sexta-feira, 9 de maio de 2014

MEC publica edital do Enem 2014; inscrições começam na segunda Comentários

Do UOL*, em São Paulo
  • Reinaldo Canato/UOL

Foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (9) o edital do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2014. As inscrições para a próxima edição do exame nacional começam na segunda-feira (12) a partir das 10h. A taxa de inscrição será de R$ 35.
O participante concluinte do ensino médio no ano de 2014, matriculado em qualquer modalidade de ensino em escola da rede pública, será automaticamente isento do pagamento da taxa. Também será possível solicitar isenção do pagamento mediante declaração de carência no momento da inscrição.
As provas do Enem serão aplicadas nos dias 8 e 9 de novembro, após as eleições, conforme o UOL já havia adiantado. Neste ano, há previsão de uso de detectores de metais nos locais de prova. O Enem 2014 será aplicado em 1.699 municípios do país.

As inscrições serão entre 12 e 23 de maio de 2014. O prazo final para o pagamento do boleto de inscrições será no dia 28 de maio.

A previsão é que 8,2 milhões de pessoas se inscrevam, um crescimento de 13,8% em relação aos 7,2 milhões do ano passado. O valor da inscrição é R$ 35. Alunos de rede pública e pessoas com renda familiar de até 1,5 salário mínimo são isentos.

No dia 8 de novembro (sábado), serão aplicadas as provas de ciências humanas e ciências da natureza. No dia 9 (domingo), serão os exames de linguagens, códigos e suas tecnologias, matemática e redação. Nos dois dias, as provas começam às 13h (horário de Brasília), com abertura dos portões às 12h.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Secretaria estadual protocola pedido de concurso para preencher 162 vagas em MT

Fonte: Só Notícias/Bianca C. Zancanaro
 

A Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec) protocolou pedido de autorização de abertura de concurso público para preenchimento de 162 vagas entre professores, apoio administrativo e técnico educacional. As cargas horárias são de 30 horas (professor) e 40 horas semanais para as demais funções.

De acordo com a assessoria, os professores são para as áreas de administração, ciências contábeis, ciências da computação, ciências biológicas, letras com habilitação em inglês, matemática e segurança do trabalho. Para técnico administrativo, a necessidade é para advogado, bacharel em biblioteconomia, contador e pedagogo.

No caso dos apoios, é necessário formação em nível médio, além de técnicos em administração, análises clínicas, edificações, enfermagem, informática, secretariado e segurança do trabalho.
A necessidade é de atender as escolas técnicas estaduais em Alta Floresta, Barra do Garças, Diamantino, Lucas do Rio Verde, Poxoréu, Rondonópolis, Sinop e Tangará da Serra. Apenas três vagas (pedagogo e advogado) são destinadas para atender a unidade central em Cuiabá.


Brasileiro poderá usar Enem para entrar em mais uma universidade portuguesa

Mais uma instituição de ensino superior de Portugal, a Universidade da Beira Interior, em Covilhã, aceitará a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o ingresso de estudantes brasileiros em cursos de graduação. As notas do exame de 2012 e 2013 serão reconhecidas para os cursos que começam no segundo semestre deste ano. A Universidade de Coimbra foi a primeira instituição estrangeira a adotar da nota do Enem como critério de seleção.
 
O valor pago na graduação pelos estudantes de outros países é R$ 15 mil por ano. Com a opção de alojamento e refeição, o custo chega a R$ 23 mil. De acordo com a universidade, os brasileiros formam uma das maiores comunidades estrangeiras na instituição, com 60 estudantes.
 
O peso da redação e de cada prova do Enem varia de acordo com o curso escolhido pelo estudante. No site, a universidade explica que a classificação portuguesa utiliza escala  de 0 a 200 pontos e a do Enem, de 0 a 1.000 pontos, por isso, a conversão das classificações será feita dividindo a nota do Enem por cinco.
 
A universidade tem uma página na internet voltada para brasileiros com a lista dos cursos de graduação disponíveis e a variação dos pesos das provas. Lá estão também as informações sobre os documentos que os candidatos devem apresentar. A universidade fica a 200 quilômetros de Lisboa, e tem cerca de 7 mil alunos e 600 professores.
 
No Brasil, o Enem seleciona estudantes para instituições públicas de ensino superior pelo Sistema de Seleção Unificada, para bolsas em instituições particulares, pelo Programa Universidade para Todos. Além disso, é pré-requisito para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil e para o intercâmbio acadêmico pelo Ciência sem Fronteiras. Em 2013, mais de 5 milhões de candidatos fizeram o exame.
 
