segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Dados foram divulgados por estudo do governo do estado. MEC quer reduzir em 50% o analfabetismo funcional até o final da década.

Quase 20% dos mato-grossenses não concluíram o ensino fundamental


Do G1 MT
Meta do governo estadual é reduzir analfabetismo
funcional para 4% em 2031 

A taxa de analfabetismo funcional da população mato-grossense acima de 15 anos, aqueles que têm até três anos de estudo e não concluíram as séries iniciais do ensino fundamental, atingiu 18,5% da população de Mato Grosso em 2012. Em 2005, a taxa era de 23,9% da população. Os dados foram divulgados pelo Caderno de Indicadores do governo do estado neste domingo (24), que propõe a meta de reduzir a taxa de analfabetos funcionais para 15% em 2015, 11% em 2020 e 4% em 2031.

Analfabeto funcional é o indivíduo que não pode participar em atividades nas quais a alfabetização é requerida para atuação eficaz em seu grupo ou comunidade, nem fazer uso contínuo da leitura, da escrita e da aritmética para desenvolvimento próprio e de sua comunidade.

Já a taxa de analfabetismo da população acima de 15 anos em 2005 foi de 9,75% e em 2013 caiu para 7,83% da população do estado, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geograia e Estatística (IBGE). Para a Unesco, níveis de analfabetismo acima de 5% são considerados inaceitáveis internacionalmente. Com isso, as metas estabelecidas para os próximos anos é de redução dessa taxa, alcançando 6% da população mato-grossense em 2015, 3% em 2020 e 2,5% em 2031.

Para o governo do estado, a principal preocupação é zerar a transmissão de analfabetismo para as futuras gerações, para que aos 8 anos de idade todas as crianças estejam alfabetizadas.

A meta estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC) é elevar a taxa de alfabetização da população com idade a partir de 15 anos para 93,5%, até 2015, erradicar até 2020 o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional até o final da década.

A proporção de pessoas de 4 a 17 anos de idade que frequentam a escola no estado passou de 87,7% da população em 2006 para 91,71% em 2013. Para os próximos anos, a meta é chegar a 94,85% da população mato-grossense em 2015 e a 100% em 2020 e 2031.

De acordo com o caderno de indicadores, 61,8% da população tinha formação completa em Ensino Fundamental em 2013. A meta é chegar a 65% em 2020 e a 70% em 2031.

Com relação ao desempenho em disciplinas escolares, apenas 7,4% da população apresentou bom aprendizado em matemática no 3º ano do Ensino Médio em 2011, de acordo com o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), o que levou o governo a estabelecer uma meta de aumentar essa taxa para 36% em 2015, 68,4% em 2020 e 100% em 2031.

Na matéria de português, 24,4% dos alunos mato-grossenses no 3º ano do Ensino Médio tiveram um aprendizado adequado em 2011. A meta para os próximos anos nesta disciplina é de se alcançar 47,2% de aprendizado adequado em 2015, 68,4% em 2020 e 89,6% em 2031.

O estudo trouxe ainda a informação de que em 2007, 9,93% da população de Mato Grosso de 18 a 24 anos frequentou o Ensino Superior, enquanto que essa taxa evoluiu para 18,91% em 2013. Para os próximos anos, o governo do estado estabeleceu uma meta de chegar a 27% em 2015, 34% em 2020 e 36% em 2031.

MT - Seduc anuncia investimento de R$ 6 milhões para escolas de Rondon


O investimento contempla a construção de três escolas e reformar outras cinco da rede estadual no município

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) está investindo R$ 6 milhões para finalizar a construção de três escolas e reformar outras cinco da rede estadual no município de Rondonópolis (215 Km ao sul de Cuiabá). O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (21.08), durante audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa no plenário da Câmara Municipal. 

Após ouvir as solicitações da comunidade escolar, o secretário de Educação Permíno Pinto informou que 230 escolas em todo o estado estão em condições precárias, necessitando de algum tipo de intervenção, e que faltam recursos para atender todas elas simultaneamente. 

“O Governo recebeu a Seduc com uma dívida na ordem de R$ 190 milhões em restos a pagar, deixada pela gestão anterior, mas já estamos normalizando a situação, para iniciar os investimentos necessários. Só na área de infraestrutura escolar aportamos recursos de aproximadamente R$ 41 milhões até dezembro de 2015”, relatou Permínio, frisando que a intenção é atender 60% dessa demanda até 2016, respeitando as prioridades, chegando a 100% até o final da gestão. 

A audiência foi requerida pelo deputado Zé Carlos do Pátio, membro da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa. De acordo com o parlamentar, o objetivo foi discutir os investimentos necessários para que o município tenha uma rede estadual de ensino melhor, até meados de 2016. “Com uma escola de qualidade, o aprendizado melhora e, consequentemente, há evolução no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)”, afirmou, destacando que, para isso, não basta apenas promover avanços da parte pedagógica, são necessários investimentos na infraestrutura. 

Para Rondonópolis, o secretário informou que estão sendo investimentos cerca de R$ 3 milhões na reforma e adequação das estruturas físicas das escolas Adolfo Augusto de Moraes e André Maggi, reforma de telhado e climatização da Lucas Pacheco, cobertura da quadra poliesportiva da José Salmem Hanze, e climatização da Joaquim Nunes Rocha. 

Na escola Adolfo, os recursos estão na ordem de R$ 2,4 milhões, já que essa unidade é a que se encontra em estado mais precário precisando de quase uma reconstrução total. A última reforma na unidade foi feita há mais de dez anos e a obra está em processo licitatório. 

Na André Maggi, a piscina teve de ser interditada em 2014, após o aparecimento de problemas estruturais. Da mesma forma, o refeitório da unidade apresentou defeito no telhado e terá de ser reconstruído. O prazo previsto para finalização da obra é de 180 dias. Em seus 2,85 mil metros quadrados, ela abriga 20 salas de aula, uma biblioteca, um laboratório de ciências da natureza e outro de informática que atende aproximadamente 1.400 estudantes. 

Na edição do Diário Oficial do Estado que circulou na última quinta-feira (20.08) foi publicada a abertura de licitação, na modalidade tomada de preços, para a contração de empresa para executar a reforma. A previsão é de que sejam aplicados aproximadamente R$ 330 mil. 

Novas unidades 

Além dos investimentos em reformas, Permínio confirmou que a Seduc empenhou recursos estaduais na ordem de mais R$ 3 milhões para a conclusão da construção de três unidades escolares nos bairros Sítio Farias/Margarida (região do Sagrada Família), Loteamento Maria Tereza (região do Cidade Salmen), e Edelmina Querubim/Jardim Carlos Bezerra (região do Anel Viário). As obras foram iniciadas na gestão passada e não alcançaram o prazo estimado de conclusão. 

Todas as unidades contarão com 18 salas, estrutura administrativa, laboratórios, quadra poliesportiva com quadra coberta, cozinha e refeitório.
(Assessoria)