sábado, 23 de julho de 2011

Faces da desqualificação

Autor: Luiz Gonzaga Bertelli


Quando se analisa a falta de mão de obra qualificada e o impacto desse gargalo na economia nada é mais flagrante do que o que está ocorrendo com os engenheiros, como pudemos tratar em artigo da semana passada. Porém, a escassez de capital humano de ponta assume várias faces e nem sempre é reconhecida quando deflagrada, provocando debates que raras vezes levam à proposição de solução para essa terrível chaga nacional.

A recente divulgação do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é um grande exemplo. Ao se detectar que 9 em cada 10 bacharéis foram reprovados, o mais alto índice em toda a história da avaliação, houve quem questionasse a constitucionalidade de aplicação de tal exame; houve quem pedisse revisão na média e quem constatasse o óbvio: as instituições de ensino estão defasadas – 90 escolas não aprovaram ninguém, sendo que 17 delas ficam em São Paulo – à exceção da USP e da Unesp, que passaram mais da metade dos seus futuros advogados.

Entretanto, ninguém observou o quadro geral – sim, se trata de uma não tão nova manifestação do gradativo processo de perda de qualificação da mão de obra brasileira – e uma das mais eficientes soluções ao problema ficou relegada a breves notas de rodapé nas reportagens sobre o assunto. Segundo dados do Conselho Federal da OAB, 116 mil candidatos se inscreveram no exame, sendo que nesse contingente também foram incluídos os treineiros – estudantes do último ano da graduação que se submetem à prova para se testar e conhecer o ambiente da avaliação.

Aqueles que acompanham de perto a vida dos universitários não se surpreenderam com o fato de os treineiros terem obtido desempenho superior ao dos diplomados. Vale ressaltar que de longe o ramo do Direito é o que historicamente mais abre vagas de estágio. Ou seja, a probabalidade de os bem-sucedidos universitários serem também estagiários é extremamente alta. Ora é nessa fase de treinamento que os jovens têm a oportunidade de colocar conhecimentos teóricos em prática, de conhecer expedientes em Fóruns e de averiguar as mais diversas possibilidades de atuação no setor empresarial. É quando se afina com as demandas do mercado de trabalho e se aprimora para que seu currículo se sobressaia aos olhos mais exigentes – como os dos examinadores da Ordem.

Afinal de contas, não é desse tipo de talento que o país mais carece? Estimular a promoção de estágios é o que vai sanar a baixa qualificação do capital humano brasileiro. A boa notícia é que a contratação de estagiários segue em ritmo aquecido em 2011: as vagas estão sendo abertas em ritmo superior à média de anos anteriores tanto para estudantes de Direito quanto para todos os outros cursos dos ensinos médio, técnico e superior.


*Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.


SOBRE O CIEE

Fundado há 47 anos, o Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE é uma organização não governamental (ONG), filantrópica e sem fins lucrativos, que tem como finalidade principal a inclusão profissional de jovens estudantes no mercado de trabalho, por meio de programas estágio e de aprendizagem, contando com a parceria de 250 mil empresas e órgãos públicos de todo o País. Mantido pelo empresariado, sua atuação se pauta pela legislação específica: a Lei 11.788/2008 para o estágio e a Lei 10.097/2000 para a aprendizagem

A nova “língua popular brasileira”

Célio Pezza


Rui Barbosa um dia falou: “Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência”. O que me surpreende é que na época ele não conhecia o MEC e nem sabia das baboseiras da “língua popular”, como é chamada a língua escrita errada e adotada agora em livros oficiais de ensino pelo nosso Ministério da Educação e Cultura. Como é possível um Ministro da Educação aceitar a ideia de que é certo falar errado e que corrigir o erro pode ser um preconceito linguístico e gerar um problema para quem falar errado?

Em um dos livros didáticos da língua portuguesa “Por uma vida melhor”, da coleção “Viver, Aprender”, adotado pelo MEC, “Nós pega o peixe” virou frase correta, pois está de acordo com a “língua popular”. Para onde exatamente querem levar este país? “Os ministro mete os pé pelas mão”. Essa frase está correta? De acordo com o Ministério da Educação deve estar, pois reflete a “língua popular”.

A saída deste país é pela porta da educação e do conhecimento, e de repente assistimos este debate grotesco por causa de livros errados na rede de ensino e, pior, o próprio ministro da educação vem em defesa do erro. Temos que dar início a um movimento de repulsa total a este tipo de livro para mostrarmos que existe brasileiro com vergonha na cara. O que está acontecendo no Ministério da Educação é um descaso nacional com todos nós, que estudamos e procuramos sair da ignorância. É uma afronta a nossa inteligência. E não venham falar em preconceito linguístico, outro termo sem sentido criado para justificar os desmandos de quem está no comando de nossa falida educação.

Há anos atrás, o professor era uma figura respeitada e não existia a possibilidade de um aluno desacatá-lo e ficar por isso mesmo. Os pais entendiam a importância de um professor e a escola pública era um exemplo a ser seguido. Os tempos foram mudando, a educação foi acabando, as escolas foram sendo sucateadas, e agora, vem mais este tapa na cara dos professores, pais e homens de bem. É a falência decretada pelo Estado! Vamos aprender errado, vamos falar errado a nossa língua, vamos escrever errado, vale tudo.

Quem sabe, no próximo ano, teremos uma nova revisão ortográfica e a oficialização da “língua popular brasileira”. Exames de português não serão mais necessários na escola do futuro e bastará escrever qualquer coisa da forma como se fala, errado ou certo, tanto faz, para ser um culto cidadão. Mais adiante talvez a escrita seja abolida e passaremos a ser uma nação de “burros falantes”. Analisando friamente o que vem acontecendo, chegamos a pensar que deve realmente existir um plano macabro para deixar o brasileiro mais ignorante e despreparado a cada dia e Rui Barbosa é quem estava com a razão quando disse achar que a burrice é uma ciência! Nós é que ainda não acordamos para ela.


Célio Pezza é escritor com formação acadêmica em Química e Administração de Empresas.

MT - Estudante alega “calote” de Unic e Unirondon

20/07/2011 - 16h43
Izabela Andrade e Thais Tomie
24 Horas News

As duas principais instituições particulares de ensino superior de Cuiabá, Centro Integrado Cândido Rondon (Unirondon) e Universidade de Cuiabá (Unic) são alvos de denúncias de uma estudante que está indignada com o desrespeito e despreparo quanto aos cursos que são ofertados, porém não formam turmas.

Ao sentir-se ludibriada por uma possível propaganda enganosa, M.R.S, 20 anos entrou em contato com a reportagem do Portal de Notícias 24 Horas News para denunciar o caso. Em menos de seis meses a estudante desembolsou mais de R$ 1.200 entre taxas de inscrição de vestibular por agendamento e mensalidades dos cursos de Comércio Exterior e Administração. As intuições que anunciam facilidades para o ingresso no ensino superior se negam a fazer a devolução do dinheiro investido.

A jovem que em fevereiro deste ano prestou vestibular para Comércio Exterior na Unic para o período matutino, somente no primeiro dia de aula foi informada que a turma não havia sido fechada. Segundo explicações da Universidade seriam necessários no mínimo 20 alunos para liberar o curso. Numa tentativa de acordo a Unic ofereceu uma vaga para o mesmo curso, só que a noite. Mas, como a jovem já faz faculdade de Mecânica e Manutenção de Aeronaves não se interessou e tentou pela primeira vez reaver o dinheiro.

Apesar da desistência, a Unic que se negou a devolver o dinheiro ainda enviou os boletos durante três meses e fez cobranças por meio de mensagens de celular. Revoltada com a situação ela ingressou com processo por danos morais e mesmo em audiência de conciliação a Universidade se recusou a fazer qualquer tipo de acordo.

Na Unirondon que oferece mais de 30 cursos, a situação foi a mesma. “Lá na Unirondon, onde prestei vestibular para administração pelos menos eles foram gentis e me avisaram que haveria turma, mas, a burocracia e o jogo de empurra-empurra impedem que a devolução do meu dinheiro seja automática. É um absurdo!”, desabafa a jovem.

Da mesma forma que na Unic, foi sugerido que ela então realizasse as aulas à noite, e a responsável pelo setor financeiro falou para que ela pegasse o dinheiro de volta ou que retornasse no próximo semestre para fazer outro curso. Nesta quarta-feira (20), ela foi até a faculdade resolver a pendência. Ela foi informada de que deveria fazer um requerimento e aguardar para receber o dinheiro sem previsão de data, no entanto, não foi informado quais os documentos deveriam ser apresentados para o ressarcimento. Ela conta que seu caso não é o único.

Por outro lado, a Unirondon contesta as informações da jovem. Segundo a diretoria da Instituição basta ela estar com o recibo do pagamento da matrícula que o dinheiro é devolvido imediatamente. Caso esteja sem o documento, a jovem deve fazer o requerimento e aguardar para ter direito ao ressarcimento.

Conselho de Ministros de Países de Língua Portuguesa se reúne em Angola

22/07/2011 - 09h45
Redação 24 Horas News

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, participa hoje, em Luanda (Angola), da 16ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Durante o encontro, os chanceleres vão debater a intensificação das relações econômicas entre os estados-membros e o papel da CPLP na Organização das Nações Unidas (ONU).

Também devem aprovar projetos de resolução no âmbito do programa de reforma do setor de segurança e defesa da Guiné-Bissau; a Estratégia Regional de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP; e a realização, no Brasil, do Fórum da Sociedade Civil da CPLP.

MT- Unirondon devolve dinheiro de matrícula à estudante

21/07/2011 - 16h53
Izabela Andrade
24 Horas News



O Centro Integrado Cândido Rondon (Unirondon), de Cuiabá, por meio de nota encaminhada ao Portal de Notícias 24 Horas, nesta quinta-feira, 21, esclareceu os fatos quanto à denúncia de uma estudante que tentou reaver o dinheiro da matrícula do curso de Administração, ofertado pela faculdade, já que a mesmo não fechou turma para o período matutino.

Segundo assessoria a jovem recebeu o valor logo que entregou o comprovante de pagamento da referida matrícula.

Confira nota na íntegra


NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Centro Universitário Cândido Rondon (Unirondon) vem, por meio da presente nota de comunicação, apresentar esclarecimento público acerca da situação decorrente da publicação do dia 20 de julho, neste veiculo de comunicação, sobre a denúncia da aluna Mayara Rossetto Steffen.
O Unirondon informa que a aluna entrou com o pedido de requerimento às 17h50 e às 18h recebeu o valor de R$ 452,27 referente devolução da primeira parcela 2011/2 e taxa vestibular do curso de administração matutino, o qual não fechou turma.

Governo repassará R$ 181,8 milhões para Unemat em 2012

Redação 24 Horas News

A Assembléia aprovou no último dia 13 em primeira votação, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que vai nortear o orçamento do Estado para 2012, estipulado em R$ 12 bilhões. Durante a sessão, membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) emitiram parecer favorável às emendas que estabelecem aumento em 2,5% da receita corrente líquida para a Unemat e de 1% para a Defensoria Pública.

Após a apreciação da constitucionalidade da proposta, os parlamentares acataram as mudanças no texto original. O projeto ainda precisa ser aprovado em segunda votação.

Em 2010, a previsão da receita líquida era de aproximadamente R$ 6 bilhões, mas o Governo conseguiu executar mais de R$ 7 bilhões. Para este ano estão previstos R$ 6,8 bilhões. Em 2012, a estimativa é que o valor seja ao menos 7% superior ao de 2011, de quase R$ 12 bilhões.

O líder do governo na Assembléia, Romoaldo Júnior (PMDB), disse que os deputados chegaram a um consenso sobre a necessidade de incremento na verba repassada à Defensoria. O orçamento aprovado para o órgão em 2011 é de aproximadamente R$ 56 milhões. A LDO de 2012 prevê aproximadamente R$ 70 milhões, apesar do defensor-geral do Estado, André Luiz Prieto, reivindicar orçamento de ao menos R$ 110 milhões.
Já o reitor da Unemat, Adriano Silva, terá repasse de R$ 181,8 milhões em 2012. Neste ano, estão previstos R$ 157,9 milhões para a universidade.

