Vamos tratar esse assunto com descrição!
Não tem como tratar um assunto com descrição, apenas com discrição. Só há como fazer a descrição dos fatos!
Isso porque descrição tem origem no latim “descriptione” e significa o ato de descrever, ou seja, de contar algo de maneira minuciosa.
A palavra discrição também é originária do latim “discretione” e diz respeito à qualidade de alguém em ser discreto, reservado ou de agir com sensatez e modéstia.
Portanto, quando queremos dizer que alguém se veste com sensatez, quando queremos conversar reservadamente com alguém ou quando queremos tratar de um assunto delicado, utilizamos “discrição”. Veja:
Por favor, vamos ser discretos ao falarmos sobre isso, ou seja, Vamos tratar com discrição esse assunto!
Aquela mulher se veste muito bem, com muita discrição, ou seja, com muita sensatez.
Ele não gosta de dar entrevista, pois é muito discreto, ou seja, modesto!
Em vestibular ou nas aulas de redação é comum a solicitação de uma descrição. O que fazer? Faça um texto que conte os episódios com detalhes, que descreva bem os ambientes.
A descrição também é muito utilizada quando você conta algo a alguém. Já viu na delegacia de polícia quando alguém vai depor? O que os policiais pedem? A descrição dos fatos!
Veja mais!
Descrição - Definição, descrição objetiva, o que é necessário que tenha e outras!
Por Sabrina Vilarinho
sábado, 16 de junho de 2012
Discrição, descrição
Alunos com bônus por raça repetem mais na Unicamp
DE SÃO PAULO
Levantamento feito pela Unicamp mostra que estudantes do ensino médio que receberam pontos extra no vestibular da universidade tiveram, ao final da graduação, rendimento igual ao dos demais universitários. Já pretos, pardos e indígenas que ganharam bônus adicional devido à raça auto-declarada sofreram mais com reprovação e abandono.
A informação é de reportagem de Fábio Takahashi publicada na edição deste sábado da Folha (A íntegra está disponível a assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Desde 2005, quem cursou o ensino médio em escola pública ganha 30 pontos extras no vestibular da Unicamp, numa escala até 500. Quem se declara preto, pardo ou indígena recebe outros 10.
Nesta semana, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu por unanimidade que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional.
Levantamento feito pela Unicamp mostra que estudantes do ensino médio que receberam pontos extra no vestibular da universidade tiveram, ao final da graduação, rendimento igual ao dos demais universitários. Já pretos, pardos e indígenas que ganharam bônus adicional devido à raça auto-declarada sofreram mais com reprovação e abandono.
A informação é de reportagem de Fábio Takahashi publicada na edição deste sábado da Folha (A íntegra está disponível a assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Desde 2005, quem cursou o ensino médio em escola pública ganha 30 pontos extras no vestibular da Unicamp, numa escala até 500. Quem se declara preto, pardo ou indígena recebe outros 10.
Nesta semana, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu por unanimidade que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional.
Comissão do Senado aprova cotas nas universidades federais
GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
Depois de quatro anos parado à espera de votação no Senado, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa aprovou nesta quarta-feira projeto que estabelece o sistema de cotas raciais e sociais nas instituições federais de educação superior. O projeto determina que 50% das vagas nessas instituições sejam destinadas aos alunos que estudaram em escolas públicas no ensino médio.
Essas vagas também têm que ser divididas proporcionalmente à quantidade de negros, pardos e índios fixada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em cada Estado. Isso significa que, em Estados onde a maioria da população é negra, grande parte das vagas para alunos oriundos de escolas públicas será destinada a estudantes que também têm origem negra.
Em localidades como Santa Catarina, onde apenas 9% da população é negra, a maioria das vagas será preenchida com base nas cotas sociais, e não raciais. Já na Bahia, onde 73% da população é negra, as vagas vão priorizar estudantes negros.
O projeto também estabelece que, do total de 50% de vagas destinadas às cotas, metade delas tem que ser reservada a alunos oriundos de famílias que recebem até 1,5 salário mínimo por integrante --para priorizar os estudantes de baixa renda do país.
Relatora do projeto na comissão, a senadora Ana Rita (PT-ES) defendeu o sistema misto de costas por considerá-lo mais justo ao país. A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que defendeu o relatório da petista, disse que o Brasil precisa pagar a dívida que mantém com os estudantes negros.
"Quantas pessoas negras vieram do nada e hoje têm patrimônio e hoje são senadores da República? Aqui temos um senador da República que se diz negro. O preconceito existe. Nós temos uma dívida que, desde a escravidão, não foi paga", afirmou Marta.
DEBATE
Marta alfinetou o senador Lobão Filho (PMDB-MA), que apresentou voto em separado para defender cotas apenas para estudantes do ensino público. O peemedebista disse que estudou parte de sua vida em escolas públicas, o que provocou a reação de Marta.
"Vossa Excelência é filho de governador. Provavelmente Vossa Excelência fala uma língua. É muito difícil aprender língua estrangeira em escola pública. Seus pais devem ter pagado um curso particular, ou Vossa Excelência foi para o exterior estudar. Não dá para comparar", alfinetou Marta.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também apresentou voto em separado para estabelecer apenas as cotas sociais para ingresso nas universidades, sem critérios raciais. Mas foi derrotado pela maioria dos integrantes da comissão. "A moça branca, pobre, de valor, pode ser preterida sobre o seu vizinho que tem origem negra. A cota social é o que mais coaduna com o princípio da igualdade", disse o tucano.
Com a aprovação na CCJ, o projeto segue para análise de duas comissões do Senado e ainda precisa passar pelo plenário da Casa. Ele foi aprovado pela Câmara em 2008 e, desde então, espera pela análise dos senadores. Se sofrer mudanças durante sua tramitação no Senado, ainda terá que retornar à Câmara para nova votação.
Em abril deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) já decidiu que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional. O julgamento tratou de uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas da UnB (Universidade de Brasília), que reserva 20% das vagas para autodeclarados negros e pardos.
DE BRASÍLIA
Depois de quatro anos parado à espera de votação no Senado, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa aprovou nesta quarta-feira projeto que estabelece o sistema de cotas raciais e sociais nas instituições federais de educação superior. O projeto determina que 50% das vagas nessas instituições sejam destinadas aos alunos que estudaram em escolas públicas no ensino médio.
Essas vagas também têm que ser divididas proporcionalmente à quantidade de negros, pardos e índios fixada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em cada Estado. Isso significa que, em Estados onde a maioria da população é negra, grande parte das vagas para alunos oriundos de escolas públicas será destinada a estudantes que também têm origem negra.
Em localidades como Santa Catarina, onde apenas 9% da população é negra, a maioria das vagas será preenchida com base nas cotas sociais, e não raciais. Já na Bahia, onde 73% da população é negra, as vagas vão priorizar estudantes negros.
O projeto também estabelece que, do total de 50% de vagas destinadas às cotas, metade delas tem que ser reservada a alunos oriundos de famílias que recebem até 1,5 salário mínimo por integrante --para priorizar os estudantes de baixa renda do país.
Relatora do projeto na comissão, a senadora Ana Rita (PT-ES) defendeu o sistema misto de costas por considerá-lo mais justo ao país. A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que defendeu o relatório da petista, disse que o Brasil precisa pagar a dívida que mantém com os estudantes negros.
"Quantas pessoas negras vieram do nada e hoje têm patrimônio e hoje são senadores da República? Aqui temos um senador da República que se diz negro. O preconceito existe. Nós temos uma dívida que, desde a escravidão, não foi paga", afirmou Marta.
DEBATE
Marta alfinetou o senador Lobão Filho (PMDB-MA), que apresentou voto em separado para defender cotas apenas para estudantes do ensino público. O peemedebista disse que estudou parte de sua vida em escolas públicas, o que provocou a reação de Marta.
"Vossa Excelência é filho de governador. Provavelmente Vossa Excelência fala uma língua. É muito difícil aprender língua estrangeira em escola pública. Seus pais devem ter pagado um curso particular, ou Vossa Excelência foi para o exterior estudar. Não dá para comparar", alfinetou Marta.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também apresentou voto em separado para estabelecer apenas as cotas sociais para ingresso nas universidades, sem critérios raciais. Mas foi derrotado pela maioria dos integrantes da comissão. "A moça branca, pobre, de valor, pode ser preterida sobre o seu vizinho que tem origem negra. A cota social é o que mais coaduna com o princípio da igualdade", disse o tucano.
Com a aprovação na CCJ, o projeto segue para análise de duas comissões do Senado e ainda precisa passar pelo plenário da Casa. Ele foi aprovado pela Câmara em 2008 e, desde então, espera pela análise dos senadores. Se sofrer mudanças durante sua tramitação no Senado, ainda terá que retornar à Câmara para nova votação.
Em abril deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) já decidiu que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional. O julgamento tratou de uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas da UnB (Universidade de Brasília), que reserva 20% das vagas para autodeclarados negros e pardos.
Cresce adesão de famílias brasileiras ao ensino domiciliar
DE SÃO PAULO
O ensino domiciliar conhecido como "homeschooling" está aumentando no Brasil. Pelo menos mil famílias, contra as 250 registradas em 2009, educam seus filhos em casa, informa reportagem de Cláudia Collucci.
O Estado de Minas Gerais concentra o maior número de casos: 200.
A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Carlos Cecconello/Folhapress
O administrador Gayson Fick Silva com a mulher, Mariana, e a filha Emily, que é educada em casa
O "homeschooling" é regulamentado em países como Canadá, Inglaterra, México e em alguns Estados dos EUA, mas não no Brasil.
Um casal brasileiro foi condenado a pagar multa de R$ 9.000 por ter tirado, em 2005, dois filhos da escola que na época cursavam a 5ª e a 6ª séries. Hoje adolescentes, eles fizeram várias provas que atestaram que o conhecimento adquirido em casa era compatível ao de alunos do ensino regular.
O ensino domiciliar conhecido como "homeschooling" está aumentando no Brasil. Pelo menos mil famílias, contra as 250 registradas em 2009, educam seus filhos em casa, informa reportagem de Cláudia Collucci.
O Estado de Minas Gerais concentra o maior número de casos: 200.
A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Carlos Cecconello/Folhapress
O administrador Gayson Fick Silva com a mulher, Mariana, e a filha Emily, que é educada em casa
O "homeschooling" é regulamentado em países como Canadá, Inglaterra, México e em alguns Estados dos EUA, mas não no Brasil.
Um casal brasileiro foi condenado a pagar multa de R$ 9.000 por ter tirado, em 2005, dois filhos da escola que na época cursavam a 5ª e a 6ª séries. Hoje adolescentes, eles fizeram várias provas que atestaram que o conhecimento adquirido em casa era compatível ao de alunos do ensino regular.
Câmara aprova proposta de reverter dívidas de faculdades privadas em bolsas de estudo
Projeções indicam que o endividamento poderá alcançar R$ 17 bilhões
Isabel Braga
BRASÍLIA - Em medida provisória aprovada na noite desta terça-feira pelo plenário da Câmara foi incluída uma proposta de renegociação de dívidas tributárias de instituições de ensino superior privadas — projeções indicam que o endividamento poderá alcançar R$ 17 bilhões. De acordo com a proposta, as instituições em grave crise financeira poderão trocar a maior parte dessa dívida por bolsas de estudo gratuitas, nos moldes do programa Universidade para Todos (ProUni).
Segundo o relator, a medida poderá garantir a oferta de 500 mil bolsas a alunos de escolas públicas ou carentes nos próximos 15 anos. De acordo com o texto, as universidades terão um ano de carência para se reestruturarem e terão que pagar 10% do passivo em espécie, em 15 anos, e 90% do passivo, em bolsas de estudo. O texto prevê ainda uma redução de juros: 40% para instituições privadas sem fins lucrativos e 60% para as com fins lucrativos. Para ter direito à negociação, a instituição tem que estar inscrita no programa de Financiamento Estudantil ( Fies) e não ter sócio estrangeiro.
