Neste ano, faz quatro décadas do lançamento do disco Construção, de Chico Buarque. Em meio a um dos períodos mais duros do regime militar, o álbum ficou famoso por consolidar a posição crítica do compositor, seja com músicas claramente referentes à repressão daqueles anos, como Cordão, ou outras com associações mais implícitas, como Cotidiano.
Segundo o professor de Literatura da unidade Tamandaré do Anglo, Fernando Marcílio, antes deste quinto disco, o autor já vinha manifestando suas preferências políticas e incomodando a censura. "O mais importante é destacar que as canções de Chico vão além da questão da ditadura. Mesmo aquelas letras que se referem explicitamente ao regime militar", diz o mestre em teoria literária, cuja dissertação analisou a obra do artista.
Nessa linha, as letras daquela época podem ser facilmente transpostas para a atualidade. "Elas captam o essencial da ditadura, a repressão, e devem ser usadas para compreender não só aquele episódio, mas as relações humanas. Eu posso ser opressor com minha esposa, seu chefe pode ser com você, assim como muitas pessoas o são com os homossexuais", cita. Para o professor, Chico Buarque não deve ser reduzido à imagem de "cantor da ditadura". "Já ouvi dizerem que, se não fosse a ditadura, Chico não teria inspiração, que teria sido bom para ele. Longe disso, a censura o impediu de trabalhar muitas vezes", comenta.
Mesmo ainda atuais, as músicas e peças de teatro do autor carioca podem ajudar estudantes a entender melhor o que significou o período que sucedeu o Golpe de 64. A seguir, conheça mais sobre o contexto de 10 obras de Chico Buarque.
Apesar de Você
Para o professor, a mais evidentemente canção de Chico Buarque referente à ditadura é Apesar de Você. Lançada inicialmente em 1970, em um compacto, foi censurada logo depois. Entendida inicialmente como uma canção de amor, como se um dos amantes tivesse abandonado o outro ("Apesar de você / Amanhã a de ser outro dia"), na realidade, a letra falava da ideia de um novo amanhã, que superasse os dias escuros da ditadura ("A minha gente hoje anda / Falando de lado / E olhando pro chão, viu / Você que inventou esse estado / E inventou de inventar / Toda a escuridão").
A música marca o momento em que a censura começa a ficar mais atenta à obra de Chico. "Esta letra tem uma dimensão utópica, sentimento que aparece em outras canções do autor", explica o professor. Em 1978, no álbum Chico Buarque, a música, já liberada, foi lançada outra vez.
"Chico a relançou meio a contragosto. Estava preocupado que fosse passada a imagem de que estava tudo bem, o que não era verdade. Além de não fazer mais sentido lançar uma música fora do contexto em que foi escrita", observa.
Cálice
Mais uma música censurada. Mas, diferentemente de Apesar de Você, Cálice foi proibida antes de ser lançada. Composta em 1973, ao ser submetida à censura federal, pela qual deviam passar todas as letras, livros e textos e montagens de teatro, foi barrada e só pode ser divulgada em 1978, também no álbum Chico Buarque. "Gilberto Gil teve a ideia de usar a passagem bíblica, mas foi Chico quem percebeu que a sonoridade que se igualava à expressão 'cale-se', uma referência clara à censura da época", conta Marcílio.
O fato de submeter toda produção artística à censura representava, no caso das obras barradas, um investimento jogado fora, especialmente para peças de teatro, que tinham que apresentar suas montagens completas a um homem do governo.
Construção e Cotidiano
Essas duas canções fazem parte do álbum Construção, de 1971, e suas letras tem referências menos diretas à ditadura militar. A primeira conta a história de um trabalhador da construção civil que morre no local onde trabalhava. "A situação desse trabalhador é de angústia, ele é oprimido pela ditadura econômica, que também assolava o país na época", explica o professor.
Na segunda, diz Marcílio, "a letra descreve o dia a dia de um casal, em uma referência implícita à repressão do governo, na medida em que mostra um cotidiano opressivo".
Cordão e Quando o Carnaval Chegar
Cordão é uma canção do disco Construção com referência clara à ditadura, especialmente em versos como "Ninguém vai me segurar / Ninguém há de me fechar". Assim como Apesar de Você, tem o caráter otimista de um futuro melhor. "Nesta música, Chico prega a resistência, através da união, do 'imenso cordão' que ele cita na letra", observa o professor. O mesmo anseio por dias melhores aparece em Quando o Carnaval Chegar, música trilha do filme homônimo em que Chico atua.
"Aqui também há referência a esse dia de amanhã, um dia em que a liberdade seria restaurada e triunfaria", diz o professor.
Deus lhe Pague
Em Deus lhe Pague, também do álbum Construção, Chico se vale da ironia para criticar a situação repressiva em que os brasileiros viviam durante o regime militar. É como se ele agradecesse ao governo por permitir ao cidadão realizar atos básicos, como respirar. "Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir / A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir / Por me deixar respirar, por me deixar existir / Deus lhe pague" são alguns dos versos. Confira as músicas do álbum no Sonora.
O heteronômio Julinho de Adelaide
Já conhecido da censura, Chico Buarque tinha suas músicas proibidas só por levarem sua assinatura. Para driblar isso, ele criou um personagem, Julinho Adelaide, que assinou três músicas suas. Em Acorda Amor, um sujeito acorda no meio da noite e pede para sua mulher chamar o ladrão porque a polícia tinha chegado. "Ele inverte a situação, porque o perigo naquela época era a polícia entrar na sua casa e lhe prender", explica o professor de Literatura, também historiador. Trata-se de mais uma manifestação da ditadura, a perseguição policial.
Em Jorge Maravilha, há referência a situações que, segundo o professor, não se sabe se são verdadeiras ou não. Os versos "você não gosta de mim, mas sua filha gosta" teriam origem em uma das vezes em que Chico foi preso e o policial teria pedido autógrafo, dizendo que era para a sua filha. "Tem também a história de que a filha do então presidente Ernesto Geisel teria declarado ser apreciadora de Chico. Não sei dizer se é verdade, acho que a questão é mais simbólica, como quem diz 'você, governo, não gosta de mim, mas o povo gosta'", opina. Confira as músicas do álbum no Sonora.
Calabar - O Elogio da Traição
Esta peça de teatro de autoria de Chico e Ruy Guerra foi proibida pela censura. O título cita um personagem histórico que existiu durante o Brasil imperial e que ficou tachado como traidor por ter se oposto à coroa portuguesa. "O personagem nem aparece na peça, que acaba girando em torno de opções ideológicas e discutindo o que é ser patriota através do questionamento desta traição. Calabar só poderia ser considerado traidor sob o ponto de vista de Portugal, que era, por sua vez, um invasor. Ou seja, trair um invasor não seria um problema, assim como trair um governo que é opressor", compara o professor.
Na época, os jornais não podiam nem noticiar a censura da peça. As músicas da trilha liberadas foram lançadas em um álbum chamado Chico Canta. Era pra ser Chico Canta Calabar, mas o nome do personagem histórico também havia sido proibido.
Fonte: TERRA
sábado, 8 de outubro de 2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
MT- Escola de Lucas mobiliza sociedade em Feira Científica
Cerca de cinco mil pessoas são esperadas durante a 14ª edição da Feira de Ciência e Arte, da Escola Estadual Dom Bosco, de Lucas do Rio Verde (350 km de Cuiabá). A solenidade de abertura, às 19 horas , desta terça-feira (04.10) reunirá representantes da assessoria pedagógica, do poder legislativo, do grêmio estudantil e demais autoridades do município.
O evento ainda prossegue na quarta-feira (05.10) com as apresentações temáticas. A escola atende estudantes da 3ª fase do 3º ciclo ao 3º ano do Ensino Médio. Entre os temas estão doação de sangue, cinema e debates sobre tecnologia e sustentabilidade.
O objetivo é a promoção do intercâmbio científico cultural dos estudantes e da comunidade, por meio de trabalhos coletivos numa perspectiva de construção de valores solidários, cooperativistas, e de cidadania para o bem comum social.
Segundo a coordenadora pedagógica, Claudete Zavodini, o evento atrai toda a comunidade escolar do município, inclusive turmas de outras unidades. “O mais importante é trabalhar essa interação entre os alunos e os temas”, declara. Para ela, o aprendizado é amplo quando são os estudantes que vão a campo em busca das informações.
A escola desenvolve diversas parcerias para a realização do projeto. Por meio delas, o encontro desenvolve atividades sociais como a feira do livro e a emissão de CPF para os estudantes.
Assessoria/Seduc-MT
O evento ainda prossegue na quarta-feira (05.10) com as apresentações temáticas. A escola atende estudantes da 3ª fase do 3º ciclo ao 3º ano do Ensino Médio. Entre os temas estão doação de sangue, cinema e debates sobre tecnologia e sustentabilidade.
O objetivo é a promoção do intercâmbio científico cultural dos estudantes e da comunidade, por meio de trabalhos coletivos numa perspectiva de construção de valores solidários, cooperativistas, e de cidadania para o bem comum social.
Segundo a coordenadora pedagógica, Claudete Zavodini, o evento atrai toda a comunidade escolar do município, inclusive turmas de outras unidades. “O mais importante é trabalhar essa interação entre os alunos e os temas”, declara. Para ela, o aprendizado é amplo quando são os estudantes que vão a campo em busca das informações.
A escola desenvolve diversas parcerias para a realização do projeto. Por meio delas, o encontro desenvolve atividades sociais como a feira do livro e a emissão de CPF para os estudantes.
Assessoria/Seduc-MT
MT- Práticas educativas ambientais são publicadas em Fascículo Pedagógico
Práticas educativas formuladas e desenvolvidas por cinco escolas públicas de Mato Grosso serão publicadas na 2ª Edição do Fascículo Pedagógico que integra a ‘Campanha Mato Grosso Unido contra as Queimadas’, ação realizada em parceria com diversos órgãos governamentais. A ação é um incentivo a adoção de medidas que contribuam para o despertar sobre a questão ambiental, propondo uma reflexão sobre o meio ambiente e as conseqüências de ações criminosas relacionadas as queimadas. Dez mil cópias do fascículo serão destinadas as unidades escolares, além dos parceiros da campanha, ainda no mês de outubro.
Para a seleção, critérios como o envolvimento e a articulação de segmentos da sociedade civil organizada e das instituições públicas, além da utilização de parâmetros orientativos no site da Seduc para execução da proposta, foram considerados.
“Disponibilizamos orientações de como se fazer um relato de prática a partir do modelo pré-estabelecido durante a Olimpíada da Língua Portuguesa. Como a escola se articulou? Como apresentou sua proposta a diversos segmentos?”, explica Giselly Gomes, gerente da Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso. No total, foram encaminhados 22 relatos de boas práticas.
Giselly explica que a Secretaria de Estado de Educação será parceria também de uma grande ação governamental, que irá tratar sobre a questão a prevenção a dengue. A campanha será intitulada ‘Mato Grosso Unido Contra a Dengue’. ‘Teremos uma outra publicação que irá incentivar e orientar as escolas a trabalhar sobre o tema. Os relatos de boas práticas também serão publicados em um fascículo específico a ser publicado ainda em 2011.
Boas Práticas
Foram selecionados os projetos desenvolvidos pelos estudantes da Escola Estadual Dormevil Faria, da cidade de Pontes e Lacerda. O cenário de exploração de pecuária e de plantio de milho e mandioca foram avaliados para a concepção de uma campanha que propiciasse um verdadeiro pensar diferenciado sobre o combate as queimadas. Do mesmo município foi selecionado ainda o trabalho da Escola Estadual 14 de Fevereiro. Em conjunto com o Grupo Pró-Ambiental foram organizados uma série de atos para a sensibilização e conscientização. A proposta de trabalho integrou as unidades públicas e, também uma particular, em prol do meio ambiente.
O trabalho desenvolvido pela Escola Estadual Patriarca da Independência (da cidade de Tangará da Serra), envolveu estudantes de três turmas (do 2º Ciclo de Formação Humana) no despertar da consciência ambiental da comunidade que vive no entorno da unidade escolar, em área propensa a limpeza por meio do emprego de queimadas.
Em Várzea Grande, na Escola Estadual Heróclito Monteiro, utilizou filmes, internet, foram instrumentos empregados para o despertar ambiental por meio da campanha ‘Mato Grosso Unido contra as Queimadas’, de alunos matriculados na Escola Estadual Heroclito Leôncio Monteiro, instalada na cidade de Várzea Grande. Mídias visuais, com a exposição de situações causadas pelo emprego do fogo na limpeza de áreas, causas e conseqüências desses atos foram levados à discussão.
As ações desenvolvidas na Escola Estadual Anísio José Moreira, da cidade de São José do Rio Claro, também terá a prática inserida na 2ª edição do fascículo. Sob o tema “O tempo não está pra fumaça. Conscientização neles!”, os estudantes participaram de concurso de desenhos, frases, redações, apresentações culturais sobre o tema, além da realização de mutirão de limpeza no entorno da escola.
PATRÍCIA NEVES
Assessoria/Seduc-MT
Para a seleção, critérios como o envolvimento e a articulação de segmentos da sociedade civil organizada e das instituições públicas, além da utilização de parâmetros orientativos no site da Seduc para execução da proposta, foram considerados.
“Disponibilizamos orientações de como se fazer um relato de prática a partir do modelo pré-estabelecido durante a Olimpíada da Língua Portuguesa. Como a escola se articulou? Como apresentou sua proposta a diversos segmentos?”, explica Giselly Gomes, gerente da Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso. No total, foram encaminhados 22 relatos de boas práticas.
Giselly explica que a Secretaria de Estado de Educação será parceria também de uma grande ação governamental, que irá tratar sobre a questão a prevenção a dengue. A campanha será intitulada ‘Mato Grosso Unido Contra a Dengue’. ‘Teremos uma outra publicação que irá incentivar e orientar as escolas a trabalhar sobre o tema. Os relatos de boas práticas também serão publicados em um fascículo específico a ser publicado ainda em 2011.
Boas Práticas
Foram selecionados os projetos desenvolvidos pelos estudantes da Escola Estadual Dormevil Faria, da cidade de Pontes e Lacerda. O cenário de exploração de pecuária e de plantio de milho e mandioca foram avaliados para a concepção de uma campanha que propiciasse um verdadeiro pensar diferenciado sobre o combate as queimadas. Do mesmo município foi selecionado ainda o trabalho da Escola Estadual 14 de Fevereiro. Em conjunto com o Grupo Pró-Ambiental foram organizados uma série de atos para a sensibilização e conscientização. A proposta de trabalho integrou as unidades públicas e, também uma particular, em prol do meio ambiente.
O trabalho desenvolvido pela Escola Estadual Patriarca da Independência (da cidade de Tangará da Serra), envolveu estudantes de três turmas (do 2º Ciclo de Formação Humana) no despertar da consciência ambiental da comunidade que vive no entorno da unidade escolar, em área propensa a limpeza por meio do emprego de queimadas.
Em Várzea Grande, na Escola Estadual Heróclito Monteiro, utilizou filmes, internet, foram instrumentos empregados para o despertar ambiental por meio da campanha ‘Mato Grosso Unido contra as Queimadas’, de alunos matriculados na Escola Estadual Heroclito Leôncio Monteiro, instalada na cidade de Várzea Grande. Mídias visuais, com a exposição de situações causadas pelo emprego do fogo na limpeza de áreas, causas e conseqüências desses atos foram levados à discussão.
As ações desenvolvidas na Escola Estadual Anísio José Moreira, da cidade de São José do Rio Claro, também terá a prática inserida na 2ª edição do fascículo. Sob o tema “O tempo não está pra fumaça. Conscientização neles!”, os estudantes participaram de concurso de desenhos, frases, redações, apresentações culturais sobre o tema, além da realização de mutirão de limpeza no entorno da escola.
PATRÍCIA NEVES
Assessoria/Seduc-MT
Escola selecionada no Prêmio de Gestão Escola apresenta experiência nos EUA
As práticas pedagógicas desenvolvidas pela Escola Estadual Professora Renilda Silva Moraes, de Rondonópolis, serão compartilhadas a partir da próxima semana com profissionais da educação de 23 estados brasileiros e também da Argentina, Chile, Tailândia e dos Estados Unidos da América (EUA).
A unidade escolar foi selecionada como destaque estadual no Prêmio de Gestão Escolar (ano Base 2010), dentre as 120 inscritas no Estado. O prêmio tem como objetivo contribuir para que as unidades escolares incorporem uma cultura de autoavaliação ao processo de gestão tendo como foco o compromisso com a aprendizagem e,com as avaliações externas.
A diretora da unidade, Maria Clélia Juliani Lempke, permanecerá em Washington D.C (no período de 12 a 15 de outubro) onde participa de um grande seminário sobre a educação. Na seqüência ela viajará para cidade de Hartford - no estado da Virgínia - onde irá apresentar as práticas pedagógicas e conhecer um pouco do trabalho na área de educação norte-americana. O retorno ao Brasil é previsto para o dia 6 de novembro. No dia seguinte, em Recife (PE), a profissional da educação irá participar da cerimônia nacional de premiação.
Além do reconhecimento pelo trabalho desenvolvido a escola também irá receber a quantia de R$ 6 mil para investimentos na unidade. A decisão sobre qual a destinação para os recursos será realizada de forma coletiva (Conselho Deliberativo e administração escolar).
Expectativas
“Esse é um momento de grande reconhecimento. A educação é noticiada por suas deficiências e, com muita ênfase. O trabalho foi todo construído em equipe”, diz Maria Clélia. Ela pondera que a tarefa de ajudar na construção de cidadãos diariamente é árdua e que os problemas são inerentes ao processo. “Mas nós temos de aprender a evidenciar o sucesso”, finaliza.
No total, 79 profissionais atuam no processo de fortalecimento da educação na unidade instalada há 31 anos. Lá estão matriculados 876 pessoas em turmas dos 1º,2º e 3º Ciclos de Formação Humana. Em 2011, toda a estrutura de trabalho foi montada com base em cinco grandes ações educativas: ‘Projeto Mato Grosso’, ‘Projeto Meio Ambiente’, ‘Projeto Pátria’, Projeto ‘Consciência Negra’ e ‘Projeto Presépio’. Em comum, todas as ações visam incentivar os processos de pesquisa, bem como o fomento a necessidade de preservação histórica e da natureza. O respeito ao próximo, bem como ações de inclusão social são práticas cotidianas no ‘chão da escola’. A integração entre as ações possibilita ainda a efetiva integração entre as turmas.
Dimensões de Avaliação
Em 2009, a escola já havia participado do Prêmio Gestão Escolar e ficou entre os cinco melhores trabalhos apresentados em Mato Grosso. “Essa experiência possibilitou que nós fizéssemos alguns ajustes no nosso dossiê. Por exemplo, empregamos a avaliação institucional’.
Ela afirma que todas as ações são construídas de maneira coletiva. Todos os seguimentos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem – pais, estudantes, os servidores, membros do Conselho Deliberativo - responderam a um questionário e refletem sobre as necessidades, fragilidades e os acertos dentro da proposta de educação com qualidade. “Claro, sem deixarmos de considerar os eixos já propostos na avaliação”. Todo o trabalho, extremamente minucioso, teve duração de dois meses e contou com a colaboração da assessora pedagógica, Margarida Campos.
Dentre as dimensões das avaliações estão a autoavaliação, a gestão pedagógica, a gestão de resultados educacionais, e gestão participativa, além de gestão de serviços e de recursos.
Intercâmbio em MT
Em agosto deste ano, a diretora norte americana, Regina Siegel, veio a Mato Grosso para trocar experiências na área educacional por meio do Prêmio de Gestão Escolar. Ela participou de uma intensa programação repleta de seminários, apresentações culturais e discussões propositivas sobre o tema.
PATRÍCIA NEVES
Assessoria/Seduc-MT
A unidade escolar foi selecionada como destaque estadual no Prêmio de Gestão Escolar (ano Base 2010), dentre as 120 inscritas no Estado. O prêmio tem como objetivo contribuir para que as unidades escolares incorporem uma cultura de autoavaliação ao processo de gestão tendo como foco o compromisso com a aprendizagem e,com as avaliações externas.
A diretora da unidade, Maria Clélia Juliani Lempke, permanecerá em Washington D.C (no período de 12 a 15 de outubro) onde participa de um grande seminário sobre a educação. Na seqüência ela viajará para cidade de Hartford - no estado da Virgínia - onde irá apresentar as práticas pedagógicas e conhecer um pouco do trabalho na área de educação norte-americana. O retorno ao Brasil é previsto para o dia 6 de novembro. No dia seguinte, em Recife (PE), a profissional da educação irá participar da cerimônia nacional de premiação.
Além do reconhecimento pelo trabalho desenvolvido a escola também irá receber a quantia de R$ 6 mil para investimentos na unidade. A decisão sobre qual a destinação para os recursos será realizada de forma coletiva (Conselho Deliberativo e administração escolar).
Expectativas
“Esse é um momento de grande reconhecimento. A educação é noticiada por suas deficiências e, com muita ênfase. O trabalho foi todo construído em equipe”, diz Maria Clélia. Ela pondera que a tarefa de ajudar na construção de cidadãos diariamente é árdua e que os problemas são inerentes ao processo. “Mas nós temos de aprender a evidenciar o sucesso”, finaliza.
