quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Educação, segurança e agricultura em Israel

Palavra do Especialista

Jacir José Venturi - jacirventuri@hotmail.com
Engenheiro, professor de matemática e presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR).

Esquadrinhamos 2.000km desse pequeno país (10% do território paranaense), com apenas 65 anos de independência, 7,9 milhões de habitantes e 4.000 anos de história. História de superação e tenacidade. Uma produtiva viagem de 8 dias, adrede bem planejada, munidos de mapas e GPS, sem guias e sem incidentes, em um automóvel com mais três familiares, todos com formação cristã. Abundantes são as informações turísticas nas rodovias, concomitantemente em três idiomas: hebraico, árabe e inglês, nesta ordem.

Israel possui a maior quantidade de artigos científicos e um dos maiores índices de registro de patentes per capita do mundo. Quando se coteja o número de adultos com formação universitária, Israel ocupa o 2º lugar, com 48%, enquanto o Brasil está na 100ª posição, com apenas 15%. Os gastos públicos em educação de ambos os países são equivalentes: 5,7% do PIB. Embora raramente ultrapassaram 0,5% da população mundial, 19% dos prêmios Nobel foram concedidos a cidadãos de ascendência judaica.

Para esse conspícuo desempenho intelectual, há várias justificativas, das quais duas merecem destaque: a ênfase ao estudo permite participar plenamente da vida religiosa da comunidade e a continuidade dos valores morais dos judeus;e o patrimônio intelectuallhes propiciou a sobrevivência e a adaptação no longevo decurso de sua história de diásporas, guerras, invasões, perseguições e desterros.O historiador americano Paul Johnson se faz oportuno: “Nenhum outro povo mostrou-se mais fecundo em fazer da desgraça um uso criador”.

À guisa de uma artéria principal, numa das margens das estradas, o aqueduto nacional – de metal, com uns 30cm de diâmetro –, que conduz para todo o país água doce do Mar da Galileia e água dessalinizada do Mediterrâneo.A balança comercial agrícola de Israel é deficitária em apenas 5%, um feito notável, pois 80% de suas terras não eram originalmente agriculturáveis. Se é assim, o solo é apenas suporte e adubo nele. O índice pluviométrico é baixíssimo? Pois bem, a água para a irrigação provém do tratamento dos esgotos das cidades, demandada por tubos de polietileno até à raiz das plantas, estas em boa parte distribuídas em estufas. O gotejamento é uma técnica criada em Israel em 1965, sendo adicionados à água nutrientes como superfosfato, cálcio e potássio. Nesse ecossistema, sem uso de agrotóxicos, um hectare está produzindo 30 vezes mais que a média mundial.

Israel é uma nação com eleições livres,– por isso recebe a alcunha de oásis democrático, envolto por vários países conflagrados. Internamente, a sensação é de segurança, quando se perambula pelas suas cidades, inclusive à noite. Até mesmo na Cisjordânia, onde fizemos um tour de dois dias.Nada mais desejável e sensato que o reconhecimento de um Estado Palestino convivendo ao lado de Israel, sem conflitos, pois uma agressão aos olhos são os 700km de muros, feitos de placas de concretos com 6m de altura, separando as duas regiões.

Onipresentes, soldados e soldadas com metralhadoras a tiracolo, revólveres e equipamentos eletrônicos na cintura; serviço militar obrigatório por três anos para eles e dois para elas,em seus uniformes fashion,poderosas e sensuais, cabelos e rostos bem produzidos, como que a humanizar esse ecossistema militarizado.No deserto de Neguev, muitos postos militares (testemunhamos exercícios com tanques). É um Estado militarizado, de intimidação, enfim, a materialização do preceito romano: Si vis pacem, para bellum (se quiseres a paz, prepara-te para a guerra).

Desde a independência de Israel, em 1948, foram cinco guerras.A mais feroz foi em seu primeiro ano de vida, tendo como adversários cinco países árabes com o escopo anunciado de lançar ao mar o Estado recém-criado. Nesses três milênios, nenhuma cidade superou Jerusalém em ataques – 52 vezes.Foi por duas vezes destruída, uma das quais, no ano 70 d.C., com quase um milhão de judeus mortos pelos romanos.Tantas nações sucumbiram, enquanto Israel mais uma vez renasce das cinzas, tal Fênix. Qual o segredo dessa longevidade? Difícil responder, mas certamente, entre outras razões, estãoa perseverança e a resiliência de umpovo diante das adversidades, bem como o zeloso investimento na formação das futuras gerações pela família e pelo Estado.

