sábado, 1 de dezembro de 2012

Brasil conquista todas as medalhas do WorldSkills Americas

MEC define diretrizes para educação básica nas comunidades quilombolas


Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) publicou no Diário Oficial da União de hoje (21) as diretrizes que vão reger a educação escolar básica quilombola, respeitando as especificidades socioculturais desses grupos. As orientações valem para as instituições de ensino básico instaladas nos territórios quilombolas e para as de ensino a distância.



A grade curricular dessas escolas deverá abordar festejos, tradições e demais elementos culturais das comunidades quilombolas, levando em conta até mesmo hábitos alimentares, na hora de planejar a merenda. As diretrizes preveem a participação de lideranças dos quilombos na reorganização dos ajustes previstos.

G1

Em paralelo à 7ª Olimpíada do Conhecimento, que reuniu 640 estudantes do SENAI no Pavilhão de Exposição do Anhembi entre os dias 14 a 17 de novembro, aconteceu o WorldSkills Americas. O torneio de educação profissional contou com a participação de 216 jovens de 20 países das Américas (Norte, Central e Sul).

A delegação brasileira, representada por 34 integrantes, destacou-se na competição. A excelência da educação profissional do Brasil foi apresentada aos demais competidores e os brasileiros conquistaram todas as medalhas possíveis nas quais competiram. Ao todo, foram 26 medalhas de ouro, quatro de prata e quatro de bronze.

Além das medalhas conquistas, um brasileiro, em especial, brilhou no palco do Ginásio Poliesportivo José Corrêa, em Barueri, região metropolitana de São Paulo, durante o evento de premiação na noite de domingo (18). O estudante Gilmar Ribeiro, 19 anos, levou o troféu de melhor competidor do torneio internacional.

Natural do Rio de Janeiro, o jovem também conquistou medalha de ouro na categoria Instalação Predial, que avalia os conhecimentos dos estudantes em instalações elétricas sistematizadas em grandes complexos comerciais ou habitacionais. A ocupação tinha, ao todo, 10 participantes: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Honduras, Jamaica, Panamá, Paraguai e República Dominicana.

A vitória do carioca é reflexo do intenso trabalho ao qual a delegação brasileira foi submetida nos últimos meses. Além do treinamento diário, todos os integrantes tiveram acompanhamento psicológico e frequentaram palestras motivacionais. A combinação destes quesitos resultou no desempenho significativo na competição, conquistando para o Brasil a posição de primeiro lugar no WorldSkills Americas à frente de países desenvolvidos do continente como Canadá e Estados Unidos. .

Em 2010, Gilmar participou da Olimpíada do Conhecimento e, na ocasião, ficou em quarto lugar. Com a continuidade dos estudos no SENAI e outros dois cursos no currículo (o jovem também é eletricista de manutenção industrial), teve o direito de representar o país no torneio internacional.

“Não é possível descrever o momento, mas é uma alegria muito grande saber que você foi eleito o melhor de todos os países, principalmente quando, há dois anos, eu tinha ficado em quarto lugar. Na época, foi um baque, pois esperava mais, mas desta vez, fui além e superei a expectativa”, conta o jovem.

Mas, não só o treinamento e a condição emocional estável foram os motivos que deram o ouro para Gilmar. “Saber que minha família me apoia e estava lá comigo, tanto durante os dias de prova quanto na premiação, foi muito importante. Eles saíram do Rio para ficar ao meu lado”, desabafa. Para o jovem, ainda há outro elemento importante que merece destaque nesta dupla vitória. “Sem dúvida, se conquistei esta classificação, foi obra de Deus”.

Para o futuro, Gilmar garante que se tiver a oportunidade de ir ao WorldSkills Internacional, que reúne estudantes de vários países do mundo, irá agarrar a oportunidade e fazer o seu melhor para representar o país. Mas, além desta oportunidade, ele quer continuar no SENAI e auxiliar os demais estudantes a conquistarem o mesmo destaque. “Eu quero transmitir conhecimento para outras pessoas e ajudá-las na Olimpíada do Conhecimento”, afirma.

Desta experiência, que durou muito mais tempo que os quatro dias do torneio, Gilmar faz parte de uma nova família de estudantes que se formaram. Durante o treinamento, os competidores se encontravam em Brasília e trocavam experiências tanto sobre os quesitos técnicos da prova quanto experiências pessoais que fortaleciam o grupo. O resultado pôde ser sentido nas provas finais e durante a premiação. “A cada medalha que um de nós ganhava, era uma alegria imensa. Vibramos a cada nome vencedor anunciado, fosse para medalha de ouro, prata ou bronze”.

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