Na pratica o aumento do orçamento da Unemat, visa atender a implantação do Curso de Medicina em Cáceres, a encampação de um Campus em Nova Mutum e a implantação de um Campus em Cuiabá.

O reitor Adriano Silva não confirma está informação, mas fontes da Assembléia garantem que esse foi o acordo para a aprovação do aumento do orçamento.

Estudantes brasileiros conquistam medalhas em olimpíada internacional de matemática

Agência Brasil


Os seis estudantes brasileiros que participaram da 52ª Olimpíada Internacional de Matemática (IMO) em Amsterdã, na Holanda, conquistaram três medalhas de bronze e três de prata. Com este resultado, o Brasil conquistou o 20° lugar entre os 101 países que participam da competição.

As provas foram aplicadas em dois dias consecutivos e abrangeram disciplinas como álgebra, geometria e teoria dos números. Os estudantes tinham que resolver três problemas a cada dia em um período de quatro horas e meia. Neste ano, a olimpíada contou com a participação 564 jovens entre 14 e 19 anos.

Os alunos brasileiros André Braga, de Belo Horizonte, João Lucas Sá, de Fortaleza e Henrique do Nascimento, de Brasília conquistaram medalha de prata. Maria Clara Silva, de Pirajuba (MG), Débora Alves, de São Paulo e Gustavo Empinotti, de Florianópolis levaram o bronze. De acordo com o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, o Brasil participa da competição desde 1979 e já conquistou 96 medalhas.

Governo cobra indenização de estudante por fraude no ProUni

Terra

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta sexta-feira que está cobrando na Justiça a restituição de investimentos feitos pelo governo federal para a manutenção de uma estudante no curso de medicina pelo Programa Universidade para Todos (ProUni).

Segundo a AGU, para conseguir a bolsa integral no Centro Universitário da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, a aluna falsificou declaração de que cursou o ensino médio com bolsa integral em uma instituição particular.

A Procuradoria-Regional da União na 2ª Região e a Procuradoria da União de Goiás ajuizaram uma ação para que a estudante e a mãe (na época a estudante era menor de idade) fossem condenadas a restituir o valor da bolsa integral que custeou a mensalidade de R$ 3 mil durante três anos, o que totaliza R$ 47,2 mil. Os valores foram pagos pelo Governo Federal, que também arcou com uma ajuda de custo de R$ 3,6 mil para a estudante durante o curso.

A fraude foi apontada após denúncia em uma reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo. Em entrevista para a emissora, os responsáveis pela escola afirmaram que a declaração apresentada pela estudante era falsa e os recibos de pagamento poderiam comprovar a inexistência de gratuidade.

O ProUni é um sistema de concessão de bolsas destinado exclusivamente para estudantes provenientes de escolas públicas ou bolsistas integrais de colégios particulares. O caso será analisado pela 8ª Vara Federal da Seção judiciária de Goiás

Capes duplica oferta de bolsas de estudo no exterior

Terra

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, vai duplicar a oferta de bolsas de estudos para estágio fora do País. Para 2011, a Capes prevê a oferta de 2,8 mil bolsas de doutorado na modalidade sanduíche (programa parcialmente realizado em outra instituição de ensino, brasileira ou estrangeira). Há a expectativa de chegar a 7.669 bolsas em 2014.

Por meio do Programa Institucional de Bolsas de Doutorado-Sanduíche no Exterior (PDSE), cursos de doutorado com notas entre 3 e 7 na avaliação da Capes podem se candidatar a receber duas cotas de bolsas, o que representa 12 meses de estudo. Cada cota pode ser usada por até três estudantes, em um período mínimo de quatro meses. Antes, apenas os cursos com nota acima de 5 recebiam uma só cota.

De acordo com a diretora de relações internacionais da Capes, Denise Neddermeyer, o PDSE facilita o acesso dos doutorando aos benefícios. "Foi executado um trabalho para desburocratizar o procedimento de concessão das bolsas", disse.

Para fazer a inscrição, o aluno de curso de doutorado habilitado deve reunir a documentação necessária para a seleção prévia na instituição de ensino superior e encaminhá-la ao coordenador do programa de pós-graduação, que designará uma comissão para análise das propostas e escolha dos candidatos aptos a participar. Uma vez declarado apto, o candidato fará a inscrição na página eletrônica da Capes.

Representantes do IFMT afirmam que campus de Sorriso será referência

Redação 24 Horas News


“Sorriso será modelo para o Instituto”, disse o reitor do IFMT, José Bispo Barbosa. Ele esteve no município na última sexta-feira (15.07) juntamente com uma comitiva de representantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso que estão diretamente envolvidos com a implantação do campus do IFMT em Sorriso.

Reunidos com o prefeito, Chicão Bedin, e com a secretária de Educação e Cultura, Avanice Lourenço Zanatta, os representantes do IFMT apresentaram detalhes sobre a estrutura que o instituto terá no município e sobre a perspectiva de expansão do IFMT no estado, que projeta atender nos próximos anos mais de 16 mil alunos.

“A vinda de uma escola técnica para Sorriso não é um sonho de hoje. O pioneiro Tonico Gemi falava desse assunto ainda na década de 80 e desde lá, ou seja, há mais de vinte anos, Sorriso trabalha para que isso fosse uma realidade”, lembrou o prefeito Chicão Bedin ao destacar a responsabilidade histórica que cabe aos primeiros professores do IFMT em Sorriso. Até a inauguração do campus do instituto, as aulas de cursos já implantados pelo IFMT em Sorriso acontecem em um espaço cedido pelo município.

O reitor da instituição agradeceu o suporte que recebeu da Prefeitura de Sorriso para a vinda dos primeiros cursos e disse que essas turmas iniciais foram decisivas para a decisão pela implantação do campus. Na oportunidade, Bispo também apresentou aos gestores e à equipe local do IFMT o diretor de ensino que atuará no campus de Sorriso, o professor Carlos Câmara.

De acordo com o diretor de ensino, Sorriso será como modelo para as demais unidades do IFMT, “tanto no aspecto da edificação quanto na gestão político-pedagógica e de inserção social”, condição que foi reafirmada pelo professor Ghilson Ramalho Corrêa, pró-reitor de ensino do IFMT, “Sorriso será uma maquete para os demais se basearem”.

OperaçãoTuiuiú do projeto Rondon é lançada pela UNEMAT

Jornal Oeste

A operação Tuiuiú, do Projeto Rondon foi lançada no ultimo domingo (17/07) em uma cerimônia realizada no Ginásio de Esportes da Cidade Universitária da Universidade do Estado de Mato Grosso, em Cáceres.

Durante o evento de abertura a professora da UNEMAT, Vera Regina, do Departamento de Letras ministrou a palestra "Nas Pegadas de Rondon", onde falou sobre a experiência como ex-rondonista e da importância do Projeto Rondon para a sociedade.

A cerimônia contou ainda com a presença da Pró-reitora de Extensão e Pesquisa, professora Juliana Mattiello.

O que é o projeto Rondon

O Projeto Rondon coordenado pelo Ministério da Defesa, é um plano de integração social que envolve a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e ampliem o bem-estar da população. A atividade tem o apoio das Forças Armadas, que proporcionam o suporte logístico e a segurança necessária às atividades. Conta, ainda, com a colaboração dos Governos Estaduais, das Prefeituras Municipais e de empresas socialmente responsáveis. A Operação Tuiuiú do Projeto Rondon será realizada no Estado do Mato Grosso, no período de 16 de julho a 1 de agosto de 2011, irá abranger 20 Municípios, participarão da ação 396 rondonistas voluntário e Instituições de Ensino Superior. Serão desenvolvidas duas frentes de trabalhos, divididas em conjuntos A e B.

Conjunto A: Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde.

Alunos do IFMT recuperam fontes de computadores em aulas sobre eletricidade

Redação 24 Horas News


Para trabalhar conhecimentos sobre eletricidade e facilitar o aprendizado de temas como eletrodinâmica e eletromagnetismo, o professor de Física do IFMT/Campus Cáceres, Cristiano Rocha da Cunha, desenvolve Projeto de Recuperação de Periféricos de Computadores envolvendo os alunos do 3º semestre do curso técnico em Redes de Computadores. O trabalho consiste na fundamentação teórica e aplicação prática dos conhecimentos desenvolvidos na disciplina de Eletrônica Básica e resulta em recuperação de fontes de computadores do campus.

“As aulas são dinâmicas porque os alunos aprendem os conceitos de eletrônica trabalhando em computador. Aprendem funções de componentes como resistores, capacitores, diodos e outros e visualizam o funcionamento de circuitos elétricos que contenham esses componentes. Identificam periféricos queimados e substituem por componentes de outra fonte, sem que haja gastos”, explica o professor.

No segundo ano de realização, o projeto já recuperou 30% das fontes de computadores estudadas pelos alunos. Elas são devolvidas ao setor de Tecnologia de Informação do campus para reutilização.

“Além de trabalharmos os conceitos da disciplina, promovemos uma otimização da verba pública, uma vez que esses periféricos recuperados não necessitam ser substituídos. Nosso objetivo ainda é melhorar esse índice de aproveitamento e buscar a recuperação de outros tipos de periféricos”, afirma Cristiano.

Mais de 25 mil brasileiros cursam ensino superior na Argentina

G1

Mais de 25 mil brasileiros cursam o ensino superior na Argentina. Os jovens são atraídos por faculdades mais baratas e custo de vida mais baixo, se comparado com algumas cidades brasileiras.

Na Argentina não existe vestibular. São 103 instituições de ensino superior, sendo 85% delas, públicas. A maioria está em Buenos Aires. Segundo o governo, o país tem mais de um milhão e meio de alunos nas faculdades. Pelo menos 25 mil são estrangeiros.

Rafael Barlatti foi passar férias na Argentina e decidiu ficar. Vai tentar ingressar no curso de relações internacionais. O brasileiro, no entanto, tem um grande desafio: superar a barreira do idioma. Quem fala portunhol, a mistura improvisada de português com espanhol, pode não se sair bem no curso e depois no exercício da profissão.

Cursar desenho gráfico na Universidade de Buenos Aires (UBA) não custa nada. Em São Paulo, a mensalidade pode custar até R$ 2.500.

Nahjla veio de Goiás, não conseguia entrar numa faculdade pública e não tinha dinheiro para pagar uma particular. Vai enfrentar oito anos de um curso difícil com uma desvantagem: vai ter de aprender o casteliano.

Para se matricular nas universidades, não existe exigência. É necessário o documento de identidade e o certificado de conclusão do ensino médio. Depois de passar um ano cursando o período básico exigido por qualquer, alunos garantem que a dificuldade é outra.

"Entrar é fácil, se comparado ao Brasil. Difícil é conseguir sair, porque o ensino é muito puxado", diz a estudante Vanessa Soares.

Antes de fazer as malas, o estudante precisa saber das exigências do governo brasileiro. O diploma argentino pode não valer no Brasil. Quem cursar medicina, por exemplo, precisa fazer uma prova no Brasil para revalidar o diploma argentino, conforme exige o Ministério da Educação. Quem se formar em direito, deve prestar o exame da OAB para exercer a profissão no Brasil.

MEC pretende ampliar oferta de bolsas para doutorado no exterior

Agência Brasil


O Ministério da Educação (MEC) anunciou que pretende dobrar até 2014 o número de bolsas de doutorado sanduíche para estudantes brasileiros no exterior. Por essa modalidade, o aluno cursa parte da especialização em instituição estrangeira e retorna para concluir o doutorado no Brasil. Em 2011, segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), serão ofertadas 2,8 mil bolsas e a expectativa é chegar a 7,6 mil até 2014.

O aumento do número de bolsas será possível em função de uma mudança nas regras para concessão. Antes, apenas cursos com nota acima de 5 (em escala de 1 a 7) recebiam uma cota que podia ser utilizada por até três estudantes em um período de quatro meses. Agora, os programas de doutorado com notas de 3 a 7 podem se candidatar para receber até duas cotas.

