos fazer um trabalho com uma psicóloga para identificar as habilidades e interesses dos nossos alunos", afirma.
O Colégio Santa Maria também já flexibiliza seu currículo com disciplinas como geopolítica e comunicação e mídia. "Mas vamos analisar e buscar a melhor forma de nos adaptarmos", conta a diretora-geral, irmã Diane Clay Cundiff. Outras escolas, como o Magister, Móbile e Viva, também apresentam, em sua grade curricular, disciplinas diferenciadas.
Rede pública. A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo não se manifestou sobre o assunto. Já a Secretaria Estadual disse que vai esperar receber a homologação das diretrizes do Conselho Estadual de Educação.
Demanda
DÉBORA VAZ
DIRETORA PEDAGÓGICA DA ESCOLA CASTANHEIRAS
"Discutindo a criação do ensino médio, notamos que temos de combinar a grade com o perfil da comunidade."
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Vestibular dificulta mudança do ensino médio, dizem escolas
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