quarta-feira, 6 de abril de 2011

A escola itinerante

Ensino médio
Uma sala de aula em cada canto do mundo

Think Global School combina formação acadêmica e experiências globalizadas. Para isso, visitará 12 países nos próximos 4 anosNathalia Goulart Alunos da Think Global School em Estocolmo, na Suécia, primeiro destino dos estudantes (Arquivo Pessoal)
Diz um provérbio chinês atribuído ao filósofo Confúcio: "Quando escuto, esqueço. Quando vejo, lembro. Quando experimento, entendo". Inspirado por esse ditado, um grupo de 15 adolescentes iniciou em setembro passado uma extraordinária jornada: nos próximos quatro anos eles viajarão ao redor do mundo para cursar, em 12 países diferentes, as quatro séries do ensino médio. Esses jovens privilegiados formam a primeira turma de uma proposta inovadora de "educação globalizada" adotada pela Think Global School, uma escola criada nos Estados Unidos que oferece aos seus alunos a oportunidade de estudar cada trimestre acadêmico do ensino médio em uma cidade do mundo. Ao longo da viagem, eles estudarão biologia marinha nos mares da Austrália, analisarão as consequências da II Guerra Mundial na Alemanha e observarão de perto o vertiginoso crescimento econômico chinês.

A idealizadora da escola é Joann McPike, uma neozelandesa que já visitou quase uma centena de países. Habituada à diversidade, Joann se viu diante de um dilema ao buscar uma escola para o filho, Alexander, hoje com 14 anos e um dos 15 alunos da primeira turma da Think Global School. "Nenhuma escola era capaz de abarcar as peculiaridades do mundo em que meu filho vive", conta a fotógrafa de sua casa, nas Bahamas. A saída foi projetar uma espécie de roadschooling - ou educação itinerante. "Mas seria tedioso para ele estar sozinho o tempo inteiro. Então por que não levar uma escola inteira conosco?"

Em setembro de 2010, a primeira turma da nona série (que corresponde ao primeiro ano do ensino médio no Brasil) embarcava rumo a Suécia, destino inaugural dessa turma. A rotina em cada uma das cidades envolve aulas teóricas, que acontecem todos os dias. O currículo é dividido em matérias regulares, como história, geografia e matemática. O estudo é complementado com visitas a museus, aulas de mergulho, viagens e encontros com estudiosos e personalidades locais. Todas as aulas são ministradas em inglês, por isso, a fluência no idioma é fundamental.

Para embarcar nessa, paga-se muito – o custo anual é de cerca de 125 000 dólares, ou 200 000 reais pelo câmbio atual. "Mas a experiência vale a pena", garante Joann. Não há porque duvidar, afirmam os especialistas. A possibilidade de ver de perto o que se está estudando enriquece a experiência do aprendizado e torna a escola mais atraente. Pedro Noguera, especialista em educação da New York University, resume a proposta: "A iniciativa é extraordinária. É um projeto novo e único, ainda levaremos tempo para avaliar seus desdobramentos. Mas, sem dúvida, é apaixonante".

Apaixonante e promissor. Durante o curso, os estudantes aprendem mandarim, a língua da segunda maior economia do planeta. Com as aulas de espanhol, esses jovens encerram o ensino médio com conhecimentos avançados nos três idioma mais populares do mundo. Aos 17 anos, estarão prontos para transitar na economia do futuro. “Mais do que isso, eles serão capazes de se mover em um mundo globalizado, de provocar transformações”, aposta Brad Ovenell-Carter, diretor da escola. Ovenell-Carter e outros cinco professores acompanham a aventura dos estudantes.

Seleção Rigorosa – Fazer parte da turma itinerante da Think Global School não é tarefa fácil. O processo de seleção é semelhante ao das melhores universidades do mundo. Para garantir uma vaga é preciso mostrar maturidade, independência, desenvoltura e empenho acadêmico. Afinal, não se trata apenas de viajar. Acima de tudo, o candidato deve demonstrar consciência da importância das experiências globais e precisa estar pronto para elas. Para montar a primeira turma, foram avaliadas mais 350 candidaturas - nenhuma de estudantes brasileiros.

Compor um grupo diversificado é uma das preocupações dos selecionadores. Nessa experiência globalizada, é fundamental que os alunos aprendam também uns com os outros é fundamental. Por isso, a primeira turma conta com adolescentes de países tão diferentes quanto Suécia e Gana. A segunda turma, que começa o ano letivo em setembro deste ano, ainda está em formação e Joann avisa: “Estamos à procura de um latino-americano. Quem sabe um brasileiro?”.

Assim que é aceito, cada estudante recebe um MacBook, um iPhone e um iPad. A tecnologia é uma aliada dessa nova proposta pedagógica. "Esses aparatos são as ferramentas do século XXI e dominá-las significa também entender melhor o mundo”, afirma Ovenell-Carter. "Além disso, é ali que armazenamos nossa biblioteca e a transportamos para todos os lugares." A tecnologia também é ferramenta essencial na hora de compartilhar as experiências. Os alunos mantêm um blog onde postam textos sobre as aventuras, exibem vídeos e publicam fotos.

Para os estudantes é um desafio viver uma experiência tão intensa ainda muito jovens. Ao fim das duas primeiras etapas, Alexander McPike está de malas prontas para Pequim, onde chega na próxima semana para o terceiro e último trimestre da nona série. "A opção que fizemos é desafiadora. Mas em que outra escola eu conseguiria aprender escalando montanhas ou mergulhando?”, questiona. Se ele vê algum aspecto negativo nessa experiência? “O lado ruim é que não podemos nos envolver muito com os esportes de equipe, nem participar de campeonatos, mas acho que é só isso.”

Professor é condenado

Grã-Bretanha

Professor é condenado à prisão após caso com alunas

Christopher Drake manteve relações sexuais com três de suas alunas Um professor de educação física de Manchester, na Grã-Bretanha, foi condenado nesta terça-feira a seis anos de prisão por manter relações sexuais com três de suas alunas. Elas tinham entre 14 e 16 anos de idade na ocasião em que os encontros aconteceram.

O caso veio à público em fevereiro do ano passado quando uma das jovens descobriu que Christopher Drake, o professor, se relacionava com outras duas alunas ao mesmo tempo. Ela, então, decidiu tornar público o relacionamento que mantinha com o Drake, que gostava de ser conhecido pelo apelido de "garanhão de Salford". Após o escândalo feito pelas adolescentes, a polícia foi chamada à casa do professor e ele foi preso.

De acordo com as alunas, Drake dava a elas carona até em casa e fazia elogias à beleza delas. Após algumas mensagens de texto via celular, ele marcava encontros por meio de sites de relacionamento como o Facebook. Segundo o juiz Timothy Mort, a pena de seis anos prisão se deve ao fato de Drake ter se aproveitado da diferença de idade entre ele e as alunas. "Você violou o acordo de confiança ao manter relações que você sabia que não deveria manter", disse o juiz.

Segundo o advogado de defesa de Drake, Adam Watkins, ele admite que seus relacionamentos com as adolescentes foram "errados, inapropriados e potencialmente abusivos e destrutivos". Watkins admite ainda que Drake gostava de sua popularidade, mas falhou em estabelecer limites apropriados em seu relacionamento com os alunos.

Jovens entre 18 e 24 anos não trabalham

No Brasil, 3,4 milhões de jovens entre 18 e 24 anos não trabalham nem estudam

Rafael Targino
Em São Paulo

Um estudo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) mostra que 3,4 milhões de jovens brasileiros entre 18 e 24 não estudam e tampouco trabalham. Isso é mais do que toda a população do Estado do Rio Grande do Norte, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Esse contingente representa 14,6% do total de 23,2 milhões de jovens da época referência da pesquisa –baseada na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2008. O estudo foi publicado no começo deste ano no boletim “Na Medida”, disponível no site do Inep.

O percentual de jovens “desocupados”, que não estudam e não trabalham, vem se mantendo constante desde 2001 –sempre em torno dos 15%. No entanto, o número dos que não trabalham, mas estudam, vem caindo aos poucos: saiu de 12,6% em 2001 e chegou a 10,5% em 2008.

No mesmo período, houve aumento na fatia dos jovens que terminaram o ensino médio, mas não se interessaram pelo ensino superior. No ano-recorte da pesquisa, esse número significa cerca de 1,2 milhão de pessoas. A maioria delas, mulheres: 43,5% das jovens eram casadas e, dentro desse percentual, 68,4% tinham pelo menos um filho.

Segundo o Inep, parte da “inatividade” dessas mulheres significa que essa ausência pode ser temporária, já que boa parte dos filhos são pequenos. Entre os homens, o cenário é inverso: quase todos (95%) são solteiros e, desse total, 66% moram com os pais.

Para Wanda Engel, superintendente do Instituto Unibanco, um dos problemas é que o ensino médio não se torna interessante para os alunos –e não os estimula a continuar nos estudos.

“Numa sociedade agrícola, bastava quatro anos de escolaridade para as novas gerações. Numa sociedade industrial, oito anos. Na moderna sociedade do conhecimento, ou você tem 11 anos ou não tem chance nenhuma”, diz. “Um bom ensino médio garante o passaporte mínimo no mercado de trabalho ou continuidade nos estudos.”

Falta preparo nas escolas

Falta preparo nas escolas para lidar com o bullying, dizem especialistas

Ana Okada
Em São Paulo

As escolas ainda não têm o preparo necessário para lidar com os frequentes casos de intimidação de alunos, o chamado bullying. Segundo especialistas ouvidos pelo UOL Educação, não se trata apenas de uma questão pedagógica, mas deve envolver também todos os lados afetados: tanto o dos alunos, pais e professores, quanto o da sociedade.

"Não diria que todas as escolas não estão preparadas, mas o que tenho observados nos contatos que tive é que os docentes não estão preparados para lidar com o bullying assim como não estão preparados para lidar com a indisciplina", diz Nelson Pedro-Silva, professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e especialista em bullying.

Ele explica, fazendo analogia ao filósofo Kant - que dizia que o professor tinha de estar dois passos à frente do aluno, mas estava um passo atrás - que o professor de hoje está três passos atrás dos atuais estudantes. "Eles não conseguem acompanhar até por conta das mudanças da sociedade, das longas jornadas de trabalho, da formação deficiente e da desvalorização do educador que ocorre em nossa sociedade. Não temos que satanizar o professor, mas temos que compreender que todos nós somos responsáveis por essa situação."

Para o professor William Sanches, estudioso do assunto, a maioria dos estabelecimentos ainda não "incorporou" a discussão do bullying em sala de aula. "A violência sempre existiu e há uma tendência de as escolas não admitirem sua ocorrência entre seus alunos" diz ele, por ser um tema "desconfortável" e desconectado aos valores "construtivos e pacificadores" do universo escolar.

