sábado, 1 de dezembro de 2012

Crianças e jovens não se apaixonam por equações

Mauro Andreassa

O avião cai no meio do Atlântico matando mais de duas centenas de passageiros. Falha do sensor pitot? A barra de direção se rompe, o bólido do Fórmula 1 perde o controle e um braço de suspensão atinge o capacete do piloto, um dos maiores do mundo e herói nacional. Culpa dos pneus frios? O prédio desaba. Excesso de peso sobre as lajes? Notícias como essas são frequentes e ganham cada vez mais importância, na voz de especialistas, professores e doutores procurados nas entrevistas para explicar as razões de tais acidentes.

E então, da pior forma, as ciências e as engenharias, antes restritas ao ambiente acadêmico, se popularizam e passamos a discutir esses temas no cafezinho do escritório, nas festas de fim de semana, no happy hour. Mas não seria essa mesma a sua verdadeira vocação? Não seria esse o sentido do conhecimento – da universidade para a sociedade? Em um mundo imerso na tecnologia todos precisam ter acesso ao conhecimento, que deveria vir a la carte do ensino básico ao superior.

Penso que a carência de engenheiros no país, um assunto exaustivamente abordado, deve ser visto como uma trilogia permeada pela desmotivação com a carreira: poucos interessados pelo estudo das ciências exatas, altas taxas de evasão nas universidades e, por fim, como consequência, pequena quantidade de engenheiros formados no Brasil.

Acredito que a divulgação científica seja a chave para a motivação. Assuntos complexos comunicados de forma simples podem fornecer para o ensino de exatas um antídoto contra a aridez dos cálculos, por que crianças e jovens não se apaixonam por equações. Antes, sim, se apaixonam pela beleza da ciência em suas rotinas diárias, o envolvimento desta nos fatos e no concreto dos fenômenos locais, falando em linguagem direta, despojada de termos técnicos e não se perdendo em pormenores, já dizia o professor José Reis grande mestre da divulgação científica.

O futuro engenheiro eletrônico é aquele que fica com os olhos brilhando ao desmontar a televisão na sala de casa. O futuro engenheiro mecânico é aquele que fica deslumbrado com o capô do carro aberto no posto de gasolina.

Antes que eu me esqueça, prezado leitor: o tubo pitot é um sensor de pressão que permite o funcionamento do velocímetro da aeronave. O vento causa um aumento na pressão de ar admitida pelo oríficio do tubo e, em relação à pressão estática, gera uma expansão. Este movimento de expansão é transmitido aos ponteiros do velocímetro por hastes e engrenagens, o que faz o ponteiro se movimentar, indicando ao piloto a velocidade da aeronave. Os pneus de um carro Fórmula 1 são desenhados para trabalhar quentes, uma vez frios têm seu coeficiente de atrito alterado com um grip inferior com o asfalto.

E reformas em edifícios devem levar em consideração as vigas de sustentação das lajes.


Mauro Andreassa
mandreas@uol.com.br
Membro do Comitê de Educação de Engenharia da SAE BRASIL e professor associado do Instituto Mauá de Tecnologia.



A ética nas relações, encontros e desencontros

Alexsandro Rosa Soares


Estabelecer uma distinção entre teoria e prática sempre foi um desafio em todas as esferas humanas, principalmente no aspecto profissional. Na filosofia, saber distinguir ética de moral sempre foi um processo de discussão. Resumidamente pode-se entender que a Ética é teoria e a Moral é prática. Esta é a forma mais simples de diferenciar ambos. Termos tão distintos e ao mesmo tempo tão iguais.

Pode-se entender por ética o conjunto de princípios que norteiam nossas vidas em um formato holístico e formal. São regras universais estabelecidas no transcorrer dos anos históricos, que permanecem enraizadas por todas as sociedades, diferenciando-se de uma ou outra dependendo do processo histórico-cultural pelo qual aquela determinada sociedade foi instaurada.

Moral é o que fazemos da ética. A moral está diretamente ligada ao ato de liberdade onde cada indivíduo determina para si os princípios éticos que lhe valem no convívio com os outros seres humanos. Ser moral significa estar andando na linha como diz o ditado popular. Sem ultrapassar limites. Sem buscar/viver ideologias que afrontem o que é considerado ético nos ambientes, sejam estes, social, profissional ou pessoal.

Duas coisas sempre me enchem a alma de crescente admiração e respeito, quanto mais intensa e freqüentemente o pensamento delas se ocupa: o céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim. (KANT, Immanuel apud SILVEIRA, Fernando Lang da. 2002, p. 1)

Os mandamentos da lei de Deus, são bons exemplos de princípios éticos estabelecidos desde a gênese deste Universo e que permanecem até a atualidade como se fossem algo pensado nos dias de hoje. Não matar, não roubar, não cobiçar as coisas alheias, não desejar o cônjuge do próximo, amar ao próximo como a ti mesmo, enfim, filosofias primordiais para quem estabelece para si o princípio da convivência harmônica.

Por mais que os filósofos tentem dissociar a ética da moral é inevitável que na aplicabilidade do cotidiano, estes se misturem. Ora, se ética e moral tratam na sua essência do comportamento humano, mais do que fatídico ambas se relacionarem entre si.

Aristóteles em seus escritos afirma que: o objetivo de todo ser humano é alcançar uma vida melhor e a felicidade. A pessoa virtuosa seria aquela para quem as coisas são boas pelo fato de ela ter qualidades morais. Essas qualidades morais decorrem de três fatores: a natureza, o hábito e a razão.

Ser feliz no emaranhado de afazeres que rodeiam nosso universo globalizado é um fator primordial para que consigamos exercer nossa liberdade de escolhas, sem ferir as concepções éticas das outras pessoas. Por mais que estejamos sempre muito preocupados com o campo individual e egocêntrico da nossa existência, é urgente pensar que fazemos parte de um todo complexo. Precisa-se de indivíduos que cultivem a ética da virtude tão fomentada por Aristóteles.

Não há possibilidade de tratar de ética na atualidade sem associar esta com a filosofia crítica de Jurgen Habermas, um dos mais importantes filósofos alemães do século XX. O estudioso nos apresentou a “Ética do Discurso” onde o princípio da dialogicidade está enraizado, até nos tempos atuais.

Prova disso é que a maior dificuldade dos pais hoje na educação dos seus filhos é dar direção aos mesmos e estabelecer para eles o que é certo ou errado, ruim ou bom e até onde eles podem ir sem ferir a liberdade do outro. Isso tudo se deve a vários fatores, mas o principal está intrinsecamente ligado ao excesso de diálogo entre os personagens desta trama.

Esvaiu-se a “ditadura” paternal do que pode ou não pode. As crianças, os adolescentes e os adultos estão em esferas com igualdade de condições, permeados por negociações que nos tempos de outrora não existiam. Funcionava a lei do sim, sim... Não, não. Isso era considerado educar.

É de suma importância incitar nos indivíduos, quão pequeninos forem, o exercício da auto-reflexão sobre o seu comportamento diante de outrem e que este ser humano consiga compreender que mesmo a moralidade sendo algo pessoal e individual, esta é inseparável da educação social, pois ambas são aspectos de emancipação social e humana.

Saber ouvir é importante, dialogar mais ainda, contudo é necessário estabelecer critérios e ditar ordens sem exageros para que as pessoas saibam ouvir e principalmente constatar o quão importante é o ato de CONVIVER respaldado na respeitabilidade.

No ambiente de trabalho é notória a dificuldade de relacionamento entres os profissionais, na maioria das vezes por excesso de autoconfiança. A ética profissional surge para propor um diálogo, reforçar os deveres e implantar no ambiente organizacional, atitudes e valores positivos que venham contribuir para a melhoria das relações interpessoais.

Ela surge para limitar também quem não encontrou por sua caminhada de vida o significado de limites. Participar de um ambiente de trabalho é exercitar o lado humano conflituoso entre a razão e o coração. Sempre temos a necessidade de refletir sobre os valores que definem o que: Quero, Posso e Devo, pois como diz o filósofo Mario Sergio Cortella em suas apresentações: “Porque nem tudo que eu quero eu posso, Nem tudo que eu posso eu devo e Nem tudo que eu devo eu quero!

Enfim, a relação triádica entre educação, respeito e cooperação exerce no campo profissional um papel fundamental para que este seja um ambiente propício ao sucesso. Indagações como: Estou sendo um bom profissional?

Estou agindo adequadamente no meu ambiente de trabalho? Realizo corretamente minha atividade? são necessárias diariamente para que não façamos da nossa profissão uma mesmice e uma rotina, sem qualquer possibilidade demonstrar nosso potencial e de alçar vôos maiores.

No fim, descobre-se que falar de ética não é tão complexo, complexos são os seres humanos.


Alexsandro Rosa Soares
alexsandro.soares@gmail.com
Especialista em Docência no Ensino Superior pelo Centro Universitário São José de Itaperuna, Especialista em Administração Escolar pela Universidade Cândido Mendes, Licenciado em Letras e Literatura da Língua Portuguesa pelo Centro Universitário São José de Itaperuna, Licenciado para Docência nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental pelo Instituto Superior de Educação de Itaperuna, professor e colunista do Jornal Macaé News.

Os encantos da narrativa cinematográfica

Erika de Souza Bueno


O fim dificilmente é lógico e, tampouco, se obriga a ser feliz. A ansiedade toma conta e é evidenciada por olhos lacrimejantes que se negam a piscar. Cada detalhe, cada gesto, cada olhar, cada cena...

Sem se dar conta, o espectador se vê envolvido por uma atmosfera de tensão, medo e um sentimento inexplicável que o faz torcer por um determinado fim. Nada o satisfaz mais do que ver o vilão recebendo as recompensas negativas por todos os males que praticou contra o inofensivo “mocinho”. Como se não bastasse, inúmeras vezes o castigo do vilão não satisfaz os desejos de violência que foram gerados por uma narrativa surpreendentemente eficaz.

É até difícil explicar, pois é muito diferente do que acontece com a narrativa no papel, na qual escrevemos detalhadamente as características físicas e emocionais dos personagens. Na narrativa do cinema, evapora-se a necessidade da escrita, pois todas essas características ficam a cargo do olhar do espectador, que se delicia pelas expressões corporais e faciais dos personagens, além dos aspectos dos cenários.

Tudo isso ganha muito mais ênfase quando se soma à trilha sonora e aos inumeráveis enquadramentos, os quais direcionam a atenção do espectador, que se vê vencido pelas técnicas dessa fascinante linguagem. São tantas as diferenças entre essas narrativas que chega a surpreender até o mais estudioso da arte que se rende ao fascinante mundo cinematográfico.

É preciso se questionar... O que, afinal, aconteceu com os finais felizes? Certamente, percebeu-se que a angústia, o medo e a violência dão muito mais audiência do que a felicidade, o amor e a paz. E assim, a narrativa cinematográfica caminha alterando os rumos e desafiando o intelecto de seus espectadores ao envolvê-los numa trama que, junto ao protagonista, deseja-se desvendar.

Completamente entrelaçado pelo filme, o espectador vibra ao descobrir os desdobramentos que tomará a história que está assistindo. Elogia, fica feliz e até cobra reconhecimento de seus pares ao enfatizar, repetidas vezes, que ele, “sozinho”, conseguiu prever tudo o que estava por acontecer naquelas dramáticas cenas. Esses sentimentos, é fato, também são perfeitamente possíveis e cabíveis em nossas literaturas, o que torna o cinema um dos recursos mais essenciais à sala de aula.