Enem: o impacto sobre a escola

Fabrício Vieira de Moraes - fvmoraes@editorasaraiva.com.br
Coordenador pedagógico do Ético Sistema de Ensino, da Saraiva.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tornou-se, nos últimos anos, um dos grandes protagonistas da educação brasileira. Para quem vê graves problemas nesse exame nacional ou para quem aposta em seus benefícios, o fato é que o Enem chegou para ficar e provocou um claro impacto na forma como as escolas do ensino médio preparam os seus alunos.

Termos antes restritos ao âmbito pedagógico, como habilidades e competências, foram incorporados no dia a dia de jovens e suas famílias. A divulgação dos rankings preparados pelos jornais respingam (para bem e para mal) no prestígio das instituições e afetam mesmo índices de matrículas e fidelização de alunos.

Por essas razões – e por muitas outras –, o Enem não pode ser olhado como algo de pouca importância por nenhuma escola, tampouco deve ser temido. A divulgação dos resultados e a realização das provas têm de ser previstas no planejamento estratégico administrativo e pedagógico, porque de fato são importantes, seja para os alunos (e suas possibilidades de acesso ao ensino superior, por exemplo), seja para a instituição de ensino (que pode se ver às voltas com problemas ou surfar na onda, conforme seus resultados).

Isso quer dizer que é preciso investir mais inteligência, trabalho e recursos nas atividades relacionadas ao Enem. Estamos falando de olhar com critério para os resultados, analisar os gráficos de desempenho, ver os pontos fortes e fracos e orientar o trabalho pedagógico, para que as turmas seguintes possam se beneficiar do aprendizado geral para a instituição, e também preparar a comunicação institucional para administrar crises ou colocar a banda na rua.

Em uma palavra: aprendizado. A cada novo Enem, a escola tem uma excelente oportunidade de aprender, de se aprimorar, refinar métodos, olhar-se com coragem para vencer obstáculos e ter metas compartilhadas. O bom gestor não teme o Enem: prepara-se com realismo e traça planos para melhorar, sem subterfúgios.
Muitas escolas vêm conseguindo aprimorar seu trabalho pedagógico dessa maneira, mesmo que off the records critiquem o exame e a polêmica muitas vezes desinformada que a mídia propaga sobre o que de fato os dados significam. Está certo.

Afinal, ninguém é obrigado a concordar com a proposta, muito menos com a forma com que os dados são divulgados. Mas é uma miopia de liderança fingir que nada está acontecendo e perder uma chance concreta de levar a escola para um novo patamar de qualidade.

Claudio de Moura Castro diz que Plano Nacional de Educação é equivocado e inócuo

Para especialista em Educação, o PNE como está não tem relevância social.
O especialista em Educação Claudio de Moura Castro afirmou, durante audiência pública na Comissão de Esducação, Cultura e Esporte (CE) do Senado nesta terça-feira (22), que o projeto do novo Plano Nacional da Educação (PNE) é “equivocado e inócuo”.

Em sua avaliação, a proposta tem um "erro de essência”, pois não corresponde ao denominador comum do interesse coletivo, mas o somatório do que foi proposto por diversos segmentos, numa “advocacia em causa própria”.

O resultado, disse, foi um conjunto de mais de duas mil propostas muitas vezes incompatíveis. Para ele, o texto reflete antes de tudo o “ativismo” de grupos específicos, sem incorporar as contribuições de pessoas que “sabem e são respeitadas”.

Como exemplo da falta de prioridade, observou que o texto dedica um parágrafo tanto ao ensino médio como ao tema da padronização dos ônibus escolares. Por tudo isso, observou que a tramitação vem exigindo "esforços hercúleos” do Legislativo, inclusive porque não dá para jogar fora as duas mil propostas (consolidadas em 20 metas). "Algumas idéias boas perdidas estão perdidas numa salada de irrelevâncias", criticou.

Entre as medidas impossíveis, apontou a proposta para elevação a 90% o percentual dos alunos do ensino superior que chegarão ao fim do curso, lembrando que até nos Estados Unidos o grau de evasão chega a 50%. Também considerou irreal a meta de erradicação do analfabetismo absoluto e a previsão de ampliar o número de vagas no ensino técnico sem que haja apoio ao sistema privado que atua nesse nível de ensino.

Alunos "fora da elite" se destacam na melhor escola de administração do país

SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO



Vários fatores diferenciam Ricardo da Rocha Rodrigues, 20, dos seus colegas de administração pública da FGV (Fundação Getulio Vargas). Entre eles, as notas: ele é um dos melhores alunos.

