sábado, 5 de março de 2011

Escola

Escola de Juruena implanta wireless
A Escola Estadual Dom Aquino Correa localizada no município de Juruena ( 880 km a noroeste de Cuiabá) iniciou o ano letivo de 2011 com a instalação de rede de internet sem fio (wireless). A ferramenta possibilita aos estudantes acesso a internet de qualquer ambiente da escola.

A rede, que funciona com dois roteadores eletrônicos em três pavilhões da escola, proporciona a conexão simultânea os 34 computadores do laboratório de informática, aos oito equipamentos da sala dos professores e da biblioteca e a notebooks pessoais ou os da escola disponibilizados para os professores lecionarem com apoio de data show. Os equipamentos foram adquiridos com recursos do Programa de Desenvolvimento Escolar (PDE), recebido pela escola.

O serviço atende diretamente 20% da população local, ou 1.250 alunos matriculados nos três períodos, sendo o noturno dedicado a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A escola atende estudantes da zona rural e urbana.

“Essa tecnologia (wirless) auxilia na aprendizagem na sala de aula por possibilitar ao estudante pesquisar os conteúdos apresentados pelo professor durante as explicações sem que precise utilizar o laboratório de informática”, diz Edilson Bratkoski, diretor.

A escola planeja em 2011 adquirir mais computadores e notebooks para que o projeto atenda as necessidades de todos os alunos. Porém, a implementação beneficiárá não apenas os estudantes, mas todo o comércio da região.

Assessoria/Seduc-MT

Artigo

Semana Pedagógica: pressuposto de estudo, análise e definição do Currículo de Ensino.
Por Iza Aparecida Saliés
A escola prepara para a Semana Pedagógica, evento que dá inicia aos trabalhos pedagógicos da unidade, faz parte da tradição escolar, momento em que professores coordenadores pedagógicos e gestores param para discutir, analisar, estudar e decidir sobre o currículo de ensino da escola e construir o Projeto Político Pedagógico.
Além da preocupação com a organização da logística do evento, os gestores e a equipe pedagógica assessoram, orientam e apóiam os professores na elaboração do currículo de ensino para o próximo ano letivo, além de ver e rever o Projeto Político Pedagógico, isto é, no caso de escola que já possui e que foi construído com a participação coletiva dos segmentos da escola.
É pertinente a preocupação dos gestores pedagógicos com a programação da semana, definir o que discutir e o que estudar durante os dias em que os professores estarão disponíveis para pensar o pedagógico.
Fundamentados na própria realidade e preocupados com o universo de questionamentos, problemas e necessidades que permeiam a rotina escolar, os participantes imbuídos em construir o Projeto da Escola, estudam, planejam, estabelecem objetivos, metas e estratégias para melhorar a qualidade do ensino oferecido pela instituição.
A gestão pedagógica ao planejar a Semana Pedagógica, define a agenda, prepara os dados da escola (número de matrículas iniciais e finais e as taxas de aprovação, repetência e distorção idade-série), apresenta as informações sobre as turmas, promove a integração dos professores, estabelece o cronograma de trabalho, define sobre o tempo, o espaço, monta o calendário escolar, estabelece os dias e horários para o trabalho pedagógico coletivo, e assim, finaliza a programação.
É também, momento de realizar o diagnóstico situacional das turmas, delinearem os planos de ensino, selecionar os conteúdos que serão trabalhados, definir os projetos pedagógicos que serão desenvolvidos durante o ano letivo, discutir, analisar e elaborar a matriz curricular para retomar as discussões do Projeto Político Pedagógico.
Essa preocupação será atendida na medida em que tiver conhecimento das turmas, informação dos índices da escola e dos estudos realizados em grupo, é que o professor pode começar a discutir coletivamente as necessidades pedagógicas dos alunos e as dificuldades quanto à prática do professor, é que será possível delinear, estabelecer e definir o currículo de ensino para o ano letivo.
Como a Educação Básica está organizada em etapas de ensino como: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, então, a coordenação precisa preparar os professores novos para lidar com essas fazes de desenvolvimento humano. Faz-se necessário indagar se os professores conhecem de fato como se ensina e como aprende nessas fases da vida.
É de fundamental importância que o coordenador esteja atento quanto aos conhecimentos prévios do professor e do aluno. Pois, para Coll , se quisermos ajudar o professor a ensinar melhor os conteúdos ou o aluno a compreender as mudanças pedagógicas que ocorreram no currículo, devemos saber quais são os seus conhecimentos prévios.
Então, quando o professor for selecionar os conteúdos para sua disciplina, ele deve reportar aos estudos quanto à necessidade e a capacidade de aprendizagem de cada fase de desenvolvimento do aluno.
Segundo Meier , quanto aos conteúdos o professor deve determinar em função do contexto cultural em que se encontra o aluno, preocupando em fornecer elementos que auxiliem na análise da realidade da qual faz parte de critica e criteriosa . Desta forma qualquer conteúdo estabelecido pelo professor, antes de tudo deve ser relacionado com conhecimentos prévios do educando.
Os conteúdos indicam e definem aqueles aspectos do desenvolvimento dos alunos que a educação escolar tenta promover. A tentativa de ensinar conteúdos específicos não é totalmente negativa, tudo depende de quais conteúdos se quer ensinar e, sobretudo, de como eles são ensinados e como eles são aprendidos.
A discrepância que há entre a listagem de conteúdos e apenas uma questão metodológica, considerando que temos que estabelecer o que realmente preciso ensinar. É tão visível, que pouco se discute a seleção de conteúdos como um exercício obrigatório para compor e recompor as disciplinas dos componentes curriculares da educação básica.
Então os conteúdos devem delinear o trabalho pedagógico do professor possibilitando flexibilidade, uma vez que a escola é a responsável pela formação dos alunos, sejam eles economicamente e socialmente vulneráveis e marginalizados ou não, devemos e temos o compromisso de atender o público seja ele qual for.
Faz-se necessário que o professor reflita sobre que conteúdo escolar minha turma precisa, e indagar, como integrar os conteúdos da minha disciplina com as outras da área de conhecimento? Como ensinar esses conteúdos de modo atende as necessidades de aprendizagem dos alunos e estabelecer uma relação lógica com a atualidade, respaldados sempre na perspectiva da formação integral do aluno.
Os procedimentos metodológicos que o professor escolhe para trabalhar seus conteúdos, temas ou conceitos devem favorecer a aprendizagem, além de serem necessárias e significativas para seus alunos, suas escolhas devem ser respaldadas na aproximação com as vivencias dos alunos.
Sampaio (1995) faz a seguinte pergunta, o segredo da qualidade do conhecimento escolar está no currículo de ensino? Parafraseando o autor, ao discutir currículo, disciplina, área de conhecimento, avaliação, metodologias, procedimentos pedagógicos, prática pedagógica e avaliação o professor precisa ter a clareza e o entendimento de que os assuntos discutidos hoje na escola são intangíveis, amplo quanto ao contexto global, mas que não podem perder de vista o aspecto regional e local, como deve também, atender as complexidades do mundo contemporâneo, as exigências da sociedade, das tecnologias, permeando a construção de conhecimentos que sirvam para a vida do aluno.
Ratifico a necessidade de centrar as discussões da Semana Pedagógica em questões exclusivamente pedagógicas, considerando que o tempo quase sempre ínfimo, isso quando a escola não ocupa parte desse tempo em discussões de gestão como: merenda escolar, regimento interno, registros, gestão de pessoas, estrutura física, questões financeiras ou de resolução de problemas.
Faço um alerta ao professores, lutem por esse tempo, não deixe que a escola utilize-o com outras questões. Sabemos que culturalmente a escola tem a prática do aproveitamento, ou seja, vamos aproveitar a Semana Pedagógica para discutir e ou resolver problemas rotineiros da escola.
Referências
FELDMAN, Daniel. Ajudar e Ensinar: relações entre didática e ensino. Trad. Valério Campos – Porto Alegre: ARTMED Editora, 2001
COLL, César, POZO, Juan Ignácio, SARABIA, Barnabé e VALLS, Enric. Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes e ensino. Trad. Beatriz Affonso Neves – Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
SALIÉS, Iza Aparecida. Projeto Político Pedagógico, documento escolar que deve retratar a cara da escola publicado 8/12/2009 http://www.webartigos.com
SALIÉS, Iza Aparecida. Seleção de Conteúdos: um pressuposto necessário nas discussões do Currículo de Ensino. publicado 21/06/2010 http://www.webartigos.com
SAMPAIO, Maria das Mercês F. Problemas da elaboração e realização do currículo. Idéias, São Paulo, n.26, p.143-50, 1995.
SAMPAIO, Maria das Mercês F. Ensinar e Aprender: Reflexão e Criação. Vol.1.
MEIER, Marcos, GARCIA, Sandra. Mediação da Aprendizagem: contribuições de Feuerstein e Vygostsky –Curitiba:Edição do autor,2007.212p.:Il;21cm
SANTOS, Lucíola L. C. P, MOREIRA, Antonio Flávio. Questões de seleção e de organização do conhecimento. Idéias, São Paulo, n,26, p.47-65, 1995.
emana Pedagógica: pressuposto de estudo, análise e definição do Currículo de Ensino. publicado 13/01/2011 por Iza Aparecida Saliés em http://www.webartigos.