Agência Brasil

Brasil estuda adotar programa de avaliação para adultos

O Brasil tem várias avaliações que medem o aprendizado dos estudantes e a qualidade do ensino desde a alfabetização. São exames nacionais, como a Prova Brasil, e internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). Agora, o país estuda medir também as competências dos adultos, com o chamado Programa para Avaliação Internacional das Competências de Adultos (Piaac), informou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O programa é aplicada em 33 países. Da América Latina, participa apenas o Chile.
 
O Piaac consiste em entrevista com adultos de 16 a 65 anos para medir as aptidões em leitura, redação e aritmética, além de medir a capacidade de resolução de problemas em contextos com tecnologia intensa. A partir desses elementos é possível avaliar a inserção das pessoas no mercado de trabalho e na sociedade. Os resultados servem de subsídio para o desenvolvimento de políticas destinadas a sanar as principais defasagens em todos os níveis da educação, desde a básica à superior, à tecnológica e à formação continuada.
 
Segundo a analista da OCDE responsável pelo programa, Marta Encinas-Martin, os resultados da avaliação têm surpreendido. "Há muitos adultos com baixo nível de competência em todos os países, incluindo os desenvolvidos. Os empregos têm mudado muito e cada vez se quer competências mais altas. Esses adultos acabam sendo excluídos do mercado porque não têm as competências exigidas e isso tem um impacto grande", disse.
 
O Piaac foi discutido pela primeira vez em seminário, em Brasília. Ainda não há previsão para a adoção do programa. Como se trata de entrevista feita em domicílio, o Piaac vai além das tecnologias disponíveis no Ministério da Educação e em suas autarquias e, caso seja adotado, deverá envolver também o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Após ver os resultados da avaliação de outros países, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), José Francisco Soares, disse que o Brasil, independentemente de participar da avaliação, deve se preocupar com a formação das crianças. "As oportunidades de emprego refletem a nossa economia, e a nossa economia como existe hoje ainda demanda pessoas com habilidades que não são superlativas. Agora a gente tem que olhar o futuro. Quem tá entrando na escola hoje não vai viver neste país, vai viver em outro".
 
Para Soares, "a ideia de educação é para a vida, deve-se aprender aquilo que permita ter uma vida em pleno desenvolvimento para a cidadania e o trabalho. Isso implica mais do que decorar, mas ser capaz de analisar".
 
Agência Brasil

Redações pontuam no Enem mesmo ferindo critério técnico

Um exame em escala continental. Os destinos de mais de cinco milhões de jovens, que sonham ingressar na universidade, definidos em dois dias de provas. O Enem, Exame Nacional do Ensino Médio, mobilizou boa parte das famílias brasileiras em outubro do ano passado.
Até que ponto a avaliação corresponde ao desempenho de cada um desses candidatos?
E se a redação, que foi sobre a Lei Seca, tiver letra de música, hino de time de futebol, recadinho para o Papai Noel?
 
Dizer que Getúlio Vargas morreu em um acidente de carro porque bebeu vinho no jantar e dirigiu, é ignorância, deboche ou criatividade?E se a redação for uma cópia escancarada do texto base, vai levar zero?
 
Tudo isso estava em dez redações feitas por jornalistas do Fantástico, em seis estados. Eles tinham uma tarefa: escrever textos que afrontavam as regras, na intenção de zerar. No ano passado, uma nova regra apareceu, para evitar escândalos como a pontuação de provas com receita de macarrão instantâneo e com o hino do Palmeiras. Textos com formas propositais de anulação, que desrespeitam o exame, são eliminados.
 
Das dez redações feitas pelo Fantástico, quatro foram zeradas pelo Enem. Seis pontuaram. Uma delas, com boa média: 600 pontos.Nós reunimos no Rio de Janeiro cinco especialistas em redações vindo de quatro estados. Eles avaliaram as provas sem saber que foram feitas por jornalistas. Dadas as notas, revelamos.
 
Redação com o hino do Ibis
 
"O importante é ler as redações, a fim de que as notas sejam justas. E cantar o hino do Íbis, o pior time do mundo: ‘Vamos, meu Ibis, à luta. Em qualquer disputa, estaremos ao seu lado’", dizia a primeira redação.A banca do Fantástico concordou com o Enem e o hino do Ibis zerou a prova.
 