No total, 79 profissionais atuam no processo de fortalecimento da educação na unidade instalada há 31 anos. Lá estão matriculados 876 pessoas em turmas dos 1º,2º e 3º Ciclos de Formação Humana. Em 2011, toda a estrutura de trabalho foi montada com base em cinco grandes ações educativas: ‘Projeto Mato Grosso’, ‘Projeto Meio Ambiente’, ‘Projeto Pátria’, Projeto ‘Consciência Negra’ e ‘Projeto Presépio’. Em comum, todas as ações visam incentivar os processos de pesquisa, bem como o fomento a necessidade de preservação histórica e da natureza. O respeito ao próximo, bem como ações de inclusão social são práticas cotidianas no ‘chão da escola’. A integração entre as ações possibilita ainda a efetiva integração entre as turmas.
Dimensões de Avaliação
Em 2009, a escola já havia participado do Prêmio Gestão Escolar e ficou entre os cinco melhores trabalhos apresentados em Mato Grosso. “Essa experiência possibilitou que nós fizéssemos alguns ajustes no nosso dossiê. Por exemplo, empregamos a avaliação institucional’.
Ela afirma que todas as ações são construídas de maneira coletiva. Todos os seguimentos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem – pais, estudantes, os servidores, membros do Conselho Deliberativo - responderam a um questionário e refletem sobre as necessidades, fragilidades e os acertos dentro da proposta de educação com qualidade. “Claro, sem deixarmos de considerar os eixos já propostos na avaliação”. Todo o trabalho, extremamente minucioso, teve duração de dois meses e contou com a colaboração da assessora pedagógica, Margarida Campos.
Dentre as dimensões das avaliações estão a autoavaliação, a gestão pedagógica, a gestão de resultados educacionais, e gestão participativa, além de gestão de serviços e de recursos.
Intercâmbio em MT
Em agosto deste ano, a diretora norte americana, Regina Siegel, veio a Mato Grosso para trocar experiências na área educacional por meio do Prêmio de Gestão Escolar. Ela participou de uma intensa programação repleta de seminários, apresentações culturais e discussões propositivas sobre o tema.
PATRÍCIA NEVES
Assessoria/Seduc-MT
Casies está com inscrições para curso Atividade de Vida Autonoma
Profissionais da educação de Mato Grosso podem se inscrever para o curso ‘Atividade de Vida Autônoma’, promovido pelo Centro de Apoio e Suporte da Inclusão Especial (Casies), ligado a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT). O evento será realizado no período de 17 a 20 de outubro, nos períodos matutino e vespertino. As inscrições podem ser feitas na sede da unidade, instalada à rua dos Crisântemos 16, bairro Jardim Cuiabá.
A qualificação tem como objetivo ajudar os profissionais a despertarem nos estudantes potencialidades e superar as dificuldades. O curso trabalhará desenvolvimento cognitivo, afetivo, socioeconômico e cultural. Na programação constam informações sobre como trabalhar a sistematização das ações. A proposta inclui orientações para favorecer a aceitação e o interesse dos familiares pela participação nas atividades.
O evento ainda tem como objetivo auxiliar na elaboração de programas individualizados; e para o emprego de estratégias facilitadoras(técnicas específicas) que possibilitem o desenvolvimento de agilidade, destreza e compreensão dos movimentos no desempenho das atividades.
Calendário
Para o mês de outubro, o Casies tem programado um total de seis cursos. Dentre eles, surdocegueira, transtorno de expressão escrita, hiperatividade, Libras e Gramática. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3322-5514.
Patrícia Neves/
Assessoria Seduc/MT
A qualificação tem como objetivo ajudar os profissionais a despertarem nos estudantes potencialidades e superar as dificuldades. O curso trabalhará desenvolvimento cognitivo, afetivo, socioeconômico e cultural. Na programação constam informações sobre como trabalhar a sistematização das ações. A proposta inclui orientações para favorecer a aceitação e o interesse dos familiares pela participação nas atividades.
O evento ainda tem como objetivo auxiliar na elaboração de programas individualizados; e para o emprego de estratégias facilitadoras(técnicas específicas) que possibilitem o desenvolvimento de agilidade, destreza e compreensão dos movimentos no desempenho das atividades.
Calendário
Para o mês de outubro, o Casies tem programado um total de seis cursos. Dentre eles, surdocegueira, transtorno de expressão escrita, hiperatividade, Libras e Gramática. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3322-5514.
Patrícia Neves/
Assessoria Seduc/MT
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Participação de jovens nas entidades do terceiro setor
Vinicius de Carvalho
Peço permissão aos leitores esta semana para relatar um evento importante para mim e fazer algumas reflexões mais gerais a seu respeito. Trata-se do meu ingresso no Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHG-MT), instituição co-irmã da Academia Matogrossense de Letras (AML). Primeiro, faço um breve histórico, para que os leitores a conheçam melhor o IHG-MT.
Ele foi fundado pelo então Presidente do Estado Dom Aquino Correa em 1919, com o objetivo reunir a elite literária e intelectual de Mato Grosso, uma vez que não existiam aqui escolas de ensino superior. Eles seguiram a iniciativa do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (IHGB), instituído no Rio de Janeiro em 1838, como parte do desejo de afirmação de um pensamento brasileiro após a sua emancipação de Portugal e durante o tumultuado período regencial (1831-1840).
Em Mato Grosso, o contexto de 1919 era marcado pelas turbulências da Primeira República (1889-1930), com o acontecimento então recente da Caetanada (1916-1917) e a própria eleição de Dom Aquino, como um interventor para pacificar as várias correntes políticas em disputa.
Comemorava-se também naquele ano o bicentenário de Cuiabá, o que conferiu uma excelente oportunidade para articulação de um discurso de tradição e raízes intelectuais da região norte do “velho Mato Grosso” em face da emergência da região leste (Araguaia) e do crescimento econômico e demográfico da região sul.
Desde então, o IHG-MT vem reunindo personagens célebres das letras em Mato Grosso como Virgílio Alves Correa Filho, José Barnabé de Mesquita e Estevão de Mendonça. Hoje são cerca de 40 sócios, tais como os ex-secretários de Cultura João Carlos Vicente Ferreira e Paulo Pitaluga e as professoras da Universidade Federal de Mato Grosso Elizabeth Madureira Siqueira e Sônia Romancini, apenas para citar alguns. Fui eleito e empossado no último dia 23/09 como sócio efetivo, junto com as colegas Nileide Dourado (técnica da UFMT) e Suzana Schisuco Hirooka (administradora do Museu de Pré-História).
Na atualidade, o IHG-MT vem prestando diversos serviços aos pesquisadores desta área em Mato Grosso, com a restauração de sua sede pela Secretaria de Estado de Cultura, a organização de acervos documentais importantes e a instalação de um Ponto de Cultura, programa do Ministério da Cultura para difusão cultural.
Em meu discurso inaugural, fiz algumas observações conceituais sobre a imortalidade, revisei de modo breve a biografia do ex-Governador José Manoel Fontanillas Fragelli (meu patrono) e falei um pouco a respeito da minha trajetória profissional. Embora seja graduado e professor em Administração, categorizada como Ciência Social aplicada, sempre tive fortes interesses nas Ciências Humanas, que remontam à minha educação básica.
Isto me permitiu fazer opção pela Administração Pública, que aplica conceitos de todas estas disciplinas. No mestrado em História pela UFMT, pude aprofundar a compreensão dos conceitos da Ciência Política, para melhor analisar a história política contemporânea de Mato Grosso. Pretendo dar continuidade às pesquisas, agora num abrigo institucional mais apropriado. Minha intenção é contribuir no campo da gestão do IHG-MT, já que esta é uma das minhas áreas de especialidade.
Reafirmo que a instituição está aberta para todos aqueles interessados em conhecer mais. Os discursos de posse serão publicados na íntegra em breve na Revista do IHG-MT. Meu objetivo neste espaço foi apenas comunicar aos leitores mais este passo na minha caminhada profissional e destacar a importância da participação da juventude nas entidades do terceiro setor. É a melhor forma de acumular capital social e canalizar ideias e a energia para provocar mudanças reais na sociedade em que vivemos.
Vinicius de Carvalho Araújo é gestor governamental do Estado, mestre em História Política, professor universitário e escreve exclusivamente este blog às segundas-feiras - vcaraujo@terra.com.br
Peço permissão aos leitores esta semana para relatar um evento importante para mim e fazer algumas reflexões mais gerais a seu respeito. Trata-se do meu ingresso no Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHG-MT), instituição co-irmã da Academia Matogrossense de Letras (AML). Primeiro, faço um breve histórico, para que os leitores a conheçam melhor o IHG-MT.
Ele foi fundado pelo então Presidente do Estado Dom Aquino Correa em 1919, com o objetivo reunir a elite literária e intelectual de Mato Grosso, uma vez que não existiam aqui escolas de ensino superior. Eles seguiram a iniciativa do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (IHGB), instituído no Rio de Janeiro em 1838, como parte do desejo de afirmação de um pensamento brasileiro após a sua emancipação de Portugal e durante o tumultuado período regencial (1831-1840).
Em Mato Grosso, o contexto de 1919 era marcado pelas turbulências da Primeira República (1889-1930), com o acontecimento então recente da Caetanada (1916-1917) e a própria eleição de Dom Aquino, como um interventor para pacificar as várias correntes políticas em disputa.
Comemorava-se também naquele ano o bicentenário de Cuiabá, o que conferiu uma excelente oportunidade para articulação de um discurso de tradição e raízes intelectuais da região norte do “velho Mato Grosso” em face da emergência da região leste (Araguaia) e do crescimento econômico e demográfico da região sul.
Desde então, o IHG-MT vem reunindo personagens célebres das letras em Mato Grosso como Virgílio Alves Correa Filho, José Barnabé de Mesquita e Estevão de Mendonça. Hoje são cerca de 40 sócios, tais como os ex-secretários de Cultura João Carlos Vicente Ferreira e Paulo Pitaluga e as professoras da Universidade Federal de Mato Grosso Elizabeth Madureira Siqueira e Sônia Romancini, apenas para citar alguns. Fui eleito e empossado no último dia 23/09 como sócio efetivo, junto com as colegas Nileide Dourado (técnica da UFMT) e Suzana Schisuco Hirooka (administradora do Museu de Pré-História).
Na atualidade, o IHG-MT vem prestando diversos serviços aos pesquisadores desta área em Mato Grosso, com a restauração de sua sede pela Secretaria de Estado de Cultura, a organização de acervos documentais importantes e a instalação de um Ponto de Cultura, programa do Ministério da Cultura para difusão cultural.
Em meu discurso inaugural, fiz algumas observações conceituais sobre a imortalidade, revisei de modo breve a biografia do ex-Governador José Manoel Fontanillas Fragelli (meu patrono) e falei um pouco a respeito da minha trajetória profissional. Embora seja graduado e professor em Administração, categorizada como Ciência Social aplicada, sempre tive fortes interesses nas Ciências Humanas, que remontam à minha educação básica.
Isto me permitiu fazer opção pela Administração Pública, que aplica conceitos de todas estas disciplinas. No mestrado em História pela UFMT, pude aprofundar a compreensão dos conceitos da Ciência Política, para melhor analisar a história política contemporânea de Mato Grosso. Pretendo dar continuidade às pesquisas, agora num abrigo institucional mais apropriado. Minha intenção é contribuir no campo da gestão do IHG-MT, já que esta é uma das minhas áreas de especialidade.
Reafirmo que a instituição está aberta para todos aqueles interessados em conhecer mais. Os discursos de posse serão publicados na íntegra em breve na Revista do IHG-MT. Meu objetivo neste espaço foi apenas comunicar aos leitores mais este passo na minha caminhada profissional e destacar a importância da participação da juventude nas entidades do terceiro setor. É a melhor forma de acumular capital social e canalizar ideias e a energia para provocar mudanças reais na sociedade em que vivemos.
Vinicius de Carvalho Araújo é gestor governamental do Estado, mestre em História Política, professor universitário e escreve exclusivamente este blog às segundas-feiras - vcaraujo@terra.com.br
Avaliação da Educação em MT
ANTONIO CARLOS MÁXIMO
No início de 2003, acompanhado do sábio e experiente Gabriel Novis Neves – então, Secretário de Estado de Educação – apresentei para professores, coordenadores e diretores de escolas, em Sinop, os resultados do SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica.
Na medida em que eu expunha os “slides” com as matrizes de competências e habilidades que os alunos deveriam dominar; na subseqüente apresentação dos resultados dos exames de matemática e língua portuguesa, sentíamos na sala um clima de indignação, raiva, curiosidade, choque.
Os professores, simplesmente, não acreditavam no que estavam vendo, não admitiam que aqueles resultados fossem verdadeiros. Disseram até mesmo que se tratava de invenção do governo para desmoralizá-los.
Diante do ambiente de revolta contida, Gabriel Novis usou de toda a sua carga de bom senso e psicologia médica para acalmar os educadores. Apesar do clima, foi uma experiência enriquecedora porque a reação dos professores indicava algo muito claro para o sistema de avaliação: eles, simplesmente, não se reconheciam nos resultados dos exames. Será que hoje eles se reconhecem?
Hoje, passados dez anos desse episódio, continuamos a acompanhar, de modo sistemático, por meio de pesquisas, os resultados - que não se alteraram.
A Educação de Mato Grosso continua da mesma forma como demonstramos em Sinop em 2003, abaixo da média nacional. Os alunos de Ensino Médio, por exemplo, não contam com professores habilitados em Química, Física, Sociologia, Filosofia, etc. Ainda que para as outras disciplinas o quadro não seja tão grave, essas quatro matérias são tocadas na base do improviso, por professores formados em outras áreas. E bastam essas quatro para derrubar os alunos no Enem – Exame Nacional do Ensino Médio.
E o agora o que mudou?
Depois de uma década, lamentavelmente, parece ter acabado a indignação dos professores com os resultados. Ninguém mais se choca com o fato, há uma resignação diante da tragédia. E isto sim é grave! Enquanto há indignação é possível sonhar, pois ela é mobilizadora. Quando, no entanto, tratamos com naturalidade aquilo que não é natural, perdemos as chances de melhora.
Disse-me o Gabriel que quando o doente se entrega, a doença monta de vez. E o nosso sistema educacional, desde a criação da República em 1889, padece de muitas doenças. Seriam elas doenças crônicas? Não creio. Todas são curáveis. Basta que, dos professores à presidente da República, todos queiramos trabalhar a favor da saúde do sistema educacional.
Aliás, para cumprir com a finalidade de avaliar os Sistemas de Ensino, o MEC poderia até economizar dinheiro e aumentar o intervalo de tempo entre um exame e outro. Se for repetido daqui a dez anos, e não se investir fortemente, na valorização e na formação intelectual dos professores, os resultados serão os mesmos.
Não se muda nada na escola sem tocar na sua alma – o corpo docente. Se ele não fizer ninguém o fará. E a serenidade com que os professores vêm recebendo os resultados dos exames de avaliação em larga escala é preocupante.
Podemos, inclusive, piorar nos próximos anos.
ANTONIO CARLOS MÁXIMO é doutor em Educação e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
No início de 2003, acompanhado do sábio e experiente Gabriel Novis Neves – então, Secretário de Estado de Educação – apresentei para professores, coordenadores e diretores de escolas, em Sinop, os resultados do SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica.
Na medida em que eu expunha os “slides” com as matrizes de competências e habilidades que os alunos deveriam dominar; na subseqüente apresentação dos resultados dos exames de matemática e língua portuguesa, sentíamos na sala um clima de indignação, raiva, curiosidade, choque.
Os professores, simplesmente, não acreditavam no que estavam vendo, não admitiam que aqueles resultados fossem verdadeiros. Disseram até mesmo que se tratava de invenção do governo para desmoralizá-los.
Diante do ambiente de revolta contida, Gabriel Novis usou de toda a sua carga de bom senso e psicologia médica para acalmar os educadores. Apesar do clima, foi uma experiência enriquecedora porque a reação dos professores indicava algo muito claro para o sistema de avaliação: eles, simplesmente, não se reconheciam nos resultados dos exames. Será que hoje eles se reconhecem?
Hoje, passados dez anos desse episódio, continuamos a acompanhar, de modo sistemático, por meio de pesquisas, os resultados - que não se alteraram.
A Educação de Mato Grosso continua da mesma forma como demonstramos em Sinop em 2003, abaixo da média nacional. Os alunos de Ensino Médio, por exemplo, não contam com professores habilitados em Química, Física, Sociologia, Filosofia, etc. Ainda que para as outras disciplinas o quadro não seja tão grave, essas quatro matérias são tocadas na base do improviso, por professores formados em outras áreas. E bastam essas quatro para derrubar os alunos no Enem – Exame Nacional do Ensino Médio.
E o agora o que mudou?
Depois de uma década, lamentavelmente, parece ter acabado a indignação dos professores com os resultados. Ninguém mais se choca com o fato, há uma resignação diante da tragédia. E isto sim é grave! Enquanto há indignação é possível sonhar, pois ela é mobilizadora. Quando, no entanto, tratamos com naturalidade aquilo que não é natural, perdemos as chances de melhora.
Disse-me o Gabriel que quando o doente se entrega, a doença monta de vez. E o nosso sistema educacional, desde a criação da República em 1889, padece de muitas doenças. Seriam elas doenças crônicas? Não creio. Todas são curáveis. Basta que, dos professores à presidente da República, todos queiramos trabalhar a favor da saúde do sistema educacional.
Aliás, para cumprir com a finalidade de avaliar os Sistemas de Ensino, o MEC poderia até economizar dinheiro e aumentar o intervalo de tempo entre um exame e outro. Se for repetido daqui a dez anos, e não se investir fortemente, na valorização e na formação intelectual dos professores, os resultados serão os mesmos.
Não se muda nada na escola sem tocar na sua alma – o corpo docente. Se ele não fizer ninguém o fará. E a serenidade com que os professores vêm recebendo os resultados dos exames de avaliação em larga escala é preocupante.
Podemos, inclusive, piorar nos próximos anos.
ANTONIO CARLOS MÁXIMO é doutor em Educação e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Dep. Eliene Lima (PSD), que trocar o nome da Secitec
Secretário estadual de Ciência e Tecnologia, o deputado federal licenciado Eliene Lima (PSD), por meio da assessoria, informou que vai sugerir ao governador Silval Barbosa que seja incluída na nomenclatura da pasta a palavra "Inovação". A mudança, segundo o nobre secretário, pretende mostrar que a sua pasta "também executa ações de incentivo à inovação" etc. tal.
Lima já tem mais de um ano à frente da Secitec e, até agora, não definiu uma política de Ciência e Tecnologia para o Estado. A pasta se assemelharia a um cabide de emprego. E, no entanto, ele revela uma grande preocupação em mudar o nome da secretaria
Lima já tem mais de um ano à frente da Secitec e, até agora, não definiu uma política de Ciência e Tecnologia para o Estado. A pasta se assemelharia a um cabide de emprego. E, no entanto, ele revela uma grande preocupação em mudar o nome da secretaria
MT- Inscrições para Festival Universitário podem ser feitasd
Da Assessoria
Professores, funcionários e acadêmicos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) que estejam interessados em participar do Festival Universitário de Músicas Inéditas devem ficar atentos às etapas regionais classificatórias que serão realizadas nos campi universitários.
Em Cáceres a etapa regional acontece no dia 20 de outubro, a partir das 21h30, e reunirá os candidatos da Sede Administrativa e do Campus Universitário “Jane Vanini”. Nessa edição do festival será permitida participação de compositores da comunidade externa desde que as músicas tenham como intérpretes membro da comunidade acadêmica da Unemat.
Para participar da Etapa Regional de Cáceres, as inscrições no período de 03 a 10 de outubro poderão ser efetuadas na coordenação do campus da Unemat em Cáceres, das 8h às 11h e das 14 às 17h. As regras estão disponíveis no site www.unemat.br/proec/festival
O vencedor da etapa irá representar a Unemat de Cáceres na etapa final marcada para o período de 11 a 15 de novembro em Sinop.
O FESTIVAL
Com o tema Musicalidade - Agitando a Galera, o Festival Universitário de Músicas Inéditas chega na sua quinta edição com a proposta de divulgar e incentivar os valores artísticos musicais presentes na comunidade acadêmica da Unemat.
Professores, funcionários e acadêmicos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) que estejam interessados em participar do Festival Universitário de Músicas Inéditas devem ficar atentos às etapas regionais classificatórias que serão realizadas nos campi universitários.
Em Cáceres a etapa regional acontece no dia 20 de outubro, a partir das 21h30, e reunirá os candidatos da Sede Administrativa e do Campus Universitário “Jane Vanini”. Nessa edição do festival será permitida participação de compositores da comunidade externa desde que as músicas tenham como intérpretes membro da comunidade acadêmica da Unemat.