Merenda Escolar

Seduc comunica chamada pública para aquisição de alimentos da merenda escolar
Marcos Bergamasco/Secom-MT
Merenda Escolar
A coordenadoria de Alimentação Escolar da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) comunica a realização da Chamada Pública, dia 28 de março, às 8h30, para aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar e empreendedor familiar rural. A Chamada 001/2011 será por meio de Câmara de Negócios da Merenda Escolar dos municípios de Cuiabá e Várzea Grande e será realizada no Centro de Formação e Atualização de Professores (Cefapro), em Cuiabá.
A meta é fazer o registro de preços de gêneros alimentícios, para alimentação dos estudantes matriculados nas 126 unidades escolares de Cuiabá e Várzea Grande que ofertam da Educação Infantil (creche), ao Ensino Médio, além de Centros de Educação de Jovens e Adultos (Cejas).
No mesmo dia, 28 de março, também no Cefapro Cuiabá, a partir das 13 horas, a coordenação da Alimentação Escolar realiza o Pregão Presencial para registro de preços de gêneros alimentícios. Uma segunda modalidade voltada para comerciantes de gêneros alimentícios.
O processo licitatório do pregão 001/2011 é regido pela Lei 10.520/2002 e pelo decreto nº 7.217/2006, lei 8.666/1993 e Instrução normativa 005/2010, Lei Estadual 7.856/2002, Lei 11.947/2009, resolução FNDE 038/2009, Instrução Normativa Conjunta Seplan/Sefaz/AGE 001/2007 e suas alterações.
O objetivo desse Pregão também é fazer registro de preços de gêneros alimentícios, para atender as escolas estaduais de Cuiabá e Várzea Grande que ofertam a Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
O Cefapro Cuiabá fica na avenida Cuiabá, 96, bairro Cohab Nova. Outras informações entrar em contato pelo endereço eletrônico assessoriapedagogica@seduc.mt.gov.br, assessoriavg@yahoo.com.br ou ainda, pelos telefones (65) 3682-6275/3624-9788.
ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT

Notícia da Seduc/MT

Portaria define critérios para que secretarias peçam recursos

O Ministério da Educação publicou, nesta quinta-feira, 3, portaria que aprova resolução da Comissão Intergovernamental para Financiamento da Educação de Qualidade. Essa resolução trata do uso de parcela dos recursos da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para o pagamento integral do piso salarial dos profissionais da educação básica pública.

Composta por membros do MEC, do Conselho Nacional de Secretarias de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a comissão definiu cinco critérios que serão exigidos de estados e municípios para pedido de recursos federais destinados ao cumprimento da lei do piso salarial do magistério:


Aplicar 25% das receitas na manutenção e no desenvolvimento do ensino;
• Preencher o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope);
• Cumprir o regime de gestão plena dos recursos vinculados para manutenção e desenvolvimento do ensino;
• Dispor de plano de carreira para o magistério, com lei específica;
• Demonstrar cabalmente o impacto da lei do piso nos recursos do estado ou município.
Com base nessas comprovações, o MEC avaliará o esforço das administrações na tentativa de pagar o piso salarial dos professores.

Assessoria de Comunicação Social/MEC

Confira a Portaria nº 213. de 2 de março de 2011.

Fies

Fiador deixa de ser exigido em contratos do Fies para alunos de licenciatura ou com baixa renda
Da Redação

Em São PauloO MEC anunciou a regulamentação do fundo garantidor do Fies (Financiamento Estudantil). A partir de agora, alunos de baixa renda não precisarão mais ter fiador na hora de pedir o crédito.

A medida vale para quem possuir renda familiar mensal per capita de um salário mínimo e meio ou estiver matriculado em um curso de licenciatura. Também podem dispensar o fiador bolsistas parciais do Prouni (Programa Universidade para Todos) que assinem contrato a partir de agora para financiar o resto da mensalidade. Contratos antigos que já têm fiador não poderão entrar no fundo garantidor.

Para que o estudante tenha acesso ao financiamento, será preciso que a instituição de ensino tenha aderido ao fundo. Essa adesão é voluntária, já que o dinheiro da garantia virá das próprias faculdades e de recursos do Tesouro Nacional. A adesão das faculdades começa nesta quarta.

A opção pelo uso ou não do fiador será feita no momento do pedido do financiamento.

Refinanciamento
O ministério também anunciou que que contratos do Fies anteriores a 14 de janeiro de 2010 poderão refinanciar a dívida com juros menores, de 3,4%, e com maior prazo de pagamento. Estes contratos mais antigos vigoram com juros que podem chegar a 9%.

A parcela mínima do refinanciamento será de R$ 100, e o estudante poderá pedir o alongamento do prazo para até três vezes o período de utilização do Fies, acrescido de 12 meses. Nesta quarta, deve entrar no ar, no site do financiamento, um simulador de quanto pode ficar o valor a ser pago.

O pedido de refinanciamento precisa ser feito pela internet e, depois, formalizado pelo estudante e o fiador na agência onde foi celebrado o contrato.

Programa
As inscrições podem ser feitas em qualquer época do ano pelo site do programa. Os alunos podem solicitar o benefício em qualquer época do ano, com financiamentos de 50%, 75% ou 100% do valor da mensalidade.

Os candidatos que têm 60% ou mais da renda familiar mensal bruta per capita comprometida com a mensalidade podem pedir financiamento de 100%. Estudantes com comprometimento de renda igual ou superior a 40% e inferior a 60% podem pedir financiamento de 75%. Já alunos com comprometimento de renda igual ou superior a 20% e inferior a 40% podem financiar 50% da mensalidade.

Após a inscrição, os candidatos terão até cinco dias para validar suas informações na CPSA (Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento). É preciso também comparecer a um agente financeiro do Fies em até 15 dias após a realização da inscrição, com a documentação exigida no edital do programa e apresentar garantia ao financiamento pelas modalidades de fiança convencional ou solidária.

Estudantes matriculados em curso de licenciatura ou com bolsa parcial do Prouni poderão financiar até 100% do valor a ser pago.A partir do primeiro semestre de 2011, será exigida a participação no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para pedir o financiamento.

Novidades
O juros cobrados são de 3,4% ao ano. O prazo de quitação é de três vezes a duração do curso e a carência, por sua vez, é de 18 meses após a formatura. As parcelas a serem pagas são fixas.

Estudantes formados em cursos de licenciatura, que atuarem como professores da rede pública de educação básica, e de medicina, que atuarem como médicos do programa Saúde da Família, poderão abater 1% da dívida para cada mês trabalhado.

Dicas para o Professor

O moral ou a moral?

Por Thaís Nicoleti

A palavra “moral” pode ser masculina ou feminina, dependendo do sentido que assume em cada caso. A moral é o conjunto de valores e princípios éticos, enquanto “o” moral é o ânimo. É por isso que dizemos que a torcida eleva o moral dos times – não a moral.

Veja o fragmento abaixo:
“Mas a hierarquia queria mesmo era o sangue ‘do gado’ para animar a moral das tropas, mostrando o valor da disciplina.”

“Moral”, nesse trecho, ao que tudo indica é a disposição de espírito, não o conjunto de valores – seria o caso, portanto, de usar o artigo masculino. Assim:

... para animar o moral das tropas

Ainda convém lembrar a distinção entre os adjetivos “amoral” e “imoral”. Ambos são formados com prefixos de negação, mas cada termo tem seu significado particular. “Amoral” é aquilo que ignora os princípios morais (disse Oscar Wilde que a arte é amoral); “imoral” é aquilo que contraria os princípios morais.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Mensalidade Escolar

Reajuste nas mensalidades escolares teve maior peso na inflação de fevereiro

Vitor Abdala

Da Agência Brasil

No Rio de Janeiro



O reajuste de 6,41% nas mensalidades dos cursos formais foi a principal influência para a inflação de 0,80% registrada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo ) em fevereiro deste ano. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o reajuste de 8,24% nos demais cursos também contribuiu bastante para a inflação.

Educação foi o grupo de despesas que registrou a maior taxa: 5,81%. Outro grupo que teve contribuição importante para o IPCA de fevereiro foi o de despesas pessoais, com taxa de 1,43%.

Os alimentos, que puxaram a inflação nos últimos meses, registraram taxa de apenas 0,23%. Os demais grupos de despesas tiveram os seguintes índices: transportes (0,46%), habitação (0,32%), saúde e cuidados pessoais (0,31%), comunicação (0,49%), artigos de residência (0,44%) e vestuário (-0,25%).

Notícia Nacional

DPU diz que Caixa e BB pedem idoneidade cadastral de alunos que solicitam Fies; MEC nega prática

Da Redação

Em São Paulo



A Defensoria Pública da União em São Paulo (DPU-SP) pediu à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil, instituições financeiras que operam o Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior), que não solicitem comprovantes de idoneidade financeira aos estudantes que solicitam o financiamento. De acordo com a Defensoria, 200 alunos reclamaram quanto à exigência dos bancos –que, segundo o órgão, não pode ser feita.


Além do comprovante de idoneidade, diz a DPU, o Banco do Brasil também estaria pedindo que os estudantes abrissem uma conta corrente. O banco, por sua vez, respondeu ao ofício, afirmando que seguia uma portaria do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) que exigia a idoneidade. Além disso, o BB não teria sido comunicado de nenhuma decisão judicial contrária.




Segundo o defensor público Marcus Vinícius Rodrigues Lima, a recente mudança na legislação do Fies –que criou um fundo garantidor para dispensar o fiador– impede as exigências. De acordo com o órgão, foi proposto ao BB que assinasse um termo de ajustamento de conduta para tornar oficial o fim da cobrança.



Procurados, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal disseram que não falariam sobre o assunto e encaminharam o assunto para o MEC (Ministério da Educação). Já o ministério afirmou que a Caixa não “exige idoneidade cadastral” dos candidatos ao financiamento.



No entanto, diz o MEC, tanto a Caixa quanto o Banco do Brasil “estão discutindo os procedimentos sobre o tema”. A orientação do ministério é que não seja exigida a idoneidade.



Programa

Os alunos podem solicitar o benefício em qualquer época do ano, com financiamentos de 50%, 75% ou 100% do valor da mensalidade.