Ricardo também tem um perfil peculiar na faculdade conhecida por formar estudantes de elite: ele é filho de diarista e mora em Carapicuíba, na Grande São Paulo.



Ele é um dos raros alunos da FGV que vieram de escola pública e, sem ajuda de ninguém e de nenhuma ONG, entrou no curso de administração pública na faculdade -considerada a melhor escola de administração do país no RUF 2013 (Ranking Universitário Folha).

Karime Xavier/Folhapress


Ele está no 2º ano, tem bolsa integral de estudos (concedida aos primeiros colocados) e também recebe alguns auxílios, como a chamada bolsa material escolar. A mensalidade custa quase R$ 3.000.

Para ser aprovado no vestibular, ele estudou sozinho com base em material que comprou em banca de jornal.

Filho de pernambucanos que vieram a São Paulo em um pau-de-arara, ele viu sua família se estabelecer na região metropolitana da capital. A mãe é diarista, o pai é comerciante. Na sua casa moram sete pessoas.
Em uma realidade tão distante da elite, Ricardo ficou sabendo da FGV em um folder de propaganda.

Ricardo conta que resolveu prestar o vestibular porque o curso tem tudo a ver com o que ele sempre quis fazer. "Quero trabalhar no governo para mudar a realidade do país", afirma.

Seu "bixo", Reginaldo Gonçalves, 18, aluno do 1º ano da FGV, segue a mesma trajetória. Morador de Itaquera, zona leste de São Paulo, é filho de professores da rede pública e ficou sabendo da FGV pela internet.

Nunca tinha passado nem na frente do prédio da faculdade, que fica a poucas quadras da avenida Paulista. "Mas meu pai conhecia o prédio porque morou num cortiço aqui perto", diz.

Karime Xavier/Folhapress
Reginaldo Gonçalves, morador de Itaquera, 18, é aluno do 1º ano de administração pública da FGV 
Quando decidiu prestar o vestibular para a FGV, enquanto ainda estudava em uma escola técnica na Cohab de Itaquera, conta, as pessoas "estranharam".

"Um dos meus professores achou esquisito. A FGV é conhecida por formar elite e pessoas de classe média alta", lembra Reginaldo.
Ao ser aprovado, com bolsa integral, comemorou. "Mas fiquei receoso porque a realidade é diferente. A escola tem boa infraestrutura, mas o medo era sobre como seria recebido."

COLEGAS RICOS
 
Hoje, ele se sente incluído, diz, mas conta que estranha algumas conversas pelos corredores acadêmicos da FGV.

"Às vezes escuto alunos falando sobre lugares que a gente só vê na TV, sabe?"

De acordo com Leda Maria Oliveira Rodrigues, da Faculdade de Educação da PUC-SP, a diferença social pode assustar mais do que a diferença de bagagem intelectual em casos como esse.

"Quem é da periferia e quem é da elite de São Paulo têm realidades completamente distintas, que talvez nunca tenham se cruzado."

As diferenças são, mesmo, muitas. A começar pelo modo como os alunos chegam ao curso. Enquanto a maioria dos alunos da FGV usa os próprios carros, Ricardo e Reginaldo gastam até duas horas de trem e de metrô.

Para a FGV, essa mescla de realidades é positiva.

"Isso enriquece a discussão na sala de aula, ainda mais em um curso que visa formar gestores públicos", ressalta Marco Antonio Carvalho Teixeira, vice-coordenador da graduação em administração da FGV.

NO FUTURO
 
Os dois futuros administradores públicos da periferia sonham em mudar a realidade que conhecem tão bem.
Ricardo já trabalha na própria FGV, em um banco de microcrédito para pessoas de baixa renda que querem iniciar um empreendimento.

Reginaldo sonha em ser político. Se fosse, o que mudaria em Itaquera?

"Traria escolas e universidades para a região. Isso descongestionaria as vias de acesso a São Paulo."

Ele também investiria em lazer. "Muitos moleques ficam o dia todo à toa na rua e chegam à criminalidade."
Isso aconteceu com alguns dos seus colegas de infância de Itaquera, diz e silencia. Ele não quis falar sobre isso.

Estudantes de escolas privadas terão aulas durante a Copa

 
FÁBIO TAKAHASHI
CIDA ALVES

DE SÃO PAULO
 
Bola e caderno vão disputar a atenção dos estudantes nas escolas particulares durante a Copa no Brasil.
Os colégios privados de São Paulo têm divulgado nos últimos dias seus calendários para 2014, mantendo as férias do meio de ano em julho.