Antes de enviar a candidatura à Capes, o candidato à bolsa precisa apresentar a documentação necessária à coordenação do programa de pós-graduação, que designará uma comissão para analisar as propostas e escolher os alunos aptos a participar. A lista dos documentos necessários e as regras do programa estão disponíveis na página da Capes na internet.

MT- Comunidade comemora a inauguração das obras no Campus do Médio Araguaia

22/07/2011 - 10:51
Assessoria/Unemat


A comunidade do Araguaia está em festa com a entrega das novas instalações do Campus Universitário da Unemat no Médio Araguaia. A obra foi inaugurada na manhã de quarta-feira (20.07) em Luciara com a presença do vice-governador Chico Daltro, do presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, do deputado Baiano Filho, do reitor da Unemat, Adriano Silva, e de vários prefeitos da região.

Durante a solenidade o reitor aproveitou para anunciar a abertura de 300 vagas no vestibular para 2012/1 para os cursos de Licenciatura em Química, a ser ofertado no município de Luciara, de Licenciatura em Letras e Ciências Sociais do Campo, a ser oferecido em Confresa e de Licenciatura em Educação Física e Ciências da Computação que será oferecido em Vila Rica. A oferta dos cursos já foi aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conepe) e pelo Conselho Universitário (Consuni).

O campus da Unemat na região completa em 2012, 20 anos de instalação, e a oferta de novos cursos, bem como a reforma e ampliação da estrutura física que acaba de ser inaugurada e também os investimentos da ordem de R$ 120 mil que estão sendo feitos pela instituição para a aquisição de mobiliário, carteiras, climatizadores, novos computadores e materiais para laboratórios vai garantir mais qualidade na oferta do ensino prestado.

No campus do Médio Araguaia foram investidos cerca de R$ 360 mil oriundos da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia com contrapartida da Prefeitura Municipal que administrou a obra. No local foram construídas novas salas de aula, salas de administração, um auditório, além de reforma da estrutura antiga.

O vice-governador Chico Daltro destacou que participar da solenidade de inauguração das obras no Médio Araguaia lhe causa emoção, Eu estive aqui, num prédio humilde, mas vocês acadêmicos são a prova viva da resistência, da coragem e da luta em prol da Educação. Ele também se posicionou favorável a emenda constitucional a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada pela Assembléia Legislativa que garante 2,5% da receita do Estado para a Unemat.

Para o reitor da Universidade, professor Adriano Silva, não tem sentido investir em prédios se não for para levar o conhecimento. Segundo ele, esta é a razão pela qual a Unemat vai ofertar mais cinco cursos na região para continuar o processo de formação e qualificação da mão de obra. Ele lembrou também a trajetória da instituição e do Programa Parceladas que foi iniciado há 20 anos na região do Médio Araguaia como um programa pioneiro e corajoso por enfrentar as distâncias e garantir a formação de qualidade no interior. Nós temos o orgulho de termos cerca de 90% dos professores em todos os municípios da região formados pela Unemat, e isso graças a coragem dos que há 20 anos decidiram levar a educação em várias partes do interior do Estado. Agora com essa construção podemos garantir cada vez mais qualidade aqui no Médio Araguaia.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, destacou a importância da Unemat, para o desenvolvimento de Mato Grosso, por isso a necessidade de ampliar o orçamento da instituição a fim de que a mesma possa ampliar a oferta de cursos e serviços para a população. Eu olho para o Mato Grosso e só vejo uma saída: ter na educação o instrumento de transformação social. E a Unemat tem que estar onde a universidade privada ou mesmo a Universidade Federal não chegam.

O prefeito de Vila Rica, Naftaly Calisto da Silva, que falou em nome dos demais prefeitos presentes, destacou a importância da Unemat no desenvolvimento da região, graças a descentralização da instituição com a oferta de cursos superiores. Em 2001 no nosso município nós tínhamos menos de 10% dos professores do nosso município com nível superior, hoje temos 98% dos nossos professores formados, e isso graças a Unemat, afirmou.

O prefeito de Luciara, Parassú de Souza Freitas, lembrou que a entrega das novas instalações do campus é uma prestação de contas para a sociedade. Além disso, ele enfatizou a importância de que a Unemat oferte cursos também em outros municípios como forma de fortalecer toda a região.

Para o coordenador regional do Campus da Unemat no Médio Araguaia, professor Luiz Antônio Barbosa Soares (Tonico) é fundamental os investimentos na estrutura física para garantir mais conforto e condições de ensino. Eu vejo que hoje a Unemat está melhor do que há sete anos, mas temos que continuar melhorando e ampliando a oferta de cursos para a população, porque até 2007 os cursos oferecidos pela instituição na região eram destinados somente para quem estava em sala de aula, com isso a população ficava feliz, mas também triste porque outras pessoas não podiam participar. Depois ampliamos, garantindo 50% das vagas para ingresso para professores e 50% para a comunidade em geral, e desta forma vamos garantindo cada vez mais acesso ao ensino superior, público e de qualidade.

Na solenidade também estiveram presentes os prefeitos de Alto Boa Vista, Wanderley Iderlan Perin, de Bom Jesus do Araguaia, Aloisio Irineu Jakobi, de Confresa, Gaspar Domingos Lazari, de São Félix do Araguaia, Filemon Gomes Costa Limoeiro, de Serra Nova Dourada, Valdivino Carmo Cândido, além de secretários municipais de Santa Terezinha, São José do Xingu, Confresa, Vila Rica, São Félix do Araguaia, além de vereadores e demais autoridades civis.

Portaria do MEC estende Programa Mulheres Mil a todo o país

22/07/2011 - 13:42
Agência Brasil

O Programa Mulheres Mil, do Ministério da Educação, foi instituído oficialmente em todo o território nacional. Lançado em caráter piloto em 2007, o programa acolheu inicialmente mil mulheres carentes das regiões Norte e Nordeste.

A partir de hoje (22), ele se estende a todo o país, e deverá atender até 2014 a 100 mil mulheres de todas as regiões brasileiras. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União.

O objetivo é dar formação profissional e tecnológica articulada com elevação de escolaridade a mulheres em situação de vulnerabilidade social. O Mulheres Mil constitui uma das ações do Plano Brasil sem Miséria.

De acordo com o MEC, o programa tem como base a educação, a cidadania e o desenvolvimento sustentável, com foco na erradicação da miséria.

"Trabalhos de Casa" uma questão na ordem do dia

Para denominar os trabalhos escolares que as crianças e jovens fazem fora da sala de aula: em casa, na escola (no estudo acompanhado) ou em instituições paraescolares, utilizam-se diferentes designações. “Trabalho de casa” é a expressão mais corrente, seguida de “deveres”. A sigla TPC (trabalho para casa), conhecida no universo de todos, é muito utilizada pelas crianças para brincar e inventar outras designações: trabalho para carecas, trabalho para cábulas, trabalho para camelos, tortura para crianças, trabalho p’ra chatear etc., o que pode ser um indicador de uma reflexão crítica relativamente ao que significa este tipo de trabalho, para elas monótono, difícil, sem sentido e sem qualquer atractivo, roubando-lhes, inclusive, o tempo de brincar. Assim, a forma descontraída e humorística com que utilizam estas designações é uma maneira de relativizar e aceitar este tipo de trabalho, alienante e sem sentido, constituindo a subversão da designação pela manutenção das iniciais (TPC) uma forma de resistência simbólica e difusa a algo que normalmente sentem como hostil.

Como todos sabemos, à maioria das crianças são propostos como “trabalhos de casa” tarefas que incluem cópias de textos, repetições de palavras (várias vezes), fichas com contas e problemas diversos que na maior parte das vezes se limitam a reproduzir os conteúdos dos livros ou o que eventualmente foi feito e explicado na aula. Para muitas crianças, os “trabalhos de casa” consistem no acto de abrir a pasta, tirar os cadernos, os livros e os lápis, fazer o que a professora/o mandou, fechar o caderno e voltar a guardar. Aliás, está quase tudo no caderno ou no livro, é só copiar. Estamos obviamente a simplificar este ritual, uma vez que, ao tirar o livro da pasta e o caderno, as crianças tiram também todo o aborrecimento que este acto implica, com uma boa quantidade de palavras “feias” e gestos que apropriadamente as acompanham e que só acabam quando o livro volta a fechar. Este ritual é para muitas crianças, sobretudo para as mais pequenas, tudo o que elas conhecem como próprio do acto de estudar. De facto, ao confundir-se estudar com este tipo de “trabalhos de casa”, estamos a afastar a hipótese das crianças se familiarizarem com o interesse pelo conhecimento satisfazendo a sua curiosidade natural através da pesquisa.

O conceito de estudar é muito confuso, e as crianças só o vão percebendo com o decorrer da escolaridade e à medida que se vão confrontando com outras situações – como, por exemplo, estudar a tabuada, estudar para um teste – e, mesmo assim, tudo isso depende delas. A função de estudar, não sendo uma operação muito concreta e codificada, é algo que não é muito claro para as crianças e, provavelmente, para os adultos com quem convivem. A maior parte das crianças não gosta de fazer “trabalhos de casa”, mas aceita a obrigatoriedade da tarefa mais ou menos pacificamente. Outras, contudo, manifestam-se: É uma seca... Tenho de estar sempre a escrever... cansa a mão... Já estou cheio. Apesar das dificuldades (não sabem fazer ou estão cansadas após um dia na escola), os “trabalhos de casa” aparecem sempre como alguma coisa que faz parte dos seus quotidianos, que está naturalizada e que, portanto, não se questiona – temos de fazer todos os dias e muitos... – ou cuja realização é condicionada pelo medo – se não fizer a minha professora ralha-me.

Para a criança ou para o adolescente, o trabalho escolar, com tudo o que ele comporta de actividade, representa o exacto equivalente ao trabalho profissional de vida de um adulto. Mas, enquanto a duração do trabalho profissional exige um grande descanso para a maioria dos adultos, o trabalho escolar é cada vez mais desenvolvido tanto dentro como fora da sala de aula. Há mais de 20 anos que se denuncia este excesso de trabalho e os consequentes malefícios físicos, psicológicos e morais para as crianças. Sabe-se que, para a maior parte dos adolescentes, a vida é dividida segundo um esquema condenado por todos os que se têm dedicado ao assunto e que se traduz em trabalho excessivo, que deveria ser seguido de repouso. Mas, em vez disso, é o lazer que é banido, salvo se houver um feriado ou férias. A psicologia da infância e da adolescência, assim como as ciências da educação e a sociologia, têm denunciado e reagido a este regime de trabalho escolar que continua não só a ser praticado como até desenvolvido, vulgarizado e disseminado. As crianças vão reagindo a este esquema quase por defesa natural: distraem-se na sala de aula ou no ATL, negligenciam no trabalho escolar, olham o tecto e o vazio, fazem pequenos desenhos nos cantos dos livros, falam sozinhas com os cadernos, riscam as secretárias, “aldrabam” os educadores fingindo que já fizeram tudo, vão “milhares” de vezes ao quarto de banho, atiram papelinhos uns aos outros, fazem as mais diversas perguntas sobre coisas que não estão relacionadas com o que estão a fazer, trauteiam baixinho, etc. Ou seja, inventam toda a espécie de tarefas e de desculpas para não fazerem o que têm pela frente, ensaiando formas múltiplas de resistência a um trabalho cujo sentido não é explícito e que lhes é imposto do exterior. Não se conhecem ainda os benefícios que se podem tirar de tanto excesso, mas na maior parte dos casos os malefícios vêem-se generalizados nas revoltas das crianças. Neste caso, o ensino parece-nos estar atrasado em relação ao processo civilizacional. De facto, tal como o ser humano não se criou e não se cria somente pelo trabalho profissional, também as crianças não se formam somente pelo estudo formal. O conceito de trabalho de casa aglomera um conjunto de práticas e de efeitos que só aparentemente têm o mesmo sentido e intuito (sucesso, mobilidade social, emprego, integração...), para as mais diferentes motivações: as crianças parecem querer corresponder às expectativas dos pais e professores; os professores aparentemente querem corresponder às expectativas sociais; outros técnicos de educação dizem querer ajudar as crianças a ter melhores desempenhos escolares; os pais parecem querer proporcionar uma maior mobilidade social através da escola; e os técnicos da área social, por sua vez, defendem porventura esses trabalhos como um instrumento para ajudar as crianças a sair dos ciclos de reprodução da pobreza e da exclusão.