O docente defende uma maior integração entre a família e a escola para a mediação do problema, com o professor como mediador. "A escola e a família hoje estão muito distantes. Eles cobram um do outro e a criança, nesses casos, fica num jogo de pingue-pongue", diz.

Soluções

De acordo com o professor Silva, não só professores, mas todos os funcionários das escolas deveriam ter preparação de ordem psicológica para aprender a lidar com as diferenças em sala de aula. "Às vezes, o próprio professor não consegue lidar com a criança considerada 'diferente'. Há muitos professores e coordenadores que ainda estão ligados naquela moral dos anos 60. Esses profissionais precisam se conhecer melhor para lidar com os problemas dos alunos", diz.

Na escola, o docente aponta a discussão entre estudantes e professores como a melhor arma para o combate do bullying. Isso pode ocorrer por meio de palestras, reuniões entre alunos e pessoas que foram vítimas de violência e a elaboração de cartazes sobre o tema. Outra medida importante é identificar os alunos que praticam bullying, com o intuito de compreender por que elas praticam tais atos. No entanto, ele lembra que a solução não está só no âmbito educacional: "temos que lembrar que isso extrapola a escola, é um problema, antes de tudo, social", diz.

O professor William salienta a importância de a escola falar com os pais dos estudantes, para que eles, em casa, também possam detectar se o filho está sofrendo bullying. "É preciso haver um trabalho conjunto; a escola já recebe uma carga muito grande da sociedade, mas é uma vítima também. Ela tem que ser uma extensão da vida em sociedade", explica.

Líder dos direitos humanos.

Martin L. King, líder dos direitos humanos.

Martin Luther King, líder norte-americano (Atlanta, 1929 - Memphis, 1968). Procurou obter igualdade social, política e econômica para os negros norte-americanos por meios pacíficos. Durante as décadas de 1950 e 1960, os eloqüentes apelos de Martin Luther King em favor da justiça racial conquistaram o apoio de milhões de pessoas, tanto negras como brancas.

Pastor da seita dos batistas, pregava a “resistência pacifica”. Ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 1964. Apesar da grande ênfase dada por Luther King à não-violência, muitas vezes foi alvo de agressões: foi apunhalado em Nova York e apedrejado em Chicago. Sua casa em Montgomery, no Alabama, foi bombardeada. Foi assassinado aos 39 anos. Um homem escondido, com um rifle, atirou nele e o matou em 4 de abril de 1968, em Memphis, no estado de Tennessee.

Deixou de ser da família

Alimentação dos filhos deixou de ser da família para ser do governo

A alimentação de uma grande parte dos estudantes brasileiros deixou de ser propriamente da família e passou para as mãos do governo. A afirmação é do presidente da Federação Nacional das Empresas de Refeições Coletivas (Fenerc), Rogério da Costa Vieira, que esteve nesta terça-feira (5) em Curitiba.“A responsabilidade, antes da família, passou a ser dever do governo estadual e federal”, reforça.

Ele lembra o fato de que muitas crianças vão à escola principalmente com o objetivo de se alimentar. Apesar disso, ele aponta alguns dados positivos. “Em 20 anos, conseguimos diminuir o índice de desnutrição crônica de 20 para 7%”.

Para Vieira há um contraste nestes números ao verificar que entre as crianças de 5 a 9 anos de idade, 33% estão com sobrepeso. Entre este percentual, 14% sofrem de obesidade.

Este problema é apontado especialmente em relação à diferença da linguagem alimentar na escola pública, em que existe um programa de alimentação, e na particular, onde é comum o consumo de produtos com alto índice de gorduras, sal e açúcar, que além da obesidade podem causar hipertensão, colesterol elevado e diabetes.

Em relação a este fato, Vieira garante que no segmento, em nível nacional, aproximadamente 18 mil nutricionistas trabalham para balancear a alimentação de forma adequada. “Nós temos uma tríplice responsabilidade: nutrir, socializar e promover a educação escolar”, pondera.

Comum em instituições privadas, algumas escolas também da rede pública trabalham com o cultivo de hortas. Assim, os estudantes aprendem a valorizar e consumir alimentos naturais e saudáveis. Vieira sugere que dados recentes indicam um aumento no consumo de verduras e legumes nas escolas.

As empresas que são contratadas para servir na rede de ensino gastam entre R$ 2,80 e R$ 3,00 por refeição. O investimento em despesas varia em relação aos funcionários, gás, e outros gastos.

O presidente da Fenerc explicou que ao considerar as empresas de médio e grande porte no país, 18 disputam o mercado especificamente neste setor. São servidas aproximadamente 11 milhões de refeições ao dia.

Por outro lado, ao levar em conta crianças a partir de 1 ano a adolescentes de 15 anos, o número corresponde a 54 milhões, sendo seis milhões estudantes de escolas privadas. Vieira aponta uma grande preocupação da Fenerc em garantir o controle da qualidade de vida destes usuários.

O estado do Paraná é considerado um nicho importante para as empresas especializadas. “Existem as empresas com capacitação e aquelas que operam”, afirma o presidente. “Se a empresa almeja estar em grande porte no cenário nacional, o valor inicial de investimento gira em torno de 5 milhões de reais”, explica.

As companhias paranaenses servem um número próximo a 500 mil refeições diárias em instituições públicas e privadas, 5,5% do número total do país.
FÓRUM - Nos dias 19 e 20 de maio, no Centro de Convenções Rebouças, na capital paulista, a Fenerc promove o 7.º Fórum Nacional de Alimentação Escolar, com o tema “Socializando experiências eficazes na alimentação escolar”.

Entre os objetivos está compartilhar experiências positivas de merenda em escolas de todo o país, questão de educação e cidadania e a importância de hábitos alimentares saudáveis. A estimativa é receber a visita de 1.200 participantes, 30% a mais do que na edição anterior.

No primeiro dia haverá palestras e no segundo três oficinas para debates de temas específicos a partir de sugestões de participantes de edições anteriores, além de uma palestra magna interativa.

Condição para receber recursos

Planejamento é condição para receber recursos da educação

Municípios e estados já podem planejar suas ações na educação para os próximos quatro anos. O Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (Simec) foi aberto nesta semana para que os gestores informem os dados das suas redes municipais ou estaduais de educação e avaliem o Plano de Ações Articuladas (PAR) ainda em vigor. Em seguida, será elaborado um novo PAR, a vigorar de 2011 a 2014.

O Plano de Ações Articuladas é um importante instrumento de gestão educacional. Ele é dividido em quatro dimensões: gestão educacional; formação de professores e de profissionais de apoio escolar; práticas pedagógicas; infraestrutura física e recursos pedagógicos.

Não existe prazo limite para estados e municípios fazerem o diagnóstico e elaborarem o PAR. “Mas é importante que tenham consciência de que todas as transferências de recursos de convênios do FNDE e do MEC e a assistência técnica a municípios, estados e Distrito Federal estão vinculadas à elaboração do PAR”, pondera Renilda Peres de Lima, diretora de assistência a programa especiais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

“Neste primeiro momento, será a hora de refletir, fazer uma auto-avaliação sobre os resultados alcançados no PAR 2008-2011 e, a partir da atual realidade, fazer um bom planejamento das ações educacionais para os próximos anos”, explica a diretora.

O plano de cada estado e município aponta as prioridades a serem atacadas para que a educação melhore e alcance ou ultrapasse as metas do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) estipulado pelo Ministério da Educação.

Para orientar os gestores, o FNDE enviou aos estados e municípios uma cartilha com orientações sobre o preenchimento do Simec. As informações serão a base para o diagnóstico da situação atual e a elaboração do novo PAR. Além disso, o FNDE vai promover uma webconferência, no próximo dia 15 de abril, para dirimir dúvidas sobre a elaboração do novo planejamento.

Termina hoje

Termina hoje prazo para correção de dados do censo escolar

 É a partir dos números do censo escolar, especialmente os referentes a matrículas, que são calculados os repasses financeiros do governo federal para escolas públicas, municípios e estados RIO - Termina nesta quarta-feira (6) o prazo para diretores de escolas públicas e particulares retificarem dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2010. Cada diretor ou gestor de escola deve acessar o sistema Educacenso para gerar o relatório de sua unidade, conferir os dados e corrigir eventuais erros.
A fase de correção dos dados é a última etapa do censo escolar de 2010, cujos dados foram coletados em maio e divulgados no fim do ano passado. O censo escolar de 2010 apontou que o país tem 51,5 milhões de estudantes matriculados na educação básica, sendo 85,4% na rede pública e 14,6% na privada.

No início deste ano, as escolas foram consultadas sobre a situação dos alunos ao final do ano letivo - se foram reprovados, aprovados, transferidos ou mesmo se abandonaram os estudos. Agora os gestores devem conferir os relatório para evitar a publicação de dados incorretos.

É a partir dos números do censo escolar, especialmente os referentes a matrículas, que são calculados os repasses financeiros do governo federal para escolas públicas, municípios e estados por meio do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e outros programas do Ministério da Educação. Os secretários de Educação também podem ter acesso ao relatório de todas a escola de sua rede por meio do Educacenso.

Fonte: O Globo Online

Julgamento do piso salarial de professores

Supremo Tribunal Federal volta a julgar piso salarial de professores

STF vai julgar uma ação movida por cinco governadores e ex-governadores estaduais que contestam a constitucionalidade da lei que determinou um piso de R$ 950 a professores da Educação Básica RIO - O STF (Supremo Tribunal Federal) vai julgar, nesta quarta-feira (6), uma ação movida por cinco governadores e ex-governadores estaduais que contestam a constitucionalidade da lei que determinou um piso de R$ 950 a professores da educação básica da rede pública com carga horária de 40 horas semanais. Falta agora o julgamento do mérito da matéria, aguardado com ansiedade pela categoria.

A ação foi impetrada em 2008 - mesmo ano de sanção da lei - pelos governadores de Mato Grosso do Sul, do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e Ceará.

Além da constitucionalidade da norma, também foram questionados pontos específicos da lei, como a regra de que um terço da carga horária do professor deverá ser reservada para atividades extraclasse como planejamento de aula e atualização. Esse dispositivo foi suspenso pelos ministros do Supremo à época e pode voltar a ser discutido hoje.
Outra divergência está no entendimento de piso como remuneração mínima. Para os professores, o valor estabelecido pela lei deveria ser entendido como vencimento básico: as gratificações e outros extras não poderiam ser incorporados na conta do piso.

Mas os ministros definiram ainda, no julgamento da liminar, que o termo "piso" deve ser entendido como remuneração mínima a ser recebida. Esse entendimento também pode ser reavaliado durante o julgamento do mérito da ação.