Com isso, a maior parte da Copa, que vai de 12 de junho a 13 de julho, será disputada durante o período letivo.
A decisão difere da rede estadual de ensino, que antecipou o recesso para que coincida com o período dos jogos.
A manutenção do calendário tradicional no sistema privado é uma orientação dos sindicatos das escolas particulares e dos professores.
Já anunciaram que seguirão essa lógica Bandeirantes, Dante Alighieri, Móbile, Santa Cruz, Vera Cruz e Vértice, além da rede marista, que conta com 16 colégios pelo país, incluindo o Arquidiocesano em São Paulo.
Os representantes das escolas dizem ser possível conciliar os jogos com as atividades letivas e que a antecipação das férias poderia trazer prejuízos pedagógicos.
"Temos provas no final de junho, não daria para antecipar as férias", afirmou o professor Ricardo Aguirre, do colégio Bandeirantes.

Editoria de Arte/Folhapress
POLÊMICA
A decisão divide os pais nas escolas da capital.
Os colégios particulares deverão dispensar os estudantes apenas no período dos jogos do Brasil. O que pode atrapalhar quem quiser assistir aos jogos das outras seleções, no estádio ou pela TV.
De 12 a 30 de junho, período que devem coincidir aulas com as partidas, estão marcados 54 jogos do torneio.
"O aluno pode estar com a cabeça em outro lugar. Decidimos evitar interferência", disse Maria Elizabete da Costa, coordenadora da Secretaria da Educação, ao explicar por que a pasta antecipou as férias na rede pública.
Para isso, o ano nas escolas estaduais começará antes do usual, em 27 de janeiro.
Na rede privada, porém, há uma dificuldade adicional para a antecipação das férias: convenção trabalhista determina que as férias dos professores deve ser em julho.
Uma alteração só pode ser feita após aprovação em órgãos internos dos colégios.
Segundo a União, cabe às escolas a definição de seus calendários letivos.
A Lei Geral da Copa chegou a determinar que colégios teriam de coincidir as férias com o Mundial, mas o governo decidiu manter a autonomia das escolas. A Prefeitura de São Paulo não definiu o calendário letivo nem se haverá feriado em dia de jogo.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

MT - Seduc participa em Brasília de Seminário sobre mudanças para o Ensino Médio

 
 
 
"É preciso tornar o Ensino Médio interessante, atrativo. Em uma sala de aula temos grupos distintos e o atendimento a essas demandas, necessariamente, deve ser diferenciado garantindo a identidade do estudante. Nossa grande preocupação é com o currículo. Os Estados, de maneira geral, compartilham da mesma preocupação da garantia do acesso, a permanência e a qualidade do aprendizado desses sujeitos”. 
A fala é da superintendente de Educação Básica da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), Catarina Cortez, que participou em Brasília do Seminário de Reformulação do Ensino Médio, promovido pela Câmara dos Deputados. 
 Cerca de 900 proposições foram deliberadas por todos os Estados e encaminhadas à Comissão Especial, após uma série de reuniões regionalizadas. Elas possibilitaram  o reconhecimento das fragilidades de cada território. Até o fim do mês de outubro, a Comissão apresentará o seu relatório final e também o encaminhará  para contribuições do Ministério da Educação (MEC).

“De forma geral, os Estados compartilham as mesmas preocupações, como o processo de formação  dos profissionais, assim como a formação continuada., mas é importante citar que muitas destas propostas já estão contempladas no Plano Nacional de Educação (PNE) que aguarda aprovação há três anos. Essa foi uma das pautas cobradas durante as discussões”, pontua.

O Seminário analisou o currículo, a integração profissional, a formação de professores, a infraestrutura e os instrumentos de avaliação do Ministério da Educação, espaços diversificados de aprendizagens (laboratórios, quadras esportivas, bibliotecas), além da adoção da divisão por semestre no Ensino Médio, com alternância entre blocos de Ciências Exatas e Humanas, foram discutidos. “Na verdade, se realizou um grande raio-x, da situação em todo país já que as mais distintas entidades estavam presentes e há um comprometimento pela mudança e suas repercussões”.

Participaram das discussões o ministro da Educação, Aloísio Mercadante, representantes da Câmara Federal, Conselho Nacional de Secretários de Educação, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e ainda, o Deputado Federal Ságuas Moraes (PT), e a secretaria adjunta de Política Educacionais da Seduc-MT, Ema Marta Dunck Cintra.