Redação com parágrafo escrito com a língua do P
 
Outra redação zerada pelo Enem: um parágrafo escrito na língua do P. Mas nenhum dos professores da banca do Fantástico consideraram a língua do P.
Todos concordaram também com a anulação da prova com trechos de letra de música.
 
Redação com recado para o avaliador
 
E quando há um recado ao avaliador: "Será que meu corretor vai permitir que meu texto seja aprovado? Ou vale barbaridade como no exame passado?" Todas essas redações foram zeradas.
Nas quatro redações, nossos avaliadores e o Enem concordaram e elas estão entre as 1.398 que foram zeradas por causa do deboche. Como o Enem, eles pontuaram outras duas redações polêmicas, mas deu grande diferença nas notas.
 
Redação com recado para o Papai Noel
 
Por isso, Papai Noel, peço ao senhor que ilumine a cabeça dos magistrados brasileiros no próximo Natal!
 
Agostinho Dias Carneiro, professor de letras da UFRJ:Considerei isso uma inserção um pouco infantil e tirei os pontos por aqui. Então, ele está com 620.
Fantástico: O resto do texto está bom?
Agostinho Dias Carneiro: O resto do texto é bom.
Wilton Ormundo, professor de português: Eu pontuei bem baixo. Foram 210 pontos.
Agostinho Dias Carneiro: As instruções para os avaliadores são altamente subjetivas e fragmentadas.
Fantástico: Então, isso permite uma avaliação mais subjetiva.
Agostinho Dias Carneiro: Com certeza.
São avaliadas cinco competências em uma redação. Cada uma vale 200 pontos. Basicamente, os professores querem saber se o aluno é capaz de escrever um texto coerente, com boa argumentação e uso da língua formal.
 
Cada redação é corrigida por dois avaliadores. Se as notas tiverem diferença de mais de 100 pontos, um terceiro avaliador é chamado. E, segundo o MEC, quase a metade dos textos - cerca de 2,5 milhões de redações - foi para o terceiro corretor.Permanecendo a dúvida, o texto vai para uma banca de especialistas. Você vê que essa inserção do Papai Noel gerou, aqui entre nós, cinco posições bem diferentes, e nenhuma delas está errada, declara Cláudio Cezar Henriques, professor de letras da UERJ.
 
Redação que fere a norma do uso da língua formal
 
A redação seguinte fere a norma de uso da língua formal. É escrita com as abreviações usadas em mensagens de texto, ou conversas por computador.
Esse texto não pode ser penalizado porque apresenta o ‘internetês’, afirma o professor de português Osvaldo Menezes Vieira.Se é problema de grafia, não é um problema que interfira na organização mental do texto. Isso é só um problema de grafia. Então, o desconto aí é pequeno, diz Agostinho Dias Carneiro, professor aposentado de letras UFRJ.
 
Eu dei 240. Porque, a despeito de haver problema de ortografia. Mas há problemas também na consistência narrativa, explica Chico Viana, professor de letras da UFPB.
‘Internetês’ não anula a prova, mas não é uma boa ideia usar. A nota cai muito.
 
Redação com erros históricos
A redação com os erros históricos tirou 600 pontos no Enem e foi a que mais dividiu opiniões entre os professores da nossa banca. O texto diz, entre outros absurdos, que a Lei Seca foi criada na ditadura militar, pelo AI-5, que o carro foi inventado na idade média e que o presidente Getúlio Vargas, que se suicidou, morreu em acidente depois de um jantar em que bebeu vinho.
 
Lembra o ‘samba do criolo doido’, afirma o professor Chico Viana.
Dois professores deram zero.A proposta de redação avisou claramente para esse aluno que é impedido que ele adentre a universidade, uma vaga pública gratuita de qualidade com um texto que é incoerente e promove um certo deboche a respeito da proposta, declara o professor de português Osvaldo Menezes Vieira.
 
Dois professores deram notas parecidas, baixas: 300 e 280.Em certo momento, a gente fica naquela dúvida: Houve propósito de excessos indevidos para ironizar, ou realmente desconhecimento histórico?, indaga o professor aposentado Chico Viana.
Você vai encontrar, sim, muitos estudantes brasileiros mal preparados e que escreveriam absurdos mais ou menos semelhantes a este aqui, afirma o professor de português Wilton Ormundo.
E um dos nossos professores convidados deu a redação controversa a mesma nota que o Enem: 600. Lembramos: uma nota boa, que pode dar acesso à universidade.
Não fico feliz por isso não. Mas admito que seria assim, uma espécie de paródia, uma sátira, explica Cláudio Cezar Henriques, professor de letras da UERJ.
Com 600, eu acho que você está dando um recado errado para esse candidato. Ele vai ingressar na universidade sem conhecimentos mínimos que ele deveria ter como cidadão, inclusive, ressalta o professor Wilton Ormundo.
 