A narrativa cinematográfica é, então, um valioso objeto de estudo, que não pode ser negado aos nossos alunos. Mesmo que sem perceber, eles já mudam suas práticas, alteram seus planos e repensam suas vidas através da arte cinematográfica. A escola precisa prover meios para que seus alunos identifiquem essas manobras que fazem a partir do que assistem num filme, bem como nas mais diferenciadas cenas da vida. Assim, eles assumirão o papel de autores conscientes de todas as formas de influência, passando a repensar o que, de fato, querem para a própria vida.



Erika de Souza Bueno
bueno.erikasouza@gmail.com
Professora de Língua Portuguesa e Espanhol pela Universidade Metodista de São Paulo. Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, sociedade e família.

O ensino da língua inglesa para surdos

ApDavid Marcelo Pereira Berto

render uma língua é simplesmente fascinante, não somente pelo fato de falar palavras e frases em outro idioma, mas também pelo contato com culturas que permeiam as línguas estudadas. Sempre ouvimos falar da importância de se aprender uma nova língua e dos benefícios pessoais e profissionais que ela pode trazer.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira dizem ser “indispensável que o ensino da Língua Estrangeira seja entendido e concretizado como o ensino que oferece instrumentos indispensáveis de trabalho” e que permite “um acesso mais igualitário ao mundo acadêmico, ao mundo dos negócios e ao mundo da tecnologia”. Tudo isso pode parecer interessante para nossos alunos que jogam videogames, assistem a filmes, acessam a Internet, planejam uma viagem, enfim, realizam atividades como qualquer outro indivíduo. Com o início da inclusão, passamos a receber, em salas de aula convencionais, alguns alunos que não têm nessas atividades um hobby ou que não compreendem essas diferenças culturais e linguísticas. Entre os alunos inclusivos, vamos destacar um: o surdo.

Surdo é aquele que sofreu uma perda dos sentidos da audição, desde leve até profunda. Como há dificuldade de ouvir os sons, essa deficiência também afeta a fala, dependendo do grau da surdez. A maioria dos que pertencem a essa comunidade comunica-se utilizando a Libras (Língua Brasileira de Sinais), que tem sua própria gramática, sintaxe, morfologia e fonética. Alguns simplesmente se comunicam com sinais domésticos, que a própria família e amigos criam para formalizar uma conversa.

Será que é possível levar um aluno surdo a se interessar pela aprendizagem da língua inglesa? O que fazer para atrair os alunos surdos? Esses são questionamentos frequentes dos professores, que podem levar à insegurança e ao medo.

O professor precisa mudar seu método de ensino. O aluno surdo se expressa e aprende as coisas de forma diferente quando comparado aos alunos ouvintes. Nós nos acostumamos a incentivar nossos alunos a buscar a pronúncia perfeita, repetindo as palavras que ensinamos, focando em conversações. Tudo isso não faz sentido para surdos, porque eles não conhecem os sons das letras, dos fonemas e sílabas. Antes, o educador deve pensar que, em compensação à falta da audição, os alunos surdos são muito visuais. Por isso, a utilização de figuras facilita muito sua aprendizagem. O aluno vai associar a imagem da palavra escrita à imagem do objeto/palavra em questão. Esse método ajudará até mesmo o professor que não tem conhecimento sobre a língua de sinais.



Outro fator importante é a contextualização das palavras. O aluno surdo não precisa aprender somente palavras soltas. Muitos professores o fazem achando que não poderão extrair um sentido daquilo que leem. É exatamente o contrário. Alunos deficientes auditivos interessam-se muito em aprender outra língua. O professor deve aproveitar essa característica e preparar sua aula pensando, também, nesses alunos, para que eles não desanimem ou se decepcionem. Softwares educacionais são uma boa pedida. Esses alunos se sentem muito bem ao manipular um ambiente visual, no qual eles possam interagir.

No caso de alunos maiores, o professor deve tomar cuidado ao questionar sua forma de escrita. Em Libras, a ordem das palavras na frase é diferente no português e também na língua inglesa, podendo haver dificuldades em compreender a ordem dos adjetivos em relação aos substantivos. Muitos educadores acabam confundindo a deficiência auditiva com a mental. As duas não têm proximidade alguma. Por conta desse equívoco, acabam deixando de lado a prática da leitura, tanto na primeira língua quanto numa segunda. Há muitos surdos que dominam essa capacidade de leitura e escrita tão bem quanto ouvintes, bem como aqueles que já conseguiram sua graduação ou pós-graduação.

Poderíamos parar e refletir: Quem será o incluído? O aluno ou o professor? Na verdade, os dois. O aluno, por poder fazer parte de um ambiente com pessoas diferentes e podendo se sentir pertencente a ele, o que é um fato. O professor, por sua vez, por saber unir-se a dois universos ao mesmo tempo, o do ouvinte e do surdo.

Educadores precisam estar preparados para estar nesses universos simultaneamente, com atividades que atendam às necessidades de todos os seus alunos. A Língua de Sinais não é o único caminho para esse universo diferente, mas os caminhos são novos a cada dia, seja com imagens, artigos tecnológicos, brincadeiras, leituras, criando várias rotas diferentes para um mesmo objetivo: a satisfação do aluno.



David Marcelo Pereira Berto
david.berto.cpv@planetaeducacao.com.br
Coordenador do Programa Línguas Estrangeiras da empresa Planeta Educação em Caçapava/SP.

Dez ensinamentos para educar um filho


Jacir José Venturi


A exemplo de Moisés, que sobe a montanha e recebe do Todo-Poderoso um decálogo, imagino um pai amoroso e responsável – ou mãe – que se dirige ao Bom Deus e Lhe suplica conselhos para educar bem seu filho.

Num introito bem descontraído, o Grande Arquiteto lembra que são tantos os conflitos, as angústias e também as alegrias que, ao ser pai ou mãe, fecham-se as portas do purgatório: é paraíso ou inf... e Deus pede desculpas, pois essa palavra Ele prefere não pronunciar. Recorda que as maiores vicissitudes de Sua eternidade foram os 33 anos que Seu Filho viveu na Terra: num domingo foi ovacionado pelas ruas de Jerusalém e, na semana seguinte, as mesmas pessoas O condenaram à crucificação.

Acrescenta que educar um filho é a tarefa mais nobre – porém a mais difícil – que Ele concedeu à espécie humana. E, em tom afável e terno, o Bom Deus declama os 10 ensinamentos:

1) Imporás limites.

Quando exercida com equilíbrio, a autoridade é uma manifestação de afeto e traz segurança para a vida adulta. São pertinentes as palavras de Marilda Lipp, doutora em Psicologia pela Unicamp: “O comportamento frouxo não faz com que a criança ame mais os pais. Ao contrário, ela os amará menos, porque começará a perceber que eles não lhe deram estrutura, se sentirá menos segura, menos protegida para a vida. Quando os pais deixam de punir convenientemente os filhos, muitas vezes, pensam que estão sendo liberais. Mas, a única coisa que eles estão sendo é irresponsáveis”.

2) Transmitirás valores.

O filho precisa de um projeto de vida. Desde pequeno, é importante que desenvolva valores inter e intrapessoais, como ética, cidadania, respeito ao meio ambiente, amor pela vida, o que enseja adultos flexíveis e versáteis, que sabem trabalhar em grupo, abertos ao diálogo, às mudanças e às novas tecnologias. De todas as virtudes, a mais importante é a solidariedade: base e doutrina precípua de quase todas as religiões.

3) Valorizarás a escola e a família.

Nós, educadores, erramos sim! E nós, pais, também! Educar é conviver com erros e acertos. Mas é preciso que a criança e o adolescente valorizem o ambiente escolar e familiar, onde desenvolverão a tolerância, a ponderação diante do erro, preparando-se para uma vida em que os conflitos e as falhas serão inevitáveis. Em essência, deve haver entendimento entre pais e educadores. O filho é como um pássaro que dá os primeiros voos. Família e Escola são como duas asas: se não tiverem a mesma cadência, não haverá boa direção para o nosso querido educando.

4) Darás segurança do teu amor.

Importa mais a qualidade do nosso afeto que a quantidade de tempo disponível ao filho. É preciso nutri-lo afetivamente, pois a presença negligente é danosa para o relacionamento. A paternidade responsável é uma missão a que não se pode furtar. No entanto, veem-se filhos órfãos de pais vivos. A nossa vida profissional, apesar de suas elevadas exigências, pode muito bem ser ajustada a uma vida particular equilibrada. Dê um abraço no seu filho todos os dias.

5) Tratarás o teu filho com respeito e cordialidade.

Se tratamos os amigos com urbanidade, por que não o nosso maior tesouro? Imprimamos nele um pouco de nós, pelo diálogo franco e pelo exemplo. Educamos menos pelos cromossomos e mais pelo “como-somos”.

6) Gradativamente, encorajarás teu filho a enfrentar e resolver desafios.

O caminho da evolução pessoal não é plano e nem pavimentado. Ao contrário, é permeado de pedras e obstáculos, que são as adversidades, as frustrações, as desilusões. Da superação das dificuldades advêm alegrias e destarte aprimora-se a autoconfiança para novos embates. Há momentos em que os pais devem ser dispensáveis. Ao filho “devemos dar-lhe raízes e dar-lhe asas”. A psicóloga Maria Estela E. Amaral Santos é enfática: “Um filho superprotegido possivelmente será um adulto inseguro, indeciso, dependente, que sempre necessitará de alguém para apoiá-lo nas decisões, nas escolhas, já que a ele foi podado o direito de agir sozinho”.

7) Consentirás que haja carências materiais.

Cobrir o filho de todas as vontades – brinquedos, roupas, passeios, conforto – é uma imprevidência. Até quando perdurarão essas facilidades? É comum priorizar ao filho aquilo que não tivemos na infância. Mas lembremos que muitos momentos felizes vividos foram de interação e simplicidade: nadar no rio, andar a cavalo, pedalar a bicicleta, empinar pipa, correr de rolimã, subir em árvores, dar banho no cachorro, jogar bola, ir ao cinema, ler, cantar, assobiar, brincar com os amigos.

8) Concederás tempo para a criança ser criança.

Não devemos sobrecarregar o filho com uma agenda de executivo: esportes, línguas, música, excesso de lições, atividades sociais. Se queimarmos etapas de seu desenvolvimento, ele será um adulto desprovido de equilíbrio emocional. Precisa brincar, partilhar experiências, conviver com os amigos, desenvolver suas faculdades psicomotoras e a sociabilização.

9) Desenvolverás nele bons hábitos alimentares e exercícios físicos.

A saúde é um dos principais legados para nosso filho. Não devemos descuidar desse aspecto fundamental. Nosso filho será uma criança e um adulto saudável pela prática regular de esportes e pela ingestão diária de proteínas, frutas, verduras, legumes e muita água. Também deve tomar sol nos horários recomendados. Tais hábitos promovem o bem-estar, a autoestima e a boa disposição para a vida.

10) Convencerás o teu filho a assumir tarefas no lar.

Certamente haverá resistência. Mas ele deve ter responsabilidades em casa, assumir algumas tarefas domésticas como limpar os tênis, fazer compras, lavar louça, tirar ou colocar a mesa, limpar a sujeira do cãozinho e alimentá-lo, entre outras. É indispensável que tenha hábitos de higiene e mantenha arrumado o seu quarto.


Jacir José Venturi
jacirventuri@hotmail.com
Professor, diretor de escola e presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR).

A escolha da escola de tempo integral


Cristiane Ferreira
O ritmo acelerado da vida contemporânea e a necessidade de sustentar a família fazem com que pais e mães passem a maior parte do dia trabalhando. Porém, os filhos precisam de cuidados especiais e não podem ficar sozinhos em casa ou sob responsabilidade de pessoas que, ou não são de confiança ou não tem preparo e condições para cuidar de uma criança.