Isabel Braga
BRASÍLIA - Em medida provisória aprovada na noite desta terça-feira pelo plenário da Câmara foi incluída uma proposta de renegociação de dívidas tributárias de instituições de ensino superior privadas — projeções indicam que o endividamento poderá alcançar R$ 17 bilhões. De acordo com a proposta, as instituições em grave crise financeira poderão trocar a maior parte dessa dívida por bolsas de estudo gratuitas, nos moldes do programa Universidade para Todos (ProUni).
Segundo o relator, a medida poderá garantir a oferta de 500 mil bolsas a alunos de escolas públicas ou carentes nos próximos 15 anos. De acordo com o texto, as universidades terão um ano de carência para se reestruturarem e terão que pagar 10% do passivo em espécie, em 15 anos, e 90% do passivo, em bolsas de estudo. O texto prevê ainda uma redução de juros: 40% para instituições privadas sem fins lucrativos e 60% para as com fins lucrativos. Para ter direito à negociação, a instituição tem que estar inscrita no programa de Financiamento Estudantil ( Fies) e não ter sócio estrangeiro.
Colégio Pedro II resolve inovar e oferece curso de mestrado
Instituição, de 175 anos, tem ainda residência para docentes de escolas públicas
Leonardo Cazes
Alunos da unidade de São Cristóvão do Pedro II: instituição faz 175 anos dividindo sua experiência de ensinoO Globo / Paula Giolito
RIO - Fundado em 1837, no período regencial brasileiro, o Colégio Pedro II foi criado para ser um modelo para a educação pública na época do Império. Desde então, a escola se consolidou como uma das poucas ilhas de excelência na rede pública. Agora, quando a instituição completa 175 anos, a diretoria busca reafirmar seu papel de indutor de melhorias no ensino básico do Rio por meio de dois projetos: o Programa de Residência Docente (PRD), já em andamento, e o Mestrado Profissional em Práticas Educativas da Educação Básica, cujo edital será publicado em breve. O objetivo é romper os muros e grades das 14 unidades do Pedro II e disseminar as experiências de ensino do colégio.
A ideia é fazer do PRD um projeto-piloto. Se funcionar bem, a iniciativa se espalhará por outras instituições públicas de excelência. As duas iniciativas têm por meta principal a formação continuada de professores das escolas municipais e estaduais. Os programas nasceram de um desafio lançado pelo Ministério da Educação (MEC): o que o Colégio Pedro II pode fazer para melhorar a educação pública?
— São 940 professores no colégio, sendo que cerca de cem deles têm doutorado, e 500 têm mestrado. Os outros têm, em sua grande maioria, pelo menos uma especialização. Por esse motivo, o então ministro Fernando Haddad ficou interessado no nosso potencial. Foi pedido à direção que apresentasse projetos, e surgiram o mestrado profissional e o programa de residência docente — explica a diretora de pós-graduação e pesquisa do Pedro II, Neide Parracho Sant'Anna.
O Mestrado Profissional em Práticas Educativas da Educação Básica começou a ser gestado em 2010 e recebeu autorização definitiva da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no início deste ano. O edital está sendo finalizado. O objetivo desse programa — que tem como público-alvo professores atuantes na educação básica — é melhorar os resultados obtidos pelos futuros mestres em sala de aula.
O mestrado terá duração de dois anos, e os alunos defenderão uma dissertação ao final do curso. A carga horária será de 360 horas divididas em três disciplinas obrigatórias, três eletivas, uma específica para área de atuação, oficinas e seminários de orientação. Segundo o professor Francisco Roberto Mattos, que participou da elaboração do curso, o foco será no trabalho dos professores:
— Pesquisamos sobre os programas que já existiam e pensamos no que poderíamos oferecer de diferente. Há vários mestrados nas universidades que se preocupam com teorias da educação. Aqui, vamos dialogar com a teoria, mas nos concentraremos na prática docente.
Já as atividades do Programa de Residência Docente começaram em maio. Cerca de 60 professores da rede estadual e de municípios do Estado do Rio passarão nove meses nas unidades do Pedro II, supervisionados por um orientador. Durante este período, eles participarão de oficinas com professores e coordenadores da escola e reuniões de planejamento. Além disso, os “alunos” do PRD também darão aulas junto com os docentes. A carga horária é de 360 horas na escola. Outras 140 horas deverão ser utilizadas na unidade de origem do participante. Os professores atuarão como multiplicadores, compartilhando o que aprenderem com seus colegas.
— No programa, o professor não será um estagiário. Ele vai observar e participar dos nossos projetos e terá oficinas com os coordenadores de cada área. Eles não levarão o Pedro II para as suas salas de aula. A partir do que viverem aqui, eles refletirão sobre melhorias em seu trabalho — explica a professora Flávia Amparo, também envolvida no projeto.
A experiência dos professores do Pedro II que comandam o PRD é exaltada pelos participantes de outras escolas.
— Eles estão no programa, mas também estão em sala de aula. Temos o mesmo ponto de vista prático. Já ouvi muita coisa sobre o que precisa ser feito para melhorar, mas não via como aplicar isso na realidade da minha escola — conta o professor de história Roberto Carlos Ferraz, do Colégio Estadual Conselheiro Macedo Soares, em Niterói.
Marcus Vinicius Peres, que dá aula no Colégio Estadual Antônio Prado Júnior, na Tijuca, exalta o aprendizado:
— É um privilégio estar com professores qualificados, numa instituição de excelência. Cabe a nós absorver as experiências e levar para nossa sala de aula.
Iniciativa poderá ser estendida a outrs estados
Carmem Moreira de Castro Neves, diretora de Formação de Professores da Educação Básica da Capes, diz que a iniciativa pode ser ampliada para outros estados.
— O princípio é o mesmo da residência médica: aprender e inovar com quem está fazendo. Dando certo no Pedro II, poderemos lançar um edital nacional chamando outros colégios públicos de referência. Compartilhar experiências é uma responsabilidade das escolas que têm um bom desempenho.
Superintendente de Desenvolvimento de Pessoas da Secretaria estadual de Educação, Antoine Lousao defende a ampliação do projeto.
— Essa experiência cria uma ponte que nos permite disseminar essas experiências. Queremos que a parceria cresça.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/colegio-pedro-ii-resolve-inovar-oferece-curso-de-mestrado-5165027#ixzz13qLOGFa2
© 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Leonardo Cazes
Alunos da unidade de São Cristóvão do Pedro II: instituição faz 175 anos dividindo sua experiência de ensinoO Globo / Paula Giolito
RIO - Fundado em 1837, no período regencial brasileiro, o Colégio Pedro II foi criado para ser um modelo para a educação pública na época do Império. Desde então, a escola se consolidou como uma das poucas ilhas de excelência na rede pública. Agora, quando a instituição completa 175 anos, a diretoria busca reafirmar seu papel de indutor de melhorias no ensino básico do Rio por meio de dois projetos: o Programa de Residência Docente (PRD), já em andamento, e o Mestrado Profissional em Práticas Educativas da Educação Básica, cujo edital será publicado em breve. O objetivo é romper os muros e grades das 14 unidades do Pedro II e disseminar as experiências de ensino do colégio.
A ideia é fazer do PRD um projeto-piloto. Se funcionar bem, a iniciativa se espalhará por outras instituições públicas de excelência. As duas iniciativas têm por meta principal a formação continuada de professores das escolas municipais e estaduais. Os programas nasceram de um desafio lançado pelo Ministério da Educação (MEC): o que o Colégio Pedro II pode fazer para melhorar a educação pública?
— São 940 professores no colégio, sendo que cerca de cem deles têm doutorado, e 500 têm mestrado. Os outros têm, em sua grande maioria, pelo menos uma especialização. Por esse motivo, o então ministro Fernando Haddad ficou interessado no nosso potencial. Foi pedido à direção que apresentasse projetos, e surgiram o mestrado profissional e o programa de residência docente — explica a diretora de pós-graduação e pesquisa do Pedro II, Neide Parracho Sant'Anna.
O Mestrado Profissional em Práticas Educativas da Educação Básica começou a ser gestado em 2010 e recebeu autorização definitiva da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no início deste ano. O edital está sendo finalizado. O objetivo desse programa — que tem como público-alvo professores atuantes na educação básica — é melhorar os resultados obtidos pelos futuros mestres em sala de aula.
O mestrado terá duração de dois anos, e os alunos defenderão uma dissertação ao final do curso. A carga horária será de 360 horas divididas em três disciplinas obrigatórias, três eletivas, uma específica para área de atuação, oficinas e seminários de orientação. Segundo o professor Francisco Roberto Mattos, que participou da elaboração do curso, o foco será no trabalho dos professores:
— Pesquisamos sobre os programas que já existiam e pensamos no que poderíamos oferecer de diferente. Há vários mestrados nas universidades que se preocupam com teorias da educação. Aqui, vamos dialogar com a teoria, mas nos concentraremos na prática docente.
Já as atividades do Programa de Residência Docente começaram em maio. Cerca de 60 professores da rede estadual e de municípios do Estado do Rio passarão nove meses nas unidades do Pedro II, supervisionados por um orientador. Durante este período, eles participarão de oficinas com professores e coordenadores da escola e reuniões de planejamento. Além disso, os “alunos” do PRD também darão aulas junto com os docentes. A carga horária é de 360 horas na escola. Outras 140 horas deverão ser utilizadas na unidade de origem do participante. Os professores atuarão como multiplicadores, compartilhando o que aprenderem com seus colegas.
— No programa, o professor não será um estagiário. Ele vai observar e participar dos nossos projetos e terá oficinas com os coordenadores de cada área. Eles não levarão o Pedro II para as suas salas de aula. A partir do que viverem aqui, eles refletirão sobre melhorias em seu trabalho — explica a professora Flávia Amparo, também envolvida no projeto.
A experiência dos professores do Pedro II que comandam o PRD é exaltada pelos participantes de outras escolas.
— Eles estão no programa, mas também estão em sala de aula. Temos o mesmo ponto de vista prático. Já ouvi muita coisa sobre o que precisa ser feito para melhorar, mas não via como aplicar isso na realidade da minha escola — conta o professor de história Roberto Carlos Ferraz, do Colégio Estadual Conselheiro Macedo Soares, em Niterói.
Marcus Vinicius Peres, que dá aula no Colégio Estadual Antônio Prado Júnior, na Tijuca, exalta o aprendizado:
— É um privilégio estar com professores qualificados, numa instituição de excelência. Cabe a nós absorver as experiências e levar para nossa sala de aula.
Iniciativa poderá ser estendida a outrs estados
Carmem Moreira de Castro Neves, diretora de Formação de Professores da Educação Básica da Capes, diz que a iniciativa pode ser ampliada para outros estados.
— O princípio é o mesmo da residência médica: aprender e inovar com quem está fazendo. Dando certo no Pedro II, poderemos lançar um edital nacional chamando outros colégios públicos de referência. Compartilhar experiências é uma responsabilidade das escolas que têm um bom desempenho.
Superintendente de Desenvolvimento de Pessoas da Secretaria estadual de Educação, Antoine Lousao defende a ampliação do projeto.
— Essa experiência cria uma ponte que nos permite disseminar essas experiências. Queremos que a parceria cresça.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/colegio-pedro-ii-resolve-inovar-oferece-curso-de-mestrado-5165027#ixzz13qLOGFa2
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Mercadante: endividamento ameaça ProUni
Enviado por Demétrio Weber
O ministro Aloízio Mercadante disse na semana passada que é favorável à troca de dívidas federais de faculdades privadas por bolsas gratuitas para estudantes de baixa renda, no âmbito do programa Universidade para Todos (ProUni).
Segundo ele, é preciso solucionar o endividamento dessas instituições.
Do contrário, muitas não poderão mais participar do ProUni, já que uma das condições para ganhar isenção fiscal é estão em dia com o fisco.
- Teríamos perda de vagas no ProUni - disse Mercadante.
A presidente Dilma Rousseff concordou com a reivindicação das instituições de ensino. E determinou ao Ministério da Fazenda que defina o alcance do benefício, que precisa ser aprovado no Congresso, elencando quais universidades terão direito e quais dívidas poderão ser quitadas dessa forma.
