"Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo."(Rubem Alves)
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Escola e comunidade
Muito se escreve e muito se debate sobre a necessidade de uma participação ativa da comunidade no âmbito escolar. Na prática, a integração entre escola e comunidade é diminuta.
No intuito de estimular essa integração, propus aos profissionais da educação do Colégio Ângela Sandri, bairro Tranqueira, em Almirante Tamandaré, um sábado letivo diferente, com o envolvimento da comunidade escolar. Como foi? Recebemos, no dia 11 de junho, pela segunda vez, o escritor Nelson Girardi, que falou do seu livro Vencendo os medos pela escrita.
Maria Aparecida Marques, mãe de Gabriele Fernanda Marques, estudante da sexta série E, turno vespertino, testemunha: “Aprendi com o Girardi o caminho para vencer os meus medos”. Para Mari Polese, professora de História, o “Girardi tem um estilo Lauro Trevisan”.
Considerações - O aluno deve participar, mas só ele não basta. Segundo Carneiro (2005), se a escola não se mistura com a comunidade, perde a chance de "usufruir de sua maneira de ser, de suas relações de vizinhança, e, assim, a escola será uma instituição estéril, descontextualizada, que verdadeiramente não educa porque ao invés de comunicação faz comunicados".
Misturar-se com a comunidade significa envolver toda a comunidade e incluir pessoas de todas as classes sociais nas decisões conjuntas.
P.S.: A escola agradece ao Nelson Girardi a doação de mais 320 livros.
Jorge Antonio de Queiroz e Silvaqueirozhistoria@uol.com.brHistoriador, palestrante e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.
No intuito de estimular essa integração, propus aos profissionais da educação do Colégio Ângela Sandri, bairro Tranqueira, em Almirante Tamandaré, um sábado letivo diferente, com o envolvimento da comunidade escolar. Como foi? Recebemos, no dia 11 de junho, pela segunda vez, o escritor Nelson Girardi, que falou do seu livro Vencendo os medos pela escrita.
Maria Aparecida Marques, mãe de Gabriele Fernanda Marques, estudante da sexta série E, turno vespertino, testemunha: “Aprendi com o Girardi o caminho para vencer os meus medos”. Para Mari Polese, professora de História, o “Girardi tem um estilo Lauro Trevisan”.
Considerações - O aluno deve participar, mas só ele não basta. Segundo Carneiro (2005), se a escola não se mistura com a comunidade, perde a chance de "usufruir de sua maneira de ser, de suas relações de vizinhança, e, assim, a escola será uma instituição estéril, descontextualizada, que verdadeiramente não educa porque ao invés de comunicação faz comunicados".
Misturar-se com a comunidade significa envolver toda a comunidade e incluir pessoas de todas as classes sociais nas decisões conjuntas.
P.S.: A escola agradece ao Nelson Girardi a doação de mais 320 livros.
Jorge Antonio de Queiroz e Silvaqueirozhistoria@uol.com.brHistoriador, palestrante e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.
Tesouros gratuitos são desperdiçados
O dom da vida e a saúde são os dois maiores tesouros dos seres humanos de ontem, hoje e sempre, embora dependam em parte da vontade do Ente Superior. Entretanto, outros quatro tesouros são oferecidos gratuitamente para todos, indistintamente, e não precisam de qualquer intervenção de Deus.
São eles: Amor, família, amigos e liberdade. Ninguém paga para amar, constituir família, ter amigos e ser livre. Há estreita relação entre eles, aparentemente sem nenhuma linha divisória. São quatro pilares que jorram felicidade e projetam realização. Quem ignora ou despreza esses tesouros simplesmente não vive, no máximo, passa a vida.
A visão humana ofuscada pelas facilidades contemporâneas encontra dificuldade de reconhecer esses tesouros como respostas para a maioria dos problemas milenares. É certo que leis, códigos, convenções se preenchem, mas só o amor é completo e coloca tudo, absolutamente tudo, intenções, desejos, atitudes, ações e comportamentos num plano comum, como se todos vivêssemos em plenitude dentro de um condomínio de entendimento, respeito e compreensão. Sob esse ângulo, parte da humanidade esqueceu que nasceu para amar. Amor é edificação ininterrupta da essência do ser e do vir-a-ser, da paz, do diálogo, da confiança, dos direitos e deveres, da responsabilidade.
De forma equivocada e precipitadamente, na maioria das vezes a crise familiar é encarnada como fim de um sentimento e processo de convivência, encerramento de uma etapa de inquietação, insegurança e desentendimentos inconseqüentes. Poucos cônjuges consideram a crise como processo de amadurecimento, mudança, evolução e renovação. É prudente reconhecer a crise também como horizonte para fazer o companheiro ou a companheira sentir-se melhor, aliviar sofrimentos, angústias e aborrecimentos. A crise pode facilitar a aceitação e aproximação dessas pessoas e ajudar a aumentar o afeto desinteressado, puro e promissor.
Longe ou perto, amigo é pedaço de você, pessoa que tem afinidade quanto ao modo de ser e de raciocinar em relação a ideais, princípios, fins e, até, preocupações. É entusiasta que está ao alcance nas horas boas e desafiadoras. Amigo sente prazer e alegria de compartilhar valores comuns, pensamentos e dúvidas. Chega até você e vive momentos sem disputas, brigas, derrotas e vitórias. Não é digno de ser chamado familiar, amigo e colega quem não intenciona bem estar mental, emocional e espiritual do outro. Se puder, leia A Loja de Ourives, do Cardeal Wojtila, Papa João Paulo II. Você entenderá melhor porque é importante ter amigos.
Liberdade é o mais sagrado reconhecimento de soberania do ser humano sobre tudo e todas as coisas. É necessidade essencial. Quem reduz ou reprime a liberdade está se autodestruindo, mutilando o outro, andando na beira de precipício fatal. Não há prêmios para pessoas que não vivem a liberdade plena. O ato de nascer, crescer e amadurecer implica biológica, mental e socialmente liberdade. O ser humano só consegue ser gente na liberdade. É o único meio para não apagar a espécie.
Pedro Antônio Bernardipedro.professor@gmail.comJornalista, economista e professor.
São eles: Amor, família, amigos e liberdade. Ninguém paga para amar, constituir família, ter amigos e ser livre. Há estreita relação entre eles, aparentemente sem nenhuma linha divisória. São quatro pilares que jorram felicidade e projetam realização. Quem ignora ou despreza esses tesouros simplesmente não vive, no máximo, passa a vida.
A visão humana ofuscada pelas facilidades contemporâneas encontra dificuldade de reconhecer esses tesouros como respostas para a maioria dos problemas milenares. É certo que leis, códigos, convenções se preenchem, mas só o amor é completo e coloca tudo, absolutamente tudo, intenções, desejos, atitudes, ações e comportamentos num plano comum, como se todos vivêssemos em plenitude dentro de um condomínio de entendimento, respeito e compreensão. Sob esse ângulo, parte da humanidade esqueceu que nasceu para amar. Amor é edificação ininterrupta da essência do ser e do vir-a-ser, da paz, do diálogo, da confiança, dos direitos e deveres, da responsabilidade.
De forma equivocada e precipitadamente, na maioria das vezes a crise familiar é encarnada como fim de um sentimento e processo de convivência, encerramento de uma etapa de inquietação, insegurança e desentendimentos inconseqüentes. Poucos cônjuges consideram a crise como processo de amadurecimento, mudança, evolução e renovação. É prudente reconhecer a crise também como horizonte para fazer o companheiro ou a companheira sentir-se melhor, aliviar sofrimentos, angústias e aborrecimentos. A crise pode facilitar a aceitação e aproximação dessas pessoas e ajudar a aumentar o afeto desinteressado, puro e promissor.
Longe ou perto, amigo é pedaço de você, pessoa que tem afinidade quanto ao modo de ser e de raciocinar em relação a ideais, princípios, fins e, até, preocupações. É entusiasta que está ao alcance nas horas boas e desafiadoras. Amigo sente prazer e alegria de compartilhar valores comuns, pensamentos e dúvidas. Chega até você e vive momentos sem disputas, brigas, derrotas e vitórias. Não é digno de ser chamado familiar, amigo e colega quem não intenciona bem estar mental, emocional e espiritual do outro. Se puder, leia A Loja de Ourives, do Cardeal Wojtila, Papa João Paulo II. Você entenderá melhor porque é importante ter amigos.
Liberdade é o mais sagrado reconhecimento de soberania do ser humano sobre tudo e todas as coisas. É necessidade essencial. Quem reduz ou reprime a liberdade está se autodestruindo, mutilando o outro, andando na beira de precipício fatal. Não há prêmios para pessoas que não vivem a liberdade plena. O ato de nascer, crescer e amadurecer implica biológica, mental e socialmente liberdade. O ser humano só consegue ser gente na liberdade. É o único meio para não apagar a espécie.
Pedro Antônio Bernardipedro.professor@gmail.comJornalista, economista e professor.
As emoções no ambiente de trabalho
Será que o ambiente de trabalho é apropriado para demonstrarmos determinadas emoções? É adequado, por exemplo, exibir compaixão ou tristeza? E quanto a medo e frustração? É possível escondermos estas emoções e só expressar em casa ou com pessoas que confiamos?
Ainda hoje existem pessoas que acreditam naquela famosa idéia de que se pode ser uma pessoa na empresa e outra fora dela. Dizem que não carregam seus problemas de casa para o trabalho e vice versa. Que conseguem ser pessoas diferentes em cada ambiente. Você é assim ou acredita nisso?
Se isso for verdade temos um grande problema de esquizofrenia. Pessoa com múltiplas personalidades. Em casa é de um jeito e no trabalho de outro. Sente certas emoções somente em um determinado local. Impossível. Uma pessoa sadia não age desta forma, só os doentes emocionais. Mas antes que você pense que o louco sou eu, esclareço algo importante: controle emocional é uma coisa e negação de sentimentos é outra.
Uma pessoa saudável passa pelas diversas emoções no ambiente profissional: tristeza, alegria, medo, compaixão, frustração, inveja, ansiedade, etc. A diferença está em saber lidar com elas e não em negá-las. Aquele que reprime determinadas emoções ou não sabe lidar de forma adequada com elas, acaba criando comportamentos desajustados como, por exemplo, autoritarismo ou submissão.
Os sentimentos fazem parte de nossa personalidade, de nossa vida. Não há como extinguir aqueles que menos gostamos ou optar por sentir somente alguns mais "bacanas". Somos um turbilhão de sentimentos que podem ser mais ou menos controlados a medida que os reconhecemos e entendemos como eles nos fazem agir.
O primeiro passo para administrar estas emoções é saber um pouco mais a respeito. Segundo estudos de psicólogos e profissionais que lidam com o comportamento humano, há cinco emoções básicas, a saber: alegria, tristeza, medo, raiva e amor. Como elas estão presentes em sua vida?
Vou tratar de cada uma delas em outros artigos, mas fica a dica para pensar a respeito sobre como elas se apresentam no seu ambiente profissional. Há alguma mais forte do que as outras? Quando aparecem? O que você faz a respeito?
Bem, voltando à questão de saber separar o pessoal do profissional, tenho a acrescentar que em todos os ambientes passamos por estas cinco emoções. De fato é necessário saber administrá-las para obter melhores resultados em todos os aspectos de sua vida. Mas não adianta querer esconder ou negar qualquer uma delas.
Imagine um pai que está passando pela tristeza de saber que seu filho está envolvido com drogas. Por mais que tente não levar o problema pessoal para o ambiente de trabalho é impossível não sentir raiva, medo ou tristeza. As emoções são inerentes a todas as pessoas, mas seu controle é algo totalmente possível desde que saiba como elas aparecem e usar técnicas para gerenciá-las.
Rogerio Martins rogerio64martins@hotmail.comPsicólogo, consultor de empresas e palestrante.
Ainda hoje existem pessoas que acreditam naquela famosa idéia de que se pode ser uma pessoa na empresa e outra fora dela. Dizem que não carregam seus problemas de casa para o trabalho e vice versa. Que conseguem ser pessoas diferentes em cada ambiente. Você é assim ou acredita nisso?
Se isso for verdade temos um grande problema de esquizofrenia. Pessoa com múltiplas personalidades. Em casa é de um jeito e no trabalho de outro. Sente certas emoções somente em um determinado local. Impossível. Uma pessoa sadia não age desta forma, só os doentes emocionais. Mas antes que você pense que o louco sou eu, esclareço algo importante: controle emocional é uma coisa e negação de sentimentos é outra.
Uma pessoa saudável passa pelas diversas emoções no ambiente profissional: tristeza, alegria, medo, compaixão, frustração, inveja, ansiedade, etc. A diferença está em saber lidar com elas e não em negá-las. Aquele que reprime determinadas emoções ou não sabe lidar de forma adequada com elas, acaba criando comportamentos desajustados como, por exemplo, autoritarismo ou submissão.
Os sentimentos fazem parte de nossa personalidade, de nossa vida. Não há como extinguir aqueles que menos gostamos ou optar por sentir somente alguns mais "bacanas". Somos um turbilhão de sentimentos que podem ser mais ou menos controlados a medida que os reconhecemos e entendemos como eles nos fazem agir.
O primeiro passo para administrar estas emoções é saber um pouco mais a respeito. Segundo estudos de psicólogos e profissionais que lidam com o comportamento humano, há cinco emoções básicas, a saber: alegria, tristeza, medo, raiva e amor. Como elas estão presentes em sua vida?
Vou tratar de cada uma delas em outros artigos, mas fica a dica para pensar a respeito sobre como elas se apresentam no seu ambiente profissional. Há alguma mais forte do que as outras? Quando aparecem? O que você faz a respeito?
Bem, voltando à questão de saber separar o pessoal do profissional, tenho a acrescentar que em todos os ambientes passamos por estas cinco emoções. De fato é necessário saber administrá-las para obter melhores resultados em todos os aspectos de sua vida. Mas não adianta querer esconder ou negar qualquer uma delas.