Os candidatos que têm 60% ou mais da renda familiar mensal bruta per capita comprometida com a mensalidade podem pedir financiamento de 100%. Estudantes com comprometimento de renda igual ou superior a 40% e inferior a 60% podem pedir financiamento de 75%. Já alunos com comprometimento de renda igual ou superior a 20% e inferior a 40% podem financiar 50% da mensalidade.



Após a inscrição, os candidatos terão até cinco dias para validar suas informações na CPSA (Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento). É preciso também comparecer a um agente financeiro do Fies em até 15 dias após a realização da inscrição, com a documentação exigida no edital do programa e apresentar garantia ao financiamento pelas modalidades de fiança convencional ou solidária.



Estudantes matriculados em curso de licenciatura ou com bolsa parcial do Prouni poderão financiar até 100% do valor a ser pago. A partir do primeiro semestre de 2011, será exigida a participação no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para pedir o financiamento.



O juros cobrados são de 3,4% ao ano. O prazo de quitação é de três vezes a duração do curso e a carência, por sua vez, é de 18 meses após a formatura. As parcelas a serem pagas são fixas.



Estudantes formados em cursos de licenciatura, que atuarem como professores da rede pública de educação básica, e de medicina, que atuarem como médicos do programa Saúde da Família, poderão abater 1% da dívida para cada mês trabalhado.

Educação física

Pega-pega americano, mãe da rua e fugi-fugiMarcelo Jabu*


Nova Escola

Introdução

Dentro do universo de jogos e brincadeiras infantis, os jogos de corrida e perseguição constituem um segmento muito importante para o desenvolvimento da motricidade e também uma modalidade de atividade lúdica muito apreciada pelas crianças dessa faixa etária (6 a 8 anos).

Os três jogos propostos aqui mobilizam as habilidades de perseguir e fugir, em três contextos com características diferenciadas, a saber:

No pega-pega americano, a trajetória de corrida de pegador e fugitivos é multi-direcional, ou seja, os deslocamentos acontecem em todas as direções possíveis.

No mãe da rua, a trajetória do pegador é multi-direcional, mas as trajetórias dos fugitivos acontecem apenas em um sentido, de uma calçada para a outra.

No fugi-fugi, a trajetória de corrida de pegador e fugitivos ocorre no mesmo sentido, mudando apenas a direção.

A realização desse tipo de atividade se justifica também pelas restrições de utilização do espaço impostas às crianças de hoje, principalmente para aquelas que moram em zonas urbanas.

Educação Física

Jogo de Fugi-fugi

Marcelo Jabu*

O espaço para o jogo é delimitado num retângulo de 15 x 10 metros, aproximadamente. Essa medida pode variar um pouco em função do número de alunos e do espaço físico disponível. Se no início da atividade o educador perceber que o espaço está muito congestionado ou que os jogadores estão ficando muito distantes entre si, faça um ajuste nas medidas.

Um jogador é escolhido pegador e se posiciona atrás de uma das linhas do lado menor do retângulo. Os demais jogadores (os fugitivos) se posicionam atrás da linha, do lado oposto do campo onde está o pegador.

O desafio dos fugitivos é atravessar correndo o campo de jogo sem serem pegos, até a extremidade oposta do campo, a cada rodada. No início de cada rodada, o pegador, de sua posição inicial, grita a todos: "Lá vou eu!!!" Ao que os fugitivos respondem em coro: "Fugi-fugi!!!" e imediatamente partem para a travessia do campo de jogo.

Também aqui, ao jogador que entra no campo não é mais permitido voltar para trás da linha de fundo. Os jogadores que forem pegos se transformam em pegadores fixos, na posição do campo em que foram pegos, tornando-se auxiliares do pegador principal.

A cada rodada, repetem-se os avisos de "Lá vou eu!" e "Fugi-fugi!" antes de cada período de fuga e perseguição. Ao longo da partida, o espaço vai sendo ocupado por um número maior de pegadores fixos, e é declarado vencedor o jogador que conseguir se manter ileso até a rodada final.

Fique atento para o caso de um pegador escolhido não conseguir realizar seu propósito, tornando o jogo desinteressante para si e para o grupo. Nesse caso, escolha um segundo pegador para auxiliar o pegador principal.

Avaliação

Ao final de cada aula, reúna os estudantes numa roda de conversa para vocês avaliarem juntos os avanços conquistados e as dificuldades que foram enfrentadas durante a vivência dos jogos. Embora exista a possibilidade de um vencedor final, é pouco provável que isso ocorra nessa faixa etária. Atenção: saber quem foram os vencedores também é pouco eficiente, uma vez que a sensação mais efetiva é vivida pela criança a cada êxito alcançado no ato de conseguir pegar ou conseguir escapar.




* Marcelo Jabu é professor de educação física.

Notícia Nacional

Idec: estudantes devem desconfiar de ações que não estejam claras no Fies



SÃO PAULO - A Defensoria Pública de São Paulo recebeu denúncia de que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, bancos que concedem crédito pelo Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior), estariam exigindo dos requerentes do financiamento uma comprovação de inexistência de débitos no SPC e Serasa, além de obrigá-los a abrir conta-corrente em uma de suas agências.

De acordo com o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), os interessados no financiamento devem desconfiar de práticas que não estejam explicitadas no programa. O instituto explica que a abertura de conta, por exemplo, representa uma venda casada, que é considerada uma prática ilegal, conforme o Código de Defesa do Consumidor.

Apesar da redução das taxas de juros do crédito estudantil de 6,5% para 3,4% ao ano, o instituto alerta ainda aos futuros universitários que fiquem atentos a todas as etapas do financiamento. "O programa aumentou o prazo para quitação, que agora será de três vezes o tempo do curso", explica o Idec, em nota.

Uma novidade para este ano é a opção dos fiadores solidários. Os estudantes que tiverem dificuldades em apresentar fiadores podem se associar a outras estudantes e formar grupos de três a cinco fiadores, mas todos devem estar matriculados na mesma universidade. O Idec lembra que, neste caso, não há necessidade de comprovação de renda.

Fies

As inscrições para o Fies deste ano começaram no dia 31 de janeiro. Os estudantes devem acessar o site do programa para se candidatar. Cinco dias depois do cadastro, o candidato deve validar as informações declaradas na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento da instituição de ensino na qual fará o curso. Caso o crédito seja aprovado, o estudante deve formalizar o contrato na Caixa Econômica Federal ou no Banco do Brasil.

Para se candidatar, o estudante deve estar matriculado em curso do Ensino Superior privado, não pode estar com matrícula em situação de trancamento e também não pode ser beneficiário da bolsa integral do ProUni (Programa Universidade Para Todos). O Fies não é válido para os cursos a distância.

A partir desse ano há algumas novas regras. Uma delas é que, para solicitar o financiamento, o candidato deve ter prestado o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Os financiamentos podem ser de 50%, 75% ou até 100% do valor da mensalidade e existe um prazo de carência de seis meses para começar a pagar. Para solicitar 100% do valor, a mensalidade devem comprometer de 50% a 75% da renda familiar do estudante.

Outra nova regra é o aumento do percentual de financiamento para os estudantes não bolsistas do ProUni, que passou de 50% para 75%.

Educação física

Jogo Mãe da Rua


Marcelo Jabu*



Regras

O espaço em que será realizado é delimitado por duas linhas paralelas com a distância de mais ou menos 8 metros entre elas, simulando o espaço de uma rua com duas calçadas.

As crianças se posicionam atrás de uma das linhas e ficam voltadas na direção do espaço entre elas. Um jogador é escolhido como pegador e se posiciona no centro do espaço de jogo.

O desafio para os fugitivos é atravessar o campo de jogo entre uma calçada e outra sem ser tocado pelo pegador, caso isso aconteça o jogador pego assume essa função, e o pegador passa a ser fugitivo.

Você pode propor uma regra que torna o jogo mais desafiante para todos os participantes: os jogadores fugitivos que deixarem uma das calçadas em direção ao campo não podem mais retornar para a calçada de onde saíram, tendo que tentar a travessia do campo.

Essa regra é um pouco difícil de ser seguida de pronto por crianças dessa idade pois envolve um controle corporal e uma leitura das velocidades e das distâncias entre os jogadores que é um pouco complexa. No entanto, é justamente a construção dessas noções de distância e velocidade o objeto principal de aprendizagem que o jogo promove nos jogadores.

Um desdobramento do grau de complexidade do jogo pode ser proposto na segunda aula de vivência do jogo, com a alteração de um detalhe da regra: o jogador que é pego se transforma em pegador, mas quem o pegou continua exercendo essa função, ou seja, a cada jogador pego aumenta o número de pegadores. Conseqüentemente, o espaço de fuga vai se tornando cada vez menor e o desafio para os fugitivos vai se tornando cada vez mais complexo.

Também aqui, cuide para que todos os jogadores possam vivenciar as funções de pegador e de fugitivo.

Notícia Internacional

Igreja trata homossexualidade como 'vício' em escolas e cria polêmica na Espanha



Anelise Infante

De Madri

Para a BBC Brasil



Uma proposta da Igreja Católica de ensinar moral sexual a crianças tratando o homossexualismo como "vício" está causando polêmica na Espanha.

O Arcebispado de Valência elaborou um curso extracurricular - como opção aos cursos oficiais de educação sexual aprovados pelo governo - que será disponibilizado a todas as escolas interessadas.

Esse curso, dirigido a crianças de 5 a 14 anos, apresenta como "vícios" temas como erotismo, pornografia, homossexualidade, masturbação, voyeurismo e obsessão por sexo.

