sábado, 14 de abril de 2012

Unemat recebe inscrições para Mostra de Iniciação Científica no Pantanal

Redação 24 Horas News


A Universidade do Estado de Mato Grosso realiza a I Mostra de Iniciação Científica no Pantanal com a apresentação de trabalhos desenvolvidos por estudantes da Educação Básica de escolas públicas e privadas de Cáceres e municípios da região. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de abril pelo professor orientador. A exposição dos trabalhos será no dia 17 de agosto em Cáceres.

A Mostra Científica é resultado do projeto “Revelando Novos Talentos”, desenvolvido pelo Centro de Educação e Investigação em Ciências e Matemática, que conta com professores dos cursos de Ciências Biológicas e Matemática da Unemat e também do Instituto Federal de Mato Grosso, campus de Cáceres.

O objetivo do evento é incentivar a investigação de fenômenos, conceitos e explicações sobre situações cotidianas, despertar o interesse dos alunos pela Ciência e matemática, consolidar o envolvimento da universidade e comunidade escolar, além de estimular a capacidade dos alunos para o trabalho em equipe, uma vez que cada trabalho deve ser elaborado por no mínimo três e no máximo quatro alunos sob a orientação de um professor.
Cada equipe pode inscrever somente um trabalho, mas o professor pode orientar mais de uma equipe. Para a inscrição é necessário que o professor orientador leve o termo de autorização para a publicação nos anais do evento, e preencha e entregue um projeto contendo as informações sobre o trabalho que será apresentado no dia da Mostra Científica.

O professor Marcos Borges, que coordena o projeto Revelando Talentos, explica que a inscrição não tem qualquer custo para os alunos e professores orientadores, e que na medida do possível a Universidade vai contribuir para que os projetos e experiências sejam executados fornecendo materiais necessários. Além disso, o melhor projeto em cada ano da Educação Básica será premiado.

O período das inscrições é até o dia 20 de abril, no Departamento de Matemática da Unemat, campus de Cáceres, no horário das 14h30 às 17 horas e das 19h às 22 horas. Mais informações por e-mail: ceicim@unemat.br ou pelo telefone: (65) 3221-0510 .

UFMT oferece vaga para professor substituto da Faculdade de Direito


Redação 24 Horas News



A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) oferece uma vaga para professor substituto da Faculdade de Direito (FD), campus de Cuiabá, na área de Direito Civil e Processual/Prática Jurídica. Os candidatos devem ter graduação em Direito, regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB/MT), e disponibilidade para trabalhar em regime de 40 horas semanais, nos três períodos.

As inscrições serão realizadas nos dias 23 e 24 de abril, das 8h às 11h e das 18 h às 21h. Os interessados deverão procurar a secretaria da Faculdade de Direito, munidos da documentação pessoal, curriculum vitae documentado e declaração de não ter sido contratado por nenhuma instituição de ensino superior nos últimos dois anos.

O processo de seleção será feito nos dias 25 e 26 de abril, por meio de análise de currículo e entrevista. O resultado será divulgado no dia 30 de abril.

Outras informações pelo telefone (65) 3615 8541.

Estudo mostra que trabalho em equipe tornou o ser humano mais inteligente

Mariette Le Roux
da AFP em Paris



Se o ser humano desenvolveu com o tempo um cérebro tão grande isso se deu talvez porque ele foi obrigado a cooperar com seus congêneres e porque precisou aprender a trabalhar em equipe, segundo um estudo publicado na última quarta-feira (11) pela revista Proceedings of the British Royal Society.

Em comparação com o de seus antecessores hominídeos, o cérebro do 'Homo sapiens' pode ser visto como o de um gigante, mas os cientistas, apesar de seus cérebros superdesenvolvidos, nunca puderam explicar porque evoluiu assim.

Segundo pesquisadores irlandeses e escoceses, a resposta pode ser muito simples: para sobreviver, o ser humano precisou cooperar com seus semelhantes e, portanto, precisou se dotar de um cérebro suficientemente grande para navegar na complexidade das relações sociais.

Para realizar o estudo, projetaram um modelo informático que reproduzia o cérebro humano, no qual a rede de neurônios era capaz de evoluir para responder a uma série de desafios sociais.

Depois, submeteram este cérebro virtual a dois cenários.

No primeiro, dois delinquentes foram detidos pela política e cada um podia decidir se denunciava ou não seu cúmplice. No segundo, ambos indivíduos, presos em um carro coberto pela neve, deveriam avaliar a situação para determinar se uniriam suas forças para escapar ou se deixariam simplesmente o outro agir.

Em ambos os casos, um dos indivíduos pensava que pode obter mais benefícios sendo egoísta. O caso é que, quanto mais seu cérebro evoluía, mais o indivíduo estava disposto a cooperar, descobriram os pesquisadores.

"Com frequência cooperamos dentro de grandes grupos de indivíduos que não se conhecem e isso exige capacidades cognitivas para determinar quem está fazendo o que e para ajustar nosso comportamento em função disso", disse à AFP um dos autores do estudo, Lucas McNally, do Trinity College de Dublin.

A cooperação não é totalmente desinteressada e frequentemente é resultado de um cálculo para avaliar os benefícios, sobretudo a esperança de uma devolução de favores, afirma McNally.

"Se você coopera e eu sou enganado, na próxima vez você pode dizer: 'ele enganou da outra vez, e por isso deixo de cooperar com ele'. Devemos cooperar para poder seguir nos beneficiando da cooperação", resume o pesquisador.

Segundo ele, o trabalho em equipe e a potência cerebral estimulam uns aos outros. "A mudança para sociedades mais cooperativas, mais complexas, pode levar à evolução de um cérebro maior. E com o aparecimento de níveis de inteligência mais elevados, constatamos que a cooperação vai muito além".

No entanto, há limites físicos para a cooperação, relativiza Robin Dunbar, antropólogo especializado em evolução na Universidade de Oxford.

"O tamanho atual de nosso cérebro limita o tamanho da comunidade com a qual podemos interagir, aquela a qual sentimos que pertencemos", indicou a AFP

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Fazendo melhores escolhas

Lair Ribeiro

À medida que você começa a ter mais contato com os seus sentimentos, transformações decisivas começam a ocorrer na sua auto-estima e, em conseqüência, no seu sucesso.

Use seus próprios olhos. Escute seu próprio coração. Decida você mesmo aonde quer chegar. Quando outros o fazem isso por você, a recompensa nunca será sua.

Às vezes você acha que está quase concretizando alguma coisa importante na sua vida, mas, de repente... Quando tudo estava preparado para dar certo, alguma coisa sai errado. Você não entende por que, mas é reprovado em um concurso importante para sua car­reira ou não consegue aquela promoção que estava para sair.

Na hora H, você sempre comete alguma falha que não sabe explicar. E, depois, fica se perguntando: Onde é que estava o erro? Por que será que não deu certo?

Mesmo não percebendo, alguma coisa estava deslocada na sua mente. Pode ser que você tenha usado o hemisfério direito do seu cérebro em uma si­tu­a­ção que o esquerdo seria mais eficiente, ou vice-versa. Mas, o mais provável é que seus próprios valores de auto-estima estivessem deslocados na sua mente.

Trabalhando contra você

As coisas se encaminham da melhor forma possível. Chega, finalmente, a oportunidade para conseguir a tão esperada promoção e você só precisa se colocar como um profissional competente para que o seu chefe se decida. Porém, no seu inconsciente, sem que você saiba, ainda é forte a observação negativa feita pelo seu pai quando você era criança: “Você é tapado, você não serve para estudar”.

Sabe o que vai acontecer na hora H? — Você vai falhar!

Você acha que isso não faz sentido? Então, me responda: Se eu colocar uma tábua larga no chão e pedir-lhe que caminhe sobre ela, não tenho dúvida de que você o fará. No en­tan­to, se eu colocar a mesma tábua entre dois prédios de vinte andares e lhe pedir a mesma coisa, estou certo de que você não andará sobre ela. Mesmo que eu lhe assegure que não vai ter sol atrapalhando a sua visão, nem vento ou qualquer outra coisa que possa incomodar.

Sabe por que você não caminharia sobre a tábua no alto de dois prédios de vinte andares, mesmo sabendo que ela tem largura suficiente para você movimentar-se sobre ela? Porque surge uma voz de dentro de você que diz: “Cuidado! Você pode cair”. Então, você começa a tremer e perde a confiança em si mesmo.

As mensagens gravadas em nosso inconsciente interferem em nossa segurança. Se forem negativas, criam limitações. Por outro lado, se forem positivas...

A limitação é o resultado de uma mensagem negativa que está codificada em nossa mente.

Ter a auto-estima abalada na in­fância não depende apenas de ter tido um pai muito severo. Os adultos, mesmo sem perceber, submetem a maioria das crianças a inúmeras ofensas. Tais ofensas podem abalar profundamente o amor-próprio e a autoconfiança dessas crianças. Então, quando adultas, inconscientemente, elas se sentem meio bobas, incapazes, indesejadas, desajeitadas, incom­pe­tentes, enver­go­nhadas e criticáveis. É como se continuas­sem, às vezes, sen­do frágeis crianças no meio de adul­tos poderosos.

Londres proíbe anúncio que oferece 'cura para gays'

As autoridades de transporte de Londres proibiram um anúncio veiculado nos ônibus da cidade que sugeria que gays poderiam ser curados.

A campanha, uma paródia de uma iniciativa do grupo pró-gay Stonewall ("Algumas pessoas são gays. Aceite isso"), afirma que terapias poderiam mudar a orientação sexual.

Com o enunciado "Não gay! Pós-gay, ex-gay e orgulhoso. Aceite isso!", a campanha seria veiculada nos ônibus na próxima semana.

Mas a autoridade de transporte londrina, Transport for London (TfL), baniu o anúncio após reclamações.

'TOLERANTE E INCLUSIVA'

A Core Issues Trust, grupo cristão que está por trás da campanha banida, afirmou que a decisão constitui censura. O TFL, no entanto, argumentou que os anúncios não refletiam uma Londres "tolerante e inclusiva".

"Os anúncios não estão nem estarão em qualquer dos ônibus da cidade", disse um porta-voz da autoridade.

Desde abril, 1.000 ônibus londrinos exibem os anúncios promovendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a campanha "Algumas pessoas são gays. Aceite isso".

Já os pôsteres bancados pela entidade cristã Anglican Mainstream e contratados junto às empresas de ônibus pelo grupo cristão Core Issues seriam veiculados em cinco rotas centrais de ônibus, incluindo destinos altamente turísticos e centrais como a Catedral de St Paul, Oxford Street, Trafalgar Square e Piccadilly Circus.

'CANAIS CORRETOS'

O porta-voz da Stonewall, Andy Wasley, ressaltou que "não há anúncios promovendo vudu para curar gays em Londres", em uma crítica às entidades cristãs.

O prefeito Boris Johnson afirmou: "É claramente ofensivo sugerir que ser gay é uma doença da qual as pessoas se recuperam e não estou disposto a ver isso circulando nos ônibus da cidade".

Já o co-diretor da Core Issues Mike Davidson afirmou não ter se dado conta de que a censura estava em vigor na capital. "Usamos todos os canais corretos e fomos aconselhados pelas empresas de ônibus a seguir seus procedimentos. Eles nos deram OK e, agora, vetaram".




Fonte: FOLHA.COM| BBC BRASIL

Católicos reagem contra relator de ação sobre anencefalia no STF

Um grupo de católicos acompanhado de representantes espíritas e evangélicos recorreu à Presidência do Senado na manhã desta quarta-feira contra o ministro Marco Aurélio Mello, relator da ação que pretende liberar o aborto no caso de fetos anencéfalos.

O grupo acusa Marco Aurélio, favorável à autorização do aborto nesses casos, de crime de responsabilidade por ter antecipado a opinião que daria na presente ação em entrevistas à imprensa, em 2008.