Por ser um local seguro, com profissionais qualificados e maior tempo de funcionamento, a escola de tempo de integral tem sido uma boa alternativa para as famílias deixarem as crianças enquanto os pais trabalham. Porém, a escola não deve, em hipótese alguma, se resumir a isso.

A escola é, em primeiro lugar, um ambiente educador, no qual conteúdos científicos são ensinados e saberes são construídos. É onde a sociedade forma seus membros, transmitindo suas regras, valores e códigos de conduta. Além disso, a escola é viva, uma vez que é formada por pessoas, adultos e crianças, que carregam seus sonhos, expectativas, desejos, e trazem consigo suas histórias de vida, desencadeando uma teia de relações.

Considerando a importância da escola no processo de formação e desenvolvimento de uma pessoa e que a criança passará uma boa parte de sua vida na escola, os pais precisam ser bem rigorosos no momento de decidir em qual escola matricularão seus filhos.

Ao escolher a escola, os pais devem investigar qual é a metodologia, a concepção de ensino e se as regras e a filosofia da escola estão em sintonia com os valores da família e com o tipo de educação que os pais querem oferecer a seus filhos.

Além de critérios práticos como horários e distância de casa, é importante considerar alguns fatores que determinam a qualidade dessa escola. Os funcionários devem, preferencialmente, ser contratados pela instituição e não terceirizados, pois isso dificulta a criação de vínculos afetivos e de confiança da comunidade escolar.

O clima na escola deve ser harmonioso. Isso é possível avaliar observando-se, além da qualidade das instalações físicas, como as pessoas se relacionam e se sentem: se estão felizes, tranquilas, descontraídas ou se estão tensas, retraídas ou desconfortáveis. O mesmo vale para os alunos. Ao visitar uma escola, além de conversar com a direção ou coordenação, deve-se também ouvir as falas espontâneas dos alunos, professores, pais e funcionários da escola.

O quadro de professores deve ser fixo, pois a alta rotatividade de profissionais dificulta a implantação do projeto pedagógico de forma eficaz e pode ser indício de que existe algum problema maior que impede que os professores criem vínculos mais duradouros com a instituição. A escola deve oferecer formação continuada em serviço aos professores, pois é fundamental a atualização de conhecimentos em um mundo de transformações velozes.

Em uma escola de tempo integral as atividades devem ser diversificadas, bem distribuídas ao longo do dia e da semana, pois não se deve sobrecarregar um período. No currículo devem estar presentes aulas de artes em suas diversas linguagens, informática, língua estrangeira, esportes e reforço, além de momentos de recreação, alimentação, higiene pessoal e descanso em local tranquilo e adequado.

O ideal é que o início das aulas seja bem cedo, entre 7 e 9 horas, pois existem estudos na área de neurociências que comprovam que a entrada na escola após 9 horas da manhã em turno integral colabora para o baixo rendimento escolar no caso de crianças pequenas. Já com relação a adolescentes, que necessitam de maior tempo de sono, o ideal é que a entrada seja um pouco mais tarde, após 9 horas. Geralmente as escolas estão organizadas de maneira contrária, devido à cultura que enraizou a prática de que crianças novas devem estudar mais tarde.

Embora possa ser muito útil, é importante ressaltar que a escola de tempo integral não tem condições de substituir a família na educação dos filhos. Por isso os pais devem ser presentes na vida das crianças, organizando-se para passar mais tempo com eles, educando-os e cobrando atitudes coerentes com os valores da família. Somente assim a escola poderá cumprir seu papel, de formar cidadãos éticos, autônomos e participativos, pois isso depende, necessariamente, de uma base sólida que somente a educação em família pode construir.


Cristiane Ferreira
contato@cristianeferreira.com
Pedagoga e Coach Educacional.

Entre o real e o ideal: algumas reflexões sobre o papel social da instituição-escola nos dias atuais

Marcos Pereira dos Santos


É muito comum se ouvir dizer, principalmente durante os períodos de campanhas eleitorais, que “Educação é a base de tudo” ou que “Tudo passa pela Educação”. Embora essas expressões sejam algumas vezes utilizadas apenas como uma forma muito perspicaz de chamar a atenção dos cidadãos-eleitores para as propostas de governo apresentadas pelos candidatos que disputam determinados cargos públicos na esfera política (presidência da república, senado federal, governo estadual, câmara municipal etc.); tais “chavões pedagógicos” contêm, em sua essência, uma verdade concreta e absoluta, não efêmera.

Todo o conhecimento científico que possuímos acerca das diferentes ciências e atividades profissionais existentes na sociedade capitalista é fruto de inúmeras aprendizagens adquiridas por intermédio da educação escolar. É na escola que se aprende a ler, escrever, contar, trabalhar em grupo, cumprir regras e horários, estudar com afinco, amar a Pátria, respeitar as pessoas a nossa volta, realizar tarefas com organização e disciplina, exercer liderança, cooperar coletivamente etc.; dada a sua função social precipuamente educativa.

Além disso, é também no âmbito educativo escolar que, enquanto aprendizes, apreendemos valores éticos, morais, religiosos, culturais, econômicos, políticos e sociais de modo geral; bem como somos levados (ou ao menos deveríamos ser) a desenvolver a criatividade, a imaginação, o senso crítico, a reflexão, as capacidades de análise e síntese entre outras diferentes habilidades e competências necessárias à vida em sociedade e ao exercício profissional. Logo, a Educação perpassa sempre toda e qualquer atividade humana.

Sendo assim, compete à escola, em sua tarefa social e educativa, ir além do mero ensinamento de conteúdos curriculares concernentes às diferentes áreas do saber; uma vez que ela tem o dever de preparar, tanto na dimensão técnica quanto humana, os futuros profissionais que terão a responsabilidade e o desafio de lutar militantemente pelo progresso social em suas múltiplas instâncias, tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa, solidária, democrática e equânime em termos de direitos e deveres, independentemente de cor, etnia, sexo, religião ou classe social.

Pensar a instituição-escola sob essa perspectiva e, mais do que isso, buscar diferentes meios alternativos para que a mesma tenha condições reais de exercer seu papel social na sociedade capitalista contemporânea configura-se, pois, como um direito e um dever não somente de autoridades governamentais e profissionais da educação em geral; mas de todas as pessoas que almejam um mundo cada vez melhor para se (con)viver.

Nesse sentido, esperamos que os apontamentos aqui expostos possam, efetivamente, suscitar discussões, debates e análises crítico-reflexivas principalmente por parte de lideranças governamentais, professores, educadores, pedagogos, gestores escolares, coordenadores pedagógicos e pesquisadores em Educação acerca das funções sociais e educativas da escola nos dias atuais; visando assim romper velhos paradigmas ideológicos rumo à construção coletiva de uma “nova escola”, de uma nova sociedade. Para tanto, faz-se necessário recordar sempre que: “sonho que se sonha só, é apenas utopia; mas sonho que se sonha junto, é realidade (ideal)”.

Marcos Pereira dos Santos

mestrepedago@yahoo.com.br

Doutorando em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG/PR) e professor Adjunto do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE/PR).

Alunos da rede pública alcançaram no Enem uma média de 474,2 pontos em 2011


Foram divulgados nesta quinta-feira, 22, os dados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola, referentes à edição de 2011. Foi de 474,2 pontos a média nacional dos cerca de 891 mil alunos da rede pública que fizeram a prova em 2011, enquanto os quase 247 mil alunos de escolas particulares alcançaram a média foi 569,2 pontos.

Ao apresentar os dados, acompanhado do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, frisou que os resultados do Enem por Escola 2011 servem somente como um diagnóstico.

“É para que cada escola do Brasil possa fazer uma análise pedagógica bem criteriosa de como seus estudantes evoluíram”, salientou o ministro. “O Enem não é um ranking entre as escolas. Ele é insuficiente como instrumento de avaliação do estabelecimento. O Enem avalia o aluno. Não podemos comparar as escolas, com naturezas distintas. Por exemplo, a maioria das escolas do Brasil são de portas abertas. No entanto, escolas que selecionam os ingressantes tendem a ter um desempenho melhor”, pontuou Mercadante.

A metodologia utilizada para calcular os resultados do Enem por Escola é semelhante à usada na Prova Brasil e só levou em consideração, para fins de divulgação, escolas com no mínimo 10 participantes no Enem e 50% de taxa de participação dos concluintes do ensino médio. Segundo o ministro, o método foi “o mais objetivo possível” e por isso a média final levou em conta somente as quatro provas objetivas.

Com este perfil, foram consideradas 10.076 escolas, o que representa 40,56% do universo total do exame. Não foram incluídas na média nacional 1.185 escolas com menos de 10 participantes e 13.581 que tiveram índice de participação menor do que 50%. Do total de escolas contempladas, 199 eram federais, 4.968 estaduais, 111 municipais e 4.798 privadas.

Segundo Mercadante, o MEC está planejando um seminário com as melhores escolas do país, tanto públicas e privadas, para contribuir com o conjunto da rede de ensino brasileira. “Queremos trocar experiências para estimular as outras escolas”, contou.

Cotas – O ministro aproveitou os dados do Enem por Escola 2011 para fazer uma projeção com base na lei de cotas sociais e raciais, que entrará em vigor no ano que vem. Ele observou que, do total de 891 mil candidatos da rede pública, os 37,5 mil concluintes do ensino médio com melhor desempenho, que corresponderiam aos 12,5% favorecidos pela lei, alcançaram em 2011 uma média de 630,4 pontos – bem superior à média nacional de 474,2 pontos.Segundo Mercadante, o MEC está planejando um seminário com as melhores escolas do país, tanto públicas e privadas, para contribuir com o conjunto da rede de ensino brasileira. “Queremos trocar experiências para estimular as outras escolas”, contou.

Enade teve comparecimento de 80% dos quase 590 mil inscritos


O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) foi aplicado neste domingo (25), em todo o país, com a participação de 469.478 de estudantes concluintes de cursos superiores de graduação ou tecnológicos. Esse número corresponde a 79,9% dos 587.351 estudantes habilitados e inscritos pelas respectivas instituições de educação superior para participar da prova. No total, houve 118.056 estudantes ausentes, caracterizando, portanto, uma abstenção de 20,1%.

Em 2012 foram avaliados estudantes concluintes dos cursos de bacharelado em administração, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social, design, direito, psicologia, relações internacionais, secretariado executivo, turismo, e dos cursos superiores tecnologia em gestão comercial, gestão de recursos humanos, gestão financeira, logística, marketing e processos gerenciais.

Entre as áreas avaliadas, psicologia foi a que registrou o menor índice de abstenção (11,2%). A seguir, vieram direito e secretariado executivo, cujos alunos ausentes foram, em ambos os casos, 15,4%. Já o curso com maior número de faltosos foi o de tecnologia em marketing, com 31% de abstenção.

Aplicação – A aplicação do Enade 2012 ocorreu com tranquilidade em todo o Brasil. A única ocorrência registrada foi na Universidade Anhanguera (Uniderp), de Campo Grande, onde faltou energia no horário da prova. Dos 2.557 estudantes inscritos naquela instituição, 1.779 fizeram a prova (70%), 652 estiveram ausentes (25%) e 126 assinaram a lista de presença e foram liberados da prova.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) acompanhou a situação. A assinatura da lista de presença garante aos alunos a continuidade do processo e o recebimento do diploma.

O Enade é componente curricular obrigatório. O concluinte dos cursos avaliados em 2012 que não compareceu à prova no domingo e, portanto, não assinou a lista de presença e o cartão de resposta, sem amparo pelos critérios de dispensa previstos nas portarias normativas de números 40/2007 e 6/2012, fica em situação irregular junto ao Enade e não poderá concluir o curso de graduação.