Imagine um pai que está passando pela tristeza de saber que seu filho está envolvido com drogas. Por mais que tente não levar o problema pessoal para o ambiente de trabalho é impossível não sentir raiva, medo ou tristeza. As emoções são inerentes a todas as pessoas, mas seu controle é algo totalmente possível desde que saiba como elas aparecem e usar técnicas para gerenciá-las.
Rogerio Martins rogerio64martins@hotmail.comPsicólogo, consultor de empresas e palestrante.
Superproteção
Proteger seus filhos é uma atitude esperada de todas as mães, na nossa sociedade. Esses cuidados maternos desde o nascimento, sempre amorosos, persistentes, incondicionais, dão uma base de segurança física e emocional à criança nos seus primeiros anos de vida.
Entretanto, na medida em que crescem, todas precisam experimentar o contato com as diferentes pessoas e nas mais diversas situações, para conhecerem seus limites e os alargarem, para se tornarem fortes, capazes de superarem frustrações, lutarem por seus objetivos, suportarem adversidades e serem autônomas, entre outras coisas.
Infelizmente esse processo natural de crescimento, exige certo despreendimento materno, o qual nem sempre é fácil para algumas mulheres, que frente a um mundo cheio de violência e disputas acirradas, não conseguem deixar de manterem os cuidados excessivos, necessários aos primeiros anos mas que depois deles, tornam-se excessivos e debilitantes para a autoestima da criança e seu amadurecimento.
Por estranho que pareça, na mesma época em que as crianças assumem ares adolescentes tão cedo, buscam a liberdade e se colocam contra as normas mais básicas, muitas são também superprotegidas, não respondem por suas decisões mesmo quando agem de modo errado e não toleram sofrer frustrações: seus pais e especialmente suas mães, tomam todas as providencias para que vivam longe de contrariedades, problemas, perdas, responsabilidades.
Com a desculpa de que precisam cuidar para que seus filhos sejam resguardados da violência, do sofrimento, os fazem viver em uma redoma, longe da realidade, dos encargos que gradativamente todos deviam assumir para aprender a se defender. Entretanto se esquecem que toda proteção não é capaz de livrar seus filhos de acidentes e nem de tragédias de todo tipo, nem de sentimentos de incompetência ou baixa autoestima pois ao contrário do que algumas mães julgam, ser cuidado demais, não dá a sensação de serem mais amadas, mas sim de serem incompetentes e daí para a frustração e a busca de satisfação em outras áreas menos saudáveis, é um passo.
Excesso de proteção pode levar a uma falsa ideia de que são pessoas especiais, imunes a qualquer perigo, o que é uma bomba de efeito programado principalmente na adolescência: jovens que exageram na bebida, nos esportes radicais, abandonam a escola, tornam-se agressivos contra seus próprios pais, infelizmente estão nas páginas dos noticiários. Todas as crianças correm alguns riscos durante seu crescimento e superá-los as torna competentes e fortes perante os demais.
É difícil as mães se reconhecerem como superprotetoras, já que raramente percebem o exagero de seus cuidados em relação ao filho. Normalmente os atribui a alguma causa externa o que constitui na verdade um pretexto para continuarem cuidando de seu filho como se este fosse alguém muito indefeso ou imaturo para a idade.
Geralmente a mãe acaba percebendo que é ou foi superprotetora da forma mais desastrosa: seu filho passa a ser alvo de brincadeiras maliciosas dos colegas, se distancia das crianças e adolescentes da mesma idade não apenas porque a mãe o impede de sair com os amigos ou se enturmar, mas porque ao longo dos anos torna-se muito diferente de seus pares, mais despreparado, inseguro, antissocial, ou mandão, agressivo, etc.
Antes que isso ocorra, é sempre bom parar para refletir se o carinho e a proteção que dispensa aos filhos não está além daquela que eles precisam para poderem crescer, experimentar o erro, o fracasso, as perdas e aprenderem a superá-las com nossa orientação, mas por si mesmos, para que se fortaleçam e se preparem para serem autônomos, independentes e fortes: aprender a viver é algo que exige alguns tombos.
Alguns sinais nos apontam que a criança está se sentindo sufocada com a proteção excessiva. Quando pequenos, apresentam comportamentos de criança mais nova: falam como bebê, mandam e não pedem, choramingam, não são capazes de tomar minimamente conta de si mesmos, de sua higiene pessoal, de seus brinquedos , materiais escolares, etc, e por isso em comparação aos colegas normalmente amadurecidos para a faixa etária, tornam-se gritantemente diferentes.
Conforme o tempo passa, como seu amadurecimento é sempre refreado, essa diferença vai crescendo e junto com ela seus problemas de relacionamento social e de fragilidade vão se intensificando. Adultos criados por mães superprotetoras, em geral são péssimos pais, pois são infantilizados, narcisistas e egoístas. Como crianças mimadas, são mais irmãos do que pais: concorrem com seus próprios filhos.
Algumas sugestões podem ajudar mães e filhos:
- Se a criança não tiver oportunidade de fazer algo sozinho, não aprenderá por falta de motivação, de treino ou mesmo por perceber que seu crescimento não agrada à mãe que o prefere imaturo e dependente;
- Não é porque a criança depende da mãe, que a amará mais ou que os vínculos familiares são e serão mais fortes: eles serão é dependentes;
- As dificuldades de aprendizagem estão entre as conseqüências imediatas do excesso de zelo materno: demoram para se adaptar à escola e, em casos mais graves não conseguem se socializar a contento. Aprender exige esforço próprio, resistência à frustração e motivação, atitudes impossíveis para uma criança excessivamente protegida. Se algo parece muito difícil para uma criança, e sua mãe o incentivar, ele começar a aprender como fazer para superar essa dificuldade, a mãe resolver tudo em seu lugar, ele não aprenderá nada que seus amiguinhos já sabem ou saberão fazer em breve e ficará “para trás”;
- Mães superprotetoras também são pessoas que sofrem e que precisam de ajuda e não de recriminações. Se não conseguem perceber o quanto prejudicam o desenvolvimento do filho e o sofrimento que lhes provocam, uma pessoa amiga as poderá fazer entender a necessidade de um tratamento terapêutico, que não é só indicado, mas indispensável para o bem-estar mental e emocional da criança e dela própria.
Maria Irene Maluf irenemaluf@uol.com.brPedagoga, especialista em Educação Especial e Psicopedagogia.
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Entretanto, na medida em que crescem, todas precisam experimentar o contato com as diferentes pessoas e nas mais diversas situações, para conhecerem seus limites e os alargarem, para se tornarem fortes, capazes de superarem frustrações, lutarem por seus objetivos, suportarem adversidades e serem autônomas, entre outras coisas.
Infelizmente esse processo natural de crescimento, exige certo despreendimento materno, o qual nem sempre é fácil para algumas mulheres, que frente a um mundo cheio de violência e disputas acirradas, não conseguem deixar de manterem os cuidados excessivos, necessários aos primeiros anos mas que depois deles, tornam-se excessivos e debilitantes para a autoestima da criança e seu amadurecimento.
Por estranho que pareça, na mesma época em que as crianças assumem ares adolescentes tão cedo, buscam a liberdade e se colocam contra as normas mais básicas, muitas são também superprotegidas, não respondem por suas decisões mesmo quando agem de modo errado e não toleram sofrer frustrações: seus pais e especialmente suas mães, tomam todas as providencias para que vivam longe de contrariedades, problemas, perdas, responsabilidades.
Com a desculpa de que precisam cuidar para que seus filhos sejam resguardados da violência, do sofrimento, os fazem viver em uma redoma, longe da realidade, dos encargos que gradativamente todos deviam assumir para aprender a se defender. Entretanto se esquecem que toda proteção não é capaz de livrar seus filhos de acidentes e nem de tragédias de todo tipo, nem de sentimentos de incompetência ou baixa autoestima pois ao contrário do que algumas mães julgam, ser cuidado demais, não dá a sensação de serem mais amadas, mas sim de serem incompetentes e daí para a frustração e a busca de satisfação em outras áreas menos saudáveis, é um passo.
Excesso de proteção pode levar a uma falsa ideia de que são pessoas especiais, imunes a qualquer perigo, o que é uma bomba de efeito programado principalmente na adolescência: jovens que exageram na bebida, nos esportes radicais, abandonam a escola, tornam-se agressivos contra seus próprios pais, infelizmente estão nas páginas dos noticiários. Todas as crianças correm alguns riscos durante seu crescimento e superá-los as torna competentes e fortes perante os demais.
É difícil as mães se reconhecerem como superprotetoras, já que raramente percebem o exagero de seus cuidados em relação ao filho. Normalmente os atribui a alguma causa externa o que constitui na verdade um pretexto para continuarem cuidando de seu filho como se este fosse alguém muito indefeso ou imaturo para a idade.
Geralmente a mãe acaba percebendo que é ou foi superprotetora da forma mais desastrosa: seu filho passa a ser alvo de brincadeiras maliciosas dos colegas, se distancia das crianças e adolescentes da mesma idade não apenas porque a mãe o impede de sair com os amigos ou se enturmar, mas porque ao longo dos anos torna-se muito diferente de seus pares, mais despreparado, inseguro, antissocial, ou mandão, agressivo, etc.
Antes que isso ocorra, é sempre bom parar para refletir se o carinho e a proteção que dispensa aos filhos não está além daquela que eles precisam para poderem crescer, experimentar o erro, o fracasso, as perdas e aprenderem a superá-las com nossa orientação, mas por si mesmos, para que se fortaleçam e se preparem para serem autônomos, independentes e fortes: aprender a viver é algo que exige alguns tombos.
Alguns sinais nos apontam que a criança está se sentindo sufocada com a proteção excessiva. Quando pequenos, apresentam comportamentos de criança mais nova: falam como bebê, mandam e não pedem, choramingam, não são capazes de tomar minimamente conta de si mesmos, de sua higiene pessoal, de seus brinquedos , materiais escolares, etc, e por isso em comparação aos colegas normalmente amadurecidos para a faixa etária, tornam-se gritantemente diferentes.
Conforme o tempo passa, como seu amadurecimento é sempre refreado, essa diferença vai crescendo e junto com ela seus problemas de relacionamento social e de fragilidade vão se intensificando. Adultos criados por mães superprotetoras, em geral são péssimos pais, pois são infantilizados, narcisistas e egoístas. Como crianças mimadas, são mais irmãos do que pais: concorrem com seus próprios filhos.
Algumas sugestões podem ajudar mães e filhos:
- Se a criança não tiver oportunidade de fazer algo sozinho, não aprenderá por falta de motivação, de treino ou mesmo por perceber que seu crescimento não agrada à mãe que o prefere imaturo e dependente;
- Não é porque a criança depende da mãe, que a amará mais ou que os vínculos familiares são e serão mais fortes: eles serão é dependentes;
- As dificuldades de aprendizagem estão entre as conseqüências imediatas do excesso de zelo materno: demoram para se adaptar à escola e, em casos mais graves não conseguem se socializar a contento. Aprender exige esforço próprio, resistência à frustração e motivação, atitudes impossíveis para uma criança excessivamente protegida. Se algo parece muito difícil para uma criança, e sua mãe o incentivar, ele começar a aprender como fazer para superar essa dificuldade, a mãe resolver tudo em seu lugar, ele não aprenderá nada que seus amiguinhos já sabem ou saberão fazer em breve e ficará “para trás”;
- Mães superprotetoras também são pessoas que sofrem e que precisam de ajuda e não de recriminações. Se não conseguem perceber o quanto prejudicam o desenvolvimento do filho e o sofrimento que lhes provocam, uma pessoa amiga as poderá fazer entender a necessidade de um tratamento terapêutico, que não é só indicado, mas indispensável para o bem-estar mental e emocional da criança e dela própria.
Maria Irene Maluf irenemaluf@uol.com.brPedagoga, especialista em Educação Especial e Psicopedagogia.
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Estados e municípios dão início a planejamento de ações para 2011-2014
Mais de 3,7 mil municípios, os 26 estados e o Distrito Federal iniciaram o planejamento de suas ações no campo da educação básica para o período 2011-2014. Dados do Ministério da Educação (MEC) mostram que, desses 3,7 mil municípios, 1.949 estão com o planejamento adiantado. O mesmo desempenho acontece em 18 das 27 secretarias estaduais de educação.
O diretor de articulação de programas da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Romeu Caputo, explica que o módulo do Plano de Ações Articuladas (PAR), que é um roteiro de planejamento elaborado pelo MEC, foi aberto há 30 dias e que o ritmo das redes até o momento é considerado bom.
Para os dirigentes que ainda não começaram o planejamento, Caputo recomenda que acessem o Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec), solicitem a senha de acesso e, se precisarem de ajuda técnica para o preenchimento de dados, que peçam ao MEC ou à União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Os gestores, segundo Caputo, também devem ler os materiais específicos de apoio produzidos pelo ministério sobre a elaboração do PAR.
O diretor lembra a governadores e prefeitos que será com base nesse planejamento que o ministério prestará assistência técnica e financeira, na rubrica denominada transferências voluntárias de recursos.
No transporte escolar, por exemplo, os dirigentes podem solicitar a aquisição de ônibus, barcos ou bicicletas. Estão também disponíveis programas de construção de escolas de educação infantil (creches e pré-escolas); o programa Brasil Profissionalizado, que envolve recursos para a construção, reforma e ampliação de unidades da educação profissionais, além da formação inicial e continuada de professores das redes.
O diretor de articulação de programas da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Romeu Caputo, explica que o módulo do Plano de Ações Articuladas (PAR), que é um roteiro de planejamento elaborado pelo MEC, foi aberto há 30 dias e que o ritmo das redes até o momento é considerado bom.
