Por: André Michel dos Santos
Vivemos em uma sociedade contemporânea perpassada pela revolução do conhecimento, da informação e de novas tecnologias. Ao mesmo tempo ironicamente, presenciamos o crescente processo de desigualdade social, o que acaba repercutindo diretamente na base familiar.
A família da atualidade, não é nem um pouco parecida com aquela que conhecemos do século passado, composta de pai, mãe e filhos, onde cada um desses membros tinha os seus papéis bem definidos. Encontramos em alguns casos a inversão de tudo, que até então conhecíamos, de valores, de funções, ou seja, onde antigamente se constituía como o papel do pai, ser chefe de família e prover o sustento da casa, hoje acaba ficando em muitos casos, a cargo dos filhos, especialmente aqueles “menores” e “bonitinhos”, pois estes conseguem comover mais fácil as pessoas e conseguir uns trocados nas sinaleiras ao final do dia. Não vou aqui me deter em explicar quais seriam os motivos que levariam essas famílias a chegarem nesta condição social.
E, é este um dos contextos, onde a escola deve intervir, ou seja, não é permissivo e nem coerente, que um pai que em toda a sua vida trabalhou, tenha que ser sustentado por seus filhos, e pior, pelas crianças. A escola tem um importante papel de não só propiciar formação para a cidadania às crianças e adolescentes, como também atingir as suas próprias famílias. inclusão
O setor educacional deve estar atento à realidade social vivenciada pelo aluno, e deve usar de estratégias e instrumentos que possam de alguma forma apontar caminhos para que essas realidades sociais sejam superadas pelas famílias, as quais se encontram em situação de vulnerabilidade social.
Refiro-me aqui aquele velho ditado “Não se deve dar o peixe, mas sim ensinar a pescar”, ou seja, possibilitar de alguma forma, através de projetos sociais, de um trabalho sistemático, de inserção social, de grupos com as famílias, dentre outros, um espaço, onde essas famílias possam se sentir capazes e fortalecidas a ponto de vislumbrar uma outra sociedade, onde seja possível a sua inclusão.
Deste modo, percebe-se que a família nunca esteve tão vulnerável às emergentes problemáticas sociais enfrentadas no seu cotidiano, incumbindo assim, aos trabalhadores da educação, a tarefa de propiciar condições de formação para a cidadania, de autonomia, de acesso e garantia aos direitos sociais, resultantes do processo de oportunidade, ensino-aprendizagem, reflexão e conscientização das famílias envolvidas.
Sobre o AUTOR:
Bacharel em Serviço Social - UNIFRA. Pós-Graduando em Gestão Educacional - UFSM; Assistente Social da Rede Marista de Educação e Solidariedade do Estado do Rio Grande do Sul.
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