Segundo Felipe Nery, representante do bispo de Juiz de Fora, o grupo considera que houve quebra de decoro e quer a cassação de Marco Aurélio.

"Ele não poderia ter emitido juízo de valor. E a Constituição Federal diz que compete ao Senado julgar um ministro do Supremo por crime de responsabilidade", diz Paulo Fernando Melo, integrante do movimento pró-vida e família.

Dom Luiz Bergonzini, bispo emérito de Guarulhos, viajou a Brasília para acompanhar o julgamento e encabeçou o grupo, que conseguiu uma audiência com o presidente do Senado, José Sarney. O encontro ocorreu enquanto Marco Aurélio lia seu voto no STF (Supremo Tribunal Federal), do outro lado da rua do Senado.

Para dom Luiz, a autorização do aborto no caso de anencéfalos seria "um desastre e uma afronta à dignidade da pessoa humana, cujo primeiro direito é a vida".

O deputado federal católico Eros Biondini (PTB-MG), que participou do encontro, disse que um documento assinado por bispos foi entregue ao presidente do Senado. "É um absurdo [a eventual liberação do aborto], agride a Constituição, que prevê a defesa da vida como inviolável."

Segundo a Folha apurou, Sarney disse ser contra o aborto, mas reafirmou a independência entre os Poderes. Apesar do pedido específico levado ao Senado, o grupo tem consciência que o mais provável é conseguir apenas destacar seu ponto de vista.

O ministro Marco Aurélio já havia se posicionado sobre a questão em 2004, quando concedeu uma liminar autorizando o aborto no caso de anencéfalos.

VOTAÇÃO

O ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo em julgamento no STF, votou a favor da antecipação terapêutica do parto na manhã desta quarta-feira.

"O ato de obrigar a mulher a manter a gestação [de feto anencéfalo], colocando-a em espécie de cárcere privado em seu próprio corpo, desprovida do mínimo essencial de autodeterminação, assemelha-se, sim, à tortura e a um sacrifício que não pode ser pedido a qualquer pessoa ou dela exigido", disse o ministro.

Somente ele votou até o momento. Em um voto que durou mais de duas horas, Marco Aurélio se manifestou favorável à antecipação terapêutica do parto no caso de fetos comprovadamente anencéfalos.



Fonte: FOLHA.COM

A Juventude quer mais!


A Cuiabá que queremos e que podemos construir deve ser uma capital onde a juventude possa ter mais segurança e a polícia tenha uma atuação mais cidadã, sendo parceira e não inimiga dos jovens; que tenha uma educação de melhor qualidade e em quantidade


ANA FLÁVIA



Há 293 anos, em 8 de abril de 1719, o bandeirante Pascoal Moreira Cabral assinava a ata de fundação de Cuiabá, no local conhecido como Forquilha, às margens do rio Coxipó, garantindo assim os direitos pela descoberta à Capitania de São Paulo.

Em 1726, chega à região o capitão-general governador da Capitania de São Paulo, Rodrigo César de Menezes, como representante do Reino de Portugal.

No dia 1º de janeiro de 1727, Cuiabá é elevada à categoria de vila, com o nome de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá. Quase um século depois, em 17 de setembro de 1818, foi alçada à condição de cidade. E, em 28 de agosto de 1835, torna-se a capital da então província de Mato Grosso.

Do período de sua fundação até hoje, nossa capital passou por inúmeras transformações e foi palco dos mais importantes acontecimentos políticos, culturais, religiosos, esportivos e sociais.

Com a força do seu povo, foi possível cultivar e preservar inúmeras tradições. Impulsionada pelo desenvolvimento, acolhe fraternamente todos e todas que aqui escolhem para viver e trabalhar.

É certo que a nossa jovem capital precisa melhorar muito para que a nossa gente possa desfrutar de seus encantos e belezas. Do ponto de vista da juventude, segmento no qual me incluo e defendo com muita atitude, são inúmeras as nossas reivindicações.

A Cuiabá que queremos e que podemos construir deve ser uma capital onde a juventude possa ter mais segurança e a polícia tenha uma atuação mais cidadã, sendo parceira e não uma inimiga dos jovens; que tenha uma educação de melhor qualidade e em quantidade que permita a inclusão de mais jovens, em especial, no ensino superior público; que implante uma política agressiva de criação de emprego e renda, investindo maciçamente na formação profissional e tecnológica e com programas de inclusão dos jovens no mercado de trabalho; que estabeleça políticas públicas culturais permanentes direcionadas à juventude, tendo ética, estética e economia como pilares.

Com a criação de um mecanismo específico de apoio e incentivo financeiro aos jovens (bolsas) para formação e capacitação como artistas, animadores e agentes culturais multiplicadores; que ampliem os espaços para a prática do esporte e lazer, de forma descentralizada e com prioridade às regiões mais carentes; que adotem canais que permitam uma maior participação popular nos rumos da administração pública, em especial da juventude.

Com a criação do Conselho Municipal de Juventude, eleito democraticamente, com caráter deliberativo, com a garantia de recursos financeiros, físicos e humanos e a constituição do Fundo Municipal de Juventude, com acompanhamento e controle social, indispensável para promover e financiar ações de interesse da juventude; que dinamize e implante políticas públicas juvenis com recorte étnico/racial e com respeito à livre orientação afetivo-sexual, entre outras.

Assim, nós jovens parabenizamos a Cuiabá do presente e nos empenhamos na construção da Cuiabá do futuro, onde possamos estudar, trabalhar, nos divertir e amar sem preconceitos e discriminação.

Viva os 293 anos de Cuiabá!

Viva a juventude, presente e futuro de nossa capital!

(*) ANA FLÁVIA é estudante de Serviço Social da UFMT, presidente estadual da União da Juventude Socialista – UJS/MT, vice-presidente do PCdoB de Cuiabá e foi candidata a Deputada Federal em 2010, alcançando 23.718 votos.

Feminismo

Ana Emília


A partir da revolução francesa que surgiu do movimento feminista, quando em 1789 algumas mulheres se encorajaram e denunciaram a sujeição em que eram mantidas e que se manifestava nas esferas jurídica, política, econômica, educacional e pessoal, essas atitude desencadeou uma convulsão social que pôs a prova o sistema político e social, vigente na França e no resto do Ocidente.

A escritora e militante feminista Olympe de Gouges redigira um projeto de declaração dos direitos da mulher, inspirada nas idéias poéticas e filosóficas do Marquês de Condorcet, enquanto os revolucionários proclamavam uma declaração dos direitos do homem e do cidadão. As francesas criaram inúmeros clubes de ativistas femininas e participaram ativamente da vida política desde o início da revolução. Em 1792, encabeçada por Etta Palm, uma delegação foi até a Assembleia para exigir que as mulheres tivessem acesso ao serviço público e às forças armadas; essa exigência não foi atendida e o movimento feminino foi suprimido pelo presidente do Comitê de Salvação Pública que proibiu as mulheres se associassem a clubes, e o projeto de igualdade política de ambos os sexos foi arquivado.

Em 1848, a França conheceu nova revolução e, como a anterior, sacudiu as bases da ordem estabelecida e mais uma vez os clubes feministas proliferaram no país. As mulheres agora reivindicavam não só a igualdade jurídica e o direito a voto, mas também a equiparação de salários. Essas novas exigências se explicavam pelas transformações da sociedade européia da época, que com a crescente industrialização, as mulheres dos meados do século XIX foram cada vez mais abandonando seus lares para empregarem-se como assalariadas nas indústrias e oficinas. Iniciava-se, assim, a dura realidade da mulher no mercado de trabalho: se os operários da época já eram mal remunerados, as mulheres recebiam menos ainda. Era mais vantajoso dar emprego às mulheres que aos homens, e, assim, estes últimos viram-se envolvidos em uma desleal concorrência com o sexo oposto e como conseqüência dessa resistência surgiram movimentos de oposição ao trabalho feminino.

Nesse panorama, despontam dois fenômenos importantes: o primeiro, a partir do momento em que as mulheres se mostraram capazes de contribuir para o sustento de suas famílias, não foi mais possível tratá-las apenas como donas-de-casa ou objetos de prazer; e o segundo, as difíceis condições de trabalho impostas às mulheres conduziram-nas a reivindicações que coincidiam com as da classe operária em geral. É, a partir, dessa época que data a união entre a relação do feminismo com os movimentos de esquerda.

A bióloga e zoóloga Berta Lutz foi a principal líder do movimento feminista brasileiro, quando em 1922, fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, essa organização tinha entre suas reivindicações o direito de voto, o da escolha de domicílio e o de trabalho, independentemente da autorização do marido. Nuta Bartlett James, outra importante líder feminina participou das lutas políticas do país na década de 1930 e foi uma das fundadoras da União Democrática Nacional (UDN). Com advento da pílula anticoncepcional, na década de 1960, permitiu uma libertação dos comportamentos sexuais antes restritos à monogamia e às relações matrimoniais, paralelamente, o meio intelectual também passou a se voltar para a essa questão com a difusão de livros de autoras que se interessavam em desconstruir o papel da mulher na sociedade.

As intervenções dos movimentos feministas têm contribuído significativamente para o reconhecimento da diversidade quando da elaboração das políticas públicas e da organização do Estado. O feminismo propõe um projeto de sociedade alternativa e coloca como objetivo uma transformação profunda, da ordem patriarcal e de seu poder regulador, em nome de princípios de igualdade, de equidade de gêneros e de justiça social.

Ana Emilia Iponema Brasil Sotero é professora, advogada, doutoranda em Ciências Jurídicas e Sociais, palestrante sobre violência de gênero, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso e escreve exclusivamente para este blog toda sexta-feira - soteroanaemilia@gmail.com - http://facebook.com/AnaEmiliaBrasil

Unemat Pasta libera pagamento de bolsas

Glaucia Colognesi


Depois de um jogo de empurra-empurra que durou quase um mês envolvendo o reitor da Unemat, Adriano Silva, o ex-diretor da Fapemat João Valente e o ex-secretário de Ciência e Tecnologia, Adriano Breunig, enfim, a Secitec anunciou a liberação de mais de R$ 136 mil para o pagamento de 100 bolsas de iniciação científica e projetos de extensão aos estudantes da universidade.

A medida atende, em partes, as reivindicações dos alunos. Isso porque o recurso liberado é referente ao período retroativo dos últimos dez dias de dezembro de 2011 até março deste ano. Portando, a partir da data em que foi assinado o Termo de Cooperação da Secitec com a Unemat e não desde agosto, quando foi feito o processo seletivo dos universitários beneficiados. O pagamento será feito através da Fapemat, vinculada a pasta.

O atraso no pagamento das bolsas e na assinatura do Termo de Cooperação se tornou polêmica quando os graduandos fizeram panelaço pelas ruas de Sinop no fim de semana que antecedeu o dia 19 de março. Com cartazes em punho, eles fizeram muito barulho ao protestar contra o atraso de sete meses no pagamento das bolsas, reivindicar melhores estruturas e condições de estudo e exigir a realização de concurso para docentes. Foi a partir daí que começou a troca de acusações entre as autoridades envolvidas que não assumiam a responsabilidade pela demora no pagamento.

A secretária Aurea Regina declarou que esta era uma de suas prioridades ao assumir o comando da pasta. “Nesse primeiro momento nossa meta era trabalhar para potencializar as ações desencadeadas pelas gestões anteriores e liberar esse recurso”, ressaltou. A responsável pela pasta ainda afirma que agora a Secitec irá se mobilizar no sentido de dar regularidade aos pagamentos.

Em MT, alunos são submetidos ao vexame escolar e ninguém assume culpa

Leandro Nascimento
de Confresa

BBnews

Situação de escola estadualizada em Mato Grosso
Alunos ironizam a situação e se queixam do caos



Sala de aula insalubre, quente, muito quente e condições subumana. Assim é a escola - ou um projeto de escola – do Governo do Estado na cidade de Confresa, localizada a 1.260 quilômetros de Cuiabá, na região do Norte Araguaia. O estabelecimento escolar foi estadualizado em 2010 no intuito de desafogar as responsabilidades do município sobre a educação. No entanto, o caos a que os estudantes estão submetidos é um vexame para o Governo. Falta dignidade.