Para os dirigentes que ainda não começaram o planejamento, Caputo recomenda que acessem o Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec), solicitem a senha de acesso e, se precisarem de ajuda técnica para o preenchimento de dados, que peçam ao MEC ou à União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Os gestores, segundo Caputo, também devem ler os materiais específicos de apoio produzidos pelo ministério sobre a elaboração do PAR.
O diretor lembra a governadores e prefeitos que será com base nesse planejamento que o ministério prestará assistência técnica e financeira, na rubrica denominada transferências voluntárias de recursos.
No transporte escolar, por exemplo, os dirigentes podem solicitar a aquisição de ônibus, barcos ou bicicletas. Estão também disponíveis programas de construção de escolas de educação infantil (creches e pré-escolas); o programa Brasil Profissionalizado, que envolve recursos para a construção, reforma e ampliação de unidades da educação profissionais, além da formação inicial e continuada de professores das redes.
STF publica decisão que declarou legal piso dos professores
O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou ontem (24) o acórdão do julgamento ocorrido em abril que reconheceu a constitucionalidade da lei que criou o piso nacional do magistério. Alguns governos estaduais e prefeituras estavam aguardando a publicação do acórdão para se adequar à legislação.
Segundo a Agência Brasil, a Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determinou que nenhum professor da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais pode ganhar menos de R$ 950 por mês. Com a correção, o valor do piso este ano passou para R$ 1.187. Quando a lei foi aprovada, cinco governadores entraram no STF questionando a constitucionalidade do piso nacional.
Este mês, professores de 21 estados pararam as atividades para exigir o cumprimento da lei. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), “a decisão do STF, tão aguardada por milhões de trabalhadores em educação, torna incontestável qualquer opinião que desafie a constitucionalidade e a aplicação imediata da lei”.
O STF confirmou, no julgamento, que o piso nacional deve ser interpretado como vencimento básico, isto é, sem gratificações e outros adicionais. As prefeituras alegam que não têm dinheiro para garantir o salário de acordo com o que determina a lei. Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) com 1.641 prefeituras mostra que, considerando o piso como vencimento inicial, a média salarial paga a professores de nível médio variou, em 2010, de R$ 587 a R$ 1.011,39. No caso dos docentes com formação superior, os salários variaram entre R$ 731,84 e R$ 1.299,59.
Outro levantamento, feito pela CNTE com os sindicatos filiados, mostrou que 17 estados não pagam aos professores o valor mínimo estabelecido em lei. Não há levantamento sobre o cumprimento da lei nas redes municipais.
Estados e municípios podem pedir ao Ministério da Educação (MEC) uma verba complementar para estender o piso nacional à todos os professores. Para conseguir o dinheiro, é preciso comprovar que aplica 25% da arrecadação em educação, como prevê a Constituição Federal, e que o pagamento do piso desequilibra as contas públicas. O MEC tem R$ 1 bilhão disponíveis para este fim, mas, desde que a lei foi criada, nenhuma das prefeituras que solicitaram a complementação de recursos cumpriu as exigências necessárias para receber o dinheiro.
Segundo a Agência Brasil, a Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determinou que nenhum professor da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais pode ganhar menos de R$ 950 por mês. Com a correção, o valor do piso este ano passou para R$ 1.187. Quando a lei foi aprovada, cinco governadores entraram no STF questionando a constitucionalidade do piso nacional.
Este mês, professores de 21 estados pararam as atividades para exigir o cumprimento da lei. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), “a decisão do STF, tão aguardada por milhões de trabalhadores em educação, torna incontestável qualquer opinião que desafie a constitucionalidade e a aplicação imediata da lei”.
O STF confirmou, no julgamento, que o piso nacional deve ser interpretado como vencimento básico, isto é, sem gratificações e outros adicionais. As prefeituras alegam que não têm dinheiro para garantir o salário de acordo com o que determina a lei. Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) com 1.641 prefeituras mostra que, considerando o piso como vencimento inicial, a média salarial paga a professores de nível médio variou, em 2010, de R$ 587 a R$ 1.011,39. No caso dos docentes com formação superior, os salários variaram entre R$ 731,84 e R$ 1.299,59.
Outro levantamento, feito pela CNTE com os sindicatos filiados, mostrou que 17 estados não pagam aos professores o valor mínimo estabelecido em lei. Não há levantamento sobre o cumprimento da lei nas redes municipais.
Estados e municípios podem pedir ao Ministério da Educação (MEC) uma verba complementar para estender o piso nacional à todos os professores. Para conseguir o dinheiro, é preciso comprovar que aplica 25% da arrecadação em educação, como prevê a Constituição Federal, e que o pagamento do piso desequilibra as contas públicas. O MEC tem R$ 1 bilhão disponíveis para este fim, mas, desde que a lei foi criada, nenhuma das prefeituras que solicitaram a complementação de recursos cumpriu as exigências necessárias para receber o dinheiro.
Maioria não sabe fazer conta aos oito anos
Exclusão da educação começa nos primeiros anos
IG
Pela primeira vez o Brasil aplicou uma avaliação para medir a qualidade da alfabetização dos estudantes e diagnosticar problemas logo no início da vida escolar. Os resultados são alarmantes e mostram que as desigualdades entre as redes pública e privada começam desde cedo.
Em Matemática, apenas 32,6% dos alunos de escolas públicas alcançaram o resultado esperado, enquanto 74,3% atingiram os objetivos desejados na rede privada. A diferença se repete em Português, que teve provas de interpretação de texto e uma redação. Em Leitura, 79% dos estudantes de escolas particulares aprenderam o que era esperado, enquanto 48,6% tiveram o desempenho ideal na rede pública. Na escrita, 82,4% das crianças que estudam em escolas particulares estão no nível desejado; já nas públicas, 43,9% alcançaram o mesmo resultado.
A prova batizada de ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) foi aplicada pelo movimento Todos Pela Educação, que tem como uma das metas que toda criança seja alfabetizada até os 8 anos de idade. Para Priscila Cruz, diretora-executiva da entidade, a diferença entre as redes e entre as regiões tende a se ampliar ao longo da vida escolar, por isso o diagnóstico precoce das defasagens é importante.
O exame foi aplicado a 6 mil alunos que concluíram o 3º ano (2ª série) do ensino fundamental em 250 escolas públicas e particulares localizadas em todas as capitais do País e no Distrito Federal. "Mesmo as melhores notas não são boas, pois 100% das crianças deveriam ter atingido o mínimo esperado", reforça Priscila.
A avaliação seguiu a escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e teve como média 175 pontos - aprendizado ideal para a etapa da educação avaliada. Em Leitura, era esperado que os alunos conseguissem identificar temas de uma narrativa, localizassem informações explícitas, identificassem características de personagens e percebessem relações de causa e efeito, entre outras tarefas. Em Matemática, atingir no mínimo 175 pontos significa que os alunos têm, por exemplo, domínio da adição e subtração e conseguem resolver problemas simples.
Na redação, foram avaliadas três competências: adequação ao tema e ao gênero; coesão e coerência e registro (grafia das palavras, adequação às normas gramaticais, segmentação de palavras e pontuação). Para isso, as crianças foram solicitadas a fazer uma carta com no máximo 10 linhas. Em uma escala que vai de 0 a 100 pontos, o desempenho esperado dos alunos avaliados era de pelo menos 75 pontos - a medida foi criada especialmente para a Prova ABC, pois o Saeb não valia a escrita.
Cada aluno respondeu também a 20 questões de múltipla escolha de Leitura ou de Matemática - as crianças tiveram que responder a prova de apenas uma das disciplinas e todas fizeram a redação. A avaliação é uma parceria do movimento Todos Pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro /IBOPE, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Regiões
Na média nacional do Brasil, a maioria dos estudantes (57,2%) não aprendeu o que era esperado em Matemática, ou seja, nem a metade dos alunos (42,8%) consegue fazer operações simples como contas de adição e subtração com dois algarismos. Em Leitura, 56,1% atingiram o desempenho ideal e na Escrita 53,4% apresentaram as competências mínimas exigidas.
A prova também registrou desigualdades entre as regiões brasileiras. O Sul, o Sudeste e o Centro ficaram acima da média nacional e tiveram percentuais de alunos com desempenho dentro do esperado superiores a 60% em português e próximos de 50% em matemática.
Já o Norte e o Nordeste ficaram abaixo da média e tiveram cerca de 43% dos alunos com nível adequado em Português. Em Matemática o desempenho foi pior: no Nordeste, 32,4% dos estudantes aprenderam o esperado e, no Norte, apenas 28,3% estão no nível adequado.
"Estes dados apontam que os baixos desempenhos em matemática apresentados pelos alunos brasileiros ao final do Ensino Fundamental, e posteriormente do Ensino Médio, começam já a serem traçados nos primeiros anos da vida escolar. Fato que nos coloca diante da necessidade de promover políticas públicas de incentivo a aprendizagem de matemática desde a alfabetização", afirma Ruben Klein, consultor da Cesgranrio.
Desigualdades
Comparando a melhor média obtida em Matemática, na rede particular do Sul (224,9), com a pior, registrada na rede pública do Norte (145,4) há uma diferença de 79 pontos. Na porcentagem de alunos com aprendizagem dentro do esperado, a distância é de 64 pontos percentuais.
Para os responsáveis pela pesquisa, as diferenças socio-econômicas entre as redes (particular e pública) e entre as regiões brasileiras são a causa principal da desigualdade de desempenho apontada pela Prova ABC. "Isso explica, mas não justifica. Essa diferença social precisa ser superada, com mais recursos, mais incentivos e mais políticas públicas", diz Priscila.
IG
Pela primeira vez o Brasil aplicou uma avaliação para medir a qualidade da alfabetização dos estudantes e diagnosticar problemas logo no início da vida escolar. Os resultados são alarmantes e mostram que as desigualdades entre as redes pública e privada começam desde cedo.
Em Matemática, apenas 32,6% dos alunos de escolas públicas alcançaram o resultado esperado, enquanto 74,3% atingiram os objetivos desejados na rede privada. A diferença se repete em Português, que teve provas de interpretação de texto e uma redação. Em Leitura, 79% dos estudantes de escolas particulares aprenderam o que era esperado, enquanto 48,6% tiveram o desempenho ideal na rede pública. Na escrita, 82,4% das crianças que estudam em escolas particulares estão no nível desejado; já nas públicas, 43,9% alcançaram o mesmo resultado.
A prova batizada de ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) foi aplicada pelo movimento Todos Pela Educação, que tem como uma das metas que toda criança seja alfabetizada até os 8 anos de idade. Para Priscila Cruz, diretora-executiva da entidade, a diferença entre as redes e entre as regiões tende a se ampliar ao longo da vida escolar, por isso o diagnóstico precoce das defasagens é importante.
O exame foi aplicado a 6 mil alunos que concluíram o 3º ano (2ª série) do ensino fundamental em 250 escolas públicas e particulares localizadas em todas as capitais do País e no Distrito Federal. "Mesmo as melhores notas não são boas, pois 100% das crianças deveriam ter atingido o mínimo esperado", reforça Priscila.
A avaliação seguiu a escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e teve como média 175 pontos - aprendizado ideal para a etapa da educação avaliada. Em Leitura, era esperado que os alunos conseguissem identificar temas de uma narrativa, localizassem informações explícitas, identificassem características de personagens e percebessem relações de causa e efeito, entre outras tarefas. Em Matemática, atingir no mínimo 175 pontos significa que os alunos têm, por exemplo, domínio da adição e subtração e conseguem resolver problemas simples.
Na redação, foram avaliadas três competências: adequação ao tema e ao gênero; coesão e coerência e registro (grafia das palavras, adequação às normas gramaticais, segmentação de palavras e pontuação). Para isso, as crianças foram solicitadas a fazer uma carta com no máximo 10 linhas. Em uma escala que vai de 0 a 100 pontos, o desempenho esperado dos alunos avaliados era de pelo menos 75 pontos - a medida foi criada especialmente para a Prova ABC, pois o Saeb não valia a escrita.
Cada aluno respondeu também a 20 questões de múltipla escolha de Leitura ou de Matemática - as crianças tiveram que responder a prova de apenas uma das disciplinas e todas fizeram a redação. A avaliação é uma parceria do movimento Todos Pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro /IBOPE, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Regiões
Na média nacional do Brasil, a maioria dos estudantes (57,2%) não aprendeu o que era esperado em Matemática, ou seja, nem a metade dos alunos (42,8%) consegue fazer operações simples como contas de adição e subtração com dois algarismos. Em Leitura, 56,1% atingiram o desempenho ideal e na Escrita 53,4% apresentaram as competências mínimas exigidas.
A prova também registrou desigualdades entre as regiões brasileiras. O Sul, o Sudeste e o Centro ficaram acima da média nacional e tiveram percentuais de alunos com desempenho dentro do esperado superiores a 60% em português e próximos de 50% em matemática.
Já o Norte e o Nordeste ficaram abaixo da média e tiveram cerca de 43% dos alunos com nível adequado em Português. Em Matemática o desempenho foi pior: no Nordeste, 32,4% dos estudantes aprenderam o esperado e, no Norte, apenas 28,3% estão no nível adequado.
"Estes dados apontam que os baixos desempenhos em matemática apresentados pelos alunos brasileiros ao final do Ensino Fundamental, e posteriormente do Ensino Médio, começam já a serem traçados nos primeiros anos da vida escolar. Fato que nos coloca diante da necessidade de promover políticas públicas de incentivo a aprendizagem de matemática desde a alfabetização", afirma Ruben Klein, consultor da Cesgranrio.
Desigualdades
Comparando a melhor média obtida em Matemática, na rede particular do Sul (224,9), com a pior, registrada na rede pública do Norte (145,4) há uma diferença de 79 pontos. Na porcentagem de alunos com aprendizagem dentro do esperado, a distância é de 64 pontos percentuais.