As provas e os gabaritos do Enade 2012 deverão ser divulgados pela página do Inep na internet na próxima quarta feira, 28/11. Até 25 de dezembro de 2012, será aberto o acesso eletrônico ao relatório dos estudantes em situação regular junto ao Enade 2012, o que permitirá às instituições registrar no histórico escolar do estudante a sua situação.

Prazo para homologar pedido de encerramento do Fies vai até o dia 30


Estudantes que pediram no Sistema Informatizado do Fies (SisFies), até 15 de novembro, o encerramento antecipado do contrato de crédito do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) têm prazo até a próxima sexta-feira, 30, para comparecer ao agente financeiro (Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil) e assinar o pedido. Quem não cumprir o prazo terá sua solicitação cancelada.

Estabelecido pela Resolução n.º 7/2012 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), publicada no Diário Oficial da União no dia 12 de novembro, o prazo para assinar o pedido do encerramento no banco até dia 30 é excepcional para este mês. O prazo usual para ir ao agente financeiro é de cinco dias, a contar do terceiro dia útil a partir da data da confirmação do pedido de encerramento no SisFies.

Opções – O aluno que não assinar o documento no agente financeiro até o dia 30 terá que esperar até janeiro para fazer novo pedido, pois a solicitação não pode ser feita em junho e dezembro.

Para pedir o encerramento antecipado do financiamento do Fies, o estudante deve entrar no módulo respectivo no SisFies, até o 15.º dia dos meses de janeiro a maio e de julho a novembro, e escolher uma das quatro opções disponíveis, que vão desde a liquidação imediata do saldo devedor até a permanência nas respectivas fases do financiamento, na forma originalmente contratadas.

Após fazer a solicitação e receber a confirmação do pedido no SisFies, o aluno precisa procurar o agente financeiro para assinar a solicitação. Será necessária a assinatura do fiador, caso o estudante tenha optado pela fiança convencional ou fiança solidária.

Notas dos estudantes do ensino médio pioram no Enem 2011


Média das provas objetivas ficou em 494,6 pontos, quase 17 pontos a menos que em 2010. Desempenho em ciências da natureza e ciências humanas despencou

Priscilla Borges - iG Brasília


As médias dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) caíram na edição de 2011. Os 1.137.813 participantes que estavam concluindo a última etapa da educação básica ficaram com média 494,6 (em uma escala que varia de 0 a 1000), quase 17 pontos em relação ao ano anterior. Em 2010, as médias ficaram em 511,22 pontos.

Consulte: o ranking do Enem por escola em 2011

Dados divulgados pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, na tarde desta sexta-feira, mostram que o desempenho dos concluintes do ensino médio nas provas de ciências da natureza e de ciências humanas despencou desde 2009. Na primeira, a queda foi de 37 pontos nos últimos dois anos.
Redes: Possíveis cotistas têm desempenho melhor que média das privadas

Na segunda, a situação é surpreendente. Em 2009, a média dos estudantes ficou em 502,44 pontos. No ano seguinte, subiu mais de 36 pontos (538,73). No ano passado, caiu para 472,59. Por outro lado, as médias de português e matemática subiram. Em 2009, a média de língua portuguesa foi 500,95, passou para 510,19 e, em 2011, chegou a 519,35. Em matemática, o histórico foi de 500,77, depois 510,26 e, agora, 521,07.

Top 10: Colégios da elite do Enem têm poucas turmas e fazem vestibulinho

Os dados significam que os estudantes do ensino médio brasileiro não estão aprendendo mais, como deveriam. Desde que a TRI é usada para elaborar os exames, possíveis diferenças nas dificuldades das provas não existem. A Teoria de Resposta ao Item torna as provas comparáveis ao longo do tempo.

“Agora que temos três anos de Enem, podemos fazer análises. Temos de pegar a distribuição dos alunos pelas faixas de desempenho para conferir o que aconteceu. Falar em média é ruim, porque ela é muito influenciada pelos extremos. Precisamos de análises mais detalhadas para ver as razões pedagógicas para essa queda”, afirmou Costa.

Opinião: O jogo do perde e perde da divulgação das notas do Enem

Ele explicou que as escolas receberão, nos relatórios, esses dados detalhados. Segundo ele, isso dará condições às escolas de fazer uma análise criteriosa do quanto os alunos aprenderam ou não. Para o presidente do Inep, outros “recortes técnicos dos dados” – como condição social, idade, distribuição das notas nas faixas de desempenho – precisam ser considerados antes de julgar as notas. “Falar qualquer coisa agora é prematuro”, disse.

Os números foram divulgados por Costa um dia após os resultados do Enem por escola serem conhecidos. A má notícia não foi dada pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que participou de um encontro com ministros de países do Mercosul no ministério e saiu para outro compromisso, enquanto o presidente do Inep explicava os novos dados aos jornalistas.

Costa admitiu que estudantes, professores e gestores precisam compreender o que significa “cair” 30, 40 ou 50 pontos no Enem. Até hoje, a escala do Enem, que permitiria saber o quanto de aprendizado a pontuação representa, não foi divulgada. Como nos anos anteriores, a promessa é de que os dados sejam divulgados em breve.

Comemoração precipitada

O pouco tempo de execução do novo Enem, cujas provas mudaram em 2009, dificulta qualquer análise de comparação dessas notas. Especialistas em avaliação consultados pelo iG afirmaram, desde o ano passado, que as comemorações poderiam ser precipitadas por conta disso. “Não acho que fomos precipitados em comemorar o crescimento (de 10 pontos). São indicativos, que precisam de análise. Educação nunca tem corrida curta”, afirma Costa.

Em 2010, as médias ficaram 10 pontos acima das primeiras notas obtidas pelos estudantes no novo modelo de provas do Enem , que se utiliza da TRI (Teoria de Resposta ao Item) desde 2009. Naquele ano, os concluintes tiveram média 501,58. O aumento de 10 pontos foi motivo de comemoração pelo ex-ministro Fernando Haddad.

Resultado em 2010: Nota dos alunos do ensino médio sobe 10 pontos

Haddad avaliou o crescimento como positivo, mesmo sendo pequeno, porque mais estudantes em fase de conclusão haviam feito o Enem em 2010. Do total de 1,7 milhão de jovens que terminaram o colégio em 2009, 45,8% (824 mil) participaram da prova. Em 2010, essa proporção foi de 56,4% (1 milhão).

Ele também comparou, à época, as notas do Enem e as metas de qualidade estabelecidas com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). No Ideb, a expectativa é a de que o ensino médio atinja nota 6 (o equivalente ao desempenho dos países desenvolvidos no PISA) em 2028. O que corresponderia a alcançar média nacional 600 no Enem.

O então ministro disse à época: “isso significa que andamos 10% do nosso caminho. Estou fazendo uma tradução livre para dar noção do que significam esses dez pontos de incremento. Se esse resultado fosse mantido nos próximos anos, atingiríamos a meta em dez anos”, diz. Ele, inclusive, admitia a possibilidade de que houvesse queda nas médias, caso a participação aumentasse. O que de fato ocorreu. Os concluintes participantes somavam 1 milhão em 2010 e chegaram a 1,1 milhão em 2011.

“A queda tem de ser analisada e preocupa de todo jeito, claro”, admite o presidente do Inep.

Com 'qualidade muito baixa', Brasil é o 46º em ranking de proficiência em inglês


Brasileiros apresentam um dos piores desempenhos do mundo para se comunicar na língua inglesa. Suecos são os mais fluentes

BBC

Às vésperas de sediar os dois maiores eventos internacionais do planeta – a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016 – os brasileiros apresentam um dos piores desempenhos do mundo ao se comunicar em inglês, revela pesquisa. De acordo com o EF English Proficiency Index (EF EPI) de 2012, o país está na 46ª posição em um ranking que considera 54 países.

Esforço: Ministério da Educação vai lançar Inglês sem Fronteiras ainda este ano

Cerca de 1,7 milhão de pessoas foram testadas, 130 mil das quais no Brasil. Os suecos são os mais fluentes em inglês, de acordo com a pesquisa. Dinamarca, Holanda, Finlândia, Noruega, Bélgica, Áustria, Hungria, Alemanha, Polônia e República Checa também dominam o topo do ranking, todos com "proficiência muito alta" ou "alta" em inglês.

Tanto no resultado geral quanto no relativo a quase toda as regiões pesquisadas, as mulheres apresentam inglês de melhor qualidade do que os homens – no índice geral, elas batem os homens por 53,9 pontos contra 52,14. O relatório explica a diferença e faz uma ponderação: "Isto está de acordo com os níveis crescentes de matrículas no ensino superior entre as mulheres, e a tendência em muitos países de estudantes do sexo feminino estarem em maior número nas ciências humanas.

Alguns países diferem deste padrão, com homens marcando mais pontos, o que é explicado por amplo hiato de gênero em regiões como Oriente Médio e Norte da África, com pontuação superior a cinco pontos para os homens."

Resultado ruim na América Latina

A América Latina tem um desempenho baixo, e o Brasil fica atrás de Argentina (o melhor colocado na região, único com "proficiência moderada" no continente, e em 20º lugar no ranking geral), Uruguai, Peru, Costa Rica, México, Chile, Venezuela, El Salvador e Equador.

O relatório do EF EPI ressalta que o chamado analfabetismo funcional – ou seja, a incapacidade de pessoas alfabetizadas entenderem o que está escrito – tem grande influência na posição do Brasil, e constitui-se em um limitador para o aprendizado de línguas, o que explicaria a "proficiência muito baixa".

O estudo Pisa, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), constatou em 2009 que na América Latina 48% dos jovens de 15 anos de idade não podem executar tarefas rudimentares em leitura, percentual que sobe para 62% entre os estudantes de baixa renda. "Claramente, se as competências de compreensão da língua escrita são escassas, o inglês vai cair no esquecimento", diz o relatório.

Vice-presidente sênior da Education First, entidade privada que realiza a pesquisa, Michael Lu afirma que o domínio do inglês está diretamente ligado a inovação e competitividade. "Menos inglês significa menores inovação, comércio e receita", avalia, em entrevista à BBC Brasil. "Educação pública tem um papel importante nisso. E, embora haja mudanças no Brasil, elas são recentes e não sabemos ainda qual será o impacto sobre o aprendizado de inglês", complementa.

A pesqusia mostra, por exemplo, que há grandes disparidades entre os BRICs, nações em desenvolvimento que competem para ser as futuras superpotências econômicas. O Brasil está classificado em 46º no EF EPI, muito atrás de China, que aparece em 36º, Rússia, em 29º, ou Índia - onde o Inglês é língua oficial - em 14º.

"Brasil e China vivem uma situação semelhante. As pessoas não dão muita atenção porque o mercado interno é forte e aparentemente basta a elas negociar internamente, na língua local", avalia Lu.

O relatório do EF EPI sugere que a qualidade do inglês falado interfere nas condições econômicas, e lembra que Itália, Grécia e Portugal – países que mais sofrem com a crise europeia – estão entre os piores no ranking na região.

Rio fala inglês menos pior

No Brasil, a cidade que apresenta a melhor pontuação em inglês é o Rio de Janeiro, seguido por São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. Estas cidades têm "baixa proficiência" em inglês, enquanto o Brasil, como um todo, tem "muito baixa proficiência".

Em relação ao ranking de 2011 , o Brasil caiu 15 colocações, diferença explicada pela entrada de 10 países na pesquisa, todos com melhor qualidade em Inglês. De um ano para o outro, também houve mudança na metodologia e foi excluída a compreensão da língua falada, o que também afetou negativamente a posição do Brasil.