Muitas crianças evidenciam comportamentos agressivos, cansaço e dificuldade de adaptação ao trabalho que trazem da escola para fazer. Trata-se de um trabalho rígido, limitado e repetitivo, marcado pela necessidade e sobrevivência do aluno/a, construído a partir de uma visão conservadora da escola, contra uma visão “progressista” que procura um trabalho significativo, que ajude a compreender o significado emancipatório do conhecimento. Um conhecimento que fará com que as crianças compreendam a sociedade em que vivem e consigam adquirir os instrumentos para lidar com ela, tendo em conta os constrangimentos com que se deparam diariamente.

Em suma, as crianças, no seu papel de alunos, não se questionam e aceitam as regras de um jogo que não foi com elas negociado, pois não o aceitarem pode condicionar as suas vidas e, portanto, o seu “sucesso”. Aliás, como diria Bourdieu, é esta crença e aceitação das regras do jogo (a illusio) a condição da sua perpetuação. Este tipo de trabalho, não parece contribuir para o bem-estar e auto-estima das crianças, nem sequer para o seu sucesso. No entanto, compreendemos que o assumem como fundamental para não terem aborrecimentos, obter reconhecimento, uma nota ou passar no final do ano. Para muitas crianças, os estudos tornam-se, assim, um mal necessário, uma etapa a transpor, esperando a verdadeira vida anunciada, no futuro e sempre para depois da escola.

Todas as perspectivas sobre a utilidade dos TPC, ou trabalhos escolares feitos fora da escola, decorrem do facto do trabalho[1] dos alunos se ter tornado o discurso dominante do “sucesso escolar” das crianças e dos jovens. A falta de trabalho dos alunos relacionada com as aprendizagens escolares é denunciada como uma causa essencial de insucesso. No entanto, se o trabalho que se faz na escola não é suficiente para se ter êxito na escola, quer dizer que é a própria instituição escolar que reconhece o seu fracasso. Os TPC e a multiplicação de explicações, salas de estudo, etc., são a expressão do falhanço da escola em assegurar a todos uma aprendizagem com “sucesso”. Isto é tanto mais grave quanto as crianças não chegam à escola em pé de igualdade e quanto mais o “sucesso” na escola resultar de algo que a transcende (condições sociais dos alunos, capitais culturais herdados, TPC, explicações etc.), mais ela reproduz e reconfigura essa diferenciação social – transformando desigualdades sociais em desigualdades escolares (o que legitima a meritocracia do sistema, com todas as funções propriamente ideológicas que isso implica).

É neste contexto que a expressão “insucesso escolar” surge como sinónimo de falta de aproveitamento escolar, quase sempre identificada com a “reprovação” (hoje retenção) e como consequência da falta de trabalho escolar, subentendido pelos pais e educadores como falta de estudo. No entanto, não existe um “insucesso escolar”, o que existe são vários insucessos escolares. “Tudo depende da perspectiva em que nos colocamos: insucesso em relação ao aluno ou em relação à escola? (ao professor, ao Ministério da Educação, aos pais...). Se a resposta parece ser em relação ao aluno, deve perguntar-se onde termina a responsabilidade da escola, para começar a do aluno/a, ou seja, em que medida este foi incapaz de aprender ou aquela de ensinar” (Ribeiro, 1988: 1). Com efeito, quando problematizamos estas questões, precisamos de pensar não apenas em termos do discurso dominante, que tenta analisar a inadaptação das crianças à escola, mas inverter a questão e pensar sobre a inadaptação da escola às crianças, e sobre o insucesso escolar como o insucesso da escola (a expressão lida na sua forma literal talvez seja mais útil para compreender o problema). “Só uma hipocrisia muito grande não deixa reconhecer o insucesso da escola enquanto agente especializado da ordem e do controle social quando esta é incapaz de promover a socialização considerada adequada das novas gerações, ou seja, parece que só poderemos falar de “insucesso do aluno”[2] se este estivesse interessado em receber da escola aquilo que a escola pretende dar-lhe” (ibidem: 2). Nesse sentido, as escolhas para serem bem sucedidas deveriam apresentar-se livres. A partir do momento em que a escola ou os écrans (as novas tecnologias) suscitam às crianças curiosidade para outros modelos e formas de aprender, aliás modelos bem aceites pela sociedade em geral, como é que muitas crianças não haverão de reagir, recusando continuar a interessar-se por matérias para que são empurradas?

Quantos pais e encarregados de educação não estão, depois de um dia de trabalho cansativo, a ensinar contas e tirar dúvidas aos filhos em vez de conversarem e aproveitarem para brincar com eles? Quantas crianças sofrem por não terem pais que os saibam ajudar? Quantos auxiliares de acção educativa, sem preparação para o efeito, estão em ATL a ajudar as crianças a fazer trabalhos de casa? Para a maioria dos adultos, os TPC não se questionam, pois fazê-lo seria colocarem-se em causa e assim questionarem toda a estrutura social e educativa. Neste sentido, compete aos educadores de opção progressista, que acreditam nas crianças e na infância, oporem-se à colonização do tempo das crianças pela lógica escolar. É preciso que as crianças tenham a possibilidade de ter um verdadeiro tempo livre, um tempo de brincar que não seja monopolizado pelos adultos. É preciso lutar pelo direito a brincar como algo fundamental e não supérfluo. Isto exige de nós capacidade para ouvir as crianças e olhar o mundo do seu ponto de vista, propondo medidas que possam minimizar, senão acabar, com esta exploração escolar que as impede de usufruir de um tempo vital para o seu normal crescimento. O brincar é um comportamento que permite o conhecimento de si próprio, do mundo físico e social e dos sistemas de comunicação, o que tem de levar a considerar a actividade lúdica como intimamente relacionada com o desenvolvimento da criança. Brincar faz parte da cultura da infância e para as crianças é um acto muito sério.

Maria José Araújo

Universidade do Porto

CIIE- Centro de Investigação e Intervenção Educativas

mjosearaujo@gmail.com

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Como desenvolver a capacidade de aprender

Por: Vicente Martins

São três os fatores que influem no desenvolvimento da capacidade de aprender:

Primeiramente, a atitude que querer aprender. É preciso que a escola desenvolva, no aluno, o aprendizado dos verbos querer e aprender, de modo a motivar para conjugá-los assim: eu quero aprender. Tal comportamento exigirá do aluno, de logo, uma série de atitudes como interesse, motivação, atenção, compreensão, participação e expectativa de aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser pessoa.

O segundo fator diz respeito às competências e habilidades, no que poderíamos chamar, simplesmente, de desenvolvimento de aptidões cognitivas e procedimentais. Quem aprende a ser competente, desenvolve um interesse especial de aprender. No entanto, só desenvolvemos a capacidade de aprender quando aprendemos a pensar. Só pensamos bem quando aprendemos métodos e técnicas de estudo. É este fator que garante, pois, a capacidade de auto-aprendizagem do aluno.

O terceiro fator refere-se à aprendizagem de conhecimentos ou conteúdos. Para tanto, a construção de um currículo escolar, com disciplinas atualizadas e bem planificadas, é fundamental para que o aluno desenvolva sua compreensão do ambiente natural e sociais, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade, conforme o que determina o artigo 32 da LDB.

Um pergunta, agora, advém: saber ensinar é tão importante quanto saber aprender? Responderei assim: há um ditado, no meio escolar, que diz assim: quem sabe, ensina. Muitos sabem conhecimentos, mas poucos ensinam a aprender. Ensinar a aprender é ensinar estratégias de aprendizagem. Na escola tradicional, o P, maiúsculo, significa professor-representante do Conhecimento; o C, maiúsculo, significa Conhecimento acumulado historicamente na memória social e na memória do professor e o a, minúsculo, significa o aluno, que, a rigor, para o professor, e para a própria escola, é tábula rasa, isto é, conhece pouco ou não sabe de nada. Isto não é verdade. Saber ensinar é oferecer condições para que o discípulo supere, inclusive, o mestre. Numa palavra: ensinar é fazer aprender a aprender, de modo que o modelo pedagógico desenvolva os processos de pensamento para construir o conhecimento, que não é exclusividade de quem ensina ou aprende.

É papel dos professores levar o aluno a aprender para conhecer, o que pode ser traduzido por aprender a aprender, em que o aluno é capaz de exercitar a atenção, a memória e o pensamento autônomo.
As maiores dificuldades dos docentes residem nas deficiências próprias do processo de formação acadêmica. Nas universidades brasileiras, os cursos de formação de professores (as chamadas licenciaturas) se concentram muito nos conteúdos que vêm de ciências duras, mas se descuidam das competências e habilidades que deve ter o futuro professor, em particular, o domínio de estratégias que permitam se comportar docentes eficientes, autônomos e estratégicos.

Os docentes enfrentam dificuldades de ensinar a aprender, isto é, desconhecem, muitas vezes, como os alunos podem aprender e quais os processos que devem realizar para que seus alunos adquiram, desenvolvam e processem as informações ensinadas e apreendidas em sala de aula. Nesse sentido, o trabalho com conceitos como aprendizagem, memória sensorial, memória de curto prazo, memória de longo prazo, estratégias cognitivas, quando não bem assimilados, no processo de formação dos docentes, serão convertidos em dores de cabeça constantes, em que o docente ensina, mas não tem a garantia de que está, realmente, ensinando a aprender. A noção de memória é central para quem ensinar a aprender.

As maiores dificuldades dos alunos residem no aprendizado de estratégias de aprendizagem. A leitura, a escrita e a matemática são meios ou estratégias para o desenvolvimento da capacidade de aprender. Entre as três, certamente, a leitura, especialmente a compreensão leitora, tem o seu lugar de destaque.
Ler para aprender é fundamental para qualquer componente pedagógico do currículo escolar. Através dessa habilidade, a leitura envolve a atividade de ler para compreender, exigindo que o aluno, por seu turno, aprenda a concentrar-se na seleção de informação relevante no texto, utilizando, para tanto, estratégias de aprendizagem e avaliação de eficácia.

Aprender, pois, a selecionar informação, é um tarefa de quem ensina e desafio para A escola e a família são instituições ainda muito conservadoras. Nisso, por um lado, não há demérito mas às vezes também não há mérito. No Brasil, muitas escolas utilizam procedimentos do século XVI, do período jesuítico como a cópia e o ditado. Nada contra os dois procedimentos, mas se que tenham uma fundamentação pedagógica e que valorizem a escrita criativa do aluno, decerto, terão pouca repercussão no seu aprendizado.

Muitas escolas, por pressões familiares, não discutem temas como sexualidade, especialmente a vertente homossexual. Sexualidade é tabu no meio familiar e no meio escolar mesmo numa sociedade que enfrenta uma síndrome grave como a AIDS. A escola ensina, como paradigma da língua padrão, regras gramaticais com exemplário de citações do século XIX, e não aceita a variação lingüística de origem popular, que traz marcas do padrão oral e não escrito. E assim por diante. São exemplos de que a escola é realmente conservadora.

Isso acontece também com as pedagogias. Tivemos a pedagogia tradicional, a escolanovista, piagetiana, Vigostky e já falamos em uma pedagógica pós-construtivista com base em teoria de Gardner. Umas cuidam plenamente de um aspecto do aprendizado como o conhecimento, mas se descuidam completamente da capacidade cognitiva e metacognitiva, interesses e necessidades dos alunos.

Na história educacional, no Brasil, os dados mostram que quanto mais teoria educacional mirabolante, menos conhecemos o processo ensino-aprendizagem e mais tendemos, também a reforçar um distanciamento professor-aluno, porque as pedagogias tendem a reduzir ações e espaços de um lado ou do outro. Ora o professor é sujeito do processo pedagógico ora o aluno é o sujeito aprendente. O desafio, para todos nós, é o equilíbrio que vem da conjugação dos pilares do processo de ensino-aprendizagem: mediação, avaliação e qualidade educacional.