No mês passado, deputados e senadores de Frente Parlamentar em Defesa do Piso Salarial Nacional dos Professores reuniram-se com o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, para pedir urgência no julgamento e a manutenção da lei da forma como foi aprovada.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) organiza para o início da tarde um ato em frente ao tribunal para defender a lei.

Fonte: O Globo Online

'Professores da Família'

Governo de MG lança projeto 'Professores da Família'

Programa visa melhorar desempenho e aumentar participação dos pais; nesta fase inicial, 22 escolas, em nove cidades serão contempladas O governo de Minas Gerais lançou, nesta terça-feira (5), o Projeto Educacional Professores da Família. O programa pretende melhorar o rendimento escolar dos estudantes do ensino médio em cidades com até 30 mil habitantes e com Índice de Educação Básica (Ideb) abaixo da média nacional.
Outro objetivo do projeto é reduzir a evasão escolar e aumentar a participação dos pais na educação dos filhos. De acordo com a assessoria de imprensa do governo, será feito um levantamento que vai avaliar o rendimento do estudante e, caso haja necessidade, o professor vai ser encaminhado à residência da família.

O objetivo da visita é identificar as fragilidades existentes, motivá-lo e permitir sua inserção no sistema estadual de ensino, segundo a assessoria.

Nesta fase inicial, o projeto 'Professores da Família' vai atender 22 escolas estaduais, em nove cidades de Minas Gerais.

Fonte: G1

Filosofia vai ter livros didáticos

Banida das escolas desde a ditadura, filosofia vai ter livros didáticos distribuídos na rede pública em 2012

O Globo
A filosofia vai voltar, na prática, para o conteúdo curricular dos alunos de ensino médio, depois de 47 anos fora dos currículos das escolas de educação básica no país. No ano que vem, as escolas da rede pública receberão pela primeira vez, desde a ditadura, livros didáticos da disciplina para orientar o trabalho dos professores. Foi o regime militar que baniu a filosofia das escolas.

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A gente ensinava, só que o nome da matéria não podia constar como filosofia (Maria Lúcia)

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Em 2008, uma lei trouxe de volta a filosofia e a sociologia como disciplinas obrigatórias para os estudantes do ensino médio. A professora Maria Lúcia Arruda Aranha ensinava filosofia em 1971 quando a matéria foi extinta pelo governo militar. Hoje, é uma das autoras dos livros que foram selecionados para serem distribuídos aos alunos da rede pública pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

- Ela desapareceu (a filosofia nas escolas) na década de 70 e reapareceu como disciplina optativa em 1982. Mas, nesse meio tempo, eu continuava dando aula em escola particular. A gente ensinava, só que o nome da matéria não podia constar como filosofia - disse Maria Lúcia, durante entrevista à Agência Brasil.

Ela avalia que o país "demorou demais" para incluir as duas disciplinas novamente entre as obrigatórias e ainda falta "muito chão" para que elas sejam ministradas da forma adequada. Ainda faltam professores formados na área já que, por muito tempo, não havia mercado de trabalho para os licenciados e a procura pelo curso era baixa. Em 2009, 8.264 universitários estavam matriculados em cursos superiores de filosofia - 78 vezes menos do que o total de alunos de direito.

Muitas vezes são profissionais formados em outras graduações como história ou geografia que assumem a tarefa. Os livros didáticos devem ajudar a orientar os docentes no ensino da filosofia.

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Ainda falta "muito chão" para que elas sejam ministradas da forma adequada (Maria Lúcia)

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A história da filosofia, as ideias dos principais pensadores como Platão, Kant e Descartes, servem de base para ensinar aos jovens conceitos básicos como ética, lógica e política. Mas Maria Lúcia ressalta que é muito importante conectar o conteúdo com a realidade do aluno para que ele "aprenda a filosofar".

Alfabetização

Prova de alfabetização começa a ser aplicada

Por: Valeska Andrade

Começou a ser aplicada no último dia 28 a Prova Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização (Prova ABC), que irá medir a aprendizagem em leitura, escrita e matemática de crianças que concluíram o 3º ano do fundamental (antiga 2.ª série).

O processo de aplicação deve ocorrer em até 45 dias. A avaliação será realizada pelo Movimento Todos Pela Educação, em parceria com a Fundação Cesgranrio, o Instituto Paulo Montenegro e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (Inep).

A prova será aplicada para uma amostra de 6 mil alunos, de 262 turmas de escolas de todas as capitais do País. A previsão é de que os resultados sejam divulgados na segunda quinzena de junho. Os dados serão apresentados regional e nacionalmente.

Fonte: O Estado de S. Paulo (SP)

Pode ficar mais longo

Ensino médio noturno pode ficar mais longo

Agencia Estado

O ensino médio noturno pode durar mais tempo. Se as novas diretrizes para essa etapa da educação básica forem aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) amanhã, o aluno que estuda à noite poderá ficar de um semestre até um ano a mais na escola. A ideia é que ele tenha menos horas de aula por dia, com a possibilidade até mesmo de explorar recursos de educação à distância no currículo.

A proposta é uma das que compõem o documento que pretende flexibilizar o currículo do ensino médio, trazendo a escola para dentro da rotina do aluno e, assim, tornando-a atraente. Com isso, o conselho quer valorizar o projeto político-pedagógico e a identidade de cada escola.

O ensino médio é hoje a etapa mais problemática da educação brasileira. Além de boa parte dos alunos apresentar baixo desempenho escolar, o ensino médio enfrenta uma evasão crônica. Dados de 2009 mostram que 32,8% dos brasileiros entre 18 e 24 anos abandonaram os estudos antes de completar o terceiro ano.

"No caso do ensino médio noturno, sabemos que é difícil manter o aluno quatro horas por dia na escola, pois muitos chegam atrasados do trabalho e saem antes do fim da aula. Por isso, flexibilizar essa grade é importante", afirma José Fernandes de Lima, relator das diretrizes e membro da Câmara de Educação Básica do CNE. "Isso dará ao aluno a possibilidade de concluir essa etapa em três anos e meio, quatro anos ou até mais." Hoje, o ensino médio dura três anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acordo de cooperação para capacitação de professores

Intel e Governo do MT assinam acordo de cooperação para capacitação de professores da rede pública
Da assessoria

A Intel Brasil e o Governo do Mato Grosso assinaram hoje acordo de cooperação educacional que promoverá pela primeira vez no estado, a capacitação de 150 professores multiplicadores da rede pública para a aplicação de Metodologia Científica no Ensino Médio. A cerimônia oficial foi realizada no Hotel Fazenda Mato Grosso com a assinatura do secretário estadual de Ciência e Tecnologia Eliene Lima, e o gerente de Educação da Intel Brasil, Rubem Paulo Saldanha.

“A área de ciências e matemática e a metodologia científica são tópicos que precisam ser trabalhados desde o ensino médio, para que tenhamos o desenvolvimento de inovações, tanto no estado quanto no país. E isto pode ser feito de uma maneira transversal, aliando conteúdos que os estudantes, atualmente, estudam sem saber o por que. Despertar-lhes a curiosidade através da ciência é um caminho já comprovado e que resulta em frutos relevantes.”, afirma Rubem Saldanha.

A Intel irá oferecer a experiência e a estrutura do seu programa de feiras de ciências, em parceria com duas feiras de renome nacional (MOSTRATEC e FEBRACE), para professores do estado, que irão trabalhar acompanhando alunos nas suas pesquisas, além de ajudar a formar outros professores nas localidades onde atuam. A capacitação falará sobre as melhores práticas da aplicação da Metodologia Científica no Ensino Médio. Estes professores serão capacitados durante os dias 5, 6 e 7 de abril no Hotel Fazenda Mato Grosso por meio de 20 horas de curso presencial e após este encontro, mais 40 horas de treinamento serão realizados à distância.

Capacitação visa desenvolver a Mostra Estadual de Ciência e Tecnologia

A iniciativa está relacionada com o objetivo da Secretaria Estadual de Ciência e Tenologia (Secitec) de desenvolver e otimizar os resultados da “V Mostra Estadual de Ciência e Tecnologia” – marcada para julho deste ano. A Mostra terá três dias de atividades, que serão organizadas pela Superintendência de Desenvolvimento Centífico, Tecnológico e de Inovação (SDCTI), ligada a Secitec, pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e ainda pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Ao todo, serão mais de 100 estandes de projetos inscritos e o público terá a oportunidade de visitar e conhecer diversos trabalhos de destaque em ciência, tecnologia e inovação, realizados por diversas instituições de ensino e pesquisa do Mato Grosso.

“O nosso maior objetivo da Mostra é a popularização da ciência, tecnologia e inovação em Mato Grosso. Para isso, é importante a integração de setor produtivo com as instituições de ensino e pesquisa públicas e privadas", afirmou Eliene Lima.

A Iniciativa de Educação da Intel

Apenas ao longo da última década, a Intel investiu mais de US$ 1 bilhão em Educação e seus funcionários doaram mais de 2,5 milhões de horas de trabalho voluntário para melhorá-la em 50 países. Para aprender mais sobre a Iniciativa de Educação da Intel, visite www.intel.com/educacao e o blog de RSC da Intel em blogs.intel.com/csr. Para se unir à comunidade da Intel de pessoas que compartilham suas histórias com a esperança de se tornarem um catalisador para a ação e uma voz para a mudança na educação global, visite www.inspiredbyeducation.com.

200 crianças passam mal após merenda

Mais de 200 crianças passam mal após merenda em PE

R7

Mais de 200 crianças passaram mal em Pernambuco na tarde da última sexta-feira (1º), após comerem a merenda escolar. Nas cidades de Belo Jardim e Tacaimbó, no agreste pernambucano, foram internadas 203 crianças, além de outras que receberam tratamento em casa e não foram contabilizadas.

Segundo o gerente da Apevisa (Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária), Jaime Brito, o almoço com macarrão e carne moída foi servido por volta das 12h30 e, a partir de 14h, o problema começou a se manifestar. A cozinha industrial responsável pelos alimentos está localizada no município de Garanhuns e fazia distribuição para várias cidades.

Amostras da comida e da água da cozinha onde ela foi preparada foram coletadas e serão examinadas nos próximos dias. Também foram recolhidas amostras de sangue, fezes e vômito dos pacientes. O laudo deve sair nos próximos dias e só a partir de então a Apevisa poderá tomar as providências necessárias.

Acadêmicas de Jornalismo

Acadêmicas de Jornalismo experimentam o prazer da profissão

Da assessoria

"É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer”. A receita é de Aristóteles, mas o professor Rui Matos, que ministra aulas de língua portuguesa para o primeiro semestre do curso de Jornalismo da Unic – Universidade de Cuiabá, a transformou num exercício prazeroso e desafiador.