Michael Lu informou que a Education First mantém conversas com o Comitê Organizador da Rio 2016 para ajudar no ensino de Inglês no Brasil. A entidade já prestou serviços semelhantes em jogos anteriores, como na China e na Rússia.

Programa da Unicamp inspira proposta de cotas nas estaduais paulistas


Proposta que será apresentada pelos reitores das três universidades estaduais paulistas ao governador Geraldo Alckmin é inspirada em projeto já existente

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking global de qualidade de educação

A proposta de adoção de cotas que os reitores das três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) apresentarão ao governador Geraldo Alckmin nesta semana - revelada nesta segunda-feira pelo Estado em entrevista do reitor da Unesp , Julio Cezar Durigan -, tem, entre suas políticas, uma inspirada no programa da Unicamp que acolhe alunos da rede pública e dá um curso de formação geral antes da graduação.

O programa atual: Eles não prestaram vestibular, mas entraram na Unicamp

O Programa de Formação Interdisciplinar Superior (Profis) existe há dois anos. As 120 vagas do curso são preenchidas pelos melhores alunos da rede pública, segundo seu desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Cada uma das 95 escolas de Campinas tem direito a uma ou duas cadeiras.

Perspectiva: Universidades paulistas vão propor cotas de 50% das vagas

O Profis dura dois anos e dá certificado de curso sequencial de complementação de estudos. Com o documento, os alunos podem participar de concursos públicos que exijam somente formação em nível superior, mas são impedidos de fazer pós-graduação. A ideia da Unicamp é que os egressos do programa continuem os estudos em um dos 58 cursos que abrem vagas para o Profis, entre eles Medicina e Arquitetura - os mais concorridos do atual vestibular.

A primeira turma do Profis pegará o certificado em janeiro. Os alunos com melhor média ponderada nas 28 disciplinas obrigatórias têm direito a escolher antes os cursos universitários.

O objetivo da proposta das estaduais paulistas, criada a pedido de Alckmin, é i gualar os porcentuais definidos pelo governo Dilma Rousseff para as federais na Lei de Cotas. Assim, USP, Unesp e Unicamp deverão reservar, até 2016, 50% das vagas para quem cursou integralmente o ensino médio na rede pública. Destas, metade será para alunos com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa; e 35% para pretos, pardos e índios. O restante vai para os demais egressos de escolas públicas, independentemente da renda.

Ao contrário da lei federal, que não prevê mais investimentos em assistência estudantil ou programas de acolhimento de cotistas, o projeto paulista tem como meta dar aos beneficiários uma bolsa de cerca de 1 salário mínimo e atividades de reforço.

Rede federal: Lei das cotas nas universidades é publicada no Diário Oficial

O reforço poderia ser dado de duas formas. Parte dos estudantes receberia aulas extras já na universidade, nas disciplinas em que tiver tirado nota baixa no vestibular. Outro grupo faria um curso preparatório anterior, no estilo do Profis, e seria selecionado pelo Enem ou pelo Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), a ser definido por Alckmin.

Apoio nas federais: Cotistas terão programa de assistência e apoio pedagógico

Enquanto o Profis tem aulas presenciais e em tempo integral, o modelo das paulistas seria semipresencial, com avaliações presenciais e aulas a distância, pelo sistema da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Como no Profis, os alunos teriam de participar de projetos de iniciação científica.

Repercussão

O professor Francisco Magalhães Gomes, primeiro coordenador do Profis, elogiou a escolha do programa como base para a proposta das cotas, embora seja contra o critério racial. "O Profis só abrange Campinas, mas temos alunos excelentes em escolas públicas de todo o Estado", diz. "Passar o Profis para outras universidades é uma ideia que tem futuro."

Seleção nas federais: Como se candidatar pelo sistema de cotas no Sisu 2013

O reitor da USP, João Grandino Rodas, disse que só se manifestará quando o projeto estiver finalizado. A mesma justificativa deu o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, e o coordenador da Univesp, Carlos Vogt. O diretor da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, disse desconhecer o assunto. Ao Estado, o reitor da Unesp disse que a Fapesp poderia financiar parte dos R$ 31 milhões necessários para que 4,2 mil alunos recebam a bolsa de 1 salário mínimo.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking global de qualidade de educação


País ficou na frente apenas da Indonésia em levantamento que comparou desempenho de 40 nações ao redor do mundo

BBC

O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores.

A pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países.

Em primeiro lugar está a Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong.

Os 40 países foram divididos em cinco grandes grupos de acordo com os resultados. Ao lado do Brasil, mais seis nações foram incluídas na lista dos piores sistemas de educação do mundo: Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia, México e Indonésia, país do sudeste asiático que figura na última posição.

Os resultados foram compilados a partir de notas de testes efetuados por estudantes desses países entre 2006 e 2010. Além disso, critérios como a quantidade de alunos que ingressam na universidade também foram empregados.

Para Michael Barber, consultor-chefe da Pearson, as nações que figuram no topo da lista valorizam seus professores e colocam em prática uma cultura de boa educação.

Ele diz que no passado muitos países temiam os rankings internacionais de comparação e que alguns líderes se preocupavam mais com o impacto negativo das pesquisas na mídia, deixando de lado a oportunidade de introduzir novas políticas a partir dos resultados.

Dez anos atrás, no entanto, quando pesquisas do tipo começaram a ser divulgadas sistematicamente, esta cultura mudou, avalia Barber.

"A Alemanha, por exemplo, se viu muito mais abaixo nos primeiros rankings Pisa [sistema de avaliação europeu] do que esperava. O resultado foi um profundo debate nacional sobre o sistema educacional, sérias análises das falhas e aí políticas novas em resposta aos desafios que foram identificados. Uma década depois, o progresso da Alemanha rumo ao topo dos rankings é visível para todos".

No ranking da EIU-Person, por exemplo, os alemães figuram em 15º lugar. Em comparação, a Grã-Bretanha fica em 6º, seguida da Holanda, Nova Zelândia, Suíça, Canadá, Irlanda, Dinamarca, Austrália e Polônia.

Cultura e impactos econômicos

Tidas como "super potências" da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul lideram o ranking, e na sequência figura uma lista de destaques asiáticos, como Hong Kong, Japão e Cingapura.

Alemanha, Estados Unidos e França estão em grupo intermediário, e Brasil, México e Indonésia integram os mais baixos.

O ranking é baseado em testes efetuados em áreas como matemática, ciências e habilidades linguísticas a cada três ou quatro anos, e por isso apresentam um cenário com um atraso estatístico frente à realidade atual.

Mas o objetivo é fornecer uma visão multidimensional do desempenho escolar nessas nações, e criar um banco de dados que a Pearson chama de "Curva do Aprendizado".

Ao analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o estudo concluiu que investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter uma verdadeira "cultura" nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas e a educação como um todo. Daí o alto desempenho das nações asiáticas no ranking.

Contraponto: Após visita a campeões do Pisa, educadora minimiza ranking

Nesses países o estudo tem um distinto grau de importância na sociedade e as expectativas que os pais têm dos filhos são muito altas.

Comparando a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os dois países, mas um "valor moral" concedido à educação muito parecido.

O relatório destaca ainda a importância de empregar professores de alta qualidade, a necessidade de encontrar maneiras de recrutá-los e o pagamento de bons salários.

Há ainda menções às consequências econômicas diretas dos sistemas educacionais de alto e baixo desempenho, sobretudo em uma economia globalizada baseada em habilidades profissionais.

Veja como ficou o ranking Pearson-EIU:

1. Finlândia

2. Coreia do Sul

3. Hong Kong

4. Japão

5. Cingapura

6. Grã-Bretanha

7. Holanda

8. Nova Zelândia

9. Suíça

10. Canadá

11. Irlanda

12. Dinamarca

13. Austrália

14. Polônia

15. Alemanha

16. Bélgica

17. Estados Unidos

18. Hungria

19. Eslováquia

20. Rússia

21. Suécia

22. República Tcheca

23. Áustria

24. Itália

25. França

26. Noruega

27. Portugal

28. Espanha

29. Israel

30. Bulgária

31. Grécia

32. Romênia

33. Chile

34. Turquia

35. Argentina

36. Colômbia

37. Tailândia

38. México

39. Brasil

40. Indonésia

Unicamp: Programa inspira proposta de cotas nas estaduais paulistas


Thaís Esmeraldo, estudante de Publicidade da Unifor (Universidade de Fortaleza) está com prova de proficiência para inglês marcada para o dia 8 de dezembro, em Brasília. Gastou dinheiro se preparando, possivelmente, em vão. Ela pretende, ainda - pois acredita na retificação do edital na Justiça -, estudar no Reino Unido no próximo ano. Para ela, “com pressão da Justiça Federal e da imprensa, o caso pode ser revertido”.

O movimento "Ciência com Fronteiras", em nota, explicou a importância dos cursos da área de Humanas serem mantidos no programa do governo federal: "Ninguém quer 'roubar' a vaga de ninguém e também é importante esclarecer que o fato de alguns cursarem faculdades exatas ou biológicas não os torna melhores que nós. Vocês podem revolucionar as descobertas na saúde, na robótica, na ecologia e tudo quanto é mais ciência, mas não se esqueçam: nós revolucionamos o pensamento e sem ele, nenhuma sociedade democrática se sustenta."

O outro lado

Em nota encaminhada à reportagem do iG, a assessoria de comunicação social da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) afirma que “os cursos não foram retirados, os editais anteriores faziam referência somente a áreas contempladas. Como houve uma série de dificuldades em saber quais cursos eram de fato considerados indústria criativa, principalmente junto aos parceiros internacionais, houve uma decisão do Comitê Executivo do CsF em delimitar os cursos para evitar futuros problemas. Desta forma, somente vão se inscrever estudantes que realmente poderão concorrer às bolsas.”

Para Jorge Guimarães, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) - um dos órgãos responsáveis pelo CsF -, a medida é "irreversível". "Cada chamada é um edital novo. Não teríamos a quem informar previamente."

Dr. Oscar Costa Filho: Procurador do Ceará é especialista em processar vestibula


Para o estudante de Jornalismo da PUC Minas, Igor Patrick Silva, o objetivo do Movimento “Ciência com Fronteiras”, responsável pela ação judicial, “é fazer com que o edital volte ao que era antes, para que os estudantes que se prepararam e gastaram dinheiro pra isso possam fazer o intercâmbio”. Ele explica que a reivindicação é “imediatista”, valendo apenas para a atual chamada do edital que está aberto, e não para os próximos a serem abertos.

“Eu ia tentar ir para Austrália, estou com a documentação pronta, vou prestar o exame de proficiência no sábado, gastei tempo e dinheiro com isso”, desabafa o estudante, que afirma que, se a ação na justiça for rechaçada, os estudantes lesados deverão entrar com ações individuais pedindo indenização por danos morais.

Ciência sem Fronteiras é alvo de ação na Justiça Federal


Estudantes de cursos da área de Humanas que foram retirados do edital criaram o Movimento "Ciência com Fronteiras" e agora recorrem à Justiça contra a mudança

André Carvalho - iG São Paulo

Menina dos olhos da presidenta Dilma Rousseff, o Ciências sem Fronteiras – programa do governo federal destinado a promover a internacionalização da ciência, tecnologia e inovação brasileiras, por meio do fornecimento de bolsas de intercâmbio a estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação com bom desempenho acadêmico em instituições de ensino superior do exterior – foi alvo, nesta segunda-feira, 26, de um processo na Justiça Federal, por conta da retirada, da atual chamada do edital, de 24 cursos, sendo 20 deles da área de Humanas, que faziam parte do programa.