A diretora Jaqueline Rodrigues considera difícil dirigir uma escola que praticamente não existe na prática, só no papel. “É complicado, não temos espaço físico, não tem cadeira para os alunos sentar, a maioria dos alunos estudam utilizando mesas de refeitórios que não é adequada, enquanto as obras da nossa escola está paralisada”, disse a diretora.

“Queremos só o mínimo, um espaço que podemos estar dentro e chamarmos de escola, o prefeito entrou com a contra partida do madeirite para cercamos essa garagem e transformarmos em escola, mas é muito apertado e muito quente”, reclama a diretora.

A “virtual” escola atende 145 alunos da comunidade Jacaré Valente a cerca de 50 quilômetros da sede do município de Confresa. “Ficamos contente com a estadualização na época, mas hoje estamos descontentes em vermos a diferença como a educação aqui no campo é tratada” - disse o professor Denival Pereira.

Ao lado da escola de tábua com as paredes caindo e uma casa alugada e transformada em Secretaria da escola e a garagem transformada com madeirites em sala de aula improvisada tem uma construção abandonada desde 2008 por problemas com a licitação da empreiteira e com problemas na gestão de aproximadamente R$ 18 milhões do PAC que seriam para construir escolas, estradas e assistências aos Projetos de Assentamentos. Esse dinheiro se encontra travado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) enquanto os alunos sonham em ter uma escola de verdade para estudar.
A aluna Aline Lima disse que alunos saem de casa 4 horas, andam mais de três quilômeros a pé para chegarem na escola. “Usamos uma Van do município e é muito apertada. É um aluno pisando em cima do pé do outro, é complicado”, disse ela. Já a aluna Andressa Mendes não sabe definir o termo escola. “Nós não temos escola… Estudamos em uma casa, a gente não tem uma sala para estudar, não temos uma iluminação correta, o ambiente não é correto, não tá fácil” definiu a aluna.

Segundo informações da Secretária Estadual de Educação (Seduc), a escola da comunidade Jacaré Valente ainda não está legalmente estadualizada, e que é de responsabilidade do município as estruturas físicas até que as obras do PAC sejam finalizadas.

A assessoria ainda informou que até dezembro o INCRA concluirá a escola de alvenaria que está paralisada, segundo termo de acordo assinado entre a Seduc e o INCRA, e será quando o Estado assumirá a escola da comunida Jacaré Valente, por enquanto somente as escolas da Vila Lumiar e Pé de Cajú estão sob a responsabilidade do Estado.

MT- Escolas serão orientadas para conduzirem situações que envolvam violência

Redação 24 Horas News


No primeiro semestre deste ano será publicada a cartilha do programa Paz na Escola. O material chegará nas 736 escolas da rede estadual. Nesta quinta-feira (12.04), integrantes da rede de proteção e atendimento a crianças, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social discutiram os contornos finais do projeto para viabilizar a publicação ainda neste semestre.

A coordenadoria de Projetos Educativos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT) promoveu um amplo debate entre os atores envolvidos na rede para a formatação do material orientativo, que é uma das 16 estratégias previstas pelo Programa Paz na Escola, da Seduc. De fácil pesquisa, a publicação trará uma lista de situações que podem ser encontradas e quais são as medidas a serem adotadas para a resolução de cada uma delas.

“A ideia é bem simples, mas ousada. Vai possibilitar que os gestores saibam como proceder. A quem recorrer nos mais distintos momentos. Percebo que há um grande esforço para mudanças. É um material que jamais poderá ficar guardado. Acredito que essa disseminação do conhecimento propiciará mudanças. A semente tem de ser plantada’, defende o delegado Paulo Araújo, que é o titular da Delegacia Especializada no Adolescente (DEA).

O envolvimento da família e o conhecimento sobre como se dá atuação da rede de atendimento e proteção é uma das preocupações do secretário geral dos Conselhos Tutelares de Cuiabá, Rivail de França Barboza. “Os pais são os grandes responsáveis e precisamos atingir esse público com informações. A educação é preponderante no fortalecimento do sistema”.

Janaína Pereira, coordenadora de Projetos Educativos, da Secretaria de Educação, citou que as práticas a serem implementadas começaram a sair do papel para serem executadas coletivamente. Mas, ponderou que são distintas as frentes de trabalho e que é necessária a demanda de tempo para que a transformação, de fato, ocorra. “Por isso estamos aqui hoje. Queremos o olhar crítico, as sugestões, o olhar de conhecimento construído com o passar do tempo”.

A formatação do material orientativo contou com representantes do Poder Judiciário, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Secretaria de Assistência Social de Cuiabá (SMASDH), Conselho Estadual de Políticas Públicas contra Entorpecentes (Conen/MT), dentre outros.

Doutoranda da UFMT recebe Bolsa Sanduíche para estudar no exterior

A aluna do Programa de Pós-Graduação em Física Ambiental do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Carolina de Rezende Maciel, foi contemplada com uma bolsa de doutorado com estágio no exterior, concedida pelo Programa Institucional de Bolsas de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) dentro do Programa Ciência sem Fronteiras. Ela vai para a Brunel University, em Londres, na Inglaterra, onde permanecerá por um período de um ano.

Orientada pela professora Marta Cristina de Jesus Albuquerque Nogueira, Carolina desenvolve a tese “Impacto das características físicas do ambiente urbano sobre a temperatura do ar na cidade de Cuiabá”, na linha de pesquisa “Análise Microclimática de Sistemas Urbanos”, que analisa e modela fluxos de energia em área edificada, praças e bosques em sistemas urbanos.

O Programa Ciência sem Fronteiras tem como objetivo apoiar a formação de recursos humanos de alto nível por meio de concessão de cotas de bolsas de doutorado sanduíche às Instituições de Ensino Superior que possuam curso de doutorado reconhecido pelo sistema federal.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

MEC divulga novas regras para concessão de descontos e bolsas

A concessão de descontos e bolsas pelas instituições de ensino superior participantes do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) deverá ser feita de acordo com as regras definidas na portaria n.º 87, da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação, publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira, 4.

O ato regulamenta a portaria n.º 2, divulgada em fevereiro deste ano, que disciplinou a divulgação de descontos regulares aos bolsistas e estudantes com financiamento.

São considerados descontos regulares e de caráter coletivo os valores deduzidos dos encargos educacionais praticados pela instituição para a totalidade dos estudantes, assim como para determinados grupos de estudantes que atendam a circunstâncias específicas para a sua concessão, de acordo com regras da instituição.

Para tornar as regras claras para os estudantes e as instituições, a portaria define o que são considerados descontos e bolsas. Entre os tipos de bolsas ofertadas estão aquelas instituídas pela própria instituição e concedidas por mérito acadêmico ou destaque em atividades da instituição, inclusive esportivas, e bolsas de incentivo a participação em projetos de iniciação científica ou extensão.

No caso dos descontos, será considerado desconto ordinário aquele concedido ao estudante até o último dia do mês fixado pela instituição para o pagamento regular da mensalidade. O desconto gradual é aquele concedido de acordo com o pagamento regular da mensalidade em datas pré-determinadas pela instituição; e o de antecipação é o desconto concedido pela instituição para liquidação antecipada dos valores da mensalidade. Todos os descontos deverão incidir sobre a parcela da mensalidade paga pelos estudantes financiados pelo Fies ou que tenham bolsa parcial do ProUni.

As instituições participantes dos programas terão prazo de 30 dias para editar ato próprio definindo todos os tipos de descontos e bolsas, assim como os critérios para a concessão. A portaria publicada nesta quarta-feira deverá ser divulgada pelas instituições a todos os estudantes matriculados, afixada em locais de atendimento e de grande circulação de estudantes, além de publicada no endereço eletrônico da instituição.

O objetivo da medida é impedir qualquer forma de discriminação, garantindo aos alunos contemplados pelos programas de bolsa e financiamento tratamento igualitário ao dos estudantes pagantes.

Acordo prevê vaga para professor-visitante na Universidade Harvard

O Brasil tem, a partir de agora, vaga permanente garantida na Universidade Harvard para um professor-visitante por ano. O acordo que institui a medida foi assinado por representante da instituição norte-americana e pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, na terça-feira, 10, no campus da universidade, em Cambridge, Estados Unidos. A seleção dos professores caberá à Capes.

“Queremos construir um Brasil do futuro, e uma parte dele pode passar por Harvard”, afirmou a presidenta da República, Dilma Rousseff, que participou da cerimônia de assinatura do acordo. Para ela, as relações no campo da educação, ciência e tecnologia não podem ter fronteiras.

Para Drew Faust, presidente (reitora) da Universidade Harvard, este é um momento de grandes possibilidades para a educação superior nos dois países. “Trabalharemos para sustentar o progresso da educação”, disse.

Na oportunidade, a Capes firmou novo convênio com a universidade norte-americana e com a Fundação Lemann para a ampliação do programa Ciência sem Fronteiras do Ministério da Educação brasileiro. Os acordos têm o propósito de estabelecer projetos conjuntos de pesquisa, parcerias universitárias, intercâmbio de pesquisadores, professores-visitantes e estudantes de graduação e pós-graduação, programas de treinamento de professores e formação em tecnologias educacionais.

Após a assinatura dos acordos, Dilma proferiu palestra na Harvard Kennedy School of Government, na qual abordou temas referentes à educação em todos os níveis. “Com nossos esforços para reduzir a desigualdade na educação, o Brasil seguirá na trajetória para estar à altura dos desafios que se apresentam”, afirmou.

Como avaliar um professor

Enviado por Fernando Reinach - O Estado de S.Paulo

Até que ponto é possível avaliar um professor medindo o aprendizado dos alunos? Um estudo desenvolvido nos EUA demonstrou que esse método, se bem aplicado, mede até a velocidade com que professores iniciantes melhoram seu desempenho.

Quando eu era estudante, os alunos eram avaliados todos os meses e ao final do ano. Isso ainda acontece, mas a avaliação dos alunos passou a ter uma segunda função: avaliar a qualidade dos professores e da escola. Esse sistema permite avaliar professores sem submetê-los a avaliações diretas. Talvez você não saiba, mas os professores, apesar de passarem a vida avaliando alunos, reagem violentamente quanto a escola ou o governo tenta avaliá-los diretamente.

Para esse fim, foram criados exames como o Enem. E com eles vieram as listas das "melhores" escolas secundárias e universidades. Seriam aquelas cujos alunos receberam as melhores notas nesses exames. Infelizmente, essa classificação pode ser enganosa. Ela parte do princípio de que todas as escolas recebem alunos com a mesma qualificação.

Imagine duas escolas. Em uma os alunos tiraram 10 no Enem e em outra, 8. Nas listas, fica implícito que a escola 10 é melhor que a 8. Mas isto só é verdade se ambas as escolas receberam, no início, alunos com a mesma formação.

Imagine que a escola 10 recebeu alunos que sabiam o equivalente a 7. Ela foi capaz de transformar 7 em 10 (eles aprenderam 3). Mas imagine que a escola 8 recebeu alunos que sabiam o equivalente a 2. Ela transformou alunos 2 em 8 (eles aprenderam 6). É fácil argumentar que a escola em segundo no ranking é aproximadamente duas vezes mais eficiente que a escola 10.

O fato é que não sabemos quais são as melhores escolas secundárias ou as melhores universidades. Esse fato não só distorce a avaliação, mas explica porque a maioria das escolas deseja receber os alunos mais bem preparados e se livrar dos mal preparados. A única maneira de não incorrer nesse erro é medir o conhecimento de cada aluno no inicio e no final do curso e avaliar os professores e as escolas em função do progresso obtido pelos alunos ao longo do curso.