Para os responsáveis pela pesquisa, as diferenças socio-econômicas entre as redes (particular e pública) e entre as regiões brasileiras são a causa principal da desigualdade de desempenho apontada pela Prova ABC. "Isso explica, mas não justifica. Essa diferença social precisa ser superada, com mais recursos, mais incentivos e mais políticas públicas", diz Priscila.
MT- Juiz suspende funcionamento da faculdades em Mirassol D'Oeste
Redação 24 Horas News
O juiz Emerson Luis Pereira Cajango, da 2ª Vara da Comarca de Mirassol D´Oeste, acatou Ação Civil Pública com pedido de liminar proposta pelo promotor da Vara Civil, Milton Pereira, e suspendeu o funcionamento da Faculdades Resende de Freitas na cidade. A faculdade é acusada de estar prestando serviços de educação superior em várias cidades do Estado de Mato Grosso, entre elas Mirassol D’Oeste, sem o devido credenciamento e autorização do Ministério da Educação (MEC).
Segundo o Inquérito Civil n. 008/2011, os cursos oferecidos pela Faculdades Resende de Freitas neste município funcionam totalmente no sistema presencial, de segunda-feira a sexta-feira, no período noturno e nas dependências da Escola Municipal Inedi Fontes Castilho de Queiroz, sendo que a instituição de ensino superior somente tem autorização do MEC para o oferecimento de vagas na cidade de Itaúba, Norte de Mato Grosso, não dispondo de autorização para oferecer cursos em nenhuma outra cidade deste Estado, além do que as instalações não são adequadas.
Na Ação Civil Pública, o promotor Milton Pereira requereu junto ao Poder Judiciário a concessão de medida liminar a fim de determinar a suspensão das atividades da Faculdades Resende de Freitas; desconsideração da pessoa jurídica da Faculdades Resende de Freitas; seqüestro e a indisponibilidade dos bens dos requeridos, entre outros.
O juiz Emerson Luis Pereira Cajango, da 2ª Vara da Comarca de Mirassol D´Oeste, acatou Ação Civil Pública com pedido de liminar proposta pelo promotor da Vara Civil, Milton Pereira, e suspendeu o funcionamento da Faculdades Resende de Freitas na cidade. A faculdade é acusada de estar prestando serviços de educação superior em várias cidades do Estado de Mato Grosso, entre elas Mirassol D’Oeste, sem o devido credenciamento e autorização do Ministério da Educação (MEC).
Segundo o Inquérito Civil n. 008/2011, os cursos oferecidos pela Faculdades Resende de Freitas neste município funcionam totalmente no sistema presencial, de segunda-feira a sexta-feira, no período noturno e nas dependências da Escola Municipal Inedi Fontes Castilho de Queiroz, sendo que a instituição de ensino superior somente tem autorização do MEC para o oferecimento de vagas na cidade de Itaúba, Norte de Mato Grosso, não dispondo de autorização para oferecer cursos em nenhuma outra cidade deste Estado, além do que as instalações não são adequadas.
Na Ação Civil Pública, o promotor Milton Pereira requereu junto ao Poder Judiciário a concessão de medida liminar a fim de determinar a suspensão das atividades da Faculdades Resende de Freitas; desconsideração da pessoa jurídica da Faculdades Resende de Freitas; seqüestro e a indisponibilidade dos bens dos requeridos, entre outros.
MT- Professora do IFMT publica artigo científico internacional
Redação 24 Horas News
Participante de um grupo de pesquisa que discute a língua portuguesa em um contexto internacional, a professora de Língua Portuguesa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) Campus Cuiabá, Msc. Edsônia de Souza Oliveira Melo, foi uma das autoras de um artigo publicado no volume 7 da revista portuguesa "Interacções".
Com o título “Ainda sobre a formação do professor de língua portuguesa no Brasil”, o artigo também foi escrito pelos professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Dra. Maria Rosa Petroni e do professor Agameton Ramsés Justino.
Edsônia começou a participar do grupo após cursar Mestrado em Estudos de Linguagem (MeEL) na universidade e conta que os estudos dos integrantes acontecem por meio de interação através de videoconferências e encontros em congressos com membros do Instituto Politécnico de Santarém (Portugal), o qual edita a revista e faz parte da Escola Superior de Educação de Santarém.
A publicação é um dos resultados de estudo de um projeto internacional que estuda a Língua Portuguesa, intitulado "O Ensino da Língua Portuguesa no Mundo: bases epistemológicas, objetivos e conteúdos". No Brasil, participam desse projeto pesquisadores da USP, UFG, UFU, UFMT, IFMT e IFSP.
Segundo Edsônia, as exigências da atual sociedade, cada vez mais tecnológica, impõem a necessidade da formação docente em novas bases, para atender às demandas sociais. Nesse sentido, de acordo com os documentos oficiais brasileiros, publicados a partir de 1998, o ensino da leitura e da escrita deve ser regido por conceitos como interação, discurso, texto, gêneros discursivos. Em razão disso, a formação docente deve oferecer ao professor conhecimentos outros que não apenas o gramatical.
“Nesse artigo, argumentamos em favor de uma formação docente que privilegie a teoria enunciativo-discursiva, estabelecida sobre a base dialógica, que institui professor e aluno como interlocutores”, afirma a docente do IFMT.
O artigo pode ser acessado no site do Instituto Politécnico de Santarém http://nonio.eses.pt/interaccoes/ , clicando em “Artigos” no menu à esquerda e depois sobre a palavra “Número 19”, do Volume 7 da revista.
Participante de um grupo de pesquisa que discute a língua portuguesa em um contexto internacional, a professora de Língua Portuguesa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) Campus Cuiabá, Msc. Edsônia de Souza Oliveira Melo, foi uma das autoras de um artigo publicado no volume 7 da revista portuguesa "Interacções".
Com o título “Ainda sobre a formação do professor de língua portuguesa no Brasil”, o artigo também foi escrito pelos professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Dra. Maria Rosa Petroni e do professor Agameton Ramsés Justino.
Edsônia começou a participar do grupo após cursar Mestrado em Estudos de Linguagem (MeEL) na universidade e conta que os estudos dos integrantes acontecem por meio de interação através de videoconferências e encontros em congressos com membros do Instituto Politécnico de Santarém (Portugal), o qual edita a revista e faz parte da Escola Superior de Educação de Santarém.
A publicação é um dos resultados de estudo de um projeto internacional que estuda a Língua Portuguesa, intitulado "O Ensino da Língua Portuguesa no Mundo: bases epistemológicas, objetivos e conteúdos". No Brasil, participam desse projeto pesquisadores da USP, UFG, UFU, UFMT, IFMT e IFSP.
Segundo Edsônia, as exigências da atual sociedade, cada vez mais tecnológica, impõem a necessidade da formação docente em novas bases, para atender às demandas sociais. Nesse sentido, de acordo com os documentos oficiais brasileiros, publicados a partir de 1998, o ensino da leitura e da escrita deve ser regido por conceitos como interação, discurso, texto, gêneros discursivos. Em razão disso, a formação docente deve oferecer ao professor conhecimentos outros que não apenas o gramatical.
“Nesse artigo, argumentamos em favor de uma formação docente que privilegie a teoria enunciativo-discursiva, estabelecida sobre a base dialógica, que institui professor e aluno como interlocutores”, afirma a docente do IFMT.
O artigo pode ser acessado no site do Instituto Politécnico de Santarém http://nonio.eses.pt/interaccoes/ , clicando em “Artigos” no menu à esquerda e depois sobre a palavra “Número 19”, do Volume 7 da revista.
MT- Projeto Literatura no Parque chega até bairro carente de Cuiabá
Redação 24 Horas News
Entre clássicos da literatura infantil, contos e cantigas de roda, o projeto Literatura no Parque desperta nas crianças o encanto pelos livros como incentivo a imaginação, a criatividade e a alegria. Desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-MT), por meio da unidade Sesiescola Cuiabá, a ação que começou no Parque Massairo Okamura agora expande as atividades para bairros, onde crianças carentes precisam de um estímulo para transformar a leitura em um hábito.
O projeto que está na 4ª edição, buscou crianças do bairro 1º de Março em Cuiabá que participam de ações ligadas a Indústria do Conhecimento, projeto desenvolvido pelo Sesi-MT que promove cursos gratuitos, acesso a informática e biblioteca, e alunos do Educandário Maria de Nazaré, que faz parte dos trabalhos da Associação Espírita Wantuil de Freitas.
Com início em 12 de agosto, o projeto Literatura no Parque reúne semanalmente cerca de 60 crianças do bairro que participam de oficinas de leitura, contação de histórias, teatros e brincadeiras. Todas as atividades têm o acompanhamento de professores e o incentivo à leitura é conduzido por crianças do Sesiescola Cuiabá, que cursam o 6º ano do ensin o fundamental.
Utilizando maneiras divertidas de interagir com as crianças, as aulas são realizadas também em ambientes externos, em gramados e quadras, para trabalhar a imaginação dos leitores. No bairro 1º de Março as atividades do projeto Literatura no Parque acontecem até 30 de setembro. O encerramento da ação será no Parque Massairo Okamura, com atividades de leitura, barracas de teatro e contação de histórias.
Literatura no Parque – O projeto existe há quatro anos e reúne alunos do Sesiescola Cuiabá que participam do programa ‘Educação em Tempo Integral'. Os encontros acontecem semanalmente no Parque Massairo Okamura onde, com o apoio de uma biblioteca móvel, alunos e professores fazem leituras ao ar livre e participam de atividades diferenciadas. Estender o projeto até bairros & eacute; uma ação inovadora, que pretende prosseguir em 2012.
Entre clássicos da literatura infantil, contos e cantigas de roda, o projeto Literatura no Parque desperta nas crianças o encanto pelos livros como incentivo a imaginação, a criatividade e a alegria. Desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-MT), por meio da unidade Sesiescola Cuiabá, a ação que começou no Parque Massairo Okamura agora expande as atividades para bairros, onde crianças carentes precisam de um estímulo para transformar a leitura em um hábito.
O projeto que está na 4ª edição, buscou crianças do bairro 1º de Março em Cuiabá que participam de ações ligadas a Indústria do Conhecimento, projeto desenvolvido pelo Sesi-MT que promove cursos gratuitos, acesso a informática e biblioteca, e alunos do Educandário Maria de Nazaré, que faz parte dos trabalhos da Associação Espírita Wantuil de Freitas.
Com início em 12 de agosto, o projeto Literatura no Parque reúne semanalmente cerca de 60 crianças do bairro que participam de oficinas de leitura, contação de histórias, teatros e brincadeiras. Todas as atividades têm o acompanhamento de professores e o incentivo à leitura é conduzido por crianças do Sesiescola Cuiabá, que cursam o 6º ano do ensin o fundamental.
Utilizando maneiras divertidas de interagir com as crianças, as aulas são realizadas também em ambientes externos, em gramados e quadras, para trabalhar a imaginação dos leitores. No bairro 1º de Março as atividades do projeto Literatura no Parque acontecem até 30 de setembro. O encerramento da ação será no Parque Massairo Okamura, com atividades de leitura, barracas de teatro e contação de histórias.
Literatura no Parque – O projeto existe há quatro anos e reúne alunos do Sesiescola Cuiabá que participam do programa ‘Educação em Tempo Integral'. Os encontros acontecem semanalmente no Parque Massairo Okamura onde, com o apoio de uma biblioteca móvel, alunos e professores fazem leituras ao ar livre e participam de atividades diferenciadas. Estender o projeto até bairros & eacute; uma ação inovadora, que pretende prosseguir em 2012.
MT - Cansados de esperar, pais derrubam escola na Zona Rural de Confresa
Agência da Noticia e RNA
Os pais dos alunos da Escola Estadual Santo Antonio que está localizada no Assentamento Santo Antônio no município de Confresa, “derrubaram” a escola que funcionava em um barracão de madeira desde 2003. A decisão foi tomada depois de anos de espera para que a nova estrutura que já está sendo construída fique pronta.
Na escola 270 alunos participavam das aulas do estado e 30 da alfabetização infantil além do EJA. A escola que era municipal passou a ser de responsabilidade do Estado em outubro de 2009, após o Estado assumir a escola foi iniciada a construção de uma nova escola através de recursos do PAC- Programa de Aceleração e Crescimento, mas até agora as obras estão paralisadas e causando revolta em moradores que dependem daquela escola para estudar e dar educação para as crianças.
Sem escola, os alunos agora terão aulas em locais cedidos pela comunidade como barracões de Igrejas e Centro Comunitário, até um curral foi colocado a disposição dos professores e alunos
Os pais dos alunos da Escola Estadual Santo Antonio que está localizada no Assentamento Santo Antônio no município de Confresa, “derrubaram” a escola que funcionava em um barracão de madeira desde 2003. A decisão foi tomada depois de anos de espera para que a nova estrutura que já está sendo construída fique pronta.
Na escola 270 alunos participavam das aulas do estado e 30 da alfabetização infantil além do EJA. A escola que era municipal passou a ser de responsabilidade do Estado em outubro de 2009, após o Estado assumir a escola foi iniciada a construção de uma nova escola através de recursos do PAC- Programa de Aceleração e Crescimento, mas até agora as obras estão paralisadas e causando revolta em moradores que dependem daquela escola para estudar e dar educação para as crianças.
Sem escola, os alunos agora terão aulas em locais cedidos pela comunidade como barracões de Igrejas e Centro Comunitário, até um curral foi colocado a disposição dos professores e alunos
Justiça autoriza aluno do ProUni a transferir curso
Estudante quer transferir a bolsa do curso de psicologia para o de nutrição.
A desembargadora federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Selene de Almeida confirmou na noite da terça-feira a sentença que garante a um estudante universitário bolsista do Programa Universidade Para Todos (ProUni) o direito a transferência da bolsa do curso de psicologia para o de nutrição. De acordo com a desembargadora, não há razões legais que impeçam o estudande de realizar tal transferência.