Como técnica de prática jornalística e de emprego gramatical, os acadêmicos são estimulados a escrever artigos de opinião observando-se todos os critérios técnicos da escrita, das ideias e saberes. Segundo o professor, quando um aluno ainda quase calouro é premiado com um texto publicado na mídia impressa ou postado em site experimenta o primeiro prazer da profissão, “é uma sensação indescritível que o ajuda a exercitar o pensamento crítico e a praticar, desde já, os princípios que irão ajudá-lo no aprendizado das demais disciplinas, posteriormente”.

Em seu primeiro artigo, intitulado “Na forma da lei”, Jayne Ferrari passeia por um campo muitas vezes desconhecido para muitos jovens brasileiros. “Jayne é um dos orgulhos dessa turma. A clareza e a forma com a qual se expressa já indicam que será uma grande jornalista. Uma jovem de primeiro semestre que cobra e que sugere caminhos para a impunidade no Brasil fazendo de seu texto um coro para tantos outros que não têm a mesma oportunidade me enche de ânimo e me leva a um realinhamento de posturas”, diz o professor.

Com dois artigos postados na internet, Julia Graminho também desenha seus primeiros passos no jornalismo. Com os títulos “Já dizia Bob Marley” e “E como fica o futuro do país?”, a acadêmica caminha pelo campo do comportamento ao abordar questões relativas ao preconceito e aos efeitos futuros da falta de investimentos na educação de base. “Começamos com duas acadêmicas, mas a meta é fazer com que todos escrevam. Se precisar, vou pegar nas mãos e ensinar os primeiros passos para que sintam o peso da profissão e a necessidade de se sentirem jornalistas desde já. É aprender e fazer”, finaliza Rui Matos.

Impasse de alunos deficientes auditivos e visuais

MEC resolve impasse de alunos deficientes auditivos e visuais do Rio com possibilidade de matrícula dupla
Agência Brasil
Coluna do Mario Marques
Após longa reunião, hoje (5), em Brasília, com as diretoras do Instituto Benjamin Constant (IBC) e do Instituto Nacional de Educação para Surdos (Ines), o ministro da Educação, Fernando Haddad, confirmou que as duas instituições federais, que oferecem educação para crianças e jovens com deficiência visual e auditiva, não serão fechadas. Segundo o ministro, o que será estabelecida é uma parceria para que os alunos das duas unidades, localizadas no Rio de Janeiro, possam também frequentar a rede regular de ensino.A polêmica teve início no mês passado, quando uma diretora do Ministério da Educação (MEC) propôs ao Ines e ao IBC que o ensino básico das duas instituições fosse fechado até o fim de 2011 e os alunos, incluídos na rede regular de ensino. Essa orientação faz parte da política do MEC de inclusão de alunos com deficiência nas escolas regulares. Desde 2000, o número de estudantes com deficiência matriculados em escolas públicas cresceu 493%.

Haddad reforçou, entretanto, que o estudante não será obrigado a sair do IBC ou do Ines. O plano do MEC, acordado com as duas instituições, é que seja oferecido ao aluno a possibilidade de frequentar, no turno contrário, o ensino regular com matrícula no Colégio Pedro Segundo, que também é federal. Essa parceria deverá começar em 2012 porque a escola precisa se preparar para atender o aluno com necessidades especiais, caso esse seja o desejo da família.

“O que queremos é oferecer oportunidades educacionais adicionais”, disse Haddad. O Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) permite a dupla matrícula de estudantes com deficiência. As duas instituições de ensino, seja a regular ou a de atendimento exclusivo, receberão os recursos do ministério.

“Hoje, as escolas estão muito mais abertas à diversidade do que no passado. E isso enriquece nosso sistema educacional. Nós sabemos que há bullying contra gays, cegos, mas se quisermos educar nossas crianças e jovens, temos que educá-las para o convívio com a diferença porque é isso que vai enriquecer a trajetória de todos, não é por meio do isolamento que vamos construir uma sociedade tolerante”, defendeu o ministro.

Agora, as representantes do Ines e do IBC levarão a proposta à comunidade escolar para levantar qual é a demanda das famílias pela inclusão dos alunos também na rede regular. Segundo Solange Rocha, diretora do Ines, a proposta é um desafio a ser enfrentado e precisa ser amadurecida. “Em tese, ninguém pode ser contra garantir vagas nas escolas públicas para os alunos que sempre estiveram à margem. Mas o que é responsabilidade dos dois institutos é como a gente vai contribuir para essa política com toda a experiência dessas instituições centenárias”, disse Haddad.

O Ines tem cerca de 400 alunos matriculados no ensino básico e o IBC, mais 340. O Colégio Pedro Segundo já atende, no ensino médio, os alunos cegos que estudaram no IBC durante o ensino fundamental, mas tem pouca experiência no atendimento a surdos. As três instituições trabalharão juntas em 2011 para estabelecer quais serão as necessidades de adaptação. Como o Ines oferece curso superior de licenciatura em Língua Brasileira de Sinais (Libras), uma possibilidade é pagar aos graduandos uma bolsa de iniciação à docência para que eles trabalhem no Colégio Pedro Segundo com os estudantes surdos.

“É uma proposta novíssima, mas nos comprometemos de imediato e vamos, mais uma vez, aceitar o desafio proposto pelo MEC. Nosso desafio maior será em relação aos alunos surdos. Evidente que o nosso trabalho de parceria será indispensável e vamos nos reunir, quando chegarmos no Rio, para traçar um plano de trabalho”, afirmou a diretora Vera Maria Rodrigues.

Escolha de Assessores Pedagógicos

Inscrições para escolha de Assessores Pedagógicos estão abertas até o dia 13

Estão abertas as inscrições para o processo de seleção de 96 Assessores Pedagógicos para Mato Grosso. Os interessados podem participar, até o dia 13 de abril, por meio do site da Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso www.seduc.mt.gov.br pelo link ‘Escolha de Assessores’.

O certame é gerenciado, organizado e regulamentado pela Comissão Estadual do Processo de Escolha dos Assessores Pedagógicos, que é composta por representantes da Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT) e Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT).

O Diário Oficial do Estado que circula nesta terça-feira (04.04) traz o Edital de Convocação nº 003/2011, tornando pública a abertura das inscrições e estabelecendo normas relativas à regularização do processo de escolha para exercício da função de Assessor Pedagógico para o triênio 2011/2013. A eleição para a escolha é um processo pioneiro em Mato Grosso. Foram publicados ainda, como anexos, o cronograma de atividades, conteúdo programático, bibliografia e legislação estadual, modelo de Plano de Ação do candidato, modelo de cédula para votação nos candidatos a Assessor Pedagógico, e de Ata de Apuração da Eleição de Assessor Pedagógico pela Comissão Eleitoral Local.

O processo será composto por duas etapas. A primeira constará de prova escrita e didática. A segunda constará de escolha de candidato pelos profissionais da educação, por meio de eleição direta nas escolas estaduais nos municípios com assessorias pedagógicas. A prova escrita será realizada nos 15 municípios polos dos Centros de Formação e Atualização dos Professores (Cefapros).

De acordo com o Edital de Convocação para candidatar-se à função de Assessor Pedagógico deve ser professor da educação básica da rede estadual; ser ocupante de carreira de provimento efetivo ou estabilizado na rede estadual, ser licenciado e ter pós-graduação na área educacional, ter no mínimo, três anos do efetivo exercício ininterruptos, prestados no município onde pretende concorrer, até a data de inscrição; candidatar-se a Assessoria Pedagógica de apenas um município; assinar Termo de Compromisso de Dedicação Exclusiva (DE) quando for opção, assinar Termo de Desistência da Cooperação Técnica, quando for o caso de professor com vínculo também no município.

Conforme o cronograma publicado em Edital, a divulgação das inscrições deferidas e indeferidas será realizada em 20 de abril e a divulgação do resultado do processo eleitoral em 31 de maio. Todas as informações pertinentes às inscrições deverão ser solicitadas à Comissão Estadual pelos telefones (65) 3613-6458 e 3613-6352, no horário das 8h às 11h e das 14h às 17h.

Incentivo à leitura

Prêmio de incentivo à leitura no Brasil irá distribuir R$ 90 mil

Terra

A sexta edição do prêmio Vivaleitura vai distribuir R$ 90 mil e as inscrições podem ser feitas pela internet (www.premiovivaleitura.org.br) ou via postal, como carta registrada. até o dia 20 de julho.

O Vivaleitura contempla as categorias bibliotecas públicas, particulares e comunitárias; escolas públicas e particulares; sociedade (empresas, organizações não governamentais, pessoas físicas, universidades e instituições sociais). Em cada uma os candidatos concorrem a R$ 30 mil em dinheiro.

Este ano, de acordo com o regulamento, podem concorrer experiências que começaram em janeiro de 2009, com conclusão prevista para julho próximo, e projetos permanentes, com indicadores de resultados. O relato do trabalho não deve ultrapassar seis páginas. Cada participante pode inscrever um projeto por categoria.

Criado no Ano Ibero-Americano da Leitura, em 2005, o prêmio incentiva a leitura em espaços escolares, bibliotecas, instituições, entidades e residências. Da primeira edição, em 2006, até 2010, o Vivaleitura recebeu cerca de 10,3 mil projetos, 90 deles classificados e 15 premiados. No período, foram distribuídos R$ 450 mil.

Endereço de postagem: Prêmio Vivaleitura 2011, caixa postal 71.0377 CEP: 03.410-970, São Paulo (SP)

Seleção para contratar professores

IFMT abre seleção para contratar professores substitutos em Confresa

O Instituto Federal de Mato Grosso abriu seleção para contratação por tempo determinado de duas vagas para Professor Substituto no Campus Confresa. O processo seletivo será mediante a Exame de Desempenho Didático e Títulos. As inscrições serão realizadas no período de 05 a 06 de abril, das 8 às 13 horas na Diretoria Sistêmica de Recursos Humanos do IFMT situada à Rua Zulmira Canavarros nº 95, Centro, Cuiabá, ou na Coordenação de Recursos Humanos do Campus Confresa, no horário das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30, situado à Avenida Vilmar Fernandes nº 300, Setor Santa Luzia, Confresa. Não haverá cobrança de taxa para a participação do processo seletivo.

O regime de trabalho será de 40 horas semanais, distribuídos em dois turnos. As áreas de formação são: Matemática (01 vaga) e Química ou Bioquímica (01 vaga).

Para se inscrever o candidato deve: apresentar documento oficial de identidade, certificado de graduação, CPF e Título de Eleitor, com os comprovantes da última eleição; apresentar comprovante de quitação com as obrigações militares, se homem; apresentar “Curriculum Vitae” atualizado. Os documentos acima devem ser apresentados em original e fotocópia.