Infelizmente, isso não está totalmente implantado no Brasil. Mas é isso que é feito em muitos Estados dos EUA. E foi utilizando esse tipo de dado que os pesquisadores estudaram o processo de melhora dos professores.

Nos EUA, a profissão de professor passou ser atividade de inicio de carreira. Se em 1988 o número de anos de experiência dos professores de ensino secundário era de 15, agora ela se aproxima perigosamente dos 3. Cinco anos depois de contratados, mais de 50% deles abandonaram a profissão. O resultado é que as crianças estão sendo educadas por professores inexperientes.

Daí a questão: quão rápido esses professores iniciantes melhoram sua capacidade de ensinar? Ou qual a perda sofrida pelo sistema educacional por causa da pouca experiência dos docentes?

Foram analisados os dados de 1,05 milhão de crianças avaliadas no início e no final de cada ano, para cada uma das matérias. Para cada criança, é conhecido cada professor e sua experiência anterior, seus colegas de classe e outros dados. Usando metodologias estatísticas, esses dados foram cruzados e as correlações estatisticamente significantes foram identificadas.

Os resultados mostram que em ciências exatas a capacidade dos professores de ensinar aumenta rapidamente durante os primeiros quatro anos de magistrado e depois se estabiliza. Para professores de matemática e biologia, esse aumento é menos significativo, mas também se estabiliza aos quatro anos. Os outros professores não melhoram tanto ao longo do tempo e sua eficiência inicial se mantém. E foi descoberto que os professores mais eficientes nos primeiros anos de carreira eram os que tinham maior chance de não se demitirem após cinco anos. Esses resultados explicam parte do fato de o ensino de ciências exatas piorar nos EUA.

Para nós, brasileiros, esse estudo demonstra como é possível dissecar o desempenho de cada professor analisando o dos alunos. Pena que avançamos tão devagar.

Fonte: Análiese do Corumbah

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Os alunos da rede estadual de ensino de Mato Grosso terão de fazer exames oftalmológicos



Exames devem ser realizados ao menos uma vez por ano.
Lei foi sancionada nesta semana pelo governador Silval Barbosa.

Pollyana Araújo
Do G1 MT

Os alunos da rede estadual de ensino de Mato Grosso terão de fazer exames oftalmológicos e otorrinolaringológicos pelo menos uma vez por ano, conforme prevê uma lei sancionada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) nesta quarta-feira (4). Os exames deverão ser realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no início do primeiro semestre de cada ano.

De acordo com a lei, os exames só poderão ser efetuados por médicos habilitados e, se for constatada alguma moléstia ou deficiência visual e auditiva, assim como quaisquer outras anomalias, o aluno deverá ser encaminhado para uma unidade de saúde apta a oferecer a assistência adequada.

A direção de cada escola deverá apresentar um relatório acerca dos exames em que o médico responsábel não tiver prescrito procedimentos corretivos ou tratamentos adequados. Além disso, deverá informar se os exames foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), bem como sobre as informações repassadas aos pais e professores.

As medidas pedagógicas adotadas pelos a fim de amenizar os efeitos negativos produzidos pela moléstia ou deficiência visual durante o processo de aprendizagem também deverão ser informadas. Caso os procedimentos visando corrigir a deficiência do estudante não forem realizados dentro de um prazo razoável, a direção da escola encaminhará um relatório a respeito do caso ao Conselho Tutelar da região.

A família em pauta na escola: mudanças do século XXI

Por: André Michel dos Santos

Vivemos em uma sociedade contemporânea perpassada pela revolução do conhecimento, da informação e de novas tecnologias. Ao mesmo tempo ironicamente, presenciamos o crescente processo de desigualdade social, o que acaba repercutindo diretamente na base familiar.

A família da atualidade, não é nem um pouco parecida com aquela que conhecemos do século passado, composta de pai, mãe e filhos, onde cada um desses membros tinha os seus papéis bem definidos. Encontramos em alguns casos a inversão de tudo, que até então conhecíamos, de valores, de funções, ou seja, onde antigamente se constituía como o papel do pai, ser chefe de família e prover o sustento da casa, hoje acaba ficando em muitos casos, a cargo dos filhos, especialmente aqueles “menores” e “bonitinhos”, pois estes conseguem comover mais fácil as pessoas e conseguir uns trocados nas sinaleiras ao final do dia. Não vou aqui me deter em explicar quais seriam os motivos que levariam essas famílias a chegarem nesta condição social.

E, é este um dos contextos, onde a escola deve intervir, ou seja, não é permissivo e nem coerente, que um pai que em toda a sua vida trabalhou, tenha que ser sustentado por seus filhos, e pior, pelas crianças. A escola tem um importante papel de não só propiciar formação para a cidadania às crianças e adolescentes, como também atingir as suas próprias famílias. inclusão

O setor educacional deve estar atento à realidade social vivenciada pelo aluno, e deve usar de estratégias e instrumentos que possam de alguma forma apontar caminhos para que essas realidades sociais sejam superadas pelas famílias, as quais se encontram em situação de vulnerabilidade social.

Refiro-me aqui aquele velho ditado “Não se deve dar o peixe, mas sim ensinar a pescar”, ou seja, possibilitar de alguma forma, através de projetos sociais, de um trabalho sistemático, de inserção social, de grupos com as famílias, dentre outros, um espaço, onde essas famílias possam se sentir capazes e fortalecidas a ponto de vislumbrar uma outra sociedade, onde seja possível a sua inclusão.

Deste modo, percebe-se que a família nunca esteve tão vulnerável às emergentes problemáticas sociais enfrentadas no seu cotidiano, incumbindo assim, aos trabalhadores da educação, a tarefa de propiciar condições de formação para a cidadania, de autonomia, de acesso e garantia aos direitos sociais, resultantes do processo de oportunidade, ensino-aprendizagem, reflexão e conscientização das famílias envolvidas.

Sobre o AUTOR:

Bacharel em Serviço Social - UNIFRA. Pós-Graduando em Gestão Educacional - UFSM; Assistente Social da Rede Marista de Educação e Solidariedade do Estado do Rio Grande do Sul.

MT- Alunos pagam a energia elétrica da escola para poder estudar

Agência da Noticia



Falta de infraestrutura esta é a palavra que define bem a situação vivida por 17 alunos da extensão da Escola Estadual Sol Nascente, que fica a 36 Km de Confresa, na região conhecida como Terra Rocha.

Na extensão escolar não tem energia elétrica própria, a eletricidade utilizada vem da igreja católica que fica próxima à escola, uma espécie de rabicho. O mais surpreendente é que parte de uma das contas de energia do ano passado foi paga pelos alunos e não pela SEDUC (Secretaria Estadual de Educação), além disso não tem bebedouro e nem banheiros.

“Ano passado a comunidade da igreja cobrou de nós estudantes para que pagássemos a conta, assim fizemos, mas este ano não iremos pagar conta nenhuma, pois este dever é da SEDUC” disse um dos alunos.

Para poder fazer suas necessidades fisiológicas alunos usam o banheiro de uma igreja vizinha da extensão, que não tem vaso sanitário e nem pia.

Em dias muitos quentes quando as temperaturas variam entre 35 e 39°, os alunos são obrigados a estudar embaixo de um pé de manga, pois na sala de aula não tem ventiladores, as aulas na unidade acontecem nas terças e quintas-feiras.

Já para poder beber água os alunos tem que trazer de casa em litros e garrafas térmicas. “Se quisermos beber água temos que trazer de casa, pois não há bebedor na escola”, desabafou um aluno.

“Aqui não tem banheiro, não tem água, nós usamos o banheiro da igreja que também está quase caindo e não tem como a gente estudar na sede, só estamos aqui porque temos vontade de estudar” explicou o aluno Juvenal Jesus dos Santos, de 41 anos.

Para o professor, Geaneis Pereira, que dá aula cerca de 2 meses , é desafio lecionar dessa forma. “É um desafio enquanto educador, a infraestrutura ajuda os alunos a ter um ensino melhor, dessa forma é um pouco desgastante”, disse o professor.

Segundo ele a solução para o problema seria oferecer transporte para os alunos para eles poderem estudar na sede. ‘’ Se houvesse um transporte para levar estes alunos para estudar na sede, resolveria o problema e não precisaria construir nada aqui”, explicou Geaneis Pereira.

Outro problema enfrentado pelos alunos é para chegar à extensão, as estradas vicinais do munícipio que dão acesso à unidade estão em péssimas condições.

O outro lado:

Por telefone a Assessora pedagógica da SEDUC, Evany Costa, de Confresa, disse ter conhecimento da extensão e explicou que os alunos estudam lá por ser mais próximo de suas casas, porém a SEDUC oferece um boa estrutura na escola sede que segundo ela fica a 15 Km da extensão.

“A escola da terra rocha é anexa a uma escola sede, onde SEDUC já propôs a comunidade escolar local, um atendimento em melhor estrutura na escola Sol Nascente que é a escola sede da extensão terra rocha, onde possui bebedouros, banheiros, ventilação e energia própria e fica distante apenas 15 km da comunidade e ainda há transporte escolar disponível aos alunos. A situação enfrentada pelos alunos é vivenciada pelo fato da comunidade escolar local ter proposto em 2010 o interesse em estudar naquele local por ser mais próximo de casa”, explicou a Assessora pedagógica Evany Costa.

Assessora pedagógica da SEDUC, Evany Costa disse ao Agência da Notícia que há transporte para a escola sede, porém os alunos disseram não há o transporte.

MT- Seduc "dribla" Lei e compra R$ 8 milhões em móveis de empresa do presidente da Fiemt

CLÁUDIO MORAES
Da Editoria

A Seduc (Secretaria de Estado de Educação) contratou no último dia 02 de janeiro a empresa Milanflex Indústria e Comércio de Móveis e Equipamentos Ltda para fornecer mobiliário para escolas da rede básica por R$ 8,059 milhões. O polpudo contrato será executado até o mês de novembro deste ano.

De acordo com informações levantadas por O Documento, a empresa Milanflex particamente monopoliza as licitações no Governo de Mato Grosso para o fornecimento de móveis. Um dos sócios da empresa é Jandir José Milan, atual presidente da Fiemt (Federação das Indústrias de Mato Grosso).

Milan começou a atuar fortemente no palácio Paiaguás, a partir de 2003 quando o atual senador Blairo Maggi (PR) foi eleito governador de Mato Grosso. A partir daí, o empresário. respaldado pelo amigo pessoal e ex-candidato a prefeito de Cuiabá, em 2008, e Governo do Estado, em 2010, Mauro Mendes (PSB), conseguiu “abocanhar” contratos para o fornecimento de móveis e também de fornecimento de mão de obra e sistemas através de outra empresa, a Ábaco.

Como forma de retribuição da “gentileza”, Jandir Milan sempre atuou fortemente nas campanhas de Mauro Mendes. Em todas, ele foi o coordenador financeiro. Drible

Para que a Milanflex conquistasse o milionário contrato, a Seduc usou uma “manobra e brecha” da Lei de Licitações, que possui legalidade, mas representa uma imoralidade. Ao invés de promover um pregão e aumentar a concorrência com empresas do setor, a Seduc resolveu aderir a uma ata de preços do Ministério da Educação.

Portanto, logo no início do ano, o empresário ganhou literalmente um “presente de ano novo”. Aliás, o contrato está assinado pelo secretário estadual de Educação, Ságuas Moraes Souza.

A chamada “carona” em licitações usada constantemente pela Seduc já foi alvo de questionamentos na Assembleia Legislativa. No ano passado, o presidente do Legislativo, deputado José Riva (PSD), questionou a compra de ar-condicionados através de uma adesão ao registro de preços de uma empresa do Nordeste.