A decisão em 1ª instância ainda tem caráter liminar.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), essa transferência só poderia ocorrer em cursos de áreas afins. O argumento foi utilizado pela instituição de ensino Anhanguera para negar o pedido do aluno para migração da bolsa. Selena de Almeida afirmou que existem dispositivos legais que corroboram o direito à transferência do benefício. Ela se apoia em um artigo da lei do ProUni que permite, no momento de adesão da instituição ao programa, a permuta de bolsas entre cursos e turnos, restrita a um quinto do total de benefícios oferecidos.
O ProUni distribui bolsas de estudo integrais ou parciais em instituições de educação superior privadas. Podem se candidatar às bolsas integrais estudantes com renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais são destinadas a candidatos com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa. O programa do Ministério da Educação (MEC) foi criado em 2004 pelo governo federal e distribui bolsas para estudantes de baixa renda com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Fonte: veja.abril.com.br
A desembargadora federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Selene de Almeida confirmou na noite da terça-feira a sentença que garante a um estudante universitário bolsista do Programa Universidade Para Todos (ProUni) o direito a transferência da bolsa do curso de psicologia para o de nutrição. De acordo com a desembargadora, não há razões legais que impeçam o estudande de realizar tal transferência.
A decisão em 1ª instância ainda tem caráter liminar.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), essa transferência só poderia ocorrer em cursos de áreas afins. O argumento foi utilizado pela instituição de ensino Anhanguera para negar o pedido do aluno para migração da bolsa. Selena de Almeida afirmou que existem dispositivos legais que corroboram o direito à transferência do benefício. Ela se apoia em um artigo da lei do ProUni que permite, no momento de adesão da instituição ao programa, a permuta de bolsas entre cursos e turnos, restrita a um quinto do total de benefícios oferecidos.
O ProUni distribui bolsas de estudo integrais ou parciais em instituições de educação superior privadas. Podem se candidatar às bolsas integrais estudantes com renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais são destinadas a candidatos com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa. O programa do Ministério da Educação (MEC) foi criado em 2004 pelo governo federal e distribui bolsas para estudantes de baixa renda com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Fonte: veja.abril.com.br
MT- Ministério Público Estadual e o combate ao bullying
Diretores de várias escolas de Cuiabá assinaram na última quarta (24.08) um termo de compromisso com o Ministério Público Estadual de combate ao bullying . O acordo foi firmado durante audiência pública, após ampla discussão sobre o assunto. O debate foi promovido pela 8ª Promotoria de Justiça Cível do Núcleo de Defesa da Cidadania da Capital.
De acordo com o promotor de Justiça Miguel Slhessarenko Junior, no termo de compromisso foram estabelecidas nove medidas preventivas para o combate desse tipo de violência. São ações relacionadas à capacitação dos profissionais de educação; controle dos registros de ocorrências; aplicação de penalidades administrativas;entre outras.
“Além de assegurar a implementação das medidas preventivas, o Ministério Público está a disposição das escolas para realização de visitas, palestras e participação de reuniões com a comunidade escolar para tratar deste assunto. Queremos estabelecer uma sistemática de atuação para contribuirmos com a redução dos índices de violência nas escolas”, ressaltou o promotor de Justiça.
Segundo ele, o município de Cuiabá já possui legislação sobre o tema e o Estado também vem discutindo a temática para aprimoramento da política 'antibullying'. Uma pesquisa realizada com estudantes da Capital demonstra que cerca de 45% dos alunos já foram vítimas da prática de bullying. Entre as consequências desse tipo de violência estão a baixa estima, falta de vontade de ir à escola, depressão, agressividade, stress, entre outras.
“Tudo isso pode tornar o ambiente escolar hostil e violento, contribuindo para a evasão escolar. O que o Ministério Público pretende é contribuir para a melhoria da educação, reduzir os índices de violência e bullying nas escolas, tornando este ambiente propício à formação da cidadania”, destacou Slhessarenko.
Fonte: Assessoria / CLÊNIA GORETTH
De acordo com o promotor de Justiça Miguel Slhessarenko Junior, no termo de compromisso foram estabelecidas nove medidas preventivas para o combate desse tipo de violência. São ações relacionadas à capacitação dos profissionais de educação; controle dos registros de ocorrências; aplicação de penalidades administrativas;entre outras.
“Além de assegurar a implementação das medidas preventivas, o Ministério Público está a disposição das escolas para realização de visitas, palestras e participação de reuniões com a comunidade escolar para tratar deste assunto. Queremos estabelecer uma sistemática de atuação para contribuirmos com a redução dos índices de violência nas escolas”, ressaltou o promotor de Justiça.
Segundo ele, o município de Cuiabá já possui legislação sobre o tema e o Estado também vem discutindo a temática para aprimoramento da política 'antibullying'. Uma pesquisa realizada com estudantes da Capital demonstra que cerca de 45% dos alunos já foram vítimas da prática de bullying. Entre as consequências desse tipo de violência estão a baixa estima, falta de vontade de ir à escola, depressão, agressividade, stress, entre outras.
“Tudo isso pode tornar o ambiente escolar hostil e violento, contribuindo para a evasão escolar. O que o Ministério Público pretende é contribuir para a melhoria da educação, reduzir os índices de violência e bullying nas escolas, tornando este ambiente propício à formação da cidadania”, destacou Slhessarenko.
Fonte: Assessoria / CLÊNIA GORETTH
MT- SMTU conscientiza crianças sobre os riscos do trânsito
Os palhaçinhos da secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos – SMTU, Gilika e Ximbica, continuam o trabalho de conscientização das crianças sobre os riscos do trânsito, dando um tratamento descontraído e com muito humor a temas sérios.
O colégio Master Jr. recebeu os palhacinhos na última terça (23-08), e os teatros foram direcionados para crianças de 6 a 8 anos, e funcionários da instituição.
Um dos temas discutidos durante o teatro foi que, atravessar a rua sobre a faixa de pedestres é o único local seguro para se fazer a travessia. Também foi recomendado às crianças que o uso do cinto de segurança é o comportamento mais seguro dentro do carro. Usar sempre o cinto de segurança (tanto no banco dianteiro quanto no traseiro), não atrapalhar o motorista e manter os membros para dentro do veículo, também integram a lista de recomendações às crianças.
Para a secretária Rosane Maria Schmeing, a educação para o trânsito deveria ser matéria obrigatória. “A conscientização começa nessa idade: quando a criança aprende o certo e o errado no trânsito, acaba levando essa informação para casa; se o pai comete uma infração e é alertado pelo filho, dificilmente ele repetirá o erro. Acredito que a educação para o trânsito deveria ser matéria obrigatória para todas as crianças, porque todas fazem parte do trânsito, seja de carro, de moto ou caminhando, todas andam pelas ruas”.
A SMTU lembra que as palestras e teatros para o trânsito são gratuitos, e que os interessados em participar do programa precisam entrar em contato com o setor de Educação para o Trânsito através do telefone: (65) 3315-4222.
Fonte: Marcio Guimarães/Da assessoria
O colégio Master Jr. recebeu os palhacinhos na última terça (23-08), e os teatros foram direcionados para crianças de 6 a 8 anos, e funcionários da instituição.
Um dos temas discutidos durante o teatro foi que, atravessar a rua sobre a faixa de pedestres é o único local seguro para se fazer a travessia. Também foi recomendado às crianças que o uso do cinto de segurança é o comportamento mais seguro dentro do carro. Usar sempre o cinto de segurança (tanto no banco dianteiro quanto no traseiro), não atrapalhar o motorista e manter os membros para dentro do veículo, também integram a lista de recomendações às crianças.
Para a secretária Rosane Maria Schmeing, a educação para o trânsito deveria ser matéria obrigatória. “A conscientização começa nessa idade: quando a criança aprende o certo e o errado no trânsito, acaba levando essa informação para casa; se o pai comete uma infração e é alertado pelo filho, dificilmente ele repetirá o erro. Acredito que a educação para o trânsito deveria ser matéria obrigatória para todas as crianças, porque todas fazem parte do trânsito, seja de carro, de moto ou caminhando, todas andam pelas ruas”.
A SMTU lembra que as palestras e teatros para o trânsito são gratuitos, e que os interessados em participar do programa precisam entrar em contato com o setor de Educação para o Trânsito através do telefone: (65) 3315-4222.
Fonte: Marcio Guimarães/Da assessoria
MT- Amigos da Escola tem Dia Temático em Cuiabá
A Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a TV Centro América, realiza nesta sexta-feira (26-08), o Dia Temático “Inclusão na Educação”. A programação faz parte do projeto Amigos da Escola, da Rede Globo de Televisão e terá início às 08 horas na Escola Municipal Tereza Lobo, no bairro Dom Aquino, reunindo também alunos, voluntários e equipes gestoras das Escolas Celina Fialho Bezerra, Doze de Outubro e Nossa Senhora Penha de França.
Será o primeiro Dia Temático desde que Cuiabá passou a integrar o Amigos da Escola. Uma ampla programação foi preparada e consistirá em apresentações culturais, como dança afro, desfiles, apresentação de peça teatral, jogos educativos e debates abordando a diversidade, com temas como a “africanidade brasileira na construção da diversidade” e “somos todos africanos”.
Amigos da Escola é um projeto criado pela Rede Globo (TV Globo e emissoras afiliadas) com o objetivo de contribuir para o fortalecimento da educação e da escola pública de educação básica. O projeto estimula o envolvimento de todos (profissionais da educação, alunos, familiares e comunidade) nesse esforço e a participação de voluntários e entidades no desenvolvimento de ações educacionais – complementares, e nunca em substituição, às atividades curriculares/educação formal e de cidadania, em benefício dos alunos, da própria escola, de seus profissionais e da comunidade.
O projeto é implementado em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Faça Parte, Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), além de instituições e empresas comprometidas com a educação de qualidade para todos.
Mais informações: (65) 3645-6578
Félix/Assessoria
Será o primeiro Dia Temático desde que Cuiabá passou a integrar o Amigos da Escola. Uma ampla programação foi preparada e consistirá em apresentações culturais, como dança afro, desfiles, apresentação de peça teatral, jogos educativos e debates abordando a diversidade, com temas como a “africanidade brasileira na construção da diversidade” e “somos todos africanos”.
Amigos da Escola é um projeto criado pela Rede Globo (TV Globo e emissoras afiliadas) com o objetivo de contribuir para o fortalecimento da educação e da escola pública de educação básica. O projeto estimula o envolvimento de todos (profissionais da educação, alunos, familiares e comunidade) nesse esforço e a participação de voluntários e entidades no desenvolvimento de ações educacionais – complementares, e nunca em substituição, às atividades curriculares/educação formal e de cidadania, em benefício dos alunos, da própria escola, de seus profissionais e da comunidade.
O projeto é implementado em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Faça Parte, Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), além de instituições e empresas comprometidas com a educação de qualidade para todos.
Mais informações: (65) 3645-6578
Félix/Assessoria
Trata-se de um desabafo sincero e honesto!!!
Devemos respeitar!!!
Achei na net !
Tenho 42 anos, sou gay, torcedor do cruzeiro, advogado e moro em Londres. Nunca sofri nenhum tipo de discriminação em virtude de minha orientação sexual. E como gay, penso que tenho alguma autoridade nesse assunto.
Primeiramente - e já contrariando a turba - gostaria de expressar minha sincera simpatia pelo Deputado Bolsonaro, que no fundo deve ser uma pessoa de uma doçura ímpar, apesar de suas manifestações "grosseiras e/ou politicamente incorretas".
Mas ele está corretíssimo em suas ponderações sobre as ideais dos gays brasileiros. Vou direto ao assunto. Nunca tive problemas em ser homossexual porque sou uma pessoa comum, quase igual à vida de qualquer heterossexual. Esse negócio de viver a vida expressando diuturnamente sua sexualidade é uma doença.
A sexualidade é algo que se encontra na esfera da intimidade e não diz respeito a ninguém. Não tenho trejeitos e não aprecio quem os tem. Para mim, qualquer tipo de extremo é patológico. Minha vida é dedicada e focada em outras coisas, principalmente o trabalho. Outros, como doentes que são, vivem a vidafocados na sexualidade.
O machão grosseiro e mulherengo ou a bicha louca demonstram bem estes extremos. Qualquer tipo de pervertido ou depravado (como a Preta Gil), o pedófilo, estão neste mesmo barco. Nunca fui numa parada gaye jamais irei, pois para mim aquilo é um circo de loucas horrorosas, uma apologia à bizarrice e à cocaína. Sejam francos e falem a verdade! Hoje aplaudimos o bizarro e a perversãodoentia e ainda levamos nossos filhos pra assistir esses desfiles.
Se a parada gay realmente fosse um ato político, relembrando sua real importância histórica, muita bem caberia nocarnaval - abrindo o desfile das escolas de samba. Muito mais apropriado. Está rolando sim, um movimento das bichas enlouquecidas, no sentido detransformar o mundonum grande puteiro-hospício gay. Eu tenho um sobrinho de 11 anos e nunca senti a necessidade de explicar para ele que o "titio é gay" - isto é uma palhaçada.
As crianças devem ser educadas no sentido de respeitar o próximo e ponto.
Isto engloba tudo. Se pararmos para olhar como o mundo se encontra, temos que reconhecer que o modelo de educação que se desenvolve há décadas foi criado no sentido de deseducar e desestruturar cultural e intelectualmente as massas.
Universidades por todo mundo vomitam milhões de pseudos-intelectuais todos os anos, mas tudo piora a cada dia e caminhamos a passos largos para o buraco. Todos os governos do mundo conspiram contra seus próprios cidadãos e se transformaram em grandes máfias, junto com os Bancos e as Corporações estão levando tudo, inclusive (e principalmente) nossa própria humanidade.