Para participar da Etapa Regional de Cáceres, as inscrições no período de 03 a 10 de outubro poderão ser efetuadas na coordenação do campus da Unemat em Cáceres, das 8h às 11h e das 14 às 17h. As regras estão disponíveis no site www.unemat.br/proec/festival
O vencedor da etapa irá representar a Unemat de Cáceres na etapa final marcada para o período de 11 a 15 de novembro em Sinop.
O FESTIVAL
Com o tema Musicalidade - Agitando a Galera, o Festival Universitário de Músicas Inéditas chega na sua quinta edição com a proposta de divulgar e incentivar os valores artísticos musicais presentes na comunidade acadêmica da Unemat.
MT- Teatro de Grupo é tema do Curso Livre do Pavilhão das Artes
Da Assessoria
O tema que será trabalhado no próximo módulo do Curso Livre de Teatro do Pavilhão das Artes é Teatro de Grupo. Um dos principais objetivos do curso é fomentar a pesquisa teatro dentro dos grupos e companhias de teatro. O curso é gratuito e tem início na próxima terça-feira (04.10), às 19h, e se estende durante o mês de outubro. Atenção que as vagas são limitadas.
As aulas acontecem toda terça-feira (entre 19h e 22h) e sábado (das 9h às 12h). O curso será ministrado pelo ator e pesquisador Jan Moura, que é integrante da Confraria dos Atores. Os participantes estudarão processos que viabilizam as condições estruturantes para formação de coletivos teatrais, além de exercícios práticos que estimulam a criação autônoma do atuador em conjugação constante com o outro.
Conforme o secretário de Estado de Cultura, João Antônio Cuiabano Malheiros, esse e os demais cursos ofertados pelo Pavilhão das Artes são de grande importância para a formação e capacitação do segmento artístico. “Ações como esta de qualificação contribui para a profissionalização e o fortalecimento do movimento cultural”, pontua.
De acordo com a coordenadora de Artes Visuais da SEC-MT, Juliana Capilé, fazer teatro junto potencializa a característica coletiva inerente ao fazer teatral. “Nesse sentido, o módulo Teatro de Grupo propõe experimentações e conversas em torno de processos de criação e aprendizagens compartilhadas e em processo”, explica.
O instrutor – Jan Moura é mestrando em Estudos de Cultura Contemporânea, possui graduação em Comunicação Social - Habilitação em Radialismo pela Universidade Federal de Mato Grosso (2005) e Trabalha com pesquisa em teatro, atuando na Companhia de Teatro Confraria dos Atores, como ator e produtor.
Ele investiga novas formas de apropriação do fazer artístico, em especial Processos de Criação Compartilhados, buscando entender e refletir sobre esse modo de criar que rompe com as imposições e os limites das teorias e práticas clássicas. Membro do grupo de pesquisa Artes Hibridas: intersecções, contaminações e transversalidades - ECCO/UFMT. Membro do Colegiado Setorial de Teatro do Conselho Nacional de Políticas Culturais - CNPC.
O tema que será trabalhado no próximo módulo do Curso Livre de Teatro do Pavilhão das Artes é Teatro de Grupo. Um dos principais objetivos do curso é fomentar a pesquisa teatro dentro dos grupos e companhias de teatro. O curso é gratuito e tem início na próxima terça-feira (04.10), às 19h, e se estende durante o mês de outubro. Atenção que as vagas são limitadas.
As aulas acontecem toda terça-feira (entre 19h e 22h) e sábado (das 9h às 12h). O curso será ministrado pelo ator e pesquisador Jan Moura, que é integrante da Confraria dos Atores. Os participantes estudarão processos que viabilizam as condições estruturantes para formação de coletivos teatrais, além de exercícios práticos que estimulam a criação autônoma do atuador em conjugação constante com o outro.
Conforme o secretário de Estado de Cultura, João Antônio Cuiabano Malheiros, esse e os demais cursos ofertados pelo Pavilhão das Artes são de grande importância para a formação e capacitação do segmento artístico. “Ações como esta de qualificação contribui para a profissionalização e o fortalecimento do movimento cultural”, pontua.
De acordo com a coordenadora de Artes Visuais da SEC-MT, Juliana Capilé, fazer teatro junto potencializa a característica coletiva inerente ao fazer teatral. “Nesse sentido, o módulo Teatro de Grupo propõe experimentações e conversas em torno de processos de criação e aprendizagens compartilhadas e em processo”, explica.
O instrutor – Jan Moura é mestrando em Estudos de Cultura Contemporânea, possui graduação em Comunicação Social - Habilitação em Radialismo pela Universidade Federal de Mato Grosso (2005) e Trabalha com pesquisa em teatro, atuando na Companhia de Teatro Confraria dos Atores, como ator e produtor.
Ele investiga novas formas de apropriação do fazer artístico, em especial Processos de Criação Compartilhados, buscando entender e refletir sobre esse modo de criar que rompe com as imposições e os limites das teorias e práticas clássicas. Membro do grupo de pesquisa Artes Hibridas: intersecções, contaminações e transversalidades - ECCO/UFMT. Membro do Colegiado Setorial de Teatro do Conselho Nacional de Políticas Culturais - CNPC.
UFMT abre 15 vagas para Residência Multiprofissional no HUJM
Da Assessoria
Graduados nos cursos de Saúde e afins podem participar do processo seletivo de 15 vagas para o curso de Pós-Graduação em “Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso com ênfase em Atenção Cardiovascular”, a ser realizado no Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM).
As vagas serão distribuídas de maneira a atender as especialidades concorrentes, sendo: seis para Enfermagem, três para Nutrição, três para Psicologia e três para Serviço Social. Os candidatos com mais de uma graduação deverão optar por concorrer em apenas uma categoria.
O curso terá duração de dois anos, quando serão desenvolvidas atividades teóricas e teórico-práticas; treinamento em serviços de saúde vinculados ao SUS e didáticas complementares, incluindo disciplinas básicas, seminários, estudo de caso, apresentações de casos clínicos, vídeoconferências, clube de revistas e aulas expositivas.
As inscrições serão realizadas entre os dias 17 e 25 de outubro, através do portal da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O pagamento da taxa de inscrição no valor de R$140,00, deve ser efetuado até o dia 26 do mesmo mês.
A avaliação será por meio de aplicação de prova objetiva, com 50 questões, valendo um ponto cada. Os assuntos a serem abordados serão: Políticas, Gestão e Legislação (20 questões) e Conhecimentos Específicos (30 questões). A prova deve ser realizada no dia 04 de dezembro de 2011 e o resultado final sairá a partir do dia 19.
Graduados nos cursos de Saúde e afins podem participar do processo seletivo de 15 vagas para o curso de Pós-Graduação em “Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso com ênfase em Atenção Cardiovascular”, a ser realizado no Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM).
As vagas serão distribuídas de maneira a atender as especialidades concorrentes, sendo: seis para Enfermagem, três para Nutrição, três para Psicologia e três para Serviço Social. Os candidatos com mais de uma graduação deverão optar por concorrer em apenas uma categoria.
O curso terá duração de dois anos, quando serão desenvolvidas atividades teóricas e teórico-práticas; treinamento em serviços de saúde vinculados ao SUS e didáticas complementares, incluindo disciplinas básicas, seminários, estudo de caso, apresentações de casos clínicos, vídeoconferências, clube de revistas e aulas expositivas.
As inscrições serão realizadas entre os dias 17 e 25 de outubro, através do portal da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O pagamento da taxa de inscrição no valor de R$140,00, deve ser efetuado até o dia 26 do mesmo mês.
A avaliação será por meio de aplicação de prova objetiva, com 50 questões, valendo um ponto cada. Os assuntos a serem abordados serão: Políticas, Gestão e Legislação (20 questões) e Conhecimentos Específicos (30 questões). A prova deve ser realizada no dia 04 de dezembro de 2011 e o resultado final sairá a partir do dia 19.
Fraude na compra de livros didáticos
Agência Brasil
Alex Rodrigues*
Brasília – Após constatar indícios de fraudes no processo de aquisição de livros didáticos para a rede pública de ensino, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a paralisação da compra das obras que seriam distribuídas a 12,4 mil alunos de 18 escolas de oito cidades do Pará.
A recomendação foi feita após ter ficado provado que o banco de dados com o registro dos livros escolhidos pelos professores e diretores de escolas para o próximo ano foi fraudado, redirecionando o processo de compra para a aquisição de obras não selecionadas pelos educadores. A investigação foi motivada por denúncias feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) contra a 10ª Unidade Regional de Ensino da Secretaria Estadual de Educação.
De acordo com o MPF, a relação das obras regularmente selecionadas pelos profissionais foi inserida no sistema de registro de dados do Programa Nacional do Livro Didático em 8 de junho deste ano. Quatro dias depois, em um domingo, as informações foram alteradas por pessoa ainda não identificada. A Polícia Federal está investigando o caso.
Além da imediata suspensão do processo de compra, o procurador da República Bruno Alexandre Gutschow também recomendou que a autarquia, vinculada ao Ministério da Educação (MEC), reabra o sistema de cadastramento dos livros didáticos para fazer a inserção da lista dos livros realmente escolhidos pelos educadores de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Vitória do Xingú e Uruará.
O documento com as orientações do MPF foi encaminhado por Gutschow, na segunda-feira (5), para o presidente do FNDE, José Carlos Wanderley Dias de Freitas. Após receber a recomendação, a autarquia terá dez dias para apresentar uma resposta, sob o risco de o caso ser levado à Justiça, onde, além do cancelamento do processo de compra, também poderão ser ajuizadas ações penais e de improbidade administrativa.
Devido ao feriado, a Agência Brasil não conseguiu ouvir a Secretaria de Educação do Pará.
*Matéria originalmente publicada em Agência Brasil
Alex Rodrigues*
Brasília – Após constatar indícios de fraudes no processo de aquisição de livros didáticos para a rede pública de ensino, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a paralisação da compra das obras que seriam distribuídas a 12,4 mil alunos de 18 escolas de oito cidades do Pará.
A recomendação foi feita após ter ficado provado que o banco de dados com o registro dos livros escolhidos pelos professores e diretores de escolas para o próximo ano foi fraudado, redirecionando o processo de compra para a aquisição de obras não selecionadas pelos educadores. A investigação foi motivada por denúncias feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) contra a 10ª Unidade Regional de Ensino da Secretaria Estadual de Educação.
De acordo com o MPF, a relação das obras regularmente selecionadas pelos profissionais foi inserida no sistema de registro de dados do Programa Nacional do Livro Didático em 8 de junho deste ano. Quatro dias depois, em um domingo, as informações foram alteradas por pessoa ainda não identificada. A Polícia Federal está investigando o caso.
Além da imediata suspensão do processo de compra, o procurador da República Bruno Alexandre Gutschow também recomendou que a autarquia, vinculada ao Ministério da Educação (MEC), reabra o sistema de cadastramento dos livros didáticos para fazer a inserção da lista dos livros realmente escolhidos pelos educadores de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Vitória do Xingú e Uruará.
O documento com as orientações do MPF foi encaminhado por Gutschow, na segunda-feira (5), para o presidente do FNDE, José Carlos Wanderley Dias de Freitas. Após receber a recomendação, a autarquia terá dez dias para apresentar uma resposta, sob o risco de o caso ser levado à Justiça, onde, além do cancelamento do processo de compra, também poderão ser ajuizadas ações penais e de improbidade administrativa.
Devido ao feriado, a Agência Brasil não conseguiu ouvir a Secretaria de Educação do Pará.
*Matéria originalmente publicada em Agência Brasil
Entrevista- A vez da história oral
Gianni Carta
José Carlos Bom Meihy, pioneiro da técnica, diz que o Brasil desempenha papel de destaque nesta linha de estudos. A Gianni Carta. Foto: Yuri Bittar/Unifesp
“A história oral conquistou definitivamente seu espaço”, acredita José Carlos Bom Meihy, um dos pioneiros no uso da técnica para reconstruir o passado. Professor titular aposentado do Departamento de História da USP e coordenador do Núcleo de Estudos em História Oral, da mesma universidade, Meihy acredita que ela tenha se tornado um elo entre a academia e a vida fora dos muros escolares. Segundo o pesquisador, o Brasil assumiu mundialmente “um papel de destaque” neste tipo de estudo. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida a CartaCapital.
CartaCapital: Qual a situação da história oral no Brasil?
José Carlos Sebe Bom Meihy: Não seria errado dizer que assumimos mundo afora papel de destaque tanto em termos numéricos quanto na discussão teórica e produção de resultados publicados. Autores como o italiano Alessandro Portelli e o norte-americano Ronald Grele costumam repetir que o Brasil é uma caixa de ressonância dos avanços de estudos feitos sobre história oral no mundo. Aqui se reverberam tendências amplas. A ABHO, fundada em 1994, é um laboratório aglutinador de investidas que revelam a popularidade da prática que, aliás, extrapola o âmbito das universidades.
CC: Pode-se falar da existência de uma história oral brasileira?
JCSBM: A história oral apenas floresce em espaços democráticos. Durante a ditadura, entrevistas livres padeciam de limites, pois eram aproximadas dos “depoimentos”, com implicações severas. Foi apenas a partir dos anos 1980 que pesquisadores de países da América Latina ampliaram seu trabalho com entrevistas. Uma das linhas inaugurais da nossa história oral foi justamente com tipos sociais enjeitados pelo regime anterior. Assim, os primeiros trabalhos sobre história oral entre nós nasceram fora do País, versando sobre a “memória dos exilados”. A busca de compensação do “tempo perdido” sugeriu uma série de traduções que serviram para fomentar diálogos. Estudos sobre mestiçagem, presença indígena, a problemática específica da mulher brasileira e, principalmente, o resultado de processos migratórios em nossa cultura obrigaram a uma relativização dos padrões externos, ainda que muitos insistam em arremedos criticáveis. Não há como negar uma história oral feita no Brasil, mas ela tem mais a ver com a configuração de matrizes latino-americanas do que estadunidense ou europeia. Procedeu-se a uma descolonização dos modelos externos.
CC: Como definir história oral e qual sua relação com a escrita?
JCSBM: A história oral realiza-se num ciclo que parte da existência de um projeto, passa pela definição do grupo a ser entrevistado e depois de efetuada a gravação tem de ser vertida para o código escrito. É fundamental assumir a existência de dois códigos diferentes: a fala e a escrita. Mesmo projetos que se esgotam na recolha de gravações orais para se constituírem em “bancos de histórias” devem ter correspondentes escritos. O trabalho de transcrição leva em conta que entrevista é mais do que diálogo. Todo o gestual, lágrimas e silêncios fazem parte da performance.
CC: O autor da história oral é o entrevistado ou quem publica?
JCSBM: É um trabalho feito em colaboração. Duas partes se completam na produção de resultados que geram um documento. O trabalho começa com o narrador estimulado a contar. O ouvinte, além de animar a conversa, deve ser o “tradutor” da fala. Por sua vez, o texto só tem sentido se for autorizado para publicação e uso. Há, portanto, fases de controle: quem fala, quem transcreve, a autorização, que pode ser total ou parcial, mas é sempre negociada, e a publicação. Juridicamente, o responsável pelo projeto é o autor, pois se responsabiliza e se beneficia com o produto final.
CC: O que diferencia a entrevista na história oral daquelas praticadas por jornalistas, antropólogos e sociólogos?
JCSBM: Não é válido supor que gravações de entrevistas sejam invenção nova, mas os modos de produção e o destinatário divergem. Deve-se levar em conta que a entrevista jornalística tem como objetivo o esclarecimento público de algum evento. O que se busca é a combinação do caráter informativo com o testemunho. A história oral difere por se preo-cupar com a narrativa em seus aspectos subjetivos. As narrativas de história oral implicam desvios, inexatidões, variações, -deformações. Isso tudo faz parte dos efeitos da oralidade que é expressão da memória advinda de encontros no “tempo presente”. De fato, é exatamente a variação que interessa, pois, verbalmente expressa, a memória é sempre seletiva, dinâmica e suscetível. A prática da entrevista em história oral herdou muito da entrevista antropológica, mas, no caso dessa, a participação do entrevistador é mais dominante do que no caso dos oralistas. Os oralistas devotam cuidados interpessoais no estabelecimento do texto. Os sociólogos que se valem das entrevistas, por sua vez, sentem-se mais à vontade para fracionar o uso do discurso.
CC: Como tratar questões de desvios, invenções, alteração da verdade, mentira, silêncio em história oral? Ou seja, existe confiabilidade nas entrevistas?
JCSBM: A exposição dessas variações é o patrimônio maior possibilitado pela história oral. Notar “desvios”, propositais ou não, implica dar passagem para o imaginário e para a vocação utópica das narrativas. Da mesma forma, os silêncios, interrupções, fazem com que a narrativa ganhe sentido em sua significação subjetiva. Além do trabalho de “tradução” do oral para o escrito, que deve incorporar essas situações, advoga-se a qualidade do texto que deve levar em conta o receptor. Com isso critica-se o ipsis litteris, ou a transcrição dita fiel. Há critérios na produção do texto e, sobretudo, para a legitimação, ou autorização dada pelo colaborador. Essa autorização é vital para qualificar a identidade do narrador com sua expressão.
CC: Qual o futuro da história oral?
JCSBM: A história oral conquistou definitivamente seu espaço. Seja na academia, seja no âmbito da história pública, dos meios empresariais ou familiares, há lugar para trabalhos que registram e assim propõem sentido às experiências. Na universidade, reino privilegiado dos documentos escritos, a história oral demorou a se impor. Contudo, a institucionalização do trabalho com entrevistas é um fato irreversível. Por outro lado, benefício decorrente, a história oral se impôs também como elo entre o trabalho acadêmico e a vida fora dos muros escolares. Em direção contrária, também é justo apontar o reconhecimento crescente que os trabalhos comunitários têm feito, valendo-se dos ensinamentos e práticas acadêmicas
Gianni Carta
Gianni Carta é editor do site de CartaCapital. É jornalista e cientista político formado pela Universidade da Califórnia e mestre em relações internacionais pela Universidade de Boston. Foi correspondente da CartaCapital na Europa durante 17 anos. Em seus mais de 20 anos no exterior, também foi correspondente da Isto É, Diário do Grande ABC, repórter especial da BBC World Service, da rede de tevê norte-americana CBS e do semanário GQ (Europa). Contribuiu para, entre outros, The Guardian e Radio Five Live. Seu último livro é "Às Margens do Sena" (com Reali Jr., Ediouro, 2007).
José Carlos Bom Meihy, pioneiro da técnica, diz que o Brasil desempenha papel de destaque nesta linha de estudos. A Gianni Carta. Foto: Yuri Bittar/Unifesp
“A história oral conquistou definitivamente seu espaço”, acredita José Carlos Bom Meihy, um dos pioneiros no uso da técnica para reconstruir o passado. Professor titular aposentado do Departamento de História da USP e coordenador do Núcleo de Estudos em História Oral, da mesma universidade, Meihy acredita que ela tenha se tornado um elo entre a academia e a vida fora dos muros escolares. Segundo o pesquisador, o Brasil assumiu mundialmente “um papel de destaque” neste tipo de estudo. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida a CartaCapital.
CartaCapital: Qual a situação da história oral no Brasil?
José Carlos Sebe Bom Meihy: Não seria errado dizer que assumimos mundo afora papel de destaque tanto em termos numéricos quanto na discussão teórica e produção de resultados publicados. Autores como o italiano Alessandro Portelli e o norte-americano Ronald Grele costumam repetir que o Brasil é uma caixa de ressonância dos avanços de estudos feitos sobre história oral no mundo. Aqui se reverberam tendências amplas. A ABHO, fundada em 1994, é um laboratório aglutinador de investidas que revelam a popularidade da prática que, aliás, extrapola o âmbito das universidades.
CC: Pode-se falar da existência de uma história oral brasileira?
JCSBM: A história oral apenas floresce em espaços democráticos. Durante a ditadura, entrevistas livres padeciam de limites, pois eram aproximadas dos “depoimentos”, com implicações severas. Foi apenas a partir dos anos 1980 que pesquisadores de países da América Latina ampliaram seu trabalho com entrevistas. Uma das linhas inaugurais da nossa história oral foi justamente com tipos sociais enjeitados pelo regime anterior. Assim, os primeiros trabalhos sobre história oral entre nós nasceram fora do País, versando sobre a “memória dos exilados”. A busca de compensação do “tempo perdido” sugeriu uma série de traduções que serviram para fomentar diálogos. Estudos sobre mestiçagem, presença indígena, a problemática específica da mulher brasileira e, principalmente, o resultado de processos migratórios em nossa cultura obrigaram a uma relativização dos padrões externos, ainda que muitos insistam em arremedos criticáveis. Não há como negar uma história oral feita no Brasil, mas ela tem mais a ver com a configuração de matrizes latino-americanas do que estadunidense ou europeia. Procedeu-se a uma descolonização dos modelos externos.
CC: Como definir história oral e qual sua relação com a escrita?
JCSBM: A história oral realiza-se num ciclo que parte da existência de um projeto, passa pela definição do grupo a ser entrevistado e depois de efetuada a gravação tem de ser vertida para o código escrito. É fundamental assumir a existência de dois códigos diferentes: a fala e a escrita. Mesmo projetos que se esgotam na recolha de gravações orais para se constituírem em “bancos de histórias” devem ter correspondentes escritos. O trabalho de transcrição leva em conta que entrevista é mais do que diálogo. Todo o gestual, lágrimas e silêncios fazem parte da performance.