O ministro Aloízio Mercadante disse na semana passada que é favorável à troca de dívidas federais de faculdades privadas por bolsas gratuitas para estudantes de baixa renda, no âmbito do programa Universidade para Todos (ProUni).
Segundo ele, é preciso solucionar o endividamento dessas instituições.
Do contrário, muitas não poderão mais participar do ProUni, já que uma das condições para ganhar isenção fiscal é estão em dia com o fisco.
- Teríamos perda de vagas no ProUni - disse Mercadante.
A presidente Dilma Rousseff concordou com a reivindicação das instituições de ensino. E determinou ao Ministério da Fazenda que defina o alcance do benefício, que precisa ser aprovado no Congresso, elencando quais universidades terão direito e quais dívidas poderão ser quitadas dessa forma.
MEC apresentará esboço de plano de carreira na próxima semana
Compromisso foi assumido na noite de terça-feira; sindicato diz que greve não acabará
Leonardo Cazes
RIO - Após reunião realizada na noite de terça-feira, em Brasília, o governo federal se comprometeu a apresentar um esboço de plano de carreira para os professores e funcionários das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) na próxima segunda-feira (19). Os professores federais estão parados há 27 dias e a greve atinge 51 instituições, sendo 47 universidades, de acordo com o sindicato nacional da categoria (Andes). Os técnicos-administrativos também pararam as suas atividades no início desta semana. A principal reivindicação das duas categorias trata de um novo plano de carreira. Os servidores argumentam que não foram contemplados na série de reestruturações promovidas pelo governo federal nos últimos anos.
No encontro estavam presentes o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, e o diretor de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Tecnológica, Aléssio Barros. Em um primeiro momento, o MEC chegou a propor uma “trégua” por 20 dias, o que foi rechaçado pelos sindicatos. Na última terça-feira, passeatas em todo o país cobraram mais investimentos na educação pública. No Rio, cerca de 4 mil pessoas andaram da Candelária até a Praça XV. Em São Paulo, o protesto foi em frente ao prédio da Bolsa de Valores BM&F Bovespa.
A princípio, a proposta de reestruturação da carreira terá como base aquela feita no Ministério da Ciência e Tecnologia. Os professores e técnicos consideraram que abertura do governo para a negociação foi uma vitória, pois a questão se arrastava desde 2010, sem maiores evoluções. Em um primeiro momento, o MEC deu 31 de agosto como prazo para apresentar um novo plano aos servidores. Segundo a Andes, a paralisação não tem previsão de acabar.
No Rio, a mobilização já interrompeu as aulas nas principais universidades públicas. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e o Cefet-RJ aderiram à greve. Na terça-feira, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiu, em assembleia, aderir à greve nacional, que já contava com a participação de nove universidades e dois institutos federais no mesmo estado. Com isso, mais de 150 mil alunos estão sem aulas em Minas. Em São Paulo, a paralisação atinge as universidades federais de São Paulo (Unifesp), de São Carlos (UFSCar) e do ABC (UniABC).
Durante o protesto no Rio, a professora Sônia Rodrigues, representante da Andes no ato, disse que vê há 20 anos uma mobilização tão intensa.
— É a maior mobilização da categoria em 20 anos, as instituições estão realmente muito mobilizadas. A adesão dos alunos também está muito grande, em 31 universidades entraram em greve estudantil e isso fortalece o movimento. A partir de uma proposta concreta do MEC, levaremos para as nossas assembleias e debateremos — afirmou a professora.
A maioria dos participantes do ato eram estudantes de graduação e pós-graduação das universidades. Isabelle Simões, aluna do 2º período de Geografia da UFRJ, apoia a paralisação dos professores e acredita que há reivindicações comuns entre docentes e estudantes.
— A luta por melhores condições de ensino são bandeiras nossas também. As reivindicações dos professores são justas e estamos apoiando. A UFRJ está em greve estudantil e temos uma pauta própria também — disse Isabelle.
A negociação entre o governo federal e os professores ocorre desde 2010, mas sem avanços. De acordo com a Andes, o MEC tinha o compromisso de apresentar uma proposta até março, o que não ocorreu. O MEC admite que a morte do principal negociador do governo, o então secretário-executivo do Ministério do Planejamento Duvanier Paiva, no início do ano, esfriou as conversas. O ministro Aloizio Mercadante, no entanto, já declarou diversas vezes que a greve é precipitada, pois o governo estaria cumprindo o acordo de reajuste salarial de 4%, acertado no ano passado. sindicato, contudo, argumenta que o acordo do ano passado foi emergencial.
Leonardo Cazes
RIO - Após reunião realizada na noite de terça-feira, em Brasília, o governo federal se comprometeu a apresentar um esboço de plano de carreira para os professores e funcionários das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) na próxima segunda-feira (19). Os professores federais estão parados há 27 dias e a greve atinge 51 instituições, sendo 47 universidades, de acordo com o sindicato nacional da categoria (Andes). Os técnicos-administrativos também pararam as suas atividades no início desta semana. A principal reivindicação das duas categorias trata de um novo plano de carreira. Os servidores argumentam que não foram contemplados na série de reestruturações promovidas pelo governo federal nos últimos anos.
No encontro estavam presentes o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, e o diretor de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Tecnológica, Aléssio Barros. Em um primeiro momento, o MEC chegou a propor uma “trégua” por 20 dias, o que foi rechaçado pelos sindicatos. Na última terça-feira, passeatas em todo o país cobraram mais investimentos na educação pública. No Rio, cerca de 4 mil pessoas andaram da Candelária até a Praça XV. Em São Paulo, o protesto foi em frente ao prédio da Bolsa de Valores BM&F Bovespa.
A princípio, a proposta de reestruturação da carreira terá como base aquela feita no Ministério da Ciência e Tecnologia. Os professores e técnicos consideraram que abertura do governo para a negociação foi uma vitória, pois a questão se arrastava desde 2010, sem maiores evoluções. Em um primeiro momento, o MEC deu 31 de agosto como prazo para apresentar um novo plano aos servidores. Segundo a Andes, a paralisação não tem previsão de acabar.
No Rio, a mobilização já interrompeu as aulas nas principais universidades públicas. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e o Cefet-RJ aderiram à greve. Na terça-feira, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiu, em assembleia, aderir à greve nacional, que já contava com a participação de nove universidades e dois institutos federais no mesmo estado. Com isso, mais de 150 mil alunos estão sem aulas em Minas. Em São Paulo, a paralisação atinge as universidades federais de São Paulo (Unifesp), de São Carlos (UFSCar) e do ABC (UniABC).
Durante o protesto no Rio, a professora Sônia Rodrigues, representante da Andes no ato, disse que vê há 20 anos uma mobilização tão intensa.
— É a maior mobilização da categoria em 20 anos, as instituições estão realmente muito mobilizadas. A adesão dos alunos também está muito grande, em 31 universidades entraram em greve estudantil e isso fortalece o movimento. A partir de uma proposta concreta do MEC, levaremos para as nossas assembleias e debateremos — afirmou a professora.
A maioria dos participantes do ato eram estudantes de graduação e pós-graduação das universidades. Isabelle Simões, aluna do 2º período de Geografia da UFRJ, apoia a paralisação dos professores e acredita que há reivindicações comuns entre docentes e estudantes.
— A luta por melhores condições de ensino são bandeiras nossas também. As reivindicações dos professores são justas e estamos apoiando. A UFRJ está em greve estudantil e temos uma pauta própria também — disse Isabelle.
A negociação entre o governo federal e os professores ocorre desde 2010, mas sem avanços. De acordo com a Andes, o MEC tinha o compromisso de apresentar uma proposta até março, o que não ocorreu. O MEC admite que a morte do principal negociador do governo, o então secretário-executivo do Ministério do Planejamento Duvanier Paiva, no início do ano, esfriou as conversas. O ministro Aloizio Mercadante, no entanto, já declarou diversas vezes que a greve é precipitada, pois o governo estaria cumprindo o acordo de reajuste salarial de 4%, acertado no ano passado. sindicato, contudo, argumenta que o acordo do ano passado foi emergencial.
Governo propõe aos docentes carreira que valoriza 'mérito acadêmico'
Sugestão será detalhada em encontro no próximo dia 19; greve dura quase 1 mês
Agência Brasil
O Ministério do Planejamento se comprometeu a apresentar na próxima terça-feira, 19, aos professores das universidades federais, uma nova proposta de plano de carreira. A categoria está em greve há quase um mês. Uma das possibilidades é que seja tomada com referência a estrutura de carreira dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que seria mais vantajosa do ponto de vista da progressão.
A proposta já começou a ser discutida ontem durante reunião do comando de greve com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Entretanto, segundo o Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), foi apresentada de maneira muito superficial. O governo chegou a pedir que a categoria fizesse uma trégua de 20 dias para que o semestre letivo fosse concluído, o que foi rejeitado pelos grevistas.
De acordo com o Ministério da Educação, a nova proposta de plano de carreira será baseada em “critérios de mérito acadêmico e valorização da dedicação ao ensino, à pesquisa e à extensão”. A possibilidade de migração dos docentes para a carreira do MCTI já está sendo discutida pelo comando de greve. Mas o movimento informou que vai aguardar a próxima reunião para conhecer a proposta concreta do governo.
"O governo federal espera contar com o compromisso e a compreensão dos docentes em greve e assegura que dará continuidade ao processo de modernização e expansão das universidades e dos institutos federais, contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento social e para a inclusão de mais brasileiros no ensino superior", diz nota divulgada pelo MEC nesta quarta-feira, 13.
Brasil tem três universidades entre top 10 da América Latina
USP lidera ranking da QS pelo 2º ano consecutivo; Unicamp e UFRJ também estão na elite
Cristiane Nascimento e Carlos Lordelo, do Estadão.edu
Mais uma vez o Brasil lidera o ranking das melhores universidades latino-americanas da consultoria britânica Quacquarelli Symonds (QS), cujos resultados da segunda edição foram divulgados nesta quarta-feira, 13. Segundo a lista, a Universidade de São Paulo (USP), a Estadual de Campinas (Unicamp) e a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão na elite da região - ocupam a 1.ª, a 3.ª e a 8.ª posição, respectivamente. A Federal de Minas Gerais (UFMG), que na edição passada ficou no 10.º lugar, caiu para o 13.º.
Para a QS, o Brasil é o país mais bem representado no ranking, com 65 entre as 250 melhores instituições de ensino superior latinas, o que representa 26% do total de universidades listadas. Em seguida aparecem México (com 46 escolas), Colômbia (34) e Chile (30). A consultoria analisou dados de 19 países.
Segundo os organizadores do ranking, "o forte posicionamento do Brasil pode ser atribuído a um esforço nacional em aumentar o acesso ao ensino superior – com o número de matrículas triplicado na última década - e com políticas objetivando aumentar a qualidade e quantidade de pesquisas acadêmicas".
A USP já aparecia no topo do levantamento no ano passado, quando ele foi publicado pela primeira vez. A novidade brasileira entre as top 10 foi a UFRJ, que saltou do 19.º para o 8.º lugar. A metodologia do ranking é baseada em indicadores como volume de produção científica, titulação dos professores e opinião de empresários.
“O ranking mostra a extensão em que o Brasil tem priorizado a pesquisa”, afirma Danny Byrne, coordenador do ranking. “O Brasil tem nove universidades entre as dez latinas com mais trabalhos acadêmicos por docentes, e nove, do total de dez, com maiores proporções de docentes com PhD.”
Para Byrne, a expansão do número de vagas em universidades federais e iniciativas que promovem a mobilidade internacional de alunos e professores "demonstram um aumento na percepção de que capital em recursos humanos e em pesquisa são a solução para a competitividade global".
Fernando Costa, reitor da Unicamp, acredita que a boa colocação da universidade deve-se não só à qualidade dos docentes e das pesquisas, mas principalmente ao processo de internacionalização promovido nos últimos anos. "O reconhecimento mostra que nossa busca por bons profissionais estrangeiros é o caminho a ser seguido", diz. Segundo ele, atualmente cerca de 15% dos docentes da instituição são de outros países. "Cada vez mais a Unicamp tem publicado papers em revistas de renome internacional, nas mais diversas áreas. Isso, sem dúvida, acaba atraindo a atenção de pesquisadores de todo o mundo."