Essa redação, cheia de erros históricos, ficou na faixa de maior concentração das notas do Enem. Quase 28% dos candidatos tiraram entre 500 e 600 pontos.
 
Redações com apenas cinco ou seis linhas originais
 
Os casos mais graves são os de três redações. Os jornalistas do Fantástico escreveram apenas cinco ou seis linhas originais, e completaram a resto com cópia. Dois nem tentaram disfarçar. Tiraram trechos dos textos que serviam de base para a própria redação.
Como um ‘copiar-colar’ feito à mão. O último, copiou trechos de questões da prova aplicada no mesmo dia, parágrafos inteiros, que nem tinham relação com o tema Lei Seca.
 
Redações pontuaram mesmo ferindo critério técnico do Enem
 
E todos pontuaram, mesmo ferindo um critério técnico do Enem. Que diz o seguinte: se houver cópia esse trecho copiado deve ser desconsiderado. E o avaliador vai corrigir só o que sobrar de autoria do candidato, mas para isso é preciso que tenha pelo menos sete linhas, sem as sete linhas, é zero.
 
Na nossa banca, todas zeraram. Mas no Enem tiraram 260, 380 e 440 pontos.
Professor Wilton: Esse não é nem subjetivo. Seria uma razão bastante objetiva para zerar.
Professor Osvaldo: Dois avaliadores que não se conhecem, em lugares diferentes do país, darem nota para um texto que é claramente cópia dos textos motivadores? Então, é inaceitável.
 
Avaliador do Ministério da Educação é remunerado por produtividade
 
No ano passado, o Ministério da Educação contratou e treinou 7.121 avaliadores. Cada redação foi corrigida por dois corretores, que podiam estar em extremos opostos do país. Eles recebiam pelo computador no mínimo 50 redações por dia. O avaliador é remunerado por produtividade. Quanto mais redações corrigir, mais dinheiro vai ganhar.
Fantástico: Como o senhor avalia a avaliação feita dessas provas?
Francisco Soares, presidente do INEP: A avaliação cumpriu a função que a gente esperava.
Essas dez redações elas receberam notas adequadas ao que elas tinham para apresentar. Nós não temos um sistema falhando aqui.
 
Os corretores do Enem assinam um compromisso de confidencialidade. Não podem falar sobre o processo. Por isso, uma professora não mostra o rosto. Ela diz que se inscreveu para poder preparar melhor seus alunos do ensino médio, conhecendo o sistema por dentro.
Fantástico: E qual foi a sua impressão?
 
Corretora: Muito boa, muito boa.
Ela conta que chegou a receber 150 redações em um só dia para corrigir. Mas se recusou.
Corretora: Eu não consigo. Eu corrijo 50 redações. Eu não queria e não saberia corrigir 100 redações. Corrigir muitas em um dia pode trazer mais cansaço, pode provocar mais cansaço, mas ainda que esteja muito cansado, nós quase decoramos a proposta.
Fantástico: Então, não dá para passar despercebido?
Corretora: Não. Nao deve passar despercebido.
 
Presidente do INEP fala sobre possível falha na correção das redações
 
Segundo o MEC, 3.185 redações foram zeradas por causa de cópia ano passado. Outras quase nove mil zeraram porque não tinham sete linhas.
 
Fantástico: Como estas passaram?
Francisco Soares, presidente do INEP: Primeiro, vamos deixar claro de que essas redações foram construídas por pessoas sofisticadas. Essa sofisticação não corresponde ao aluno típico. Então, nesse caso, os textos começam com linhas autorais e a cópia está espalhada.
Fantástico: O senhor me desculpe, mas eu vou insistir. Porque são cinco linhas autorais e o resto é tudo cópia. Não é nem reescrito, é cópia.
Francisco Soares: Mas eu quero insistir que existiam linhas autorais. Em uma correção de redação, há uma dimensão subjetiva. Por isso é que nós temos mais de um corretor. Aqui está se discutindo que ela devia ter zero. Mas eu tive notas muito baixas. De 260, de 300 e pouco.
 