O candidato deve ainda declarar expressamente que não ocupa cargo efetivo, integrante das carreiras de magistério Federal (Lei n°. 7.596/87), que não exerceu a função de professor substituto em outras Instituições Federais de Ensino nos últimos 02 (dois) anos (Lei nº. 8745/93), alteradas pela Lei nº 9.849/99, não foi contratado temporariamente nos termos da Lei nº 8.745/93 nos últimos 02 (dois) anos e que não há incompatibilidade de horário entre suas atividades e o horário de trabalho no IFMT (fornecemos o modelo de declaração).

Serão aceitas inscrições via procuração, devidamente autenticada, constando do instrumento de mandato, especificação de poderes para promover a inscrição e documento de identidade do procurador.

Os candidatos inscritos receberão no dia 07 de abril, às 14 horas, no Departamento de Ensino do Campus Confresa, mediante sorteio, o conteúdo da disciplina e horário para prestar o Exame de Desempenho Didático. O exame de desempenho será realizado no dia 08 de abril de 2011. A análise do “Curriculum Vitae” e Títulos será feita apenas para desempate. O resultado final será divulgado nos murais dos Campi do IFMT no dia 12 de abril de 2011 e no Diário Oficial da União.

Vestibular da Unemat e CFO

Candidatos devem ficar atentos aos prazos do vestibular da Unemat e CFO

Interessados em participar do vestibular da Unemat 2011/2 e Concurso do CFO devem ficar atentos aos cronogramas dos concursos. As inscrições vão até 19 de abril pelo site www.unemat.br/vestibular e o pagamento do boleto pode ser feito até 20 de abril.

Para os que pleiteiam a isenção de taxa os resultado dos processos serão divulgados no dia 11 de abril pela internet e para aqueles que tiverem o pedido indeferido, poderão interpor recurso nos dias 12 e 13 também pelo site oficial do concurso.

São 1.800 vagas ofertadas pelo vestibular da Unemat. Delas, 25% são destinadas ao sistema de cotas adotado pela Universidade. Pelo CFO são oferecidas 70 vagas, sendo 60 para PM e dez para o Corpo de Bombeiros. A taxa de inscrição de inscrição para o vestibular da Unemat é de 80 reais e para o CFO é de 120 reais. O concurso do CFO é formado por cinco fases, sendo a primeira composta pelo vestibular da Unemat.

As provas estão marcadas para os dias 22 e 23 de maio em Cuiabá e mais 12 cidades de Mato Grosso

Escolaridade afasta jovens

Escolaridade afasta jovens da construção civil, mostra pesquisa da FGV

Bruno Bocchini
de São Paulo

O aumento da escolaridade está fazendo com que os jovens se afastem de trabalhos braçais e de baixa renda na construção civil. Segundo a pesquisa Trabalho, Educação e Juventude na Construção Civil, da Fundação Getulio Vargas, divulgada nesta terça-feira, dia 5, o número de trabalhadores de 15 a 29 anos de idade no setor caiu de 34,2%, em 1996, para 28%, em 2009. O tempo médio de educação dos trabalhadores tem aumentado: os empregados da construção tinham 4,41 anos de estudo em 1996; em 2009, esse número passou para 6,35 anos.

“O jovem tem optado por qualificações menos braçais e mais escolarizadas. Essa situação pode gerar no futuro, devido à expansão desse setor, um apagão de mão de obra”, afirmou o coordenador da pesquisa, Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o pesquisador, o setor terá de aumentar os salários, garantir direitos trabalhistas e investir em qualificação a fim de atrair mais jovens, para evitar falta de mão de obra. "Precisa qualificar mais o jovem. A construção civil é um dos três setores com menor qualificação profissional. É necessário alterar o modo de produção, com métodos menos braçais, mais rápidos, com mais tecnologia, até para a gente dar conta dos grandes desafios, como os eventos internacionais dos próximos anos”, disse.

Lei do piso nacional dos professores

Lei do piso nacional dos professores volta à pauta do STF

Amanda Cieglinski

Depois de dois adiamentos, o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma hoje (6) o julgamento da lei que criou o piso nacional do magistério. Há dois anos, a Corte negou pedido de liminar a cinco governadores que questionaram a constitucionalidade da lei, que determinou um piso de R$ 950 a professores da educação básica da rede pública com carga horária de 40 horas semanais. Falta agora o julgamento do mérito da matéria, aguardado com ansiedade pela categoria.

Os sindicatos que representam os profissionais alegam que a suspensão da análise da matéria pelo STF criou um clima de “insegurança jurídica” e alguns prefeitos se valem do imbróglio para não pagar o piso, atualizado em 2011 para R$ 1.187,14. Não existe um levantamento oficial sobre as redes de ensino que cumprem a lei.

A ação foi impetrada em 2008 - mesmo ano de sanção da lei - pelos governadores de Mato Grosso do Sul, do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e Ceará. Além da constitucionalidade da norma, também foram questionados pontos específicos da lei, como a regra de que um terço da carga horária do professor deverá ser reservada para atividades extraclasse como planejamento de aula e atualização. Esse dispositivo foi suspenso pelos ministros do Supremo à época e pode voltar a ser discutido hoje.

Outra divergência está no entendimento de piso como remuneração mínima. Para os professores, o valor estabelecido pela lei deveria ser entendido como vencimento básico: as gratificações e outros extras não poderiam ser incorporados na conta do piso. Mas os ministros definiram ainda, no julgamento da liminar, que o termo “piso” deve ser entendido como remuneração mínima a ser recebida. Esse entendimento também pode ser reavaliado durante o julgamento do mérito da ação.

No mês passado,, deputados e senadores de Frente Parlamentar em Defesa do Piso Salarial Nacional dos Professores reuniram-se com o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, para pedir urgência no julgamento e a manutenção da lei da forma como foi aprovada. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) organiza para o início da tarde um ato em frente ao tribunal para defender a lei.

Publicidade - inscrições para concurso

UFMT abre inscrições para concurso de criação publicitária

Redação 24 Horas News

O curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em parceria com a Comissão de Festas de São Benedito 2011 promove um Concurso de Criação Publicitária voltado para alunos de Publicidade e Propaganda de instituições públicas e privadas de Cuiabá e Várzea Grande. O objetivo é escolher a campanha institucional de divulgação da Festa de São Benedito 2011, através da participação de estudantes regularmente matriculados nos cursos de Comunicação Social da UFMT; UNIC; UNIRONDON; UNIVAG e ICEC.

As inscrições somente serão aceitas na Secretaria da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, no período de 14 de março a 15 de abril de 2011, das 14 às 16 horas. O concurso tem como proposta “Festejar São Benedito é louvar e agradecer a Deus pela vida e pela natureza”, reforçando o tema da Campanha da Fraternidade 2011 “Fraternidade e a Vida no Planeta”.

Serão premiados os trabalhos do primeiro ao terceiro colocados, com certificados de Extensão, troféus e prêmios oferecidos por parceiros. O vencedor será utilizado como campanha de divulgação institucional da Festa de São Benedito 2011.

Os julgamentos dos trabalhos acontecerão no dia 20 de abril, a divulgação dos resultados no dia 22 e a entrega da premiação no dia 26 de abril, após a missa das 19 horas, no entorno da Igreja do Rosário e São Benedito.

O regulamento, o briefing de criação e a ficha de inscrição encontram-se na página da UFMT, cujo endereço é www.ufmt.br. Acessando a página é só clicar em “Editais” na barra de menus. Informações podem ser obtidas pelos telefones (65) 3615-8407 (Coordenação de Ensino de Graduação de Comunicação Social da UFMT) e (65) 3322-5473 e 3322-3677 ou pelo e-mail paroquia.rosario@terra.com.br.

Artigo - Estresse infantil

Estresse infantil

Lair Ribeiro


A infância hoje não é mais tão inocente como antigamente. As crianças mantêm jornadas de até dez horas diárias, distribuídas entre escola e atividades complementares... Confinadas em apartamentos, transformam o computador e a internet em janelas para o mundo, vivendo uma realidade virtual.

Diante disso, pais, educadores e médicos estão se voltando para o conforto emocional das crianças. E quando o assunto é estresse, é preciso ter em mente que ele nem sempre é prejudicial, pois todos precisamos de algum estresse para viver.

Especialistas dizem que a hora do parto é a primeira experiência da criança com o estresse, seja o parto normal ou cesariana. Primeiro, ocorre o eustresse, modalidade positiva que nos leva a decidir entre agir ou fugir. Depois, se houver risco de sofrimento fetal, surge o distresse, e o nascimento passa a ser considerado traumático.

No comecinho de vida, o estilo de vida e a harmonia entre pais e familiares mais próximos do bebê são cruciais. O bebê irá aprender observando e imitando os pais; ele capta sinais de nervosismo, de irritação e de medo. Daí a importância de uma criança nascer e crescer em um ambiente emocional estável.

A mãe é fundamental ao desenvolvimento do bebê, não só pela proteção e cuidados que representa, mas pela influência que exerce na vida da criança. Logo nos primeiros dias de vida do bebê, sua atitude em relação a horários de mamadas, por exemplo, já determina em grande parte como será a personalidade da criança no futuro. Se for o primeiro filho, certamente ela não agüentará ouvi-lo chorar por muito tempo e, prontamente, o amamentará, mesmo que tenha acabado de fazê-lo. Isso ocorrendo repetidas vezes, o bebê se acostumará ao “pronto atendimento” e, com o passar dos anos, se tornará uma criança “mimada”, que não consegue lidar com contrariedades. Quando atingir a idade escolar, essa criança terá problemas, pois lhe faltarão recursos para interagir com o novo meio. Na escola, ela terá de dividir atenção e brinquedos, mas como não aprendeu a fazer isso, se sentirá contrariada e brigará. Crianças sadias também brigam, mas brigas muito freqüentes ou isolamento por parte das outras crianças pode ser sinal de que algo não vai bem.

Em crianças e adolescentes, os principais fatores de estresse são: perdas familiares importantes, mudança de cidade ou de escola, brigas constantes entre os pais ou a separação destes, violência doméstica, exigência exagerada de desempenho escolar, social ou esportivo, nascimento de irmãos, doenças e hospitalização.

Durante os anos de crescimento, o referencial de vida de crianças e adolescentes são seus pais e familiares. Eles são verdadeiros espelhos para seus filhos, e a atitude que tiverem perante a vida repercutirá nas crenças e paradigmas que nortearão a vida futura de seus filhos. Se foram muito protetores, certamente eliminarão os desafios da vida de seus filhos e, como resultado, estes não saberão lidar com as situações a que forem expostos.