Apesar de ter como foco a área tecnológica, o programa possibilitava o intercâmbio de alunos de Humanas, por meio da área da Indústria Criativa, que não especificava quais eram os cursos abrangidos. Sendo assim, mais de mil estudantes de carreiras como Jornalismo, Publicidade, Artes Plásticas e Cinema foram contemplados com bolsas de estudo.

No dia 20 de novembro, no entanto, dois dias antes da abertura da segunda chamada – que seleciona os estudantes que irão fazer intercâmbio no segundo semestre de 2013 – do atual edital, houve uma retificação deste, retirando a possibilidade de agraciamento de bolsa de estudos dos alunos dos seguintes cursos: Artes Plásticas, Artes Cênicas, Teatro Arte e Mídia, Cinema e Audiovisual, Cinema de Animação, Rádio e Televisão, Comunicação Social (Publicidade, Propaganda e Jornalismo), Design de Moda, Imagem e Som, Música, Produção Cultural, Editoração, Educação Artística, Enfermagem, Estudos de Mídia, Fisioterapia, Psicologia, Sistemas e Mídias Digitais, Biblioteconomia, Ciências da Informação, Gestão da Informação e Documentação.

Por conta disso, universitários destes cursos que desejavam receber a bolsa para começar os estudos fora do País no segundo semestre de 2013 – e que por conta da retificação do edital, alegam que foram lesados financeiramente, já que investiram no estudo durante vários meses, gastando dinheiro, inclusive, em testes de proficiência em inglês – criaram o movimento “Ciência Com Fronteiras” . Após fazer barulho nas redes sociais, entraram na justiça, com ações civis nas Procuradorias Públicas do Ceará, Alagoas, Distrito Federal e Pernambuco.

Na noite desta segunda-feira, 26, foi protocolada uma ação na Justiça Federal. O procurador que assumiu o caso é o Dr. Oscar Costa Filho, o mesmo que pediu a anulação do Enem várias vezes. Agora, o Ministério da Educação terá até 72 horas para prestar esclarecimentos. A reinvindicação dos estudantes é que o edital seja alterado, voltando a conter os cursos retirados no dia 20.

Brasil conquista todas as medalhas do WorldSkills Americas

MEC define diretrizes para educação básica nas comunidades quilombolas


Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) publicou no Diário Oficial da União de hoje (21) as diretrizes que vão reger a educação escolar básica quilombola, respeitando as especificidades socioculturais desses grupos. As orientações valem para as instituições de ensino básico instaladas nos territórios quilombolas e para as de ensino a distância.



A grade curricular dessas escolas deverá abordar festejos, tradições e demais elementos culturais das comunidades quilombolas, levando em conta até mesmo hábitos alimentares, na hora de planejar a merenda. As diretrizes preveem a participação de lideranças dos quilombos na reorganização dos ajustes previstos.

G1

Em paralelo à 7ª Olimpíada do Conhecimento, que reuniu 640 estudantes do SENAI no Pavilhão de Exposição do Anhembi entre os dias 14 a 17 de novembro, aconteceu o WorldSkills Americas. O torneio de educação profissional contou com a participação de 216 jovens de 20 países das Américas (Norte, Central e Sul).

A delegação brasileira, representada por 34 integrantes, destacou-se na competição. A excelência da educação profissional do Brasil foi apresentada aos demais competidores e os brasileiros conquistaram todas as medalhas possíveis nas quais competiram. Ao todo, foram 26 medalhas de ouro, quatro de prata e quatro de bronze.

Além das medalhas conquistas, um brasileiro, em especial, brilhou no palco do Ginásio Poliesportivo José Corrêa, em Barueri, região metropolitana de São Paulo, durante o evento de premiação na noite de domingo (18). O estudante Gilmar Ribeiro, 19 anos, levou o troféu de melhor competidor do torneio internacional.

Natural do Rio de Janeiro, o jovem também conquistou medalha de ouro na categoria Instalação Predial, que avalia os conhecimentos dos estudantes em instalações elétricas sistematizadas em grandes complexos comerciais ou habitacionais. A ocupação tinha, ao todo, 10 participantes: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Honduras, Jamaica, Panamá, Paraguai e República Dominicana.

A vitória do carioca é reflexo do intenso trabalho ao qual a delegação brasileira foi submetida nos últimos meses. Além do treinamento diário, todos os integrantes tiveram acompanhamento psicológico e frequentaram palestras motivacionais. A combinação destes quesitos resultou no desempenho significativo na competição, conquistando para o Brasil a posição de primeiro lugar no WorldSkills Americas à frente de países desenvolvidos do continente como Canadá e Estados Unidos. .

Em 2010, Gilmar participou da Olimpíada do Conhecimento e, na ocasião, ficou em quarto lugar. Com a continuidade dos estudos no SENAI e outros dois cursos no currículo (o jovem também é eletricista de manutenção industrial), teve o direito de representar o país no torneio internacional.

“Não é possível descrever o momento, mas é uma alegria muito grande saber que você foi eleito o melhor de todos os países, principalmente quando, há dois anos, eu tinha ficado em quarto lugar. Na época, foi um baque, pois esperava mais, mas desta vez, fui além e superei a expectativa”, conta o jovem.

Mas, não só o treinamento e a condição emocional estável foram os motivos que deram o ouro para Gilmar. “Saber que minha família me apoia e estava lá comigo, tanto durante os dias de prova quanto na premiação, foi muito importante. Eles saíram do Rio para ficar ao meu lado”, desabafa. Para o jovem, ainda há outro elemento importante que merece destaque nesta dupla vitória. “Sem dúvida, se conquistei esta classificação, foi obra de Deus”.

Para o futuro, Gilmar garante que se tiver a oportunidade de ir ao WorldSkills Internacional, que reúne estudantes de vários países do mundo, irá agarrar a oportunidade e fazer o seu melhor para representar o país. Mas, além desta oportunidade, ele quer continuar no SENAI e auxiliar os demais estudantes a conquistarem o mesmo destaque. “Eu quero transmitir conhecimento para outras pessoas e ajudá-las na Olimpíada do Conhecimento”, afirma.

Desta experiência, que durou muito mais tempo que os quatro dias do torneio, Gilmar faz parte de uma nova família de estudantes que se formaram. Durante o treinamento, os competidores se encontravam em Brasília e trocavam experiências tanto sobre os quesitos técnicos da prova quanto experiências pessoais que fortaleciam o grupo. O resultado pôde ser sentido nas provas finais e durante a premiação. “A cada medalha que um de nós ganhava, era uma alegria imensa. Vibramos a cada nome vencedor anunciado, fosse para medalha de ouro, prata ou bronze”.

Mercadante destaca importância de parceria com a China para intercâmbio acadêmico


Agência Brasil

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reforçou hoje (21) a importância da parceria entre os governos brasileiro e chinês em programas de intercâmbio acadêmico. “Nesse cenário de declínio das economias mais desenvolvidas, o Brasil e a China fazem parte de um forte grupo emergente. Esperamos consolidar e estreitar cada vez mais nossas relações econômica, política e tecnológica”, declarou ao participar do seminário Diálogo Brasil-China em educação, na capital paulista, promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Em junho, o Brasil assinou acordo com o governo chinês para beneficiar até 5 mil estudantes brasileiros por meio do Programa Ciência sem Fronteiras. De acordo com o presidente da Capes, Jorge Guimarães, o primeiro edital, que irá disponibilizar mil vagas em cursos de pós-graduação, está em fase de finalização. “Estamos vendo os últimos detalhes para lançar o edital. Teremos a possibilidade também de receber estudantes chineses”, declarou, sem esclarecer o período para o início da oferta das vagas.

O ministro destacou que o programa tem como objetivo reduzir as carências tecnológicas do Brasil. “A orientação é que o programa sirva para diminuir o gap [lacuna] na área tecnológica, diminuindo nossa deficiência nessas áreas [ciências da natureza, engenharia e medicina] que são o maior desafio em termos de desenvolvimento científico e tecnológico de uma nação.” A meta do Ciência sem Fronteiras é levar 101 mil alunos para o exterior até 2014, segundo site do programa.

Na avaliação de Mercadante, preencher o total de vagas disponíveis será um desafio, tendo em vista que não existe tradição, por parte dos estudantes brasileiros, de concorrer a vagas nos países de cultura oriental. “É uma meta ambiciosa, mas temos convicção de que esse interesse vai crescer. Será um importante estímulo ao estudo do mandarim, assim como ao do português. É uma forma de aprofundar essa relação”, declarou. Ele informou que, atualmente, a procura de vagas para o programa está concentrada nos Estados Unidos, na Inglaterra, Alemanha, França e Itália.

Mercadante destacou que o acordo de cooperação na área tecnológica entre os dois países já desenvolve projetos importantes, como a criação de centros de nanotecnologia e na área espacial. “Estamos construindo satélites que vão permitir, por exemplo, ampliar o monitoramento ambiental da Amazônia. Temos engenheiros do Inpe [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais] trabalhando direto lá na China”, destacou.

Para o ministro, os avanços tecnológicos surgidos na China nas últimas décadas apontam para a contribuição que o país pode dar para que o Brasil atinja os objetivos traçados pelo Ciência sem Fronteiras. “A China impressiona o mundo pela capacidade de avanços na área tecnológica que têm levado, por exemplo, à redução dos custos da produção no país. Além disso, é o país que mais tem aumentado o número de publicações em revistas acadêmicas”, elogiou.

O ministro de Educação da China, Yuan Guiren, ressaltou a importância da parceria para estreitar os laços de amizade entre as nações. “Os dois países têm muitos setores de interesse comum e muito potencial para cooperação. O governo brasileiro tem feito muitos esforços de desenvolvimento no campo da educação e nos interessa, especialmente, os esforços para trocas acadêmicas”, declarou, por meio de mensagem lida pela secretária executiva do China Scholarship Council, órgão chinês similar à Capes que responde pela parceria.

Depois da abertura do seminário, em entrevista à imprensa, Mercadante defendeu novamente a destinação de 100% dos royalties do petróleo da camada pré-sal para a educação. “Agora, vamos lutar no Senado para isso. Para cumprir as metas do PNE [Plano Nacional de Educação], que prevê 10% do PIB [Produto Interno Bruto] para a educação, é preciso uma nova receita e é certo que não vamos conseguir criar um novo imposto”, argumentou. Ele acredita que existe um ambiente favorável para aprovação da proposta.

MT - Modelo ciclo que não reprova aluno no Ensino Fundamental é elogiado em MT


De Barra do Garças - Ronaldo Couto

O modelo de ciclo que substitui o modelo seriado no Ensino Fundamental, antigo 1° grau, é elogiado e até mesmo defendido por alguns educadores durante a conferência regional que está sendo realizada em Barra do Garças com a participação de 16 municípios. O evento é proposto pelo Cefapro com objetivo de avaliar o processo de ensino e tirar propostas para uma etapa estadual que será realizada de 11 a 13 de dezembro em Cuiabá.

Inicialmente o processo de ciclo, implantado há 12 anos em Mato Grosso, causou polêmica porque tinha a idéia de passar para frente o aluno que não alcançava à média, porém a diretora do Cefapro, Beloni Ceretta, explica que o modelo permite que o aluno em 3 anos se recupere com relação a baixa nota.

Ela destaca que antigamente muita gente deixou de estudar porque era reprovado e isso era considerado um aspecto humilhante e até mesmo desmotivador para crianças e adolescentes. Por isso que foi implantado o sistema de ciclo.

Beloni disse que a conferência serve justamente para ser um fórum de debate sobre o modelo de ensino e apresentar propostas de melhorias para o modelo.

“Nós vamos eleger onze representantes entre diretores e professores das escolas. A plenária será amanhã”, completou.
Estão participando educadores do Ensino Fundamental de Barra do Garças, Água Boa, Canarana, Nova Xavantina, Querência, Novo São Joaquim, Araguaiana, General Carneiro, Toxiroréu, Ribeirão Cascalheira, Campinápolis, Ponte Branca e Ribeirãozinho.