Seja como for, o importante é que os docentes tenham conhecimento dessas pedagogias e possam criar modelos alternativos para que haja a possibilidade de o aluno aprender a aprender, ou seja, ser capaz de descobrir e aprender por ele mesmo, ou, em colaboração com outros, os procedimentos, conhecimentos e atitudes que atendam às novas exigências da sociedade do conhecimento.
A Constituição Federal, no seu artigo 205, e a LDB, no seu artigo 2, preceituam que a educação é dever da família e do Estado. Em diferentes momentos, a família é convocada, pelo poder público, a participar do processo de formação escolar: no primeiro instante, matriculando, obrigatoriamente, seu filho, em idade escolar, no ensino fundamental.

No segundo instante, zelando pela freqüência à escola e num terceiro momento se articulando com a escola, de modo a assegurar meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento e zelando, com os docentes, pela aprendizagem dos alunos.
O papel da família, no desenvolvimento da capacidade de aprender, é tarefa, pois, de natureza legal ou jurídica, deve ser, pois, o de articular-se com a escola e seus docentes, velando, de forma permanente, pela qualidade de ensino.

O papel, pois, da família é de zelar, a exemplo dos docentes, pela aprendizagem. Isto significa acompanhar de perto a elaboração da proposta pedagógica da escolar, não abrindo mão de prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento ou em atraso escolar bem como assegurar meios de acesso aos níveis mais elevados de ensino segundo a capacidade de cada um.
As mídias convencionais ou eletrônicas apontam para uma revolução pós-industrial, centrada no conhecimento. Estamos na chamada sociedade do conhecimento em que um aprendente dedicado à pesquisa pode, em pouco tempo, superar os conhecimentos acumulados do mestre. E tudo isso é bom para quem ensina e para quem aprende.

O conhecimento é possível de ser democraticamente capturado ou adquirido por todos: todos estão em condições de aprendizagem. Claro, a figura do professor não desaparece, exceto o modelo tradicional do tipo sabe-tudo, mas passa a exercer um papel de mediador ou instrutor ou mesmo um facilitador na aquisição e desenvolvimento de aprendizagem.

A tarefa do mediador deve ser, então, a de buscar, orientar, diante das diversas fontes disponíveis, especialmente as eletrônicas, os melhores sites, indicando links que realmente trazem a informação segura.

Infelizmente, por uma série de fatores de ordem socioeconômica, muitos docentes não acessam a Internet e, o mais grave, já sofrem conseqüência dessa limitação, levando, para sala de aula, informações desatualizadas e desnecessárias para os alunos, especialmente em disciplinas como História, Biologia, Geografia e Língua Portuguesa.

Vicente Martins, palestrante, é professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Estado do Ceará. E-mail: vicente.martins@uol.com.br

MPF arquiva inquérito sobre livro do MEC com erros de português

O Estadão

O Ministério da Educação (MEC) informa em seu site que o inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal para investigar a obra Por uma vida melhor foi arquivado. O livro didático de português foi alvo de críticas por endossar erros de português, como "nós pega o peixe".

O texto do MPF que promove o arquivamento do inquérito menciona que a dinâmica desenvolvida pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos apresenta-se “de modo eficiente em seu desenvolvimento, principalmente no tocante aos rigorosos critérios impostos para a seleção de professores especialistas, entre eles mestres e doutores, o que mantém o Brasil no patamar dos países de vanguarda nos trabalhos de indicação de livros didáticos.”

De acordo com o MPF, “a obra didática não é objeto de indicação política, mas fruto de estudos e de avaliações rigorosas desenvolvidas por especialistas da área de educação”.

No documento, o procurador da República Peterson de Paula Pereira alega que a mídia, na discussão sobre a publicação, transmitiu “a ideia de que o indigitado livro pudesse ensinar a língua portuguesa de modo errado aos estudantes, quando, na verdade, o Ministério da Educação propôs à sociedade a introdução e reflexão acerca da linguística”.

Para o procurador, não houve “ofensa aos princípios norteadores da educação, tampouco naqueles informadores da dignidade da pessoa humana”.

Onde colocaram a escola???

Por Celso Roberti

Tenho escrito sobre EaD, vantagens, aplicações, perfil, mas vi que estava faltando falar de algo mais básico, que não é uma experiência comum a todos e, sem dúvida, o que gera mais impacto. Afinal, cadê a escola?

Em uma educação tradicional normalmente nos dirigimos a um estabelecimento onde encontramos salas de aula, professores, biblioteca. Também há um café para conversar com os amigos, salas de monitores para tirar dúvidas, salas de estudo para nos reunir com colegas.
E na EAD? Bem, todo esse processo é substituído por um software, um programa de computador usado via Internet chamado LMS, Learning Management System. Não vou traduzir, pois colocar as palavras “gerenciamento” e “aprendizagem” na mesma frase sempre me parece estranho ;-).

Mas o que esse tal de LMS faz? Justamente simula todos os ambientes necessários para o estudo, mas via computador. Ele traz um conjunto de ferramentas que reproduzem as nossas atividades em uma escola.

Por exemplo, ele tem um chat, onde o professor pode agendar um horário para tirar dúvidas, ou um grupo pode marcar um horário para desenvolver um trabalho. Tem um fórum, que também pode ser usado para dúvidas, porém é assíncrono (ou seja, a resposta não será imediata), assim como correio eletrônico. Traz ferramentas para elaborar avaliações e compartilhar arquivos, permitindo assim ao professor disponibilizar provas e conteúdos. Alguns já têm integração com bibliotecas digitais, as quais permitem o acesso a milhares de publicações (infelizmente, no Brasil as instituições de ensino que necessitem do credenciamento do MEC ainda têm que implementar bibliotecas físicas em seus pólos, o que onera os custos).

Esses ambientes também permitem a disponibilização de vídeos de aulas, podcasts, links de sites relevantes, conteúdos externos ou seja, compartilhar qualquer tipo de conteúdo. E entregam ferramentas de monitoramento importantes ao professor as quais permitem que este saiba quais documentos foram acessados, por quem e quando. Mostram resultados de avaliações, registram conversas das salas de bate-papo e dos fóruns, e alguns já geram indicadores disso. Quem mais participa, quem mais estimula a discussão, quem desaparece ;-) ...

E isso é caro? Como tudo hoje na Internet, temos tanto software livre como pago. A maior parte das instituições de ensino no Brasil se baseia em software livre, onde o principal é o Moodle. Também temos o Sakai, um projeto mais recente e com a força de grandes instituições norte-americanas. No Brasil, um grupo da UNICAMP (NIED) desenvolveu há alguns anos um ambiente chamado Teleduc, que trabalha muito bem com conceitos de colaboração. E temos os pagos, Blackboard (mais voltado para instituições de ensino), SABA (mais focado em educação corporativa), eCollege (Pearson), uma solução interessante que já traz a infra-estrutura junto e permite rápida agregação de material.

Já existem mais de 100 produtos desse tipo no mercado e novas abordagens pedagógicas têm trazido soluções muito interessantes. Portanto, a avaliação deve ser bem cuidadosa e, principalmente, direcionada a estratégia de ensino de quem vai utilizá-lo... nunca esquecendo que no e-learning, o “learning” deve ser maior do que o “e” :-).
Celso RobertiCelso trabalha com EAD (educação a distância) há dez anos. Matemático de formação e inquieto por natureza, já passou por empresas de tecnologia e educação.
Site: www.logiko.com.brSeus artigos só poderão ser reproduzidos com

Ao menos 67 milhões de crianças não têm acesso à educação, diz ONU

Redação 24 Horas News

Ao menos 67 milhões de crianças no mundo não têm acesso à educação, principalmente nos países onde a taxa de natalidade é muito elevada ou onde ocorrem conflitos armados.

Isso é o que revela o relatório do Conselho Econômico e Social da ONU, "A crise oculta: conflitos armados e educação" (2011).

Segundo o relatório, entre 1999 e 2008, cerca de 25 milhões de crianças se matricularam na educação primária, o que representa um aumento de um terço em relação à década anterior.

Nos países menos desenvolvidos, cerca de 195 milhões de crianças menores de 5 anos -- uma em cada três -- sofre de má nutrição, o que causa danos irreversíveis ao desenvolvimento cognitivo.

As crianças não são as únicas afetadas pelo problema de acesso à educação. Cerca de 796 milhões de pessoas -- 17% dos adultos no mundo -- são analfabetos e deste número, dois terços são de mulheres. A diferença de gênero também é notada nas crianças.

Ensino – Aprendizagem: Os Múltiplos Desafios

Vanessa Sanceverino Esteves

Há tempos, a avaliação era motivo para medo, tensão e ansiedade. Hoje em dia, as idéias em relação a este processo mudaram bastante, podendo evoluir ainda mais. O que se precisa fazer é escolher o método avaliativo ideal para cada grupo em questão. Sendo assim, o processo será melhor aproveitado tanto pelo educador como para o educando.

O educador precisa estar atento ao grupo analisado, percebendo que o desempenho do aluno pode ser mensurado pela maneira com que se trabalham os conteúdos, na sua participação nas aulas, no contato com o grande grupo, etc. Através dessa observação o educador pode ver onde há dificuldades e também as vitórias da turma, podendo escolher qual é a melhor forma de trabalhá-las. Acima de tudo, o crescimento pessoal e em grupo do aluno deve ser levado também em conta, não só a nota atribuída a ele através de métodos avaliativos escritos.

É importante para o educando saber como será avaliado no decorrer dos trabalhos em sala, e também quais os critérios utilizados pelo educador nesse momento. Estando por dentro desse contexto, haverá maior empenho e preparação do aluno. Nestes casos, o processo avaliativo tende a ser mais bem sucedido tanto para o professor como para o aluno, além de tudo pode-se interpretar de forma mais clara os resultados alcançados no processo ensino-aprendizagem.

Mas o grande passo para o processo avaliativo de sucesso consta em inovar sempre. Buscar esses métodos analisando a realidade do aluno, facilita muito na escolha da melhor forma avaliativa. Desmistificando o “terror” do processo avaliativo, o professor alcançará os resultados positivos e esperados com mais facilidade e aproveitamento. Importante ainda dizer que o aluno deve ter oportunidade de participar da elaboração das regras, dos limites, dos critérios de avaliação, das tomadas de decisão, além de assumir pequenas responsabilidades.

Um processo avaliativo interessante são os seminários, onde é possível uma troca rica de vivências e experiências. O conteúdo trabalhado pode ser mais bem explanado e discutido de forma simples, informal e completa. A auto-avaliação pode ser muito proveitosa também. O aluno torna-se crítico e analisa seu processo de aprendizagem. Essa análise faz o aluno perceber onde há dificuldades e também os pontos fortes nesse processo. Além disso, o professor pode sugerir atividades para melhoria dessas dificuldades, e não corre o risco de ser injusto em alguma avaliação.

Essa forma avaliativa pode ser através de questionários, de conversas no coletivo ou de entrevistas individuais. Pretende-se que ela ajude o aluno a criar senso de responsabilidade, o faça exercitar a capacidade de autocrítica, que o instigue a refletir sobre sua conduta. Este é realmente o papel da auto-avaliação.

Os conselhos de classe são uma forma de melhorar o trabalho docente em sala e também adaptar o currículo da forma mais flexível para o grupo. Nas reuniões pode haver a troca de experiências entre os educadores e também diversas opiniões sobre os alunos em questão. Uma sugestão para enriquecer ainda mais essas reuniões é interagir com a família do aluno. A troca de experiências família x escola pode ser muito produtiva quando o assunto é avaliação. As escolas deveriam investir nessa interação sempre que possível.

A avaliação é um dos meios pelos quais podemos conhecer os alunos. Ela permite acompanhar os seus passos no dia-a-dia. Descreve as trajetórias, seus problemas e suas potencialidades, favorecendo que o trabalho de ensino-aprendizagem se dê de forma coerente com os objetivos e desejos de professores e alunos.