TOP 10 DA AMÉRICA LATINA
1. Universidade de São Paulo (Brasil)
2. Pontifícia Universidad Católica de Chile (Chile)
3. Universidade Estadual de Campinas (Brasil)
4. Universidad de Chile (Chile)
5. Universidad Nacional Autónoma de México (México)
6. Universidad de Los Andes (Colômbia)
7. Instituto Tecnológico de Monterrey (México)
8. Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil)
9. Universidad de Concepción (Chile)
10. Universidad de Santiago de Chile (Chile)
A lista completa pode ser vista no site www.topuniversities.com
Comissão da Câmara aprova parecer do PNE
Relator do Plano Nacional de Educação eleva de 7,5% para 8% a meta que trata do porcentual do PIB destinado para o ensino nos próximos dez anos
RAFAEL MORAES MOURA , BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Após mais de um ano de negociações, o parecer do Plano Nacional de Educação (PNE) foi aprovado ontem na comissão especial que trata do tema na Câmara. O deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR) elevou na última hora de 7,5% para 8% a polêmica meta que trata da porcentagem do PIB a ser destinada ao ensino em dez anos.
No entanto, o impasse segue, já que esse ponto específico deve ser votado separadamente como destaque no final do mês. Na prática, o número ainda pode ser alterado. Durante sua campanha para a Presidência, Dilma Rousseff tinha se comprometido a aumentar o investimento em educação dos atuais 5% do PIB para 7% até o fim do mandato, em 2014. O parecer de Vanhoni adia a meta de Dilma para 2021 ou 2022 (a depender do ano da sanção do plano) o alcance dos 8%.
Além disso, os 8% ficam abaixo dos 8,29% que o próprio Vanhoni havia sugerido em novembro e mais distante ainda dos 10% defendidos por partidos da oposição e entidades como a Campanha Nacional pelo Direito à Educação e a União Nacional dos Estudantes (UNE). O relator sofreu pressão do Ministério da Fazenda e da Casa Civil, que resistiram a uma porcentagem maior.
"Os 8% são suficientes para enfrentar os dois principais grandes desafios da educação brasileira, que é incluir todas as crianças no sistema educacional e enfrentar a melhoria da qualidade. A nação pode ficar tranquila porque com 8% de investimento vamos consolidar um novo patamar na educação", disse Vanhoni.
De acordo com o petista, o avanço de meio ponto porcentual na meta representa um recurso adicional de R$ 23 bilhões ao longo do decênio. Questionado se o Palácio do Planalto tinha concordado com a mudança, o deputado respondeu: "Acho que o governo concorda com 8%".
Diretrizes. O PNE define 10 diretrizes e 20 metas para os próximos 10 anos, entre elas a valorização do magistério público da educação básica, a triplicação das matrículas da educação profissional técnica de nível médio e a destinação dos recursos do Fundo Social do pré-sal para a área de ensino.
Os destaques (pontos do texto ainda sujeitos a alteração) deverão ser votados no dia 26. Vanhoni incluiu ainda um parágrafo determinando que serão utilizados 50% dos "recursos do pré-sal, incluídos os royalties, diretamente em educação para que ao final de dez anos de vigência do PNE seja atingido o porcentual de 10% do PIB para o investimento em educação" - na prática, uma manobra ambígua para garantir a menção dos 10% do PIB em algum canto do projeto.
"O que será aplicado em educação é o rendimento das aplicações (como previsto na lei que cria o Fundo Social do pré-sal). A formulação do relator é uma grosseira manipulação de dados, diz para a sociedade que para atingir 10% do PIB em educação vamos aplicar 50% dos recursos do pré-sal. É uma vergonha que o relator tenha manipulado informações", criticou o deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE). "Você tem uma torta que é o dinheiro do pré-sal, depois vira um bolo para o café da manhã e o que pode sobrar do Fundo é aquele bolinho de forminha de alumínio."
Agenda socioambiental
A Fundação SOS Mata Atlântica, ao lado de outras 10 organizações da sociedade civil, lança no dia 16 de junho, na Cúpula dos Povos, no Rio de Janeiro, uma avaliação da agenda socioambiental brasileira dos últimos 20 anos. Na atividade intitulada Agenda socioambiental: avaliação dos avanços e obstáculos pós Rio-92 será lançado o documento “Na contramão do desenvolvimento sustentável: o desmonte da agenda socioambiental no Brasil”, que visa sistematizar os avanços e retrocessos da política ambiental no Brasil desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. A Cúpula dos Povos é um encontro paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que também acontece no Rio de Janeiro.
Lançamento de livro
Dicas práticas de como se comunicar melhor. Esse é o conteúdo do livro “Oratória Descomplicada”, da jornalista Adriane Werner, que será lançado pela editora Ibpex, em Curitiba, na próxima quinta-feira (21). O livro é em formato de bolso e vem acompanhado de um DVD em que a própria autora simula situações comuns do dia a dia, mostrando as necessidades de se comunicar de forma clara e objetiva. O lançamento será nas Livrarias Curitiba do Park Shopping Barigüi, às 19h30.
Metodologia e Aprendizagem
A Rede Católica de Educação – RCE, promove o V Congresso Internacional Conexão RCE com o tema Metodologia e Aprendizagem. O evento será realizado nos dias 29 e 30 de junho e 1.º de julho, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília (DF), com a participação de 2.000 educadores de todo o Brasil. Nesta edição, além dos educadores, o Congresso inova ao contar com a participação de um casal de pais de cada uma das 200 escolas integradas à RCE.
Undime promove seminário
Dirigentes municipais de Educação do Estado de São Paulo se encontram nos próximos dias 17, 18 e 19 de junho, em Caraguatatuba, para discutir, entre outros temas, o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, previsto na Lei 11.738/2008. O seminário é promovido pela União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado de São Paulo (Undime/SP), em parceria com o Instituto Aprender a Ser e a prefeitura de Caraguatatuba. Começa às 18h do dia 17, com o debate “Os gestores e a materialização das Políticas Públicas", com a participação das professoras Suely Alves Maia, presidente da Undime/SP, e Emília Cipriano, coordenadora do Instituto Aprender a Ser, e de Cesar Callegari, secretário de Educação Básica do MEC.
Como responder “A fase dos porquês?”
Paula Pessoa Carvalho
Um filho é sempre uma grande alegria: suas roupinhas, sua carinha, seu jeitinho de descobrir o mundo... e de repente... opa! Ele começa a falar e perguntar, Por quê? Será que para os pais esta etapa é tão esperada assim? Será que eles sabem o que fazer? Como responder a todos os questionamentos dos pequenos? Como falar de assuntos delicados como sexo, educação e limites? O que fazer na fase dos porquês?
Realmente é uma fase complicada para os pais que, por um lado, querem ter uma relação de confiança com os filhos e ao mesmo tempo não sabem qual é o limite para responder aos questionamentos das crianças.
Mamãe e Papai: fiquem calmos! É possível responder aos questionamentos dos filhos com tranquilidade e sinceridade, o que é mais importante. Por volta dos 2 a 3 anos, as crianças, começam a falar e perceber o que está ao seu redor e que não existe somente a mãe e o pai. Nessa fase também se iniciam algumas atividades em grupo, vão à escola, passam a perceber as diferenças do corpo de menino e de menina.
Estão em uma fase do desenvolvimento de autonomia do corpo. Começam a comer sozinhos, a tirar a fralda. Também começam a ficar curiosas sobre o que não entendem e fazem perguntas que são das mais variadas. No início os questionamentos são: O que é isso? Podendo ser um objeto ou algum lugar do corpo. Neste momento os pais devem ser muito claros com as crianças, respondendo o que foi perguntado, falando, por exemplo, que isso é uma boneca, isso é uma bola, isso é sua mão e esse é o seu pé.
Quando essa fase é solucionada para as crianças, com muita tranquilidade e verdade os pequenos passam para a próxima fase que é a de “como?”. Primeiro eles perguntam: como eu nasci? Como fui parar dentro da sua barriga? Como é essa brincadeira? Como é a escola?
Já na fase dos porquês: Por que eu vou ao médico, por que tenho que tomar o remédio? Por que eu nasci? Nesse momento os pais começam a ficar encabulados com algumas perguntas, com duvidas se devem responde-las ou não e qual é o limite.
Primeiro temos que lembrar que nesta fase a criança precisa ter uma fonte de informação segura. Se ela está perguntando é porque não sabe e precisa tirar suas dúvidas com pessoas que confia para que comece a compreender as coisas e fique menos ansiosa em relação a tudo.
Os pais por sua vez devem sempre ouvir exatamente a pergunta e responder SOMENTE o que foi perguntado, sem pular fases ou responder outra coisa que a criança ainda não perguntou. Sempre usando a verdade, sendo diretos e usando termos corretos.
Os pais podem ficar tranquilos com as perguntas, pois, se as crianças obtiverem respostas verdadeiras e diretas não perguntarão novamente já que sua dúvida foi sanada e uma ultima dica importante, a criança só pergunta sobre aquilo que está preparados para ouvir a resposta. Então não tenha medo de responder as duvidas do seu filho, isso faz parte de seu desenvolvimento.
Paula Pessoa Carvalho
contato@estimuloconsultoria.com.br
Especializada pela USP em - Terapia Clínica Analítico Comportamental. Psicóloga com formação e aprimoramento em Terapia Analítico Comportamental Infantil pelo Núcleo Paradigma de Análise do Comportamento.
Um filho é sempre uma grande alegria: suas roupinhas, sua carinha, seu jeitinho de descobrir o mundo... e de repente... opa! Ele começa a falar e perguntar, Por quê? Será que para os pais esta etapa é tão esperada assim? Será que eles sabem o que fazer? Como responder a todos os questionamentos dos pequenos? Como falar de assuntos delicados como sexo, educação e limites? O que fazer na fase dos porquês?
Realmente é uma fase complicada para os pais que, por um lado, querem ter uma relação de confiança com os filhos e ao mesmo tempo não sabem qual é o limite para responder aos questionamentos das crianças.
Mamãe e Papai: fiquem calmos! É possível responder aos questionamentos dos filhos com tranquilidade e sinceridade, o que é mais importante. Por volta dos 2 a 3 anos, as crianças, começam a falar e perceber o que está ao seu redor e que não existe somente a mãe e o pai. Nessa fase também se iniciam algumas atividades em grupo, vão à escola, passam a perceber as diferenças do corpo de menino e de menina.
Estão em uma fase do desenvolvimento de autonomia do corpo. Começam a comer sozinhos, a tirar a fralda. Também começam a ficar curiosas sobre o que não entendem e fazem perguntas que são das mais variadas. No início os questionamentos são: O que é isso? Podendo ser um objeto ou algum lugar do corpo. Neste momento os pais devem ser muito claros com as crianças, respondendo o que foi perguntado, falando, por exemplo, que isso é uma boneca, isso é uma bola, isso é sua mão e esse é o seu pé.
Quando essa fase é solucionada para as crianças, com muita tranquilidade e verdade os pequenos passam para a próxima fase que é a de “como?”. Primeiro eles perguntam: como eu nasci? Como fui parar dentro da sua barriga? Como é essa brincadeira? Como é a escola?
Já na fase dos porquês: Por que eu vou ao médico, por que tenho que tomar o remédio? Por que eu nasci? Nesse momento os pais começam a ficar encabulados com algumas perguntas, com duvidas se devem responde-las ou não e qual é o limite.
Primeiro temos que lembrar que nesta fase a criança precisa ter uma fonte de informação segura. Se ela está perguntando é porque não sabe e precisa tirar suas dúvidas com pessoas que confia para que comece a compreender as coisas e fique menos ansiosa em relação a tudo.
Os pais por sua vez devem sempre ouvir exatamente a pergunta e responder SOMENTE o que foi perguntado, sem pular fases ou responder outra coisa que a criança ainda não perguntou. Sempre usando a verdade, sendo diretos e usando termos corretos.