CC: O autor da história oral é o entrevistado ou quem publica?
JCSBM: É um trabalho feito em colaboração. Duas partes se completam na produção de resultados que geram um documento. O trabalho começa com o narrador estimulado a contar. O ouvinte, além de animar a conversa, deve ser o “tradutor” da fala. Por sua vez, o texto só tem sentido se for autorizado para publicação e uso. Há, portanto, fases de controle: quem fala, quem transcreve, a autorização, que pode ser total ou parcial, mas é sempre negociada, e a publicação. Juridicamente, o responsável pelo projeto é o autor, pois se responsabiliza e se beneficia com o produto final.
CC: O que diferencia a entrevista na história oral daquelas praticadas por jornalistas, antropólogos e sociólogos?
JCSBM: Não é válido supor que gravações de entrevistas sejam invenção nova, mas os modos de produção e o destinatário divergem. Deve-se levar em conta que a entrevista jornalística tem como objetivo o esclarecimento público de algum evento. O que se busca é a combinação do caráter informativo com o testemunho. A história oral difere por se preo-cupar com a narrativa em seus aspectos subjetivos. As narrativas de história oral implicam desvios, inexatidões, variações, -deformações. Isso tudo faz parte dos efeitos da oralidade que é expressão da memória advinda de encontros no “tempo presente”. De fato, é exatamente a variação que interessa, pois, verbalmente expressa, a memória é sempre seletiva, dinâmica e suscetível. A prática da entrevista em história oral herdou muito da entrevista antropológica, mas, no caso dessa, a participação do entrevistador é mais dominante do que no caso dos oralistas. Os oralistas devotam cuidados interpessoais no estabelecimento do texto. Os sociólogos que se valem das entrevistas, por sua vez, sentem-se mais à vontade para fracionar o uso do discurso.
CC: Como tratar questões de desvios, invenções, alteração da verdade, mentira, silêncio em história oral? Ou seja, existe confiabilidade nas entrevistas?
JCSBM: A exposição dessas variações é o patrimônio maior possibilitado pela história oral. Notar “desvios”, propositais ou não, implica dar passagem para o imaginário e para a vocação utópica das narrativas. Da mesma forma, os silêncios, interrupções, fazem com que a narrativa ganhe sentido em sua significação subjetiva. Além do trabalho de “tradução” do oral para o escrito, que deve incorporar essas situações, advoga-se a qualidade do texto que deve levar em conta o receptor. Com isso critica-se o ipsis litteris, ou a transcrição dita fiel. Há critérios na produção do texto e, sobretudo, para a legitimação, ou autorização dada pelo colaborador. Essa autorização é vital para qualificar a identidade do narrador com sua expressão.
CC: Qual o futuro da história oral?
JCSBM: A história oral conquistou definitivamente seu espaço. Seja na academia, seja no âmbito da história pública, dos meios empresariais ou familiares, há lugar para trabalhos que registram e assim propõem sentido às experiências. Na universidade, reino privilegiado dos documentos escritos, a história oral demorou a se impor. Contudo, a institucionalização do trabalho com entrevistas é um fato irreversível. Por outro lado, benefício decorrente, a história oral se impôs também como elo entre o trabalho acadêmico e a vida fora dos muros escolares. Em direção contrária, também é justo apontar o reconhecimento crescente que os trabalhos comunitários têm feito, valendo-se dos ensinamentos e práticas acadêmicas
Gianni Carta
Gianni Carta é editor do site de CartaCapital. É jornalista e cientista político formado pela Universidade da Califórnia e mestre em relações internacionais pela Universidade de Boston. Foi correspondente da CartaCapital na Europa durante 17 anos. Em seus mais de 20 anos no exterior, também foi correspondente da Isto É, Diário do Grande ABC, repórter especial da BBC World Service, da rede de tevê norte-americana CBS e do semanário GQ (Europa). Contribuiu para, entre outros, The Guardian e Radio Five Live. Seu último livro é "Às Margens do Sena" (com Reali Jr., Ediouro, 2007).
Placas Tectônicas
O conceito das Placas Tectônicas é relativamente recente, e revolucionou a Ciência do século 20. Este conceito propõe que todos os terremotos, atividade vulcânica, e processos de construção de montanha são causados pelo movimento de blocos rígidos chamado placas que compõem a capa da superfície da Terra, ou litosfera (lithosphere).
Em 1912, Alfred Wegner colocou sua teoria que a crosta terrestre era segmenta em doze grandes zonas que denominou de placas tectônicas, que estão em contínua modificação, e que os continentes se haviam formado a partir de um único continente chamado Pangea.
Os movimentos de deriva foi o que deu lugar a formação dos atuais continentes que se formaram a partir do Pangea.
Pela Teoria das Placas Tectônicas, a superfície da Terra está composta de uma dúzia de grandes placas e outras várias de menor tamanho.
O encontro de duas placas tectônicas
Várias razões levaram a formação do conceito das placas tectônicas e da deriva dos continentes:
• No alargamento dos mares, quando o magma esfria e se solidifica no solo submarino, os minerais magnéticos do material novo se solidificam de acordo com a polaridade do campo magnético da Terra na ocasião de seu resfriamento.
• Quando o campo magnético da Terra reverte sua polaridade, o novo magma se solidifica adquirindo a polaridade inversa.
• Assim a crosta oceânica possui o registro da própria formação, com a primeira mudança de polaridade registrada próximo ao limite entre as placas, onde a lava atinge a superfície e as mais antigas, próximas dos margens continentais, formadas quando o oceano era jovem em torno de 180 a 200 milhões de anos.
• Isso demonstra que os continentes devem ter se movido em direções opostas abrindo espaço para o oceano desde a Era Jurássica.
• Outra confirmação do conceito veio do estudo da distribuição de estruturas geológicas que passam de um continente para outro.
• Geologistas da Universidade de Cambridge usaram o computador para colocar todos os continentes e ilhas da Terra juntos como num quebra-cabeças, considerando contornos submarinos. O resultado foi impressionante, apresentando muito poucos buracos e sobreposições.
• Comparando a estrutura e composição das rochas e solo dos continentes que o modelo indica terem sido um só, confirmando que o modelo é bem próximo ao correto.
• Finalmente o estudo da fauna marinha e flora das diferentes áreas durante os anos também apresenta provas do movimento dos continentes.
Os modelos de Interação entre as Placas Tectônicas são quatro:
Subducção - ocorre onde duas placas de espessura semelhante entram em contato entre si.
Deslizamento - se produz quando duas placas oceânicas entram em contato, ou também uma placa continental e uma oceânica.
Extrusão - este fenômeno ocorre quando se juntam duas delgadas placas tectônicas que deslizam em direções opostas, como é o caso do contacto de duas placas do fundo oceânico.
Acrecencia - acontecem quando há um leve impacto entre uma placa oceânica e uma continental.
McAlester associa os movimentos das placas com a energia calorífica concentrada abaixo da litosfera.
Rikitake indica que o esquema general de desarranjo das placas, está relacionado com os movimentos de convecção das camadas inferiores, as quais estão em estado viscoso devido ao calor.
Nas zonas de extrusão aparece uma ''nova crosta'', enquanto nas zonas de subducção as placas que penetram por baixo se fundem, por efeito do calor liberado na interação entre as placas baixas sob condições de elevada pressão, dando lugar ao magma. O que explicaria a freqüência de vulcões ativos situados nestas zonas de subducção.
Os limites entre as placas são de três tipos:
• Onde elas se afastam, no meio do oceano, nova crosta se forma com o material expelido do interior da Terra;
• Onde uma placa avança para baixo de outra, parte da placa é consumida pela alta temperatura das camadas inferiores;
• Onde as placas se movem em direções opostas, causando falhas.
Acredita-se que os atuais oceanos da Terra foram formados pela geração de nova crosta entre placas que se afastaram; e que a convergência de placas deu origem a cadeias de montanhas.
Os oceanos da Terra encontram-se em diferentes estágios de formação:
• O Oceano Pacífico é antigo e já está diminuindo em ambos os lados, o que poderá resultar na colisão da Ásia com as Américas.
• O Oceano Índico está crescendo no oeste e diminuindo no leste.
• O Atlântico encontra-se ainda em expansão em ambos os lados.
• O Mar Vermelho é o embrião de um futuro oceano.
Os Alpes originaram-se da colisão da placa da África com a da Europa. Há restos de crosta oceânica ali, indicando que havia um oceano onde agora há uma cadeia de montanhas. O mesmo acontece na região dos Himalaias, causado pela colisão das placas da Índia e da Ásia.
Os terremotos ocorrem com bastante freqüência nos limites das placas tectônicas. Áreas como o lado oeste da América do Sul estão sobre área de compressão de placas. O lado oeste da África, por exemplo, está sobre o centro de uma placa e os movimentos tectônicos não se manifestam.
Autoria: José Maria Assis Poubel
Em 1912, Alfred Wegner colocou sua teoria que a crosta terrestre era segmenta em doze grandes zonas que denominou de placas tectônicas, que estão em contínua modificação, e que os continentes se haviam formado a partir de um único continente chamado Pangea.
Os movimentos de deriva foi o que deu lugar a formação dos atuais continentes que se formaram a partir do Pangea.
Pela Teoria das Placas Tectônicas, a superfície da Terra está composta de uma dúzia de grandes placas e outras várias de menor tamanho.
O encontro de duas placas tectônicas
Várias razões levaram a formação do conceito das placas tectônicas e da deriva dos continentes:
• No alargamento dos mares, quando o magma esfria e se solidifica no solo submarino, os minerais magnéticos do material novo se solidificam de acordo com a polaridade do campo magnético da Terra na ocasião de seu resfriamento.
• Quando o campo magnético da Terra reverte sua polaridade, o novo magma se solidifica adquirindo a polaridade inversa.
• Assim a crosta oceânica possui o registro da própria formação, com a primeira mudança de polaridade registrada próximo ao limite entre as placas, onde a lava atinge a superfície e as mais antigas, próximas dos margens continentais, formadas quando o oceano era jovem em torno de 180 a 200 milhões de anos.
• Isso demonstra que os continentes devem ter se movido em direções opostas abrindo espaço para o oceano desde a Era Jurássica.
• Outra confirmação do conceito veio do estudo da distribuição de estruturas geológicas que passam de um continente para outro.
• Geologistas da Universidade de Cambridge usaram o computador para colocar todos os continentes e ilhas da Terra juntos como num quebra-cabeças, considerando contornos submarinos. O resultado foi impressionante, apresentando muito poucos buracos e sobreposições.
• Comparando a estrutura e composição das rochas e solo dos continentes que o modelo indica terem sido um só, confirmando que o modelo é bem próximo ao correto.
• Finalmente o estudo da fauna marinha e flora das diferentes áreas durante os anos também apresenta provas do movimento dos continentes.
Os modelos de Interação entre as Placas Tectônicas são quatro:
Subducção - ocorre onde duas placas de espessura semelhante entram em contato entre si.
Deslizamento - se produz quando duas placas oceânicas entram em contato, ou também uma placa continental e uma oceânica.
Extrusão - este fenômeno ocorre quando se juntam duas delgadas placas tectônicas que deslizam em direções opostas, como é o caso do contacto de duas placas do fundo oceânico.
Acrecencia - acontecem quando há um leve impacto entre uma placa oceânica e uma continental.
McAlester associa os movimentos das placas com a energia calorífica concentrada abaixo da litosfera.
Rikitake indica que o esquema general de desarranjo das placas, está relacionado com os movimentos de convecção das camadas inferiores, as quais estão em estado viscoso devido ao calor.
Nas zonas de extrusão aparece uma ''nova crosta'', enquanto nas zonas de subducção as placas que penetram por baixo se fundem, por efeito do calor liberado na interação entre as placas baixas sob condições de elevada pressão, dando lugar ao magma. O que explicaria a freqüência de vulcões ativos situados nestas zonas de subducção.
Os limites entre as placas são de três tipos:
• Onde elas se afastam, no meio do oceano, nova crosta se forma com o material expelido do interior da Terra;
• Onde uma placa avança para baixo de outra, parte da placa é consumida pela alta temperatura das camadas inferiores;
• Onde as placas se movem em direções opostas, causando falhas.
Acredita-se que os atuais oceanos da Terra foram formados pela geração de nova crosta entre placas que se afastaram; e que a convergência de placas deu origem a cadeias de montanhas.
Os oceanos da Terra encontram-se em diferentes estágios de formação:
• O Oceano Pacífico é antigo e já está diminuindo em ambos os lados, o que poderá resultar na colisão da Ásia com as Américas.
• O Oceano Índico está crescendo no oeste e diminuindo no leste.
• O Atlântico encontra-se ainda em expansão em ambos os lados.
• O Mar Vermelho é o embrião de um futuro oceano.
Os Alpes originaram-se da colisão da placa da África com a da Europa. Há restos de crosta oceânica ali, indicando que havia um oceano onde agora há uma cadeia de montanhas. O mesmo acontece na região dos Himalaias, causado pela colisão das placas da Índia e da Ásia.
Os terremotos ocorrem com bastante freqüência nos limites das placas tectônicas. Áreas como o lado oeste da América do Sul estão sobre área de compressão de placas. O lado oeste da África, por exemplo, está sobre o centro de uma placa e os movimentos tectônicos não se manifestam.
Autoria: José Maria Assis Poubel
O que é Recall
O que é Recall
Você sabe o que significa recall? E para quê serve?Recall é uma palavra de origem inglesa, cujo significado é “chamar de volta”. O Código de Defesa do Consumidor utiliza o termo para indicar procedimento a ser adotado por fornecedores, para alertar o consumidor acerca de problemas encontrados em produtos ou serviços já colocados no mercado. Assim, produtos que saíram de fábrica com algum tipo de defeito ou vício, identificado posteriormente à venda, podem ser consertados ou trocados sem nenhum ônus para quem os adquiriu. A finalidade principal é evitar a ocorrência de acidentes, protegendo e preservando a vida, a saúde, e a segurança do consumidor.
Os recalls têm sido recorrentes na indústria automobilística. Brinquedos e medicamentos também têm passado pelo processo, visto o risco a que podem expor crianças e pessoas enfermas. Em 2007, por exemplo, a Matell retirou, emergencialmente, cerca de 22 milhões de brinquedos das prateleiras, devido a um erro na produção do produto.
Quem adquire um produto defeituoso está amparado nas leis do consumidor e deve ser ressarcido por erro de fábrica. Aplicam-se multas aos empresários que se recusam a fazer a troca/o conserto. Os recalls também podem ser feitos voluntariamente pelos fabricantes (ou seja, antes que sejam acionados por vias legais) e, neste caso, em alguns países, é o consumidor que pode ser multado, caso não atenda ao chamado.
O procedimento deve ser gratuito e sua comunicação deve alcançar todos os consumidores expostos aos riscos. Para mais informações, consulte o órgão de proteção ao consumidor da sua localidade.
Por: Antônio Martins de Azevedo
Professor de Direito do Instituto Monitor
Você sabe o que significa recall? E para quê serve?Recall é uma palavra de origem inglesa, cujo significado é “chamar de volta”. O Código de Defesa do Consumidor utiliza o termo para indicar procedimento a ser adotado por fornecedores, para alertar o consumidor acerca de problemas encontrados em produtos ou serviços já colocados no mercado. Assim, produtos que saíram de fábrica com algum tipo de defeito ou vício, identificado posteriormente à venda, podem ser consertados ou trocados sem nenhum ônus para quem os adquiriu. A finalidade principal é evitar a ocorrência de acidentes, protegendo e preservando a vida, a saúde, e a segurança do consumidor.
Os recalls têm sido recorrentes na indústria automobilística. Brinquedos e medicamentos também têm passado pelo processo, visto o risco a que podem expor crianças e pessoas enfermas. Em 2007, por exemplo, a Matell retirou, emergencialmente, cerca de 22 milhões de brinquedos das prateleiras, devido a um erro na produção do produto.
Quem adquire um produto defeituoso está amparado nas leis do consumidor e deve ser ressarcido por erro de fábrica. Aplicam-se multas aos empresários que se recusam a fazer a troca/o conserto. Os recalls também podem ser feitos voluntariamente pelos fabricantes (ou seja, antes que sejam acionados por vias legais) e, neste caso, em alguns países, é o consumidor que pode ser multado, caso não atenda ao chamado.
O procedimento deve ser gratuito e sua comunicação deve alcançar todos os consumidores expostos aos riscos. Para mais informações, consulte o órgão de proteção ao consumidor da sua localidade.
Por: Antônio Martins de Azevedo
Professor de Direito do Instituto Monitor
Violência na escola
LICÍNIO CARPINELLI STEFANI
A sociedade brasileira ficou recentemente chocada com o trágico acontecimento em que um menor de 10 anos feriu gravemente sua professora na sala de aula com um disparo de revólver e, na sequência, se suicidou.
Nas investigações se apurou, que a arma pertencia ao pai, miliciano da guarda civil, e tomando este conhecimento do seu desaparecimento foi à escola, em sua busca, vindo seu filho a negar sua custódia e a ocasionar o trágico infortúnio em que a mestra até a presente data encontra-se em estado gravíssimo de saúde.
O mais intrigante é saber se tratar de uma criança tranquila, não problemática e do qual não se esperava tal conduta imprevisivel. Aprópria vítima assustou-se quando soube da identidade do jovial menino.
Na verdade, fatos assim se sucedem, continuarão ocorrendo, sem explicações lógicas, sem imunidades de países, pois a aparente tranquilidade de um ser humano disfarça muitas vezes uma turbulência um conflito interior o qual deságua em certas oportunidades em tragédias e acontecimentos de
repercussão mundial, dos quais não escapam e podem se situar como vítimas os próprios genitores.
Enfim, somos limitados e só Deus pode e tem acesso ilimitado ao nosso subconsciente e só Ele pode evitar tragédias da espécie. Só nos cabe após os acontecimentos, lamentar, e seguir em frente como disse um sábio indiano. ‘enterrar os mortos e cuidar dos vivos‘.
Mas, tudo isso nos leva a profundas reflexões e a uma análise da situação da criança em nível mundial. Ela, na nossa legislação conforme o Estatuto da Criança ou Adolescente, o ECA, se situa na faixa limite de 12 anos e
dessa data aos 18 ela se identifica como adolescente.
São sujeitas a medidas protetoras e socioeducativas. Padecem de violências físicas, psicológicas, discriminação, negligência, maustratos, abusos, abandono entre outras, tanto na escola, como na casa e comunidade. 1,8 milhões estão envolvidas, segundo estudos realizados, em pornografia e prostituição e 1,2 milhões são vítimas de tráfico de menores.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 53.000 foram vítimas de homicídio no ano de 2002, na faixa limite de 17 anos e segundo a OIT (Organização Mundial do Trabalho), 5,7 milhões participaram de trabalhos forçados ou de escravidão. Também considerando pesquisa feita em 16 países, o ‘bullyng‘ ou seja intimação verbal ou física oscila de um país a outro numa faixa de 20% a 65%.
Em 77 países, são admitidos castigos corporais como forma de medida de punição e correção penal. 500 escolas públicas brasileiras consultadas afirmaram ter a violência aumentado em 44% - Em 27% delas os alunos consomem bebida alcoólica durante as aulas - 19% dos educandários já padeceram com assaltos, furtos, roubos, estupros e tráfico de drogas. 18% noticiam o tráfico de drogas na escola ou em suas proximidades.
Sem dúvida que tudo isso aliado às marcas físicas e emocionais fortalecidas com a problemática familiar faz por incorporar no desenvolvimento da criança influências, que prejudicam sua conduta e podem traduzir em atos de absoluta agressividade.
De qualquer forma, temos uma política de proteção e recuperação do menor, mas, penso que ela deveria ser mais agressiva. A dificuldade vem a ser o poderio das forças econômicas, pois sem dúvida os meios televisivos, quando mal administrados, despejam nos lares, filmes e documentários com exibição de violência ilimitada, maus costumes e prostituição e a nossa censura, pode se dizer, ser inexistente senão absolutamente conivente ou passiva.
A educação recebida no lar esbarra nos maus exemplos exibidos por esses poderosos grupos financeiros. Mas de qualquer forma não existe outro caminho, senão a conjunção dos esforços na soma da atuação governamental no setor educação seja quanto à prevenção e repressão e de melhor distribuição de renda para minorar as desigualdades sociais e a dedicação familiar.
A instrução do berço com a participação dos pais, sua interação, acompanhamento, uso da palmada educativa, a fiscalização, a separação das más amizades, da participação em gangs, a prevenção e repressão do ‘bullyng‘, os cuidados a fim de afastar drogas, o companheirismo, certamente auxiliarão na formação de uma juventude sadia ao contrário dos maus resultados, que a omissão paterna conduziria.
Não ficaremos livres de tragédias e acontecimentos chocantes, mas, sem dúvida os reduziremos.