Seduc de Mato Grosso usa "brecha" na Lei e compra R$ 13 mi em móveis sem licitação


CLÁUDIO MORAES
Da Editoria

Após comprar R$ 8,059 milhões da empresa Milanflex Indústria e Comércio de Móveis e Equipamentos Ltda no mês de janeiro, a secretaria estadual de Educação adquirirá mais R$ 4,707 milhões em móveis para colégios da rede pública sem a realização de procedimento licitatório. Ou seja, serão R$ 12,766 milhões neste ano sem uma disputa por preços em empresas do setor, o que geraria gastos menores ao poder público estadual.

De acordo com extrato de contrato publicado nesta quarta-feira, a Seduc aderiu a um pregão eletrônico do Ministério da Educação vencido pela empresa Milanflex, que é de propriedade do atual presidente da Fiemt (Federação das Indústrias de Mato Grosso), Jandir José Milan. O contrato para "aquisição de mobiliário escolar da educação básica para atender a demanda das escolas estaduais da capital e do interior do Estado" entre os meses de março e dezembro deste ano.

A empresa Milanflex praticamente monopoliza as licitações no Governo de Mato Grosso para o fornecimento de móveis. Milan começou a atuar fortemente no palácio Paiaguás, a partir de 2003 quando o atual senador Blairo Maggi (PR) foi eleito governador de Mato Grosso. A partir daí, o empresário, respaldado pelo amigo pessoal e ex-candidato a prefeito de Cuiabá, em 2008, e Governo do Estado, em 2010, Mauro Mendes (PSB), conseguiu “abocanhar” contratos para o fornecimento de móveis e também de fornecimento de mão de obra e sistemas através de outra empresa, a Ábaco Tecnologia da Informação Ltda.

Como forma de retribuição da “gentileza”, Jandir Milan sempre atuou fortemente nas campanhas de Mauro Mendes. Em todas, ele foi o coordenador financeiro.

Manobra

Para que a Milanflex conquistasse o milionário contrato, a Seduc usou uma “manobra e brecha” da Lei de Licitações, que possui legalidade, mas representa uma imoralidade. Ao invés de promover um pregão e aumentar a concorrência com empresas do setor, a Seduc resolveu aderir a uma ata de preços do Ministério da Educação através do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Escola).

Portanto, neste ano, o empresário ganhou dois milionários "presentes" na Seduc. Aliás, o contrato está assinado pelo secretário estadual de Educação, Ságuas Moraes Souza, com aval do secretário estadual de Administração, César Zilio.

A chamada “carona” em licitações usada constantemente pela Seduc já foi alvo de questionamentos na Assembleia Legislativa. No ano passado, o presidente do Legislativo, deputado José Riva (PSD), questionou a compra de ar-condicionados através de uma adesão ao registro de preços de uma empresa do Nordeste.

MT- Projovem abre mais 200 novas vagas na cidade de Barra do Garças

De Barra do Garças - Ronaldo Couto

O Projovem será oferecido na escola Filinto

O programa nacional qualificação profissional de jovens (Projovem) do governo federal abriu mais duzentas vagas para Barra do Garças, 509 km de Cuiabá. Denominado Projovem Urbano com duração de 18 meses é a chance de jovens concluírem o ensino fundamental com a qualificação em construção e reparos e instalações elétricas.

Essa será a segunda turma do Projovem no município barra-garcense oferecido pelo governo do estado. Na primeira oportunidade foi através da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secitec) e desta vez será pela Seduc. A Assessoria Pedagógica está convidando os jovens de 18 a 29 anos para participarem que terão uma ajuda mensal de R$ 100,00 como incentivo.

“Nós estaremos oferecendo as aulas no colégio Filinto Muller. As matrículas estão abertas até o dia 30 de abril”, destacou o assessor pedagógico Sérgio Barrientos. Os jovens, que são pais ou mães, que se matricularem no Projovem terão acolhimento dos filhos durante os horários das aulas. Crianças de 0 a 8 anos.

O mínimo exigido pelo programa é que os candidatos saibam ler e escrever. As aulas terão início dia 7 de maio com término previsto para 6 de novembro de 2013.

Para receberem a bolsa incentivo, os candidatos precisam freqüentar no mínimo 75% das aulas e cumprir com a entrega de 75% das atividades pedagógicas.

“Esse programa dá a chance do jovem terminar os estudos, aprender uma profissão e ainda receber uma ajuda de custo”, finalizou.

Prefeituras e estados interessados podem aderir ao programa. O objetivo é reduzir o número de jovens sem profissão.


terça-feira, 10 de abril de 2012

MT- Abertas inscrições para cursos técnicos

Interessados devem se inscrever até o dia 20 de abril


G1MT


Estão abertas as inscrições para o processo seletivo da Escola Técnica da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Secitec), de Tangará da Serra, a 242 quilômetros de Cuiabá. São oferecidas 240 vagas para quatro cursos técnicos de nível médio: meio ambiente, vendas, recursos humanos e guia de turismo.

Para concorrer, o candidato deve ter concluído ou cursar o 2º ou o 3º ano do ensino médio. Os interessados devem se inscrever na sede da Secitec em Tangará da Serra, apresentar um documento de identificação com foto e preencher um formulário de inscrição. A inscrição é gratuita e segue até dia 20 de abril.

Os cursos técnico em vendas e técnico em recursos humanos contam cada um com 40 vagas e serão realizados no período noturno. Para meio ambiente serão abertas duas turmas, sendo 40 alunos para o matutino e 40 para o vespertino. Já para guia de turismo serão também 80 vagas, divididas em turmas à tarde e à noite.

Prova
A prova do processo seletivo de Tangará da Serra está marcada para o dia 06 de maio e o local será definido até o dia 24 de abril. Os candidatos terão que responder a um questionário com 50 questões, sendo 25 de português e 25 de matemática. O resultado final será divulgado no dia 10 de maio. As aulas estão previstas para começar em 21 de maio.

MT- Pesquisa regional promove integração na escola Meninos do Futuro

Pontos tradicionais da cuiabania (igreja de Nossa Senhora do Rosário e Paróquia de São Benedito), as danças Siriri e Cururu, músicas tradicionais, a comida típica, o folclore da Capital, peça teatral, exposição fotográfica e um livro de receitas. Essas foram algumas das obras apresentadas nesta terça-feira (10.04) pelos alunos da Escola Estadual Meninos do Futuro na finalização do projeto pedagógico que abordou os temas Páscoa e Cuiabá. A programação integrou cerca de 140 estudantes da unidade escolar instalada no Centrosocioeducativo de Cuiabá.

Práticas educativas com ações de valorização da identidade dos sujeitos integram o currículo da unidade escolar. “Nossas ações não se limitam a esse espaço físico. A proposta é possibilitar a integração, de fato. Essa atividade possibilitou, por exemplo, que os estudantes aprendessem a fazer o furrundu, um doce típico. Durante a aula, um dos alunos disse que vai trabalhar com os pais com essa prática. Ou seja, possibilitamos a geração de renda a uma família”, comemora o diretor da unidade Anísio José Guimarães.

Toda a construção dos projetos é interdisciplinar. “As atividades diferenciadas são sempre bem-vindas”. O projeto educativo teve início no mês de março e a unidade escolar já se prepara para mais uma prática pedagógica, dessa vez em homenagem aos dias das mães e dos pais.

“A educação transforma”. A frase da secretaria-adjunta de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT), Fátima Resende, é a premissa do trabalho que movimenta os 31 profissionais da escola estadual. “Nosso grande desafio é fazer com que esses meninos e meninas saiam daqui e deem continuidade aos estudos, que eles terminem o ensino básico e se esforcem para entrar numa faculdade”. A professora ainda citou que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) é parceira constante no desenvolvimento das ações pedagógicas de promoção de reintegração.

Apesar de tímido, o estudante G.I.S., de 17 anos, conta que venceu a barreira e juntamente com um colega trabalhou na composição de um Rap que enfocou as belezas da Capital. “Gostei de participar da atividade“, finaliza. A novidade deste ano foi a integração promovida pelo projeto pedagógico que uniu alas diferentes (centro acautelatório e internação) para assistirem as apresentações culturais, que teve como mestre de cerimônia um estudante de 17 anos.

Mais Educação

Associado ao currículo escolar, o Programa Mais Educação oferta aulas de música, futsal, letramento, artesanatos a comunidade no contraturno as atividades da escola estadual. “Aqui todos são alunos e não infratores. Há troca constante aqui dentro. O respeito é mútuo, o que você semeia tem de volta”, diz o professor de música do Projeto Mais Educação, Marcos Silveira.

MT- Quilombo Angola apresenta filmes sobre identidade afro-brasileira

Da Redação - PV


O núcleo de capoeira angola Quilombo Angola convida toda comunidade cuiabana para o Cine Capoeira. A seção acontece gratuitamente nesta segunda (09) às 18 horas no auditório do centro cultual da Universidade Federal do Mato Grosso ( UFMT ) com o filme Besouro (2009).

O projeto integra o ciclo de intervenções e debates do projeto de extensão da coordenação de cultura da instituição. Visa para além da prática do jogo, um movimento de construção do imaginário e da identidade afro-brasileira nos espaços públicos.

O objetivo é difundir através de diversas formas de linguagens conhecimentos e conceitos que permeiam o universo da capoeira angola. Para isso os filmes Barra Vento de Glauber Rocha e Pastinha - Uma vida para Capoeira de Antonio Carlos Muricy junto aos afro-sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes compõe o quadro de exibição e debates do evento.

Uma tentativa de aproximar a comunidade ao conhecimento da arte decretada como patrimônio cultural brasileiro.
Ladainhas, berimbaus e jogos de roda, o conhecimento da capoeira antiga de angola trazidas pelo mestre Olavo, linhagem de mestre Zé de Freitas (SP) e mestre Caiçara (BA) acontecem as segundas, quartas e sextas as 18 horas no centro cultural da UFMT por meio do professor Éverton Medeiros, já que atualmente mestre Olavo reside no Vale do Capão, Chapada Diamantina, Bahia.

Esta iniciativa compõe o tripé de ensino, pesquisa e extensão que contempla seminários, intercâmbio, viagens de campo e produção de material audiovisual e científico sobre a cultura afro-brasileira nas universidades. Para mais informações www.quilomboangola.blogspot.com ou pelo site da UFMT www.ufmt.br

As informações são da assessoria de imprensa

segunda-feira, 9 de abril de 2012

MT- Cuiabá Vest 2012 informa data e local das provas

Redação 24 Horas News


A Funec – Fundação Educacional de Cuiabá, mantenedora do Cuiabá Vest informa aos candidatos que o processo seletivo para o cursinho Pré-Vestibular/Enem da Prefeitura de Cuiabá, acontecerá no dia 15 (quinze) de Abril, das 8 às 12 horas, na Unic – Universidade de Cuiabá, localizada na Avenida Beira Rio no Bairro Jardim Europa.

Os inscritos que farão a prova de seleção devem ficar atentos ao ensalamento que será publicado no site:www.cuiaba.mt.gov.br/cuiabavest.

As recomendações aos candidatos são que compareçam com uma hora de antecedência aos locais de prova, portando RG, CPF, o comprovante de pagamento da inscrição e caneta esferográfica, azul ou preta, não porosa.

Maiores Informações pelo site: www.cuiaba.mt.gov.br/cuiabavest ou pelo Fones: 3322-4775

IFMT abre seleção para professores com salário de até R$ 3.678,74 em Cáceres

Redação 24 Horas News


O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) abriu inscrições para contratação de professores substitutos para o campus Cáceres, de Cuiabá (Bela Vista) e São Vicente. As vagas são para as áreas de agroindústria, administração e economia rural e informática. Os salários podem chegar a até R$ 3.678,74.

De acordo com o edital nº 32/2012, que trata da seleção, os interessados devem realizar inscrições até o dia 13 de abril, somente pela internet. Serão oferecidas cinco vagas para professor substituto e o processo seletivo consistirá em um exame de desempenho didático.