É muito simples tratar a avaliação ao nível de importância de seus instrumentos. Alguns teimam em entender por avaliação os tipos de provas, de exercícios, de testes, de trabalhos etc. Mas a avaliação deve ser vista como um processo amplo da aprendizagem, indissociável do todo, envolvendo responsabilidades do professor e do aluno. Ao tratar a avaliação dessa forma, percebemos seus verdadeiros propósitos, sua relação com o ensinamento, seu aspecto formativo e contínuo no processo educacional da atualidade.

Vanessa Sanceverino Esteves é Coordenadora do DC na Sala de Aula
Publicado no Suplemento DC na Sala de Aula

Significado Social da LeituraSalomão Larêdo

Salomão Larêdo

Através da leitura temos a chance de alargar nossos horizontes profissionais, culturais e pessoais, pois a leitura deve desempenhar múltiplas funções sociais.

Podemos dar como exemplo dessas múltiplas funções sociais, a leitura para a fruição, prazer ou deleite, aquisição de conhecimento e informação; leitura para pesquisa/trabalho; leitura para fins religiosos, auto-ajuda e o que acho hoje mais importante é que a leitura é uma condição básica para formar sujeitos capacitados de se inserir na sociedade e exercitar sua cidadania, participando crítica e ativamente da construção da história de seu povo, formulando seus próprios critérios para se questionar como sujeito no seu ato de pensar, sentir e atuar, ultrapassando a fronteira da cultura local a partir da abertura a outras proporções culturais.

Pois, o sujeito que lê, sabe, planeja, direciona e faz a sua evolução/revolução, sua ação, sua construção, sua história de homem livre ( ah, a liberdade, bem maior do ser humano) , emancipado, independente de explorações e opressões.

Quem lê sabe que uma biblioteca pública desempenha papel fundamental no acesso ao livro e na disseminação da leitura nas classes menos favorecidas e por isso vai reivindicar mais bibliotecas públicas nos bairros,clubes, embarcações, nos ônibus e outros locais.

Quem lê não acredita que o brasileiro não é leitor – o leitor existe antes mesmo de sua entrada na escola porque sempre esteve exposto à literatura oral - , que somos um povo analfabeto, que não temos bibliotecas ( isso é verdade, porém, devemos explicar porque não as temos na quantidade necessária, etc.) e outros espaços para o livro e para a leitura ; quem lê sabe, que, quando se fala em crise da leitura, não se trata de um problema com a leitura, mas, sobretudo, de um problema econômico da leitura ( é papel dos governos, ampliar o número de bibliotecas públicas, cuidar de seus acervos, aumentando, etc.).

Quem lê, incomoda. E como diz Roger Chartier ( in a ordem dos livros) ,”... a leitura é, por definição, rebelde e vadia...”

Na condição de leitor, nessa significação social da leitura, passo a ter subsídios para pensar e analisar quem devo eleger para os cargos de governo e representação popular, fiscalizar as ações dos governos, a atuação dos parlamentares, cobrando eficiência no serviço público, exigindo, manifestando, denunciando, reivindicando, indicando caminhos, alternativas, enfim, participando, porque a leitura me deu consciência social, política

Ler requer certa determinação, vontade, tirar tempo e claro, dá trabalho.
Mas, dá imenso e enorme prazer e aqui, já encerrando, quero inserir a expressão de Clarice Lispector utilizada por Maria Clara Machado em seu livro “Ilhas no tempo”, de “... uma construção cultural deliciosa, uma aprendizagem do prazer...”

E como na vida social, também as coisas se desenvolvem pelo exemplo e curiosidade, penso que podemos encaminhar a leitura por aí, pois entendo que é preferível associar leitura com prazer do que permanecer na área da dominação e do poder, embora a leitura dê poder, quem lê se torna poderoso pelo conhecimento que adquire.

Volto a repetir, quem lê, incomoda.
Continuemos, então, na construção deliciosa que é o aprendizado do prazer ( o texto pode dar prazer, entende Umberto Eco in lector in fabula) , o prazer de ler. Certamente que todos lemos, também, por necessidade e outros motivos.
Tomara que o livro se torne objeto do desejo – a leitura é um gesto afetivo e aciona nossos desejos -.E o que está faltando para que se efetive a sedução do livro para sempre entre nós ?

Salomão Larêdo é escritor e jornalista Artigo publicado no jornal O Liberal / PA

Beleza natural e saudável

Há pouco tempo, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) alertou: o Brasil é o maior consumidor de remédios para emagrecer. Enquanto em nações européias o consumo de medicamentos à base de anfetaminas vem caindo, aqui a história é outra, pois juntam-se a obstinação da mulher brasileira pelo corpo perfeito, a falta de fiscalização dos órgãos competentes junto a farmácias que vendem essas drogas sem receita médica e a imprudência de médicos que emitem receituários solicitando o consumo de tais substâncias indiscriminadamente.

O uso continuado de anfetaminas, além da perda de peso, provoca aumento permanente da pressão sanguínea e distúrbios psicológicos, como agressividade, irritação, paranóia, confusão de pensamento, verborréia (excesso de palavras para dizer coisas de pouco conteúdo), compulsividade e até esquizofrenia. As mulheres constituem 90% dos usuários da droga.

Recente pesquisa revela que pessoas “bonitas” conquistam mais sucesso no ambiente de trabalho e que, além da discriminação por sexo e raça, pessoas bem cuidadas chegam a ganhar 10% mais.

O crescimento da indústria da beleza no Brasil também é revelado pelo crescente aumento de academias abertas em todo o território nacional. De acordo com matéria publicada pela Revista Veja, edição especial, em dezembro de 2003, existiam no Brasil sete mil academias, que atendiam a 3,5 milhões de alunos, representando em torno de 2% da população brasileira. Ainda com base nos dados publicados pela revista, o Brasil só perde para os Estados Unidos em número de academias, onde há 20.200 estabelecimentos abertos. E em relação ao número de pessoas matriculadas, o Brasil vem em quarto colocado, depois dos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha.

A popularização de cirurgias estéticas também revela o crescimento da indústria da beleza em nosso país. Nessa área, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a média é de 500 mil cirurgias por ano, cerca de 60% delas para fins estéticos. Dessas, 70% são em mulheres e 15% em adolescentes.

Vítimas em potencial, as mulheres almejam ter seios como os de fulana, boca igual à de sicrana, bumbum idêntico ao de beltrana e, assim, multiplicam-se copiando corte de cabelo e medidas que não são suas, perdendo sua identidade e beleza natural. Muitas vezes, para conquistar o “corpo perfeito”, exageram nos exercícios físicos, apelam para cirurgias perigosas, privam-se de uma alimentação balanceada e, como resultado, até chegam a atingir as medidas desejadas, mas acabam com a saúde.

Não há beleza maior que a exibida por uma pessoa saudável e em paz com o espelho. Mas o que é beleza? Platão, no século 4 a.C., reconhecia o caráter sensível do belo, dizendo que a beleza é a única idéia que resplandece no mundo. Desde então, o belo e o feio entraram na pauta de discussões. O ditado “gosto não de discute” surgiu a partir das conclusões de filósofos empiristas, que relativizaram a beleza ao gosto de cada um. Por sua vez, Kant afirmou que o belo é “aquilo que agrada universalmente, ainda que não se possa justificá-lo intelectualmente”.

Beleza tem a ver com autenticidade e singularidade. Antes de conquistar olhares alheios, a beleza deve vir de dentro, refletindo um estilo de vida saudável e o prazer em viver bem, com saúde e feliz. O resto, é conseqüência! O que atrai as pessoas, de verdade, é o belo sorriso e o bom-humor de uma pessoa autoconfiante, pronta para alcançar o sucesso profissional e pessoal.

Dica de Filme: Cópia Fiel

Texto: Luan Santos

Ele é o grande cineasta indiano da atualidade, talvez o maior de todos os tempos. Seus filmes possem características muito peculiares e que encantam as plateias que os assistem. O cineasta de que estamos falando é Abbas Kiarostami, que escrever o roteiro e dirigiu o filme que servirá de base para a nossa seção ‘Vídeos’ esta semana. A obra é intitulada em português de ‘Cópia Fiel’ e foi lançada em 2009.

Este filme é uma homenagem do cineasta iraniano a uma grande obra da história do cinema: Viagem à Itália, de Roberto Rosselini, de 1954. Por isso, a história se passa na Itália. Conta a história de James Miller (William Shimell), filósofo inglês que pretende voltar logo à seu país.

Miller acaba de lançar um livro, onde discorre sobre diversos temas, entre eles um que é muito recorrente quando se fala de arte: as cópias. Ele diz que as cópias são positivas, pois só confirmam a superioridade do original.

Mas antes de voltar à Inglaterra, Miller é convidado por Elle (Juliette Binoche) para passear pelas ruazinhas da comuna de Lucignano, pequena cidade italiana. Elle é uma francesa dona de uma galeria que vive há muitos anos na Itália com seu filho. Entre um passeio e outro, James e Elle são confundidos como marido e mulher. Mas para quem pensa que eles não gostaram, se engana. Eles entram na brincadeira e resolvem encenar que são um casal.

O filme nos mostra claramente as duas obsessões cinematográficas de Abbas Kiarostami: a mulher e o tempo. O tempo, na narrativa do autor, é tido como aquilo que molda os homens, que os faz ser o que são. A mulher, por outro lado, é um grande paradigma nesta narrativa, assim como em outras do cineasta. No Irã, a situação da mulher é quase na clandestinidade, ficando em estado de suspensão e o tempo não age sobre elas. Assim, Kiarostami constrói sua narrativa buscando socorrê-las. E o filme, desta forma, nos mostrar uma dualidade de discursos: James Miller filosofando sobre a arte e seus problemas e Elle interrogando sobre os anos mal vividos, de maneira que o tempo age sobre ela.

Pensar em educação

O filme nos mostra questões de grande importância para que possamos discutir em sala de aula. E a principal delas está em primeiro plano no filme. Trata-se da questão da mulher inserida na sociedade, com direitos e deveres iguais aos dos homens. Em pleno século XXI, onde tais diferenças já não deveriam ser sentidas, ainda percebemos certa disparidade de sexos e o filme de Abbas Kiarostami nos faz refletir sobre isso.

Podemos ainda discutir com os alunos a questão do tempo que é tão importante nesta narrativa. O tempo que para Elle foi responsável por uma vida de muitos problemas, enquanto para Miller, foi responsável por uma série de reflexões. Pode-se trabalhar com os alunos esta questão temporal de maneira a fazê-los refletir sobre a importância de aproveitarem a vida, mas sempre de maneira a fazer as coisas certas, sem ultrapassar o que sua faixa etária lhes permite. Assim, você pode, por exemplo, trabalhar a questão do sexo com os alunos, mostrando a importância do amadurecimento para que ingressem na vida sexual.

Cópia Fiel é uma obra que possui uma temática muito interessante, com roteiro inteligente e direção impecável. Juliette Binoche esteve fantástica, o que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no festival de Cannes, sem falar na excelente atuação de William Shimell. Com uma série de bons temas e reflexões, pode ser utilizado na educação de maneira a contextualizar com questões do dia a dia, assim como com temáticas maires que se apresentam como objeto de reflexão do ser humano.

Mato Grosso aposta na profissionalização do turismo

de Brasília



A sexta edição do Salão Turismo, em São Paulo, movimentou Mato Grosso. Durante o evento, que aconteceu de 13 a 17 de julho, o Estado apresentou projetos inéditos de fomento à profissionalização da gestão do turismo, além de parcerias estratégicas com outras regiões e entidades do setor. A cultura local também foi evidenciada com o artesanato e sua saborosa gastronomia.

Uma das iniciativas é o Programa de Desenvolvimento e Gestão do Turismo (PDGT) em parceria com a Secullos Tour. Pioneiro no país, o projeto consiste em sete etapas de planejamento, implantação, ordenamento, desenvolvimento e consolidação do destino. A ação tem a chancela do Sebrae-MT e da Secretaria Nacional de Políticas do Turismo do Ministério do Turismo. “Com o PDGT, podemos aumentar a atratividade para os visitantes e até coibir a informalidade em equipamentos hoteleiros e de lazer”, avalia a secretária de Turismo Teté Bezerra.