O programa aborda a sexualidade "a partir de uma visão integradora com aspectos biológicos, fisiológicos, psicológicos, sanitários, antropológicos, morais e sociais", disse à BBC Brasil o porta-voz do arcebispado valenciano.

O chamado Programa de Educação Afetivo-Sexual será dividido em três módulos, de acordo com a faixa etária.

As crianças menores de cinco a sete anos de idade, terão aulas sobre precaução contra abusos, heterossexualidade e pudor.

Crianças de oito a 11 anos aprenderão sobre vícios, erotismo e pornografia.

Os maiores, de 12 a 14 anos, vão ter lições sobre o homossexualismo, as famílias convencionais e a castidade até o casamento.

'Referência'

O programa foi apresentado aos colégios diocesanos, dependentes do arcebispado, e instituições religiosas de ensino. Para todos os centros escolares, o programa será oferecido como uma "proposta educativa": não obrigatória porém como "material de referência".

O presidente da Comissão Diocesana de Ensino, Rafael Cerda, disse que muitos centros católicos expressaram interesse em implantar o programa.

O programa também foi oferecido a 300 mil alunos aos bispados das províncias de Valência, Alicante, Mallorca, Menorca e Ibiza.

Organizações de gays criticaram a proposta, acusaram a Igreja de retrógrada e discriminatória e prometeram contestar o plano na Justiça.

"(São) Lições absolutamente fora da realidade que, além do mais, violam a Constituição, pois nos consideram pessoas disfuncionais, portanto serão levadas aos tribunais", disse à BBC Brasil José de Lamo, coordenador-geral da associação Labmda, que representa gays, lésbicas, transexuais e bissexuais espanhóis.

"Não permitiremos que as crenças religiosas discriminatórias sejam colocadas acima dos direitos fundamentais e do respeito. Imagine que há muitas crianças que tem pais homossexuais e querem ensinar nas escolas que estas famílias são patológicas", acrescentou.

Críticas

A queixa da associação Lambda se baseia principalmente no módulo dois do programa católico, que afirma que "a relação entre homossexuais é errônea e estes não devem ser considerados esposos, nem pais".

A Constituição espanhola permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por casais gays.

Um dos criadores do método, no entanto, acha que a Igreja apenas defende sua doutrina e tem o direito atender às demandas dos fieis por uma linha de educação para seus filhos coerente com sua crença.

"Tratamos a educação sexual de acordo com nossas convicções, isso é também um direito reconhecido pela Constituição espanhola", disse à BBC Brasil Juan Andrés Taléns, diretor da cátedra de Ciências do Matrimônio e Família do Pontifício Instituto João Paulo 2º, um dos 20 especialistas convocados pelo arcebispado para elaborar o programa.

"Está claro que a política educativa nacional está fracassada. O grande número de abortos, gestações indesejadas e doenças de transmissão sexual são derivados de uma sexualidade inadequada", afirmou.

Nos próximos meses, o programa será estendido a todas as escolas católicas do país como matéria facultativa.

"O problema é que mesmo em colégios católicos, estamos em um país laico, onde a Igreja não é a encarregada de formar sexualmente os alunos", afirmou a presidente da FAPA (Federação de Associações de Pais e Mães de Alunos), Maria José Navarro.

A dirigente disse à BBC Brasil que para elaborar "os conteúdos retrógrados deste programa chamado educativo ninguém contou com a opinião dos pais".

"Esta forma de impor critérios é própria de uma igreja castradora, que nem sequer se questiona se a maioria dos pais quer uma educação de qualidade e respeitosa com todo mundo", afirmou.

Fonte UOL

Notícia

Funcionários que desviavam merenda são presos no AM


Manaus - A Polícia Federal prendeu hoje três pessoas acusadas de desviar merenda escolar em Manaus (AM). A operação "Áscaris" prendeu os funcionários públicos Luiz Eduardo Ferreira Amorim, Rildo Martins de Souza e Ivan Monteiro da Silva, acusados de desviar pelo menos meia tonelada de alimentos este ano, segundo a assessoria da PF.
As investigações começaram no início de fevereiro, juntamente com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Manaus. Uma denúncia anônima fez a PF encontrar 300 quilos de alimentos com tarja da Semed em um mercado no bairro São Raimundo, na zona oeste da capital. Os presos devem responder pelo crime de peculato.

Creche


PAC prevê a criação de 6 mil creches

Por: Valeska Andrade

As prefeituras brasileiras terão que construir 6 mil creches e escolas públicas de educação infantil até 2014, segundo previsão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2).

As instituições gerarão 1,2 milhão de vagas. Um dos pré-requisitos para receber recursos do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), do Ministério da Educação (MEC), é ser proprietária e ter o título de propriedade do terreno.

Para a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, esse é um dos principais problemas dos municípios. A prioridade do PAC-2 são os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O Proinfância já financiou a construção de 2,3 mil escolas de educação infantil.



Fonte: Correio do Povo

Educação

Neurociência a favor da educação

Por: Valeska Andrade


É comum que áreas distintas do conhecimento, como a neurociência e a educação, tenham dificuldades em se relacionar. No entanto, equipe do Programa de Pós-Graduação em Educação e Ciências do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vem tentando estabelecer pontes para que esse diálogo ocorra na sala de aula.

O curso Memórias, Identidades e Constituição dos Sujeitos busca traduzir para professores e alunos como o funcionamento do cérebro humano pode facilitar o processo de ensino e aprendizagem.

O foco é o estudo da formação da memória. A professora de biologia Angela Maria Ruschel Korb, fez o curso em 2009 e 2010. “Aprender como a memória funciona ajuda a tirar maior proveito na hora de ensinar”, afirmou.

Fonte: Zero Hora (RS)

Formação de Professor



O PNE e a formação docente

Por: Valeska Andrade


Em artigo, o conselheiro do Todos Pela Educação e membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), Mozart Ramos, lembrou do Plano Nacional de Educação (PNE), que o Ministério da Educação (MEC) encaminhou, no ano passado, ao Congresso Nacional.

Nele estão as 20 metas e estratégias para melhorar a educação brasileira nos próximos 10 anos. “O País precisa resgatar o valor do professor na sociedade, tornando a carreira objeto de desejo, assim como em países no topo da educação, como a Finlândia”, diz Ramos.

Nesse sentido, o PNE traz três metas importantes, uma delas trata da necessidade de garantir a todos os professores formação específica (nível superior) em curso de licenciatura. “Para atrair professores mais talentosos é preciso de salários atraentes. E a meta 17 veio para contribuir nesse quesito”, acredita.



Fonte: Correio Braziliense (DF)

quinta-feira, 3 de março de 2011

ProUni

Pré-selecionados do ProUni têm até esta sexta para fazer matrícula


Agência Brasil

Os candidatos a bolsas de estudo do Programa Universidade Para Todos (ProUni) pré-selecionados na primeira chamada da segunda etapa de inscrições deverão apresentar até amanhã (4) os documentos e fazer a matrícula na instituição particular de educação superior que escolheram.

Se houver bolsas disponíveis, uma segunda chamada será feita em 13 de março. Depois das duas chamadas, os candidatos que não forem pré-selecionados e os pré-selecionados para cursos em que não houve formação de turma constarão de uma lista de espera, que estará à disposição das instituições de ensino participantes do ProUni a partir de 21 de março.

As instituições convocarão os estudantes da lista de espera entre 21 e 25 de março para verificar as informações prestadas na inscrição e matrícula.

MEC

MEC finaliza matriz de concurso nacional para professores; prova será em 2012


Amanda Cieglinski

de Brasília


Dez meses depois do anúncio da proposta, começa a sair do papel a criação da Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente. A ideia do Ministério da Educação (MEC) é aplicar anualmente uma prova para selecionar professores interessados em trabalhar na rede pública.

Os resultados serão utilizados pelas secretarias municipais e estaduais de Educação que aderirem ao projeto. A portaria que normatiza o exame deve ser publicada hoje (3) no Diário Oficial da União e a matriz dos conteúdos está disponível para consulta pública na internet.

A prova será de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Inicialmente, a ideia é que ela fosse aplicada em 2011, mas a primeira edição será no ano que vem, adianta o ministro Fernando Haddad. Logo que a proposta foi lançada, entidades que representam as instituições formadoras de professores e representantes da categoria questionaram o formato e a finalidade do exame. O MEC e o Inep tiverem que sentar à mesa com essas organizações para fechar a matriz e instituir um comitê de governança que dará a palavra final sobre o documento.

“A conclusão de vários estudos é de que as provas de concurso, em geral, são mal elaboradas do ponto de vista da seleção de quem vai trabalhar em sala de aula, elas não definem claramente qual é o perfil do bom professor. Nosso trabalho agora é legitimar uma matriz de referência que possa ser usada inclusive por aqueles que que não queiram se valer da prova nacional”, defende Haddad.

Segundo o ministro, anualmente cerca de 100 mil professores ingressam na rede pública. Ele acredita que a matriz pode servir de referência para que estados e municípios melhorem seus processos seletivos. “Nosso papel é induzir. Esse trabalho causa impacto na qualidade dos concursos, independentemente da realização da prova nacional. Isso tem impacto para trás, na formação inicial, e para frente, na própria carreira”, diz.

Ainda não há previsão de quando a primeira edição será realizada e, segundo Haddad, não há “pressa”. As entidades deverão apresentar sugestões de alteração à matriz até o fim de março. A presidenta do Inep, Malvina Tuttmann, explica que o próximo passo é fazer uma chamada pública para especialistas em educação interessados em formar um banco de itens, já que o Inep não tem questões preparadas para avaliar esse público. “Isso já vai ocorrer paralelamente. Esses profissionais serão qualificados para fazer um exame de grande escala”, aponta.
De acordo com o documento, a prova vai avaliar o profissional a partir de três dimensões: profissão docente e cidadania, trabalho pedagógico e domínio dos conteúdos curriculares. Serão exigidos conhecimentos em temas como políticas educacionais, gestão do trabalho pedagógico, além do domínio dos conteúdos como língua portuguesa , matemática, história e artes.