Na área de agroindústria a instituição está selecionando professores com formação mínima de graduação em Engenharia de Alimentos, Tecnologia em Agroindústria, Tecnologia de Alimentos, Ciência dos Alimentos ou em Medicina Veterinária. Para a vaga de Administração e Economia Rural, a formação acadêmica mínima exigida é graduação em Administração ou em Tecnologia em Agronegócio. E para área de informática é exigida graduação em informática.

Mais 20 vagas

O IFMT também lançou edital para a contratação de 20 professores temporários para vários campi em Mato Grosso. O Processo Seletivo Simplificado será realizado por meio de um exame de desempenho didático e títulos. As vagas são para os campi de Barra do Garças, Cáceres, Confresa, Pontes e Lacerda, Sorriso e Campo Novo do Parecis.

Os interessados, de acordo com o edital nº 30/2012, devem realizar as inscrições até esta segunda-feira (09), por meio do site da instituição. As vagas oferecidas são para as áreas de Tecnologia de Produção de Biocombustíveis e Controle de Qualidade de Biocombustíveis; Informática, Português e Ciências Sociais.

MT- Servidor da Secretaria Municipal de Educação lança livro sobre a história de Cuiabá

Da Redação

O historiador e servidor da Secretaria Municipal de Educação (SME), Pedro Carlos Nogueira Felix, traz para as crianças a história de Cuiabá, por meio do livro “Cuiabá: Centro da América do Sul”.

Felix, que neste livro trabalha em parceria com a professora de Geografia Giseli Dalla Nora, lançou seu primeiro livro em 2000: “Mosaico Cuiabano”. Além disso, é autor de trabalhos sobre a história de Mato Grosso, que é relatada nas duas edições do livro “História de Mato Grosso”, lançadas em 2008 e 2009.

Agora, com o livro “Cuiabá: Centro da América do Sul”, o historiador pretende tornar acessível a cultura, o linguajar e os costumes cuiabanos, por meio da leitura, para o público infantil, em especial aos que se encontram no Ensino Fundamental. “É uma forma peculiar de contar a história de Cuiabá, onde a cidade vira um personagem, que conta os principais acontecimentos da história cuiabana, desde os primórdios, relatando o contato entre índios e bandeirantes, até os tempos atuais”, explica o historiador.

O objetivo deste material é resgatar a cultura cuiabana, que se perde com o passar dos anos devido ao intenso processo de globalização. A ideia surgiu há 12 anos, quando Felix escreveu o primeiro livro, que conta uma pequena história sobre os bairros da cidade. Desde então, a vontade de escrever sobre a capital, utilizando uma linguagem informal e ressaltando o dialeto cuiabano, amadureceu com o passar do tempo e pôde se concretizar no início deste ano, depois de dois anos de dedicação.

A editora Cortez, de São Paulo, foi quem entrou em contato com o professor de história e proporcionou uma oportunidade para que ele colocasse em prática o que já imaginava. A coleção “A História das Capitais”, que é da própria editora, precisava apenas da história de Cuiabá para ficar completa. Sendo assim, os quase 30 anos em sala de aula como professor e a experiência como escritor de história regional, fizeram com que a editora o procurasse, formando então uma parceria que deu origem ao livro.

“Cuiabá: O Centro da América do Sul” é de fácil leitura e conta com imagens ao longo de suas 16 páginas, que são resultado do trabalho do ilustrador Ric Milk; e pode ser encontrado nas livrarias da capital.

domingo, 8 de abril de 2012

Marketing pessoal é tão importante quanto experiência profissional e boa formação

Katia Deutner
Do UOL, em São Paulo

Aprenda a "vender o seu peixe" para aumentar suas chances no tão concorrido mercado de trabalho

Descubra se você leva os problemas certos para o seu chefe
Temida dinâmica de grupo pode ser trunfo dos tímidos na batalha por um emprego

A primeira impressão é a que fica –ao menos por um tempo, é. Um profissional que sabe "vender seu peixe" e tem uma postura firme e decidida perante os entrevistadores são os candidatos mais cotados para preencher uma vaga de emprego. Mas isso não significa que esses sejam os mais experientes ou mais adequados para o cargo.

Tão importante quanto um bom currículo, praticar o marketing pessoal faz com que você se diferencie no mercado de trabalho tão concorrido. E isso vai além das aparências ou de formas adequadas de se vestir, se comunicar ou se portar. Cordialidade, respeito no tratamento com as pessoas e a valorização do outro são fundamentais. "Quando bem administrado, o marketing pessoal ajuda o profissional a demonstrar os seus potenciais, sejam eles referentes às suas habilidades, como carisma e persuasão, ou qualidades técnicas, como conhecimentos e experiências adquiridas ao longo da trajetória profissional", explica Katia Nascimento, consultora de RH da Catho Online.

Muito além da autopropaganda, falar de si mesmo não significa se vangloriar ou se exibir. É muito mais do que isso. “Como em qualquer estratégia de produtos, a comunicação é importante, mas é apenas uma parte da história. Se o fabricante não entrega aquilo que comunica nas mídias e pontos de venda, será acusado de propaganda enganosa e terá sua imagem destruída pelos consumidores. É a mesma coisa no campo profissional”, diz a coach Ale Sanchez.

Plus profissional
Associar a gestão de carreira com um planejamento de marketing pessoal é essencial em um mercado competitivo. “Agregar valor a si próprio, fazer movimentos que demonstram os resultados obtidos no emprego, mostrar competências e causar um impacto positivo no ambiente de trabalho certamente aproximarão o profissional de suas metas –seja ela uma promoção de cargo, um aumento salarial ou mais visibilidade”, afirma a coach Ana Raia.

Isso vale principalmente nas entrevistas de emprego, nas quais os candidatos acabam prejudicados por não saber passar ao entrevistador todo o conhecimento e experiência que detêm, deixando de valorizar aspectos importantes de sua personalidade ou competências para o cargo. “Geralmente, os processos seletivos são realizados de forma acelerada e exigem a tomada de decisões e julgamentos rápidos. Quem não souber ressaltar seus pontos positivos e, principalmente, os diferenciais para ocupação do cargo, pode perder a chance para outro que soube vender suas qualificações naquele momento específico”, diz Katia Nascimento.

Promoções dentro da empresa também dependem do destaque. Nem sempre quem é mais competente ou tem mais experiência fica com os louros da vitória. “Não apostar em um bom marketing pessoal faz com que o profissional perca oportunidades importantes, por não ser percebido”, afirma Ale Sanchez. A especialista ainda conta que muitos de seus clientes se sentem desconfortáveis em falar de pontos fortes e por vezes têm dificuldades em reconhecê-los. “Mas saber demonstrar sua participação nos resultados obtidos é importante para ganhar visibilidade, deixar sua marca e aumentar as chances de crescimento na carreira”, segundo Ana Raia.

Só é preciso tomar cuidado para não ser exibido, arrogante ou inconveniente. Querer mostrar tudo o que faz, a todo momento, não é uma boa saída e ainda pode pesar contra. UOL Comportamento selecionou dez dicas para você vencer e mostrar o excelente profissional que é:


Dez dicas para ser um craque em marketing pessoal
Seja verdadeiro
Transmita confiança
Aprenda
Colabore
Faça um plano
Redes sociais
Conheça o ambiente
Networking
Alegre-se
Tenha bom humor

Construir uma imagem sólida depende do reconhecimento de seus valores e da busca por empresas que não agridam estes mesmos valores, sendo coerente entre o que você é e a imagem que transmite. De nada adianta esforçar-se para passar uma imagem no emprego se fora dele suas atitudes que te norteiam são completamente opostas. Mais cedo ou mais tarde, você cairá em contradição e toda a sua imagem será prejudicada

Estudo da USP: Jovem não reconhece assédio moral no ambiente de trabalho


Escola deveria discutir limites das relações interpessoais no ambiente de trabalho para evitar abusos

Pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP pela psicóloga Samantha Lemos Turte, entre 2009 e 2010, divulgada em abril de 2012, avaliou experiências de assédio moral relatadas por adolescentes trabalhadores e concluiu que eles não só estão expostos a situações constrangedoras, como também não sabem lidar com elas.


O estudo foi orientado pela professora Frida Marina Fischer, do Departamento de Saúde Ambiental da FSP.

O incentivo ao início da vida profissional já na adolescência é uma prática propagada, inclusive, com implementação de leis, como a Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece, entre outras coisas, que empresas tenham em seu corpo de funcionários um mínimo de 5% de menores aprendizes. Para Samantha, o interesse em promover a saúde no trabalho é primordial, uma vez que nesse local, adultos e jovens dispensam considerável parte do seu dia. Diante disso, a pesquisadora levantou a necessidade de avaliar se trabalhadores jovens saberiam reconhecer violência psicológica no seu cotidiano corporativo.

Dentre 40 adolescentes entrevistados para a pesquisa, a maioria com idade inferior à 18 anos, foram reconhecidas situações que podem ser compreendidas como violência psicológica.

Ainda que alguns tivessem sido respeitados, outros reclamaram de humilhações e imposições sofridas. Entre alguns abusos detectados, estavam desde constrangimentos provocados por outros funcionários da empresa até a realização de funções para as quais não foram contratados.

Para Samantha, o mais preocupante é a banalização das condições ruins de trabalho às quais tanto adultos quanto crianças estão submetidos. É comum ouvir que trabalhar é ruim, as coisas não são fáceis, etc e, com isso, perde-se a noção de que a promoção da saúde mental deve ser estendida ao ambiente profissional. “Naturalizamos problemas do trabalho e irradiamos na nossa vida pessoal” diz a pesquisadora.

A pesquisadora também contou que os adolescentes não sabiam reconhecer, sem uma explicação prévia, se haviam sido vítimas de violência psicológica. Quando eram informados da definição do termo, faziam um paralelo dessa com o bullying, prática de agressão comum entre crianças na idade escolar.

Segundo o estudo, os jovens que sabiam o que era assédio moral e o reconheciam, tinham mais segurança em defender-se da prática e reclamar por seus direitos. Para a psicóloga, discutir na escola questões relativas aos limites das relações interpessoais no trabalho, à saúde e às formas de violência evitaria que os jovens sofressem esses abusos e lhes daria argumentos para se proteger. Com esses conceitos bem definidos, “nos tornaríamos protagonistas na promoção da saúde” diz Samantha.

Entrevistas

Inicialmente a psicóloga procurou uma organização não governamental (ONG) especializada em preparar e encaminhar jovens residentes da Zona Sul de São Paulo entre 15 e 20 anos para o mercado, inclusive com promoção de cursos. Esses cursos abrangem conceitos técnicos de áreas administrativas, inglês, linguagem, matemática, informática e noções de direitos como cidadão e deveres com a sociedade.

Há três tipos de jovens vinculados à associação: aqueles que não estão no mercado de trabalho e, portanto, frequentam diariamente as aulas preparatórias; aqueles que trabalham como jovens aprendizes, possuem vínculo empregatício com a empresa correspondente. Ou seja, tem carteira de trabalho assinada e frequentam uma vez por semana as aulas da ONG; e aqueles que estão contratados como estagiários nas empresas, com contratos sem vínculo empregatício, e frequentam as aulas uma vez por mês.

Assim que participam das atividades reservadas ao primeiro grupo, os jovens são encaminhados para empresas parceiras da ONG cadastradas para implementar essa mão de obra.

Os jovens selecionados para a pesquisa eram provenientes do segundo e terceiro grupo e que já estavam empregados no mínimo seis meses. Foram realizadas entrevistas, tanto individuais quanto em grupo, além de um questionário, para detectar se esses jovens sofriam assédio moral ou outro tipo de violência psicológica no trabalho e, mais importante, se sabiam reconhecer tal ato.

A intenção era determinar se os jovens que frequentavam as aulas na ONG uma vez por semana saberiam reconhecer e lidar com assédio moral de forma mais efetiva do que os que frequentavam a ONG apenas uma vez por mês. Por haver menores de idade no grupo estudado, termos de consentimento foram assinados pelos pais dos participantes.