O programa contempla ainda o uso da ferramenta de Ecobooking, que prevê a formação de um grande banco de dados quantitativos e qualitativos referentes ao turismo local. Por meio do sistema online, podem ser contabilizados desde a entrada de visitantes e o consumo em determinado ponto turístico, até um mapa das reservas realizadas.

“É uma preciosa ferramenta que nos possibilita construir o perfil e os anseios do turista”, explica Teté. “É uma grande rede cooperativa, pela qual o relacionamento com os mais diversos players do turismo resultará na melhor experiência para o visitante”, completa.

Mato Grosso ratificou parcerias estratégicas com outros destinos do Centro-Oeste. Em conjunto com Mato Grosso do Sul, lançou a Travessia do Pantanal, que inclui Cáceres e Poconé (MT), além de Corumbá, Miranda e Porto Murtinho (MS). O roteiro foi oficializado na sexta-feira, dia 15, durante a Tarde Pantaneira. Com o mote Dois estados, um só destino, o programa permite aos visitantes a contemplação máxima de um dos mais importantes ecossistemas do planeta, cuja conservação é fruto do trabalho dos dois Estados.

Com a participação de Goiás, a região do Araguaia deve ganhar novos pacotes especiais para aproveitar seus festivais náuticos e a natureza exuberante – encantadora por cenários que vão de praias e corredeiras a grutas e cachoeiras.

Entre as atrações do estande do Centro-Oeste, os visitantes puderam conferir a confecção da viola de cocho com o artesão Alcides dos Santos, além da arte cerâmica com Julia Rodrigues. Para os dois profissionais, que já participaram do evento, o Salão do Turismo é uma vitrine de conhecimento. Além da confecção, Santos ainda ministrou um curso sobre a história e o processo de produção da viola de cocho.

Também estiveram presentes o presidente da Goiás Turismo, Aparecido Sparapani; a presidente da Fundação de Turismo/Órgão Oficial do Turismo do Mato Grosso do Sul, Nilde Brum; além do vice governador de Mato Grosso, Chico Daltro; e da representante do Sebrae-MT, Eneida Maria de Oliveira.

Cuiabá também está de olho nas oportunidades da Copa do Mundo 2014. A cidade foi sede na última terça-feira, dia 19, de um workshop temático sobre as oportunidades do evento. A capital matogrossense foi a terceira sede da competição a receber o evento, após Brasília e Rio de Janeiro. Realizada no Centro de Eventos Pantanal, a apresentação também contou com apoio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) – que comentou sobre o impacto dos megaeventos para as cidades.

CHOCANTE

19/07/2011
Blog do Marcelo Sandrin

Poucas vezes me senti tão mal, quanto sábado passado, à noite. Stress total.

Nem quando, por 04 vezes, tive que me atracar com bandidos, alguns “mal ditos”, “de menores”, em minha clínica.

Neste sábado, indo a Festa Junina - Julina, no Centro Comunitário do Bairro Aráes, ficamos pasmos.

Absurdo.

Centro Comunitário e espaço de esportes, tomados por drogados. Ao lado Centro de Policiamento Comunitário.

A frente tem a escola do bairro. Também é o local das tão importantes feiras semanais.

Famílias, Crianças, passantes, indo e vindo como se nada estivessem presenciando. Clima pesado.

Minha filha de 06 anos ao sairmos, 22:30 hs, defrontou-se com um “drogado”, “guardando” o nosso carro.

O rapaz estava tão mal que conversava sozinho, deitava no chão, caia, cantava.... Ela perguntou. “Êle bebeu, papai??”. Santa inocência.

Tentei ajudá-lo, mas ele correu para atrás dos prédios e juntos com outros, aspirou, fumou mais drogas, e ai já viram.

A barra estava pesada demais. Êle estava tão incapacitado que nem “cobrou” o pedágio por estar cuidando de meu veículo. Mas o resto da galera....

Não liguei para quem de direito, pois é impossível que aquela situação seja pontual, ocasional, naquele dia, ou que todos daquela região, não saibam deste horror.

E nada fazem........, ou mais talvez, provavelmente, cansaram de buscar providências e não obter sucesso.

Não é possível que a sociedade não exija providências e as tenha!!!!.

E vejam senhores.

Hoje, pela terceira vez, em 10 dias, é noticiado na TV, assalto a Escola citada, em frente aos estabelecimentos referidos acima, Centro Comunitário e Polícia. Roubaram os computadores, TVs, e os alimentos da merenda escolar. Para que?? Por quem?? Todos sabem. Claro que sabem.

Está se tornando insuportável a falta de respostas e a inércia.

Tanto dos responsáveis que sempre dizem a mesma coisa, com justificativas que não convencem a mais ninguém, quanto a não reação da comunidade. É chegada a hora de atitudes enérgicas.

Ou a sociedade se une e cria coragem ou seremos cada dia mais presas, fáceis ou, então, presos envergonhados, encarcerados em nossas residências.

Mudar para permanecer — Você está preparado?

22/07/2011
Lair Ribeiro


Muitas pessoas sonham com uma verdadeira transformação em suas vidas, mas querem que seja assim: vapt-vupt e pronto, se tornam outras pessoas, mais confiantes, bem-sucedidas, prósperas e felizes!

Na vida real isso não acontece. Por mais que sejam positivas e necessárias, mudanças costumam ser tão desgastantes que, mesmo querendo mudar, algumas pessoas relutam e tentam seguir sua vida do “jeitinho” de sempre.

A respeito das mudanças, os mais conservadores ou medrosos diriam: “É o mais sensato!” ou “Melhor não trocar o certo pelo duvidoso.” Sim, o processo causa medo em muita gente. Trata-se de um medo físico, pois exige uma adaptação do nosso sistema nervoso sair da “zona de conforto”, buscando novos caminhos para conectar as áreas emocional e racional do cérebro.

As coisas, nem sempre acontecem como planejamos. Chega um momento em que é fundamental sair da inércia e implementar mudanças, que não necessariamente precisam ser gigantescas nem imediatas, mas podem ser muito singelas. Porém, quando surge a insatisfação, as pessoas, em vez de cogitar da possibilidade de mudança, tendem a ocupar a posição de vítimas e culpam a tudo e a todos pelos seus sentimentos. Em vez de eleger culpados, reflita sobre as suas atitudes e escolhas perante a vida e avalie se suas decisões têm ido ao encontro de seus valores e propósito de vida. Mudar alguns padrões de comportamento, como a falta de amor-próprio, o sentimento de culpa e a baixa auto-estima, pode resultar em uma grande diferença, incitando, até mesmo, o despertar de um novo ser.

Em geral, as pessoas têm uma reação muito previsível quando se deparam com a necessidade de mudança e costumam agir dentro de um ciclo conhecido como “Ciclo do pesar”, que inclui: choque, negação, raiva, negociação, tristeza, aceitação e desempenho. Vejamos como ele se desenvolve:

- A primeira reação frente à necessidade de mudança é a de um verdadeiro “choque”. A pessoa fica anestesiada, sem conseguir aceitar que terá de mudar seus padrões, tão perfeitamente enraizados em seu modo de vida.

- Após o “choque” inicial, vem a fase de “negação”, quando a pessoa tenta se convencer de que não precisa sucumbir à mudança e pode seguir sua vida exatamente como ela tem feito até o momento.

- Ao conscientizar-se de que a mudança é realmente necessária, a pessoa passa por um estágio de “raiva”, pois ainda não conseguiu assimilar todos os aspectos da mudança nem aceita ter de abrir mão de seus padrões atuais.

- Em seguida, ela entra na fase de “negociação” e tenta barganhar a possibilidade de manter algumas coisas e aceitar outros aspectos da mudança.

- Ao se dar conta de que a mudança é inevitável e que precisará abandonar os padrões que estão bloqueando a sua produtividade, vem um sentimento de “tristeza”.

- Por fim, superada a tristeza, chega a vez de contemplar um estado de plenitude e produtividade. É a fase de “aceitação e desempenho”, em que, finalmente, a mudança é implementada e a pessoa se dá conta de como ter optado pela mudança poderá beneficiá-la... até a próxima mudança!

É incrível pensar que passamos por todos esses estágios mesmo quando a mudança representa algo positivo e desejado. Tenha em mente que você tem a liberdade e o direito de fazer as escolhas que podem tornar sua vida melhor e mais feliz, assim como tem o poder de abrir mão daquilo que lhe traz dor, tristeza e infelicidade. Ou seja, mudar está ao seu alcance, sempre. Boa sorte!

MT- Estudantes alegam que "mataram para não morrer"

Escola Cesário Neto viveu pânico na manhã de quinta-feira; rapazes executaram colega a tiros

Marcus Vaillant/A Gazeta

Maurício e Vinícius foram presos em flagrante após executarem Gustavo, dentro da escola
DA REDAÇÃO

Os dois estudantes acusados de matar a tiros o colega Gustavo Pacheco da Silva, 16, na manhã de quinta-feira (21), na Escola Estadual Cesário Neto, em Cuiabá, alegaram que mataram o adolescente porque estavam sendo ameaçados por ele.

Vinícius Toledo Lemos e Maurício da Silva Pereira Filho, ambos de 18, foram presos em flagrante. Eles disseram ao delegado André Renato Gonçalves, da Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa 9DHPP), que decidiram matar o desafeto na escola porque era o local onde se encontravam. Gustavo morava no bairro Dom Aquino e os autores do crime, no Areão.

Ao constatarem que Gustavo fora à escola - no bairro Bandeirantes, ao lado do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá -, Vinícius retornou à sua casa, no horário do intervalo, e pegou o revólver que escondera no quarto e voltou à unidade educacional.

Como não havia vigia, ele entrou sem problemas. Esperou Gustavo sair da sala, o chamou e atirou cinco vezes. Em seguida, ele e Maurício permaneceram na escola, até serem presos pela Polícia Militar. Vinícius foi apontado por outros colegas como o responsável em apertar o gatilho.

Ao checar Gustavo, os policiais descobriram que ele era investigado num crime ocorrido no bairro Dom Aquino, no início deste ano. Vinícius e Maurício negaram que a morte do desafeto seja vingança pelo assassinato atribuído ao adolescente.

“Não temos informações que confirmem que seja vingança pelo homicídio, até porque os dois moram no Areão e a vítima, no Dom Aquino", explicou o delegado.

Ontem de manhã mesmo, os dois estudantes foram levados para a Cadeia Pública do Carumbé, ficando à disposição da Justiça. Na manhã desta sexta-feira (22), os dois rapazes fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML).

O crime

O estudante Gustavo Pacheco da Silva, 16, do 8º ano da Escola Estadual de Ensino Básico Cesário Neto, foi assassinado com cinco tiros. O crime ocorreu por volta das 9h30, durante o intervalo das aulas.

As investigações apontam um acerto de contas, com brigas entre gangues dos bairros Dom Aquino, onde a vítima morava, e Areão, onde vivem os dois autores do homicídio. Gustavo era investigado como suspeito em assassinato ocorreu no início do ano no Dom Aquino, motivado por uma briga entre as duas gangues.

Segundo o relato de testemunhas, os criminosos chegaram pelo portão da frente e caminharam até a sala do 8º ano, onde Gustavo estudava. Assim que chegaram na porta, Vinícius atirou cinco vezes, acertando todos os disparos, três no braço e dois no ombro. Os atiradores não foram à escola para estudar, mas especificamente para praticar o assassinato, segundo testemunhas.

A dupla foi presa por policiais militares, que foram acionados por professores. Eles foram localizados dentro da unidade educacional e, com eles, os PMs apreenderam um revólver calibre 38 com cinco munições deflagradas.

Segundo o subcomandante do 1º Batalhão, major Manoel Bugalho Neto, o crime ocorreu por "desavenças anteriores", entre vítima e os dois autores do crime.