Fantástico: De 440.
Francisco Soares, presidente do INEP: De 440, abaixo dos 500 pontos que seria o ponto que o Inep considera como o nível mínimo que alguém que está terminando o ensino médio deve ter.
Fantástico: Dependendo do desempenho dele nas outras provas, ele pode ter acesso à universidade, não pode?
Francisco Soares, presidente do INEP: O critério de uso da nota do Enem é um critério da universidade. Sim, esse aluno, ele pode ser admitido na universidade com essa nota. Fica muito mais difícil porque essa nota está baixa e há uma enorme competição.
Só neste ano, mais de 170 mil alunos estraram em universidades públicas com o resultado do Enem. Mesmo com possíveis erros de avaliação, a melhor maneira de brigar por uma vaga é se preparar bem, e levar o exame a sério.
 
G1

Comissão da Câmara aprova o Plano Nacional de Educação


A comissão especial que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE) concluiu hoje (6) a votação do projeto de lei. A expectativa é que o plano seja votado em plenário dentro de dez dias e siga para sanção presidencial neste mês. O PNE estabelece metas para a serem cumpridas nos próximos dez anos. Entre as diretrizes, estão a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar. O plano destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação – atualmente são investidos 5,3% do PIB.
 
Nesta terça-feira, os deputados votaram os últimos destaques. Uma das alterações feitas no relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) foi a inclusão da estratégia aprovada pelo Senado Federal, que estabelece políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A ideia é valorizar o mérito dos professores, da direção da escola e da comunidade escolar.
 
O plano tramita no Congresso Nacional há três anos, e ao longo desse tempo foram sugeridas mais de 3 mil emendas. Um dos pontos polêmicos é o financiamento. Na forma como o plano deixa a comissão, os 10% do PIB incluirão as isenções fiscais e financiamentos ao setor privado, como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
 
Outro ponto que gerou debate é a questão de gênero e orientação sexual, suprimida do texto por meio de destaque. O relatório aprovava a "superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção de igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual". A redação foi alterada para "a erradicação de todas as formas de discriminação" e assim segue para plenário.
 
O financiamento escolar deve ser retomado. "Vamos recorrer da meta de financiamento no plenário, pois somos contrários ao compartilhamento do financiamento público com o Fies e o Prouni", disse o deputado Paulo Rubem (PDT-PE).
 
Segundo ele, haverá esforço para colocar o PNE na pauta do plenário o quanto antes. "Corremos o risco de ter o plano sancionado em pleno debate eleitoral", disse. Ele  acrescentou que "há uma contradição entre política de expansão dos gastos públicos [previsto no PNE] e o discurso de oposição, que é o oposto. Temos que garantir que a matéria vá logo a plenário e que possa haver debate qualificado".
 
O relator, Angelo Vanhoni, disse não ter previsão sobre o integral cumprimento do plano. "Eu não tenho como prever, não tenho como dizer isso de forma taxativa, mas são metas necessárias para que o Brasil supere o atual estágio de desenvolvimento. Agora, se vamos cumprir 70%, 80% ou 100% de cada meta estabelecida, só a dinâmica da política nacional, do envolvimento dos gestores, do envolvimento da sociedade, do parlamento, das definições do Executivo é que vão traduzir o plano na realidade concreta da vida das crianças e jovens".
 
Agência Brasil 

ONG de favelas disponibiliza conteúdo do ensino médio pela internet

A Central Unificada das Favelas (Cufa) lança nesta segunda-feira (5) o projeto Portas Abertas, que disponibiliza gratuitamente, via internet, material para estudo para pessoas maiores de 18 anos de idade que desejam concluir o ensino médio. A iniciativa é realizada em parceria com o site eschola.com - especializado em educação à distância.
 
De acordo com o diretor do site, Paulo Milet, a entidade realizou pesquisa que constatou que mais de 1 milhão de alunos abandonam o ensino médio por ano. O objetivo da iniciativa é que, com o conteúdo do ensino médio disponibilizado gratuitamente, o estudante possa se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
 
“Ele pode estudar meia hora por dia, pode estudar no final de semana ou, se ele tiver um tempo bom, pode estudar quatro horas por dia. O conteúdo disponibilizado no site equivale a 1.200 horas, que é todo o ensino médio com carga horário de supletivo”, explicou Milet.
 
Ele disse ainda que, inicialmente, todas as pessoas maiores de 18 anos de idade podem se inscrever no projeto. No entanto, caso a procura seja muito grande, a prioridade será para moradores de favelas.
 