A corrupção se alastra pelo globo e nunca vimos tantas guerras e descrições que vão desde o aspecto moral, até o material - a destruição de nosso próprio planeta. A coisa está tão feia, mas tão feia, que somente umaintervenção "divina" é capaz de frear nossos insanos governantes e a turba alucinada. E digo mais ! A fonte desse movimento encontra-se dentro da Rede Globo, onde a viadagem anda solta, desde muito tempo atrás.
Os maiores interessados no crescimento desse movimento gay são os diretores dessa TV desumana, a Globo, que no fundo no fundo, incita as crianças e jovens a assumirem um lado feminino, que em tese, às vezes nem existe de fato. Não crucifiquemos o pobre do Bolsonaro. Tenhamos o entendimento de que seu comportamento é um grito SINCERO de alguém que está lá cumprindo o seu fiel papel. Se ninguém disser um chega BEM ALTO a essa gayzada frenética, a coisa sairá dos limites - como já está saindo.
Ele é sim a expressão de milhares e milhares de pessoas, para não dizer milhões. Ele pode ser meio atrapalhado, mas não está errado não. E tenho certeza que esse blá-blá-blá de dar porrada no filho se for "viado" é só da boca pra fora. Ele é uma pessoa boníssima. Eu tenho certeza disso. Os gays precisam de amor e compreensão, não de fanatismo apregoado pelas bichas ensandecidas.
Achei na net !
Tenho 42 anos, sou gay, torcedor do cruzeiro, advogado e moro em Londres. Nunca sofri nenhum tipo de discriminação em virtude de minha orientação sexual. E como gay, penso que tenho alguma autoridade nesse assunto.
Primeiramente - e já contrariando a turba - gostaria de expressar minha sincera simpatia pelo Deputado Bolsonaro, que no fundo deve ser uma pessoa de uma doçura ímpar, apesar de suas manifestações "grosseiras e/ou politicamente incorretas".
Mas ele está corretíssimo em suas ponderações sobre as ideais dos gays brasileiros. Vou direto ao assunto. Nunca tive problemas em ser homossexual porque sou uma pessoa comum, quase igual à vida de qualquer heterossexual. Esse negócio de viver a vida expressando diuturnamente sua sexualidade é uma doença.
A sexualidade é algo que se encontra na esfera da intimidade e não diz respeito a ninguém. Não tenho trejeitos e não aprecio quem os tem. Para mim, qualquer tipo de extremo é patológico. Minha vida é dedicada e focada em outras coisas, principalmente o trabalho. Outros, como doentes que são, vivem a vidafocados na sexualidade.
O machão grosseiro e mulherengo ou a bicha louca demonstram bem estes extremos. Qualquer tipo de pervertido ou depravado (como a Preta Gil), o pedófilo, estão neste mesmo barco. Nunca fui numa parada gaye jamais irei, pois para mim aquilo é um circo de loucas horrorosas, uma apologia à bizarrice e à cocaína. Sejam francos e falem a verdade! Hoje aplaudimos o bizarro e a perversãodoentia e ainda levamos nossos filhos pra assistir esses desfiles.
Se a parada gay realmente fosse um ato político, relembrando sua real importância histórica, muita bem caberia nocarnaval - abrindo o desfile das escolas de samba. Muito mais apropriado. Está rolando sim, um movimento das bichas enlouquecidas, no sentido detransformar o mundonum grande puteiro-hospício gay. Eu tenho um sobrinho de 11 anos e nunca senti a necessidade de explicar para ele que o "titio é gay" - isto é uma palhaçada.
As crianças devem ser educadas no sentido de respeitar o próximo e ponto.
Isto engloba tudo. Se pararmos para olhar como o mundo se encontra, temos que reconhecer que o modelo de educação que se desenvolve há décadas foi criado no sentido de deseducar e desestruturar cultural e intelectualmente as massas.
Universidades por todo mundo vomitam milhões de pseudos-intelectuais todos os anos, mas tudo piora a cada dia e caminhamos a passos largos para o buraco. Todos os governos do mundo conspiram contra seus próprios cidadãos e se transformaram em grandes máfias, junto com os Bancos e as Corporações estão levando tudo, inclusive (e principalmente) nossa própria humanidade.
A corrupção se alastra pelo globo e nunca vimos tantas guerras e descrições que vão desde o aspecto moral, até o material - a destruição de nosso próprio planeta. A coisa está tão feia, mas tão feia, que somente umaintervenção "divina" é capaz de frear nossos insanos governantes e a turba alucinada. E digo mais ! A fonte desse movimento encontra-se dentro da Rede Globo, onde a viadagem anda solta, desde muito tempo atrás.
Os maiores interessados no crescimento desse movimento gay são os diretores dessa TV desumana, a Globo, que no fundo no fundo, incita as crianças e jovens a assumirem um lado feminino, que em tese, às vezes nem existe de fato. Não crucifiquemos o pobre do Bolsonaro. Tenhamos o entendimento de que seu comportamento é um grito SINCERO de alguém que está lá cumprindo o seu fiel papel. Se ninguém disser um chega BEM ALTO a essa gayzada frenética, a coisa sairá dos limites - como já está saindo.
Ele é sim a expressão de milhares e milhares de pessoas, para não dizer milhões. Ele pode ser meio atrapalhado, mas não está errado não. E tenho certeza que esse blá-blá-blá de dar porrada no filho se for "viado" é só da boca pra fora. Ele é uma pessoa boníssima. Eu tenho certeza disso. Os gays precisam de amor e compreensão, não de fanatismo apregoado pelas bichas ensandecidas.
domingo, 21 de agosto de 2011
Jogos entram na rotina da nova realidade escolar
Por: Valeska Andrade
A tecnologia tem o poder de simplificar conteúdos na medida em que seus instrumentos ilustram, contextualizam ou permitem experimentação sem riscos para o usuário.
Os jogos eletrônicos, chamados games, agregam essas qualidades que, somadas ao lúdico, encantam pessoas de todas as idades.
De olho nesse interesse, a editora de livros didáticos FTD, firmou parceria com a Pontifica Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) para desenvolver games educativos que vão auxiliar os alunos.
Os jogos seguem os parâmetros do Ministério da Educação (MEC) e foram elaborados para crianças de 7 a 11 anos. “A criança de hoje é impaciente, o game potencializa o aprendizado na maneira que proporciona resposta imediata para acertos ou erros.”, diz o professor Edgard Cornachione, pesquisador na área de tecnologias instrucionais.
Fonte: Brasil Econômico (SP)
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Sete milhões de estudantes do ensino fundamental não estão na série adequada para a idade
Por: Valeska Andrade
O percentual de alunos do ensino fundamental que não está na série adequada para a sua idade voltou a crescer nos últimos dois anos.
Dados do Ministério da Educação mostram que, no ano passado, o percentual chegou a 23,6%, ou cerca de sete milhões de alunos.
Em 2008, estava em 22,1%. A presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Cleuza Repulho, afirma que a alta é significativa.
“Em um país grande como o Brasil, um aumento de 1% já é preocupante”. Entre as razões que levam ao atraso, estão a entrada na escola após a idade correta, reprovação e o abandono.
Entre os estados, a pior situação é a do Pará, onde quase 40% dos alunos estão atrasados.
Segundo a Secretaria de Educação, isso ocorre devido ao trabalho infantil, gravidez precoce e problemas com drogas.
Fonte: Folha de S. Paulo (SP)
Estágio: privilégio de 7,4% dos estudantes
Por: Valeska Andrade
A luta para conseguir um bom estágio é desafiadora. Dados de 2008, do Ministério da Educação (MEC) e da Associação Brasileira de Estágios (Abres), demonstram que dos mais de 13 milhões de alunos matriculados nos ensinos médio e superior, somente 7,4% deles, ou seja, menos de um milhão, conseguiram estagiar.
A concorrência é grande. Muitos candidatos ao estágio são eliminados nas primeiras etapas do processo, pois não mostram comprometimento nem com o horário das dinâmicas e entrevistas.
Outros não seguem adiante porque não dominam nem sequer a língua portuguesa.
Os chefes ou gerentes de Recursos Humanos (RH) apostam em quem se mostra aberto à filosofia e à prática das empresas, em quem sabe respeitar determinações e tenha foco e disciplina”, avalia o presidente da Abres, Seme Arone Júnior.
Fonte: Correio Braziliense (DF)
Frequência mínima escolar, questão de qualidade
Adriana de Bortoli Gentil
O debate em torno da frequência mínima do aluno em sala de aula, em nosso país, tem sido polêmica. Nas últimas décadas, tem assumido um aspecto assistencialista em função de medidas governamentais, mas que não deixam de alimentar um debate constante sobre a qualidade da educação nacional. É extremamente importante esse diálogo, já que perseguimos a melhoria da qualidade dos serviços educacionais.
A aprovação pela Comissão de Educação do Senado, no dia 4 de maio, da frequência mínima do aluno em sala de aula - que passará dos atuais 75% para 80% de exigência – vem, de certa forma, ao encontro das metas do novo Plano Nacional de Educação, que se encontra em tramitação no Congresso. Ele determina, em sua meta número 6: oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
Observa-se que há uma tentativa gradual de aproximar-se da meta proposta, já que o debate sobre o aumento da frequência na sala de aula caminha paralelamente ao projeto de ampliação da carga horária mínima anual. Atualmente, a carga horária é de 800 horas por ano e, de acordo com o projeto aprovado, passará para 960 horas.
Essa proposta de alteração significa, na prática, aumentar a permanência do aluno na escola, que poderá ser revertida em aumento diário do tempo na escola ou expansão dos dias letivos previstos anualmente.
Mesmo sabendo que o Brasil, em comparação com outras nações da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), possui uma carga horária reduzida, existem divergências entre os especialistas quanto ao tema.
Provavelmente, isso é devido à questão estrutural e sistêmica da educação nacional, como infraestrutura, política de financiamento, gestão e valorização dos profissionais da educação, entre outros.
É importante destacar que qualquer proposta de alteração na forma de atendimento da escola deve passar por uma ampla análise da conjuntura escolar, desde a infraestrutura do colégio, o currículo, a gestão, a formação e a qualificação de todos os profissionais da educação que atuam no espaço escolar.
Não podemos tratar da qualidade do ensino somente na perspectiva de aumento do tempo de permanência dos alunos na escola, mas enfrentar antigos dilemas da educação nacional. Muitos especialistas advertem que o tempo de permanência do aluno na escola não necessariamente contribui para o seu aprimoramento, que há necessidade de utilizar esse “novo tempo” de forma criteriosa, definindo diretrizes escolares por meio de um currículo que contemple essa nova realidade e o contexto social de cada comunidade escolar.
As propostas apresentadas pela Comissão de Educação do Senado não são uma novidade: há muitas décadas, especialistas, docentes, órgãos de representação de classe, conselhos municipais de educação e representantes do poder público debatem o assunto. Mas, quem sabe, chegou a hora de nos debruçar sobre essa questão, de relevância para as nossas crianças e jovens, inclusive considerando-se as metas do novo Plano Nacional de Educação a ser aprovado.
Do outro lado da moeda, a ampliação do tempo de permanência do aluno na escola pode denunciar uma preocupação do governo com seu programa de transferência de renda, no que se refere ao excesso de absenteísmo nas escolas. Dados de 2009 demonstram que o estado de São Paulo concentra mais da metade dos municípios do país onde há maior descumprimento da exigência para recebimento do benefício.
No Paraná, mais de 13 mil beneficiários podem ter o pagamento do Bolsa Família suspenso pela falta de frequência escolar ou desatualização dos dados cadastrais do programa. Pela exigência do programa, os estudantes com idade entre 6 e 15 anos precisam cumprir o mínimo de 85% da carga horária mensal.
De qualquer forma, os projetos apresentados pela Comissão de Educação do Senado são pertinentes porque abrem espaço para o debate e podem se revelar grandes aliados na tarefa de todos nós: garantir, de forma efetiva, um amplo debate nacional sobre a qualidade da educação nacional.
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Adriana de Bortoli Gentil anacarolina@libris.com.brMestre em educação, pedagoga, historiadora e Suporte Pedagógico da Divisão de Sistemas de Ensino da Editora Saraiva.
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O debate em torno da frequência mínima do aluno em sala de aula, em nosso país, tem sido polêmica. Nas últimas décadas, tem assumido um aspecto assistencialista em função de medidas governamentais, mas que não deixam de alimentar um debate constante sobre a qualidade da educação nacional. É extremamente importante esse diálogo, já que perseguimos a melhoria da qualidade dos serviços educacionais.
A aprovação pela Comissão de Educação do Senado, no dia 4 de maio, da frequência mínima do aluno em sala de aula - que passará dos atuais 75% para 80% de exigência – vem, de certa forma, ao encontro das metas do novo Plano Nacional de Educação, que se encontra em tramitação no Congresso. Ele determina, em sua meta número 6: oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
Observa-se que há uma tentativa gradual de aproximar-se da meta proposta, já que o debate sobre o aumento da frequência na sala de aula caminha paralelamente ao projeto de ampliação da carga horária mínima anual. Atualmente, a carga horária é de 800 horas por ano e, de acordo com o projeto aprovado, passará para 960 horas.
Essa proposta de alteração significa, na prática, aumentar a permanência do aluno na escola, que poderá ser revertida em aumento diário do tempo na escola ou expansão dos dias letivos previstos anualmente.
Mesmo sabendo que o Brasil, em comparação com outras nações da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), possui uma carga horária reduzida, existem divergências entre os especialistas quanto ao tema.
Provavelmente, isso é devido à questão estrutural e sistêmica da educação nacional, como infraestrutura, política de financiamento, gestão e valorização dos profissionais da educação, entre outros.
É importante destacar que qualquer proposta de alteração na forma de atendimento da escola deve passar por uma ampla análise da conjuntura escolar, desde a infraestrutura do colégio, o currículo, a gestão, a formação e a qualificação de todos os profissionais da educação que atuam no espaço escolar.