Mais informações: e-mail: samturte@usp.br com Samantha Lemos Turte

Fonte: Agência USP de Notícias


Acaba acontecendo

Enviado por Edgar Flexa Ribeiro



Certo, a educação nacional tem ministro novo. Mas provavelmente isso não fará grande diferença.

Daqui a pouco, quando recomeçarem as aulas, um grupo de jovens iniciará sua formação para serem professores. Vão se formar daqui a quatro ou cinco anos.

E a formação que vão receber será semelhante àquela que é feita há muitos e muitos anos. Pode ter mudado tudo, mas não houve mudança significativa na formação dos professores.

E, consequentemente, é provável que se repita todo o resto, com os mesmos resultados. Os ministros são uma irrelevância a mais.

Os equívocos nacionais são o que existe de mais constante em matéria de educação.

Muda-se a lei de dez em dez anos. Mudam nomes, inventam modismos, alteram as aparências. O discurso varia e as queixas se repetem. E tudo fica mais ou menos como sempre foi.

Veja-se o ENEM. Foi criado para ser um instrumento de avaliação do ensino, em âmbito nacional, para permitir formar séries estatísticas consistentes que pudessem ajudar o planejamento e a gestão dos sistemas de ensino.
Em pouco tempo foi transformado na chave mestra que abre o cofre do acesso ao ensino superior. Um ícone, a fôrma, o padrão, a regra, o parâmetro pelo qual individualmente são avaliados os jovens brasileiros.

Bem formado hoje em dia é quem teve boa nota no ENEM.

Como se tem boa nota no ENEM? Respondendo à pergunta que o Ministro fez do jeito que o Ministro quer. E isso é o que se considera bom para um país de dimensões continentais, diverso e diferenciado.

Com um aspecto adicional: para a consistência do exame, tal como inicialmente concebido, quem acertar tudo no ENEM pode não tirar dez, e quem errar tudo pode não tirar zero. Isso pode ter bons fundamentos estatísticos - mas torna difícil aceitar o exame como bom instrumento para aferição de desempenho individual.

O esforço hoje é concentrado para induzir todo mundo a ingressar numa universidade. Para isso o governo tem dinheiro e recursos, tem bolsas de estudo, financiamentos, apoios e estímulos.

Não é a toa que o ensino privado está se transformando – agora sim - em “big business”: sistemas de ensino e universidades já atraem até capital estrangeiro.

Esse segmento está bombando.

Uma coisa é verdade: o país está crescendo e precisa de gente formada, precisa de mão de obra, precisa da educação. Se o que o governo faz não dá conta, o país vai tomar o assunto em suas mãos, como fez com o transporte coletivo: inventou a “van”, a “perua”.

Vamos acabar inventado a “van” do ensino.


(*)Edgar Flexa Ribeiro é educador, radialista e presidente da Associação Brasileira de Educação

Fonte:Análises do Corumbah

Laurentino Gomes: "Quem lê amplia seus horizontes com a experiência dos outros"


O jornalista, autor dos livros de sucesso "1808" e "1822", fala sobre sua infância e o apoio que teve de seus pais nos estudos

Texto Manoela Meyer

Para Laurentino Gomes, os livros são o caminho para um aprendizado prazeroso

Meus pais eram cafeicultores pobres do interior do Paraná. Tinham poucos anos de estudo. Apesar disso, valorizavam muito a educação e, em especial, a leitura. Meu pai, que havia estudado só até o quinto ano primário, era um leitor voraz. Lia obras de História e Filosofia que tomava emprestadas ao pároco local, um homem bastante culto. Mesmo vivendo em uma região distante e carente de tudo, meus pais conseguiram criar condições para que todos os quatro filhos completassem o curso superior. E foram bem sucedidos. Tenho muito orgulho das minhas origens, o que também reforça em mim um grande senso de missão como escritor. Espero, pela leitura, ajudar a promover a vida de outras pessoas, tanto quanto meus pais fizeram por mim ao me estimular a ler e a se interessar pela história.

1808: a chegada da Família Real ao Brasil
Entre no especial que fizemos em conjunto com Laurentino Gomes e entenda a importância do ano de 1808 para o nosso país.

Ler é uma das formas mais agradáveis e prazerosas de aprender. Quem lê consegue ir além dos limites da própria vida porque amplia seus horizontes com a experiência dos outros. Ao ler um romance de Machado de Assis, por exemplo, nós somos transportados para outro lugar e outro tempo, no Rio de Janeiro do final do Século 19, distante da nossa realidade de hoje. Conseguimos, portanto, ter uma experiência de vida anterior à época em que nascemos. A leitura é também uma poderosa ferramenta de transformação na nossa sociedade. E isso vale hoje especialmente para os livros de História do Brasil.

Uma sociedade que não estuda História não consegue entender a si própria porque desconhece as razões que a trouxeram até aqui. E, se não consegue entender a si mesma, provavelmente também não estará preparada para construir o futuro de forma organizada e estruturada. Se você não sabe de onde veio, como saberá para onde vai? Ao olhar o passado, encontramos explicações para o Brasil de hoje. É quase impossível compreender o Brasil de hoje sem estudar a vinda da corte de D. João para o Rio de Janeiro e a influência decisiva que esse acontecimento teve na Independência em 1822. Eu diria que todas as nossas características nacionais, todos os nossos defeitos e virtudes, já estavam presentes lá. O estudo de História é fundamental para a construção do Brasil do futuro.

Paranaense de Maringá, Laurentino Gomes é ganhador de quatro prêmios Jabuti de Literatura pelos livros "1808", sobre a fuga da familia real portuguesa para o Rio de Janeiro, e "1822", sobre a Independência do Brasil. Sua obra também foi eleita o Melhor Ensaio de 2008 pela Academia Brasileira de Letras. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, tem pós-graduação em Administração na Universidade de São Paulo e trabalhou como repórter e editor para a revista Veja e o jornal O Estado de S. Paulo. É membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e da Academia Paranaense de Letras.

Lúcia Yuyama: "O exemplo familiar é o maior legado que se pode ter"


A pesquisadora do INPA desenvolve estudos sobre as propriedades nutricionais dos frutos da Amazônia


Para Lúcia, o aprendizado informal inclui a cultura de uma família e a experiência de uma vida repassada no dia a dia

A educação formal e informal abriu uma janela de oportunidades em minha vida, tanto como ser humano, quanto como pesquisadora de Ciência, Tecnologia e Inovação.

A trajetória de uma vida e experiências bem sucedidas têm como fio condutor o binômio "aprender e ensinar". A primeira vivência em ambiente escolar, a primeira professora, a alfabetização é algo encantador e memorável. Minhas etapas de aprendizado se sucederam até chegar à graduação. Dela brotaram os galhos que formaram o conhecimento da minha profissão, do meu futuro.

Acredito que a Ciência é uma atividade formadora de conhecimento, de geração de renda e acima de tudo, de formação social e de cidadania. No mundo moderno é de direto quem conhece de fato. No meu caso, foi necessário conhecer a biodiversidade amazônica, os diferentes ecossistemas e nichos ecológicos, com o objetivo de aproveitar os meios produtivos, com sustentabilidade, jamais desrespeitando o habitat das espécies naturais.

Sou eternamente grata aos meus pais e à minha família, pela oportunidade que me deram de cursar minha graduação e pós-graduação. Mas não posso deixar de falar do aprendizado informal, que inclui a cultura de uma família e a experiência de uma vida repassada no dia a dia. Esse sim é o maior legado que se pode ter.

A pesquisadora e nutricionista Lúcia Yuyama trabalha na Coordenação de Pesquisas em Ciências da Saúde e é líder do Grupo Alimentos e Nutrição na Amazônia, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Há anos desenvolve estudos sobre as propriedades nutricionais de frutos amazônicos, com o objetivo de garantir segurança alimentar às populações carentes da região.

Brasileiros perdem bolsas fora por não saberem outras línguas

Conhecimento de idioma tem sido "maior desafio" de programa do governo, diz ministro. Cursos em federais estão atrasados


iG São Paulo


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, recomendou na última quarta-feira (4) aos estudantes que pretendem pleitear bolsas de estudo fora do País pelo programa Ciências sem Fronteiras (CsF) que se adiantem no estudo da língua estrangeira para facilitar o processo de ingresso nas instituições internacionais.

Segundo Mercadante, a dificuldade dos bolsistas para aprender outra língua, principalmente o inglês, tem sido o “maior desafio” da execução do programa. O CsF já concedeu 14,6 mil bolsas, sendo que desse total 3,7 mil alunos já estão estudando fora do País, e o restante deve viajar a partir de agosto.

“As dificuldades operacionais são muito pequenas e absolutamente marginais. O maior desafio é a proficiência em inglês”, disse Mercadante. O estudante selecionado para o programa precisa apresentar uma pontuação mínima no Test of English as a Foreing Language (Toefl), prova internacional que certifica o nível de proficiência em inglês.

Mercadante disse que o Ministério da Educação (MEC) está mobilizando as universidades federais e outros órgãos, como embaixadas, para aumentar a oferta de cursos de inglês para universitários. Em dezembro, universidades públicas e governo federal discutiram a possibilidade de abrir turmas de idiomas gratuitas em todo o País, já a partir de janeiro. Mas, até agora, a proposta não saiu do papel.

De acordo com o ministro, o estudante selecionado para o programa pode ficar por seis meses no país estudando a língua antes do início do curso, mas se não obtiver a pontuação mínima não é aceito pela instituição estrangeira. A recomendação do ministro é iniciar o estudo da língua estrangeira logo ao entrar no ensino superior. “Quem está entrando este ano na universidade já vai estudando a língua estrangeira para que no próximo ano possa se candidatar e fazer o teste de proficiência. Não tem que ficar esperando, tem que tomar a iniciativa de se habilitar”.

Atualmente está no ar o terceiro edital do CsF, com 2.965 bolsas do tipo graduação sanduíche, quando o estudante faz a metade do curso no exterior (Austrália, Bélgica, Coreia, Espanha, Holanda, Canadá e Portugal, neste caso) e o restante no Brasil.

Os cursos priorizados pelo programa são as engenharias e os da área de ciência e tecnologia. As inscrições se encerram em 30 de abril e podem ser feitas no site do programa.

O próximo edital que, segundo o ministro, deverá ser lançado em maio, irá incluir oportunidades na Alemanha, França, Itália, no Reino Unido, Canadá e nos Estados Unidos. O governo brasileiro também negocia parcerias com a Irlanda, Noruega, Índia e Finlândia.

De acordo com o ministro, há também uma demanda forte de pesquisadores e professores estrangeiros interessados em trabalhar no Brasil. Dois programas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que vão oferecer bolsas para esse público tiveram inscrições acima da expectativa, na avaliação de Mercadante.

* Com informações da Agência Brasil

A reconstrução do papel dos pais educadores

Nos dias de hoje, discussões e reflexões sobre as relações entre pais e filhos ocupam significativos espaços na mídia. A autoridade parental ganha foco nestes debates, uma vez que, embora haja consenso quanto a sua indispensável existência, vivenciamos um momento no qual muitas famílias protagonizam a verdadeira “soberania do infante”.

A maioria dos pais, perdidos entre as especificidades do desenvolvimento da criança e do adolescente e a necessidade de ensinar os comportamentos sociais esperados para a adaptação à vida em sociedade, procura formas interessantes de cumprir seu papel educador. Todavia, a busca deste novo modo de ser pai e educador causa-lhes muita insegurança, porque a vida não admite ensaios e lhes é cobrada uma atuação educadora diante dos filhos.