UNEMAT

Convocada 1ª Sessão Ordinária do Conepe da Unemat


Jornal Oeste

Marcada para os dias 22 e 23 de março em Cáceres a 1ª Sessão Ordinária do Conselho de Ensino , Pesquisa e Extensão da Unemat . A sessão foi convocada pelo presidente do conselho, o reitor Adriano Silva , e será realizada no Auditório “Edival dos Reis, na Cidade Universitária, às 8h.

São pautas da primeira sessão o calendário de reuniões para este ano e homologação das resoluções Ad Referendum que tratam de alterações e adequações a matrizes curriculares e reestruturação de projetos político pedagógicos.

Piso Salarial

Professores de Cuiabá recebem piso superior ao fixado pelo MEC


Redação 24 Horas News


O Ministério da Educação (MEC) divulgou no final do mês de fevereiro o novo valor do piso nacional do magistério. O reajuste aplicado foi de 15,8%, elevando o piso de R$ 1.024 para R$ 1.187 para uma jornada semanal de 40 horas e válida para professores de educação básica da rede pública.

O piso nacional do magistério foi estabelecido por lei em 2008, mas, segundo as entidades que representam a categoria, continua sendo desrespeitado na maioria dos estados e municípios. Há ainda divergências sobre o cálculo do reajuste. De acordo com a legislação, o piso deve ser atualizado com base no percentual de crescimento do valor por aluno estabelecido pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para matrículas dos primeiros anos do ensino fundamental urbano.

Os professores da rede municipal de ensino de Cuiabá têm um piso bem superior ao que foi estabelecido pelo Ministério da Educação. Enquanto o MEC estabeleceu um piso de R$ 1.187 para uma jornada semanal de 40 horas, na Capital o valor pago aos professores é de R$ 1.207,73, para uma jornada de 20 horas semanais.

A política de valorização dos profissionais é uma das prioridades da SME, como assegura o secretário municipal de Educação, Permínio Pinto Filho lembrando que, além de pagar um dos melhores pisos salariais do país, há uma preocupação em oferecer também formação constante aos professores, sempre voltada para garantir a qualidade do ensino.

Dentro dessa política de valorização a Secretaria Municipal de Educação realizou no ano passado um concurso público, garantindo assim a contratação de mais de 300 professores que já foram nomeados e estão sendo empossados. Muitos deles já estão em sala de aula no atual ano letivo.

Com o concurso público, a Secretaria Municipal de Educação reduziu consideravelmente o número de profissionais com contratos temporários e, consequentemente, assegurou estabilidade de emprego para os aprovados.

Creche

EXEMPLO


Justiça manda prefeitura abrir creches durante férias escolares

Redação com Agência Brasil


O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou que a prefeitura mantenha suas creches e pré-escolas abertas durante o período de férias escolares. A Câmara Especial do TJSP manteve decisão do juiz Antônio Carlos Alves Braga Júnior, da Vara da Infância e Juventude, que ordenou a prestação do serviço durante todo o ano.

Com a decisão, o TJSP atende a um pedido feito pela Defensoria Pública de São Paulo, em ação civil pública de 2007. Segundo a Defensoria, a sentença beneficia 150 mil crianças da cidade.
Para o órgão, as creches não podem ser fechadas porque prestam um serviço de educação e também de assistência social, considerado essencial e que, portanto, não pode ser interrompido.

“Sem o serviço de creches, as crianças privam suas mães de trabalhar e ganhar dinheiro para atender às necessidades básicas da família”, afirmou o defensor público Pedro Giberti, em comunicado da Defensoria.

Para ele, essa decisão pode ainda estimular que outros municípios mantenham suas creches abertas no período das férias.

Estágio

Terminam amanhã as inscrições para concurso


As vagas são para alunos que cursem a partir do 3º ano ou 5º semestre


DA ASSESSORIA


vai até sexta (04) o prazo para os interessados em se inscrever no concurso de estagiários do Ministério Público do Estado de Mato Grosso. As vagas são destinadas a alunos que estejam cursando a partir do 3º ano ou 5º semestre do curso de Direito. Ao todo foram disponibilizadas 98 vagas, alem da formação de cadastro de reserva. Para Cuiabá são 34 vagas e Várzea Grande 07.

De acordo com o edital, publicado no Diário Oficial do Estado que circulou no dia 17/02, os interessados em se inscrever para participar do concurso deverão se dirigir à Procuradoria-Geral de Justiça, em Cuiabá, e às sedes das Promotorias de Justiça no interior do Estado, das 13h às 17h30. A inscrição será feita mediante requerimento formal, conforme modelo disponibilizado no site do Ministério Público (www.mp.mt.gov.br).

O Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf/MP) esclarece que não serão permitidas inscrições por via postal. Junto ao requerimento, deverá ser apresentada (original e cópia) da Carteira de Identidade, Certidão de Nascimento ou documentos equivalentes; duas fotos 3x4; atestado de matrícula e comprovante do pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 20,00. A taxa deverá ser recolhida em qualquer agência do Banco do Brasil, em favor do Fundo de Apoio do Ministério Público, agência 3834-2, c/c 1050018-9.

As provas ocorrerão, simultaneamente, em todas as comarcas no dia 17 de abril, das 9h às 11h. O conteúdo programático abrange temas relacionados aos princípios e funções constitucionais do Ministério Público; teoria geral do processo, direito penal e direito civil.

Conforme o Ato Administrativo 013/2009, o estagiário do Ministério Público receberá bolsa mensal no valor de R$ 600,00 e a jornada de trabalho é de 25 horas semanais.

VAGAS: Cuiabá (34), Várzea Grande (07), Água Boa (03), Alta Araguaia (01), Barra do Bugres (01), Campo Novo do Parecis (01), Canarana (01), Chapada dos Guimarães (01), Jaciara (04), Juara (03), Nova Xavantina (02), Peixoto de Azevedo (01), Pontes e Lacerda (02), São José do Rio Claro (01), Sorriso (01), Tangará da Serra (02), Alto Garças (01), Alto Taquari (01), Apiacás (01), Aripuanã (02), Brasnorte (01), Campinápolis (01), Cláudia (02), Cotriguaçu (02), Colniza (02), Feliz Natal (01), Marcelândia (01), Nova Monte Verde (02), Paranaíta (01), Querência (01), Ribeirão Cascalheira (02), Rio Branco (01), Rosário Oeste (01), Santo Antônio de Leverger (01), Sapezal (02), São Félix do Araguaia (02), Terra Nova do Norte (02), Vila Bela da Santíssima Trindade (01), Vila Rica (02).

Serão formados ainda cadastro de reserva para as promotorias de Rondonópolis, Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Campo Verde, Colíder, Comodoro, Diamantino, Juína, Lucas do Rio Verde, Mirassol D´Oeste, Nova Mutum, Paranatinga, Poxoréo, Primavera do Leste, Sinop, Araputanga, Arenápolis, Dom Aquino, Guarantã do Norte, Guiratinga, Itaúba, Itiquira, Jauru, Juscimeira, Matupá, Nobres, Nortelândia, Nova Canaã do Norte, Nova Ubiratã, Pedra Preta, Poconé, Porto Esperidião, São José dos Quatro Marcos, Tapurah e Vera.

Ensino Superior

Professor de escola pública poderá fazer curso superior e pagar com aulas


Agência Brasil

Cerca de 381 mil professores da educação básica – 16% dos que atuam em sala de aula – estão matriculados em cursos superiores, seja para conseguir o primeiro diploma ou complementar a formação. O Ministério da Educação (MEC) quer incrementar esse número e decidiu ampliar benefícios do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para profissionais que já atuam na rede pública.

Desde o ano passado, o programa permite a estudantes de cursos de licenciatura pagar o financiamento atuando em escolas da rede pública após a formatura. Cada mês trabalhado em regime de 20 horas semanais abate 1% da dívida – o que permite quitar o valor em oito anos e quatro meses sem custo financeiro.

A partir de uma portaria publicada hoje (3) no Diário Oficial da União, a medida será estendida a professores que já atuam na rede pública e querem cursar alguma licenciatura. Para aqueles que já estão na carreira, o tempo em que estiver fazendo o novo curso e trabalhando em escola pública passa a contar para o abatimento da dívida.

Levantamento feito pelo MEC em 2009 identificou que 600 mil professores que atuavam na educação básica não tinham a formação mínima adequada – ou não tinham diploma em nível superior ou eram formados em outra áreas que não as licenciaturas.

O cruzamento feito entre os dados dos censos da Educação Básica e Superior, que identificou 381 mil professores em busca do diploma, mostra que a maioria – 192 mil – está matriculada em cursos de pedagogia. Em seguida aparecem as licenciaturas em letras (44 mil), matemática (19 mil), história (14 mil), biologia (14 mil) e geografia (10 mil). Do total, 67% estão em instituições privadas.

De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, não é possível indicar se esses profissionais estão em busca de uma primeira ou de uma nova graduação. O MEC pretende depurar os dados para conhecer melhor esse público. “Mas os números nos surpreenderam positivamente. Nos dois casos [de o professor ter ou não nível superior], a busca pela formação é positiva”, disse.

Há ainda docentes matriculados em cursos que não são diretamente relacionados à prática pedagógica como direito (8 mil), administração (5 mil) e engenharia (3 mil).

Professor

19% dos professores da educação básica fazem curso superior, diz Inep


G1


De 1,97 milhão de professores da educação básica do país, 19% estão matriculados em cursos de graduação, segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação nesta quinta-feira (3). Do total, 68% têm formação superior e 13% permanecem sem graduação.



