Para especialista em Educação, o PNE como está não tem relevância social.
O especialista em Educação Claudio de Moura Castro afirmou, durante audiência
pública na Comissão de Esducação, Cultura e Esporte (CE) do Senado nesta
terça-feira (22), que o projeto do novo Plano Nacional da Educação (PNE) é
“equivocado e inócuo”.Em sua avaliação, a proposta tem um "erro de essência”, pois não corresponde ao denominador comum do interesse coletivo, mas o somatório do que foi proposto por diversos segmentos, numa “advocacia em causa própria”.
O resultado, disse, foi um conjunto de mais de duas mil propostas muitas vezes incompatíveis. Para ele, o texto reflete antes de tudo o “ativismo” de grupos específicos, sem incorporar as contribuições de pessoas que “sabem e são respeitadas”.
Como exemplo da falta de prioridade, observou que o texto dedica um parágrafo tanto ao ensino médio como ao tema da padronização dos ônibus escolares. Por tudo isso, observou que a tramitação vem exigindo "esforços hercúleos” do Legislativo, inclusive porque não dá para jogar fora as duas mil propostas (consolidadas em 20 metas). "Algumas idéias boas perdidas estão perdidas numa salada de irrelevâncias", criticou.
Entre as medidas impossíveis, apontou a proposta para elevação a 90% o percentual dos alunos do ensino superior que chegarão ao fim do curso, lembrando que até nos Estados Unidos o grau de evasão chega a 50%. Também considerou irreal a meta de erradicação do analfabetismo absoluto e a previsão de ampliar o número de vagas no ensino técnico sem que haja apoio ao sistema privado que atua nesse nível de ensino.
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