Não podemos tratar da qualidade do ensino somente na perspectiva de aumento do tempo de permanência dos alunos na escola, mas enfrentar antigos dilemas da educação nacional. Muitos especialistas advertem que o tempo de permanência do aluno na escola não necessariamente contribui para o seu aprimoramento, que há necessidade de utilizar esse “novo tempo” de forma criteriosa, definindo diretrizes escolares por meio de um currículo que contemple essa nova realidade e o contexto social de cada comunidade escolar.
As propostas apresentadas pela Comissão de Educação do Senado não são uma novidade: há muitas décadas, especialistas, docentes, órgãos de representação de classe, conselhos municipais de educação e representantes do poder público debatem o assunto. Mas, quem sabe, chegou a hora de nos debruçar sobre essa questão, de relevância para as nossas crianças e jovens, inclusive considerando-se as metas do novo Plano Nacional de Educação a ser aprovado.
Do outro lado da moeda, a ampliação do tempo de permanência do aluno na escola pode denunciar uma preocupação do governo com seu programa de transferência de renda, no que se refere ao excesso de absenteísmo nas escolas. Dados de 2009 demonstram que o estado de São Paulo concentra mais da metade dos municípios do país onde há maior descumprimento da exigência para recebimento do benefício.
No Paraná, mais de 13 mil beneficiários podem ter o pagamento do Bolsa Família suspenso pela falta de frequência escolar ou desatualização dos dados cadastrais do programa. Pela exigência do programa, os estudantes com idade entre 6 e 15 anos precisam cumprir o mínimo de 85% da carga horária mensal.
De qualquer forma, os projetos apresentados pela Comissão de Educação do Senado são pertinentes porque abrem espaço para o debate e podem se revelar grandes aliados na tarefa de todos nós: garantir, de forma efetiva, um amplo debate nacional sobre a qualidade da educação nacional.
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Adriana de Bortoli Gentil anacarolina@libris.com.brMestre em educação, pedagoga, historiadora e Suporte Pedagógico da Divisão de Sistemas de Ensino da Editora Saraiva.
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Uma ação de amor
A vida está em nós como a morte está na consciência de nosso medo! Para que sejamos justos com nossa realidade devemos ressaltar nossos medos e crer na jovialidade de emoções que surgem a cada momento em nossas vidas.
O ato principal em existir não esta na paranoia do receio em ver que tudo tem seu tempo, sua importância e, por fim, um estágio a ser descoberto.
Nossos olhos tentam enganar nossas emoções, tentam mascarar uma reação natural que somente a interlocução das palavras consegue definir o que sentimos.
Uma ação de amor conduz em nosso interior um prazer que representa a vida. Uma vida diferenciada! Pois ela coabita em outro ser, em uma estrutura que não é nossa. O compasso da ajuda nos leva a entender alguns mistérios que somente Deus consegue definir com exatidão.
Nosso nascimento não acontece no acaso, nossos encontros são estabelecidos por nossas necessidades e as várias necessidades contidas em outros que buscam nosso apoio. Em contrapartida, nosso “eu interior”, aprenderá a identificar que temos muito a compartilhar e aprender!
Em muitas ocasiões, na variação de nosso tempo existencial, creditamos impulsos para responsabilizar nossos poucos acertos. Não há realidade nessa explicação, pois o que devemos aceitar é que existe o tempo em que devemos aprimorar o ato de ouvir ao invés de receitarmos o uso de palavras que debatem e recriam dúvidas e incertezas sobre o que pensamos e deva ser nossa participação.
A juventude não deve ser vista como um estágio onde tudo é permissível. O tempo trás regras que entoarão em seu passar! O amor deve ser compartilhado pela solidariedade, pela ação, comunhão com a natureza e a liberdade em se saber que a saúde é um ato que se estabelece através dos movimentos iniciais no nascimento.
A mente, o corpo e a alma se unem para que nosso espírito consiga nos ensinar que a colheita que colheremos em nosso futuro esta presa a tudo que tenhamos inalado, sorvido, buscado e não entendido. A saúde contempla um corpo que se movimenta, que respeita suas emoções e cria uma barreira contra as emoções ruins. O vício de nossa vida moderna acentua um mal estar que agride nossa paz, afastando-nos de uma ação de amor que respeite nossa presença na vida.
Há um remédio natural em nosso corpo que não tomamos: credibilidade com o que realmente acreditamos! Os hospitais estão cheios de seres humanos que se deixam levar por angústias que destroem suas certezas e ramificam por todo corpo, doenças ocasionadas por decisões que não foram tomadas.
Antes que nosso corpo adoeça, antes que nossa mente minta para nossos sentimentos, dê um sentido prático para sua consciência! Ame sua origem, ame seu corpo e tenha menos tolerância quando o assunto seja: mal estar.
Se não encontrarmos um sorriso verdadeiro, um amor compartilhado e o apoio sobre nós mesmos estaremos caminhando em direção ao nosso próprio fim.
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Eder Roberto Diasederoamorsemprevence@bol.com.brEscritor, poeta, palestrante e autor do livro: O amor sempre vence... Editora Gente.
O ato principal em existir não esta na paranoia do receio em ver que tudo tem seu tempo, sua importância e, por fim, um estágio a ser descoberto.
Nossos olhos tentam enganar nossas emoções, tentam mascarar uma reação natural que somente a interlocução das palavras consegue definir o que sentimos.
Uma ação de amor conduz em nosso interior um prazer que representa a vida. Uma vida diferenciada! Pois ela coabita em outro ser, em uma estrutura que não é nossa. O compasso da ajuda nos leva a entender alguns mistérios que somente Deus consegue definir com exatidão.
Nosso nascimento não acontece no acaso, nossos encontros são estabelecidos por nossas necessidades e as várias necessidades contidas em outros que buscam nosso apoio. Em contrapartida, nosso “eu interior”, aprenderá a identificar que temos muito a compartilhar e aprender!
Em muitas ocasiões, na variação de nosso tempo existencial, creditamos impulsos para responsabilizar nossos poucos acertos. Não há realidade nessa explicação, pois o que devemos aceitar é que existe o tempo em que devemos aprimorar o ato de ouvir ao invés de receitarmos o uso de palavras que debatem e recriam dúvidas e incertezas sobre o que pensamos e deva ser nossa participação.
A juventude não deve ser vista como um estágio onde tudo é permissível. O tempo trás regras que entoarão em seu passar! O amor deve ser compartilhado pela solidariedade, pela ação, comunhão com a natureza e a liberdade em se saber que a saúde é um ato que se estabelece através dos movimentos iniciais no nascimento.
A mente, o corpo e a alma se unem para que nosso espírito consiga nos ensinar que a colheita que colheremos em nosso futuro esta presa a tudo que tenhamos inalado, sorvido, buscado e não entendido. A saúde contempla um corpo que se movimenta, que respeita suas emoções e cria uma barreira contra as emoções ruins. O vício de nossa vida moderna acentua um mal estar que agride nossa paz, afastando-nos de uma ação de amor que respeite nossa presença na vida.
Há um remédio natural em nosso corpo que não tomamos: credibilidade com o que realmente acreditamos! Os hospitais estão cheios de seres humanos que se deixam levar por angústias que destroem suas certezas e ramificam por todo corpo, doenças ocasionadas por decisões que não foram tomadas.
Antes que nosso corpo adoeça, antes que nossa mente minta para nossos sentimentos, dê um sentido prático para sua consciência! Ame sua origem, ame seu corpo e tenha menos tolerância quando o assunto seja: mal estar.
Se não encontrarmos um sorriso verdadeiro, um amor compartilhado e o apoio sobre nós mesmos estaremos caminhando em direção ao nosso próprio fim.
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Eder Roberto Diasederoamorsemprevence@bol.com.brEscritor, poeta, palestrante e autor do livro: O amor sempre vence... Editora Gente.
Entrevista - Preconceito prejudica desempenho de alunos na sala de aula Publicidade
ANTÔNIO GÓIS
DO RIO
Maria Helena Souza Patto, docente do Instituto de Psicologia da USP e pesquisadora na área de Psicologia Social da Educação Escolar, afirma que o preconceito de classe pode ser uma das razões que explicam a diferença de expectativas de sucesso entre os alunos mais pobres e os mais ricos na rede pública do ensino básico.
Folha - Olhando para as estatísticas de hoje, os professores que projetam que muitos de seus alunos não chegarão ao final do ensino médio estão sendo até realistas. No entanto, não se trata de um caso de profecia que tem tudo para se realizar? Há evidências de que essa baixa expectativa do professor afeta o desempenho do aluno?
Maria Helena Souza Patto - Penso que pode haver uma dose de "realismo" nesta previsão, mas é preciso considerar também que ela pode conter outros determinantes mais implícitos e sutis. NesSa atitude "fatalista" pode estar presente uma "naturalização" do existente, quando vários intelectuais e pesquisadores brasileiros e estrangeiros já mostraram que não se pode entender a política educacional de um país sem entender o que se passa nos planos econômico, social, político e cultural. Pesquisas já realizadas com professores sobre as causas do fracasso escolar generalizado (salvo exceções que confirmam a regra), entre crianças e adolescentes que frequentam a rede pública de ensino fundamental e médio no país ( e que estão saindo desses níveis sem terem adquirido habilidades e conhecimentos que cabe à escola ensinar), mostram que um dos grandes determinantes desse resultado é a presença do preconceito de classe e étnico, que estrutura a vida cotidiana nesses estabelecimentos escolares, presente de modo claro nas falas de duas educadoras numa escola de um bairro periférico da cidade de São Paulo:
Professora: O principal é ter carinho em casa. Pode ter até um pouco de fome, mas precisa sentir que tem alguém interessado nela, que gosta dela. A mãe não tem aquela sensibilidade de um elogio. (...) Essas mães são umas coitadas, não têm sensibilidiade, não têm nada. (...) A diferença [entre mães sensíveis e insensívweis] já é de nascença, já nasce com a pessoa, é agressiva de nascença."
Orientadora pedagógica: É muito difícil para a criança da periferia. Escreve aí - pe-ri-fe-ria (enfatiza cada sílaba), porque a gente já sabe a bagagem que esta criança traz de casa.
Com essa visão negativa dos alunos e de suas famílias, educadores estão prontos a se relacionarem com essas crianças de modo a confirmar essas expectativas de que serão incapazes de aprender, por meio de vários comportamentos explícitos (agressões verbais e até físicas, como humilhações em sala de aula, arrancar e rasgar folhas de caderno que contèm erros etc.) ou mais sutis, como a frequência com que as atendem em suas dúvidas etc.
Assim sendo, eu diria que essa profecia se realiza permanentemente nas escolas brasileiras, pois estamos em um país em que a relação das classes que dominam com os que lhes são subalternos sempre foi marcada pela violência e no qual o preconceito de raça e de classe é uma realidade, desde a constituição do sistema nacional de ensino brasileiro, na primeira metade do século 20, quando o racismo científico fazia parte do discurso de nossos cientistas e de profissionais que atuavam na rede escolar procurando, por meio da educação, reverter a tendência à loucura e ao crime que seria característica de negros e mestiços.
Folha - O que fazer para reverter esse pré-conceito que os professores tem em relação a seus alunos?
Trata-se de investir na formação dos professores. Formação esta cada vez mais calamitosa desde os anos 70, quando a educação escolar foi invadida por uma mentalidade tecnicista e o cotidiano escolar foi invadido por uma segmentação do trabalho pedagógico que criou uma hierarquia entre especialistas e professores, e estes foram desqualificados e colocados em posição subalterna em relação a pedagogos, psicólogos, orientadores etc.
Recentemente, o Ministro da Educação disse que "é preciso valorizar o professor". No entanto, essa valorização ainda não aconteceu como política educacional sustentada no país. Ao contrário, a proliferação nos últimos anos de cursos de pedagogia em instituições privadas de ensino superior de baixíssima qualidade só tem feito mascarar o problema da formação de professores. Numa política educacional oficial que se contenta com estatísticas, é cada vez maior o número de professores com nível superior, e isso parece bastar aos políticos. Para mim, educadores são trabalhadores intelectuais, ou seja, precisam de formação intelectual, precisam adquirir a capacidade de refletir sobre a realidade brasileira e o lugar que lhes é destinado na manutenção da desigualdade social e na sua justificação.
Florestan Fernandes insistia: a valorização dos professores deve incluir simultaneamente a boa formação, a boa remuneração e a participação ativa desses trabalhadores nas decisões que dizem respeito ao seu trabalho.
Folha - Pensando no outro extremo, também não seria irrealista cobrar do professor que seja capaz de fazer todos os alunos terem sucesso escolar, já que sabemos que condições alheias ao seu trabalho influenciam no rendimento escolar?
São poucas as crianças portadoras de problemas psíquicos e físicos que dificultam a aprendizagem escolar. Como afirma Maria Cristina Kupfer, uma psicanalista voltada para a reflexão e a pesquisa sobre a contribuição dos conhecimentos psicanalíticos para a educação, 98% das crianças estão aptas a aprender. Mas mesmo esses 2% têm direito a esse espaço da infância chamado escola.
E são muitas as experiências de ensino, aqui e no exterior, que mostram que as condições de vida dos alunos são menos decisivas em sua capacidade de aprender quando eles frequentam uma escola que os respeita e os acolhe, que os vê como cidadãos e que conta com professores empenhados em exercer sua profissão com compromisso ético-político; e que sabem que cabe à escola realizar seus objetivos, em vez da desculpa muito frequente entre professores: "sem ajuda em casa, não vai".
Isso vem de uma boa formação educacional dos próprios professores. Um dos grandes problemas que temos hoje é que os professores são, eles próprios, produtos da falência do ensino escolar brasileiro.