LICÍNIO CARPINELLI STEFANI é desembargador aposentado e advogado em Cuiabá.
carpinelli@cfadvocacia.com.br
A sociedade brasileira ficou recentemente chocada com o trágico acontecimento em que um menor de 10 anos feriu gravemente sua professora na sala de aula com um disparo de revólver e, na sequência, se suicidou.
Nas investigações se apurou, que a arma pertencia ao pai, miliciano da guarda civil, e tomando este conhecimento do seu desaparecimento foi à escola, em sua busca, vindo seu filho a negar sua custódia e a ocasionar o trágico infortúnio em que a mestra até a presente data encontra-se em estado gravíssimo de saúde.
O mais intrigante é saber se tratar de uma criança tranquila, não problemática e do qual não se esperava tal conduta imprevisivel. Aprópria vítima assustou-se quando soube da identidade do jovial menino.
Na verdade, fatos assim se sucedem, continuarão ocorrendo, sem explicações lógicas, sem imunidades de países, pois a aparente tranquilidade de um ser humano disfarça muitas vezes uma turbulência um conflito interior o qual deságua em certas oportunidades em tragédias e acontecimentos de
repercussão mundial, dos quais não escapam e podem se situar como vítimas os próprios genitores.
Enfim, somos limitados e só Deus pode e tem acesso ilimitado ao nosso subconsciente e só Ele pode evitar tragédias da espécie. Só nos cabe após os acontecimentos, lamentar, e seguir em frente como disse um sábio indiano. ‘enterrar os mortos e cuidar dos vivos‘.
Mas, tudo isso nos leva a profundas reflexões e a uma análise da situação da criança em nível mundial. Ela, na nossa legislação conforme o Estatuto da Criança ou Adolescente, o ECA, se situa na faixa limite de 12 anos e
dessa data aos 18 ela se identifica como adolescente.
São sujeitas a medidas protetoras e socioeducativas. Padecem de violências físicas, psicológicas, discriminação, negligência, maustratos, abusos, abandono entre outras, tanto na escola, como na casa e comunidade. 1,8 milhões estão envolvidas, segundo estudos realizados, em pornografia e prostituição e 1,2 milhões são vítimas de tráfico de menores.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 53.000 foram vítimas de homicídio no ano de 2002, na faixa limite de 17 anos e segundo a OIT (Organização Mundial do Trabalho), 5,7 milhões participaram de trabalhos forçados ou de escravidão. Também considerando pesquisa feita em 16 países, o ‘bullyng‘ ou seja intimação verbal ou física oscila de um país a outro numa faixa de 20% a 65%.
Em 77 países, são admitidos castigos corporais como forma de medida de punição e correção penal. 500 escolas públicas brasileiras consultadas afirmaram ter a violência aumentado em 44% - Em 27% delas os alunos consomem bebida alcoólica durante as aulas - 19% dos educandários já padeceram com assaltos, furtos, roubos, estupros e tráfico de drogas. 18% noticiam o tráfico de drogas na escola ou em suas proximidades.
Sem dúvida que tudo isso aliado às marcas físicas e emocionais fortalecidas com a problemática familiar faz por incorporar no desenvolvimento da criança influências, que prejudicam sua conduta e podem traduzir em atos de absoluta agressividade.
De qualquer forma, temos uma política de proteção e recuperação do menor, mas, penso que ela deveria ser mais agressiva. A dificuldade vem a ser o poderio das forças econômicas, pois sem dúvida os meios televisivos, quando mal administrados, despejam nos lares, filmes e documentários com exibição de violência ilimitada, maus costumes e prostituição e a nossa censura, pode se dizer, ser inexistente senão absolutamente conivente ou passiva.
A educação recebida no lar esbarra nos maus exemplos exibidos por esses poderosos grupos financeiros. Mas de qualquer forma não existe outro caminho, senão a conjunção dos esforços na soma da atuação governamental no setor educação seja quanto à prevenção e repressão e de melhor distribuição de renda para minorar as desigualdades sociais e a dedicação familiar.
A instrução do berço com a participação dos pais, sua interação, acompanhamento, uso da palmada educativa, a fiscalização, a separação das más amizades, da participação em gangs, a prevenção e repressão do ‘bullyng‘, os cuidados a fim de afastar drogas, o companheirismo, certamente auxiliarão na formação de uma juventude sadia ao contrário dos maus resultados, que a omissão paterna conduziria.
Não ficaremos livres de tragédias e acontecimentos chocantes, mas, sem dúvida os reduziremos.
LICÍNIO CARPINELLI STEFANI é desembargador aposentado e advogado em Cuiabá.
carpinelli@cfadvocacia.com.br
Professores sabem mexer menos no computador do que alunos
Pesquisa aponta que 64% dos professores de português e matemática acham que não sabem mexer em computador
FOLHA .COM
A atual geração de professores enfrenta o desafio de aprender a mexer na internet e ensinar com poucos recursos disponíveis.
Pesquisa realizada pelo Cetic.br (Centro de estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação) aponta que 64% dos professores de português e matemática de 497 escolas públicas brasileiras acham que sabem mexer menos no computador que os alunos.
Foram entrevistados 1.541 professores, 4.987 alunos, 497 diretores e 428 coordenadores pedagógicos.
Para Adriana Martinelli, coordenadora de Educação e Tecnologia do Instituto Ayrton Senna, pela primeira vez o papel do professor, como único detentor do conhecimento, está sendo questionado.
"Alunos e professores transitam entre os papéis de ensinar e aprender, principalmente quando trabalhamos com as novas tecnologias".
Dados da pesquisa mostram ainda que as atividades em que os professores que mais usam tecnologia são as que têm o centro no docente, sem interação, como exercícios de fixação e aula expositiva, o que é questionado por especialistas.
"A educação tem que ser cada vez mais trabalhada no sentido de partilhar", diz Marc Prensky, educador americano autor dos termos "imigrantes" e "nativos digitais".
FOLHA .COM
A atual geração de professores enfrenta o desafio de aprender a mexer na internet e ensinar com poucos recursos disponíveis.
Pesquisa realizada pelo Cetic.br (Centro de estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação) aponta que 64% dos professores de português e matemática de 497 escolas públicas brasileiras acham que sabem mexer menos no computador que os alunos.
Foram entrevistados 1.541 professores, 4.987 alunos, 497 diretores e 428 coordenadores pedagógicos.
Para Adriana Martinelli, coordenadora de Educação e Tecnologia do Instituto Ayrton Senna, pela primeira vez o papel do professor, como único detentor do conhecimento, está sendo questionado.
"Alunos e professores transitam entre os papéis de ensinar e aprender, principalmente quando trabalhamos com as novas tecnologias".
Dados da pesquisa mostram ainda que as atividades em que os professores que mais usam tecnologia são as que têm o centro no docente, sem interação, como exercícios de fixação e aula expositiva, o que é questionado por especialistas.
"A educação tem que ser cada vez mais trabalhada no sentido de partilhar", diz Marc Prensky, educador americano autor dos termos "imigrantes" e "nativos digitais".
Educação ARTHUR VIRGÍLIO
Fernando Henrique cuidou de universalizar o ensino básico, através da ação competente do saudoso ministro Paulo Renato. 98% das crianças brasileiras, ao fim de oito anos, estavam em sala de aula e, para isso, foi extremamente importante o Bolsa Escola
ARTHUR VIRGÍLIO
Lisboa – Os resultados do Enem foram desastrosos. De 33 mil escolas avaliadas, apenas cerca de 1.300 obtiveram resultados à altura da média dos países da OCDE.
O governo Fernando Henrique cuidou de universalizar o ensino básico, através da ação competente do saudoso ministro Paulo Renato. 98% das crianças brasileiras, ao fim de oito anos, estavam em sala de aula e, para isso, foi extremamente importante o programa Bolsa Escola, hoje dissolvido no Bolsa Família.
O processo, infelizmente, não teve continuidade sob Lula. Ciscou, driblou e nada fez de relevante por nenhum dos níveis de ensino.
Não melhorou a qualidade do ensino básico, que seria o passo natural e primeiro a encetar. Ignorou o nível médio e produziu muita espuma no terreno universitário.
Criou e espalhou universidades públicas pelo País, como se estivesse aí uma prova de seu compromisso com os menos afortunados. Desperdiçou fundos preciosos e não avançou um passo sequer na direção da qualidade.
Simples diplomas de bacharelado nada resolvem, se não estiverem acompanhados do verdadeiro conhecimento. Continuamos, aliás, um país de advogados, enquanto a China se transformou numa nação de engenheiros.
O ensino técnico é retrato da mesmice. Poucos saem preparados para os exigentes desafios do mercado de trabalho. Temos uma economia que se modernizou e contrasta, a um tempo, com uma forma pré-histórica de fazer política e com um sistema educacional frágil e arcaico.
Algumas verdades absolutas: nenhum país se desenvolve plenamente sem resolver a questão educacional de maneira ousada e definitiva. Nenhum país sustenta o crescimento econômico, no médio e longo termos, se nossas escolas continuarem ejetando, ano após ano, alunos que mal conseguem ler. Nenhum país garantirá o futuro das novas gerações se não apresentar um ensino médio de qualidade, como base e sustentáculo de uma economia pujante.
Uma coisa é eventual crise de emprego e, felizmente, estamos longe disso. Outra é a crise de empregabilidade, que se dá quando o emprego existe, porém falta mão de obra preparada para ocupá-lo.
Não pensem que acho alguma graça na publicação anual das chamadas “pérolas do Enem”. Bem ao contrário, isso me constrange e humilha, porque humilha a geração que brevemente será chamada a dirigir o Brasil.
Lendo as tais “pérolas”, deparo-me com uma mocidade inteligente, criativa e, infelizmente, despreparada. Imediatamente, pergunto a mim mesmo onde estão os cursos de instrução e reciclagem de professores. Indago pelo momento em que as escolas deixem de ser depósitos de alunos orientados por professores abnegados, mas que não estudaram suficientemente.
Rogo pelo instante em que escola deixe de ser símbolo de enriquecimento de administradores públicos e empreiteiros, para que se foque no que interessa de verdade: o aluno, o professor, o ensino.
(*) ARTHUR VIRGÍLIO é diplomata, ex-senador líder do PSDB no Senado, e escreve para HiperNotícias.
ARTHUR VIRGÍLIO
Lisboa – Os resultados do Enem foram desastrosos. De 33 mil escolas avaliadas, apenas cerca de 1.300 obtiveram resultados à altura da média dos países da OCDE.
O governo Fernando Henrique cuidou de universalizar o ensino básico, através da ação competente do saudoso ministro Paulo Renato. 98% das crianças brasileiras, ao fim de oito anos, estavam em sala de aula e, para isso, foi extremamente importante o programa Bolsa Escola, hoje dissolvido no Bolsa Família.
O processo, infelizmente, não teve continuidade sob Lula. Ciscou, driblou e nada fez de relevante por nenhum dos níveis de ensino.
Não melhorou a qualidade do ensino básico, que seria o passo natural e primeiro a encetar. Ignorou o nível médio e produziu muita espuma no terreno universitário.
Criou e espalhou universidades públicas pelo País, como se estivesse aí uma prova de seu compromisso com os menos afortunados. Desperdiçou fundos preciosos e não avançou um passo sequer na direção da qualidade.
Simples diplomas de bacharelado nada resolvem, se não estiverem acompanhados do verdadeiro conhecimento. Continuamos, aliás, um país de advogados, enquanto a China se transformou numa nação de engenheiros.
O ensino técnico é retrato da mesmice. Poucos saem preparados para os exigentes desafios do mercado de trabalho. Temos uma economia que se modernizou e contrasta, a um tempo, com uma forma pré-histórica de fazer política e com um sistema educacional frágil e arcaico.
Algumas verdades absolutas: nenhum país se desenvolve plenamente sem resolver a questão educacional de maneira ousada e definitiva. Nenhum país sustenta o crescimento econômico, no médio e longo termos, se nossas escolas continuarem ejetando, ano após ano, alunos que mal conseguem ler. Nenhum país garantirá o futuro das novas gerações se não apresentar um ensino médio de qualidade, como base e sustentáculo de uma economia pujante.
Uma coisa é eventual crise de emprego e, felizmente, estamos longe disso. Outra é a crise de empregabilidade, que se dá quando o emprego existe, porém falta mão de obra preparada para ocupá-lo.
Não pensem que acho alguma graça na publicação anual das chamadas “pérolas do Enem”. Bem ao contrário, isso me constrange e humilha, porque humilha a geração que brevemente será chamada a dirigir o Brasil.
Lendo as tais “pérolas”, deparo-me com uma mocidade inteligente, criativa e, infelizmente, despreparada. Imediatamente, pergunto a mim mesmo onde estão os cursos de instrução e reciclagem de professores. Indago pelo momento em que as escolas deixem de ser depósitos de alunos orientados por professores abnegados, mas que não estudaram suficientemente.
Rogo pelo instante em que escola deixe de ser símbolo de enriquecimento de administradores públicos e empreiteiros, para que se foque no que interessa de verdade: o aluno, o professor, o ensino.
(*) ARTHUR VIRGÍLIO é diplomata, ex-senador líder do PSDB no Senado, e escreve para HiperNotícias.
Inscrições para privados de liberdade começam nesta segunda
Serão abertas nesta segunda-feira (3), às 10h, as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011 das pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa. O período se estenderá até a meia-noite do dia 17, pelo horário oficial de Brasília.
As provas serão realizadas em 28 e 29 (segunda e terça-feira) de novembro próximo, nos estabelecimentos prisionais ou socioeducativos indicados, em cada unidade federativa, pelas secretarias de segurança pública e de justiça e por órgãos de administração penitenciária e de promoção dos direitos da criança e do adolescente.
Cada estabelecimento indicará um responsável pedagógico e firmará termo de compromisso e responsabilidade com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pela aplicação do Enem. O responsável pedagógico fará a inscrição dos participantes e acompanhará todo o processo do exame, até o acesso aos resultados obtidos por aqueles que fizerem as provas. Caberá ainda ao responsável pedagógico pedir a certificação ou a participação do inscrito no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do MEC, além do atendimento especial para os dias de provas.
Da mesma forma que o exame para o grande público, a inscrição para o Enem nas unidades prisionais será feita exclusivamente pela internet, na página eletrônica do Inep. O responsável pedagógico deve indicar o número da unidade prisional ou socioeducativa e o cadastro de pessoa física (CPF) do participante.
As provas serão realizadas em 28 e 29 (segunda e terça-feira) de novembro próximo, nos estabelecimentos prisionais ou socioeducativos indicados, em cada unidade federativa, pelas secretarias de segurança pública e de justiça e por órgãos de administração penitenciária e de promoção dos direitos da criança e do adolescente.
Cada estabelecimento indicará um responsável pedagógico e firmará termo de compromisso e responsabilidade com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pela aplicação do Enem. O responsável pedagógico fará a inscrição dos participantes e acompanhará todo o processo do exame, até o acesso aos resultados obtidos por aqueles que fizerem as provas. Caberá ainda ao responsável pedagógico pedir a certificação ou a participação do inscrito no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do MEC, além do atendimento especial para os dias de provas.
Da mesma forma que o exame para o grande público, a inscrição para o Enem nas unidades prisionais será feita exclusivamente pela internet, na página eletrônica do Inep. O responsável pedagógico deve indicar o número da unidade prisional ou socioeducativa e o cadastro de pessoa física (CPF) do participante.
Documentos terão prorrogação de prazo em virtude de greve
Em função da greve dos bancários, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prorrogou o prazo de validade de documentos necessários para a contratação e o aditamento da operação de crédito do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). “Essa prorrogação foi decidida para não prejudicar os estudantes e evitar a correria nas agências bancárias após o término da paralisação”, afirma Antônio Corrêa Neto, diretor financeiro do FNDE.
Os agentes financeiros do Fies deverão receber até o 20.º dia após o término da paralisação o Documento de Regularidade de Inscrição (DRI) e o Documento de Regularidade de Matrícula (DRM) que vencerem durante ou em até dez dias depois do fim da greve.
Os agentes financeiros do Fies deverão receber até o 20.º dia após o término da paralisação o Documento de Regularidade de Inscrição (DRI) e o Documento de Regularidade de Matrícula (DRM) que vencerem durante ou em até dez dias depois do fim da greve.
Haddad anuncia que serão gratuitos os mestrados e doutorados em educação
Cursos de pós-graduação, mestrados e doutorados em educação, mesmo em instituições privadas, serão gratuitos. O anúncio foi feito pelo ministro Fernando Haddad, na tarde da última sexta-feira (30), durante o 7.º Congresso Inclusão: Desafio Contemporâneo para a Educação Infantil, promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Unidades de Educação Infantil da Rede Direta e Autárquica do Município de São Paulo (Sedin).
Haddad explicou que deve assinar nos próximos dias uma portaria que dará a esses cursos o mesmo mecanismo do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Os professores que decidirem fazer o curso e trabalharem nas redes públicas terão a dívida saldada automaticamente.
Haddad explicou que deve assinar nos próximos dias uma portaria que dará a esses cursos o mesmo mecanismo do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Os professores que decidirem fazer o curso e trabalharem nas redes públicas terão a dívida saldada automaticamente.
Mais da metade dos alunos do 3º ano não sabe qual carreira seguir
Por: Valeska Andrade
No início da fase de inscrições para os principais vestibulares do País, 54% dos estudantes do 3º ano do ensino médio ainda não decidiram qual carreira querem seguir.
O índice é resultado de uma pesquisa realizada pelo Portal Educacional com dois mil adolescentes.
Os números da pesquisa mostram a omissão da escola: em apenas 10% delas existe um trabalho específico de orientação vocacional.
O mais comum é os colégios oferecerem ações consideradas pouco efetivas pelos especialistas.
”A missão da escola é trabalhar com o desenvolvimento integral do seu educando e isso é pensar também na saída dele e em sua vocação profissional.
Quando não faz isso, ela falha em um dos seus objetivos”, diz Silvio Boch, vice-presidente da Associação Brasileira de Orientadores Profissionais (ABOP).
Fonte: O Estado de S. Paulo (SP)
No início da fase de inscrições para os principais vestibulares do País, 54% dos estudantes do 3º ano do ensino médio ainda não decidiram qual carreira querem seguir.
O índice é resultado de uma pesquisa realizada pelo Portal Educacional com dois mil adolescentes.
Os números da pesquisa mostram a omissão da escola: em apenas 10% delas existe um trabalho específico de orientação vocacional.
O mais comum é os colégios oferecerem ações consideradas pouco efetivas pelos especialistas.
”A missão da escola é trabalhar com o desenvolvimento integral do seu educando e isso é pensar também na saída dele e em sua vocação profissional.
Quando não faz isso, ela falha em um dos seus objetivos”, diz Silvio Boch, vice-presidente da Associação Brasileira de Orientadores Profissionais (ABOP).
Fonte: O Estado de S. Paulo (SP)
Escolas públicas vão receber conjunto com livros e jogos
Por: Valeska Andrade
Em 2012, cerca de 130 mil professores que trabalham na alfabetização de crianças de 6 anos de idade em 90 mil escolas públicas do País receberão livros de literatura e jogos infantis para enriquecer as aulas.
O material servirá de reforço na aprendizagem de 3,9 milhões de estudantes do primeiro ano do ensino fundamental.
O acervo faz parte do projeto Trilhas, parceria do Ministério da Educação com o Instituto Natura e Centro de Educação e Documentação para a Ação Comunitária (Cedac), de São Paulo (SP).
O projeto é composto por um conjunto que compreende caderno de orientação sobre o uso dos livros e objetos educacionais, dirigido aos gestores das escolas; oito cadernos de orientação e sugestão de atividades para os professores; acervo de 20 livros de literatura infantil e dez jogos para cada uma das escolas.
Fonte: Primeira Edição (AL)
Em 2012, cerca de 130 mil professores que trabalham na alfabetização de crianças de 6 anos de idade em 90 mil escolas públicas do País receberão livros de literatura e jogos infantis para enriquecer as aulas.
O material servirá de reforço na aprendizagem de 3,9 milhões de estudantes do primeiro ano do ensino fundamental.
O acervo faz parte do projeto Trilhas, parceria do Ministério da Educação com o Instituto Natura e Centro de Educação e Documentação para a Ação Comunitária (Cedac), de São Paulo (SP).
O projeto é composto por um conjunto que compreende caderno de orientação sobre o uso dos livros e objetos educacionais, dirigido aos gestores das escolas; oito cadernos de orientação e sugestão de atividades para os professores; acervo de 20 livros de literatura infantil e dez jogos para cada uma das escolas.
Fonte: Primeira Edição (AL)
Quase 43 mil crianças e adolescentes estão casados no Brasil
Por: Valeska Andrade
Um recorte inédito nos dados do Censo Demográfico de 2010 mostra que existem ao menos 42.785 crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos casados no Brasil.
O número refere-se a uniões informais, já que os recenseadores não checam documentos.
Essas situações se concentram em grupos de baixa renda e alta vulnerabilidade, principalmente nos rincões do País ou na periferia de grandes centros urbanos.
