G1
O professor Cesar Koppe, do instituto de biologia da Universidade de Brasília (UnB), conseguiu isolar em cápsulas as propriedades antioxidantes e antiinflamatórias do extrato e do óleo de pequi, planta nativa do cerrado.
De acordo com a assessoria da universidade, o produto aguarda o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializado. A UnB informou também que uma empresa de Brasília já adquiriu os direitos sobre a patente.
Na primeira fase de testes com o produto, Koppe observou a capacidade antioxidante do extrato e do óleo de pequi em células cultivadas. Em seguida, testes feitos em camundongos confirmaram as propriedades da planta nativa do cerrado de anular o efeito dos radicais livres, moléculas responsáveis pelo envelhecimento.
Na terceira etapa de testes, o óleo e extrato foram ministrados a um grupo de 60 maratonistas. Segundo a UnB, por exercerem atividade física intensa, eles produzem mais radicais livres.
Exames feitos após a realização de uma maratona mostrou que os atletas que tomaram as cápsulas de óleo e do extrato de pequi tiveram menos danos celulares dos que os que não tomaram.
O produto será testado agora em pacientes com lúpus do Hospital Universitário de Brasília. De acordo com o pesquisador, por conta da doença, os pacientes também produzem mais radicais livres.
Segundo informações da UnB, Koppe afirmou que a descoberta pode ajudar na preservação do cerrado. "Ainda existem muitas espécies que podem ser trabalhadas: o baru, a arniquinha e o arnicão, todas elas abundantes ainda em áreas de preservação como a Chapada dos Veadeiros", disse.
domingo, 17 de julho de 2011
Pesquisador da UnB cria cápsula antiinflamatória com óleo de pequi
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