Segundo o MEC, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) usou dados do Censo dos Professores da Educação Básica e o Censo dos Estudantes da Educação Superior de 2009 para chegar ao número de matriculados na graduação. Para não haver dupla contagem, o Inep fez o cruzamento usando o CPF dos educadores.



Dos 381.214 professores matriculados na educação superior, 206.610 fazem cursos presenciais e 174.604, educação a distância, segundo o MEC. Mais de 50% dos educadores estão em cursos de pedagogia – 192.965, seguido de letras (44.754), matemática (19.361) e história (14.478).



Depois das licenciaturas, os cursos mais procurados são direito, com 8.891 matrículas, administração (5.809) e serviço social (4.259), mas há também professores nas engenharias, na psicologia, entre outros.



Dados do Inep sobre a evolução da matrícula, do ingresso e da conclusão das licenciaturas, presenciais e a distância, em matemática, química, física e biologia, entre 2002 e 2009, mostram este quadro: em 2002, as matrículas nessas quatro áreas do conhecimento somaram 167,9 mil; em 2009, subiram para 248,7 mil. No mesmo período, ingressaram 64,5 mil estudantes (2002) e 83,4 mil (2009). Os concluintes em 2002 somaram 21,6 mil e em 2009, 39,8 mil.



Jovem

Amigos, pais e baladas influenciam jovens a começar a fumar, diz estudo

G1

Um levantamento feito com estudantes do ensino médio de escolas particulares da cidade de São Paulo constatou que muitos adolescentes experimentam o uso do cigarro aos 14 anos de idade, e os fatores que levam os jovens a começar a fumar varia entre homens e mulheres.



A pesquisa foi feita pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que ouviu 2.691 estudantes das escolas particulares, pertencentes às classes socioeconômicas A, B e C.



O estudo permitiu comprovar que a influência dos amigos, a relação com os pais e a presença dos jovens nas “baladas” são fatores importantes na iniciação ao cigarro. De acordo com a pesquisa, pais fumantes influenciam tanto meninos quanto meninas. “A relação dos jovens em casa também é um fator que se mostrou preponderante”, explica Zila Van der Meer Sanchez, uma das coordenadoras da pesquisa. “No caso das meninas, quanto menos atenção dos pais maior é o risco de ela começar a fumar. Já os meninos são influenciados pelos amigos e por uma eventual morte dos pais.”



Ainda de acordo com a pesquisa, o contato dos jovens do ensino médio com o cigarro ainda é esporádico. Entre os entrevistados, 14% tinham fumado pelo menos um cigarro nos últimos mês. A maioria usou o cigarro no máximo 5 dias no mês. Apenas 3% dos entrevistados fumavam todo dia.



Os dados da pesquisa foram coletados em 2008, antes do início da lei antifumo em São Paulo, que foi promulgada no ano seguinte. A prevalência do cigarro nas baladas mostrou que enquanto a chance de fumar entre os meninos aumentava em mais de 800% quando a frequência a baladas é intensa, nas meninas sobe para 1.400%.



O Cebrid prepara um novo levantamento sobre uso de tabaco, álcool e drogas entre os jovens. Os números preliminares mostram que no ensino médio das escolas públicas, por exemplo, a incidência é um pouco maior, de 17,5% comparada aos 14% registradas nas escolas particulares. E a iniciação ao cigarro nas escolas públicas se dá em média aos 13 anos e seis meses.



Olhardireto

Greve

Prefeito de Sinop aciona Justiça contra greve de professores

De Sinop - Alexandre Alves



Prefeito diz que sindicato está intransigenteO prefeito Juarez Costa (PMDB) determinou, hoje, que o departamento jurídico da Prefeitura de Sinop entre na Justiça, com pedido para encerrar a greve dos professores - já chega ao 17º dia. A procuradora jurídica do município, Adriana Gonçalves Pereira Nervo, disse, ao Olhar Direto, que entrará com pedido de “Declaratório de Ilegalidade da Greve”, com efeito liminar.



“O prefeito Juarez resolveu isso após várias reuniões que fizemos e depois de tentar, de todas as formas, ofertar a melhor proposta possível para o sindicato. O pedido será embasado com varias teses, primeiro que a educação trata também de serviço essencial. Existe o principio da continuidade do serviço publico. Então pelo menos 30% dos serviços na educação deveriam ser mantidos”, diz a procuradora.



Adriana aponta ainda que o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep) de Mato Grosso, subsede Sinop, que lidera a greve, não teria legalidade para comandar a paralisação, já que a entidade não teria registro do estatuto do Sintep local junto ao Ministério do Trabalho.



“Além disso, se a prefeitura for atender todas as exigências do Sintep, a folha salarial atingiria 61% da arrecadação municipal, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – o limite é de 54%. Um estudo do controle interno da prefeitura mostra total inviabilidade de atender todas as exigências do Sintep”, completa Adriana Gonçalves, informando que a ação deve ser protocolada ainda hoje.



O prefeito argumenta que a proposta de Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) exigido pelo sindicato é impraticável. Sustenta que, além disso, a proposta da prefeitura – rejeitada em assembleia ontem – é o máximo que o caixa municipal pode possibilitar. Juarez Costa aponta que o Sintep está sendo intransigente, pois o ganho salarial com o PCCS ofertado seria relevante para a maioria dos professores. O chefe do Poder Executivo aduz que o sindicato não está informando os professores com a devida transparência, causando confusão na classe.



Outro lado:



O vice-presidente do Sintep Sinop, Valdeir Pereira, rebate as informações dizendo que o a subsede possui o registro no Ministério do Trabalho e que, ao contrário do que afirma Adriana, a educação não precisa manter parcela dos profissionais trabalhando quando há uma greve. “Quanto aos 30% ela esta enganada, porque a educação não é considerada serviço essencial. Em todos os casos, ele [Juarez Costa] não esta fazendo mais do que o papel dele”, apimenta o professor.



Valdeir informou que o próximo passo do movimento grevista é aguardar novo posicionamento do Poder Executivo, já que houve reprovação em assembleia da proposta do prefeito. “Esperamos que a prefeitura comece uma negociação propositiva”, finaliza.



Artigo - Ensino

Ensino – Aprendizagem: Os Múltiplos Desafios

Vanessa Sanceverino Esteves

Há tempos, a avaliação era motivo para medo, tensão e ansiedade. Hoje em dia, as idéias em relação a este processo mudaram bastante, podendo evoluir ainda mais. O que se precisa fazer é escolher o método avaliativo ideal para cada grupo em questão. Sendo assim, o processo será melhor aproveitado tanto pelo educador como para o educando.

O educador precisa estar atento ao grupo analisado, percebendo que o desempenho do aluno pode ser mensurado pela maneira com que se trabalham os conteúdos, na sua participação nas aulas, no contato com o grande grupo, etc. Através dessa observação o educador pode ver onde há dificuldades e também as vitórias da turma, podendo escolher qual é a melhor forma de trabalhá-las. Acima de tudo, o crescimento pessoal e em grupo do aluno deve ser levado também em conta, não só a nota atribuída a ele através de métodos avaliativos escritos.

É importante para o educando saber como será avaliado no decorrer dos trabalhos em sala, e também quais os critérios utilizados pelo educador nesse momento. Estando por dentro desse contexto, haverá maior empenho e preparação do aluno. Nestes casos, o processo avaliativo tende a ser mais bem sucedido tanto para o professor como para o aluno, além de tudo pode-se interpretar de forma mais clara os resultados alcançados no processo ensino-aprendizagem.

Mas o grande passo para o processo avaliativo de sucesso consta em inovar sempre. Buscar esses métodos analisando a realidade do aluno, facilita muito na escolha da melhor forma avaliativa. Desmistificando o “terror” do processo avaliativo, o professor alcançará os resultados positivos e esperados com mais facilidade e aproveitamento. Importante ainda dizer que o aluno deve ter oportunidade de participar da elaboração das regras, dos limites, dos critérios de avaliação, das tomadas de decisão, além de assumir pequenas responsabilidades.

Um processo avaliativo interessante são os seminários, onde é possível uma troca rica de vivências e experiências. O conteúdo trabalhado pode ser mais bem explanado e discutido de forma simples, informal e completa. A auto-avaliação pode ser muito proveitosa também. O aluno torna-se crítico e analisa seu processo de aprendizagem. Essa análise faz o aluno perceber onde há dificuldades e também os pontos fortes nesse processo. Além disso, o professor pode sugerir atividades para melhoria dessas dificuldades, e não corre o risco de ser injusto em alguma avaliação.

Essa forma avaliativa pode ser através de questionários, de conversas no coletivo ou de entrevistas individuais. Pretende-se que ela ajude o aluno a criar senso de responsabilidade, o faça exercitar a capacidade de autocrítica, que o instigue a refletir sobre sua conduta. Este é realmente o papel da auto-avaliação.

Os conselhos de classe são uma forma de melhorar o trabalho docente em sala e também adaptar o currículo da forma mais flexível para o grupo. Nas reuniões pode haver a troca de experiências entre os educadores e também diversas opiniões sobre os alunos em questão. Uma sugestão para enriquecer ainda mais essas reuniões é interagir com a família do aluno. A troca de experiências família x escola pode ser muito produtiva quando o assunto é avaliação. As escolas deveriam investir nessa interação sempre que possível.

A avaliação é um dos meios pelos quais podemos conhecer os alunos. Ela permite acompanhar os seus passos no dia-a-dia. Descreve as trajetórias, seus problemas e suas potencialidades, favorecendo que o trabalho de ensino-aprendizagem se dê de forma coerente com os objetivos e desejos de professores e alunos.