A adolescência é o momento da formação da identidade pessoal, das grandes descobertas, e o estresse é iminente: estresse hormonal, estresse social e estresse familiar. Na adolescência, rebeldia e impulsividade são desejáveis, mas os pais precisam saber lidar com isso, dando aos filhos, além do exemplo, incentivos, para que confiem em si mesmos, e apoio, para lidar com as conseqüências de suas ações. Sem exemplo, sem autoconfiança e sem apoio a adolescência pode ser num verdadeiro período de trevas e o adolescente pode tornar-se um adulto infeliz, improdutivo, sem perspectivas nem identidade própria.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Notícia da Seduc/MT

Seduc debate criação do Comitê Estadual do Programa Brasil Profissionalizado

A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) realizará, no dia 6 de abril, uma reunião para a proposição de criação do Comitê Estadual do Programa Brasil Profissionalizado. O comitê terá a função de articular as redes de ensino e instituições que atuam na gestão de Educação Profissional e Tecnológica no Estado, enfatizando a educação científica humanística.

Foram convidadas para o debate da proposição, a Secretaria de Estado de Administração, Conselho Estadual de Educação, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso e Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, bem como representações de setores internos da Seduc-MT e do Fórum Estadual de Educação.

O Programa Brasil Profissionalizado, desenvolvido a partir do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação do Governo Federal, visa completar e reforçar a parte científica do Ensino Médio e incentivar a implantação do Ensino Médio Integrado à Educação Profissional - EMIEP, priorizando as modalidades Integradas.

O Estado iniciou a oferta do EMIEP em 2007, em cinco escolas. Hoje (2011) contabiliza um total de 63 escolas. São escolas urbanas, de EJA, Quilombola e Campo, do interior e da capital. Deste total, 53 estão localizadas no interior do estado.

Temos atualmente 7.767 alunos matriculados nos cursos de EMIEP, o que demonstra a credibilidade que o Programa está alcançando no Estado. Os números comprovam o interesse de jovens e adultos na busca pela educação formal integrada e articulada com a educação profissional e na possibilidade de prosseguimento de seus estudos.

Assessoria/Seduc-MT

Undime define

Undime define novos representantes para a diretoria executiva e o conselho fiscal dos Estados

As seccionais da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) estão em plena temporada de Fóruns Estaduais. Em todas estão sendo realizadas novas eleições para definição da Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal, dos delegados e dos membros que irão compor o colégio eleitoral e, consequentemente, integrarão o conselho nacional de representantes. Rondônia foi o primeiro estado a fazer o Fórum no dia 18 de março. Seguido dele vieram Paraíba (dia 21), Ceará, Pará e Rio Grande do Norte (24 e 25), Sergipe (25), Alagoas (28), São Paulo (28, 29 e 30) Paraná (30 e 31) e Espírito Santo (31 e 1º de abril). Esta semana é a vez de Pernambuco (4, 5 e 6), Rio de Janeiro (5 e 6) e Tocantins (5, 6 e 7) realizarem o Fórum.

Confira abaixo as datas previstas nos outros estados.
Amapá – 8 de abril
Goiás – 8 de abril
Mato Grosso do Sul – 8 de abril
Rio Grande do Sul – 12 e 13 de abril
Bahia – 12, 13 e 14 de abril
Mato Grosso – 13, 14 e 15 de abril
Piauí – 14 e 15 de abril
Maranhão – 14 e 15 de abril (também nestas datas será realizado o Encontro de Educadores da Undime, na capital maranhense)
Acre – 19 e 20 de abril
Santa Catarina – 19 e 20 de abril
Minas Gerais – 26, 27 e 28 de abril
Os estados de Roraima e Amazonas ainda não definiram datas para os Fóruns estaduais.

Com informações da Undime

Enem digital

A chegada do Enem digital e da “escola nas nuvens”
* Por Lélia Chacon

O Ministério da Educação planeja ter um Enem informatizado em dois ou três anos. Na semana passada, o Inep, responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio, abriu um edital para universidades públicas e institutos federais de educação profissional participarem da ampliação do banco de questões da prova.

O objetivo é ter um número suficiente de questões para duas edições do exame ao ano. Hoje são cerca de 10 mil questões no Banco Nacional de Itens (BNI) do Enem. O Inep quer chegar a 100 mil para lançar o Enem digital, quando os candidatos farão a prova em computadores.

Um desafio e tanto. Do lado do Inep, dá para imaginar o tamanho da encrenca tecnológica e logística capaz de assegurar condições de segurança ao exame. Do lado dos estudantes, a prova passa a exigir habilidades mínimas em tecnologias da informação para mostrar o domínio dos conteúdos do ensino médio.

Consideradas as realidades educacionais brasileiras, não seria exagero pensar em complicações com tarefas iniciais como acessar a prova eletrônica com um login e senha. Help desk!!!

Mas o futuro é esse e os estudantes têm de ser preparados para ele. Até o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, que veio ao Brasil participar do Fórum Mundial de Sustentabilidade, quer ver o ensino médio universalizado no país para que se ampliem o acesso e o número de matrículas nas universidades, além dos negócios com educação, é claro.

O diploma superior ajuda a desenvolver cidadania, ressaltou ele, mesmo que essa graduação não seja decisiva para muitos empregos do século 21. Para entrar no mercado de trabalho pode não ser mesmo, mas para crescer profissionalmente a história é outra. Nas duas situações, no entanto, essencial nestes tempos é a educação digital. De professores e alunos, dentro e fora da escola.

O uso de tecnologias na educação para melhorar a aprendizagem tem sido alvo de várias iniciativas – governamentais, de ONGs, universidades, institutos e fundações empresariais. Uma delas é o Prêmio Educadores Inovadores, projeto educacional da Microsoft desenvolvido desde 2006 com parceiros como Instituto Ayrton Senna, Universidade Estadual de Londrina e PUC-SP, entre outros.

Na última edição, de 2010, dois professores de uma escola estadual de Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, chegaram à etapa mundial do concurso e conquistaram o segundo lugar com o projeto Escola nas Nuvens, criado depois que a escola enfrentou problemas com a perda de dados informatizados arquivados em pen-drivers, CDs ou DVDs.

Todo o material didático e também dos alunos foi então armazenado na internet a partir do conceito de computação em nuvem, base da proposta.
A tecnologia melhorou o ensino e o ambiente escolar, diz a professora Adriana Silva de Oliveira, porque também envolveu a criação de um blog e uso de redes como Facebook e Twitter, gerenciados pelos alunos com a participação dos professores. Todos, incluindo a família dos estudantes, podem acompanhar, “nas nuvens”, as atividades da escola
.
* Lélia Chacon é jornalista e editora do site e revista Onda Jovem, do Instituto Votorantim

Fonte: O artigo foi publicado, originalmente, no jornal Brasil Econômico no dia 04 de abril de 2011.

Mito da educação II

Sem a possibilidade de reprovação, os alunos perdem o respeito pelo professor

Por que é um mito A reprovação não é um mecanismo de punição, e sim uma medida extrema tomada quando não há possibilidade de o aluno avançar. A autoridade do professor é garantida quando ele trata os estudantes com respeito, domina os conteúdos de sua disciplina e apresenta propostas desafiadoras intelectualmente, que os fazem progredir.

Por que derrubá-lo Em geral, educadores que recorrem à avaliação como meio de pressão não estão conseguindo tornar a aprendizagem significativa para os alunos. Quando crianças e jovens reconhecem que os resultados de provas, por exemplo, podem ser direcionados contra eles próprios, criam uma aversão a elas. A avaliação deve sempre ser vista como uma forma de verificar o quanto cada um avançou. Se bem elaborada, ela permite identificar as dificuldades dos alunos e, com base nisso, trabalhar para que eles se recuperem em tempo. Assim, a repetência não é mais necessária.

"A escola precisa deixar de buscar os culpados pelo fracasso escolar e passar a partilhar as responsabilidades. A motivação dos alunos deve ser aprender e não apenas passar de ano."

Ana Aragão, pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Moral (Gepem), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Mito da educação

A repetência sempre melhora o desempenho

Por que é um mito Vários estudos apontam que a reprovação tem um alto custo educacional. Quanto mais o estudante repete, maiores as possibilidades de que ele seja reprovado novamente ou abandone a escola.

Por que derrubá-lo Para deteminar o que cada aluno aprendeu, não há dúvida de que é necessário avaliá-lo. A questão é o que se faz com as informações trazidas por provas e outros instrumentos. Reprovar a criança por não ter atingido os objetivos propostos e submetê-la a aulas sobre os mesmos conteúdos, inclusive aqueles que ela já domina, dificilmente vai contribuir para que aprenda mais. Uma pesquisa da UFMG comprovou isso. Com base nos resultados do Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa), promovido pela Secretaria Estadual de Educação, alunos com baixo desempenho que repetem aprendem menos do que os que passam de ano. Para reduzir o índice de 11% dos que fracassam anualmente no Ensino Fundamental no país, a saída é adotar diferentes estratégias de ensino para que quem apresente dificuldades possa se recuperar durante o ano letivo.

"A repetência não traz benefícios para o aluno. Ele não vai aprender mais ao ser afastado de sua turma e passar mais um ano assistindo às mesmas aulas dadas no ano anterior. É preciso avaliar quais são suas deficiências. Não basta passar de ano. O importante é aprender."
Vera Masagão, pesquisadora e coordenadora geral da Ação Educativa, em São Paulo.

Conselho Nacional de Educação

Conselho defende currículo flexível no Ensino Médio

O ministro Fernando Haddad deverá homologar amanhã mudanças no Ensino Médio O Conselho Nacional de Educação (CNE) apresentará amanhã ao ministro daEducação, Fernando Haddad, parecer para tornar mais flexíveis as orientações curriculares do ensino médio brasileiro, ciclo educacional que concentra os piores indicadores de qualidade da Educação básica no país.

O professor Francisco Aparecido Cordão, conselheiro do CNE, explica que o documento permitirá que cada escola ou rede - municipal ou estadual - construa o próprio currículo, com ênfase no mercado de trabalho e em conteúdos de ciência, tecnologia ou cultura.

Segundo Cordão, o CNE estuda o tema desde 2008 com base nas experiências do programa do Ministério da Educação (MEC) Ensino Médio Inovador (EMI), que injeta recursos federais em escolas públicas com projetos de inovação curricular.

"Percebemos que na hora que a escola proporciona um trabalho pedagógico realmente interdisciplinar, integrado com a realidade dos alunos, os resultados aparecem." Cordão acrescenta que o parecer foi aprovado por unanimidade pelos 27 secretários estaduais de Educação do país em reunião na semana passada. "Encaminharemos, agora, para homologação do ministro. Assim que ele assinar, a medida já estará valendo."

Na avaliação do CNE, a reformulação curricular do ensino médio forçará o MEC a reforçar suas ações. Segundo a pasta, o EMI repassou mais de R$ 30 milhões a 357 escolas previamente selecionadas em 18 Estados, totalizando 296 mil matrículas.

