terça-feira, 13 de agosto de 2013

MT - Na Assembleia Ságuas admite cansaço e que já não tem mesma motivação para permanecer à frente da Seduc

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Da Redação - Laura Petraglia

O que era para ser uma sabatina dos deputados estaduais ao secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes (PT), acerca da ata de registro de preço para contratação de serviços de alimentação requintados com filé de badejo, salmão e salada de mariscos no valor de R$ 7,7 milhões, se tornou um ‘desabafo’ do gestor sobre o cansaço e a falta de motivação dele depois de quase oito anos à frente da Educação.

Tudo começou com a afirmativa do deputado Emanuel Pinheiro (PR), de que se continuasse a insistir em ficar à frente da Pasta mesmo com visível desmotivação, estaria jogando sua biografia no lixo. “A Seduc virou uma ilha, um gueto do PT. O senhor já não tem mais aquela vitalidade de ‘jogador de futebol’ em começo em carreira. Acho já fez o que já tinha que fazer, já cumpriu sua missão, e daqui para frente, aparentemente a falta de motivação o levará ao comprometimento da sua biografia que é brilhante”, disse.

Emanuel ainda completou: “E digo mais, se eu fosse governador, o aproveitaria em outra Pasta, ele é um político que tem muito a dar ainda para Mato Grosso, mas neste momento, na Seduc, há uma falta de motivação notória”, completou.

Segundo o parlamentar, a secretaria encontra-se estagnada pela falta de alternância de poder.“A Seduc não está andando, ele está travada. As reivindicações, os pleitos dos deputados não acontecem, não têm resposta, existe uma crítica muito grande por parte da sociedade e nós enquanto parlamentares somos cobrados na capital e no interior do estado justamente pela inércia da secretaria de Estado de Educação, mas estamos impotentes, até porque queremos dar uma resposta à população e não podemos por conta de uma secretaria engessada, porque o gestor que está lá já há quase 8 anos, já cumpriu sua missão e contraria a base da democracia que é a alternância de poder”, afirma

Logo após a fala de Emanuel, Ságuas fez um desabafo e admitiu estar cansado. “Acho que em tese o senhor está correto, sempre defendi a alternância de poder. Não vou dizer que estou que a mesma motivação do início, por que é uma secretaria que gera cansaço, mas posso afirmar que tenho a mesma determinação de resolver os problemas. Estamos diante de uma crise que nos consome demais e isso também desgasta”, admitiu finalizando sua fala à Comissão.

MT - Deputado bombardeia Ságuas em oitiva e denuncia direcionamento de pagamentos e refeições servidas a mais

Da Redação - Laura Petraglia

Começou há pouco a oitiva do secretário de Estado e Educação, Ságuas Moraes (PT), na Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Asssembleia Legislativa. O vice-presidente da Comissão, deputado Airton Português, bombardeou o secretário.

Segundo Português, num fim de semana de treinamento pedagógico, enquanto as notas de hospedagens dão conta que 2.229 professores haviam se hospedado em determinado hotel, as notas apontavam que 3.540 refeições haviam sido fornecidas, totalizando 1.225 a mais. Airton questionou como é feito o controle e auditagem desses serviços.

Outra denúncia feita pelo deputado foi a respeito de direcionamento em pagamentos à empreiteiras, já que segundo ele, o responsável pelos pagamentos da Seduc é irmão do proprietário de uma das empreiteiras que presta grandes serviços à secretaria.

Outros questionamentos do parlamentar foi porque o secretário cancelou de fato o pregão; qual foi o critério da escolha dos pratos sofistificados como filé de badejo, salada de mariscos; e se em algum momento foi feito algum tipo de estudo da comparação da merenda escolar, orçada em R$ 0,30 centavos, para os R$ 28 gastos no Buffett.

O secretário Ságuas Moares admitiu que cancelou o pregão pela polêmica gerada em torno do assunto. Segundo ele, a Secretaria de Administração dentro de 15 realiza um pregão para todas as secretarias de a Seduc deve aderir.

"As pessoas de forma pejorativa diziam que nós contratamos um buffet. O que fizemos foi um pregão, uma ata de registro de preço para alimentação de da formação continuada da área pedagógica. Todos os preços dentro da planilha do Ministério da Educação", disse.

Com relação ao secretário executivo da Seduc, irmão de dono de construtora, Saguas disse que não vê problema algum, já que a empresa está devidamente constituída. "Não há direciomaneto em pagamento. Se algumas empresas as vezes não conseguem receber, é porque tem problemas com certidões", argumentou.

Ságuas pediu ainda que o parlamentar encaminhe a documentação com relação à hospedagem para que responda posteriomente. Sobre a comparação com do preço do buffet com o da merenda escolar, o secretário disse que não há como fazer comparações, devido a quantidade da refeições compradas.

Primeira atualização às 10h39. Mais informações em instantes.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

12 de agosto de 1798: nasce a chama da liberdade republicana

O 12 de agosto deveria ser sempre lembrado e celebrado por todos os brasileiros. Há 215 anos apareceram em locais públicos estratégicos da Bahia (São Salvador da Bahia de Todos os Santos) os primeiros manuscritos – depois chamados de “pasquins sediciosos” – assinados por um Partido da Liberdade que conclamava o Povo Bahinense para a “memorável revolução” que iniciaria um novo “tempo em que todos seremos irmãos; o tempo em que todos seremos iguais”.

A historiografia brasileira tem chamado esse movimento de diferentes nomes, dentre eles: “sedição dos mulatos”, “sublevação intentada”, “movimento revolucionário baiano”; “inconfidência baiana”; “conspiração baiana”; “revolta dos alfaiates”; “primeira revolução social brasileira”; “revolução dos búzios”; “conjuração baiana de 1798”.

Base social

Apesar das interpretações diversas que foram e continuam sendo feitas sobre a natureza e os objetivos do movimento baiano de 1798 e sobre suas contradições internas, estudos mais recentes que consultaram, além dos Autos das Devassas, outros arquivos e documentos no Brasil e em Portugal, revelam que estiveram envolvidos, pelo menos em suas origens, brasileiros e portugueses dos mais diferentes estratos sociais.

Embora as penas capitais (enforcamento) tenham recaído sobre dois soldados e dois alfaiates, e outras punições (degredo, açoites e prisão) tenham atingido a artesãos, escravos, pardos e negros forros, o Tribunal da Relação da Bahia chamou também para depor senhores de engenho, comerciantes, intelectuais, médicos, padres, professores, alguns deles diretamente ligados a ocupantes de altos cargos públicos do poder colonial na Bahia.

Parece haver concordância, portanto, que o movimento baiano de 1798 teve a mais ampla base social entre todas as tentativas de enfrentamento da Coroa Portuguesa no período colonial, inclusive em relação a mais celebrada delas, a Inconfidência Mineira de 1789 que transformou o alferes Tiradentes no grande herói da independência.

“Abomináveis princípios franceses”

O que nos interessa destacar, todavia, é que o movimento baiano de 1798 estava em sintonia com as mais avançadas ideias de seu tempo e, sobretudo, com os “abomináveis princípios franceses”, como diria o então secretário de Estado da Marinha e do Ultramar do Reino de Portugal, Dom Martinho de Melo e Castro.

Embora a devassa tenha sido seletiva (já naquele tempo...) e os “poderosos” envolvidos deixados de lado, mesmo assim, a linguagem dos “pasquins sediciosos” e o material sequestrado nas casas de envolvidos (livros, discursos, poemas) revelam com alguma clareza não só as ideias dos revolucionários como a origem delas.

Um dos mais respeitados pesquisadores do movimento de 1798, afirma que as principais ideias revolucionárias eram a independência; a república; a abolição da escravatura; a igualdade de direitos, sem distinção de cor; a liberdade de comércio e a separação da igreja do estado.

Para os revolucionários “bahinenses”, liberdade e igualdade estavam necessariamente juntas. Perguntado por que desejava a república, um dos depoentes na devassa de 1798 respondeu:

“He para respirar mais livres: pois vivemos sujeitos e por sermos pardos nam somos admitidos a acesso algum, e sendo República há igualdade para todos.”

Por outro lado, um dos “pasquins sediciosos” – o “Avizo de nº 3” – contem uma linda definição de liberdade que diz:

A liberdade consiste no estado felis, no estado livre do abatimento: a liberdade he a doçura da vida, o descanço do homem com igual paralello de huns para outros, finalmente a liberdade he o repouzo e bem aventurança do mundo.”

Mais de dois séculos depois, não é simples uma avaliação correta do enorme significado da defesa desses princípios numa sociedade colonial escravocrata, ainda no correr da Revolução Francesa. O que não resta dúvida, todavia, é que o movimento de 1798 e seus “pasquins sediciosos” estavam impregnados do caráter revolucionário francês. O sequestro seletivo de material impresso revolucionário não revela, na sua inteireza, essa presença, embora tenham sido encontrados textos de Rousseau, Voltaire, Volney, Boissy d’Anglas e outros documentos e livros.

Liberdade versus liberdade de expressão

Sem entender a construção histórica da ideia de liberdade não há como entendermos a disputa contemporânea em torno dos conceitos de liberdade e de liberdade de expressão no Brasil. Neste sentido, o movimento de 1798 constitui talvez o ponto de partida de uma trajetória de lutas permeada de fracassos e avanços que, por certo, continua.

Antes mesmo que existisse uma consciência de nação, no seio de uma sociedade colonial escravocrata, nascia o embrião da liberdade e da igualdade na Bahia do final do século 18.

Ao longo dos últimos 205 anos foi se consolidando uma ideia de liberdade excludente, afastada da igualdade, que ainda insiste em deixar de fora a maioria da população brasileira.

Os quatro mártires baianos – João de Deus do Nascimento, Manuel Faustino Santos Lira, Lucas Dantas de Amorim e Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga – estão hoje inscritos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Reverenciá-los e estudar o movimento revolucionário baiano de 1798, do qual fizeram parte, deve ser a contribuição contemporânea daqueles que continuam comprometidos com a liberdade republicana.

Nota: Esse artigo toma como referência trabalhos de Emiliano José (2009), Florisvaldo Mattos (1973), Kátia Mattoso (1969 e 2004), Luis Henrique Dias Tavares (1955) e Patrícia Valim (2007 e 2012).

Venício A. de Lima é jornalista e sociólogo, professor titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado), pesquisador do Centro de Estudos Republicanos Brasileiros (Cerbras) da UFMG e autor de Política de Comunicações: um Balanço dos Governos Lula (2003-2010), Editora Publisher Brasil, 2012, entre outros livros

A comunidade internacional não enxerga a complexidade do conflito, afirma pesquisadora colombiana






Ação Educativa recebeu pesquisadora e advogada que atua com litigância por direitos sociais para falar sobre a conjuntura colombiana

A Ação Educativa realizou, na terça-feira (25/06), o debate “Colômbia: conjuntura e organização política” com a professora e pesquisadora da universidade colombiana Icesi Paula Andrea Ceron Arboleda, que atua em um programa de litigância por direitos sociais aos moldes do programa Ação na Justiça. A atividade tinha como objetivo debater questões relacionadas à organização política e do judiciário colombiano e às políticas públicas e lutas por direitos de populações vulneráveis no país e seus paralelos com as questões brasileiras.

Assim como o Brasil, a Colômbia possui uma população etnicamente bastante diversa. Além das populações brancas, o país possui grande número de populações indígenas, sobretudo no interior do território, e a segunda maior população negra da América do Sul (30% da população colombiana), atrás somente do Brasil. De acordo com Paula, estas populações não-brancas são as que mais sofrem com a ausência ou fragilidade de políticas sociais.

Outro conjunto populacional em situação de vulnerabilidade é fruto do conflito armado interno que o país vive há mais de 50 anos, com a atuação de guerrilhas e cartéis do tráfico. De acordo com Paula, há um grande número de deslocados territoriais em função do conflito, que são ameaçados por grupos guerrilheiros ou paramilitares e acabam sendo obrigados a deixar suas terras no campo ou cidade natal. 

É justamente com estes grupos de populações negras e indígenas marginalizadas ou de deslocados que Paula atua em um grupo da própria universidade de Icesi, tentando garantir, por exemplo, que deslocados sejam reconhecidos pela justiça como tal e possam garantir o acesso a programas de renda do governo colombiano.

Conflito Armado

Conforme explica Paula, a maior parte dos grupos guerrilheiros surgiu nos anos 1960, ainda no bojo da Guerra Fria, num movimento de contestação do governo à esquerda. De acordo com Paula, a maior parte dos grupos, como as FARC, M19 e LN, surgiu com ímpeto de participação política, mas que não encontraram espaço na política colombiana. “O próprio M19 abandonou a luta armada logo no início e chegou a ter um líder eleito, mas ele foi assassinado pouco depois”, relata.

Já nos anos 1980, o conflito realmente eclode com força, quando surgem os cartéis do narcotráfico e a disputa entre eles por território, como é o caso dos cartéis de Cali e de Medellin. “Nesta época mudou muito a forma de atuação das guerrilhas porque elas abandonaram suas ideologias, se aliaram aos narcotraficantes e passaram a adotar as práticas terroristas e os sequestros”, afirma.

De acordo com a pesquisadora, o país chegou a ter, no auge do conflito, no início dos anos 1990, 200 mil pessoas sequestradas e investimentos equivalentes a 65% do orçamento nacional em segurança pública. “Isso foi no governo Uribe, que sempre se elegeu com esta bandeira. Isso dificultou muito o investimento em outras áreas e colocou algumas delas em situação de abandono.”

A participação indígena

Paula ressalta, porém, alguns avanços importantes nos últimos anos no processo de paz e na conquista de alguns direitos sociais. Ainda em 1991, após uma assembleia constituinte, foi aprovada a nova constituição colombiana. Conforme destaca Paula, ela trouxe alguns avanços, sobretudo para as populações indígenas, que tiveram participação garantida no processo de formulação da lei máxima do país. Em função disso, tiveram algumas conquistas como uma legislação própria em seus territórios e um judiciário próprio, composto pelas lideranças indígenas, além de um número determinado de vagas no Congresso. 

Já as populações negras, que se concentram sobretudo no litoral sul colombiano, não participaram da constituinte e continuam marginalizadas, afirma.
A imigração
“Por conta de toso os conflitos que já duram 50 anos, há muito deslocamento interno no país e a imigração se tornou um tema muito importante. Nós trabalhamos com assessoria jurídica a estas populações, para que a Justiça reconheça a situação de vítimas do conflito armado destas populações e para que elas consigam acessar políticas públicas como uma bolsa auxílio e tratamento psicológico e médico”, explica.

De acordo com Paula, porém, as negociações para a deposição de armas pelas guerrilhas ainda tem muitas questões a serem enfrentadas como os territórios tomados, a anistia a crimes do exército e da guerrilha, o direito à indenização das vítimas, a possibilidade de participação política, entre outros. “A comunidade internacional não enxerga a complexidade do conflito na Colômbia e as profundas marcas que ele deixou no país.”

Participação e controle social são destaques de Conferência Nacional sobre Política Externa




      
Durante o evento, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciou a criação de um Fórum de Participação Social sobre política externa

O Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GRRI), em parceria com a Universidade Federal do ABC, promoveu, entre os dias 15 e 18 de julho, a Conferência Nacional 2003-2013 “Uma Nova Política Externa”. O encontro, que reuniu representantes do poder público e da sociedade civil, marcou a maturidade do debate em torno da democratização do processo decisório em política externa.

Durante todo o evento, a importância da ampliação dos mecanismos de diálogo com a população foi apontada como fundamental no processo de legitimação da política internacional brasileira. Para a coordenadora executiva da Ação Educativa, Vera Masagão Ribeiro, o anúncio de criação de um Fórum de Participação, feito pelo ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, representa um avanço na institucionalização da atuação da sociedade civil organizada sobre as decisões e iniciativas nacionais no âmbito das relações exteriores.

Em sua explanação, na mesa “O Futuro da Política Externa Brasileira: Desafios e Perspectivas”, Vera ressaltou a longa história de cooperação internacional das Organizações Não Governamentais, que em função de suas alianças políticas e redes de colaboração continentais despontam como atores significativos no processo de renovação do papel do Brasil no cenário internacional.

“Cada vez mais os movimentos sociais e as forças progressistas percebem a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento, e essas mudanças devem ser globais. Eles também perceberam o potencial que a pressão internacional tem no cenário e problemas internos. Por isso mesmo, as redes internacionais criadas pelas organizações devem ser exploradas”, explica a coordenadora. Segundo Vera, é preciso criar condições seguras para que os grupos sociais possam atuar de forma legítima e então, caminhar para construção de um marco legal de participação da sociedade civil.

Confira o vídeo que traz parte do debate que aconteceu na mesa “O Futuro da Política Externa Brasileira: Desafios e Perspectivas”, que também contou com a presença de Artur Henrique, presidente do Instituto de Cooperação da CUT e diretor da Fundação Perseu Abramo (FPA), Jackson Schneider, vice-presidente executivo da Embraer S.A., o senador Inácio Arruda, o deputado Nelson Pellegrino, o professor de Ciência Política e Relações Internacionais da UNICAMP, Sebastião Velasco e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

O GR-RI

A crescente inserção internacional do Brasil tem incentivado o aumento dos debates sobre como a participação brasileira tem se realizado e as novas dinâmicas e relações no cenário internacional. O Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI) se constituiu, em 2012, com o objetivo de formar um espaço de reflexão e produção acerca da nova inserção internacional brasileira, que possa colaborar para a construção de uma política externa democrática, justa e inclusiva.

O grupo é formado por intelectuais, pesquisadores e lideranças sociais, sindicais e políticas vinculados ao campo progressista, que se reúnem periodicamente para refletir sobre o tema. A Ação Educativa é parte do grupo através da participação do coordenador da unidade internacional, Sérgio Haddad.
Mais informações sobre o Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais em http://blogbrasilnomundo.wordpress.com/.

Com informações da Associação Brasileira de Organizações não Governamentais (ABONG) e do portal da Conferência Nacional de Política Externa
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Mestrado em Linguística da Unemat divulga edital de seleção

Redação 24 Horas News

O programa de Pós-graduação em Línguística da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), oferecido no campus de Cáceres, divulgou o edital de seleção para ingresso de 20 novos alunos para início das aulas em 2014. O período de inscrições segue até o dia 18 de outubro.
 
O mestrado oferta anualmente 20 vagas para novos alunos em duas linhas de pesquisa: “Descrição e análise de línguas, instituição e ensino”, e “Estudos e análise dos processos discursivos e semânticos”.
 
Os interessados devem ter curso superior em Letras ou áreas afins. O processo de seleção constará de prova escrita a ser realizada em 05 de novembro, análise do projeto de pesquisa e entrevista.
 
Os interessados também poderão se inscrever por Sedex enviando a documentação para Secretaria do Programa de Pós-graduação em Linguística até 18 de outubro. Endereço: Av. Santos Dumont s/n - Bloco II Centro de Pesquisa e Pós-graduação em Linguagem, Cidade Universitária - Bairro: DNER, CEP: 78.200-000 – Cáceres – MT.
 
Mais informações e o edital completo acesse: www.unemat.br/prppg/linguistica ou envie e-mail para mestralin@unemat.br. O telefone de contato é: (65) 3223-1466

MT - Sesi reduz jornada de trabalho de professor e reduz salário

Redação 24 Horas News

O Serviço Social da Indústria (Sesi) foi condenado por reduzir unilateralmente a jornada de trabalho de uma de professora da modalidade ensino à distância (EAD). Inicialmente contratada para trabalhar 30h semanais, a instrutora viu seu salário baixar após a entidade diminuir sua jornada de trabalho para 17h. O fato ocorreu em maio de 2012 e resultou em um processo, julgado recentemente pelo TRT de Mato Grosso.
 
Além de condenar a entidade a pagar as diferenças salariais decorrentes da redução da carga horária, a Justiça do Trabalho também reconheceu o fim do contrato de emprego por rescisão indireta. Isso ocorre quando a empresa dá motivo para extinção do vínculo empregatício, devendo arcar com os mesmos direitos devidos quando da demissão sem justa causa, como aviso prévio indenizado, multa de 40% do FGTS e outros.
 
Em primeira decisão, proferida na 9ª Vara do Trabalho de Cuiabá, foi reconhecida a redução da jornada de trabalho, mas não a rescisão indireta do contrato. Segundo a magistrada que analisou o caso na ocasião, a ex-empregada demorou a pedir a rescisão do contrato, descumprindo uma das exigências da CLT. Após recurso ajuizado pela instrutora, a 1ª Turma do TRT/MT, todavia, reformou a sentença nesse ponto.
 
“Horista”
 
O Sesi também recorreu da decisão, reiterando que a redução da carga horária de trabalho da ex-empregada não havia sido lesiva, já que ela tinha sido contratada para receber por hora. Também afirmou que não havia sido definida uma jornada semanal mínima. Assim, a trabalhadora deveria ser remunerada de “acordo com a jornada de trabalho efetivamente desempenhada no decorrer do mês”.
 
Acompanhado o voto da relatora do processo do TRT, juíza convocada Carla Leal, a 1ª Turma do Tribunal entendeu diferente.
 
Em seu voto, a juíza convocada asseverou que, embora constasse no contrato o recebimento em função das horas trabalhadas, houve a proposta de uma jornada de 30h. Assim, ao propor uma vaga de trabalho de 30 horas semanais, seguindo da contratação por horas trabalhadas, a entidade ficou “vinculada a fornecer ao trabalhador a jornada de trabalho ofertada, sob pena de demonstrar a sua má-fé na contratação”.
 
A relatora ainda apontou para o fato de a instrutora ter recebido por mais de um ano pelas 30h trabalhadas. “Desse modo, não prospera a tese da Reclamada segundo a qual não houve contratação da Autora para jornada mínima semanal. (...) Destarte, a conduta da Reclamada extrapola os limites do jus variandi, configurando-se em alteração contratual lesiva, vedada pelo ordenamento jurídico”.
 
As informação são do site do Tribunal Regional do Trabalho. 

Educação /MT Silval não fala sobre saída de Ságuas e diz que greves são normais


Janaiara Soares

Especial para o 24 Horas News

Presente a inauguração da nova ala do Hospital do Câncer, em Cuiabá, na manhã desta segunda-feira, o governador Silval Barbosa não quis falar nada sobre a possibilidade de promover uma mudança na Secretaria de Educação do Estado, tirando o titular Ságuas Moraes, envolvido no escândalo do salmão.
 
Em um rápido contato com os jornalistas antes da inauguração da nova ala do hospital, Silval falou sobre o momento de paralisações em vários setores da administração pública e agora na Educação, com a greve dos professores.
 
“Um processo natural, a categoria buscando melhorar cada vez mais, e o estado vai até onde é possível, nós concedemos dentro de uma negociação até 2015 tudo o que eles pediram no primeiro momento. Chegamos aumentar quase 11% ao ano para os servidores desde quando assumimos. Só que agora eles querem ganhar o dobro, mas o Estado não tem como chegar nesse valor esse momento.”
 
Com relação as reclamações quase diária dos deputados sobre o atendimento recebido dos secretários, Silval Barbosa procurou adotar uma posição mais conciliadora, ressaltando que não existe divergências entre o Executivo e o Legislativo e que seu governo procura sempre o diálogo com a classe política. Lembrou ainda que a mudança na liderança do governo na Assembleia Legislativa tem como objetivo estreitar ainda mais o relacionamento entre os dois poderes
 
“Desde quando estou na política, todo o sistema político tem as divergências, tem também a busca por espaço. O ano que vem é um ano eleitoral, mais do que justo os partidos começarem a se organizar. É um processo natural, mas isso não justifica um não atendimento ou atenção dos senhores secretários a todos os parlamentares. Os secretários tem que atender os deputados, tem que atender a sociedade, nem que seja para dizer não, esse é um estado democrático. E é isso que temos feito diariamente”, salientou.
 
Quanto a possibilidade de demissão do secretário de Educação, Ságuas Moraes, envolvido no escândalo dos salmões, o governador Silval Barbosa optou pelo silêncio. Ele não quis comentar as perguntas, apenas abaixando a cabeça de forma negativa e seguiu para a inauguração da ala do HC.


MT - Universidade abre edital para 2 mil auxílios a acadêmicos carentes

A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) vai disponibilizar para os seus acadêmicos dois mil auxílios moradia e alimentação.

O edital contendo as regras para a seleção foi publicado nesta sexta-feira (9.08) na página da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis:
O prazo para as inscrições e preenchimento dos formulários socioeconômicos é de 14 a 25 de agosto.

Os auxílios moradia e alimentação foram aprovados pelo Conselho Universitário (Consuni), realizado em junho deste ano, e visa subsidiar os acadêmicos carentes a permanecerem nos cursos de graduação por meio do recebimento de um valor mensal destinado à manutenção dos gastos com moradia, no valor de R$ 250, e de alimentação, de R$ 180 ao mês.

Para o reitor Adriano Silva, a concessão dos auxílios é um compromisso da instituição com os estudantes. “Sabemos que a condição socioeconômica é um dos fatores para a existência de evasão, mas que existem outros fatores e vamos trabalhar em todas as frentes para que os nossos acadêmicos encontrem as melhores condições para vivenciar o período acadêmico na Unemat”, afirma.

O pró-reitor de Assuntos Estudantis, professor Celso Fanaia, lembra que a Unemat está vivendo um novo tempo e que vem assegurando e implementando políticas estudantis. “Essa gestão vem primando não só pela qualidade do ensino, mas também pela garantia de acesso e permanência do acadêmico na instituição. Além disso, essa é uma conquista de poucas universidades”.

A Unemat, além da política de bolsas para estudantes carentes, de auxílios alimentação, moradia, também assegura para todos os seus 15 mil acadêmicos um seguro de vida e contra acidentes pessoais com cobertura 24 horas por dia.

Para mais informações acesse www.unemat.br/prae
Fonte: Secom-MT

MT - 400 mil alunos estão sem aulas desde a manhã desta segunda

Camila Ribeiro - Da Redação
 
Teve início na manhã desta segunda (12), a greve dos trabalhadores da rede estadual de ensino de Mato Grosso. A paralisação acontece por tempo indeterminado na maioria das 739 escolas do Estado, deixando sem aulas, aproximadamente 400 mil alunos. 
 
Os profissionais estavam em estado de greve desde abril e alegaram que as reivindicações da categoria são antigas, mas as negociações com o Governo não avançam. A greve foi definida em assembleia realizada no último dia 5. 
 
“O estado de greve desde abril não surtiu efeito no governo, que se limitou a responder à pauta de reivindicações sem apresentar propostas concretas de investimento em educação”, declarou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Henrique Lopes. 
 
A categoria exige a aplicação dos 35% dos recursos do Estado em educação, a realização de concurso público, cumprimento da hora-atividade, investimento nas unidades escolares e compromisso de valorização profissional do trabalhador por meio da dobra do poder de compra em um prazo estabelecido de no máximo sete anos.
 
"Exigimos uma política de estado, que transponha a política de governo. Quando se fala em Ensino Médio, nós temos além da ausência de instrumentos pedagógicos a falta de investimentos concretos em infraestrutura e pessoal", declarou Lopes.
 
O secretário de articulação sindical do Sintep, João Eudes Anunciação apontou à categoria durante a assembleia geral que a greve se tornou inevitável. "Esse governo não nos engana com um documento travestido de negociação. Esse governo nunca debateu a pauta de reivindicações e nós estamos cansados de compromissos que não são honrados".
 
Na próxima terça (13), o sindicato realiza um ato público, na Praça Alencastro em Cuiabá, às 15h.
 
 

Novo conceito em reformas e construções será adotado nas escolas e creches de Cuiabá

A Prefeitura de Cuiabá está implantando na rede municipal um novo conceito para reformas e construções das unidades de ensino. Com um modelo diferenciado e mais moderno, as obras vão priorizar a qualidade e a segurança das escolas e creches.
 
A primeira unidade escolar a receber uma reforma nesse novo formato é a Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Silvino Leite de Arruda, localizada no bairro Planalto.
 
Na manhã desta sexta-feira (09) o prefeito Mauro Mendes acompanhado do secretário de Educação, Gilberto Gomes de Figueiredo, visitou a obra para conferir de perto o andamento da reforma.
 
Com 1,5 mil metros quadrados de área construída, a escola, que tem mais de 30 anos de fundação, está recebendo pela primeira vez uma reforma geral. “A partir de agora todas as nossas escolas e creches serão reformadas ou construídas nesse padrão. Vamos investir em qualidade e durabilidade”, informou o prefeito Mauro Mendes.
 
Conforme explicou o secretário Gilberto Figueiredo, a coberta da unidade será toda em telha termoacústica, formada por três camadas: metálica, revestida com isopor e acabamento em filme.
 
“Essa telha tem mais de 20 anos de durabilidade e acaba sendo mais econômica e eficiente, pois não teremos problemas futuros com goteiras, já que não acumula água”, explicou o secretário.
 
Além disso, essa telha é ideal para o clima quente de Cuiabá. Como é isolante térmico, ela evita que o calor acumule nas salas, deixando o ambiente mais fresco e, consequentemente, contribuindo para reduzir os gastos com energia elétrica do ar-condicionado.
 
Outra mudança bastante significativa na reforma serão os pisos e revestimentos, que passarão a ser em granilite e placas, que têm alta resistência e maior durabilidade. A cerâmica, conforme explicou o secretário, descasca com mais facilidade e, quando precisa ser trocada, é difícil encontrar do mesmo modelo. “Tudo foi pensado para durar mais e evitar gastos futuros”, afirmou.
 
As paredes das salas de aula e os corredores também receberão revestimento. Colocados a 1,5 metros de altura, os azulejos vão evitar que as paredes fiquem sujas. “Será mais economia com tintas, pois é fácil de limpar e não teremos que fazer manutenção com frequência”, acrescentou Gilberto Figueiredo.
 
Outra grande novidade que vai conquistar os alunos será a cor das paredes. “Queremos alegrar as salas. Como são ambientes para crianças, nada melhor que deixá-los coloridos. Vamos colocar cores diferentes nas salas”, disse o secretário. As cores usadas serão baseadas na bandeira do município, que tem o verde e amarelo em destaque.
 
Quadra coberta – Segundo a diretora da escola Silvino Leite, Adalgiza Soares Pereira de Arruda, pela primeira vez a unidade de ensino está recebendo uma reforma com qualidade.
 
“Até agora a escola só recebeu remendos e gambiarras. Mas agora está recebendo uma reforma digna. Tudo que imaginei para ela está sendo feito”, disse a diretora, acrescentando que o sonho dela era a cobertura da quadra de esporte, que durante a visita foi garantida pelo próprio prefeito.
 
“Vamos fazer a cobertura, trocar o piso e construir uma arquibancada. A escola vai ganhar um espaço adequado e seguro para os alunos praticarem esportes e ainda ter um espaço de lazer”, disse o prefeito.
 
A unidade de ensino oferece educação infantil e ensino fundamental do 1° ao 3° ano. Possui 392 alunos com idades de 4 a 8 anos.
 
Assim como a Silvino Leite, a prefeitura também iniciou as obras com esse novo padrão nas escolas Eugênia Pereira de Melo, no bairro Vista Alegre, e na Ministro Marcos Freire, bairro Jardim dos Ipês.

MT - Após pregão de R$ 7,7 para serviços de buffet, Ságuas é sabatinado na AL

Esta marcada para as 9h, da próxima terça (13), a sabatina do secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes (PT), durante reunião da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (AL). 
 
Os deputados resaltaram a necessidade de ouvir as declarações do secretário, após a publicação de um pregão, na última semana, dando conta de que a Seduc irá gastar R$ 7,724 milhões em serviços de Buffet nos próximos 12 meses. 
 
O resultado do pregão 030/2013 foi publicado no Diário Oficial que circulou no último dia 5 e revela que a Seduc irá oferecer pouco mais de 430 mil serviços de alimentação (coffee-breaks, almoços e jantares), com direito a pratos sofisticados como salmão. 
 
Os serviços serão prestados pelas empresas Ana Paula Farias Alves-ME (Real Buffet), no valor de R$ 4,9 milhões e Laice Pereira da Silva-ME, em R$ 2,7 milhões. Esta última inclusive, conforme mostrou reportagem do Circuito Mato Grosso, na edição 452, nem sequer teria as mínimas condições de atender demandas milionárias do Estado, com realização de eventos que incluem refeições requintadas.  
 
Polêmica 
 
Diante do imbróglio, Ságuas alegou ter decidido cancelar o pregão. O petista garantiu ainda que a decisão ocorreu após o secretário de Administração, Francisco Faiad (PMDB) anunciar que faria uma aferição nos preços, como forma de atender com refeições todas as secretarias. 
 
Ainda assim, o secretário garantiu que irá prestar esclarecimentos na AL.

Ser pai é...

FÁBIO MONTEIRO

Há algum tempo escrevi um artigo contando minha recente experiência de ser pai. O texto relatava algumas passagens marcantes dessa nova fase em que vivia na época em que a minha primeira filha, a Júlia, nasceu. Quase quatro anos depois, ainda descubro coisas incríveis nesse ofício paternal.

A paternidade é para o homem um fenômeno mais emocional do que físico. Não é uma tarefa fácil, principalmente diante da vigilância de uma sociedade maniqueísta que cobra estabilidade e perfeição de um personagem que é, essencialmente, humano. Porém, é a sensação quase divina que temos de amar sem precisar ser correspondido, ensinar, mesmo tendo aprendido pouco e acionar o que considera melhor para seu filho, às vezes tomado pelo próprio medo sem saber se realmente é o melhor.

Mesmo já não sendo um neófito nesse assunto, ao nascer a segunda filha, Valentina, de pouco valeram as experiências já vividas, porque esse novo ser já era uma nova e linda aventura que iria encarar. O amor é o mesmo, mas as formas de lidar foram diferentes e me senti pai pela primeira vez novamente. E pela segunda vez, a felicidade plena.

Duas meninas em minha vida. Dois seres que vingam a candura de minha infância onde as brincadeiras de meninos não permitiam garotas. Hoje eu uso arco e presilhas no cabelo, passo batom e maquiagem, escolho vestidos, faço penteados exuberantes, conheço todas as princesas, brinco de boneca, pinto as unhas, viro mãe, pai, avô, aluno e filho. Nessas transformações diárias, passo a ser o personagem principal das histórias que elas criam em seus cenários lúdicos, de escola a salão de beleza, onde tudo se transforma em segundos.

Nessas horas lembro-me de minha infância quando meu pai me colocava em pé em sua moto e imaginava que poderia voar, me deixava andar na carroceria de sua caminhonete só para sentir o vento bater no rosto e secar a garganta. Me levava ao futebol, pescaria, fazenda, para andar de bicicleta no estacionamento do Verdão e trazia figurinhas para meu álbum quando voltava do trabalho. As lembranças da nossa infância são inevitáveis quando temos filhos e acredito que esteja aí a alegria de ser avô. Fatos trazidos na memória duplicados em amor e dedicação. E nesse ofício meu velho também é bom.

Vivo a felicidade nestes quatro anos que me descobri pai. O sentimento de amor é tão grande que tenho a honra e prazer de dividir com meus sete afilhados. A Bianca, hoje com 17 anos e que vivia em nossa casa, mesmo antes de eu constituir uma família. O Matheus, que além de afilhado é meu primeiro sobrinho. Ele adora futebol e pendurar em minhas longas pernas. De surpresa, somos presenteados com a linda Mariá, uma loirinha meiga que só me dá beijos à base de cócegas e hoje, com 3 anos, fica flertando comigo esperando meus dedos em sua barriguinha. Tenho a honra de ser o padrinho da linda Stella, fruto de um casal de grandes amigos e que antes de completar dois anos, já mostra seu talento na dança e bom humor. Ganhei um novo sobrinho e, ao mesmo tempo, um afilhado lindíssimo, o Miguel. Ele adora correr pela casa e subir em tudo, além de ser muito menino para não chorar quando seus planos arteiros não dão certos. Também tenho uma filha de olhos azuis. A Cecília entrou em nossa vida para mostrar que a beleza exterior de nada vale se não conhece o Ser que existe ali. Nesse caso, que belo ser.

Nesta semana, inesperadamente me tornei padrinho de mais uma menina, a Amanda, que ao completar seus 14 anos, me convidou para ser seu padrinho de Crisma. Uma menina loira e linda, com quem convivo há 12 anos e sempre esteve presente em nossas vidas. A Amanda eu atribuo a vontade de ser pai, pois me deixou treinar com ela essa virtude.

Enfim, como não poderia estar feliz hoje? Em véspera do Dia dos Pais contabilizo nove filhos. Às vezes fico imaginando se esse amor transcendesse as ligações sanguíneas, parentais ou até mesmo dos sacramentos. Talvez um dia esse amor que todo pai sente por seu filho nos torne pessoas melhores a cada dia e, com uma ampliação de consciência, reconhecer o filho dos outros e assim por diante, até o dia em que todos poderão viver em felicidade plena, por sentir o amor representado no criador por sua criatura.



*FÁBIO MONTEIRO é pai, jornalista e ouvidor-geral da Assembleia Legislativa de Mato Grosso

A educação, sempre a educação

Gilberto Alvarez G. Jr. - giba@cursinhodapoli.org.br
O professor Giba, é professor, autor do material de Física do Sistema de Ensino do Cursinho da Poli (SP) e diretor da instituição.

O mais recente Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), revelou um expressivo avanço do Brasil nos últimos 20 anos. Em 1991, nosso índice era classificado como “muito baixo” (0,493) e, em 2010, passamos para “alto” (0,727). A educação foi um dos aspectos que contribuíram fortemente para esse resultado, com um salto de 128% no período.

É sem dúvida, um resultado a se comemorar. Porém, ainda há muito por fazer. A educação ainda se mantém como o principal desafio brasileiro. Avançamos muito na escolaridade dos pequenos, mas nossos jovens e adultos estão muito aquém do ideal.

O IDHM é um índice composto por três das mais importantes áreas do desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). O método usado neste ano levou em conta ainda a composição de dois subindicadores com pesos diferentes: escolaridade da população adulta e fluxo escolar da população jovem.

Sabemos que o progresso de um município depende da melhora na renda per capita de cada família e, isso só é possível, através do investimento em educação. O aumento do nível de escolaridade da população permite oportunidades no mercado de trabalho, o que fará com que os filhos passem a ajudar nas despesas de casa e a somar na renda da família. Tudo faz parte de um ciclo, que contribui para o desenvolvimento de cada pessoa e, consequentemente, de toda sociedade.

Vejamos o caso de duas cidades em que se destacaram na pesquisa: São Caetano do Sul, em SP, continua na liderança de melhor IDHM do país, enquanto Melgaço, no Pará, obteve o pior desempenho neste ano. A cidade de São Caetano do Sul é referência nacional no ensino público de qualidade, com índices de escolaridade comparáveis a de países de Primeiro Mundo. O reconhecimento vem pelo trabalho árduo na educação da população, incluindo aperfeiçoamento contínuo dos professores e funcionários e valorização do profissional da área. Atitudes que oferecem aos alunos melhores práticas educacionais, permitindo que os estudantes da rede pública tenham acesso a uma educação de qualidade. Já em Melgaço, segundo o IBGE, 50% da população não é alfabetizada. Metade dos moradores não sabe ler nem escrever, sendo que apenas 681 pessoas frequentam o ensino médio.

Esses exemplos deixam claro que se a educação for trabalhada como necessidade e não apenas como um suporte, teremos um avanço tremendo na economia do país. As pessoas querem oportunidades, querem emprego, querem melhorar de vida e, para que isso aconteça, os jovens precisam estudar, precisam aprender seu valor na sociedade e enxergar o potencial que existe dentro dele para vencer os obstáculos da desigualdade social.

Os dados apontados pelo Pnud são claros e jogam luz para o caminho a seguir.

O papel do pai na educação e na orientação profissional dos adolescentes

Leticia Bechara - leticia.bechara@trevisan.edu.br
Mestre em educação e coordenadora do vestibular da Trevisan Escola de Negócios.

Quando pensamos nos caminhos da escolha profissional, a primeira ideia é o impacto e a força da família na influência da orientação profissional.

Em matéria de educação, o modelo familiar é o primeiro contato das crianças com padrões da cultura. A partir desse modelo que a criança estabelece suas ideias e conceitos sobre o mundo. As experiências escolares, o convívio com amigos e familiares, vai formando na crianças as primeiras impressões sobre o trabalho e realização profissional.

Nesse sentido, quando pensamos sobre a escolha da profissão durante o crescimento dos filhos, são esses modelos que a criança vai se familiarizando e formando suas impressões.

Escolher a profissão então primeiramente passa pela experiência profissional dos pais.

Atualmente, na maioria das famílias, ambos pais trabalham, e durante os momentos juntos, discutem e comentam sobre o ambiente profissional. São essas manifestações que muitas vezes os pais nem se dão conta do impacto que fazem na mente e na formação dos “futuros profissionais”.

A figura paterna, no entanto, exerce uma influência diferente na formação desse conceito. A mãe, além do trabalho externo, ainda acumula o cuidado com a casa e a manutenção do bom andamento da família, cuidando das refeições e das tarefas diárias. O pai sai cedo, passa o dia fora, e pela própria natureza masculina, envolve-se menos nos detalhes do dia a dia.
Para crianças com idade entre 8-9 anos, o pai é visto como um herói, capaz de tudo e de todas as coisas: joga de futebol, constrói pipas, pode consertar a bicicleta ou a torneira, troca lâmpadas, faz tudo e ainda trabalha!

Pense nesse exemplo: a noção que uma criança nessa faixa etária tem, em relação ao dinheiro, basicamente se resume ao que podem ver (a parte concreta da operação: notas na carteira, cheque, etc). É comum ouvirmos uma conversa assim:
- Pai, compra?
- Não dá filho, tô sem dinheiro.
- Passa o cartão!
Como se fosse mágico e nunca precisasse ser pago!

Assim a noção é construída a partir do concreto para o abstrato, pensar na profissão do pai nessa fase da vida, geralmente tem o significado: o meu pai é o melhor. A empresa que ele trabalha é ótima! Dá presente no dia das crianças e no Natal! E o trabalho dele, é demais! Muito importante. Quero ser como ele!
Meu filho, nessa fase, fez o seguinte comentário ao ouvir a explicação do pai sobre a atuação profissional de administrador. “Meu pai é negociador e eu quero ser como ele!”

Entretanto, conforme vão amadurecendo, essa concepção vai se tornando mais ampla e abstrata, e assim como a noção do dinheiro, a noção do trabalho vai se tornando mais realística e às vezes decepcionante...
Na adolescência, tudo é questionado pelos filhos que já percebem a motivação real das atividades, e muitos já tiram suas próprias conclusões: “Não quero a vida do meu pai para mim. O telefone dele não pára. Ele fica à disposição dos clientes e esquece da família.” Esse é um tipo de comentário que com certeza você já ouviu alguma vez.

Daí a importância do diálogo e envolvimento da família no momento de conversar sobre carreiras e escolhas profissionais. Eles vão observando os pais dos colegas, comparando as profissões, os salários, as atividades e vão formando suas opiniões.

Os pais podem e devem compartilhar suas experiências profissionais com os filhos, destacando pontos fortes e fracos de suas escolhas. Não devem sobrecarregá-los com as frustrações que tiveram ao longo de sua formação e carreira, depositando neles todos seus próprios sonhos. Devem orientá-los e permitir que façam suas próprias escolhas e arquem com as responsabilidades.

As primeiras entrevistas de emprego, os processos seletivos, podem ser compartilhados, comparados e vivenciados por todos da família, assim os laços se fortalecem e o legado da experiência realmente pode passar “de pai para filho”.

Em nome do pai - a história do patriarcado, os novos papéis e a importância da figura paterna

Breno Rosostolato - breno.rosostolato@fasm.edu.br
Psicólogo e professor da Faculdade Santa Marcelina.

Decidido a mudar seu destino, um jovem sanfoneiro sai de casa e segue para cidade grande em busca de novos horizontes e para apagar uma tristeza amorosa. Lá, ele conhece uma bela mulher por quem se encanta. Após o nascimento do filho e complicações de saúde da esposa, ele decide voltar para a estrada para garantir o próprio sustento financeiro. Busca, assim, dar bons estudos e um futuro melhor para o herdeiro. Para isso, deixa o pequeno aos cuidados de amigos no Rio de Janeiro e sai pelo Brasil afora. Só não imaginava que essa distância entre eles faria crescer uma complicada relação, potencializada por personalidades fortes e um distanciamento doloroso.

Esta é a sinopse do filme Gonzaga, de pai para filho, que narra a história do cantor Luiz Gonzaga, também conhecido como O Rei do Baião ou Gonzagão, e de seu filho, popularmente chamado de Gonzaguinha, mas poderia ser a narrativa da relação de muitos personagens brasileiros, de vida comum. O filme mostra de forma brilhante, não só a trajetória de sucesso dos artistas, mas uma relação paterna que foi destituída pela distância e falta de acolhimento e o sofrimento de uma criança que cresce sem a referência do pai e do herói. Discutir a posição da mãe e do pai nos convida a explorar a história e entender que houve uma ruptura na relação de homens e mulheres no que diz respeito aos papéis sociais, sexuais e familiares.

A maternidade já era uma realidade incontestável. A deusa-mãe relacionada à natureza (agricultura) reinou absoluta até o início da Idade do Bronze. As mulheres detinham, unicamente, o dom da fertilidade. Todo o cultivo do alimento, o crescimento da lavoura, era associado às mulheres. No Período Neolítico, como os homens caminhavam dias atrás de caça, atribuía a agricultura às mulheres. Desconhecia-se o vínculo entre sexo e fecundação, portanto, as mulheres assumem o poder sobre a vida e a morte. Os homens com o tempo perceberam que matar os animais para se alimentarem causava a diminuição destes animais e resolvem domesticá-los, abandonando assim a caça. Foi através da observação do homem nas ovelhas que ele descobre a contribuição do cordeiro na procriação. É diante desta revelação que o homem toma para si a concepção da vida através do sêmen e assim, diminui a importância da mulher, que por sua vez, perde a liberdade sexual. O filho é gerado com a participação dos dois sexos e assim surge o casal. O filho é para o homem a possibilidade de deixar sua herança e para tal, a mulher deveria ser controlada para ser fiel. Desta maneira o pai assegura-se que aquele filho é dele mesmo e a mulher uma propriedade.

O Patriarcado surge como uma organização social que enaltece a imagem do pai, que detém o poder da descendência, e que o parentesco esteja associado ao masculino. Os conceitos que sustentam o sistema patriarcal cria a mentalidade de superioridade e autoritarismo em relação a esposa e aos filhos no âmbito da família e da sociedade. A segregação familiar configura as funções de cada progenitor, em que a mãe vive para a família e os afazeres domésticos e o pai o mantedor, o provedor financeiro que sustenta a casa. O homem monopoliza a vida pública e sua posição hegemônica o distancia afetivamente da esposa e dos filhos. O papel controlador e soberano não dava margem para manifestações de afeto e nada poderia comprometer a figura de senhor e chefe.

Numa sociedade em que a dinâmica social sofre constantes transformações, torna-se necessária a revisão do papel do pai na estrutura familiar. O filme foi o estopim para esta reflexão. Entretanto, mais do que uma história retratada, o sofrimento de uma criança que cresce sem contato afetivo com o pai biológico deixou marcas cruciais na personalidade de Gonzaguinha. A discussão em torno da figura paterna é tão importante que o quadro do programa Fantástico, “Quem é meu pai”, mostrava a situação de jovens e adultos que cresceram sem conhecer e que não tinham sido registrados pelos pais biológicos, ocasionando um distanciamento conflitante e doloroso. As pessoas lutavam pelo registro, mas acima disso, o reconhecimento e a aceitação do pai.

A definição do psicólogo Guy Coreant é bem pontual – “o pai é o primeiro outro que a criança encontra fora do ventre da mãe” – em que a criança se sustentará nos preceitos da figura masculina. Segurança, sustentação emocional e aspectos morais e éticos. O pai é importante na vida do filho tanto quanto a mãe. Se antes essa relação era marcada por autoritarismo e ausência, hoje os pais estão transformando o seu papel e dimensionando suas funções com a participação ativa e estabelecendo vínculos sólidos e construtivos com os filhos, seja na gestação, no respaldo à mãe ou alicerçando a dinâmica familiar.

Alunos e professores têm visões distintas da internet

Professores e estudantes têm visões distintas do papel da internet na educação.

Agência USP -

Estudo desenvolvido na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP evidencia a distância de compreensão que estudantes, com idade entre 15 e 18 anos, e professores da rede pública têm das finalidades do uso da internet. O autor da pesquisa, o psicólogo Fabiano Simões Corrêa, concluiu em maio o mestrado "Um estudo qualitativo sobre as representações utilizadas por professores e alunos para significar o uso da internet", que levou três anos para ser desenvolvido.

O estudo foi realizado sob a orientação do professor Sérgio Kodato e teve o objetivo de contribuir com reflexões que auxiliem as práticas pedagógicas e didáticas capazes de subsidiar políticas públicas de inclusão digital, em instituições públicas de ensino. A pesquisa foi feita em uma escola pública da cidade de Ribeirão Preto. No local, havia mais de dois mil alunos, mas apenas 20 computadores para os estudantes e salas de aula sem acesso à internet.

Corrêa comenta que um aspecto interessante da aprendizagem para o aluno é que quando você pergunta para ele qual a diferença de aprender na escola e aprender na internet, e ele responde que na internet é tudo muito rápido, muito direto. “Ele vai na informação de uma forma prática. O aluno tem muito essa percepção, essa representação da internet, que ela é um instrumento muito bom por ser direta e rápida.”

Já os professores revelaram o lugar paradoxal em que se tornou o espaço escolar. Há um lado de discurso hegemônico de que a escola deveria se atualizar com a absorção das novas tecnologias da informação, mas que carece de investimentos concretos, e da negatividade da internet que rotula a utilização pelos alunos como “superficial”.
MEDO - Para Corrêa, o professor tem certo medo da internet, pois ninguém fala muito bem para ele como deve utilizá-la. “O medo está neste aspecto. Não acho que o professor tenha medo de ser substituído pela internet, o medo é na verdade um sentimento de impotência de não estar muito claro como é que se utiliza a internet na escola. Precisamos de mais pesquisa nessa direção, para indicar os caminhos.”

Segundo a pesquisa de Corrêa, na visão da maioria dos professores e mesmo no senso comum escolar, o estudante fica somente dedicado às redes sociais com coisas que são consideradas fúteis. Mas na prática, o uso dessas ferramentas podem ser positivas. “O aluno usa de forma predominante as redes sociais, mas por meio das redes ele consegue se comunicar, muitas vezes produzir conhecimento, produzir relações produtivas, divulgar o pensamento dele, se expressar politicamente, ajudando a construir uma inteligência coletiva.”

Observando a distância entre as visões do “estudante” e do “professor”, Corrêa destaca a reprodução do conflito entre os mundos dos adultos e dos adolescentes. “Nós, os mais adultos, tendemos a olhar a utilização da internet como superficial porque ela é diferente do que a gente conhece”, afirma. “Estávamos mais acostumados a nos relacionarmos com os veículos de comunicação de massa como o rádio e a televisão e não temos muitas vezes a capacidade de entender o que é esse fenômeno de comunicação em rede que eles, adolescentes, estão fazendo.”

Lembrando a velocidade com que os temas se multiplicam nas redes sociais, o pesquisador sugere mais estudos sobre o tema. “Não podemos ficar nesse viés do senso comum de que a internet aliena, de que não é legal, é fútil”, recomenda. “Vide o que aconteceu recentemente com as manifestações que lotaram as ruas.

Grande parte dessa força, dessas manifestações foi graças à comunicação que aconteceu via internet, das redes sociais. Acho que surpreendeu muita gente.” Segundo o pesquisador, “talvez hoje, se refizéssemos essa pesquisa, os resultados seriam um pouco diferente, talvez isso já tenha mudado um pouco a representação desse senso comum que a internet é algo fútil.”

Brasileiros participam de competição internacional de matemática

Agência Brasil

Alunos brasileiros participam da 20.ª Competição Internacional de Matemática para Estudantes Universitários que ocorre na cidade de Blagoevgrad, na Bulgária, até a próxima segunda-feira (12). Hoje (9), eles participam do segundo dia de provas. As questões devem ser resolvidas em idioma inglês e incluem campos de álgebra, análise real e complexa, além de combinatória, cujas pontuações somadas determinam os vencedores.

O Brasil participa da competição desde 2003, conquistando desde então 99 medalhas, sendo uma de ouro especial (Grand First Prize), 16 de ouro (First Prize), 31 de prata (Second Prize) e 51 de bronze (Third Prize). Na última edição, estudantes da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio ficaram em 9.º lugar.

A participação brasileira na competição é organizada pela Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM). A delegação deste ano é composta por alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto Militar de Engenharia (IME), da Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre outros.

O que o aluno espera do professor

Helio Marques - helio@nota10.com.br
Jornalista, diretor do Site Nota 10.

Há professores de todo tipo. E todo tipo de professor. E é essa diversidade que encanta os alunos. É certo que essa miscelânea de jeitos também pode despertar a ojeriza, mas no geral esse “tudo junto e misturado” pode contribuir para o aprendizado.

Uma pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (7), durante o Salamundo – evento do Instituto Positivo que reuniu cerca de 2 mil profissionais de educação em Curitiba – avaliou alguns dos principais fatores que influenciam o desempenho escolar. O interessante é que o resultado se deu pela perspectiva dos próprios alunos.

E, de forma bastante resumida, mostra o que os alunos esperam de um professor. A pesquisa é salutar, já que muitos e muitos professores realmente gostariam de ter esse tipo de orientação, antes de entrar em sala.
E não digo isso apenas me referindo aos novatos, mas àqueles que têm anos de experiência, que às vezes ficam em dúvida se estão conduzindo de forma adequada esta ou aquela turma. Sim, porque uma nunca é igual a outra. E o que você faz em uma pode não surtir efeito em outra.

A pesquisa relacionou 13 pontos de destaque. Vou, de forma bastante sintética, relacionar alguns deles aqui, como forma de dar minha contribuição para aqueles que tiverem paciência de ler este texto até o fim.
Quero começar por um item que é calcanhar de Aquiles de muito professor e professora em sala de aula: a bagunça. É raro, mas não impossível, encontrar uma turma quieta. Veja que não disse silenciosa, disse quieta, que é um meio-termo entre a muda e a que promove algazarra. O sonho de muito professor é ter uma turma quieta, que às vezes sobe os decibéis, mas sabe voltar ao prumo na hora certa.

Pois a pesquisa mostra que os estudantes entrevistados – foram de quatro escolas particulares – gostariam de ter um professor que “botasse moral” – para usar um termo que aparece no levantamento – e mandasse o bagunceiro ficar quieto e, até mesmo, pedisse com educação para que fosse ver se estava chovendo lá fora. Não querem um mandão, mas um que se importe com quem está interessado na disciplina.

Os alunos também não gostam do tipo de professor que só fala, que fica no blá, blá, blá o tempo todo. Querem um professor que interaja com a turma. Aquele negócio de despejar sobre a turma todo o conhecimento, num grande monólogo, não tem mais vez. A turma quer discutir, participar. E há algumas correntes pedagógicas que dizem que é assim que se aprende.

Outro ponto levantado na pesquisa diz que os alunos querem aulas interessantes, com a utilização de mídias variadas, incluindo vídeos. Aí vejo um ponto importante: quando a turma se mostra interessada pela aula, o professor se vê motivado a prepará-la bem. E essa troca é magnífica. É o suprassumo ter alunos ávidos por aprender. Mas, se numa situação dessa, o professor tira do bolso um calhamaço de papel amarelado, fica no blá, blá, blá e deixa de mostrar coisas interessantes, não há turma que resista, por mais que se esforce.

As aulas têm que ser instigantes, surpreendentes pois, depois de um tempo, o aluno já conhece o jeitão do professor e até já sabe como vai ser. Surpreender é a palavra-chave. Mas não basta recorrer ao YouTube e caçar um punhado de vídeos engraçados. Não é nem preciso dizer que eles têm que ser relacionados com o assunto da aula e que os comentários posteriores sejam motivadores e inebriantes também.

Parece difícil preparar uma aula surpreendente? Pode ser, mas é essa “dificuldade” que resultará numa boa aula, pois a inegável falta de tempo sempre nos levará a ter momentos desmotivadores, em que os alunos olharão mais para o relógio do que para a lousa. Para prender a atenção deles é preciso empenho.

Na pesquisa os alunos responderam que gostariam ainda que o professor fosse descontraído, estimulasse os alunos, cobrasse e elogiasse ao mesmo tempo, criasse vínculo, amizade e, claro, tivesse Facebook. Não, os alunos não estão pedindo demais. Mas se você nunca viu a frase “No que você está pensando” pode começar a se apavorar!

Dominar o conteúdo é um dos itens que os alunos solicitaram na pesquisa. E, agora, você há de concordar comigo, que eles não pediram nada de mais. Só um professor que saiba, de A a Z, todo o conteúdo daquilo que se propôs a ensinar. Pois há quem diga que a turma respeita mais o professor que tem domínio, “que explica sem precisar olhar muito no livro”. Básico.

Eu mesmo, quando fazia a 5.ª série (naquela época era série!) do ensino fundamental, o tal do ginasial, tive uma professora de Matemática que me intrigava. Não conseguia imaginar como ela sabia tantas coisas da matéria. Era do tipo que não deixava nenhuma pergunta sem resposta, nem saía pela tangente.

Por muitas vezes imaginava se deixava de ver novela para preparar os exercícios ou fazia o marido passar fome, sem jantar. Era uma devoradora de números, cujos filhos por pouco não se chamaram Cosseno, Bháskara e Hipotenusa. Depois descobri que adorava o seu jeito de dar aula, de envolver a turma, de tentar quebrar a barreira que separa os mortais dos que entendem Matemática.

E como esta disciplina é tida por “difícil” pela maioria dos estudantes, os alunos responderam na pesquisa que gostariam de ter um professor paciente para tirar dúvidas e que não dissesse sempre “já expliquei!”. E fizesse provas justas e desse revisão prévia.

Para finalizar o 13.º ponto levantado na pesquisa, os estudantes gostariam de um professor que trouxesse conteúdos além do material da escola e apresentasse exemplos realistas.

Se olharmos, um por um desses itens, veremos que eles não querem nada de mais. Só aprender com alguém que, em suma, ame o que faz.

Mais de 24 mil escolas já fizeram escolha de livros didáticos


Mais de 24 mil escolas públicas já escolheram os livros didáticos que serão usados por alunos dos anos finais do ensino fundamental a partir de 2014. O número representa 48% do total de unidades de ensino com estudantes matriculados em turmas do sexto ao nono ano. O prazo para a indicação das obras vai até esta segunda-feira (12).

O Distrito Federal é a unidade da Federação com maior percentual de escolas com a escolha efetivada (72%). Em seguida, Santa Catarina (64%), Rio Grande do Sul (63%), Espírito Santo (62%) e São Paulo (61%).

Serão selecionadas obras de português, matemática, história, geografia, ciências e língua estrangeira (inglês ou espanhol). Os responsáveis pela escolha devem fazer duas opções de editoras diferentes. Caso não seja possível negociar os livros com a editora da primeira opção, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) tentará adquirir as obras da segunda.

Para ajudar na escolha, está disponível o Guia de Livros Didáticos para 2014, com resumos e informações sobre as obras selecionadas para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Ao consultar o guia, os professores podem indicar os livros adequados ao projeto de ensino de cada escola.

O FNDE prevê a aquisição de quase 90 milhões de exemplares para aproximadamente 13 milhões de estudantes. Os livros serão confeccionados com material resistente para ser usados por três anos consecutivos e servir a mais de um aluno.

Seduc/MT - Projeto de incentivo a leitura de Diamantino é notícia em site nacional

Para potencializar o hábito da leitura, assim como o poder argumentativo e análise crítica, cerca de 100  alunos da Escola Estadual Irmã Lucinda Facchini, de Diamantino,  participam do projeto ‘Jornal da Turma’. A iniciativa pedagógica ganhou repercussão nacional com a publicação da experiência recentemente no site ‘Portal do Professor’. A atividade é desenvolvida com quatro turmas de alunos matriculados na 3ª fase do 3º Ciclo de Formação Humana. 
 Autora do projeto, desenvolvido desde 2004, a professora da Língua Portuguesa, Márcia Timidati Raimundo, explica que a iniciativa é uma maneira de provocar a leitura de forma diferenciada.  Para ela é necessário alterar a dinâmica do processo de ensino aprendizagem, estimulando os alunos.

Todo o  processo de elaboração das pautas, assim como a coleta de material para a confecção do jornal anual,  tem início em agosto. Em média, a montagem do jornal consome cerca de três meses. “A edição normalmente é apresentada no mês de outubro. Temos espaço para entrevistas, texto de editorial,  reportagens locais e nacionais, além das colunas”. Quando pronto, o jornal é tradicionalmente apresentado a toda comunidade escolar e exposto no mural da escola, figurando como um instrumento de valorização da comunidade escolar.

Mais do que alunos participativos, a atividade pedagógica tem colaborado com o rendimento em outras disciplinas, considerando há quantidade de informações necessárias para redação dos textos . “Todo o trabalho consome muita informação e temos muita necessidade de pesquisas em áreas distintas”.

A integração entre alunos de turmas distintas é fator positivo. “São divididos em pequenos grupos para confecção e apresentação do trabalho”. Toda a logística é de responsabilidade dos grupos, o que também fortalece o espírito de coletividade, o senso de responsabilidade e a cidadania, já que os temas tratados debatem sobre o cenário local e também nacional.

A forma diferente de produzir leitura também se destaca  durante as reuniões realizadas na Sala do Educador, com a captação de sugestões para o projeto.

Outras Ações

Outra proposta vigente na Escola Estadual Irmã Lucinda Facchini trata-se da confecção de um livro com ilustrações. O trabalho é realizada com os estudantes do 2º e do 3º Ciclo de Formação Humana.  As intervenções pedagógicas também abarcam o teatro e a música por meio de um show de talentos que amplia auto estima da garotada.

Saiba mais em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=2916

PATRÍCIA NEVES
Assessoria Seduc-MT

Seduc/MT Trabalho em rede fortalece a Paz nas Escolas


“Sozinha a escola não dá conta de educar. Mas quando a família está desestruturada, a quem recorrer? Nós temos de refletir sobre o que podemos fazer, porque não se pode atribuir somente ao Estado, que é o promotor das políticas públicas, essa responsabilidade”. A reflexão proposta pelo secretário de Educação, Ságuas Moraes, foi apresentada durante o 1º Encontro de Conselheiros Tutelares e Diretores de Escolas Estaduais de Cuiabá, realizado no auditório da pasta durante o dia de hoje (08.08). A atividade é um dos desdobramentos do Projeto Paz nas Escolas, desenvolvido conjuntamente entre as Secretarias de Educação e Segurança Pública.

O Encontro com cerca de 120 profissionais da educação, além de membros da rede de proteção à criança e adolescente atuante na capital. Mais do que a promoção de um encontro para que dúvidas inerentes a atuação dos parceiros (Ministério Público, Conselhos Tutelares, Polícia Militar, Secretaria de Assistência Social) sejam sanadas, a atividade tem como meta ser propulsora do trabalho de educação desenvolvido em rede. 
 
“Essa aproximação garante a unidade da rede. O encaminhamento correto da s demandas. O Estado tem perdido espaço e a escola, nesse contexto, desempenha um papel de grande relevância. O professor que conhece a realidade dos alunos deve  conhecer essa estrutura”, explica a diretora do Juizado da Infância e Juventude de Cuiabá, Gleide Bispo dos Santos. 

A frente a gestão da Escola Estadual Marcelina de Campos, Ana Isabel de Souza, pondera que as parcerias com as Polícia (Civil e Militar), assim como a atuação de propostas pedagógicas inovadoras, têm surtido um resultado profícuo. No entanto, ressalva as fragilidades encontradas no atendimento dos conselheiros tutelares, que atingem tanto a logística, assim como o preparo desses profissionais. “Os investimentos também devem perpassar pelo aprimoramento”, pondera. A unidade escolar Marcelina de Campos atende a cerca de 780 estudantes do Ensino Médio, Regular e a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Para a diretora Marlene Maria Mayer Rondon, que atua na Escola Estadual Zélia Costa, as unidades escolares da capital tornam-se verdadeiras caixas de ressonância dos problemas sociais. “Por isso investimos em projetos, como a Educomunicação, Escola Aberta, Horta, Quem Ama Cuida, dentre outros para envolver não só estudantes, como a comunidade escolar”. Para Marlene, a atividade promovida hoje reflete positivamente considerando as fragilidades inerentes ao desenvolvimento das atividades da rede de proteção.

ProposiçõesAs próximas etapas visando o fortalecimento da rede de proteção devem abarcar atividades formativas junto aos profissionais que atuam nas Secretarias de Estado de Saúde (SES) e de Segurança Pública  (Sesp), conforme proposição apresentada pela coordenadora dos Conselhos Tutelares de Cuiabá, Flávia Silva. Hoje a capital possui trinta conselheiros, que atuam em cinco regiões distintas (Centro, Santa Izabel, Coxipó, Planalto e Pedra 90).

Rede Participam do Encontro, o titular da Delegacia Especializada no Adolescente (DEA), Paulo Araújo, o representante da Diretoria da Polícia Judiciária Civil, delegado Sebastião Finotto, o coronel da Polícia Militar Jacques Lopes, o vereador Allan Kardec, da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores de Cuiabá, além de membros da Rede Cidadã e da Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá. 

PATRÍCIA NEVES
Assessoria Seduc-MT

Seduc/MT Nota de Esclarecimento

A Secretaria de Estado de Educação comunica aos seus profissionais que o Governo do Estado sempre esteve aberto ao diálogo com a categoria e que, em 25.07, a pedido do Sindicato dos Profissionais da Educação Pública de Mato Grosso (Sintep-MT), ampliou o diálogo com a presença do governador, das Secretarias de Fazenda, Administração e Seduc para debater a pauta de reivindicação apresentada.

O governador Silval Barbosa permaneceu durante o tempo todo na reunião, de duas horas e quarenta minutos, acatou e deu encaminhamento a toda a pauta de reivindicação, conforme Ofício 141/2013 encaminhado ao Sindicato.

Portanto, não entendemos a necessidade de greve, pelo fato do diálogo ter sido ampliado com a presença do governador e outras secretarias. Entendemos que a greve é um instrumento da categoria quando o diálogo é interrompido. 
 
Confira aqui o documento

UFMT oferece vaga para professor de Ciência da Computação

Redação 24 Horas News

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) oferece uma vaga para professor substituto do Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN), Campus de Rondonópolis, na área de Sistemas de Informação. Os candidatos devem ter graduação em Engenharia de Computação, Ciência da Computação, Sistemas de Informação ou Licenciatura em Computação e disponibilidade para trabalhar em regime de 40 horas semanais, nos turnos matutino, vespertino e noturno. As datas para inscrição são os dias 15 e 16 de agosto.
 
Os interessados devem procurar a secretaria da Coordenação do Curso de Sistemas de Informação do ICEN, das 14h às 20h, munidos de documentação pessoal, curriculum vitae documentado e declaração de não ter sido contratado por nenhuma instituição de ensino superior nos últimos dois anos.
 
O processo de seleção será realizado nos dias 19 e 20 de agosto, a partir de 8h30, por meio de sorteio do ponto da prova didática e análise de currículo e prova didática. O resultado será divulgado no dia 23 de agosto, a partir das 8h30.
 
Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (66) 3410.4006.

Escolas rurais terão até R$ 32 mil para garantir fornecimento de água e esgoto

Agência Brasil

Resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) publicada na edição de hoje, 12, do Diário Oficial da União estabelece a destinação de até R$ 32 mil para garantir o abastecimento apropriado de água e esgoto sanitário em escolas públicas municipais, estaduais e distritais de educação básica no campo.
 
A resolução leva em consideração a necessidade de uma política educacional voltada à realidade diferenciada das escolas do campo e de desenvolver ações para melhorar a qualidade do ensino e elevar os índices de desempenho de estudantes de instituições rurais.
 
Os recursos são destinados nos moldes do Programa Dinheiro Direto na Escola. O dinheiro será liberado em favor das escolas com Unidade Executora Própria (Uex) que tenham declarado, no censo escolar do ano anterior ao do repasse, a inexistência de abastecimento de água ou de esgotamento sanitário e ainda não tenham sido beneficiadas.
 
O montante que cada escola receberá será calculado de acordo com o número de estudantes. A liberação dos recursos ficará condicionada à validação do Termo de Declaração e Compromisso e ao preenchimento do Plano de Aplicação pelos diretores das escolas disponível na internet, acompanhado de anexo contendo de três a cinco fotos do prédio escolar onde será feito o investimento.
 
Os recursos financeiros de que trata esta resolução deverão ser usados até 31 de dezembro do ano seguinte ao do repasse.

MT- Prato de buffet da Seduc paga 93 merendas; secretário tem futuro incerto

Redação 24 Horas News
 
O secretário de Educação do Governo de Mato Grosso, Saguas Moraes, vai ter dificuldade de explicar ao Ministério Público e também aos deputados da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa a intenção de gastar R$ 7,7 milhões na contratação de buffet para servir pratos refinados em eventos de formação de professores.  Por mais que o negócio não tenha sido concretizado, em função das denuncias, Moraes terá que usar de argumentos consistentes para justificar como o Governo pagaria R$ 28,00 por um prato do jantar contra R$ 0,30 de uma merenda servida aos alunos da rede pública.
 
Ou seja: o gasto com  um convidado de algum dos eventos que seriam promovidos pela Secretaria de Educação seria suficiente para alimentar hoje 93 crianças, segundo números do jornal “Diário de Cuiabá”, que publicou um comparativo para ilustrar a situação e abordar com mais propriedade a chamada “farra da comida”. Ao todo, de acordo com o edital lançado para registro de preço, a Secretaria de Educação compraria 277.556 refeições. 
 
Conforme foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou na última segunda-feira, a Seduc pretendia desembolsar R$ 7,7 milhões para alimentação em eventos. Segundo o jornal, esse gasto total também atenderia toda a rede estadual por três meses, levando em consideração que cerca de 400 mil estudantes foram matriculados este ano.
 
A tabela de preços, que também estão disponível no DOE, mostra ainda que o jantar de 18 pessoas que vierem a Capital por conta da Seduc para participar de curso de capacitação, seminários e outros eventos, garantiria a merenda de um dia em uma das maiores escolas da Capital, a Malik Didier, no bairro Pedra 90, com 1.700 alunos.
 
Mais que o gasto, o cardápio do jantar representa uma “agressão” aos estudantes. Entre outros, estavam sendo contratados buffet de alimentação com entrada com pão sí¬rio ou pãezinhos integrais acompanhados de pasta de berinjela. Em seguida, viria a salada de mariscos ou tropical de maionese e legumes. O prato principal poderia ser, conforme sugere a lista, medalhão de filé bovino com molho madeira, peito de peru a  Califórnia (com frutas), salmão ao molho tártaro ou filé de badejo ao molho de maracujá.
 
“Nas escolas, fazendo milagre com os 30 centavos que recebem por criança, as merendeiras conseguem servir, por exemplo, pão doce com um copo de suco de maracujá. Esse foi o cardápio da merenda da escola estadual Diva Hugueney Bastos, no bairro Aroeira, em Cuiabá, na última quarta-feira” – diz o jornal. 
 
Estudantes e professores reclamaram da qualidade da alimentação. Exemplo que ilustra essa queixa aconteceu na cidade de Sinop, no Norte do Estado durante o  IX Jogos Escolares Mato-grossenses, disputados entre os dias 25 a 31 de julho.  Nos sete dias do evento, a comida servida  teve como base no cardápio  arroz, feijão, sopa de mandioca com carne de segunda e minguada. O cafe da manhã oferecia um café de coador industrial e requentado, pão e salame. Fotografias do “panelão” ensopado foram postados na rede social Facebook. 
 
As explicações para o disparate governamental deverá ser uma das ultimas explicações de Saguas Moraes como secretário de Educação, caso consiga fechar entendimentos para que o deputado Homero Pereira (PR), de fato, se aposente. O parlamentar enfrenta problemas sérios de saúde. Há noticias que garantem que Pereira permanecerá no cargo. A Seduc é considerada um “gueto do PT” no Governo. O controle é absoluto por parte da sigla, que, por sua vez, é controlada pelo grupo de Saguas.