É muito simples tratar a avaliação ao nível de importância de seus instrumentos. Alguns teimam em entender por avaliação os tipos de provas, de exercícios, de testes, de trabalhos etc. Mas a avaliação deve ser vista como um processo amplo da aprendizagem, indissociável do todo, envolvendo responsabilidades do professor e do aluno. Ao tratar a avaliação dessa forma, percebemos seus verdadeiros propósitos, sua relação com o ensinamento, seu aspecto formativo e contínuo no processo educacional da atualidade.

Vanessa Sanceverino Esteves é Coordenadora do DC na Sala de Aula

Artigo

SOMOS RUINS MESMO!! (Outubro/2008)

Gilmar De Oliveira


Você leu a reportagem da Revista “Veja” da última semana de agosto? Aquela do Ensino no Brasil, de escola péssima, mas pais e professores satisfeitos com o nível da educação. Se não leu, caro leitor, leia e reflita.

Por motivo de recalque, muitos educadores tampam a realidade e se vêem como bons educadores, relaxam e permanecem numa perigosa zona de conforto, que impede o aprimoramento e a capacitação, o desenvolvimento e a atualização. Ou seja: nosso recalque (mecanismo de defesa do ego que impede de ver a realidade) destruiu a Educação, tanto ou mais quanto o descaso governamental pela área.

Sim, somos ruins mesmo! Nós, professores de todos os níveis de ensino, na sua imensa maioria, somos ruins de doer dentro de uma sala de aula. Somos professores e educadores fracos, muito fracos. A garotada se diverte com nossa ingenuidade, com nossa ilusão de que ensinamos coisas fundamentais, que eles se interessam, que gostam de nossas aulas, de nossos conselhos. Você vê: eles comemoram o dia sem aula...

Quando temos o domínio técnico do conteúdo, pecamos na forma de ensiná-lo. Se ensinamos bem, os assuntos em geral não são úteis na vida prática do aluno. Avaliamos mal, cobramos mal, recebemos mal, lemos mal.

Temos dificuldade de contextualizar e de cobrar o que foi ensinado. Se fizermos UMA AVALIAÇÃO QUE REALMENTE MEÇA o conhecimento adquirido, praticamente nenhum aluno chegaria à média cinco.
Fechamos os olhos e facilitamos, pedindo trabalhinhos “chinfrins” e perguntando “o que é...” ou reprovamos os alunos em massa.

Mas será que conseguiríamos lecionar com qualidade em outro país? Numa nação com escola moderna, com computadores nas salas para todos, com tecnologia de ponta e exigência de rendimento e qualidade?
Num país que pagasse salário de executivo, de classe média alta ao professor, mas cobrasse planejamento, atualização, contextualização dos temas ensinados, pesquisa por parte do professor? Qual foi a última vez que você ouviu um professor dizer que pesquisou 4 ou 5 horas para preparar uma aula ou um projeto científico?

Imagine-se cobrado para lecionar 20 horas semanais e de fato, realmente pesquisar e estudar outras 20 horas semanais. Os estrangeiros o fazem. E nós?

Poderíamos cumprir com a qualidade e o preparo que o professor brasileiro tem hoje em dia?
Isso sem contar que as provas lá fora são elaboradas por institutos independentes ou por autarquias do governo, que medem o que foi ensinado e aprendido e cobram resultados tanto quanto as famílias e as APP’s.

Falando nisso, quando foi que o leitor ouviu (se é que ouviu), conselheiros da APP cobrarem a qualidade do ensino na escola?

Conheço poucos professores que educam com esta visão: se sentem desatualizados todos os dias, que podem ser demitidos se não ensinarem bem, que sentem a cobrança pela qualidade, que chegam para ensinar e cobrar da forma justa e ideal dos alunos, que exigem serem fiscalizados. Bons professores, com resultados excelentes!

Pela nossa formação escolar, marxista em geral, adulamos Paulo Freire (pré-histórico e anacrônico), criticamos o lucro, vemos sucesso como arrogância. Uns preparam os que lucram e vencem, outros preparam os que nadam e morrem na praia. Não nos preparamos para vencer, para a glória (lembrem dos atletas olímpicos), apenas dizem que o futuro será difícil. Esqueceram de avisar que será melhor também. Para quem se preparar.

Por nossa incompetência disfarçada de qualidade, preparamos alunos para desgostarem do mundo, ao invés de melhorá-lo com idéias, de inseri-los no sucesso que ele oferece a quem luta.

Os países de ponta na educação são aqueles que têm melhor qualidade de vida e ensinam para vencer, para cobrar, para atingir metas, para nunca serem dominados, para lucrar, para duvidar, questionar, protestar, exigir.

Ainda ensinamos a obedecer, ensinamos que boca fechada não entra mosca, a sermos bonzinhos, fraternos, cordiais e amáveis. Tudo bem, desde que sejamos capazes de lutar pelo que é nosso, de vencer, lucrar, de respeitarmos a lei e dela exigir respeito à nossa condição. O mundo é assim...fracos e coitados não têm vez.
Ensinamos que o sistema é um monstro injusto, porque nós educadores somos injustiçados e ficamos calados, resmungando na sala dos professores (antes do diretor chegar, claro).

Nós acabamos na ilusão: ou achamos que já vencemos na vida por sermos efetivos, formados, realizados, já prontos para o fim ou ficamos resignados com nossa situação, que não evolui, o aumento que não vem, o livro que é caro...

Romantizamos a figura da professorinha, da escolinha do interior. Achamos graça no aluno respondão da TV, nos programas de humor onde velhos babões se fingem de crianças rebeldes e amalucadas e os professores são feitos de bobos. Estereótipos de professores excêntricos, tolos ou emocionalmente abalados só acabarão quando conseguirmos ser o que há de melhor na sociedade: informados, inconformados com nós mesmos, vaidosos, orgulhosos, lidos, preparados, cobrados e com resultados. Senão, o que nos pagam hoje em dia ainda será muito.
Por enquanto, somos ruins mesmo. A “Veja” e seus colunistas estão certos; nós ainda não.



Gilmar De Oliveira
Sobre este autor:
Psicólogo clínico e institucional; especialista em Neuropsicologia e Aprendizagem e Mestre em Educação e Cultura. CRP 12/01950. Endereço eletrônico: gilmardeoliveira@uol.com.br

FUNEC

Mário Nadaf fala sobre futuras ações na Funec

Da Assessoria

O novo diretor executivo da Fundação Educacional de Cuiabá, ex-vereador Mário Nadaf, disse hoje (15-02) que sua ideia é implementar uma série de ações para consolidar o Cuiabá Vest na categoria de cursinho pré-vestibular mais estruturado do Estado, não apenas da Capital. Vontade para isto não lhe falta, assegurou, apesar de reconhecer a existência de alguns entraves de ordem momentânea, passíveis de serem superados. "O sucesso do Cuiabá Vest nesses quase sete anos de inclusão social é inegável. De lá pra cá, conforme registros, cerca de 2,5 mil dos nossos alunos ingressaram em faculdades públicas e privadas. O que caracteriza o trabalho sério da equipe docente e administrativa do Cuiabá Vest. Aliás, cabe aqui um reconhecimento explícito à dedicação de todos os colegas, que são respeitados na comunidade acadêmica da Capital".

Nadaf afirma ser preciso substituir, de imediato, todo o material didático do Cuiabá Vest, em face das novas normas baixadas pelo ENEM, "que impôs novas competências e habilidades. É um reenquadramento necessário, precisamos nos adequar à nova realidade didática vigente em diversos campos".

Sobre esse assunto, o diretor executivo adianta que está em fase de construção uma parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, comandada por Eliene Lima. "Negociações vêm sendo entabuladas, pois a substituição de todo o material utilizado nos 12 polos do Cuiabá Vest implica em custos elevados, acima dos R$ 500 mil reais. Na realidade, a Secretaria de Ciência e Tecnologia é nossa parceira tradicional. Assim, a FUNEC somente restabelece contatos de outras atividades parceiras já realizadas com o governo estadual em anos anteriores".

Mário Nadaf informou ainda que a FUNEC estabeleceu completa reestruturação em algumas unidades, a exemplo do Polo Santa Isabel, região Oeste de Cuiabá, agora com aulas no período noturno (Escola Municipal Ranulfo Paes de Barros), e o Polo Jardim Paulista, com aulas na Escola Estadual Padre Ernesto Camilo Barreto. "São 150 alunos em cada um desses polos, não necessariamente a mesma quantidade nos demais. Também adequamos um polo na Capela Santa Rita, na Rua 13 de Junho com Avenida Dom Bosco, para atender alunos do 3º ano matutino da rede pública de ensino médio, aulas que serão ministradas à tarde".

Com inscrições abertas desde o último dia quatro de fevereiro, o Cuiabá Vest oferece 2.530 vagas, a serem distribuídas nos 12 polos da Capital. Nadaf orienta para que os alunos interessados não deixem tudo para a última hora, inscrevendo-se desde agora, não no último dia das inscrições (28/02). As provas objetivas, compostas por 40 questões, acontecem dia 13 de março, e as aulas se iniciam dia 21 do mesmo mês.

MEC

MEC anuncia nesta quinta-feira aumento de 16% no piso de professor

Redação 24 Horas News



MEC anuncia nesta quinta-feira aumento de 16% no piso de professor
Reajuste é calculado de acordo com custo-aluno do Fundeb

G1


O ministro da Educação, Fernando Haddad, anuncia nesta quinta-feira (24) o novo piso salarial dos professores da rede pública do país. O valor será de R$ 1.187,97 para docentes de nível médio que cumprem carga horária de 40 horas - uma alta de 15,84% sobre os R$ 1.024,67 adotados em 2010. Para os professores que cumprem 20 horas, o piso será de R$ 593,98.