Média geral dos alunos no Enem 2011 cai 17 pontos em comparação com 2010


Agência Brasil

A média geral dos estudantes concluintes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011 piorou em comparação com os anos de 2010 e 2009. O desempenho dos alunos também caiu nas áreas de ciências da natureza e humanas. Ao todo, 1.137.813 estudantes concluintes fizeram o exame em 2011.

Os participantes que estavam concluindo o ensino médio tiveram uma média de 494,6 na edição de 2011. No exame anterior, as médias ficaram em 511,22 pontos. A diferença é quase 17 pontos em um ano. Em relação à 2009, a queda foi quase 7 pontos (média de 501,58).

A atuação dos estudantes em ciências da natureza (que inclui questões de biologia, química e física), que teve em 2011 média de 465,56, caiu quase 37 pontos em relação ao exame de 2009, quando a pontuação foi 465,56 de um total de mil. Em relação à 2010, houve uma queda de pouco mais de 20 pontos.

Já na área de ciências humanas (história, geografia e atualidades), o comportamento dos alunos foi diferente. Apesar da nota ter caído na edição do ano anterior, em 2010, a mesma média registrou um aumento de 16 pontos em relação à nota de 2009.

As áreas de português e matemática mantiveram a tendência de aumento na edição de 2011, com a média de 519,35 e 521,07 respectivamente. O desempenho superou cerca de 10 pontos em cada área em relação ao ano anterior. Em comparação com 2009, o aumento foi de cerca de 19 e 21 pontos, respectivamente.

Para o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luis Cláudio Costa, ainda é “prematuro” avaliar a situação neste momento. A autarquia vai analisar os dados e comparar com informações socioeconômicas, idade e a distribuição das notas nas faixas de desempenho para dar um diagnóstico da situação.

“Temos de pegar a distribuição dos alunos pelas faixas de desempenho para conferir o que ocorreu. Falar em média é ruim, porque ela é muito influenciada pelos extremos. Precisamos de análises mais detalhadas para ver as razões pedagógicas para essa queda”, explicou o presidente do Inep.

Costa afirmou ainda que o nível de dificuldade das provas é semelhante entre as edições do exame devido ao uso da Teoria de Resposta ao Item (TRI), modelo que possibilita a comparação das questões e níveis do exame.

As três escolas que obtiveram as melhores notas no Enem de 2011 são: Colégio Objetivo Integrado, de São Paulo/SP, com média 737,15; Colégio Elite Vale do Aço, de Ipatinga/MG, com média 718,88 e Colégio Bernoulli - Unidade Lourdes, de Belo Horizonte/MG, com média 718,18. As três são privadas.

No outro extremo, registraram as menores notas no exame de 2011 apenas escolas estaduais: Colégio Estadual Aquiles Lisboa (São Domingos do Azeitão/MA) com a pior média: 383,71, Unidade Escolar João Pereira de Souza (Francisco Ayres/PI), com média 391,39 e Colégio Estadual José Maria de Araújo - Anexo I (Olinda Nova/MA), com a média 393,52.

Ontem, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que o Enem vai forçar uma reestruturação do currículo no ensino médio. “Há uma emergência social, uma demanda por mais educação. As escolas terão que dialogar com o Enem”, disse.

Mercadante também anunciou que a pasta planeja um seminário para troca de experiências com as melhores escolas do país, públicas e privadas, para estimular as demais escolas e contribuir com o conjunto da rede de ensino brasileira.

Aumento da escolaridade contribui para formalização do mercado de trabalho


Agência Brasil

O aumento da escolaridade contribuiu para a redução da informalidade no mercado de trabalho brasileiro nos últimos dez anos, informou hoje (26) o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri. De acordo com o instituto, após crescimento sem precedentes durante a década de 1990 e início dos anos 2000, a informalidade no Brasil em 2010 voltou para os níveis do final dos anos 1980. Confirmando a tendência, o emprego formal dobrou nos últimos oito anos e, atualmente, o país gera 1,5 milhão de empregos por ano.

Durante seminário sobre a formalização da economia, na sede do Ipea, no Rio de Janeiro, Marcelo Neri disse ainda que na década de 1990, 16% das crianças entre 7 e 14 anos estavam fora da escola. Na primeira década do século 21, esse número caiu para 4% e, dez anos depois, a porcentagem não chega a 2%.

Segundo Neri, mesmo com as oscilações na economia, a formalização do trabalho tende a crescer com o passar dos anos. "O Brasil viveu durante muitos anos oscilações. A economia crescia em um ano e decrescia em outro. A desigualdade caiu muito no Plano Cruzado e depois voltou a aumentar. A formalidade permanece forte e eu acho isso algo surpreendente", ressaltou.

Organizado em parceria com a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República e com o apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INTC), o seminário reúne formuladores de políticas e especialistas com o objetivo de debater as causas deste movimento recente de formalização, bem como suas consequências para trabalhadores, empresas e para o desempenho da economia como um todo.

Vinculado à SAE, o Ipea fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais, possibilitando a formulação de inúmeras políticas públicas e programas de desenvolvimento, além de disponibilizar para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus técnicos.

Valor mínimo gasto por aluno da rede pública em 2012 é de R$ 2.091,37


G1

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) divulgou nesta terça-feira (27) os novos parâmetros de funcionamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A nova portaria, publicada na edição desta terça do "Diário Oficial da União", reajustou o valor mínimo nacional a ser gasto por aluno em 2012 de R$ 2.096,68 --estimado em dezembro de 2011-- para R$ 2.091,37.

O valor é calculado de acordo com as estimativas de receitas do fundo, que é composto de contribuições dos estados e do Distrito Federal, por meio da arrecadação de impostos, e complementado com recursos da União.

De acordo com o FNDE, tais estimativas continuam inalteradas, mas a portaria inclui, na divisão de repasses do fundo, as instituições conveniadas ao governo que atendem alunos na educação pré-escolar. Em julho deste ano, elas foram reintegradas à lista de receptoras de recursos até o fim de 2016.

Em 2011, o valor mínimo nacional foi de R$ 1.846,56 por aluno matriculado na educação básica, segundo o balanço final do FNDE. No ano anterior, o montante foi de R$ 1.529,97.

Arrecadação de R$ 114 bilhões

O FNDE estima que a arrecadação de recursos para o Fundeb chegue a R$ 114,3 bilhões. Desse total, R$ 104,8 são da previsão de contribuição dos estados, municípios e do DF. A complementação da União deve ser, no mínimo, de 10% desse valor, ou seja, R$ 10,4 bilhões, sendo que 90% é destinado ao fundo e o restante é destinado programas direcionados para a melhoria da qualidade da educação básica.

Ranking de qualidade da educação coloca Brasil em penúltimo lugar


G1

O Brasil ficou na penúltima posição em um índice comparativo de desempenho educacional feito com dados de 40 países. O ranking, divulgado nesta terça-feira (27) pela Pearson Internacional, faz parte do projeto The Learning Curve (Curva do Aprendizado, em inglês) e mede os resultados de três testes internacionais aplicados em alunos do 5º e do 9º ano do ensino fundamental. A Finlândia e a Coreia do Sul ficaram com os dois primeiros lugares do topo. Já o Brasil só ficou à frente da Indonésa.

Os dados saíram do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), do documento Tendências em Estudo Internacional de Matemática e Ciência (TIMSS) e do Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização (PIRLS) que compreendem o aprendizado de matemática, leitura e ciência dos alunos. O Índice Global de Habilidades Cognitivas e Realizações Educacionais, segundo a Pearson, compara os países dividindo-os em duas categorias de ensino: habilidades cognitivas e nível de escolaridade, e ajuda a identificar possíveis fontes de boas práticas.

O desempenho de cada país mostra se ele está acima ou abaixo da média calculada a partir dos dados de todos os participantes. Segundo os dados divulgados nesta terça, 27 dos 40 países ficaram acima da média, enquanto 13 estão abaixo do valor mediano. Os países ainda foram divididos em cinco grupos, de acordo com a sua distância da média. O Brasil, que teve pontuação de -1.65, foi incluído no grupo 5, onde estão as sete nações com a maior variação negativa em relação à média global.

Pronatec já atingiu 1,1 milhão de matrículas no Senai, diz Dilma


G1


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (26), durante seu programa de rádio “Café com a presidenta”, que o Programa Nacional do Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) já atingiu, em um ano, 1,1 milhão de matrículas nos cursos técnicos, de aprendizagem profissional e de qualificação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Para a presidente, "para ter uma indústria forte, o país precisa de mão de obra qualificada e de técnicos bem formados" e a parceria entre governo e Senai proporciona essa geração de jovens e trabalhadores em cursos de alta qualidade e sintonizados com as necessidades da indústria. Só neste ano, o país já tem 2,2 milhões de jovens e trabalhadores nos cursos do Pronatec.
A proposta da continuidade da parceria visa crescimento do país e a criação de oportunidades de trabalho. "Além de formar engenheiros, matemáticos, médicos e professores, o Brasil vai precisar formar também técnicos em Automação Industrial, Petróleo e Gás, Mineração, Mecatrônica, Manutenção de Aeronaves, Eletrônica, Indústria Naval, Computação e muitas outras áreas", relata

De acordo com Dilma, o governo vai financiar R$ 1,5 bilhão para o Senai investir na construção de 53 novas escolas e também na modernização e na ampliação de 251 escolas já existentes. O objetivo com o Pronatec é criar 8 milhões de vagas nos cursos técnicos e de qualificação profissional até 2014.

Além do Pronatec, a presidente Dilma Rousseff também citou que visitou a Olimpíada do Conhecimento neste mês em São Paulo e que foi um evento muito importante para estimular a criatividade dos jovens e a capacidade deles. "É competição que desafia os alunos do Senai a encontrar, com rapidez e eficiência, soluções para os problemas que aparecem todos os dias nas empresas. Eles usam tudo aquilo que aprenderam nas aulas práticas e nos laboratórios para solucionar os problemas e melhorar o processo produtivo. Isso é ótimo", finaliza.
A presidente também disse que o país que aposta na educação profissional e que tem uma indústria forte e competitiva consegue crescer, se desenvolver, gerar mais oportunidades, mais renda e emprego de qualidade.

Veteranos de medicina dão apoio a estudantes que tentam uma vaga


G1

Fazer vestibular deixa muita gente nervosa. Ingrid Freitas, 22, e Harryson Johnson, 23, sabem disso muito bem. Veteranos do curso de medicina da UPE, os dois passaram por três seleções antes de conseguir uma vaga na instituição. Por isso, vieram dar apoio aos feras nesta segunda-feira (26). "A gente sabe muito bem o que ele estão passando", disse Ingrid. "Foi através da oração e fé em Deus que conseguimos a calma para fazer o exame, viemos transmitir isso a eles", disse Harryson.

OAB encerra nesta segunda prazo de inscrição para o IX Exame de Ordem


G1

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) encerra nesta segunda-feira (26) o prazo de inscrição para o IX Exame de Ordem Unificado. As inscrições podem ser feitas nos sites oab.fgv.br e oab.org.br. A taxa de inscrição custa R$ 200. A prova da primeira fase será no dia 16 de dezembro, e a da segunda-fase será em 24 de fevereiro de 2013.

