Dentre todas as carências da educação
no Brasil, uma delas está diretamente envolvida com a informação. É de
conhecimento de todos; a constatação de que o brasileiro lê pouco, sem levar em
conta também o conteúdo e a assimilação da leitura que já é escassa.
A forma da leitura para muitos
especialistas se enquadra em três vertentes: Há os que lêem de forma completa,
os que fazem leitura incompleta e a leitura errada, distorcida.
O ensino deve ser cada vez mais
aprofundado com intensas aulas de interpretação de texto e até mesmo semiótica.
Se o número de leitores de livros
didáticos e paradidáticos, que são obrigatórios durante a formação do aluno já
são sofríveis, imagina a leitura de jornais, sites de informações e revistas?
Vestibulares e concursos públicos são
recheados de questões envolvendo atualidades, mas será que as escolas preparam
os alunos para os acontecimentos atuais?
Um aluno do ensino médio de uma
escola pública está apto para responder uma simples questão de política
internacional como: quem é o atual presidente do nosso vizinho Chile? Ou uma
questão geográfica em saber que o Chile não faz divisa com o Brasil? Ou ao
menos em se tratando de política interna, responder qual é o nome do
vice-presidente brasileiro? No âmbito municipal será que os alunos sabem quem
são o prefeito e vice-prefeito e quantos vereadores compõem o Poder Legislativo
local?
Confrontos externos; crise mundial;
crescimento dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China); calamidades naturais;
política; pré-sal; meio ambiente; os jornais estão cada vez mais repletos de
informações, ricos em detalhes como: fotos e infográficos. Mas será que essas
informações estão sendo trabalhadas em sala de aula?
O estudo da notícia deve ser feito
com mais de um jornal, tendo em vista o posicionamento ideológico e a linha
editorial dos meios de comunicação. Formar alunos críticos e capacitados para o
mercado de trabalho, municiá-lo de informações e criar o hábito da leitura
jornalística.
Todos os dias milhares de informações
são jogadas no lixo, o jornal perde sua validade com a chegada da noite e
milhares de discentes continuam desinformados sem capacidade de se posicionar
sobre assuntos importantes.
Sem informação tudo fica mais difícil
para massa e mais fácil para uma minoria que se privilegia da ignorância
coletiva, proveniente também de um sistema de ensino cada vez mais obsoleto.
Fonte:Jornal
da Cidade
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