Durante muito tempo, e até mais ou menos três décadas atrás, o papel tradicional dos pais lhes permitia uma autoridade inquestionável. Os pais, autoritários, tendiam a controlar a vida dos filhos por meio de regras fixas e pouco diálogo. Determinavam o que devia ou não ser feito e usavam de coerção para a instituição da obediência. Todavia, tais procedimentos de ação parental passam a ser rejeitados quando se pretende abandonar um modelo familiar baseado no comando para estabelecer um padrão relacional baseado na negociação.

Há, neste movimento, a busca de uma forma de relação entre pais e filhos que precisa ser reinventada. Isso porque muitos pais não objetivam repetir o mesmo que experienciaram enquanto filhos.

O problema é que na ausência de um parâmetro relacional vivido, posto que nos dias de hoje não se sabe utilizar as referências transmitidas em decorrência da espantosa transformação dos hábitos e posturas que se deu nos últimos cinquenta anos, corre-se o risco de passar diretamente “de oito a oitenta”. Ou, dizendo de outra maneira, nega-se a autoridade absoluta para adotar uma desastrosa permissividade.

Pensando estar agindo de maneira amistosa e democrática, pais permissivos são propensos a exigir pouco, praticar um controle muito fraco e satisfazer todos os desejos dos filhos. São presentes como grandes “coleguinhas”, mas são ausentes como pais. E ao observarmos os estilos de práticas parentais acima descritos, concluímos que a autoridade despótica e as atitudes punitivas drásticas dos pais autoritários são tão causadoras de problemas quanto os mimos exagerados dos pais permissivos.

É esperado que a legítima autoridade dos pais exista no sentido de dar limites para estabelecer a organização interna da criança e do jovem e fazer a mediação dos conflitos, pois a construção de relações familiares fundamentadas na participação e na negociação reivindica dos pais o estabelecimento de uma exigência compreensiva em relação aos seus filhos. Há que se cobrar responsabilidade desde quando eles são pequenos, para que tenham a clareza daquilo que podem ou não decidir e fazer.

Nesta direção, o autoritarismo e a permissividade cedem lugar à flexibilidade. Diante de regras que devem ser obedecidas, há espaço para negociações, no contexto dos quais os pais têm o direito e o dever de manter as regras, alterá-las e, quando necessário, também abandoná-las. Contudo, é preciso esclarecer que toda negociação deve acontecer por meio de muito diálogo. Caso contrário, pode-se propiciar o aparecimento de comportamentos arbitrários, o que confunde e atrapalha a educação dos mais jovens.

Encontrar modelos eficientes para promover uma forma “quase ideal” de ser pai e mãe é tarefa essencial para o fortalecimento de uma juventude não só autônoma, mas também mais responsável.


Francisca Romana Giacometti Paris
frgparis@editorasaraiva.com.br
Diretora pedagógica do Agora Sistema de Ensino, pedagoga e mestra em educação e ex-secretária de Educação de Ribeirão Preto (SP).

Lei torna obrigatória a flexão de gênero em diplomas para mulheres

A lei que torna obrigatória a flexão de gênero em diplomas foi publicada ontem (4) no Diário Oficial da União. Segundo a Agência Brasil, as instituições de ensino terão de empregar a flexão de gênero para nomear profissão ou grau nos diplomas expedidos a mulheres.

Geralmente, o masculino é o gênero utilizado pelas instituições de ensino para denominar profissão ou graduação. As pessoas já diplomadas poderão requerer das instituições outra emissão gratuita dos diplomas, com a devida correção.

A lei de autoria da então senadora Serys Slhessarenko foi sancionada depois de passar pela Câmara e pelo Senado.

Mercadante quer Olimpíada Internacional do Conhecimento no Brasil

Redação 24 Horas News

O Ministério da Educação (MEC) quer organizar para 2013 uma Olimpíada do Conhecimento. O intuito do ministro Aloizio Mercadante é “fortalecer o movimento”, caracterizado, nos últimos anos, pela multiplicação das competições escolares pelo país que testam o conhecimento dos alunos em diversas áreas: português, matemática, biologia, geografia, química, história e até astronomia. A ideia do governo agora é unificar as duas competições organizadas pela pasta – a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e a Olimpíada da Língua Portuguesa – adicionando conteúdos de ciência.

O projeto de Mercadante é, a partir da experiência da Olimpíada do Conhecimento, organizar, no Brasil, uma competição internacional para estudantes de diferentes países. A ideia é que a primeira edição do projeto ocorra em 2016, paralela às Olimpíadas do Rio de Janeiro.

“O melhor da herança olímpica que nós podemos deixar para as futuras gerações é exatamente esse espírito olímpico ligado ao conhecimento e ao esporte”, defendeu o ministro.

Na avaliação do MEC, as olimpíadas têm impacto positivo na aprendizagem. As inscrições para edição 2012 da OBMEP terminaram na última semana com um recorde de inscritos: 46 mil escolas e 19,2 milhões de alunos participantes.

De acordo com o ministro, como as competições têm metodologias diferentes, será necessário organizar um grupo de trabalho para unificar os eventos, inclusive os calendários. Para a olimpíada de ciências, o MEC deverá fechar uma parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), além do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

MT - Seduc realiza Encontro de Formação no Sistema Prisional

Redação 24 Horas News

O Plano Estadual de Educação nas Prisões, direitos humanos, as relações étnicas raciais, questões de gêneros, homofobia, Comissão de Qualidade de Vida (Com-Vidas), Economia Solidária, e um pouco da História da Arte, serão temas abordados durante o Encontro de Formação para o Sistema Penitenciário. O evento, promovido pela Coordenadoria de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), será realizado no período de 10 a 13 de abril, no Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (Cefapro) de Cuiabá.

Durante o Encontro com profissionais da Escola Estadual Nova Chance e também os que atuam nos Cefapros serão debatidas as propostas que servirão como base para a formulação de políticas públicas destinadas ao atendimento educacional daqueles privados de liberdade. Experiências de práticas educativas de sucesso serão expostas durante a programação (como a apresentação da Banda Musical Cazulus, composta por reeducandos do Centro de Ressocialização de Cuiabá).

“Mato Grosso é um dos poucos Estados que já se articulou e formatou um Plano Estadual, trabalho realizado com base em diagnósticos feito por consultores e visitas ao sistema penitenciário”, informa o gerente curricular da EJA, Joaquim Ventura Lopes. Ele ainda complementa citando que "toda a proposta de trabalho é pautada nos saberes que os alunos carregam".

A proposta de trabalho da Seduc é a de conseguir a expansão das salas de aula para todas as unidades prisionais do Estado (são 63 cadeias públicas e 8 penitenciárias). “Uma de nossas questões é quanto a estrutura para esse atendimento, desenvolvemos um trabalho intenso e diálogo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, com essa finalidade”.

Escola Nova Chance

Criada em 2008, a Escola Estadual Nova Chance disponibiliza atualmente um quadro com 75 professores, para atender 95 turmas previstas para 2012, em 24 unidades prisionais. Mas há possibilidade de ampliação, considerando as especificidades do público e o número flutuante de matrículas. O ano letivo no sistema prisional teve início em 27 de fevereiro com atendimento a 1,6 mil pessoas.

MT- Seduc lança Jornada Alfabeletrar

Redação 24 Horas News

A Secretaria de Estado Educação (Seduc) promoverá a partir de maio deste ano uma série de atividades formativas com profissionais da Educação de todos os 141 municípios visando colocar em prática o programa estadual “Alfabeletrar: Jornada de Mato Grosso”. A Jornada visa intensificar a alfabetização de todas as crianças do Estado até os oito anos de idade e combater o analfabetismo entre jovens e adultos.

Coordenado pela Secretaria Adjunta de Políticas Educacionais e com participação das superintendências da Seduc, o programa visa intensificar o trabalho pedagógico com formação de professores para que possam melhorar a tarefa de alfabetização e letramento das 38 mil crianças que cursam o 1º ciclo (06 a 08 anos) de Formação Humana, nas Escolas Estaduais. “A meta da Secretaria e o compromisso do Governo do Estado é de que todas as crianças de Mato Grosso ingressem no 2º ciclo (09 a 11 anos) sabendo ler e escrever”, destacou a Superintendência de Formação, Ema Marta Dunck Cintra.

Mato Grosso ainda possui 180.059 alunos que cursam entre o 1º e o 5º ano (06 a 11 anos) em Escolas municipais. De acordo com Ema, a Seduc apoiará o esforço de alfabetização das crianças até os 08 anos nessas redes por meio dessas atividades formativas que também abrangerão profissionais das Secretarias Municipais de Educação. “A perspectiva é realizamos em maio uma grande formação em Cuiabá com todos os professores articuladores das 394 Escolas Estaduais que possuem o 1º ciclo. Esse evento também contará com a participação de dois representantes de cada prefeitura”, contou.

De acordo com a coordenadora na Seduc, dos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação (Cefapros), Josimar Miranda Ferreira, após o evento na capital, articuladores, profissionais dos Cefapros e das Secretarias municipais, e a equipe da Seduc reproduzirão a mesma formação com todos os professores regentes (que atuam em sala de aula) das escolas do Estado que ofertam o 1º ciclo, e das unidades municipais dos anos iniciais. “A ideia é ofertar aos educadores que estão no dia-a-dia do trabalho de ensinar, subsídios pedagógicos para aprimorar suas metodologias de ensino. Melhorar o ensino é fundamental para que todas as crianças com até oito anos sejam alfabetizadas”, disse.

PBA

Em relação ao combate ao analfabetismo no Estado, a Seduc irá aprimorar o processo de formação dos alfabetizadores e coordenadores de turmas, que trabalham com o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), além dos professores que trabalham com o 1º segmento (antiga 1ª a 4ª série) da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ao todo 1.440 desses profissionais voluntários e educadores da EJA participarão de formações divididas em seis municípios polos Cada grupo de 30 pessoas participará de um curso de 40 horas. “A meta é melhorar o processo de alfabetização daqueles que não tiveram a oportunidade de aprender ler e escrever quando eram crianças e aprimorar a aprendizagem dos que não puderam concluir os estudos na Escola regular”, disse a coordenadora da EJA, Maria Luzenira Bras.

Para 2012, o PBA já possui 12 mil alfabetizandos cadastrados para frequentarem aulas em turmas compostas por 15 pessoas na zona urbana e 07 na zona rural. O período de duração do curso é de oito meses. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) de 2010, Mato Grosso possui cerca de 230 mil analfabetos. Desde 2003, quando o PBA foi criado o Estado já alfabetizou mais de 80 mil pessoas.

Segundo Maria Luzenira o total de analfabetos “ainda continua alto, em função da migração de outras regiões e o fato da maior parte desse público morar na zona rural, o que dificulta o contato por parte do programa”, disse. A coordenadora afirma que por meio da Jornada abre-se a possibilidade de aumentar o diálogo entre Estado e municípios na busca pela redução mais rápida do analfabetismo. “O PBA é um programa federal executado pela Seduc, mas que carece de maior participação das prefeituras. Nossa meta é intensificar o diálogo e a colaboração com os municípios e a jornada será um campo fértil para isso” disse.

Investimento

Além da formação de professores, a Jornada prevê aquisição e distribuição de materiais didáticos e livros para as Escolas. Ao todo a Seduc irá investir R$ 535 mil na aquisição de exemplares de obras literárias destinados aos alunos do 1º Ciclo. De acordo com o coordenador do Ensino Fundamental na Secretaria, Daltron Ricaldes a verba já está assegurada, pois são recursos próprios. “Estamos apenas aguardando o processo licitatório para podermos adquirir os livros e fazer o envio as unidades de ensino”, disse.

Outros R$ 7 milhões oriundos do governo federal serão aplicados este ano na aquisição de materiais lúdicos e pedagógicos que auxiliam no processo de ensino-aprendizagem. “São itens como alfabeto ilustrado, jogos educativos, entre outros, que serão distribuídos para todas as Escolas de Ensino Fundamental, mas que auxiliará a jornada dentro do processo de melhoria da dinâmica pedagógica”, finalizou.