VEJA AS DATAS DAS PRÓXIMAS EDIÇÕES DO EXAME DE ORDEM UNIFICADO



IX EXAME X EXAME XI EXAME

XII EXAME

Publicação do edital 12/11/2012 22/03/2013 12/07/2013 04/11/2013

Período de inscrições 12 a 26/11/2012 22/03 a 09/04/2013 12 a 30/07/2013 04 a 19/11/2013

Prova objetiva (1ª fase) 16/12/2012 28/04/2013 18/08/2013 08/12/2013

Prova discursiva (2ª fase) 24/02/2013 16/06/2013 06/10/213 02/02/2014

Fonte: OAB

SAIBA MAIS SOBRE O EXAME DE ORDEM

O que diz a lei:

O Exame da OAB se baseia no artigo 5º parágrafo XIII da Constituição Federal: "XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer"; e no Estatuto da Advocacia (lei 8.906/94): "Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)"

Quem deve participar

Todo bacharel de direito precisa fazer o exame para poder exercer a profissão de advogado

Quantas provas são feitas por ano?

São três edições por ano e o candidato que não for aprovado pode fazer a edição seguinte

Como é a prova?

A prova é dividida em duas fases. A primeira fase é composta de 80 questões de múltipla escolha. Quem acertar o mínimo de 40 questões passa para a segunda fase. Na segunda fase o candidato precisa redigir uma peça processual e responder a quatro questões, sob a forma de situações-problema, compreendendo as seguintes áreas de opção do bacharel, indicada no momento da inscrição: Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Constitucional, Direito do Trabalho, Direito Empresarial, Direito Penal ou Direito Tributário.

Quanto custa a taxa de inscrição?

O candidato paga R$ 200 para fazer o exame

A prova objetiva (ou primeira fase) será composta de 80 questões, com cinco horas de duração. Os locais de realização da prova objetiva serão divulgados neste site ou nos endereços eletrônicos das Seccionais da OAB e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) na data provável de 10 de dezembro de 2012.

As questões da etapa objetiva do exame abrangerão as disciplinas profissionalizantes obrigatórias e integrantes do currículo mínimo do curso de Direito e, no mínimo, 15% de questões versando sobre o Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94) e seu Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina e Direitos Humanos.

Já a etapa subjetiva ou prova prático-profissional será aplicada no dia 24 de fevereiro de 2013, também com cinco horas de duração. Na prova da segunda etapa o candidato precisa redigir uma peça processual, no valor máximo de cinco pontos, e responder a quatro questões, sob a forma de situações-problema. Cada uma das questões tem valor de no máximo 1,25 ponto. A prova tem um tempo máximo de cinco horas de duração.

O resultado preliminar final será divulgado em 22 de março de 2013, quando os candidatos poderão entrar com recursos. O resultado final sairá no dia 5 de abril de 2013.

O Exame de Ordem pode ser prestado por bacharel em Direito, ainda que pendente apenas a sua colação de grau, formado em instituição regularmente credenciada. Podem realizá-lo os estudantes de Direito do último ano do curso de graduação em Direito ou do nono e décimo semestres. A aprovação é requisito necessário para a inscrição nos quadros da OAB como advogado.

MT- Atletas de Mato Grosso batem recorde de participação nas Olimpíadas


Redação 24 Horas News


A maior edição das Olimpíadas Escolares, desde 2005, conta este ano com participação recorde de atletas mato-grossenses. Ao todo 152 estudantes estarão em Cuiabá entre esta segunda-feira (26.11) e sábado (08.12) na luta por medalhas para o Estado. Eles são oriundos de 12 municípios incluindo a Capital.

Das 13 modalidades esportivas do evento, Mato Grosso não possui representação apenas na Ginástica Rítmica. Segundo o chefe da delegação mato-grossenses, Allan Kardec Benitz, o aumento no número de representantes nas Olimpíadas deve-se ao investimento do Governo do Estado na preparação dos estudantes e na organização dos Jogos Estaduais Escolares.

“Desde 2007, o Estado por meio das secretarias de Estado de Educação (Seduc) e de Esportes e Lazer (Seel) tem melhorado gradativamente a infraestrutura esportiva das escolas, bem como investido na formação de estudantes-atletas. Ao todo nesses últimos cinco anos a Seduc construiu ou reformou 150 quadras, sendo que todas elas são cobertas”, afirmou.

Benitez cita ainda que Seduc e Seel tem melhorado a estrutura de realização dos Jogos Estaduais, que são classificatórios para as Olimpíadas. “Firmamos parcerias com as prefeituras que apoiam as escolas na realização das etapas municipais. O Estado realiza as regionais e etapa estadual. Atendendo a reivindicação dos atletas, ofertamos formação na área do esporte educacional, aos estudantes que participaram das etapas, aos árbitros e técnicos”, disse.

Expectativa

De acordo com o chefe de delegação, como na últimas edições das Olimpíadas, Mato Grosso possui grandes chances de medalhas no Atletismo. Porém, ele destaca também que os atletas do Judô e Taekwondo podem trazer bons resultados. “Também temos como surpreender nas modalidades coletivas e no Xadrez. estamos muito otimistas”.

Campeão da prova dos três mil metros do atletismo nas Olimpíadas 2011, primeiro colocado no Pan Americano realizado na Colombia também no ano passado, bicampeão Sul Americano nos quatro mil metros, o aluno da Escola Estadual Norberto Shwantez de Barra do Garças, Victor Vinícius da Silva, 17, está confiante para a conquista de mais um ouro.

“Estou muito feliz por competir na Capital do meu Estado. Me preparei bem e vou em busca desse bicampeonato na Olimpíada, na quarta-feira (28)”, disse. A primeira vitória no evento Victor já conquistou. Ele foi o juramentista na Cerimônia de Abertura que representou os mais de quatro mil atletas que competirão em Cuiabá.

MT - Professora da Unemat tem trabalho científico reconhecido em Conferência Mundial


Redação 24 Horas News

A professora Fabíola Cristina Ribeiro Zucchi, dos departamentos de Biologia e Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em Cáceres apresentou sua pesquisa de pós-doutorado no evento “Neurosciences 2012”, promovido pela “Society for Neuroscience”, em New Orleans (LA), nos Estados Unidos, em outubro deste ano. Seu trabalho demonstra que experiências negativas vivenciadas no período pré-natal são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças na vida adulta, inclusive acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, experiências positivas, algo simples como massagem corporal, podem ajudar a reduzir os efeitos negativos do estresse pré-natal, e ajudar na recuperação motora após AVC.

Este modelo experimental, em colaboração com um time de pesquisadores canadenses, sugere estratégias terapêuticas em seres humanos. As conclusões deste estudo são importantes para o desenvolvimento de recomendações para um estilo de vida que favoreça desenvolvimento e envelhecimento saudáveis. O estudo dos fatores pelos quais as condições ambientais atuam na biologia é chamado de Epigenética (isto é, além da Genética).

Epigenética é a ciência que trata dos fenômenos envolvidos na impressão de fatores ambientais no genoma, e a modificação fenotípica decorrente.

Não somente eventos negativos, como o estresse pré-natal adotado neste estudo, mas também fatores positivos, como a massagem corporal são responsáveis pela modificação de fatores epigenéticos, e alteração do fenótipo. Neste estudo, a professora Fabíola adotou massagem terapêutica em ratos estressados no período pré-natal, na vida adulta, e que tiveram AVC. Ela observou que deficiências motoras foram superadas em ratos que receberam massagem, e que este fenômeno está envolvido com a modulação epigenética da expressão gênica no cérebro destes ratos.

A apresentação da professora Fabíola na conferência “Neurosciences 2012” foi uma das 137 selecionadas como “Hot Topics” para divulgação científica, entre mais de 16.000 trabalhos apresentados no evento, devido à sua relevância à saúde pública.

MT - SME coloca 700 aparelhos de ar condicionado nas escolas de Cuiabá


Redação 24 Horas News

A Secretaria Municipal de Educação (SME) já começou a entregar às escolas e creches da rede de ensino de Cuiabá os novos aparelhos de ar condicionado adquiridos por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR) junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Até dezembro de 2012, cerca de 700 aparelhos serão instalados, 464 já chegaram à Capital.

O secretário de Educação, Silvio Fidélis, destacou a importância da climatização de toda a rede para garantir mais condições aos alunos e aos profissionais da educação. “Os novos aparelhos vão proporcionar um ambiente muito mais confortável para toda a comunidade escolar e isso reflete diretamente na qualidade do ensino que é oferecido em Cuiabá”, disse.

Fidélis ainda lembrou que Cuiabá vem sendo beneficiada com muito investimento em infraestrutura, especialmente em função da gestão séria realizada nos últimos anos. O PAR de Cuiabá é referência para o Ministério da Educação.

Em parceria com o Governo Federal, estão sendo investidos mais de R$ 1,6 milhões na compra dos novos aparelhos. Ao todo são 1.730 aparelhos de ar-condicionado, para atender 902 salas de aula, incluindo escolas, creches e centros de educação infantil.

As unidades que passaram por reforma e já estão sendo reabertas são as primeiras a receber os novos aparelhos, como a Escola Municipal Henrique da Silva Prado, do bairro Areão.

MT - Unemat disponibiliza acervo do Herbário da Amazônia Meridional


Redação 24 Horas News

O Herbário da Amazônia Meridional (Herbam), sediado no campus de Alta Floresta da Universidade do Estado de Mato Grosso, disponibiliza publicamente os dados e metadados, integrando-se ao sistema de informação sobre a biodiversidade brasileira. As informações podem ser visualizadas na página do Specieslink:http://splink.cria.org.br/

O Herbam é considerado o maior acervo de referencia da Amazônia mato-grossense. A coleção tem 10 mil amostras, que inclui madeira, frutos, sementes e coleção de epífitas vivas, além de exsicatas ou amostras de plantas desidratadas e conservadas de forma sistemática e organizada.

Os dados podem ser acessados por qualquer pessoa, desde que faça citação da fonte, e subsidiam estudos taxonômicos, de distribuição de espécies, de conservação da biodiversidade, conservação, políticas públicas, dentre outros.

O Herbam foi criado em 2007 e está indexado na rede brasileira de herbários e no Index herbariorum, um diretório que engloba informações dos principais herbários públicos do mundo, gerenciado pela Associação Internacional para a Taxonomia Vegetal e Jardim Botânico de Nova York, nos Estados Unidos.

Até o momento estão disponíveis on line alguns dados, que dão uma idéia dos diferentes projetos e da abrangência do acervo. O restante será disponibilizado mensalmente com o avanço do processo de informatização. “Esse foi o primeiro passo do Herbam ao cumprimento das metas da Convenção Diversidade Biológica, a qual o Brasil é signatário. Existe um esforço mundial para conhecer a diversidade e o Herbam está dando a sua contribuição”, explicou a curadora-fundadora, dra. Célia Regina Araújo Soares.

Os estudos foram realizados pela equipe do herbário, composta por biólogos, engenheiros florestais, agrônomos, e estudante dos três cursos de graduação de Alta Floresta. “Temos também uma rede de especialistas que contribuem conosco nas identificações em várias partes do mundo”, acrescentou Célia.

Conforme o professor Rubens Rondon, diretor do campus de Alta Floresta, a comunidade acadêmica e científica tem em mãos uma grande ferramenta para conhecer a flora da Amazônia brasileira. “Essas iniciativas e parcerias têm permitido atender a missão principal do Herbam, que visa o conhecimento da flora da Amazônia Meridional, como subsidio a políticas publicas de conservação da biodiversidade da região do arco do desmatamento”, destacou.

O Herbário está inserdido em importantes projetos de pesquisas em rede, tais como: Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Ministério de Ciências e Tecnologia (PPBio Amazonia Oriental), INCT Herbário Virtual da Flora e dos Fungos (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) e REFLORA Amazônica (Repatriamento da Flora Brasileira), além de projetos apoiados pela iniciativa privada como o Flora Mantega, pela Pousada Mantega.