“Nós selecionamos como público alvo aqueles que abandonaram o ensino médio ou nem entraram. Desde 2009, o Enem permite que, se você tiver uma pontuação adequada, você tire o diploma de ensino médio. Então, nós estamos focando nas comunidades do Brasil todo, que são 12 milhões de pessoas”, completou.
 
Segundo Nega Gizzaa, uma das fundadoras da Cufa, a organização não governamental (ONG) começou a fechar parcerias com instituições especializadas para levar às comunidades o que elas precisam.
 
“Às vezes a gente não tem algo que é necessário para mostrar o caminho para a educação, então a gente se junta às pessoas que tem esse perfil, que entendem do assunto, para trazer para a favela o que ela precisa, que é conhecimento, capacitação, incentivo”, disse.
 
Nega Gizza acredita que, por meio dessa iniciativa, os jovens das comunidades vão conseguir estar preparados para melhores oportunidades de emprego. Além disso, ela disse que os jovens serão incentivados, através do estudo, a buscarem universidades para continuarem a formação acadêmica.
 
“A gente tem projetos em que acompanhamos aluno na escola como, por exemplo, o Repensando. A gente acompanha os alunos na escola para saber como está o andamento dele, vamos até a casa dele. A gente cria um vínculo com a escola e com o lar do aluno, o que acaba reforçando todo esse ensinamento escolar”, concluiu.
 
A inscrição para o projeto pode ser feita através do site www.portaaberta.org. Desde 2009 o aluno maior de 18 anos de idade que consegue mais de 450 pontos nas provas objetivas e 500 na redação do Enem, além de ter direito à Certificação de Conclusão do Ensino Médio.
 
Agência Brasil

Brasil se distancia da média mundial em ranking de educação

O Brasil se distanciou da média de 40 países em um ranking que compara resultados de provas de matemática, ciência e leitura, e também índices como taxas de alfabetização e aprovação escolar.No entanto, apesar de ter o seu índice piorado, o país subiu uma posição no ranking - de penúltimo para antepenúltimo - pois o México apresentou queda maior do que o Brasil no índice.
 
Esta é a segunda edição do relatório produzido pela empresa de sistemas de aprendizado Pearson (ligado ao jornal britânico Financial Times) e pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU).O Brasil aparece na 38ª posição do ranking, na frente de México e Indonésia - um avanço de um lugar, na comparação com a edição de 2012.
 
O indicador do ranking é composto a partir duas variáveis: capacidade cognitiva (medida por resultados de alunos nos testes internacionais PISA, TIMSS e PIRLS) e sucesso escolar (índices de alfabetização e aprovação escolar).O número usado para comparar os países ('escore z') indica o quão longe cada nação está da média dos 40 países (que é zero, nesta escala). Foram analisadas nações da Ásia, da Europa e das Américas - nenhum país africano participa do ranking.
 
Em 2012, o Brasil havia obtido um escore de -1.65; neste ano o indicador foi de -1,73, o que mostra que o país está mais distante da média dos 40 países. Já o México viu seu escore cair de -1,6 para -1,76. O sinal negativo indica que ambos os países estão abaixo da média dos 40 países.O Brasil piorou nas duas variáveis - tanto na capacidade cognitiva (de -2,01 para -2,06) quanto no sucesso escolar (de -0,94 para -1,08).Os escores são sempre comparados com a média das 40 nações. Então não é possível determinar ao certo se a piora do indicador do Brasil se deve a uma queda no desempenho dos alunos brasileiros, ou se houve uma melhora na média mundial.
 
Mais professores de ciência e matemática
 
'Países em desenvolvimento ocupam a metade inferior do ranking, com a Indonésia novamente aparecendo em último lugar entre as 40 nações analisadas, precedida por México e Brasil', diz o relatório produzido junto com o ranking ('A Curva de Aprendizagem').'É preciso questionar a habilidade dos sistemas educacionais destes países de suportar índices altos de crescimento econômico no longo prazo.'
 
Um dos capítulos do relatório discute 'lições a serem aprendidas por países em desenvolvimento' e conta com contribuições de Maria Helena Guimarães de Castro, diretora da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), um centro de pesquisas do governo do Estado de São Paulo.Castro é citada no relatório dizendo que o Brasil precisa de um aumento de 30% no número de professores de ciência e matemática para aliviar as pressões sob o contingente atual - que está sobrecarregado e carece de treinamento.
 
'Nós não temos professores porque essa carreira não é atraente. Isso é um problema que não será resolvido a não se que o governo e os governantes decidam mudar isso', diz a diretora do Seade, no documento da Pearson e EIU.
 