O valor, de acordo com o MEC, é calculado pelo custo-aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A assessoria de imprensa do MEC disse que será definido nesta manhã se Haddad concederá entrevista coletiva sobre o aumento.

O governo anuncia também o abrandamento das regras para a liberação de recursos federais para as cidades que têm dificuldades para pagar o piso salarial. Atualmente, para receber o recurso adicional quando não é possível atingir o piso mínimo, o estado ou o município tem de destinar 30% de seu orçamento para a educação - e não os 25% exigidos pela Constituição. Pela nova regra, valerá o porcentual definido na Constituição.

O Ministério da Educação (MEC) vai flexibilizar também a regra que determina que, para repassar a verba, o município precisa atender 30% dos alunos na área rural. A condição deverá ser derrubado

Ensino Superior

Projeto prevê campus da UFMT em Lucas

Da Assessoria

O município de Lucas do Rio Verde poderá ganhar um campus da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso). É o que prevê projeto de Lei de autoria do deputado federal Wellington Fagundes (PR-MT) apresentado na semana passada.

Pelo projeto, o novo campus beneficiaria toda a região, considerada uma das mais produtivas de Mato Grosso, com índices de crescimento econômico que chegam a 10% ao ano. “Existe a determinação da UFMT em ampliar e interiorizar sua área de atuação”, lembra Wellington.

O projeto autoriza o governo federal a criar o campus, que terá a responsabilidade de oferecer cursos de graduação e desenvolver a pesquisa e extensão nas diversas áreas do conhecimento.

Hoje, a UFMT oferece, em seus quatro campi, 55 cursos de graduação, 30 de especialização, 12 de mestrado e 03 de doutorado. “O campus vai incrementar ainda mais o desenvolvimento de Lucas e região”, avalia o parlamentar.

Emancipado em 1987, Lucas do Rio Verde nasceu de um projeto de assentamento do Incra. Hoje, está com 50 mil habitantes e receberá as obras de implantação de um dos terminais de cargas da Ferrovia de Integração Latino-Americana. Além disso, a conclusão da pavimentação da BR-163 até Santarém vai viabilizar novas alternativas de escoamento da produção agrícola.

A reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, confirma a intenção do governo federal em consolidar o programa de ampliação dos campi das universidades federais até o final de 2011. Ela acredita que a partir de 2012, o governo federal defina novas ampliações e o trabalho dos deputados federais em indicar quais as cidades a serem beneficiadas é fundamental.

O prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz, avaliou como “muito boa” a iniciativa do deputado federal Wellington Fagundes. “A cidade está crescendo muito e os jovens continuam obrigados a deixar Lucas pra estudar fora”, conta.

Um exemplo é Sirlei Amaro. Ela concluiu o segundo grau e quer fazer uma faculdade. “Quero fazer Biologia, mas não temos esse curso aqui em Lucas”, diz. Sem condições de estudar em outra cidade, Sirlei espera ver o projeto do deputado Wellington Fagundes virar realidade.

Estudante

Dicas para recomeçar os estudos

- Verifique os boletins de desempenho dos vestibulares que você fez. Identifique quais são as disciplinas em que suas notas foram mais baixas. Depois, pelo gabarito das provas, tente notar quais conteúdos merecem mais atenção.


- Depois, reflita sobre seus métodos de estudo. Será que a leitura e a resolução de exercícios estão sendo mesmo eficientes? Será que fazer resumos enquanto estuda pode trazer melhores resultados? Esse é também um processo de autoconhecimento.


- É hora de definir também se você vai se preparar sozinho ou com a ajuda de professores. Sem cursinho, é mais difícil tirar dúvidas e pedir orientações. Hoje, há opções para todos os bolsos, inclusive cursinhos gratuitos. Procure oportunidades.


- Cursinhos populares: não são gratuitos, mas têm mensalidades mais baratas. Em quase todas as cidades há opções como essa. Uma pesquisa na internet pode ajudá-lo a encontrar um pré-vestibular nesses moldes.


- Bolsas de estudo: há inúmeros cursinhos tradicionais, pagos e até bem caros que oferecem concursos para bolsas integrais e parciais de estudo. Nesse período, ainda é possível encontrar inscrições abertas para muitos deles.


- Cursinhos pagos: conheça as instalações, métodos de ensino, serviços oferecidos por vários para escolher um que atenda suas expectativas. Muitos têm monitores à disposição dos alunos, aulas extras de revisão e materiais incluídos na mensalidade.


- Pela internet: há preparatórios que oferecem aulas e materiais via web. Há opções gratuitas e pagas, em geral, com preços mais baixos. Se você prefere estudar em casa e sem horários fixos, essa pode ser uma boa opção.


- Só algumas disciplinas: se você acha que já aprendeu todo o conteúdo de português, por exemplo, e que perderá tempo nessas aulas pode pensar na possibilidade de fazer cursinhos de disciplinas específicas, oferecidos por inúmeros preparatórios do País.


- Qualquer que seja sua escolha, organize seus estudos. As aulas por si só não serão suficientes para que você esteja preparado para o vestibular. Rever a matéria sozinho é essencial para garantir que os conteúdos serão de fato aprendidos

Artigo

 Não passei no vestibular. E agora?

Professores e psicólogos ensinam: não se sinta frustrado, porque a concorrência é mesmo grande.


Priscilla Borges, iG Brasília

 Compartilhar: Se você faz parte daquele grupo de vestibulandos que se sente dividido entre comemorar a aprovação dos amigos e lamentar não ser um deles, não se culpe por viver um momento de frustração. A tão sonhada aprovação no vestibular, em tempos de concorrência acirrada em grande parte deles, é mesmo difícil. Não deixe a tristeza da divulgação dos resultados – sem seu nome na lista – diminuir sua auto-estima.

Fernando quer uma vaga em medicina. Antes do resultado de todas as instituições, montou novo planejamento de estudos

Essa é a dica de professores e psicólogos habituados a lidar com estudantes nessa fase da vida. Pressão de si e dos pais, estudos exaustivos e rotina sem badalações tornam o momento complicado e chato para os jovens, especialmente para os que já terminaram o ensino médio e estão fazendo cursinho pré-vestibular. Por isso, nesse espaço tenso por natureza, o estudante não deve colocar tristeza e desânimo. A ajuda de um psicólogo pode ser útil nesse sentido.

Antes disso, no entanto, a psicóloga do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento da Universidade de Brasília, Regina Pedroza, acredita que o vestibulando que não garantiu sua vaga no ensino superior deve conversar com a família. “O jovem não tem como superar tudo isso sozinho”, acredita. Para Regina, os alunos têm de lembrar que muitos não conseguem a vaga por apenas uma questão incorreta.

Beatriz Laura Carnielli, professora do Departamento de Pedagogia da Universidade Católica de Brasília, ressalta que o vestibular é classificatório e não eliminatório. “Não passar no vestibular significa que havia candidatos mais preparados do que você e não que você falhou”, analisa. A dica agora é rever os próprios métodos, procurar entender quais conteúdos ainda não estão claros e recomeçar os estudos.

Foi essa a decisão tomada pelo jovem Fernando Viana Ferraz, de 19 anos. Candidato ao curso de medicina, o estudante tenta uma vaga na UnB ou na Universidade de São Paulo (USP) desde o ano passado. Na segunda-feira, depois da divulgação dos resultados da UnB, ele já estava no cursinho. Ainda tinha uma chance de ser aprovado na Fuvest. Mas decidiu não esperar. Montou uma nova rotina de estudos com o coordenador da instituição.

“A primeira coisa que peço a eles é analisar o boletim de desempenho no vestibular. A gente precisa saber em que áreas ele terá de reforçar a preparação”, explica o coordenador do pré-vestibular Galois, Marcelo Lasneaux. O segundo passo é entender se as estratégias de estudo adotadas pelo aluno foram eficazes para o aprendizado do conteúdo. Mudanças na metodologia podem ser sugeridas nessa conversa.

Fernando conta que desde que quando mudou sua opção de curso de engenharia para medicina, sabia que não seria fácil. “Tenho que tirar o dobro da nota e hoje estudo dez vezes mais. Não faço mais nada, inclusive nos fins de semana. Mas não reclamo, porque vejo minha melhora a cada dia. Não passei por muito pouco”, afirma. Os pais dele estão dando apoio e até pedem para ele descansar mais. “Mas não dá”, garante.

No seu ritmo

Regina Pedroza concorda que, no período de preparação, o estudante terá de abrir mão de algumas coisas tão importantes para ele quanto o estudo, como sair com os amigos, ir a festinhas e dar aquela cochilada à tarde. Porém, ressalta que é preciso respeitar o próprio ritmo de aprendizado. “Não adianta passar horas estudando sem aprender. O importante é encontrar o equilíbrio”, aconselha.


Mayara de Oliveira Ribeiro, 21 anos, concorda com a especialista. Para ela, estudar todos os dias prejudica a própria saúde. “Tenho estudado muito, de cedo à noite. Aos sábados, também reviso conteúdos. Mas guardei os domingos para mim. Cheguei ao limite”, conta. A candidata a uma vaga em medicina precisou largar o emprego – e a carreira de enfermeira que estava em construção para se preparar.

Depois de dois anos cursando enfermagem, ela viu que o curso não a agradava. Com o apoio do marido, decidiu mudar tudo. “Sei que sou capaz e não me deixo abater com o resultado do vestibular”, define. Lasneaux afirma que é essencial sentir o ânimo do estudante. Em alguns casos, o professor recomenda que eles conversem com o psicólogo da escola. “Às vezes, a ajuda que eles precisam não é pedagógica. Os pais também precisam estar atentos”, diz.