Os pais podem ficar tranquilos com as perguntas, pois, se as crianças obtiverem respostas verdadeiras e diretas não perguntarão novamente já que sua dúvida foi sanada e uma ultima dica importante, a criança só pergunta sobre aquilo que está preparados para ouvir a resposta. Então não tenha medo de responder as duvidas do seu filho, isso faz parte de seu desenvolvimento.
Paula Pessoa Carvalho
contato@estimuloconsultoria.com.br
Especializada pela USP em - Terapia Clínica Analítico Comportamental. Psicóloga com formação e aprimoramento em Terapia Analítico Comportamental Infantil pelo Núcleo Paradigma de Análise do Comportamento.
Datas Comemorativas
Hoje é:
•Dia da Unidade Nacional.
Amanhã é:
•Dia do Funcionário Público Aposentado.
•Dia da Unidade Nacional.
Amanhã é:
•Dia do Funcionário Público Aposentado.
Símbolos e notações matemáticas
Jacir José Venturi
Apropriadamente, já se definiu a Matemática como a “rainha e a serva de todas as ciências”. E os apanágios de sua majestade são o rigor, a lógica, a harmonia e sua linguagem precisa, universal e sincopada.
Sabemos que os gregos antigos promoveram um grande desenvolvimento à Geometria Plana e Espacial, mas não dispunham de uma notação algébrica ou de simbologia adequadas. Até o século XVI, toda a expressão matemática se fazia de uma forma excessivamente “verbal ou retórica”. Por exemplo, em 1591, Viète para representar a equação quadrática 5A2 + 9A - 5 = 0, escrevia em bom latim: 5 in A quad. et 9 in A planu minus 5 aequatur 0. (5 em A quadrado e 9 em A plano menos 5 é igual a zero).
Além da prolixidade de comunicação entre os matemáticos, havia outras dificuldades, pois utilizavam-se notações diferentes para indicar as mesmas coisas. O maior responsável por uma notação matemática mais consistente e utilizada até hoje foi Leonhard Euler (1707-1783).
Recordemos as principais: f(x) (para indicar função de x); (somatória, provém da letra grega sigma, que corresponde ao nosso S); i (unidade imaginária, igual a ); e (base do logaritmo neperiano e igual a 2,7182...); log x (para indicar o logaritmo decimal de x); as letras minúsculas a, b, c para indicarem os lados de um triângulo e as letras maiúsculas A, B, C para os ângulos opostos. A letra = 3,1415..., que havia sido utilizada por William Jones em 1706, teve o uso consagrado por Euler. Este nasceu em Basileia, Suíça, e recebeu educação bastante eclética: Matemática, Medicina, Teologia, Física, Astronomia e Línguas Ocidentais e Orientais. Foi aluno de Jean Bernoulli e amigo de seus filhos Nicolaus e Daniel.
Extremamente profícuo, insuperável em produção matemática, Euler escrevia uma média de 800 páginas por ano e publicou mais de 500 livros e artigos. Em plena atividade intelectual, morreu aos 76 anos, sendo que os últimos 17 anos passou em total cegueira (consequência de catarata). Mesmo assim continuou ditando aos seus filhos (eram 13). Euler se ocupou com praticamente todos os ramos então conhecidos da Matemática, a ponto de merecer do francês François Arago o seguinte comentário: “Euler calculava sem qualquer esforço aparente como os homens respiram e as águias se sustentam no ar.”
Em 1748, publica sua principal obra com o título latino: Introductio in Analysis infinitorum (Introdução à Análise Infinita), considerada um dos marcos mais importantes da análise como disciplina sistematizada. Destarte, Euler recebeu a alcunha de “Análise Encarnada”.
A implementação dos símbolos mais adequados foi acontecendo naturalmente ao longo das décadas ou dos séculos, sob a égide da praticidade e do pragmatismo. É evidente, porém, que pouco se pode afirmar com precisão nesta evolução. Alguns exemplos:
SÍMBOLO DE +: O primeiro a empregar o símbolo de + para a adição em expressões aritméticas e algébricas foi o holandês V. Hoecke em 1514. Há historiadores, porém, que creditam tal mérito a Stifel (1486-1567). Uma explicação razoável é que até então, a adição de dois números, por exemplo 3 + 2, era representada por 3 et 2. Com o passar dos anos, a conjunção latina et (que significa e) foi sincopada para “t”, donde se originou o sinal de +.
SÍMBOLO DE ? : Pode ter sido fruto da evolução abaixo exposta, conforme se observa nos escritos dos matemáticos italianos da Renascença:
1.º) 5 minus 2 = 3 (minus em latim significa menos)
2.º) 5 m 2 = 3 (m é abreviatura de minus)
3.º) 5 ? 2 = 3 (sincopou-se o m da notação m )
SÍMBOLOS DA MULTIPLICAÇÃO: O símbolo de x em a x b para indicar a multiplicação foi proposto pelo inglês William Oughthed (1574-1660). É provável que seja originário de uma alteração do símbolo de +. O ponto em a . b foi introduzido por Leibniz (1646-1716).
SÍMBOLOS DA DIVISÃO: Fibonacci (séc. XII) emprega a notação: ou a/b, já conhecidas dos árabes. A notação a : b é devida a Leibniz em 1648. Já o inglês J. H. Rahn (1622-1676) emprega a notação a ÷ b.
SÍMBOLO : É a inicial da palavra grega , que significa circunferência. Sabemos que = 3,1415926535... é um número irracional e é a razão entre o comprimento da circunferência pelo seu diâmetro. O aparecimento do símbolo só aconteceu em 1706 e deve-se a Willian Jones, um amigo de Newton. No entanto, a consagração do uso do deve-se ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783). Em 1873, como muito se discutia sobre a irracionalidade do , o inglês W. Shanks calculou-o com 707 casas decimais. Os cálculos eram laboriosos e feitos manualmente, e Shanks levou cerca de 5 anos para efetuá-los.
SÍMBOLOS DE (RAIZ): Apareceu pela primeira vez na obra Die Coss (1525), do matemático alemão C. Rudolff. Este sugeria o símbolo por sua semelhança com a primeira letra da palavra latina radix (raiz).
SÍMBOLO DE = (IGUALDADE): Tudo indica que o sinal de igualdade (=) foi introduzido por Robert Recorde (~1557), pois nada é moare equalle a paire de paralleles (nada é mais igual que um par de retas paralelas).
SÍMBOLOS DE > OU <: O inglês Thomas Harriot (1560-1621) foi o introdutor dos símbolos de > ou < para indicar maior ou menor, respectivamente. No entanto, os símbolos ou surgiram mais tarde, em 1734, com o francês Pierre Bouguer.
ALGARISMOS INDO-ARÁBICOS: A palavra algarismo oriunda-se provavelmente do nome de um dos maiores algebristas árabes: Al-Khowarismi. Este escreveu o livro que recebeu o título latino: De numero hindorum (sobre os números dos hindus). Essa obra apresenta a morfologia de números muito próxima dos símbolos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Tais símbolos haviam sido criados pelos hindus, mas dado ao grande sucesso da obra em toda a Espanha, ficaram conhecidos como algarismos arábicos. O monge e matemático francês Gerbert d´Aurillac tomou conhecimento dos algarismos indo-arábicos em Barcelona no ano de 980. No ano de 999, Gerbert foi eleito Papa (com nome de Silvestre II) e promoveu a divulgação de tais algarismos. O zero aparece pela 1.ª vez num manuscrito muçulmano do ano de 873. Pecando por entusiasmo e exagero, um matemático afirmou: “o zero é a maior invenção da Matemática”. Ou seria o maior algoz do aluno!?
ALGARISMOS ROMANOS: Estes por sua vez tiveram influência dos etruscos. Pelos manuscritos da época, conclui-se que os algarismos romanos se consolidaram pelo ano 30 d.C. O símbolo I (que representa o n.º 1) é uma das formas mais primitivas de se representar algo e tem origem incerta. Já o X (que representa o n.º 10) decorre da palavra latina decussatio, que significa cruzamento em forma de X. O número 100, identificado pela letra C em algarismo romano, provém da inicial latina centum (cem). O algarismo romano M decorre da palavra latina mille (que significa 1.000).
Jacir José Venturi
jacirventuri@hotmail.com
Professor aposentado da UFPR e PUCPR, palestrante, autor de livros, fazendeiro e enófilo.
Apropriadamente, já se definiu a Matemática como a “rainha e a serva de todas as ciências”. E os apanágios de sua majestade são o rigor, a lógica, a harmonia e sua linguagem precisa, universal e sincopada.
Sabemos que os gregos antigos promoveram um grande desenvolvimento à Geometria Plana e Espacial, mas não dispunham de uma notação algébrica ou de simbologia adequadas. Até o século XVI, toda a expressão matemática se fazia de uma forma excessivamente “verbal ou retórica”. Por exemplo, em 1591, Viète para representar a equação quadrática 5A2 + 9A - 5 = 0, escrevia em bom latim: 5 in A quad. et 9 in A planu minus 5 aequatur 0. (5 em A quadrado e 9 em A plano menos 5 é igual a zero).
Além da prolixidade de comunicação entre os matemáticos, havia outras dificuldades, pois utilizavam-se notações diferentes para indicar as mesmas coisas. O maior responsável por uma notação matemática mais consistente e utilizada até hoje foi Leonhard Euler (1707-1783).
Recordemos as principais: f(x) (para indicar função de x); (somatória, provém da letra grega sigma, que corresponde ao nosso S); i (unidade imaginária, igual a ); e (base do logaritmo neperiano e igual a 2,7182...); log x (para indicar o logaritmo decimal de x); as letras minúsculas a, b, c para indicarem os lados de um triângulo e as letras maiúsculas A, B, C para os ângulos opostos. A letra = 3,1415..., que havia sido utilizada por William Jones em 1706, teve o uso consagrado por Euler. Este nasceu em Basileia, Suíça, e recebeu educação bastante eclética: Matemática, Medicina, Teologia, Física, Astronomia e Línguas Ocidentais e Orientais. Foi aluno de Jean Bernoulli e amigo de seus filhos Nicolaus e Daniel.
Extremamente profícuo, insuperável em produção matemática, Euler escrevia uma média de 800 páginas por ano e publicou mais de 500 livros e artigos. Em plena atividade intelectual, morreu aos 76 anos, sendo que os últimos 17 anos passou em total cegueira (consequência de catarata). Mesmo assim continuou ditando aos seus filhos (eram 13). Euler se ocupou com praticamente todos os ramos então conhecidos da Matemática, a ponto de merecer do francês François Arago o seguinte comentário: “Euler calculava sem qualquer esforço aparente como os homens respiram e as águias se sustentam no ar.”
Em 1748, publica sua principal obra com o título latino: Introductio in Analysis infinitorum (Introdução à Análise Infinita), considerada um dos marcos mais importantes da análise como disciplina sistematizada. Destarte, Euler recebeu a alcunha de “Análise Encarnada”.
A implementação dos símbolos mais adequados foi acontecendo naturalmente ao longo das décadas ou dos séculos, sob a égide da praticidade e do pragmatismo. É evidente, porém, que pouco se pode afirmar com precisão nesta evolução. Alguns exemplos:
SÍMBOLO DE +: O primeiro a empregar o símbolo de + para a adição em expressões aritméticas e algébricas foi o holandês V. Hoecke em 1514. Há historiadores, porém, que creditam tal mérito a Stifel (1486-1567). Uma explicação razoável é que até então, a adição de dois números, por exemplo 3 + 2, era representada por 3 et 2. Com o passar dos anos, a conjunção latina et (que significa e) foi sincopada para “t”, donde se originou o sinal de +.
SÍMBOLO DE ? : Pode ter sido fruto da evolução abaixo exposta, conforme se observa nos escritos dos matemáticos italianos da Renascença:
1.º) 5 minus 2 = 3 (minus em latim significa menos)
2.º) 5 m 2 = 3 (m é abreviatura de minus)
3.º) 5 ? 2 = 3 (sincopou-se o m da notação m )
SÍMBOLOS DA MULTIPLICAÇÃO: O símbolo de x em a x b para indicar a multiplicação foi proposto pelo inglês William Oughthed (1574-1660). É provável que seja originário de uma alteração do símbolo de +. O ponto em a . b foi introduzido por Leibniz (1646-1716).