Ásia em alta
 
No topo do ranking, a novidade desta edição é a queda dos países escandinavos e a ascensão de asiáticos.A Finlândia, que liderava a edição de 2012, viu seu escore piorar de 1,26 para 0,92 - caindo quatro posições e sendo ultrapassada por Coreia do Sul, Japão, Cingapura e Hong Kong. O relatório afirma que países escandinavos, como Suécia e Finlândia, tem visto nos últimos anos as notas de seus alunos piorarem nos testes internacionais.
 
A Coreia do Sul é o país com a melhor média em relação às 40 nações. Um dos destaques positivos do ranking foi a Rússia, cujos alunos melhoraram suas notas nas avaliações. Com isso, a Rússia subiu sete posições, de 20° para 13°.
 
G1

Criação da capitania de Mato Grosso

Autor: Pedro Félix é escritor

Em 9 de Maio de 1748 o rei de Portugal D. João V, conhecido em sua terra como o rei sol português, criou a Capitania de Mato Grosso. Um ato simbólico de grande importância para nossa região. Dois anos depois ele garantiria pelo Tratado de Madri o território de forma legal, retirando da Espanha um território que era dela desde 1494 com a assinatura de outro tratado anterior.

Essa vitória sobre a Espanha teve um longo percurso que começou com uma crise; a crise do açúcar no final do século XVII. Tudo começou coma expulsão dos holandeses do Brasil em 1654. Os batavos levarem mudas de cana de açúcar brasileiro para as Antilhas.

O plantio na América central quebrou economicamente o Brasil e fez a coroa portuguesa se voltar para o interior da Colônia em busca de novas riquezas, além do açúcar do litoral nordestino.

A meta de interiorização foi inicialmente realizada pela coroa e esse processo foi chamado de “Entradas”. Essas expedições que adentravam a mata a procura de outras riquezas, foram substituídas por empreendimentos particulares chamadas de “Bandeiras” e seu membros denominados de “Bandeirantes”.

Os mais conhecidos bandeirantes saíram de São Paulo, e caçavam índios e prospectavam metais preciosos. Atacavam aldeias e Missões jesuíticas, escravizando aqueles que sobreviviam a seus ataques. De Sorocaba, Itu, São Vicente e Porto Feliz vieram muitos desses para a região de Mato Grosso.

Muitos desses bandeirantes acreditavam que encontrariam a Serra dos Martírios, uma lenda criada pela bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, o pai. A lenda dizia que no interior do Brasil existia uma Serra, que por obra da natureza havia uma coroa e a lança e cravos da paixão de Jesus Cristo esculpidos em ouro e cristais.

A lenda da Serrados Martírios também incentivou o desbravamento a Mato Grosso e o Morro de São Jerônimo chegou a ser referenciado com a serra da Lenda. Mas seja pela lenda, mas principalmente pela ótica econômica,outros bandeirantes chegaram aqui em nossa terra.

O Filho de Bartolomeu Bueno, que tinha o mesmo nome que o pai, juntamente com Manoel Campos Bicudo e posteriormente seu filho Antônio Pires de Campos, são os primeiros portugueses a pisarem em solo mato-grossense.

Por volta de 1680 a 1718 eles adentraram em nosso solo levaram muitos índios para as lavouras de São Paulo. De São Paulo partiam geralmente da cidade de Porto Feliz, na época chamada de Araritaguaba (terra das Araras). De modo fluvial chegavam aqui depois de cinco a seis meses de viagem.

Em 1719 após encontrar Pires de Campos, Pascoal Moreira Cabral, soube da existência de índios Coxiponé na região. Sua chegada trouxe a descoberta de ouro oficialmente em 8 de abril de 1719.

A descoberta levada como notícia, trouxe diversas lendas sobre os achados. Diziam que em Ikuiapa (como era chamada Cuiabá pelos índios) havia tanto ouro que qualquer fogão de chão era feito de pedras de ouro. Os bacamartes (armas de fogo de cano longo) tinham balas de ouro.

A lenda trouxe uma enxurrada de gente de todo tipo, muitos sem eira nem beira. Algumas ordens religiosas foram proibidas de entrar nas minas, pois os padres só queriam enriquecer e depois sumiam no mato deixando as batinas.
A leva de gente cresceu e me 1727, Cuiabá já tinha mais de quatro mil pessoas. O Arraial virou vila com o nome de Nosso Senhor Bom Jesus de Cuiabá. Mas o ouro era de aluvião, fácil de achar, mas rápido para acabar.