MT- De olho na Seduc

De olho na Seduc

DA REDAÇÃO

Na semana que vem, conforme se apurou, o governador Silval Barbosa (PMDB) receberá, no Palácio Paiaguás, o ex-quase-futuro deputado federal Ságuas Moraes (PT). Como se recorda, o petista até que sentiu o gostinho de ter um gabinete na Câmara Federal, mas a Justiça Eleitoral acabou melando o barato dele e beneficiou o ex-prefeito de Sinop, o tucano Nílson Leitão.

O teor da agenda não foi divulgado, mas acredita-se que Ságuas tentará convencer Silval a levá-lo de volta para o Paiaguás. O petista foi secretário de Educação. Desde que o PT passou a comandar a pasta - atualmente, está com Rosa Neide -, o Governo só tem enfrentado problemas, como a greve dos professores. Será que o chefe do Executivo vai trocar seis por meia-dúzia?

MT- Cesário Neto em boletim

AIRTON REIS

Nota de falecimento. Acontecimento criminal. Fato registrado em ocorrência policial. Cuiabá, capital capitulada pela violência em padecer sangrento e fatal. Cuiabá, memorial dos Bandeirantes homenageados em bairro localizado na área central. Cuiabá, pedestal da luz celeste difusa em solidariedade fraternal. Cuiabá, portal central do Brasil desprotegido em cidadania elencada em direitos, deveres e obrigações. Cuiabá, institucional em mais de uma escola vitimada por infrações penais.

Nota de esclarecimento. Barbaridade em andamento banalizado. Autoridade de carro blindado. Ritmo político e social descompassado. Sociedade em grade nada curricular. Escola para aprender? Escola para morrer? Escola para matar?

Nota de pesar. Poesia em lágrima cristalizada pela dor. Condolência presente no diário de mais de um professor. Alunos e alunas mais do que simplesmente testemunhas arroladas. Alunos e alunas das vidas marcadas por balas certeiras disparadas com fúria e precisão. Alunos e alunas das aulas suspensas por um assassinato em nada corriqueiro. Alunas e alunos ameaçados em tempo verdadeiro.

Nota de repúdio. República do rosário doloroso. Réplica do calvário do Nosso Senhor Bom Jesus. Cuiabá da Escola Estadual rabiscada em cruz.. Cuiabá da adolescência em rebanhos desgarrados. Cuiabá dos parlamentos silenciados aquém de um minuto. Cuiabá dos mansos, dos pacíficos e dos brutos. Cuiabá dos patronos da segurança pública órfã e incapaz. Cuiabá dos governantes incumbidos da paz social ameaçada além de um boletim. Cuiabá do cravo e da rosa florescendo num mesmo jardim. Cuiabá sem fim reeditado em ficção. Cuiabá em verso despetalado e sem qualquer canção.

Nota de presença. Sala de aula esvaziada pelo desespero. Pátio da escola transformado em patíbulo sem cadafalso e sem último desejo. Carrasco sem capuz na parceria da execução. Cinco tiros disparados sem clemência e sem perdão. Cinco tiros ecoados dentro de uma mesma jurisdição. Cinco tiros e mais do que uma vida humana interrompida em tragédia institucionalizada. Cinco tiros e mais do que uma página de jornal amarelada. Cinco tiros e mais de uma tela informatizada ligada na mesma rede digital.

Nota final. Pesadelo com mais de uma tipificação penal. Sonho de justiça aplicada em tribunal. Por hora, funeral. Por hora, mais do que comoção social. Por hora, imprensa e liberdade de expressão. Por hora, flagrante de mais uma prisão.

Amanhã o mesmo ponto de interrogação continuado além de uma poesia. De que vale o céu azul sem o direito de cidadania? De que vale uma Carta Magna diante de uma sociedade em perpétua agonia? De que vale três poderes constitucionais desencontrados e sem qualquer sintonia? De que vale a lição da vida distanciada da harmonia?

AIRTON REIS é poeta em Cuiabá.
airtonreis.poeta@gmail.com

MT - Segurança pública é dever do Estado’, diz Filho

Assaltos em escolas têm se tornado frequentes em Cuiabá. Nesta semana a escola municipal Ulisses Guimarães, no bairro Ouro Fino foi invadida. Os suspeitos – que não tiveram seus nomes divulgados - levaram diversos equipamentos eletrônicos da sala de informática e ao saírem fecharam a porta e a grade do local sem fazer barulho.

De acordo com a Polícia Judiciária Civil, o fato só foi percebido dois dias depois. Os bandidos que estouraram o miolo da fechadura e entraram pela porta, ainda desligaram a energia, que não levantou suspeita do vigilante, que estava no outro pavilhão a dez metros de distância, por achar que seria apenas uma queda de energia.

Segundo informações da PJC, foram levados 23 computadores, uma TV de LCD, um DVD, uma máquina de xerox, e um conjunto de som acústico completo com duas caixas de som e duas mesas. “Infelizmente isso se tornou rotina em Cuiabá. A violência acontece de fora para dentro. Temos que nos preocupar com a infraestrutura das escolas, mas, segurança pública é de responsabilidade do governo do Estado”, afirmou o secretário municipal de Educação, Permínio Pinto Filho.

“A norma é ter em cada unidade quatro vigilantes. Estamos conseguindo cumprir essa meta. Mas, infelizmente, não tem sido o suficiente. Temos que tentar conter a violência da melhor maneira possível”, complementou.

O prefeito Chico Galindo (PTB) afirma que o município busca novas formas para a segurança pública da capital. “Estudamos meios para que, até o final do ano, consigamos colocar novos guardas municipais para reforçar a segurança nas escolas”, prometeu.


Kethulin Lopes – Da Redação

Projeto quer aluno de UFs prestando serviços

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 326/11, do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), que obriga o recém-graduado das instituições públicas de educação superior mantidas pela União a prestar serviço social profissional pelo prazo de pelo menos seis meses, sem remuneração salarial.

Pelo projeto, o serviço social será prestado de acordo com a natureza da formação acadêmica, com o objetivo de colocar à disposição da sociedade a preparação profissional do recém-graduado. Ele será requisito prévio para obter o título ou grau acadêmico, sem substituir o estágio profissional obrigatório.

Contrapartida

Para Rubens Bueno, o projeto representa uma alternativa à ideia de cobrar mensalidades dos alunos de graduação do ensino público. “É justo que os estudantes beneficiários da privilegiada experiência de estudar gratuitamente nas melhores instituições de educação superior ofereçam à sociedade, também de forma gratuita, os seus serviços profissionais, pelo menos durante o curto período de seis meses”, argumenta.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), em 2007 o custo anual de cada aluno de universidade federal foi R$ 15.118,04. A meta do ministério é reduzir o valor para R$ 9.403,39 até 2012, com os esforços do Programa de Apoio à Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que está ampliando o número de matrículas ofertadas.

Desigualdade

A educação, diz o deputado, é uma estratégia privilegiada de redução das diferenças sociais. “O projeto objetiva determinar que, na formação em nível superior dos cidadãos brasileiros, seja assegurada a experiência indispensável de lidar com as questões mais importantes relativas à desigualdade social e à promoção de sua erradicação, mediante ações efetivas de desenvolvimento das comunidades carentes”, explica.

Além do caráter de justiça social e incentivo ao espírito de solidariedade, prossegue Rubens Bueno, não haverá qualquer prejuízo para o profissional recém-formado, que receberá ajuda financeira e terá sua atividade validada e incorporada ao tempo de serviço, para fins de aposentadoria.

O serviço social profissional obrigatório, sustenta o deputado, é uma compensação pelo privilégio do ensino gratuito, ao mesmo tempo em que abre aos brasileiros carentes o acesso efetivo aos diversos serviços de competência do poder público.


Tramitação

O projeto foi apensado ao PL 2598/07, do deputado Geraldo Resende (PMDB-MS), que trata da prestação de serviço de saúde por estudantes. As propostas serão analisadas em caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; Educação e Cultura; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.


Da Agência Câmara

MT- Governo nomeia profissionais da Educação Básica

Mais 252 professores da Educação Básica de Mato Grosso foram nomeados para a Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT). A chamada dos novos profissionais da Educação foi publicada no Diário Oficial do Estado que circulou na última segunda (18).

Até o final de agosto serão mais 130 vagas para a carreira de professor da rede estadual de ensino, num total de 2.992 novos profissionais. Assim como os professores, no mesmo período serão chamados outros 204 Técnicos Administrativos Educacionais (TAE) e 540 servidores para Apoio Educacional (AE).

Até agosto o Governo do Estado irá nomear 100% dos aprovados, ou 5.287 profissionais. A Seduc já entrou na lista de classificados considerando que serão nomeados um total de 5.792 profissionais

quinta-feira, 21 de julho de 2011

MT- Cuiabá terá novos centros de educação infantil

Na tarde desta quinta (21) o prefeito Chico Galindo (PTB) e o secretário Municipal de Educação Permínio Pinto Filho, assinaram documento referente à licitação da construção de sete novos centros de educação infantil. No total está será investido cerca de R$ 9 milhões.

De acordo com o secretário municipal de Educação, Permínio Pinto Filho, cada centro de educação infantil tem capacidade para atender 224 crianças em dois turnos caso a unidade adote o sistema de zero a cinco anos e onze meses, divididos no sistema Creche I (zero a 18 meses), Creche II (18 meses até três anos), Creche III (três à quatro anos) e Pré-Escola, que atende crianças na faixa etária de quatro à cinco anos e 11 meses.

“Estamos fazendo o melhor para nossas crianças. As edificações oferecem toda a estrutura necessária para o atendimento das crianças. Os prédios serão divididos em setor administrativo, blocos de serviços, de pedágio e em multiuso. O segmento pedagógico terá duas salas para cada faixa etária, totalizando oito, além de espaço onde as crianças desenvolverão suas atividades durante o tempo em que permanecerem nos centros de educação infantil”, relatou.
Já estão sendo construídas as unidades no Jardim Liberdade (inauguração em agosto), Passaredo, Pedra 90 e Paiaguás. Os bairros beneficiados com a construção dos centros serão, Nova Esperança, Real Parque, Centro América, Jardim Aroeira, 1.º de Março, Três barras e Pedra 90. Os recursos serão do programa Pro-Infância e governo Federal.

Kethulin Lopes – Da Redação

MT- Passe Livre pode estar por um fio

A partir do dia 2 de agosto, quando termina o recesso na Câmara dos Vereadores da capital, será colocado na pauta de votação um projeto de Lei, de autoria do vereador Júlio Pinheiro (PTB), que pretende restringir a gratuidade do passe livre aos estudantes da rede municipal de ensino.

De acordo com Pinheiro, não cabe à prefeitura arcar com as despesas de todos os estudantes. Segundo o vereador, os valores devem ser distribuídos da seguinte maneira: estudantes de escolas estaduais devem ser de responsabilidade do Estado, os das universidades federais passam a ser de responsabilidade da União e àqueles que estudam em escolas e universidades particulares devem ter direito apenas ao ‘meio passe-livre’, sendo metade paga pela prefeitura e a outra metade pelo próprio estudante.

O prefeito Chico Galindo (PTB), afirmou que isto é apenas uma ideia e, mesmo que seja aprovada pela Câmara, o projeto não entrará em vigor enquanto ele estiver à frente do Executivo. Embora Galindo ache justa a discussão a respeito da gratuidade do passe estudantil, ressalta que nenhum estudante será prejudicado.

Rondiny Carneiro, estudante da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e membro do Centro Acadêmico de Estatística da UFMT, se mostra completamente em desacordo com a proposta de Pinheiro. “É um assunto importante, os estudantes precisam do passe livre. É um direito conquistado a duras penas, que não pode ser retirado, pois todos que moram na cidade de Cuiabá também pagam impostos. Independente da instituição de ensino todos são cidadãos da mesma cidade. Ao invés de restringir um direto, deveriam buscar auxílio às outras instâncias governamentais”.

Procurada pela equipe do Circuito Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Educação, afirmou por meio da assessoria de imprensa, que não irá emitir nenhuma opinião sobre o assunto, enquanto a Lei não for aprovada.


Camila Ribeiro – especial para o Circuito Mato Grosso