SÍMBOLOS DA DIVISÃO: Fibonacci (séc. XII) emprega a notação: ou a/b, já conhecidas dos árabes. A notação a : b é devida a Leibniz em 1648. Já o inglês J. H. Rahn (1622-1676) emprega a notação a ÷ b.
SÍMBOLO : É a inicial da palavra grega , que significa circunferência. Sabemos que = 3,1415926535... é um número irracional e é a razão entre o comprimento da circunferência pelo seu diâmetro. O aparecimento do símbolo só aconteceu em 1706 e deve-se a Willian Jones, um amigo de Newton. No entanto, a consagração do uso do deve-se ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783). Em 1873, como muito se discutia sobre a irracionalidade do , o inglês W. Shanks calculou-o com 707 casas decimais. Os cálculos eram laboriosos e feitos manualmente, e Shanks levou cerca de 5 anos para efetuá-los.
SÍMBOLOS DE (RAIZ): Apareceu pela primeira vez na obra Die Coss (1525), do matemático alemão C. Rudolff. Este sugeria o símbolo por sua semelhança com a primeira letra da palavra latina radix (raiz).
SÍMBOLO DE = (IGUALDADE): Tudo indica que o sinal de igualdade (=) foi introduzido por Robert Recorde (~1557), pois nada é moare equalle a paire de paralleles (nada é mais igual que um par de retas paralelas).
SÍMBOLOS DE > OU <: O inglês Thomas Harriot (1560-1621) foi o introdutor dos símbolos de > ou < para indicar maior ou menor, respectivamente. No entanto, os símbolos ou surgiram mais tarde, em 1734, com o francês Pierre Bouguer.
ALGARISMOS INDO-ARÁBICOS: A palavra algarismo oriunda-se provavelmente do nome de um dos maiores algebristas árabes: Al-Khowarismi. Este escreveu o livro que recebeu o título latino: De numero hindorum (sobre os números dos hindus). Essa obra apresenta a morfologia de números muito próxima dos símbolos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Tais símbolos haviam sido criados pelos hindus, mas dado ao grande sucesso da obra em toda a Espanha, ficaram conhecidos como algarismos arábicos. O monge e matemático francês Gerbert d´Aurillac tomou conhecimento dos algarismos indo-arábicos em Barcelona no ano de 980. No ano de 999, Gerbert foi eleito Papa (com nome de Silvestre II) e promoveu a divulgação de tais algarismos. O zero aparece pela 1.ª vez num manuscrito muçulmano do ano de 873. Pecando por entusiasmo e exagero, um matemático afirmou: “o zero é a maior invenção da Matemática”. Ou seria o maior algoz do aluno!?
ALGARISMOS ROMANOS: Estes por sua vez tiveram influência dos etruscos. Pelos manuscritos da época, conclui-se que os algarismos romanos se consolidaram pelo ano 30 d.C. O símbolo I (que representa o n.º 1) é uma das formas mais primitivas de se representar algo e tem origem incerta. Já o X (que representa o n.º 10) decorre da palavra latina decussatio, que significa cruzamento em forma de X. O número 100, identificado pela letra C em algarismo romano, provém da inicial latina centum (cem). O algarismo romano M decorre da palavra latina mille (que significa 1.000).
Jacir José Venturi
jacirventuri@hotmail.com
Professor aposentado da UFPR e PUCPR, palestrante, autor de livros, fazendeiro e enófilo.
Parlamentares votam hoje parecer sobre o Plano Nacional de Educação
A Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10) reúne-se às 14h30, no Plenário 10, para votar o relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR). A votação estava prevista para ontem, mas foi adiada por causa de divergências em torno de um percentual mínimo para investimento em educação.
Hoje deve ser votado apenas o texto principal, os destaques só devem ser analisados em 26 de junho.
O relatório de Vanhoni mantém a previsão de investimento na educação de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020. O percentual pode chegar a 8%, considerando o investimento total no setor, o que inclui recursos do Financiamento Estudantil e do Prouni, por exemplo.
O deputado Ivan Valente (Psol-SP) quer aumentar esse percentual para 10% do PIB no setor até 2020. Da Agência Câmara.
Hoje deve ser votado apenas o texto principal, os destaques só devem ser analisados em 26 de junho.
O relatório de Vanhoni mantém a previsão de investimento na educação de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020. O percentual pode chegar a 8%, considerando o investimento total no setor, o que inclui recursos do Financiamento Estudantil e do Prouni, por exemplo.
O deputado Ivan Valente (Psol-SP) quer aumentar esse percentual para 10% do PIB no setor até 2020. Da Agência Câmara.
Governo deverá apresentar esboço do novo plano de carreira dos docentes federais na terça-feira (19)
A reunião realizada no final da tarde desta terça-feira (12) entre o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento (SRT/MP), Sérgio Mendonça, e representantes do Andes-SN resultou em avanços para os interesses da categoria. No encontro, que teve mais de três horas de duração, o governo federal aceitou antecipar o prazo para o fechamento de uma proposta. Na próxima terça-feira (19), uma nova reunião será realizada para a apresentação de um esboço do novo plano de carreira docente.
Inicialmente o governo federal exigiu a suspensão do movimento grevista para continuar as negociações, mas voltou atrás com a pressão dos manifestantes. Durante toda a reunião um grupo de professores da Universidade de Brasília (UnB) e do Comando Nacional de Greve (CNG) permaneceu em frente ao Ministério do Planejamento, local do encontro. O objetivo foi demonstrar a mobilização da categoria.
Segundo Marina Barbosa, presidente do Andes-SN, esta terça-feira foi um dia vitorioso para a categoria. O prazo final para concretização das negociações, que seria somente em 31 de agosto, também foi antecipado e deve ocorrer no início de julho. Sobre a trégua solicitada pelo governo e não aceita pelos professores, Marina afirmou que há muito tempo os docentes vêm alterando os prazos para propostas, que são continuamente descumpridos pelo Ministério do Planejamento.
Marina reiterou que o governo foi avisado diversas vezes sobre a insatisfação da categoria. "Agora, não há como negar. Estamos em uma das maiores greves já realizadas no setor, com 55 instituições paradas, sendo 50 universidades", afirmou.
Na visão do Andes-SN, a reunião desta terça-feira marcou o início efetivo das negociações. "Entendemos que concluímos as discussões do GT (Grupo de Trabalho). Podemos não ter chegado a um denominador comum, mas agora todas as nossas divergências e pontos convergentes ficaram claros. Vamos, então, partir para outro patamar de discussão, no qual o governo precisa objetivar suas propostas, que serão analisadas pelo movimento", afirmou Marina.
Ao agendar a reunião para o dia 19, o governo afirmou que a proposta vai partir do que foi discutido na reunião do dia 15 de maio e que poderá ser utilizado como parâmetro o plano de carreira do pessoal do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). No entanto, Sérgio Mendonça não quis se comprometer se o piso e o teto serão os mesmos dos servidores do MCT.
Inicialmente o governo federal exigiu a suspensão do movimento grevista para continuar as negociações, mas voltou atrás com a pressão dos manifestantes. Durante toda a reunião um grupo de professores da Universidade de Brasília (UnB) e do Comando Nacional de Greve (CNG) permaneceu em frente ao Ministério do Planejamento, local do encontro. O objetivo foi demonstrar a mobilização da categoria.
Segundo Marina Barbosa, presidente do Andes-SN, esta terça-feira foi um dia vitorioso para a categoria. O prazo final para concretização das negociações, que seria somente em 31 de agosto, também foi antecipado e deve ocorrer no início de julho. Sobre a trégua solicitada pelo governo e não aceita pelos professores, Marina afirmou que há muito tempo os docentes vêm alterando os prazos para propostas, que são continuamente descumpridos pelo Ministério do Planejamento.
Marina reiterou que o governo foi avisado diversas vezes sobre a insatisfação da categoria. "Agora, não há como negar. Estamos em uma das maiores greves já realizadas no setor, com 55 instituições paradas, sendo 50 universidades", afirmou.
Na visão do Andes-SN, a reunião desta terça-feira marcou o início efetivo das negociações. "Entendemos que concluímos as discussões do GT (Grupo de Trabalho). Podemos não ter chegado a um denominador comum, mas agora todas as nossas divergências e pontos convergentes ficaram claros. Vamos, então, partir para outro patamar de discussão, no qual o governo precisa objetivar suas propostas, que serão analisadas pelo movimento", afirmou Marina.
Ao agendar a reunião para o dia 19, o governo afirmou que a proposta vai partir do que foi discutido na reunião do dia 15 de maio e que poderá ser utilizado como parâmetro o plano de carreira do pessoal do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). No entanto, Sérgio Mendonça não quis se comprometer se o piso e o teto serão os mesmos dos servidores do MCT.
Aprovado texto principal do Plano Nacional de Educação
A Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10, do Executivo) aprovou nesta quarta-feira (13), em caráter conclusivo, o texto-base do relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) (foto), com a previsão de que 8% do PIB sejam investidos diretamente em ensino nos próximos dez anos. Com exceção do Psol e do PDT, os demais partidos votaram a favor do parecer. Os destaques deverão ser analisados no dia 26 de junho.
Antes da reunião de hoje, o relator aumentou a meta de investimento direto no setor em meio ponto percentual – a versão anterior do texto estabelecia o índice de 7,5% do PIB. A mudança, no entanto, não convenceu o deputado Ivan Valente (Psol-SP), que é autor de um destaque que fixa o percentual de 10% do PIB a ser aplicado em educação. "Esse aumento pequenininho [dado pelo relator] não viabiliza uma melhoria real da qualidade da educação", declarou.
Vanhoni, por sua vez, argumentou que o meio ponto percentual vai representar um aporte de R$ 23 bilhões em uma década, o que poderá garantir, por exemplo, o ensino em tempo integral a 35 milhões de alunos da educação básica. "A nação pode ficar tranquila, pois, com 8% de investimento direto do PIB, vamos consolidar um novo patamar da educação e da construção do conhecimento no Brasil", declarou.
O projeto ainda poderá ser analisado pelo Plenário da Câmara, caso haja recurso contra a decisão da comissão. Deputados do governo e da oposição já sinalizaram, anteriormente, essa possibilidade.
Antes da reunião de hoje, o relator aumentou a meta de investimento direto no setor em meio ponto percentual – a versão anterior do texto estabelecia o índice de 7,5% do PIB. A mudança, no entanto, não convenceu o deputado Ivan Valente (Psol-SP), que é autor de um destaque que fixa o percentual de 10% do PIB a ser aplicado em educação. "Esse aumento pequenininho [dado pelo relator] não viabiliza uma melhoria real da qualidade da educação", declarou.
Vanhoni, por sua vez, argumentou que o meio ponto percentual vai representar um aporte de R$ 23 bilhões em uma década, o que poderá garantir, por exemplo, o ensino em tempo integral a 35 milhões de alunos da educação básica. "A nação pode ficar tranquila, pois, com 8% de investimento direto do PIB, vamos consolidar um novo patamar da educação e da construção do conhecimento no Brasil", declarou.
O projeto ainda poderá ser analisado pelo Plenário da Câmara, caso haja recurso contra a decisão da comissão. Deputados do governo e da oposição já sinalizaram, anteriormente, essa possibilidade.
Gritar, ameaçar e humilhar uma criança são atitudes tão nocivas quanto bater
Heloísa Noronha
Do UOL, em São Paulo
Assim como bater, humilhar, aterrorizar ou ameaçar uma criança não educa, só traumatiza
Avós, babá, coleguinhas: como agir com quem deseduca seu filho?
Filhos mimados acham que têm o direito de escolher relacionamentos dos pais
Homens podem ter ciúme da relação da mulher com filho recém-nascido
Seja aprovado ou não pelo Congresso Nacional, o projeto apelidado de "Lei da Palmada", que proíbe os castigos físicos e tratamentos degradantes de crianças e adolescentes pelos pais, já vem provocando mudanças. Desde 2003, quando começou a ser delineado, bater nos filhos tornou-se uma atitude politicamente incorreta, em especial depois que psicólogos, psiquiatras e educadores passaram a questionar seus resultados como medida educativa. É óbvio que é praticamente impossível saber o que acontece dentro dos lares, mas, hoje em dia, quem desfere uns tabefes, em local público, é alvo imediato de olhares de reprovação –e pode ter de dar explicações ao Conselho Tutelar. Some-se a isso os vídeos caseiros de flagrantes de violência e uma patrulha informal está formada.