O caso de P., uma jovem de São Bernardo do Campo (SP), é um exemplo. Ela se mudou para a casa do parceiro quanto tinha 11 anos. Seu namorado, na época, tinha 27. “Eu disse para ele que já tinha 14 e começamos a namorar. Meu pai foi contra porque me achava muito nova, brigamos feio. Depois da discussão, fugi de casa e fui morar com ele”, conta.
Há uma inversão de valores enorme no mundo hoje. Por isso tanta desestrutura familiar, falta de planejamento que gera desordem na economia, na saúde e na educação. Que sociedade teremos num próximo?
Um recorte inédito nos dados do Censo Demográfico de 2010 mostra que existem ao menos 42.785 crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos casados no Brasil.
O número refere-se a uniões informais, já que os recenseadores não checam documentos.
Essas situações se concentram em grupos de baixa renda e alta vulnerabilidade, principalmente nos rincões do País ou na periferia de grandes centros urbanos.
O caso de P., uma jovem de São Bernardo do Campo (SP), é um exemplo. Ela se mudou para a casa do parceiro quanto tinha 11 anos. Seu namorado, na época, tinha 27. “Eu disse para ele que já tinha 14 e começamos a namorar. Meu pai foi contra porque me achava muito nova, brigamos feio. Depois da discussão, fugi de casa e fui morar com ele”, conta.
Há uma inversão de valores enorme no mundo hoje. Por isso tanta desestrutura familiar, falta de planejamento que gera desordem na economia, na saúde e na educação. Que sociedade teremos num próximo?
Criança é mais vulnerável ao fumo passivo em automóvel
Por: Valeska Andrade
Leis antifumo baniram o tabaco em locais públicos e agora miram ambientes privados. Países como a Austrália e os Estados Unidos já o proíbem em carros particulares, caso haja pessoas com menos de 16 anos a bordo.
A medida visa proteger principalmente as crianças.
Segundo especialistas, elas são mais vulneráveis à exposição às toxinas do cigarro. Bebês, por exemplo, respiram mais rápido que adultos e acabam inalando mais fumaça.
Outro agravante, de acordo com Valéria Martins, secretária-geral da Sociedade Paulista de Pneumologia, é que os pequenos têm órgãos em desenvolvimento e sistemas imunológicos imaturos. “Além de asma e bronquite, fumantes passivos podem desenvolver câncer no futuro”, alerta a médica.
Fonte: Folha de S. Paulo (SP)
Leis antifumo baniram o tabaco em locais públicos e agora miram ambientes privados. Países como a Austrália e os Estados Unidos já o proíbem em carros particulares, caso haja pessoas com menos de 16 anos a bordo.
A medida visa proteger principalmente as crianças.
Segundo especialistas, elas são mais vulneráveis à exposição às toxinas do cigarro. Bebês, por exemplo, respiram mais rápido que adultos e acabam inalando mais fumaça.
Outro agravante, de acordo com Valéria Martins, secretária-geral da Sociedade Paulista de Pneumologia, é que os pequenos têm órgãos em desenvolvimento e sistemas imunológicos imaturos. “Além de asma e bronquite, fumantes passivos podem desenvolver câncer no futuro”, alerta a médica.
Fonte: Folha de S. Paulo (SP)
MT- Parceria qualifica mil reeducandos em Cuiabá
Reeducandos do regime fechado em Cuiabá serão qualificados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT) na área da construção. Serão 1.000 pessoas capacitadas nas ocupações pedreiro, pintor de obras e aplicador de revestimento de cerâmico, oferecidas mediante uma parceria firmada hoje (30-09) entre o Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt) e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e a Fundação Nova Chance.
A parceria integra o projeto "Crescendo com Cidadania", criado para potencializar as oportunidades de ressocialização dos presos no Estado.
O foco da iniciativa é a qualificação de mulheres, mas poderá haver abertura de vagas para o público masculino, caso haja necessidade de inclusão. Em função disso, os cursos serão executados na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, havendo o diferencial de que os estudantes irão usar os conhecimentos na prática, aproveitados em obras de melhorias das instalações físicas da unidade prisional. A seleção dos alunos será feita pela Fundação Nova Chance, que irá identificar e escolher os reeducandos com perfil para integrar à iniciativa. E a operacionalização dos cursos será de responsabilidade da Escola Senai da Construção, que utilizará kits didáticos (baús estruturados para transportar equipamentos e materiais) para a realização das qualificações.
O termo de cooperação foi assinado nesta manhã pelo presidente em exercício do Sistema Fiemt, Jandir Milan; o diretor regional do Senai-MT, Gilberto Figueiredo; a primeira-dama e secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social, Roseli Barbosa; o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Lessa; e a presidente da Fundação Nova Chance, Neide Aparecida Mendonça. A solenidade também contou com a presença da juíza auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça de Mato Grosso, Selma Arruda; o secretário Adjunto de Trabalho e Emprego, Jean Jean Estevan Campos Oliveira; e o presidente do Conselho Estadual do Trabalho, Evilásio Adeli. O termo de cooperação tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por interesse dos parceiros.
Na ocasião, Jandir Milan destacou a importância do setor industrial apoiar iniciativas que promovam a cidadania e contribuam para a reinserção dos reeducandos no mercado. "O Sistema Fiemt é parceiro do Governo do Estado há pelo menos quatro anos para promover qualificação de reeducandos, e incentivamos as empresas a contratá-los, pois sabemos a importância social do setor privado contribuir para inclusão produtiva". Em relação a isso, Gilberto Figueiredo reforçou que a qualificação oportuniza aos reeducandos uma ocupação, de modo que eles possam trabalhar na profissão quando concluírem a pena. E lembrou que a iniciativa integra o Programa Senai de Ações Inclusivas, que busca promover a universalização do acesso à educação profissional, contribuindo para ampliar as oportunidades no mercado de trabalho às pessoas com deficiência, baixa-renda ou a grupos que sofrem vulnerabilidade e/ou exclusão social.
A secretária Roseli Barbosa reforçou que é compromisso da gestão estadual priorizar a ressocialização dos presos, de modo que o sistema prisional possa cumprir o real papel de sua existência. Já o secretário Paulo Lessa frisou a importância da qualificação para promover a verdadeira ressocialização, e, consequentemente, diminuir o alto índice de reicindência de crimes entre ex-presidiários do Estado. Hoje o índice em Mato Grosso é de 85% contra 70% no país.
SELO – Durante a solenidade, o diretor regional do Senai-MT, Gilberto Figueiredo, recebeu o selo do Projeto Começar de Novo, entregue pela juíza auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça de Mato Grosso, Selma Arruda. Criado pelo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o selo identifica as instituições que colaboram com a iniciativa, seja pela oferta e realização de cursos de capacitação para reeducandos quanto pela disponibilidade de trabalho e emprego a este público. Na ocasião, a juíza parabenizou as entidades pela parceria no Estado, principalmente por aproveitar os presos na obra de reforma da Penitenciária Feminina, fato que, segundo ela, evita processos de licitação e custos aos cofres públicos, além de propiciar a prática do ensino aos estudantes.
QUALIFICAÇÃO – O Senai-MT atua em parceria com o Governo do Estado para qualificação de reeducandos em Mato Grosso desde 2007. Desde o período, foram capacitados mais de 600 homens e mulheres na Penitenciaria Central do Estado (antigo Pascoal Ramos), Centro de Ressocialização Cuiabá (antigo Carumbé), Casa do Albergado – Cuiabá, Ressocialização Carcerária - Cadeia Pública de Várzea Grande e Penitenciária Feminina Ana Maria Couto May. As qualificações oferecidas foram instalador hidráulico, pintor de obras, carpinteiro de obras, pedreiro de alvenaria, aplicador de revestimento cerâmico, eletricista instalador predial, informática básica, marcenaria, mecânico de refrigeração, confeitaria e confecção de salgados.
Além da parceria com o Governo do Estado, em 2009 o Sistema Fiemt, por meio do Senai-MT, firmou um termo de cooperação técnica para qualificação de reeducandos, dentro de uma iniciativa que envolveu também o CNJ e o Tribunal de Justiça. A ação integrava uma iniciativa de âmbito nacional, regulamentada pelo CNJ e coordenada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) para promover a oferta de qualificação profissional a egressos, reeducandos e adolescentes em medida sócio-educativa no país.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema FIEMT
A parceria integra o projeto "Crescendo com Cidadania", criado para potencializar as oportunidades de ressocialização dos presos no Estado.
O foco da iniciativa é a qualificação de mulheres, mas poderá haver abertura de vagas para o público masculino, caso haja necessidade de inclusão. Em função disso, os cursos serão executados na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, havendo o diferencial de que os estudantes irão usar os conhecimentos na prática, aproveitados em obras de melhorias das instalações físicas da unidade prisional. A seleção dos alunos será feita pela Fundação Nova Chance, que irá identificar e escolher os reeducandos com perfil para integrar à iniciativa. E a operacionalização dos cursos será de responsabilidade da Escola Senai da Construção, que utilizará kits didáticos (baús estruturados para transportar equipamentos e materiais) para a realização das qualificações.
O termo de cooperação foi assinado nesta manhã pelo presidente em exercício do Sistema Fiemt, Jandir Milan; o diretor regional do Senai-MT, Gilberto Figueiredo; a primeira-dama e secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social, Roseli Barbosa; o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Lessa; e a presidente da Fundação Nova Chance, Neide Aparecida Mendonça. A solenidade também contou com a presença da juíza auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça de Mato Grosso, Selma Arruda; o secretário Adjunto de Trabalho e Emprego, Jean Jean Estevan Campos Oliveira; e o presidente do Conselho Estadual do Trabalho, Evilásio Adeli. O termo de cooperação tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por interesse dos parceiros.
Na ocasião, Jandir Milan destacou a importância do setor industrial apoiar iniciativas que promovam a cidadania e contribuam para a reinserção dos reeducandos no mercado. "O Sistema Fiemt é parceiro do Governo do Estado há pelo menos quatro anos para promover qualificação de reeducandos, e incentivamos as empresas a contratá-los, pois sabemos a importância social do setor privado contribuir para inclusão produtiva". Em relação a isso, Gilberto Figueiredo reforçou que a qualificação oportuniza aos reeducandos uma ocupação, de modo que eles possam trabalhar na profissão quando concluírem a pena. E lembrou que a iniciativa integra o Programa Senai de Ações Inclusivas, que busca promover a universalização do acesso à educação profissional, contribuindo para ampliar as oportunidades no mercado de trabalho às pessoas com deficiência, baixa-renda ou a grupos que sofrem vulnerabilidade e/ou exclusão social.
A secretária Roseli Barbosa reforçou que é compromisso da gestão estadual priorizar a ressocialização dos presos, de modo que o sistema prisional possa cumprir o real papel de sua existência. Já o secretário Paulo Lessa frisou a importância da qualificação para promover a verdadeira ressocialização, e, consequentemente, diminuir o alto índice de reicindência de crimes entre ex-presidiários do Estado. Hoje o índice em Mato Grosso é de 85% contra 70% no país.
SELO – Durante a solenidade, o diretor regional do Senai-MT, Gilberto Figueiredo, recebeu o selo do Projeto Começar de Novo, entregue pela juíza auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça de Mato Grosso, Selma Arruda. Criado pelo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o selo identifica as instituições que colaboram com a iniciativa, seja pela oferta e realização de cursos de capacitação para reeducandos quanto pela disponibilidade de trabalho e emprego a este público. Na ocasião, a juíza parabenizou as entidades pela parceria no Estado, principalmente por aproveitar os presos na obra de reforma da Penitenciária Feminina, fato que, segundo ela, evita processos de licitação e custos aos cofres públicos, além de propiciar a prática do ensino aos estudantes.
QUALIFICAÇÃO – O Senai-MT atua em parceria com o Governo do Estado para qualificação de reeducandos em Mato Grosso desde 2007. Desde o período, foram capacitados mais de 600 homens e mulheres na Penitenciaria Central do Estado (antigo Pascoal Ramos), Centro de Ressocialização Cuiabá (antigo Carumbé), Casa do Albergado – Cuiabá, Ressocialização Carcerária - Cadeia Pública de Várzea Grande e Penitenciária Feminina Ana Maria Couto May. As qualificações oferecidas foram instalador hidráulico, pintor de obras, carpinteiro de obras, pedreiro de alvenaria, aplicador de revestimento cerâmico, eletricista instalador predial, informática básica, marcenaria, mecânico de refrigeração, confeitaria e confecção de salgados.
Além da parceria com o Governo do Estado, em 2009 o Sistema Fiemt, por meio do Senai-MT, firmou um termo de cooperação técnica para qualificação de reeducandos, dentro de uma iniciativa que envolveu também o CNJ e o Tribunal de Justiça. A ação integrava uma iniciativa de âmbito nacional, regulamentada pelo CNJ e coordenada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) para promover a oferta de qualificação profissional a egressos, reeducandos e adolescentes em medida sócio-educativa no país.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema FIEMT
Cigarro e bebida na adolescência: como lidar com a situação
Os adolescentes cometem muitos erros, uns deles são o uso álcool e o fumo porém com a abordagem adequada é possível ajudá-los a largar esses vícios.
Adolescência é sinônimo de curiosidade e também de insegurança, pois, é nessa fase da vida que grande parte das pessoas se metem em encrenca na busca por novas sensações e experiências. Afinal, quem nunca viu nos telejornais casos de gente jovem que ficou viciada em drogas legalizadas como o álcool, cigarro a ponto de por em risco a própria vida? Apesar de todos conhecerem os males causados por substâncias químicas, ainda hoje os adolescentes são as maiores vítimas do vício precoce.
Caso um filho, um irmão, familiares ou até mesmo amigos se encontrem nessa situação é preciso ter cautela, e entender que a violência pode agravar o problema. Antes de intervir você deve compreender que a vontade de experimentar substâncias pode estar ligada a diversos fatores como: A carência emocional; A necessidade do jovem se sentir aceito em um grupo para parecer cada vez mais ‘descolado’ ou até mesmo ao exemplo de tabagismo e de alcoolismo que vem da própria família.
Mas, apesar da questão ser complexa não se deve perder a iniciativa de ajudar e orientar. Pesquisas sobre vícios já provaram que quando a dependência se inicia até os vinte anos é mais difícil de largar. Por isso, é fundamental prevenir o consumo de drogas na adolescência do que em qualquer outra época.
Como orientar?
Antes de tudo é importante destacar que a prevenção é o melhor caminho. O consumo de bebida e o fumo é o responsável pela morte por: câncer de pulmão, de laringe, de pele, doenças cardíacas, bronquite e enfisema, AVC, etc. Além de muitos outros problemas como doenças no fígado e problemas psicológicos que podem ser sofridos já na idade adulta. Evitar que o jovem fume ou beba é a ação mais importante, porém caso isso já aconteça deve haver uma atitude que convença este adolescente a largar este mau hábito.
Ao convencer o adolescente a parar com o álcool e o fumo você deve apresentá-lo aos benefícios, como a melhora da aparência, melhora do hálito, diminuição do envelhecimento precoce, além da diminuição do risco de sofrer doenças cardiovasculares e câncer.
Experimente influenciá-lo a alimentar hábitos saudáveis, como na alimentação e na prática de exercícios físicos. A prática de esportes vai ajudar a diminuir a ansiedade adolescente e vai trazer bem estar e bom humor. Evitar virar a noite nas baladas também ajuda a diminuir o consumo de bebidas e cigarro.
Muitas vezes o consumo do álcool por adolescentes é considerado inofensivo, sendo até estimulado pelos pais durante a socialização. Porém, é importante considerar o álcool como a porta de entrada para outras drogas, além de que quanto mais cedo começa este consumo, mais provável será o alcoolismo na fase adulta.
Dicas nota 10
Para o adolescente que encara os prejuízos desta droga e que deseja largá-lo, algumas dicas podem ajudar e facilitar esta atitude: É importante anunciar a todos esta decisão para que os amigos não fiquem pressionando a continuar com o vício, fixar um dia para parar de fumar, também pode ajudar. É possível que a primeira vez não seja bem sucedida, o que não quer dizer que o adolescente deva parar de tentar. Em casos mais extremos é ideal procurar um psiquiatra.
Fonte: Mundodastribos
Adolescência é sinônimo de curiosidade e também de insegurança, pois, é nessa fase da vida que grande parte das pessoas se metem em encrenca na busca por novas sensações e experiências. Afinal, quem nunca viu nos telejornais casos de gente jovem que ficou viciada em drogas legalizadas como o álcool, cigarro a ponto de por em risco a própria vida? Apesar de todos conhecerem os males causados por substâncias químicas, ainda hoje os adolescentes são as maiores vítimas do vício precoce.
Caso um filho, um irmão, familiares ou até mesmo amigos se encontrem nessa situação é preciso ter cautela, e entender que a violência pode agravar o problema. Antes de intervir você deve compreender que a vontade de experimentar substâncias pode estar ligada a diversos fatores como: A carência emocional; A necessidade do jovem se sentir aceito em um grupo para parecer cada vez mais ‘descolado’ ou até mesmo ao exemplo de tabagismo e de alcoolismo que vem da própria família.
Mas, apesar da questão ser complexa não se deve perder a iniciativa de ajudar e orientar. Pesquisas sobre vícios já provaram que quando a dependência se inicia até os vinte anos é mais difícil de largar. Por isso, é fundamental prevenir o consumo de drogas na adolescência do que em qualquer outra época.
Como orientar?
Antes de tudo é importante destacar que a prevenção é o melhor caminho. O consumo de bebida e o fumo é o responsável pela morte por: câncer de pulmão, de laringe, de pele, doenças cardíacas, bronquite e enfisema, AVC, etc. Além de muitos outros problemas como doenças no fígado e problemas psicológicos que podem ser sofridos já na idade adulta. Evitar que o jovem fume ou beba é a ação mais importante, porém caso isso já aconteça deve haver uma atitude que convença este adolescente a largar este mau hábito.
Ao convencer o adolescente a parar com o álcool e o fumo você deve apresentá-lo aos benefícios, como a melhora da aparência, melhora do hálito, diminuição do envelhecimento precoce, além da diminuição do risco de sofrer doenças cardiovasculares e câncer.
Experimente influenciá-lo a alimentar hábitos saudáveis, como na alimentação e na prática de exercícios físicos. A prática de esportes vai ajudar a diminuir a ansiedade adolescente e vai trazer bem estar e bom humor. Evitar virar a noite nas baladas também ajuda a diminuir o consumo de bebidas e cigarro.
Muitas vezes o consumo do álcool por adolescentes é considerado inofensivo, sendo até estimulado pelos pais durante a socialização. Porém, é importante considerar o álcool como a porta de entrada para outras drogas, além de que quanto mais cedo começa este consumo, mais provável será o alcoolismo na fase adulta.
Dicas nota 10
Para o adolescente que encara os prejuízos desta droga e que deseja largá-lo, algumas dicas podem ajudar e facilitar esta atitude: É importante anunciar a todos esta decisão para que os amigos não fiquem pressionando a continuar com o vício, fixar um dia para parar de fumar, também pode ajudar. É possível que a primeira vez não seja bem sucedida, o que não quer dizer que o adolescente deva parar de tentar. Em casos mais extremos é ideal procurar um psiquiatra.
Fonte: Mundodastribos
MT- II Conferência da Juventude será realizada em outubro
Redação 24 Horas News
Na busca de elaborar diretrizes para a construção da política Estadual de Juventude, acontece nos dias 06 e 07 de outubro, no Ginásio Aecim Tocantins, a II Conferência Estadual de Juventude. O evento destaca assuntos de interesses coletivos que visam a aprimorar ações voltadas a política estadual da juventude.
O tema principal da conferência será “Juventude: Democracia e Participação nas Políticas Públicas”, o evento na capital, busca a preparação para a 2ª Conferência Nacional de Juventude que acontecerá em Brasília (DF) de 9 a 12 de dezembro de 2011.
O evento será realizado, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social (Setas) com as secretarias de Estado de Esportes e Lazer (Seel), de Cultura (SEC), Desenvolvimento do Turismo (SedTur), Educação (Seduc), Saúde (SES), Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Cidades (Secid), Planejamento e Coordenação Geral (Seplan), Fazenda (Sefaz), Ciência e Tecnologia (Secitec), Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Segurança Pública (Sesp) e Casa Civil.
“A conferência com certeza será importante para os jovens, pois visa debater, promover, qualificar e garantir os parâmetros e as diretrizes que contribuiram para o fomento de ações na área de políticas públicas voltada para a juventude no Estado”, disse o secretario de Estado de Esportes e Lazer Antonio Azambuja.
Na conferência serão apresentados diversos eixos dos direitos da juventude para serem discutidos, dentre eles: Direito ao Desenvolvimento Integral - educação, trabalho, cultura, comunicação; Direito ao Território - cidade, campo, transporte, meio ambiente e comunidades tradicionais; Direito à Experimentação e Qualidade de Vida - saúde, esporte, lazer e tempo livre; Direito à Diversidade e à Vida Segura - segurança, valorização e respeito à diversidade e direitos humanos.
O enfoque também do debate está voltado a procurar vincular os jovens às novas possibilidades abertas na busca de soluções para dilemas econômicos, sociais, culturais e políticos. E na formulação de plano de desenvolvimento para a juventude.