A Escola Sesc de Ensino Médio, em Jacarepaguá, no Rio, aderiu ao EMI no final de 2009. A principal alteração do curso foi a mistura das matérias tradicionais com atividades extracurriculares e de capacitação profissional. Do total de alunos da primeira turma (2010), 90% passou no vestibular - 78% dos quais em universidades públicas. A unidade é o primeiro modelo de escola-residente do Sesc e atende alunos em tempo integral.

"Numa viagem para Ouro Preto, os alunos trataram da perspectiva histórica do país, também trabalharam a questão geológica e o turismo na região, focando o inglês. O currículo do EMI é referência porque o atual aprisiona. Aqui tentamos adaptar o conteúdo acadêmico à realidade dos alunos", ilustra Rosângela Logatto, assessora técnica da direção da Escola Sesc.

Fonte: Valor Econômico (SP)

Ministro recomendou escola regular para surdos

Ministro recomendou escola regular para surdos

Para deputados, resolução permite fechamento de instituições destinadas a alunos com necessidades especiais Demétrio Weber e Duilo Victor

RIO e BRASÍLIA. O mesmo ministro da EDUCAÇÃO, Fernando HADDAD, que semana passada garantiu que não fecharia o serviço de Ensino Básico no Instituto Nacional de EDUCAÇÃO de Surdos (Ines) e do Instituto Benjamin Constant (IBC), assinou no ano passado uma resolução que - segundo interpretam parlamentares - dá brecha para o encerramento das escolas para alunos com necessidades especiais da forma como existem hoje.

O documento é a resolução 4 da Câmara de EDUCAÇÃO Básica do Conselho Nacional de EDUCAÇÃO (CNE), de 13 de julho de 2010. O texto recomenda que alunos deficientes sejam matriculados na rede regular de ensino, deixando o atendimento educacional especializado como complementar.

Hoje à tarde, em Brasília, haverá uma reunião entre as diretoras do IBC e do Ines e o ministro HADDAD para discutir o futuro das duas instituições.

Resolução é alvo de projeto em tramitação na Câmara

A inclusão de estudantes com deficiência nas escolas convencionais é o pano de fundo da pretendida - e já descartada - desativação, por parte do Ministério da EDUCAÇÃO (MEC), de escolas mantidas pelo Ines e pelo IBC. Em 17 de março, a diretora de Políticas Educacionais do MEC, Martinha Claret, chegou a anunciar à diretora do Ines, Solange Rocha, que o serviço de Ensino Básico do instituto, em Laranjeiras, fecharia até o fim do ano.

A resolução do CNE gerou controvérsia e desde novembro é alvo de um projeto apresentado na Câmara dos Deputados para tentar derrubar o parágrafo que cria a brecha. O autor da proposta é o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), presidente da Federação Nacional das Apaes (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais).

Barbosa diz que, enquanto o texto do CNE diz que os sistemas de ensino "devem" matricular os estudantes com deficiência na rede regular, a Constituição é mais branda. Em seu artigo 208 está escrito que o Estado tem o dever de dar EDUCAÇÃO especial, mas apenas "preferencialmente" nas escolas regulares, sem eliminar, as escolas especiais.

Na justificativa do projeto, o deputado argumenta que o atendimento educacional especializado previsto pelo CNE não tem frequência obrigatória. Segundo ele, a resolução de um conselho não pode se sobrepor à Constituição.
- O sistema, para ser inclusivo, depende de um processo que leva anos. Temos sete milhões de pessoas com deficiência em idade escolar que não têm acesso nem à rede especial, nem à rede regular.

Setores do MEC são favoráveis à inclusão de 100% dos alunos portadores de necessidades especiais, o que levaria ao fechamento das unidades. O ministro Fernando HADDAD, contudo, descarta essa possibilidade, de acordo com a assessoria de imprensa do ministério.

O projeto apresentado por Barbosa em novembro quer sustar a aplicação do parágrafo 1º do artigo 29 da resolução do CNE. O projeto foi arquivado pela Mesa Diretora da Câmara em janeiro. No mês seguinte, foi desarquivado e agora, antes de ser votado em plenário, deverá ser aprovado nas Comissões de EDUCAÇÃO e de Constituição e Justiça. Depois, segue para o Senado.

Apesar da assinatura do ministro, o MEC reconhece que, legalmente, a parte da resolução que o deputado quer invalidar já não tem validade legal. A explicação é que a própria Lei de Diretrizes e Bases da EDUCAÇÃONacional, de 1996, atribui o caráter "preferencial" da matrícula de alunos especiais da rede regular. E assim, como justifica Barbosa, uma resolução não pode ter mais valor que uma lei.

Para o presidente do Conselho Nacional de EDUCAÇÃO, Francisco Aparecido Cordão, a resolução não é ameaça ao fechamento de escolas especiais:

- Os alunos do Ines e do IBC podem continuar matriculados onde estão. A única diferença é que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da EDUCAÇÃO Básica não poderá repassar em dobro à instituição a verba para esses alunos.

Fonte: O Globo (RJ)

Novo plano de educação

Jornais não aprofundam cobertura sobre custos do novo plano de educação

Valor de 80 bilhões de reais de investimento público foi noticiado como custo total do PNE, mas só corresponde à ampliação proposta pelo MEC; alocação dos recursos não é detalhada

Declarações do ministro Fernando Haddad sobre os custos do novo Plano Nacional de Educação (PNE) pautaram a cobertura da área na última semana, mas jornais se limitaram a reproduzir as informações do governo federal. A análise realizada pelo Observatório da Educação dos principais jornais impressos de todas as regiões do Brasil também revela erros sobre os números do investimento em educação no país.

O ministro participou no dia 23 de março da primeira reunião da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, e falou sobre os desafios do PNE. Durante a sessão, como já havia feito em outras ocasiões, afirmou que a marca de 7% do PIB (a ser alcançada progressivamente, até o final da década) em investimentos públicos em educação é suficiente para cumprir as metas do novo plano.

Atualmente, o país investe cerca de 5% do PIB, entre gastos dos três níveis federativos – municípios, estados e União. O aporte deste último representa apenas 1% do total, ou seja, a União, embora seja o ente com maior capacidade de arrecadação, é o que menos contribui com investimento em educação.

Entidades da sociedade civil reunidas em torno da articulação “PNE pra Valer” – iniciativa impulsionada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação – defendem a meta de 10% do PIB em investimento público, sobretudo com aumento da participação da União, seguindo a proposta discutida e aprovada na Conferência Nacional de Educação (Conae).

Entrevista -Diretora Chilena

''Professores que atuam em escolas vulneráveis também são vitimados''

Ocimara Balmant - O Estado de S.Paulo
ANGÉLICA FUENZALIDA, diretora do Mejor Escuela

Angélica Fuenzalida, diretora do Mejor Escuela, programa chileno que atende a escolas com baixo rendimento instaladas em regiões de vulnerabilidade social, esteve no Brasil para falar de sua experiência em seminário sobre gestão escolar, organizado pela Fundação Lemann. A seguir, entrevista que concedeu ao Estado.

Como funciona o programa?

Nossa tarefa é propor um plano de ação com diretores e professores e oferecer ferramentas criativas para que eles cumpram o que prevê o currículo nacional do Chile.

E eles recebem bem a ideia?

Em geral, os professores que atuam nessas escolas também são vitimados. Além de cumprir uma carga horária alta e muitas vezes não ter tempo de preparar aula, trabalhar em sistema de pobreza também implica em mais dificuldade para organizar a turma. Então, no começo, alguns estranham. Mas, quando veem os resultados, a resistência se transforma em abertura.

Como o projeto foi formatado?

Durante três anos, de 2002 a 2005, fizemos um piloto com dez escolas, o que permitiu provar o modelo e fazer os ajustes. O currículo nacional, por exemplo, prevê que todos os alunos saibam ler no fim do primeiro ano. Nas escolas que atendemos, isso não ocorria. Propusemos aos professores um método prático, com material educativo e ferramentas concretas.

Quais foram os resultados?

Na avaliação nacional, vemos que as escolas demoram três ou quatro anos para subir três pontos. As atendidas pelo Mejor Escuela subiram, nesse tempo, seis pontos em português e oito em matemática.

De quanto tempo é preciso?

Ficamos quatro anos gerando capacidade e ajudando a escola a fazer uma transformação de suas práticas e de seus processos. Depois disso, prevemos que ela tenha autonomia. Nossa experiência mostra que, a cada dez escolas, duas não conseguem manter os resultados.

Por quê?

Porque houve mudança estrutural. Em uma escola, por exemplo, retiraram o diretor da escola e o mandaram para outra. Isso, claro, desarmou uma forma de funcionamento. A mudança é normal, mas é preciso esperar que o processo termine.

Dá para aplicar no Brasil?

O sistema brasileiro é diferente. No Chile, temos um currículo nacional obrigatório. Professores se submetem a uma avaliação e escolas são medidas pelo mesmo instrumento. No Brasil, o fato de não haver um currículo nacional traz liberdade, mas faz com que não se tenha controle sobre o que ocorre na escola.

QUEM É

ANGÉLICA FUENZALIDA
DIRETORA DO PROGRAMA CHILENO MEJOR ESCUELA
Assistente social formada pela Pontifica Universidad Católica de Chile, mestre em Gestão e Políticas Públicas pela Universidad de Chile, professora de mestrado na Universidade Central e na Universidade Católica Silva Henríquez.

Editorial

Múltiplas linguagens e criatividade

Segundo Freire, corpo e mente devem ter assento na escola, de modo concomitante, de tal sorte que os dois, agindo em perfeita harmonia, garantam ao indivíduo a possibilidade de emancipar-se. Desta sorte, cabe à escola, independentemente do nível ou modalidade de ensino que ofereça, promover situações de aprendizagem que exijam, da parte do educando, o uso tanto do corpo quanto da mente, com adequado entrosamento.

Nesta edição, destacamos os artigos Corpo e criatividade e Corpo humano, pela abordagem teórico-prática que apresentam, tendo o corpo humano como ferramenta pedagógica. O primeiro destaca a presença/ausência da corporeidade e da criatividade no cotidiano da escola infantil e alerta para a necessidade de o currículo escolar levar em conta as múltiplas linguagens, que permitem ao aluno entrelaçar vivências e saberes, explorando simultaneamente corpo e mente. O segundo texto aponta para a possibilidade de a criança, a partir da exploração visual do corpo humano, realizar diferentes leituras e produzir textos, com o auxílio de diferentes suportes, pois o aluno viaja pelo corpo humano, produzindo conhecimentos.