Para os especialistas em comportamento, no entanto, não é só bater que é prejudicial e traumático. "Educar não é fácil. Não nascemos sabendo ser pais. Apesar de os tempos terem mudado, costumamos seguir os modelos que já conhecemos, de nossos pais e avós", explica o pediatra Moises Chencinksi. "E, se não se bate mais, por ser politicamente incorreto, e de fato inadequado, busca-se outras formas de ‘opressão’ para ‘educar’: gritar, castigar, xingar, ofender, humilhar...", declara. E, por essa lógica, o próprio especialista questiona: quem gosta de ser humilhado? Quem aprende algo assim? Quem pode ser feliz sendo tratado dessa forma?
Na opinião da psiquiatra Ivete Gianfaldoni Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo, primeiro é preciso entender que bater em um filho com a pretensão de educá-lo ou corrigi-lo é um engano, já que está apenas a serviço da descarga de tensão de quem pratica a violência. "Mas xingar, humilhar ou gritar, além de colaborar para que as crianças cresçam com medo e a autoestima prejudicada, nos afastam delas", afirma. Para Miriam Ribeiro de Faria Silveira, diretora do Departamento de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo, quando os pais gritam o tempo todo com a criança demonstram muito mais desequilíbrio do que autoridade. "O pior é que elas também começam a gritar e ficam ansiosas, angustiadas e com muito medo, pois, onde deveriam ter seu porto seguro e soluções, encontram pais desesperados em se fazerem obedecer", diz.
A psicóloga Suzy Camacho concorda que a violência verbal é tão agressiva quanto a física, principalmente se os gritos tiverem uma conotação de ameaça: "Uma hora eu sumo e não volto nunca mais!", "Ainda vou morrer de tanta raiva", "Seu pai vai brigar comigo por sua causa!". "Diante de frases como essas, as crianças se sentem responsáveis por coisas que não são", explica Suzy. Ela também destaca o efeito devastador que os rótulos têm para a autoestima: chamar o filho de preguiçoso, bagunceiro, inútil, por exemplo. "Até os sete anos, a personalidade está em formação. Qualquer termo pejorativo pode marcar para sempre. Tente corrigir ou apontar a atitude, nunca uma característica", afirma. Exemplos? "Não gosto quando você deixa seu quarto desarrumado", "Você precisa prestar mais atenção no que eu falo" etc.
Para as crianças, a opinião dos pais e educadores a respeito de suas atitudes, da sua performance ou mesmo de seus atributos de beleza e inteligência são muito importantes na construção de uma personalidade. Ao perceberem que os pais não a admiram, elas tendem a se depreciar, o que pode culminar em casos de depressão, agressividade e fuga do convívio familiar. "Xingar e usar palavrões trazem consequências, pois é uma forma de depreciação. E como todas as crianças costumam copiar os pais, consequentemente, vão se comunicar dessa forma", diz Miriam Silveira. Já castigos cruéis despertam nas crianças a agressividade. "Nas mais extrovertidas observaremos atitudes hostis com adultos, com outras crianças e animais de estimação. Nas tímidas, as sequelas são angústia e ansiedade, sentimentos que podem impedir um desenvolvimento neuro-psíquico normal", diz Miriam.
Em muitos casos, a irritação e o cansaço causados por um dia difícil não conseguem ser controlados e o resultado acaba sendo a impaciência com os filhos. Não raro os passos seguintes são a culpa, a frustração, a compensação para, no próximo dia, começar tudo de novo, num ciclo nocivo. Para os especialistas consultados por UOL Comportamento, a velha tática de contar até dez antes de tomar uma atitude drástica opera milagres. "Um adulto sabe que pegou pesado quando se sente angustiado. Dar um tempo freia essa sensação ruim e ajuda a esfriar a cabeça", conta a psicóloga infantil Daniella Freixo de Faria. "E se os pais, mesmo assim, extrapolarem, sempre recomendo pedir desculpas, porque um grito ou uma palavra mais pesada causa um abalo na segurança que o filho tem nos pais. Admitir que ficou triste com o que aconteceu, que estava bravo, que exagerou, demonstra respeito e ajuda a recuperar a confiança e o carinho", afirma ela.
Dicas para não perder o controle
- Lembre sempre a idade da criança e não cobre dela um comportamento de adulto;
- Fale com a criança em um tom firme, sem gritar, e explique o motivo que o levou a chamar-lhe a atenção com linguagem adequada para a idade;
- Ao dar uma bronca, comece mostrando os pontos positivos da criança e depois fale sobre o que quer que ela mude;
- Respire fundo se perceber que vai perder a cabeça. Diga que gosta muito dela e que espera e dará chances de ela melhorar;
- Se castigar, procure tirar coisas que ela goste muito de fazer. Nunca use castigos físicos, crueldade ou ataques com palavras;
- Se necessário, adote uma punição que consiga mostrar à criança a gravidade de sua atitude. Não adianta ela obedecer aos pais apenas pelo medo, mas, sim, por entender o que seja o certo e o errado;
- Não se pune erro, mas transgressões. Se depois de analisar a situação a conduta for a punição, tenha sempre a certeza de que a criança sabe exatamente o que aconteceu, se foi intencional ou não. Para que a criança consiga distinguir certo e errado, ela precisa ser orientada.
- Pergunte-se: qual a gravidade do problema? Estou suficientemente tranquilo para essa avaliação? Essa é a hora ideal para eu resolver isso? Existe no momento alguém que possa resolver melhor essa questão do que eu?
Do UOL, em São Paulo
Assim como bater, humilhar, aterrorizar ou ameaçar uma criança não educa, só traumatiza
Avós, babá, coleguinhas: como agir com quem deseduca seu filho?
Filhos mimados acham que têm o direito de escolher relacionamentos dos pais
Homens podem ter ciúme da relação da mulher com filho recém-nascido
Seja aprovado ou não pelo Congresso Nacional, o projeto apelidado de "Lei da Palmada", que proíbe os castigos físicos e tratamentos degradantes de crianças e adolescentes pelos pais, já vem provocando mudanças. Desde 2003, quando começou a ser delineado, bater nos filhos tornou-se uma atitude politicamente incorreta, em especial depois que psicólogos, psiquiatras e educadores passaram a questionar seus resultados como medida educativa. É óbvio que é praticamente impossível saber o que acontece dentro dos lares, mas, hoje em dia, quem desfere uns tabefes, em local público, é alvo imediato de olhares de reprovação –e pode ter de dar explicações ao Conselho Tutelar. Some-se a isso os vídeos caseiros de flagrantes de violência e uma patrulha informal está formada.
Para os especialistas em comportamento, no entanto, não é só bater que é prejudicial e traumático. "Educar não é fácil. Não nascemos sabendo ser pais. Apesar de os tempos terem mudado, costumamos seguir os modelos que já conhecemos, de nossos pais e avós", explica o pediatra Moises Chencinksi. "E, se não se bate mais, por ser politicamente incorreto, e de fato inadequado, busca-se outras formas de ‘opressão’ para ‘educar’: gritar, castigar, xingar, ofender, humilhar...", declara. E, por essa lógica, o próprio especialista questiona: quem gosta de ser humilhado? Quem aprende algo assim? Quem pode ser feliz sendo tratado dessa forma?
Na opinião da psiquiatra Ivete Gianfaldoni Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo, primeiro é preciso entender que bater em um filho com a pretensão de educá-lo ou corrigi-lo é um engano, já que está apenas a serviço da descarga de tensão de quem pratica a violência. "Mas xingar, humilhar ou gritar, além de colaborar para que as crianças cresçam com medo e a autoestima prejudicada, nos afastam delas", afirma. Para Miriam Ribeiro de Faria Silveira, diretora do Departamento de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo, quando os pais gritam o tempo todo com a criança demonstram muito mais desequilíbrio do que autoridade. "O pior é que elas também começam a gritar e ficam ansiosas, angustiadas e com muito medo, pois, onde deveriam ter seu porto seguro e soluções, encontram pais desesperados em se fazerem obedecer", diz.
A psicóloga Suzy Camacho concorda que a violência verbal é tão agressiva quanto a física, principalmente se os gritos tiverem uma conotação de ameaça: "Uma hora eu sumo e não volto nunca mais!", "Ainda vou morrer de tanta raiva", "Seu pai vai brigar comigo por sua causa!". "Diante de frases como essas, as crianças se sentem responsáveis por coisas que não são", explica Suzy. Ela também destaca o efeito devastador que os rótulos têm para a autoestima: chamar o filho de preguiçoso, bagunceiro, inútil, por exemplo. "Até os sete anos, a personalidade está em formação. Qualquer termo pejorativo pode marcar para sempre. Tente corrigir ou apontar a atitude, nunca uma característica", afirma. Exemplos? "Não gosto quando você deixa seu quarto desarrumado", "Você precisa prestar mais atenção no que eu falo" etc.
Para as crianças, a opinião dos pais e educadores a respeito de suas atitudes, da sua performance ou mesmo de seus atributos de beleza e inteligência são muito importantes na construção de uma personalidade. Ao perceberem que os pais não a admiram, elas tendem a se depreciar, o que pode culminar em casos de depressão, agressividade e fuga do convívio familiar. "Xingar e usar palavrões trazem consequências, pois é uma forma de depreciação. E como todas as crianças costumam copiar os pais, consequentemente, vão se comunicar dessa forma", diz Miriam Silveira. Já castigos cruéis despertam nas crianças a agressividade. "Nas mais extrovertidas observaremos atitudes hostis com adultos, com outras crianças e animais de estimação. Nas tímidas, as sequelas são angústia e ansiedade, sentimentos que podem impedir um desenvolvimento neuro-psíquico normal", diz Miriam.
Em muitos casos, a irritação e o cansaço causados por um dia difícil não conseguem ser controlados e o resultado acaba sendo a impaciência com os filhos. Não raro os passos seguintes são a culpa, a frustração, a compensação para, no próximo dia, começar tudo de novo, num ciclo nocivo. Para os especialistas consultados por UOL Comportamento, a velha tática de contar até dez antes de tomar uma atitude drástica opera milagres. "Um adulto sabe que pegou pesado quando se sente angustiado. Dar um tempo freia essa sensação ruim e ajuda a esfriar a cabeça", conta a psicóloga infantil Daniella Freixo de Faria. "E se os pais, mesmo assim, extrapolarem, sempre recomendo pedir desculpas, porque um grito ou uma palavra mais pesada causa um abalo na segurança que o filho tem nos pais. Admitir que ficou triste com o que aconteceu, que estava bravo, que exagerou, demonstra respeito e ajuda a recuperar a confiança e o carinho", afirma ela.
Dicas para não perder o controle
- Lembre sempre a idade da criança e não cobre dela um comportamento de adulto;
- Fale com a criança em um tom firme, sem gritar, e explique o motivo que o levou a chamar-lhe a atenção com linguagem adequada para a idade;
- Ao dar uma bronca, comece mostrando os pontos positivos da criança e depois fale sobre o que quer que ela mude;
- Respire fundo se perceber que vai perder a cabeça. Diga que gosta muito dela e que espera e dará chances de ela melhorar;
- Se castigar, procure tirar coisas que ela goste muito de fazer. Nunca use castigos físicos, crueldade ou ataques com palavras;
- Se necessário, adote uma punição que consiga mostrar à criança a gravidade de sua atitude. Não adianta ela obedecer aos pais apenas pelo medo, mas, sim, por entender o que seja o certo e o errado;
- Não se pune erro, mas transgressões. Se depois de analisar a situação a conduta for a punição, tenha sempre a certeza de que a criança sabe exatamente o que aconteceu, se foi intencional ou não. Para que a criança consiga distinguir certo e errado, ela precisa ser orientada.