A fome de ouro fez muitos dos habitantes de Cuiabá migrar para o norte e noroeste em busca de mais metais. Nesse desbravamento mais para o centro da América do Sul, fez surgir novos Arraiais, entre eles São Pedro Del Rei (Poconé), Vila Maria do Paraguai (Cáceres), Diamantino Alto Paraguai e mais a noroeste Vila Bela da Santíssima Trindade, dentre muitos outros.

Estava configurado um povoamento português em terra legalmente ainda da Espanha. Como fazer para reverter tal situação. Foi então assinado um tratado que tinha um princípio baseado na ocupação da terra. Onde existisse gente daquela nacionalidade a terra pertenceria àquela nação.

O principio foi chamado de Utti Possidetis, sendo um princípio de direito internacional segundo o qual os que de fato ocupam um território possuem direito sobre este. A expressão advém da frase uti possidetis, ita possideatis, que significa "como possuís, assim possuais". Essa argumentação foi defendida por um nobre da Corte portuguesa, mas de nascimento no Brasil chamado Alexandre de Gusmão.

Argumento aceito, as duas coroas assinaram o Tratado de Madri em 13 de janeiro de 1750 e Mato Grosso que já existia desde 9 de maio de 1748, passou legalmente a ser terra de Portugal.

Hoje Mato Grosso completa duzentos e sessenta anos de existência, sendo um grande estado com múltiplos aspectos geográficos, banhados por três bacias geográficas(Bacia Amazônica, Bacia do Paraguai e Bacia do Tocantins), com uma exuberante vegetação compreendo os biomas pantaneiro, amazônico e o cerrado. Abriga diferentes etnias, ganhando cada vez mais expressão dentro e fora do Brasil. Segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado em 2010, Mato Grosso possui 3.035.122 habitantes, o que representa 1,59% da população brasileira. Temos muita terra que pode abrigar ainda uma imensidão de gente.

Parabéns a todos que de uma forma ou de outra contribuíram e contribui com o progresso de nosso Estado.

Pedro Félix é escritor, autor dos Livros de História de Maro Grosso 1ª, 2ª e 3ª edições, e Cuiabá, centro da América do Sul.

Falta leitura jornalística na educação



Dentre todas as carências da educação no Brasil, uma delas está diretamente envolvida com a informação. É de conhecimento de todos; a constatação de que o brasileiro lê pouco, sem levar em conta também o conteúdo e a assimilação da leitura que já é escassa.
 
A forma da leitura para muitos especialistas se enquadra em três vertentes: Há os que lêem de forma completa, os que fazem leitura incompleta e a leitura errada, distorcida.
O ensino deve ser cada vez mais aprofundado com intensas aulas de interpretação de texto e até mesmo semiótica.
 
Se o número de leitores de livros didáticos e paradidáticos, que são obrigatórios durante a formação do aluno já são sofríveis, imagina a leitura de jornais, sites de informações e revistas?
 
Vestibulares e concursos públicos são recheados de questões envolvendo atualidades, mas será que as escolas preparam os alunos para os acontecimentos atuais?
 
Um aluno do ensino médio de uma escola pública está apto para responder uma simples questão de política internacional como: quem é o atual presidente do nosso vizinho Chile? Ou uma questão geográfica em saber que o Chile não faz divisa com o Brasil? Ou ao menos em se tratando de política interna, responder qual é o nome do vice-presidente brasileiro? No âmbito municipal será que os alunos sabem quem são o prefeito e vice-prefeito e quantos vereadores compõem o Poder Legislativo local?
 
Confrontos externos; crise mundial; crescimento dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China); calamidades naturais; política; pré-sal; meio ambiente; os jornais estão cada vez mais repletos de informações, ricos em detalhes como: fotos e infográficos. Mas será que essas informações estão sendo trabalhadas em sala de aula?
 
O estudo da notícia deve ser feito com mais de um jornal, tendo em vista o posicionamento ideológico e a linha editorial dos meios de comunicação. Formar alunos críticos e capacitados para o mercado de trabalho, municiá-lo de informações e criar o hábito da leitura jornalística. 

Todos os dias milhares de informações são jogadas no lixo, o jornal perde sua validade com a chegada da noite e milhares de discentes continuam desinformados sem capacidade de se posicionar sobre assuntos importantes.
 
Sem informação tudo fica mais difícil para massa e mais fácil para uma minoria que se privilegia da ignorância coletiva, proveniente também de um sistema de ensino cada vez mais obsoleto.

Fonte:Jornal da Cidade