Ainda, no âmbito das múltiplas linguagens, temos o artigo Pequenos artistas: pintar para trazer luz e cor à vida, em que a arte é usada como uma linguagem de expressão e comunicação com o mundo. É uma proposta de trabalho em que os alunos podem manifestar suas emoções e interesses, o que os ajuda a enxergarem o mundo com olhar diferente, novo e poético.

No artigo Ensino Religioso, o autor explora a criatividade para que os alunos construam o espaço sagrado e possam realizar diferentes leituras a partir dos espaços construídos.

A criatividade também permeou a execução do projeto Leitura de graça... É quarta na praça. Através dele, os alunos aprenderam a ler com significação, com expressividade, a ler em voz alta, a ler para outras pessoas. Os alunos criaram condições favoráveis para o exercício da leitura compreensiva e interpretativa.

As demais matérias, Aprendendo a ler, Surdo-cegueira, Frações ordinárias, Educação Ambiental e É assim que tudo se transforma e faz sentido, completam a edição 105, trazendo contribuições para melhoria do processo de ensino e qualificação de aprendizagem.

Os Editores
Revista do Professor
Nº 105 – Janeiro a Março de 2011

Dica de Filme educacional

Direção: Joel Zito Araújo
Gênero: Comédia
Produção: Brasil
Conteúdos: Formação da nação brasileira/ População brasileira/ O negro no Brasil/ Preconceito e discriminação/ Racismo/ Cidadania

Dicas de Livros

O Estranho Mundo que se Mostra às CriançasABRAMOVICH, F. O Estranho Mundo que se Mostra às Crianças. São Paulo: Summus, 1983.
______. ; BARBOSA, Lúcia Maria de A; SILVÉRIO, Valter Roberto. (Orgs.). Educação como Prática da Diferença. Campinas: Armazém do Ipê (Autores Associados), 2006Autor: ABRAMOVICH, F.







Escola e Sala de AulaÁVILA, Ivany S.(Org.). Escola e Sala de Aula. Mitos e Ritos: Um Olhar pelo Avesso do Avesso. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004.
Autor: ÁVILA, Ivany S.





– le – li – lo – Luta: Um Professor Brasileiro na Guiné-BissauBARBOSA, Rogério A. La – le – li – lo – Luta: Um Professor Brasileiro na Guiné-Bissau. Rio de Janeiro:
Achiamé, 1984.
Autor: BARBOSA, Rogério A.

Educação - Povo Japonês

A educação do povo japonês chama a atenção do mundo (Março/2011)
Dentre todas as imagens do terremoto, seguido de tsunami, e pela maior de todas as temeridades, a radioatividade, ocorrida no Japão, aquela que mostrou um grupo de crianças acompanhadas apenas por uma professora, que aguardavam calmamente o socorro é a mais significativa para quem trabalha ou vive a educação.Que o povo japonês deu exemplo de civilidade diante da tragédia em escala crescente, ninguém tem dúvidas. Sabemos que as tragédias são os momentos de conhecermos verdadeiramente a personalidade de uma pessoa.

É praticamente impensável para nós brasileiros, compreender como nenhum jornalista estrangeiro, dentre os milhares que lá estavam e foram para fazer cobertura, presenciou ou noticiou pessoas tentando furar a fila da comida, do supermercado ou do atendimento à saúde.Aliás, a calma e as lágrimas transpareciam no rosto de todos os entrevistados e era, invariavelmente apontada como a característica mais marcante daquele povo que bem poderia ser qualificado como sofrido.Mas aquela imagem de uma dezena de crianças pequenas, sentadas tranquilamente num barco, visualizando os destroços de sua cidade, aguardando o socorro, sem chorar, nem gritar é a prova de que elas, as crianças, estavam sentindo-se em segurança com sua professora.A imagem revela ainda que o conceito e os resultados em educação para a nação japonesa são infinitamente diferentes dos brasileiros. Num olhar superficial já era possível detectar que aquela sociedade efetivamente valoriza o papel da professora e do professor.

Significa dizer que, além de ter a confiança da sociedade e o compromisso com a segurança e a integridade física e psicológica de seus alunos, a professora teve autocontrole e autodisciplina para, assim como milhares de outros japoneses, fazer a sua parte.Nem seria necessário dizer que se tratava de uma professora e sua turma sendo socorrida, mas os jornalistas mostravam e fizeram questão de registrar, que crianças estavam calmas e tranqüilas. Aliás, a cada dia são vistas novas imagens da destruição de parte do Japão, mas não se viu face de japonês desesperado, aos berros culpando a tudo e a todos por suas tragédias.A imagem do país destruído contrasta com a calma do povo japonês diante de tanta desgraça.

A justificativa seria a de que se trata de um povo acostumado e treinado para lidar com terremotos. Vale lembrar que a palavra tsunami é japonesa. Mas será mesmo possível treinar alguém para viver este tipo de situação e mesmo assim continuar solidário, aguardar calmamente na fila seu bolinho de arroz, o único alimento de dias?A julgar pela imagem da professora e seus alunos, a escola no Japão é o lugar sagrado da construção do autoconhecimento, da autodisciplina, da civilidade e, é claro, do conhecimento científico. Ciência esta que legou prédios, pontes e casas que resistem a terremotos muito intensos e que possibilitou ainda a construção das usinas nucleares próximas demais da costa que poderia ser e foi atingida, por uma tsunami.Alguns céticos diriam que o desenvolvimento de tecnologias que possibilitaram a instalação e o crescimento do país em região sujeita a terremotos e tsunamis, já seria prova bastante de que a escola, no Japão, cumpre seu papel. Mas ao ver as imagens e observar a feição dos japoneses, é possível inferir que a escola japonesa ensina muito mais do que conhecimento científico. Lá se aprende e se ensina civilidade, cidadania, solidariedade, autoconfiança, autodisciplina e, para complementar, ciência...

Jornal da Educação - Edição nº246 - Março/2011

Assembleia Legislativa/PR

Projetos contra bullying tramitam na Assembleia Legislativa

Dois projetos para inibir o bullying nas escolas do Paraná tramitam na Assembleia Legislativa. Um é de autoria do deputado Douglas Fabrício(PPS) e outro do deputado Fábio Camargo (PTB).

O projeto de Fabrício recebeu apoio durante a sessão ordinária da última terça-feira (29), e agora será submetido a análises das comissões técnicas. Posteriormente, será levado à votação em plenário.

O projeto de Camargo dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying e ciberbullying escolar no projeto pedagógico elaborado pelas instituições de ensino públicas e privadas, em todo o território paranaense.

Douglas Fabrício explica que o que se entende por bullying são “atitudes de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, praticadas por um indivíduo ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas”.

De acordo com o parlamentar, “a preocupação com o bullying é um fenômeno mundial. Pesquisa feita em Portugal, com sete mil alunos, constatou que um em cada cinco alunos já foi vítima desse tipo de agressão. O estudo mostrou que os locais mais comuns de violência são os pátios de recreio, em 78% dos casos, seguidos dos corredores (31,5%)”.

O deputado cita ainda dados de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira Multidisciplinar de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), em 2002, no Rio de Janeiro, com 5.875 estudantes de 5.ª a 8.ª séries, de 11 escolas fluminenses.

Nesse levantamento 40,5% dos entrevistados confessaram o envolvimento direto em atos de bullying. “No Brasil, não há pesquisas recentes sobre o bullying, muito embora seja evidente o aumento do número de agressões e atos de discriminação e humilhação em ambiente escolar. No Paraná, faltam estatísticas oficiais sobre esse tipo de agressão”, explicou.

Responsabilidade – Na justificativa do projeto, Douglas Fabrício informa que como consequência do agravamento das ocorrências de bullying, pais de alunos ameaçam processar a escola, acusando professores e diretores de falta de supervisão. Principalmente, em atos de violação dos direitos civis e de discriminação racial ou de assédio moral. Nas ações, os pais requerem indenizações por danos patrimoniais e morais. Na opinião dele, a responsabilidade da escola é objetiva, ou seja, não se precisa provar a intenção, basta a comprovação da omissão.

Segundo o deputado, o modo como os adolescentes agem em sala de aula, com a colocação de apelidos nos seus colegas, pode contribuir para que pessoas agredidas não atinjam plenamente o seu desenvolvimento educacional: “São atitudes comportamentais que provocam fissuras que podem durar a vida toda”, alertou.

Ele acrescenta que a instituição de um programa de combate ao bullying nas escolas vai permitir o desenvolvimento de ações de solidariedade e de resgate de valores de cidadania, tolerância, respeito mútuo entre alunos e docentes. A iniciativa pretende também potencializar as eventuais diferenças, canalizando-as para aspectos positivos que resultem na melhoria da auto-estima dos estudantes.
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Estudo inédito identifica formados na educação superior

Pesquisa dirá como está a situação de graduados no mercado de trabalho

Teve início na sexta-feira, dia 1.°, estudo inédito destinado a identificar como os formados na educação superior estão situados no mercado de trabalho. A pesquisa sobre emprego e empregabilidade, sob responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), será feita com os participantes das edições de 2005 e 2008 do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Eles receberão questionário, enviado por mensagem eletrônica, e terão prazo até o dia 29 para informar, entre outras coisas, como o currículo acadêmico ajudou na formação profissional.

O formulário, composto de 16 questões, leva em média cinco minutos para ser respondido. Duas das perguntas, subjetivas, permitirão ao graduado sugerir melhorias no curso em que se formou. O concluinte que não receber apesquisa poderá respondê-la na página eletrônica do Inep. Ao ter acesso ao sistema, ele deve informar o CPF, a unidade da Federação da instituição de ensino e o curso. As informações serão validadas nas bases de dados da Receita Federal e do Inep. A pesquisa não divulgará respostas individuais.

A iniciativa integra o estudo qualitativo do segundo ciclo de aferição do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) de 2005 e 2008. O estudo é composto por variáveis que permitem medir pontualmente a evolução dos cursos — as médias do Enade, do conceito preliminar de curso (CPC), os relatórios de autoavaliação realizados pelas instituições e, a partir deste ano, o perfil dos egressos.

Os resultados devem ser divulgados no segundo semestre. As informações do primeiro ciclo de avaliação, referente a 2004 e 2007, estarão disponíveis em breve na página eletrônica do Inep.

Em 2005 e 2008, o Enade avaliou os cursos de arquitetura e urbanismo, biologia, ciências sociais, computação, engenharia (oito grupos), filosofia, física, geografia, história, letras, matemática, pedagogia e química. No último ano, foram acrescentados os cursos superiores de tecnologia em construção de edifícios, alimentos, automação industrial, gestão da produção industrial, manutenção industrial, processos químicos, fabricação mecânica, análise e desenvolvimento de sistemas, redes de computadores e saneamento ambiental. Essas áreas serão avaliadas novamente este ano.
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