Na busca de elaborar diretrizes para a construção da política Estadual de Juventude, acontece nos dias 06 e 07 de outubro, no Ginásio Aecim Tocantins, a II Conferência Estadual de Juventude. O evento destaca assuntos de interesses coletivos que visam a aprimorar ações voltadas a política estadual da juventude.
O tema principal da conferência será “Juventude: Democracia e Participação nas Políticas Públicas”, o evento na capital, busca a preparação para a 2ª Conferência Nacional de Juventude que acontecerá em Brasília (DF) de 9 a 12 de dezembro de 2011.
O evento será realizado, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social (Setas) com as secretarias de Estado de Esportes e Lazer (Seel), de Cultura (SEC), Desenvolvimento do Turismo (SedTur), Educação (Seduc), Saúde (SES), Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Cidades (Secid), Planejamento e Coordenação Geral (Seplan), Fazenda (Sefaz), Ciência e Tecnologia (Secitec), Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Segurança Pública (Sesp) e Casa Civil.
“A conferência com certeza será importante para os jovens, pois visa debater, promover, qualificar e garantir os parâmetros e as diretrizes que contribuiram para o fomento de ações na área de políticas públicas voltada para a juventude no Estado”, disse o secretario de Estado de Esportes e Lazer Antonio Azambuja.
Na conferência serão apresentados diversos eixos dos direitos da juventude para serem discutidos, dentre eles: Direito ao Desenvolvimento Integral - educação, trabalho, cultura, comunicação; Direito ao Território - cidade, campo, transporte, meio ambiente e comunidades tradicionais; Direito à Experimentação e Qualidade de Vida - saúde, esporte, lazer e tempo livre; Direito à Diversidade e à Vida Segura - segurança, valorização e respeito à diversidade e direitos humanos.
O enfoque também do debate está voltado a procurar vincular os jovens às novas possibilidades abertas na busca de soluções para dilemas econômicos, sociais, culturais e políticos. E na formulação de plano de desenvolvimento para a juventude.
Prazo para se inscrever no vestibular da Unemat termina dia 06
Assessoria
As inscrições para o Vestibular 2012/1 da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) seguem até o dia 06 de outubro. Os interessados devem ficar atentos aos prazos uma vez que esta é a última semana para concorrer às vagas de ingresso no ensino superior público e gratuito.
A Unemat oferta 2.625 vagas para ingresso nos cursos superiores pelas modalidades de ensino regular, Programa Parceladas e pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), que é uma modalidade de ensino à distância.
O valor da taxa de inscrição é de R$ 80,00, e deve ser paga nas agências bancárias até o dia 07 de outubro. A Unemat reserva 25% de todas as vagas para candidatos que se enquadram no Programa de Integração e Inclusão Étnico-Racial, onde o candidato deve ser negro ou pardo e se declarar negro no ato da inscrição.
Das 2.625 vagas ofertadas, 1.800 vagas são destinadas para ingresso nos 76 cursos regulares da Unemat ofertado entre os dez campi da instituição, outras 525 vagas são destinadas para os cursos da UAB/Unemat que são oferecidos nos Polos Presenciais de Alto Araguaia, Barra do Bugres, Guarantã do Norte, Jauru, Juara, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda e Sorriso. Pela modalidade Parcelas os cursos serão ofertados no campus do Médio Araguaia, com sede em Luciara e nos Núcleos Pedagógicos de Confresa e Vila Rica, totalizando 300 vagas.
As provas do vestibular da Unemat serão realizadas nos dias 13 e 14 de novembro deste ano em 19 cidades de Mato Grosso.
Para mais informações acesse: www.unemat.br/vestibular
As inscrições para o Vestibular 2012/1 da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) seguem até o dia 06 de outubro. Os interessados devem ficar atentos aos prazos uma vez que esta é a última semana para concorrer às vagas de ingresso no ensino superior público e gratuito.
A Unemat oferta 2.625 vagas para ingresso nos cursos superiores pelas modalidades de ensino regular, Programa Parceladas e pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), que é uma modalidade de ensino à distância.
O valor da taxa de inscrição é de R$ 80,00, e deve ser paga nas agências bancárias até o dia 07 de outubro. A Unemat reserva 25% de todas as vagas para candidatos que se enquadram no Programa de Integração e Inclusão Étnico-Racial, onde o candidato deve ser negro ou pardo e se declarar negro no ato da inscrição.
Das 2.625 vagas ofertadas, 1.800 vagas são destinadas para ingresso nos 76 cursos regulares da Unemat ofertado entre os dez campi da instituição, outras 525 vagas são destinadas para os cursos da UAB/Unemat que são oferecidos nos Polos Presenciais de Alto Araguaia, Barra do Bugres, Guarantã do Norte, Jauru, Juara, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda e Sorriso. Pela modalidade Parcelas os cursos serão ofertados no campus do Médio Araguaia, com sede em Luciara e nos Núcleos Pedagógicos de Confresa e Vila Rica, totalizando 300 vagas.
As provas do vestibular da Unemat serão realizadas nos dias 13 e 14 de novembro deste ano em 19 cidades de Mato Grosso.
Para mais informações acesse: www.unemat.br/vestibular
MT- Seduc realiza 2º encontro formativo para ensino fundamental
Profissionais da educação de unidades escolares de Cuiabá e de Várzea Grande participaram nessa semana da 2ª Reunião Formativa realizada pela Coordenadoria de Ensino Fundamental da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT). O encontro foi realizado na sede do Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação (Cefapro), em Cuiabá. Nesse encontro formativo participaram diretores das unidades, coordenadores pedagógicos e também os secretários.
Seguido a proposta de aplicação do Ciclo de Formação Humana os profissionais discutiram, dentre outros temas, o processos de avaliação interna e também externa (Prova Brasil). A proposta da pauta de trabalho foi sugerida pelos profissionais em abril deste ano quando foi realizada a 1ª reunião formativa.
“No Ciclo de Formação Humana o registro do desenvolvimento do aluno é descritivo e feito nas áreas de conhecimento, de acordo com a parametrização da escola, ou seja, se funciona em regime semestral ou bimestral. É nesse espaço que o professor registra tudo que é pertinente ao aluno bem como as intervenções necessárias”, explica Maria Aparecida Toló, membro da Coordenadoria de Educação Fundamental.
Sobre a avaliação externa – a Prova Brasil - que será realizada de 7 a 18 de novembro, também houve farta explanação. Explicações sobre o modelo científico empregado para aplicação das provas, o funcionamento do resultado da avaliação foram esmiuçados ao público. ‘Ainda percebemos há necessidade de disseminação de como funciona e as implicações no processo de aprendizagem’, explica Daltro Maurício Ricaldos. Ele também atua junto à Coordenadoria de Educação Fundamental.
A Prova Brasil, juntamente ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), são avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
Ambas possuem o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. As médias de desempenho nessas avaliações subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ao lado das taxas de aprovação nessas esferas.
“Hoje nossa grande dificuldade é quanto ao professor articulador no 3º Ciclo. Ainda há ressalvas para o emprego da hora atividade para que seja feita essa suplementação”, diz a diretora da Escola Estadual José Leite de Moraes, no Cristo Rei, em Várzea Grande, Giuliana Aparecida Seba.
Zileide Lucinda dos Santos, também da Coordenadoria, pontuou que “esse é um momento de esclarecimento sobre as angustias vivenciadas. Esse é o momento de fortalecimento da equipe gestora. A partir da proposta de trabalho do Ciclo de Formação Humana o trabalho deve ser coletivo. Todos devem entender o Projeto Político Pedagógico (PPP), pensar junto”.
Patrícia Neves
Assessoria/Seduc-MT
Seguido a proposta de aplicação do Ciclo de Formação Humana os profissionais discutiram, dentre outros temas, o processos de avaliação interna e também externa (Prova Brasil). A proposta da pauta de trabalho foi sugerida pelos profissionais em abril deste ano quando foi realizada a 1ª reunião formativa.
“No Ciclo de Formação Humana o registro do desenvolvimento do aluno é descritivo e feito nas áreas de conhecimento, de acordo com a parametrização da escola, ou seja, se funciona em regime semestral ou bimestral. É nesse espaço que o professor registra tudo que é pertinente ao aluno bem como as intervenções necessárias”, explica Maria Aparecida Toló, membro da Coordenadoria de Educação Fundamental.
Sobre a avaliação externa – a Prova Brasil - que será realizada de 7 a 18 de novembro, também houve farta explanação. Explicações sobre o modelo científico empregado para aplicação das provas, o funcionamento do resultado da avaliação foram esmiuçados ao público. ‘Ainda percebemos há necessidade de disseminação de como funciona e as implicações no processo de aprendizagem’, explica Daltro Maurício Ricaldos. Ele também atua junto à Coordenadoria de Educação Fundamental.
A Prova Brasil, juntamente ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), são avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
Ambas possuem o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. As médias de desempenho nessas avaliações subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ao lado das taxas de aprovação nessas esferas.
“Hoje nossa grande dificuldade é quanto ao professor articulador no 3º Ciclo. Ainda há ressalvas para o emprego da hora atividade para que seja feita essa suplementação”, diz a diretora da Escola Estadual José Leite de Moraes, no Cristo Rei, em Várzea Grande, Giuliana Aparecida Seba.
Zileide Lucinda dos Santos, também da Coordenadoria, pontuou que “esse é um momento de esclarecimento sobre as angustias vivenciadas. Esse é o momento de fortalecimento da equipe gestora. A partir da proposta de trabalho do Ciclo de Formação Humana o trabalho deve ser coletivo. Todos devem entender o Projeto Político Pedagógico (PPP), pensar junto”.
Patrícia Neves
Assessoria/Seduc-MT
MT- Diamantino realiza etapa regional da Conapee
Cem profissionais da educação dos municípios de Diamantino, Alto Paraguai, Nortelândia, Arenápolis, Santo Afonso, Nova Marilândia, Nobres, Rosário Oeste, São Jose do Rio Claro, Nova Maringá, Nova mutum e Santa Rita do Trivelato, participaram da etapa regional da Conferência de Avaliação do Plano Estadual de Educação (Conapee) na cidade de Diamantino. As discussões foram realizadas no Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação (Cefapro).
Durante os trabalhos os participantes tiveram acesso as 20 metas e 10 diretrizes propostas no segundo Plano Nacional da Educação (2011/2020), com o objetivo de revisar e promover um alinhamento com as metas e diretrizes propostas e aprovadas no plano Estadual de Educação de Mato Grosso em 2008.
A ação promoveu intenso debate sobre diversos temas educacionais, como a proposta do Ministério da Educação de aumentar a carga horária e o número de dias letivos mínimos (220 dias); a implantação dos PCCS; a aplicação o piso salarial profissional; a implantação dos processos de gestão democrática em todas as suas dimensões; a ampliação das redes de atendimento da educação infantil, da educação especial e das escolas do campo; o respeito a diversidade cultural; a integração das tecnologias de comunicação e informação como o currículo escolar; a criação de escolas de tempo integral no campo e na cidade, o plano nacional de formação de professores e a demanda social; o sistema nacional articulado em regime de colaboração.
Durante a plenária o representante da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Odemar Mendes, apresentou três moções que foram aprovadas: moção de defesa de 10% do PIB para a educação pública, moção de cobrança do piso de R$ 1.312 e inclusão do pagamento de hora/atividade e moção de reivindicação sugerindo que as próximas etapas regionais da Conappe tenham duração de três dias.
Os professores formadores do Cefapro participaram ativamente como facilitadores nos eixos temáticos e avaliaram que os objetivos da etapa regional
foram plenamente atingidos uma vez que as propostas foram apresentadas, votadas e aprovadas em plenária. (colaborou Cefapro Diamantino)
Assessoria/Seduc-MT
Durante os trabalhos os participantes tiveram acesso as 20 metas e 10 diretrizes propostas no segundo Plano Nacional da Educação (2011/2020), com o objetivo de revisar e promover um alinhamento com as metas e diretrizes propostas e aprovadas no plano Estadual de Educação de Mato Grosso em 2008.
A ação promoveu intenso debate sobre diversos temas educacionais, como a proposta do Ministério da Educação de aumentar a carga horária e o número de dias letivos mínimos (220 dias); a implantação dos PCCS; a aplicação o piso salarial profissional; a implantação dos processos de gestão democrática em todas as suas dimensões; a ampliação das redes de atendimento da educação infantil, da educação especial e das escolas do campo; o respeito a diversidade cultural; a integração das tecnologias de comunicação e informação como o currículo escolar; a criação de escolas de tempo integral no campo e na cidade, o plano nacional de formação de professores e a demanda social; o sistema nacional articulado em regime de colaboração.
Durante a plenária o representante da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Odemar Mendes, apresentou três moções que foram aprovadas: moção de defesa de 10% do PIB para a educação pública, moção de cobrança do piso de R$ 1.312 e inclusão do pagamento de hora/atividade e moção de reivindicação sugerindo que as próximas etapas regionais da Conappe tenham duração de três dias.
Os professores formadores do Cefapro participaram ativamente como facilitadores nos eixos temáticos e avaliaram que os objetivos da etapa regional
foram plenamente atingidos uma vez que as propostas foram apresentadas, votadas e aprovadas em plenária. (colaborou Cefapro Diamantino)
Assessoria/Seduc-MT
Estudantes de Nova Mutum visitam a Semana Acadêmica da UFMT
Oitenta estudantes que estão concluindo o terceiro ano do ensino médio na Escola Estadual José Aparecido Ribeiro, do Município de Nova Mutum (262 km da Capital), visitaram a II Semana Acadêmica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ontem (29). O evento se encerra nesta tarde, após intensa programação com o objetivo de apresentar a produção acadêmica da graduação, da pós-graduação, da extensão e a permanência.
Em um ambiente de troca de conhecimentos, os estudantes da UFMT apresentaram o resultado de seus projetos, nas diferentes áreas, proporcionando o diálogo entre as unidades, os campi e a sociedade. Foi neste clima que os futuros universitários, integrantes do Projeto Caminhos do Amanhã, de Nova Mutum, conheceram a Universidade.
De acordo com a professora Tânia Ines Manjabosco, coordenadora do projeto, no ano passado 40 alunos vieram conhecer a UFMT e outras instituição de ensino superior da capital. Nesta segunda edição vieram 80 e os estudantes do segundo ano já se preparam para para conhecer a UFMT. “A escola, ao elaborar este projeto, está preocupada com os jovens que estão concluindo o ensino médio e não têm nenhuma orientação psicológica para definir qual área quer seguir numa universidade”, explica a professora.
O pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência Fabrício Carvalho recebeu os integrantes do Projeto Caminhos do Amanhã, apoio educacional da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT). “Estou feliz com a iniciativa. A UFMT está de portas abertas para todas as escolas de Mato Grosso”, disse. Ele informou que as direções ou coordenações pedagógicas devem fazer o agendamento prévio para que a Cultura, Extensão e Vivência (Procev) possa organizar uma recepção adequada a todos incluindo, além da visita, um almoço no Restaurante Universitário.
Alunos e carreiras
A aluna Aline Mayara D’Ângelo (16) ainda não definiu que área quer seguir na Universidade. “Ainda não sei, estou pensando em Direito ou Psicologia. Se for Direito quero ser juíza, se for Psicologia, pretendo trabalhar com os jovens, ajudando nesse processo de tomada de decisão, pois isso é muito importante neste momento da vida das pessoas.” Natally Riquelme (16) também está na expectativa de decidir que área quer seguir nos estudos. “Estou praticamente resolvida, penso em Agronomia, mas gosto muito de Medicina Veterinária e quero trabalhar com animais de grande porte, dá mais dinheiro.” Sobre o projeto da escola, responde: “A nossa escola é ótima, os professores estão preocupados com os seus alunos virem conhecer a UFMT e outras universidades e é a oportunidade para conhecer o local onde vamos continuar nossos estudos.” Maxwel Nunes (17) quer estudar Comunicação Social - Publicidade e Propaganda, uma área que trabalha com criação de produtos. “Gosto muito de computador e a publicidade é para desenvolver produtos de multimídia, eu gosto.” Para registrar o momento histórico na vida de todos, posaram para foto.
Assessoria UFMT
Em um ambiente de troca de conhecimentos, os estudantes da UFMT apresentaram o resultado de seus projetos, nas diferentes áreas, proporcionando o diálogo entre as unidades, os campi e a sociedade. Foi neste clima que os futuros universitários, integrantes do Projeto Caminhos do Amanhã, de Nova Mutum, conheceram a Universidade.
De acordo com a professora Tânia Ines Manjabosco, coordenadora do projeto, no ano passado 40 alunos vieram conhecer a UFMT e outras instituição de ensino superior da capital. Nesta segunda edição vieram 80 e os estudantes do segundo ano já se preparam para para conhecer a UFMT. “A escola, ao elaborar este projeto, está preocupada com os jovens que estão concluindo o ensino médio e não têm nenhuma orientação psicológica para definir qual área quer seguir numa universidade”, explica a professora.
O pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência Fabrício Carvalho recebeu os integrantes do Projeto Caminhos do Amanhã, apoio educacional da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT). “Estou feliz com a iniciativa. A UFMT está de portas abertas para todas as escolas de Mato Grosso”, disse. Ele informou que as direções ou coordenações pedagógicas devem fazer o agendamento prévio para que a Cultura, Extensão e Vivência (Procev) possa organizar uma recepção adequada a todos incluindo, além da visita, um almoço no Restaurante Universitário.
Alunos e carreiras
A aluna Aline Mayara D’Ângelo (16) ainda não definiu que área quer seguir na Universidade. “Ainda não sei, estou pensando em Direito ou Psicologia. Se for Direito quero ser juíza, se for Psicologia, pretendo trabalhar com os jovens, ajudando nesse processo de tomada de decisão, pois isso é muito importante neste momento da vida das pessoas.” Natally Riquelme (16) também está na expectativa de decidir que área quer seguir nos estudos. “Estou praticamente resolvida, penso em Agronomia, mas gosto muito de Medicina Veterinária e quero trabalhar com animais de grande porte, dá mais dinheiro.” Sobre o projeto da escola, responde: “A nossa escola é ótima, os professores estão preocupados com os seus alunos virem conhecer a UFMT e outras universidades e é a oportunidade para conhecer o local onde vamos continuar nossos estudos.” Maxwel Nunes (17) quer estudar Comunicação Social - Publicidade e Propaganda, uma área que trabalha com criação de produtos. “Gosto muito de computador e a publicidade é para desenvolver produtos de multimídia, eu gosto.” Para registrar o momento histórico na vida de todos, posaram para foto.
Assessoria UFMT
MT - Meruri debatem políticas pedagógicas e elaboram propostas
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) realizou na semana passada discussão sobre a política pedagógica a ser implantada na escola da comunidade indígena Meruri da etnia Bororo. Técnicos da Coordenadoria de Educação Escolar Indígena da Seduc estiveram na localidade, situada próxima a General Carneiro, entre os dias 27 a 29 de setembro.
As discussões com os bororos são uma continuidade das ações do Encontro de Educação e Saúde em Terra Indígena, promovido pela Seduc, no início de agosto, em Cuiabá. O evento e os desdobramentos contam com parceria da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e Conselho Estadual de Políticas Públicas Sobre Drogas (Conem).
De acordo com a gerente da Coordenadoria, Letícia Queiroz, a visita a comunidade Meruri faz parte do início do projeto que pretende discutir com os indígenas de todo o Estado sobre “qual o modelo de educação e acompanhamento do Estado, que eles querem”, citou.
A partir das atividades realizadas com os bororos foi elaborado um informativo contendo as solicitações propostas por eles. Clique aqui para conferir.
VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT
As discussões com os bororos são uma continuidade das ações do Encontro de Educação e Saúde em Terra Indígena, promovido pela Seduc, no início de agosto, em Cuiabá. O evento e os desdobramentos contam com parceria da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e Conselho Estadual de Políticas Públicas Sobre Drogas (Conem).
De acordo com a gerente da Coordenadoria, Letícia Queiroz, a visita a comunidade Meruri faz parte do início do projeto que pretende discutir com os indígenas de todo o Estado sobre “qual o modelo de educação e acompanhamento do Estado, que eles querem”, citou.
A partir das atividades realizadas com os bororos foi elaborado um informativo contendo as solicitações propostas por eles. Clique aqui para conferir.
VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT
domingo, 2 de outubro de 2011
Termo de cooperação técnico internacional firma acordo entre Prefeitura e Universidade da Itália
Representantes de entidades importantes e apoiadoras como, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja) e Sindicato Rural de Sorriso, fizeram parte da cerimônia de assinatura do Termo de Cooperação e Colaboração Internacional entre a Prefeitura de Sorriso e o Departamento de Patologia Animal da Universidade de Estudos de Medicina Veterinária de Turin, na Itália.
A proposta dessa junção técnica, será o desenvolvimento e a difusão do projeto de pesquisa científica na introdução da raça bovina Valdostana em cruzamento, melhoramento das técnicas de criação, controle de produção, qualificação e requalificação profissional no setor zootécnico e lácteo. Mas, o projeto vai além disso. A intenção das entidades apoiadoras, Prefeitura de Sorriso e Universidade de Turin é ainda levar o conhecimento técnico até a zona rural. O Poder Executivo disponibilizará um profissional que ficará durante um ano na Universidade de Turin, recebendo os conhecimentos técnicos para que, posteriormente, sejam repassados para os pequenos e médios produtores que farão parte do projeto que também abrange a proposta de desenvolvimento no setor da agroindústria, com a fabricação de derivados de leite e carne de suínos, como queijos, embutidos e defumados. Em Sorriso, alguns desses produtos já são fabricados, porém de maneira caseira. No entanto, com o projeto, tudo será feito com mais qualidade. A nova raça de bovino que chegará até os pequenos produtores também ajudará nesse processo. Isso porque, é comprovado pela universidade, que a leite da raça Valdostana é mais eficiente na fabricação de queijos e sua carne também possui uma qualidade diferenciada.
A iniciativa dessa união, surgiu a partir de um trabalho que já é desenvolvido no município há dois anos e que chamou a atenção do professor italiano, Aldo Cavagliato: é o Programa +leite, que se consolidou em Sorriso com a proposta de difundir a cadeia produtiva de leite de qualidade no município, garantindo renda para os pequenos produtores que já fazem a diferença na agricultura familiar.
O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Márcio Kuhn, afirma que foram feitos estudos para que fosse possível inserir o projeto no +leite. “Fizemos estudos e vimos que era possível agregar mais valores no Programa +leite. Isso vai fazer com que o município aumente ainda mais a sua produção de leite, agregando valores e gerando mais renda”, garante o secretário.
“Na avaliação do prefeito Chicão Bedin, esse é um projeto que dá a oportunidade dos pequenos produtores elevarem ainda mais o seu conhecimento. “Esse é um projeto fantástico e que conta com apoio de entidades importantes. Um dos nossos compromissos é oferecer o conhecimento de forma gratuita ao pequeno produtor, pois tudo que chega até a mesa passa por eles”, declara o prefeito de Sorriso, Chicão Bedin.
O primeiro trabalho dentro do projeto, será receber da universidade, o total de 12 matrizes da raça Valdostana e também as doses de sêmen, com o compromisso de iniciar as atividades clinica - médicas em colaboração com os médicos veterinários disponibilizados pela Prefeitura de Sorriso, que também ficará responsável em oferecer toda a infra-estrutura em equipamentos e assistência técnica no campo.
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A proposta dessa junção técnica, será o desenvolvimento e a difusão do projeto de pesquisa científica na introdução da raça bovina Valdostana em cruzamento, melhoramento das técnicas de criação, controle de produção, qualificação e requalificação profissional no setor zootécnico e lácteo. Mas, o projeto vai além disso. A intenção das entidades apoiadoras, Prefeitura de Sorriso e Universidade de Turin é ainda levar o conhecimento técnico até a zona rural. O Poder Executivo disponibilizará um profissional que ficará durante um ano na Universidade de Turin, recebendo os conhecimentos técnicos para que, posteriormente, sejam repassados para os pequenos e médios produtores que farão parte do projeto que também abrange a proposta de desenvolvimento no setor da agroindústria, com a fabricação de derivados de leite e carne de suínos, como queijos, embutidos e defumados. Em Sorriso, alguns desses produtos já são fabricados, porém de maneira caseira. No entanto, com o projeto, tudo será feito com mais qualidade. A nova raça de bovino que chegará até os pequenos produtores também ajudará nesse processo. Isso porque, é comprovado pela universidade, que a leite da raça Valdostana é mais eficiente na fabricação de queijos e sua carne também possui uma qualidade diferenciada.
A iniciativa dessa união, surgiu a partir de um trabalho que já é desenvolvido no município há dois anos e que chamou a atenção do professor italiano, Aldo Cavagliato: é o Programa +leite, que se consolidou em Sorriso com a proposta de difundir a cadeia produtiva de leite de qualidade no município, garantindo renda para os pequenos produtores que já fazem a diferença na agricultura familiar.
O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Márcio Kuhn, afirma que foram feitos estudos para que fosse possível inserir o projeto no +leite. “Fizemos estudos e vimos que era possível agregar mais valores no Programa +leite. Isso vai fazer com que o município aumente ainda mais a sua produção de leite, agregando valores e gerando mais renda”, garante o secretário.
“Na avaliação do prefeito Chicão Bedin, esse é um projeto que dá a oportunidade dos pequenos produtores elevarem ainda mais o seu conhecimento. “Esse é um projeto fantástico e que conta com apoio de entidades importantes. Um dos nossos compromissos é oferecer o conhecimento de forma gratuita ao pequeno produtor, pois tudo que chega até a mesa passa por eles”, declara o prefeito de Sorriso, Chicão Bedin.
O primeiro trabalho dentro do projeto, será receber da universidade, o total de 12 matrizes da raça Valdostana e também as doses de sêmen, com o compromisso de iniciar as atividades clinica - médicas em colaboração com os médicos veterinários disponibilizados pela Prefeitura de Sorriso, que também ficará responsável em oferecer toda a infra-estrutura em equipamentos e assistência técnica no campo.
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Inspetor de escola é suspeito de violentar aluna de 13 anos na Paraíba
G1
Um inspetor de uma escola pública em Bayeux, cidade da Grande João Pessoa, é suspeito de violentar uma aluna de 13 anos e ainda filmar o fato. Um outro adolescente, de 15 anos, também seria cúmplice do crime.
Segundo informações da delegada Lídia Veloso, da Delegacia da Mulher de Bayeux, o caso aconteceu na manhã do último dia 20 de setembro, quando o rapaz de 15 chamou a adolescente para a casa dele. Em seguida, o inspetor chegou no local e os dois trancaram a casa.
A menina informou à polícia que os dois a forçaram a tomar comprimidos e a levaram para o banheiro da casa. Ela explicou que não lembrava de nada que aconteceu depois que foi drogada.
O ato teria sido filmado pelo adolescente. O caso veio à tona depois que uma amiga da menina contou à família que o vídeo estaria circulando entre pessoas da escola. Depois que teve acesso às filmagens, o pai da vítima prestou queixa na Delegacia da Mulher, nesta quinta-feira (29). O vídeo será periciado.
A vítima vai fazer exame de conjunção carnal para detectar se houve desvirginamento. O inspetor está foragido e o adolescente foi ouvido pela polícia, mas já foi liberado. Dois inquéritos vão ser abertos, um para cada suspeito.
Um inspetor de uma escola pública em Bayeux, cidade da Grande João Pessoa, é suspeito de violentar uma aluna de 13 anos e ainda filmar o fato. Um outro adolescente, de 15 anos, também seria cúmplice do crime.
Segundo informações da delegada Lídia Veloso, da Delegacia da Mulher de Bayeux, o caso aconteceu na manhã do último dia 20 de setembro, quando o rapaz de 15 chamou a adolescente para a casa dele. Em seguida, o inspetor chegou no local e os dois trancaram a casa.
A menina informou à polícia que os dois a forçaram a tomar comprimidos e a levaram para o banheiro da casa. Ela explicou que não lembrava de nada que aconteceu depois que foi drogada.
O ato teria sido filmado pelo adolescente. O caso veio à tona depois que uma amiga da menina contou à família que o vídeo estaria circulando entre pessoas da escola. Depois que teve acesso às filmagens, o pai da vítima prestou queixa na Delegacia da Mulher, nesta quinta-feira (29). O vídeo será periciado.
A vítima vai fazer exame de conjunção carnal para detectar se houve desvirginamento. O inspetor está foragido e o adolescente foi ouvido pela polícia, mas já foi liberado. Dois inquéritos vão ser abertos, um para cada suspeito.
Cotas: Demagogia barata ou necessidade social?
O CONSEPE -Conselho Superior de Ensino e Pesquisa- da UFMT, a toque de caixa, vai votar a adoção de cotas para alunos oriundos do ensino público. Estão previstas duas votações para que a medida entre em vigor já a partir do próximo ano letivo.
Estranho, muito estranho, pois em momento algum a administração superior da universidade debateu, nem mesmo entre os integrantes da administração, essa possibilidade.
A tomada de decisões sem se ouvir a comunidade acadêmica tem se tornado uma perigosa regra na universidade, apontando para um viés autoritário, incompatível com os tempos pós modernos e com o próprio discurso da administração, hoje.
Quando adotou o ENEM como única forma de ingresso na UFMT a reitora, professora Maria Lucia Cavalli Neder, ingenuamente ou não, confessou que o fez por det erminação do Ministério da Educação que se comprometera a liberar mais verbas para universidade. À época houve protestos e o resultado foi uma calamidade. Cursos que nunca tiveram vagas ociosas estão até hoje, dois anos depois com “alunos de menos” ou com vagas preenchidas por matrículas, mas com os alunos jamais tendo assistido aulas. Isso sem contar os cursos que na metade do ano ainda estavam fazendo chamadas. Medicina, por exemplo, teve 13 chamadas.
A novidade da cota para alunos de escola pública está cheirando a mais uma determinação. Com ela adotada poder-se-á afirmar que esse é um país que inclui, que combate as injustiças. O triste é que não se analisa porque alunos de escolas públicas têm menos condições de ingressar em cursos de ponta como Medicina e Direito. Isso é fato. Aliás, nestes dois cursos alunos de escolas particulares também têm dificuldades. E muito. É só fazer uma análise de quantos alunos destas escolas pr estam vestibular para estes cursos e quantos entram.
Mas este é apenas um dos argumentos para não se concordar com o que pretende a administração superior agora. Um dos diretores da UBES, que defende a medida afirma que nas escola publicas não existem laboratórios, computadores, acesso a cultura, livros, cinema e teatro .
E o que a UBES tem feito para mudar essa situação? Há manifestações contra o fim da meia passagem, mas nunca vi ninguém invadir o gabinete do governador ou fazer greve exigindo essas melhorias para o ensino médio, responsabilidade do Estado. Assim esta posição está parecendo muito mais um golpe de oportunismo do que uma preocupação social, da mesma forma que a posição da administração superior da UFMT parece muito mais um lance demagógico para atender a ordem de Brasília. Pode até não ser. Mas se não é, porque não debater com a comunidade acadêmica? Porque não amadu recer democraticamente esta idéia por meio do debate, da analise desprovida de interesses provavelmente inconfessáveis?
Quando Hillary Clinton esteve no Brasil, ao conversar com estudantes na UNB comentou que quando a política de cotas foi implantada nos Estados Unidos, foram adotadas diversas medidas para que o motivo que justificava a adoção não fizesse dela um política permanente. Mas e aqui? O que está se fazendo agora neste sentido?
A questão da política de cotas é polemica. Todos concordam com isso.
Mas como está sendo adotada aqui, com a “tropa de choque” da administração superior convocada para comoarecer em oeso na sessçao do CONSEPE dia 3, não vai resolver nada.
O ingresso universal na universidade publica só será resolvido quando a educação fundamental for tratada com seriedade. E isso é responsabilidade de todos nós. O governo do estado teve dinheiro para comprar maquinários e desviar, de acordo com o Ministério Público, 44 milhões de reais. Será que não tem algum para montar os tais laboratórios que estariam faltando (embora em muitas escolas eles existam e sejam melhores até que os das particulares).
Se a UFMT quer mesmo corrigir uma injustiça, porque não assume uma luta de melhorar o ensino fundamental por meio de projetos e, quem sabe, até mesmo a oferta de cursos de extensão mos moldes co Cuiabavest, criado pelo ex prefeito Wilson Santos e do MTvest criado nos mesmos moldes.?
Qualquer outra medida que não seja essa é empulhação pura, algo como um FIES para a UFMT, No FIES, as particulares arrumam vagas para alunos de escolas publicas e o governo libera verbas para elas. Agora provavelmente troca as vagas da UFMT por mais verba, verba alias, que poderia ser aplicada na melhoria do ensino fundamental. Mas isso seria uma politica sér ia de educação e politica séria para educação nao faz parte da cartilha do atual governo.
*Maurelio Menezes, jornalista, Mestre m Ciencias da Comunicação/Jornalismo pela ECA/USP, é professor da Habilitação Jornalismo do Curso de Comunicação Social da UFMT e doutorando em Movimentos Sociais e Educação pela UFMT
Fonte: Maurelio Menezes
Estranho, muito estranho, pois em momento algum a administração superior da universidade debateu, nem mesmo entre os integrantes da administração, essa possibilidade.
A tomada de decisões sem se ouvir a comunidade acadêmica tem se tornado uma perigosa regra na universidade, apontando para um viés autoritário, incompatível com os tempos pós modernos e com o próprio discurso da administração, hoje.
Quando adotou o ENEM como única forma de ingresso na UFMT a reitora, professora Maria Lucia Cavalli Neder, ingenuamente ou não, confessou que o fez por det erminação do Ministério da Educação que se comprometera a liberar mais verbas para universidade. À época houve protestos e o resultado foi uma calamidade. Cursos que nunca tiveram vagas ociosas estão até hoje, dois anos depois com “alunos de menos” ou com vagas preenchidas por matrículas, mas com os alunos jamais tendo assistido aulas. Isso sem contar os cursos que na metade do ano ainda estavam fazendo chamadas. Medicina, por exemplo, teve 13 chamadas.
A novidade da cota para alunos de escola pública está cheirando a mais uma determinação. Com ela adotada poder-se-á afirmar que esse é um país que inclui, que combate as injustiças. O triste é que não se analisa porque alunos de escolas públicas têm menos condições de ingressar em cursos de ponta como Medicina e Direito. Isso é fato. Aliás, nestes dois cursos alunos de escolas particulares também têm dificuldades. E muito. É só fazer uma análise de quantos alunos destas escolas pr estam vestibular para estes cursos e quantos entram.
Mas este é apenas um dos argumentos para não se concordar com o que pretende a administração superior agora. Um dos diretores da UBES, que defende a medida afirma que nas escola publicas não existem laboratórios, computadores, acesso a cultura, livros, cinema e teatro .
E o que a UBES tem feito para mudar essa situação? Há manifestações contra o fim da meia passagem, mas nunca vi ninguém invadir o gabinete do governador ou fazer greve exigindo essas melhorias para o ensino médio, responsabilidade do Estado. Assim esta posição está parecendo muito mais um golpe de oportunismo do que uma preocupação social, da mesma forma que a posição da administração superior da UFMT parece muito mais um lance demagógico para atender a ordem de Brasília. Pode até não ser. Mas se não é, porque não debater com a comunidade acadêmica? Porque não amadu recer democraticamente esta idéia por meio do debate, da analise desprovida de interesses provavelmente inconfessáveis?
Quando Hillary Clinton esteve no Brasil, ao conversar com estudantes na UNB comentou que quando a política de cotas foi implantada nos Estados Unidos, foram adotadas diversas medidas para que o motivo que justificava a adoção não fizesse dela um política permanente. Mas e aqui? O que está se fazendo agora neste sentido?
A questão da política de cotas é polemica. Todos concordam com isso.
Mas como está sendo adotada aqui, com a “tropa de choque” da administração superior convocada para comoarecer em oeso na sessçao do CONSEPE dia 3, não vai resolver nada.
O ingresso universal na universidade publica só será resolvido quando a educação fundamental for tratada com seriedade. E isso é responsabilidade de todos nós. O governo do estado teve dinheiro para comprar maquinários e desviar, de acordo com o Ministério Público, 44 milhões de reais. Será que não tem algum para montar os tais laboratórios que estariam faltando (embora em muitas escolas eles existam e sejam melhores até que os das particulares).
Se a UFMT quer mesmo corrigir uma injustiça, porque não assume uma luta de melhorar o ensino fundamental por meio de projetos e, quem sabe, até mesmo a oferta de cursos de extensão mos moldes co Cuiabavest, criado pelo ex prefeito Wilson Santos e do MTvest criado nos mesmos moldes.?
Qualquer outra medida que não seja essa é empulhação pura, algo como um FIES para a UFMT, No FIES, as particulares arrumam vagas para alunos de escolas publicas e o governo libera verbas para elas. Agora provavelmente troca as vagas da UFMT por mais verba, verba alias, que poderia ser aplicada na melhoria do ensino fundamental. Mas isso seria uma politica sér ia de educação e politica séria para educação nao faz parte da cartilha do atual governo.
*Maurelio Menezes, jornalista, Mestre m Ciencias da Comunicação/Jornalismo pela ECA/USP, é professor da Habilitação Jornalismo do Curso de Comunicação Social da UFMT e doutorando em Movimentos Sociais e Educação pela UFMT
Fonte: Maurelio Menezes
Cultura e frente parlamentar defendem leitura
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, defendeu nesta quarta-feira a valorização da leitura como base para formação da sociedade brasileira. Ela participou do relançamento da Frente Parlamentar Mista do Livro e da Leitura. “Por meio da leitura temos acesso aos grandes pensadores. Isso nos ajuda a refletir e avaliar muito melhor a realidade”, afirmou.
Mais de 200 parlamentares assinaram a adesão à frente parlamentar, que terá o objetivo de fomentar a produção literária e estimular a leitura no Brasil.
O vice-presidente da frente parlamentar, deputado Artur Bruno (PT-CE), manifestou apoio ao Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL), regulamentado pelo Decreto 7.599/11 no início do mês. O PNLL é um conjunto de políticas, programas, projetos, ações continuadas e eventos para promover o livro, a leitura, a literatura e as bibliotecas no Brasil.
Para a presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), a frente parlamentar deve ir “além dos muros” da Câmara para influir em políticas públicas em favor dos livros e da leitura.
A ministra Ana de Hollanda também cobrou a aprovação das emendas parlamentares para a área de cultura no novo Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) e a aprovação de propostas como a do Vale-Cultura (PL 5798/09), do Sistema Nacional de Cultura (PEC 416/05) e do Procultura (PL 6722/10).
“A aprovação do Vale-Cultura é uma das nossas maiores prioridades. Vai possibilitar o acesso a livros, espetáculos e filmes”, afirmou a ministra. A Câmara ainda precisa analisar emendas do Senado à proposta.
Emendas parlamentares
Ana de Hollanda agradeceu aos membros da comissão pelos R$ 36 milhões destinados no Orçamento para programas do Fundo Nacional de Cultura. Entre os projetos beneficiados com os recursos, a ministra citou o trabalho dos agentes de leitura que vão a comunidades mais carentes para incentivar o hábito de ler, com empréstimos de livros e conversas sobre a importância do livro.
Segundo o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, o Programa do Livro Popular, que será lançado pela presidente Dilma Rousseff em outubro, só foi possível graças aos recursos destinados pelos deputados. “A comissão criou as condições para essa política acontecer.” O programa busca fomentar a produção e a comercialização de livros a R$ 10.
Os deputados Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) e Oziel Oliveira (PDT-BA) pediram ajuda à ministra Ana de Hollanda para que as emendas parlamentares destinadas à cultura não sejam vetadas pelo Executivo. “Tenho receio de colocar recurso para cultura e ele ser vetado”, afirmou a deputada.
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Ralph Machado
Agência Câmara de Notícias
Mais de 200 parlamentares assinaram a adesão à frente parlamentar, que terá o objetivo de fomentar a produção literária e estimular a leitura no Brasil.
O vice-presidente da frente parlamentar, deputado Artur Bruno (PT-CE), manifestou apoio ao Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL), regulamentado pelo Decreto 7.599/11 no início do mês. O PNLL é um conjunto de políticas, programas, projetos, ações continuadas e eventos para promover o livro, a leitura, a literatura e as bibliotecas no Brasil.
Para a presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), a frente parlamentar deve ir “além dos muros” da Câmara para influir em políticas públicas em favor dos livros e da leitura.
A ministra Ana de Hollanda também cobrou a aprovação das emendas parlamentares para a área de cultura no novo Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) e a aprovação de propostas como a do Vale-Cultura (PL 5798/09), do Sistema Nacional de Cultura (PEC 416/05) e do Procultura (PL 6722/10).
“A aprovação do Vale-Cultura é uma das nossas maiores prioridades. Vai possibilitar o acesso a livros, espetáculos e filmes”, afirmou a ministra. A Câmara ainda precisa analisar emendas do Senado à proposta.
Emendas parlamentares
Ana de Hollanda agradeceu aos membros da comissão pelos R$ 36 milhões destinados no Orçamento para programas do Fundo Nacional de Cultura. Entre os projetos beneficiados com os recursos, a ministra citou o trabalho dos agentes de leitura que vão a comunidades mais carentes para incentivar o hábito de ler, com empréstimos de livros e conversas sobre a importância do livro.
Segundo o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, o Programa do Livro Popular, que será lançado pela presidente Dilma Rousseff em outubro, só foi possível graças aos recursos destinados pelos deputados. “A comissão criou as condições para essa política acontecer.” O programa busca fomentar a produção e a comercialização de livros a R$ 10.
Os deputados Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) e Oziel Oliveira (PDT-BA) pediram ajuda à ministra Ana de Hollanda para que as emendas parlamentares destinadas à cultura não sejam vetadas pelo Executivo. “Tenho receio de colocar recurso para cultura e ele ser vetado”, afirmou a deputada.
Reportagem – Tiago Miranda
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