- Pergunte-se: qual a gravidade do problema? Estou suficientemente tranquilo para essa avaliação? Essa é a hora ideal para eu resolver isso? Existe no momento alguém que possa resolver melhor essa questão do que eu?
Cuiabá/MT - Policia prende jovem que divulgou foto de adolescente nua de colégio
A Polícia Judiciária Civil prendeu na manhã desta sexta-feira (14.06), um jovem de 18 anos, acusado de ter divulgado imagens de uma adolescente nua, aluna do Colégio Maxi, em Cuiabá. A prisão ocorreu no bairro Santa Helena, em Cuiabá, por policiais da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).
As investigações iniciaram em maio com uma denúncia anônima que chegou à Deddica. “Após realização de diversas diligências dos policiais da Deddica bem como de peritos, chegamos a nome do acusado, sendo solicitado o mandado de busca e apreensão”, explicou a delegada Alexandra Fachone.
Conforme a delegada da Deddica, Alexandra Fachone, o rapaz infringiu o artigo 241-A, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê pena privativa de liberdade de 3 a 6 anos de reclusão e multa para quem “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explicito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.
Durante o cumprimento do mandado, os policiais apreenderam várias mídias ópticas de propriedade do suspeito. Ao ser realizada averiguação no aparelho celular do acusado, policiais e peritos encontraram diversas fotografias de mulheres nuas e da estudante de 14 anos, do Colégio Maxi, vítima do inquérito policial instaurado pela Deddica. “Por esse motivo ele foi preso em flagrante delito por violar o disposto no artigo 241-B, do ECA”, disse a delegada.
Conforme o artigo 241-B, do ECA, é crime “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo eplicito ou pornográfica envolvendo criança e adolescente”. A pena prevista é de 1 a 4 anos e multa.
Ao ser interrogado, o suspeito confirmou ter recebido as imagens de uma “paquera”, contudo, negou ter divulgado. Ele disse que desconhecia que era proibido o armazenamento tanto em celular como em computadores de imagens pornográficas envolvendo crianças e adolescentes.
A delegada Alexandra Fachone arbitrou fiança de cinco salários mínimos e após pagamento foi colocado em liberdade.
A delegada alerta os jovens que adquirir, possuir ou armazenar imagens pornográficas, por qualquer meio, de crianças e adolescentes, e ainda oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir ou divulgar, inclusive por sistema de informática ou telemático, são crimes graves com penas altas aplicadas de forma cumulativas, como neste caso.
As investigações foram realizadas em conjunto com peritos da Gerência de Computação Forense, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec),
O mandado de busca foi expedido pela 1.ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, de Cuiabá.
As investigações iniciaram em maio com uma denúncia anônima que chegou à Deddica. “Após realização de diversas diligências dos policiais da Deddica bem como de peritos, chegamos a nome do acusado, sendo solicitado o mandado de busca e apreensão”, explicou a delegada Alexandra Fachone.
Conforme a delegada da Deddica, Alexandra Fachone, o rapaz infringiu o artigo 241-A, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê pena privativa de liberdade de 3 a 6 anos de reclusão e multa para quem “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explicito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.
Durante o cumprimento do mandado, os policiais apreenderam várias mídias ópticas de propriedade do suspeito. Ao ser realizada averiguação no aparelho celular do acusado, policiais e peritos encontraram diversas fotografias de mulheres nuas e da estudante de 14 anos, do Colégio Maxi, vítima do inquérito policial instaurado pela Deddica. “Por esse motivo ele foi preso em flagrante delito por violar o disposto no artigo 241-B, do ECA”, disse a delegada.
Conforme o artigo 241-B, do ECA, é crime “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo eplicito ou pornográfica envolvendo criança e adolescente”. A pena prevista é de 1 a 4 anos e multa.
Ao ser interrogado, o suspeito confirmou ter recebido as imagens de uma “paquera”, contudo, negou ter divulgado. Ele disse que desconhecia que era proibido o armazenamento tanto em celular como em computadores de imagens pornográficas envolvendo crianças e adolescentes.
A delegada Alexandra Fachone arbitrou fiança de cinco salários mínimos e após pagamento foi colocado em liberdade.
A delegada alerta os jovens que adquirir, possuir ou armazenar imagens pornográficas, por qualquer meio, de crianças e adolescentes, e ainda oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir ou divulgar, inclusive por sistema de informática ou telemático, são crimes graves com penas altas aplicadas de forma cumulativas, como neste caso.
As investigações foram realizadas em conjunto com peritos da Gerência de Computação Forense, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec),
O mandado de busca foi expedido pela 1.ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, de Cuiabá.
Cuiabá/MT - Projeto “Rua do rasqueado” chega com objetivo de resgatar a cultura
Da Redação - Vanessa Alves
João Eloi, cantor e compositor de Rasqueado em aprensentação no lançamento do projeto
O rasqueado, uma cultura tipicamente cuiabana, é um dos mais tradicionais ritmos musicais da capital e baixada cuiabana. Porém, não tem sido muito mostrado, vem perdendo o lugar para os ritmos musicais da atualidade.
Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Cultura, juntamente com a Prefeitura de Cuiabá, lançou o projeto "Rua do Rasqueado” na noite desta quinta-feira (14) com o objetivo de resgatar e mostrar mais um pouco a cultura cuiabana.
Segundo o idealizador do projeto, o compositor e cantor de rasqueado Milton Pereira de Pinho, o “Guapo”, esse projeto é uma promessa da Secretaria Municipal e Estadual de Cultura mato-grossense, que há 19 anos estava parado por falta de recurso e interesse por conta da última gestão do município.
Entre as pessoas que prestigiaram o lançamento do projeto estava o cantor e compositor, conhecido como doutor do rasqueado, João Eloi, além de muitas pessoas que também foram prestigiar o evento, como comerciantes locais e trabalhadores que estavam saindo do trabalho e pararam para ouvir um pouco do rasqueado cuiabano.
“Esse projeto não é bom, é ótimo”, ressalta a saxofonista Deise de Carvalho, 46 anos, que há 30 anos trabalha com música e faz parte do grupo musical regional, “Bravo Cover” e diz que é muito bom resgatar essa nossa cultura, mesmo porque com a Copa do Mundo chegando na cidade, temos que mostrar um pouco mais aos turistas a nossa cultura.
De acordo com o Secretário Municipal de Cultura, Luiz Poção, houve uma arrecadação de fundos para esse investimento que irá resgatar a cultura cuiabana e, em breve, esse projeto irá se estender aos bairros da cidade. Esse projeto irá acontecer todas as quintas-feiras, das 18h às 22h no Calçadão da Rua Galdino Pimentel, Centro de Cuiabá, até o mês de setembro.
João Eloi, cantor e compositor de Rasqueado em aprensentação no lançamento do projeto
O rasqueado, uma cultura tipicamente cuiabana, é um dos mais tradicionais ritmos musicais da capital e baixada cuiabana. Porém, não tem sido muito mostrado, vem perdendo o lugar para os ritmos musicais da atualidade.
Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Cultura, juntamente com a Prefeitura de Cuiabá, lançou o projeto "Rua do Rasqueado” na noite desta quinta-feira (14) com o objetivo de resgatar e mostrar mais um pouco a cultura cuiabana.
Segundo o idealizador do projeto, o compositor e cantor de rasqueado Milton Pereira de Pinho, o “Guapo”, esse projeto é uma promessa da Secretaria Municipal e Estadual de Cultura mato-grossense, que há 19 anos estava parado por falta de recurso e interesse por conta da última gestão do município.
Entre as pessoas que prestigiaram o lançamento do projeto estava o cantor e compositor, conhecido como doutor do rasqueado, João Eloi, além de muitas pessoas que também foram prestigiar o evento, como comerciantes locais e trabalhadores que estavam saindo do trabalho e pararam para ouvir um pouco do rasqueado cuiabano.
“Esse projeto não é bom, é ótimo”, ressalta a saxofonista Deise de Carvalho, 46 anos, que há 30 anos trabalha com música e faz parte do grupo musical regional, “Bravo Cover” e diz que é muito bom resgatar essa nossa cultura, mesmo porque com a Copa do Mundo chegando na cidade, temos que mostrar um pouco mais aos turistas a nossa cultura.
De acordo com o Secretário Municipal de Cultura, Luiz Poção, houve uma arrecadação de fundos para esse investimento que irá resgatar a cultura cuiabana e, em breve, esse projeto irá se estender aos bairros da cidade. Esse projeto irá acontecer todas as quintas-feiras, das 18h às 22h no Calçadão da Rua Galdino Pimentel, Centro de Cuiabá, até o mês de setembro.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Assuma o seu direito de escolha
Lair Ribeiro
Se você não cria o seu futuro, alguém vai criá-lo para você, e talvez de uma forma que você não goste. Portanto, é melhor que você o faça.
Para tanto, vamos partir do seguinte: o passado é conhecido, mas imutável; o futuro é desconhecido, mas mutável. Logo, a grande possibilidade que temos para criar o futuro que queremos ter é criando memórias do futuro, do mesmo modo que temos memórias do passado.
Entender isso não é tão difícil quanto parece. Basta aprender como o cérebro codifica experiências e como codifica tempo. Ou seja, como o cérebro sabe que ontem foi ontem, que hoje é hoje e que amanhã ainda não chegou.
Vamos falar de transcendência
Transcender é superar, é começar de novo. Não importa o que tenha acontecido na sua infância ou no seu passado, você sempre pode transcender. Como animais lingüísticos que somos, nós, seres humanos, temos essa capacidade de transcender. Para isso, é preciso escolher.
Escolha
Você tem de saber escolher. Geralmente, as pessoas escolhem, não de acordo com aquilo que querem, mas com o que pensam que é possível.
Para ficar mais fácil pensar a respeito, veja este exemplo: Uma menina de 7 anos de idade pede uma boneca de presente de aniversário para o pai e, no dia do aniversário, ela ganha outro presente, mas não a boneca que pediu. Ela insiste e pede a mesma boneca de presente de Natal, mas chega o Natal e ela acaba ganhando outro presente... E essa situação se repete mais algumas vezes até que a menina conclui o seguinte: — Na vida, a gente não pede o que quer, mas o que é possível.
Esqueça-se do que é possível e concentre-se naquilo que você realmente quer. E, para você saber o que realmente quer, você tem de fazer escolhas.
—Escolhas primárias
Se eu escolho tonificar meus músculos, essa é uma escolha primária.
— Escolhas secundárias
São as escolhas que se seguem a uma escolha primária. No caso do exemplo utilizado, a escolha de tonificar os músculos implica levantar mais cedo, ir à academia, fazer musculação, alterar a alimentação, etc.
São as escolhas secundárias.
Quando eu faço uma escolha, na realidade estou fazendo várias outras escolhas.
— Escolhas fundamentais
Ser a força criadora da minha própria vida.
Essa escolha significa que tudo o que acontece de bom ou de ruim na sua vida, é responsabilidade sua. Preste bem atenção a essa palavra: responsabilidade = habilidade de resposta. Quanto maior a sua habilidade de resposta, mais poder você vai ter nesse mundo.
Ser sadio — física, mental, emocional e espiritualmente.
Se você escolhe ser sadio, você está escolhendo ter energia para fazer o que quer na vida. No momento em que você muda a sua mente e escolhe ser sadio, as doenças não conseguem mais permanecer num corpo sadio, vão embora.
Ser livre.
Isso significa que você é livre. O que os outros pensam a seu respeito não é problema seu, é problema deles. Você não tem controle sobre o pensamento dos outros. Você não vai conseguir agradar a todo mundo. Nem Jesus Cristo conseguiu!
Ser sincero comigo mesmo.
Toda vez que você diz sim querendo dizer não, morre um pedacinho de você.
Saber fazer boas escolhas é a primeira coisa que você precisa para criar o seu futuro. Quem define o seu destino é você. E não se preocupe em decifrar quem você é, pois os filósofos gastaram muitos neurônios tentando encontrar respostas para essa questão e não conseguiram. Dirija a sua vida, sem perder tempo tentando justificá-la. A vida é uma dádiva, um presente, a que você retribui fazendo as coisas não por obrigação — mas por escolha.
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