PATRÍCIA NEVES
Assessoria Seduc-MT

Seduc/MT Orientativo para a reposição de aula das escolas da rede estadual do estado so

Senhores Diretores Escolares, Assessores Pedagógicos e Gestores dos Cefapros,

A SEDUC – MT entende que o objetivo maior da educação é a aprendizagem com
qualidade social e que uma boa prática de gestão é capaz de construir relações de
confiança e de autonomia que assegurem a entrada, a permanência e a qualidade das
aprendizagens dos estudantes nas escolas públicas, garantindo assim, a educação como
direito inalienável a todos os cidadãos.

Orientamos às unidades escolares e assessorias pedagógicas que retomaram as
atividades escolares a realizarem reuniões envolvendo as equipes gestoras, membros
dos CDCEs e assessores pedagógicos para discutirem e avaliarem um calendário de
reposição que cumpra o período mínimo de atividades letivas estabelecido pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que é de no mínimo 800 horas anuais
distribuídas em no mínimo 200 dias de trabalho escolar.Segue:

Observando o que preceitua a Constituição da República Federativa do Brasil:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

A LDB afirma em seus artigos 23 e 24 o que segue:

Art.23:
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e
econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de
horas letivas previsto nesta Lei.grifos nossos – SEDUC.

Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as
seguintes regras comuns:

I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de
duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais,
quando houver;

Orientamos ainda, que se houver necessidade e consenso poderão ser utilizados os
sábados que não são feriados nacionais como dias letivos. A discussão do atendimento
deverá ser também com as Secretarias Municipais de Educação, observando o princípio
da educação como direito, os estudantes que dependem do transporte escolar deverão
ser atendidos ,para tanto a definição do transporte escolar será um dos pontos de análise
e discussão das equipes.

Após as discussões, entendimentos e deliberações coletivas a escola ( direção e CDCE)
deverá elaborar um calendário de reposição e encaminhar à assessoria pedagógica para
parecer, aprovação e acompanhamento das atividades nos dias de reposição.

As assessorias pedagógicas, após análise e aprovação dos calendários, deverão
encaminhá-los às Secretarias Municipais de Educação para organização e atendimento
do transporte escolar nos dias de reposição e ao técnico da SUGT,Coordenadoria de
Planejamento e Monitoramento da Gestão Escolar/Equipe de Monitoramento que atende
o município para conhecimento e acompanhamento das atividades .

Alertamos que o quadro de TAE e AAE deverão estar contemplados na proposta de
reposição.

Os Centros de Formação – Cefapros, por deliberação estratégica da SEDUC deverão
elaborar o calendário de reposição de acordo com o das escolas do polo , para
acompanhar e orientar as unidades escolares . O calendário dos CEFAPROS deverá ser
encaminhado à Sufp para parecer e aprovação.

Contamos com o compromisso e empenho de todos na organização e cumprimento das
orientações que estamos encaminhando por acreditarmos que devemos fortalecer as
relações de cooperação, trabalho coletivo e no partilhamento das decisões a serem
tomadas, tendo como base o direito dos estudantes.

Atenciosamente,

MT - Reposição deve cumprir os 200 dias letivo

Com o fim da greve dos profissionais da Educação aprovada em assembleia da categoria na quinta-feira (17.10), a secretária de Estado de Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida destaca que os pais e os Conselhos Deliberativos das Comunidades Escolares (CDCEs) devem acompanhar a reposição das aulas. Ela ressalta que todas as Escolas ofertarão os 200 dias letivos previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

“O governo do Estado garantiu o direito dos profissionais de reivindicarem melhorias e atendeu a pauta proposta pelo Sindicato. Agora cabe aos educadores garantirem o direito dos estudantes de terem todas as aulas previstas no calendário escolar de 2013”, afirmou.

Ela citou que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), elaborou e encaminhou a todas as Escolas, Assessorias Pedagógicas e Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação (Cefapros), um orientativo referente ao calendário de reposição das aulas. O documento visa auxiliar às unidades, que são parceiras da Seduc na definição do processo de reposição. 

O orientativo ressalta que o calendário deve ser definido pelas equipes gestoras das Escolas, em conjunto com os CDCEs e Assessorias que também serão responsáveis pela emissão de parecer e acompanhamento das reposições. O documento também cita que os assessores pedagógicos devem articular com as Secretarias Municipais de Educação o atendimento, nos dias de reposição, dos estudantes que dependem do transporte escolar.

A Seduc esclarece ainda que os Técnicos Administrativos Escolares e os Apoios Administrativos Escolares (AAE) também deverão estar contemplados na proposta de calendário. E reforça que a carga horária mínima do ano letivo 2013 é de oitocentas horas, “distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar”.



VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT