Camila Ribeiro - Da Redação
Teve início na manhã desta segunda (12), a
greve dos trabalhadores da rede estadual de ensino de Mato Grosso. A paralisação
acontece por tempo indeterminado na maioria das 739 escolas do Estado, deixando
sem aulas, aproximadamente 400 mil alunos.
Os profissionais estavam em estado de greve
desde abril e alegaram que as reivindicações da categoria são antigas, mas as
negociações com o Governo não avançam. A greve foi definida em assembleia
realizada no último dia 5.
“O estado de greve desde abril não surtiu
efeito no governo, que se limitou a responder à pauta de reivindicações sem
apresentar propostas concretas de investimento em educação”, declarou o
presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso
(Sintep/MT), Henrique Lopes.
A categoria exige a aplicação dos 35% dos
recursos do Estado em educação, a realização de concurso público, cumprimento da
hora-atividade, investimento nas unidades escolares e compromisso de valorização
profissional do trabalhador por meio da dobra do poder de compra em um prazo
estabelecido de no máximo sete anos.
"Exigimos uma política de estado, que
transponha a política de governo. Quando se fala em Ensino Médio, nós temos além
da ausência de instrumentos pedagógicos a falta de investimentos concretos em
infraestrutura e pessoal", declarou Lopes.
O secretário de articulação sindical do Sintep,
João Eudes Anunciação apontou à categoria durante a assembleia geral que a greve
se tornou inevitável. "Esse governo não nos engana com um documento travestido
de negociação. Esse governo nunca debateu a pauta de reivindicações e nós
estamos cansados de compromissos que não são honrados".
Na próxima terça (13), o sindicato realiza um
ato público, na Praça Alencastro em Cuiabá, às 15h.
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