Assim sendo, tenho recusado convites para participar, por exemplo, de Comissões do MEC de reforma do currículo do ensino fundamental. A meu ver, e como eu disse a eles, esse tipo de medida equivale a começar a construção de uma casa pelo telhado. O que está faltando é compromisso das autoridades com um ensino de qualidade a todas as crianças e jovens _um ensino voltado para a formação intelectual de um povo, e não um ensino limitado à pseudo-formação de um ensino meramente técnico. E para isso é preciso uma real vontade política de investir para valer na formação dos educadores.
DO RIO
Maria Helena Souza Patto, docente do Instituto de Psicologia da USP e pesquisadora na área de Psicologia Social da Educação Escolar, afirma que o preconceito de classe pode ser uma das razões que explicam a diferença de expectativas de sucesso entre os alunos mais pobres e os mais ricos na rede pública do ensino básico.
Folha - Olhando para as estatísticas de hoje, os professores que projetam que muitos de seus alunos não chegarão ao final do ensino médio estão sendo até realistas. No entanto, não se trata de um caso de profecia que tem tudo para se realizar? Há evidências de que essa baixa expectativa do professor afeta o desempenho do aluno?
Maria Helena Souza Patto - Penso que pode haver uma dose de "realismo" nesta previsão, mas é preciso considerar também que ela pode conter outros determinantes mais implícitos e sutis. NesSa atitude "fatalista" pode estar presente uma "naturalização" do existente, quando vários intelectuais e pesquisadores brasileiros e estrangeiros já mostraram que não se pode entender a política educacional de um país sem entender o que se passa nos planos econômico, social, político e cultural. Pesquisas já realizadas com professores sobre as causas do fracasso escolar generalizado (salvo exceções que confirmam a regra), entre crianças e adolescentes que frequentam a rede pública de ensino fundamental e médio no país ( e que estão saindo desses níveis sem terem adquirido habilidades e conhecimentos que cabe à escola ensinar), mostram que um dos grandes determinantes desse resultado é a presença do preconceito de classe e étnico, que estrutura a vida cotidiana nesses estabelecimentos escolares, presente de modo claro nas falas de duas educadoras numa escola de um bairro periférico da cidade de São Paulo:
Professora: O principal é ter carinho em casa. Pode ter até um pouco de fome, mas precisa sentir que tem alguém interessado nela, que gosta dela. A mãe não tem aquela sensibilidade de um elogio. (...) Essas mães são umas coitadas, não têm sensibilidiade, não têm nada. (...) A diferença [entre mães sensíveis e insensívweis] já é de nascença, já nasce com a pessoa, é agressiva de nascença."
Orientadora pedagógica: É muito difícil para a criança da periferia. Escreve aí - pe-ri-fe-ria (enfatiza cada sílaba), porque a gente já sabe a bagagem que esta criança traz de casa.
Com essa visão negativa dos alunos e de suas famílias, educadores estão prontos a se relacionarem com essas crianças de modo a confirmar essas expectativas de que serão incapazes de aprender, por meio de vários comportamentos explícitos (agressões verbais e até físicas, como humilhações em sala de aula, arrancar e rasgar folhas de caderno que contèm erros etc.) ou mais sutis, como a frequência com que as atendem em suas dúvidas etc.
Assim sendo, eu diria que essa profecia se realiza permanentemente nas escolas brasileiras, pois estamos em um país em que a relação das classes que dominam com os que lhes são subalternos sempre foi marcada pela violência e no qual o preconceito de raça e de classe é uma realidade, desde a constituição do sistema nacional de ensino brasileiro, na primeira metade do século 20, quando o racismo científico fazia parte do discurso de nossos cientistas e de profissionais que atuavam na rede escolar procurando, por meio da educação, reverter a tendência à loucura e ao crime que seria característica de negros e mestiços.
Folha - O que fazer para reverter esse pré-conceito que os professores tem em relação a seus alunos?
Trata-se de investir na formação dos professores. Formação esta cada vez mais calamitosa desde os anos 70, quando a educação escolar foi invadida por uma mentalidade tecnicista e o cotidiano escolar foi invadido por uma segmentação do trabalho pedagógico que criou uma hierarquia entre especialistas e professores, e estes foram desqualificados e colocados em posição subalterna em relação a pedagogos, psicólogos, orientadores etc.
Recentemente, o Ministro da Educação disse que "é preciso valorizar o professor". No entanto, essa valorização ainda não aconteceu como política educacional sustentada no país. Ao contrário, a proliferação nos últimos anos de cursos de pedagogia em instituições privadas de ensino superior de baixíssima qualidade só tem feito mascarar o problema da formação de professores. Numa política educacional oficial que se contenta com estatísticas, é cada vez maior o número de professores com nível superior, e isso parece bastar aos políticos. Para mim, educadores são trabalhadores intelectuais, ou seja, precisam de formação intelectual, precisam adquirir a capacidade de refletir sobre a realidade brasileira e o lugar que lhes é destinado na manutenção da desigualdade social e na sua justificação.
Florestan Fernandes insistia: a valorização dos professores deve incluir simultaneamente a boa formação, a boa remuneração e a participação ativa desses trabalhadores nas decisões que dizem respeito ao seu trabalho.
Folha - Pensando no outro extremo, também não seria irrealista cobrar do professor que seja capaz de fazer todos os alunos terem sucesso escolar, já que sabemos que condições alheias ao seu trabalho influenciam no rendimento escolar?
São poucas as crianças portadoras de problemas psíquicos e físicos que dificultam a aprendizagem escolar. Como afirma Maria Cristina Kupfer, uma psicanalista voltada para a reflexão e a pesquisa sobre a contribuição dos conhecimentos psicanalíticos para a educação, 98% das crianças estão aptas a aprender. Mas mesmo esses 2% têm direito a esse espaço da infância chamado escola.
E são muitas as experiências de ensino, aqui e no exterior, que mostram que as condições de vida dos alunos são menos decisivas em sua capacidade de aprender quando eles frequentam uma escola que os respeita e os acolhe, que os vê como cidadãos e que conta com professores empenhados em exercer sua profissão com compromisso ético-político; e que sabem que cabe à escola realizar seus objetivos, em vez da desculpa muito frequente entre professores: "sem ajuda em casa, não vai".
Isso vem de uma boa formação educacional dos próprios professores. Um dos grandes problemas que temos hoje é que os professores são, eles próprios, produtos da falência do ensino escolar brasileiro.
Assim sendo, tenho recusado convites para participar, por exemplo, de Comissões do MEC de reforma do currículo do ensino fundamental. A meu ver, e como eu disse a eles, esse tipo de medida equivale a começar a construção de uma casa pelo telhado. O que está faltando é compromisso das autoridades com um ensino de qualidade a todas as crianças e jovens _um ensino voltado para a formação intelectual de um povo, e não um ensino limitado à pseudo-formação de um ensino meramente técnico. E para isso é preciso uma real vontade política de investir para valer na formação dos educadores.
Educadores libertados
Meirevaldo Paiva
Se Marx se perguntasse, hoje, 'quem educa os educadores', enfatizaria a formação intelectual, política, cultural e libertadora do educador e não realçaria a figura do professor ou do instrutor limitados por alienantes currículos. Marx não imaginaria, porém, que, num contexto de circunstâncias manipuladas, o conceito de educador pudesse ser corrompido pelo capital, fazendo com que o perfil do educador pudesse ser comparado a um tipo de empresário, de um comerciante ou de um sofista da educação.
A própria sociedade brasileira já não faz a diferença entre o educador e o mercenário da educação graças à mídia que sustenta, massifica e fortalece essa espécie de comércio de informações, conhecimentos e diplomas na lógica neoliberal que se apropriou espertamente dos conceitos democráticos, humanistas e universais para fazer valer suas ideologias de mercado e de consumo.
Mas, se os educadores não estão sob os holofotes da mídia, por onde andarão e o que estarão fazendo que não rompem com a invisibilidade a que estão submetidos pelo sistema oficial, pelos 'donos' das escolas e das universidades, pelas elites que se sentem incomodadas com a práxis da libertação de consciências e de sentimentos que formam homens e mulheres livres para reinventar a democracia brasileira?
Os educadores estão espalhados pelas comunidades periféricas, pelas universidades, pelas escolas fundamentais e médias e por todos os lugares em que seja necessária a presença de um educador – docência, imprensa, saúde, trabalho, política - para decifrar o mundo, interpretá-lo e transformá-lo pelo conhecimento e pela cultura, pela razão e pela emoção, utilizando-se para isso da cotidianidade comum a todos.
Se a sala de aula é identificada por uma relação dialógica, de perguntas, interrogações, questionamentos, a resposta exige tempo de estudos, de reflexões, de pesquisas, de se preparar política e culturalmente para responder aos interlocutores na família, na rua, na sociedade. É a educação continuada e permanente para a autonomia intelectual e política para o discernimento e para a lucidez.
É o caso da professora de Salto de Pirapora (SP) que vasculha o cotidiano por meio da leitura de jornal bancado também pelos seus alunos de duas turmas de 6ª série mediante 'vaquinha' que paga a assinatura que não cabe mais no bolso da mestra. Pela via do jornal e de outras mídias há todo um processo de leitura, compreensão e interpretação de textos ou da palavra transformadora de circunstâncias e mais a reflexão crítica de tendências políticas, econômicas e culturais da mídia convencional e alternativa que objetiva, no processo de ensino e educação, a formação de um leitor sem cabrestos ideológicos.
No Para e no Amapá, a leitura do jornal em sala de aula revela a excelência profissional de muitos professores por um trabalho de qualidade pedagógica que os aproxima inclusive, das comunidades. O Programa 'O LIBERAL na Escola' recolhe há anos relatos e testemunhos de como se faz ensino com educação em sala de aula, como uma aula é oxigenada pela realidade do entorno da escola, como o professor se transforma num educador, num orientador e num sábio disponível para transformar as misérias humanas, sociais, econômicas dos alunos em um mundo de maiores possibilidades humanas.
São esses professores de Belém, Macapá, Castanhal, Santarém, Rio de Janeiro, São Paulo que anonimamente, invisíveis para os sistemas, sem quaisquer recursos materiais modificam o rotineiro ensino num trabalho coletivo de educação em que crianças, adolescentes e jovens aprendem a pensar, a falar, a agir, a dirigir-se ao outro sem medo e sem controladores escolares que lubrificam a manutenção dos amortecedores sociais.
São esses educadores que se educam pelos saberes populares e com eles compartilham conhecimentos, abrem perspectivas de mundo para milhares de crianças, adolescentes e jovens, e não se deixam seduzir pelas elites dominantes que privatizam o conhecimento para evitar que o povo seja o dócil rebanho dos colonizadores neoliberais.
Meirevaldo Paiva é educador
Artigo publicado no jornal O Liberal (11.02.2008)
Se Marx se perguntasse, hoje, 'quem educa os educadores', enfatizaria a formação intelectual, política, cultural e libertadora do educador e não realçaria a figura do professor ou do instrutor limitados por alienantes currículos. Marx não imaginaria, porém, que, num contexto de circunstâncias manipuladas, o conceito de educador pudesse ser corrompido pelo capital, fazendo com que o perfil do educador pudesse ser comparado a um tipo de empresário, de um comerciante ou de um sofista da educação.
A própria sociedade brasileira já não faz a diferença entre o educador e o mercenário da educação graças à mídia que sustenta, massifica e fortalece essa espécie de comércio de informações, conhecimentos e diplomas na lógica neoliberal que se apropriou espertamente dos conceitos democráticos, humanistas e universais para fazer valer suas ideologias de mercado e de consumo.
Mas, se os educadores não estão sob os holofotes da mídia, por onde andarão e o que estarão fazendo que não rompem com a invisibilidade a que estão submetidos pelo sistema oficial, pelos 'donos' das escolas e das universidades, pelas elites que se sentem incomodadas com a práxis da libertação de consciências e de sentimentos que formam homens e mulheres livres para reinventar a democracia brasileira?
Os educadores estão espalhados pelas comunidades periféricas, pelas universidades, pelas escolas fundamentais e médias e por todos os lugares em que seja necessária a presença de um educador – docência, imprensa, saúde, trabalho, política - para decifrar o mundo, interpretá-lo e transformá-lo pelo conhecimento e pela cultura, pela razão e pela emoção, utilizando-se para isso da cotidianidade comum a todos.
Se a sala de aula é identificada por uma relação dialógica, de perguntas, interrogações, questionamentos, a resposta exige tempo de estudos, de reflexões, de pesquisas, de se preparar política e culturalmente para responder aos interlocutores na família, na rua, na sociedade. É a educação continuada e permanente para a autonomia intelectual e política para o discernimento e para a lucidez.
É o caso da professora de Salto de Pirapora (SP) que vasculha o cotidiano por meio da leitura de jornal bancado também pelos seus alunos de duas turmas de 6ª série mediante 'vaquinha' que paga a assinatura que não cabe mais no bolso da mestra. Pela via do jornal e de outras mídias há todo um processo de leitura, compreensão e interpretação de textos ou da palavra transformadora de circunstâncias e mais a reflexão crítica de tendências políticas, econômicas e culturais da mídia convencional e alternativa que objetiva, no processo de ensino e educação, a formação de um leitor sem cabrestos ideológicos.
No Para e no Amapá, a leitura do jornal em sala de aula revela a excelência profissional de muitos professores por um trabalho de qualidade pedagógica que os aproxima inclusive, das comunidades. O Programa 'O LIBERAL na Escola' recolhe há anos relatos e testemunhos de como se faz ensino com educação em sala de aula, como uma aula é oxigenada pela realidade do entorno da escola, como o professor se transforma num educador, num orientador e num sábio disponível para transformar as misérias humanas, sociais, econômicas dos alunos em um mundo de maiores possibilidades humanas.
São esses professores de Belém, Macapá, Castanhal, Santarém, Rio de Janeiro, São Paulo que anonimamente, invisíveis para os sistemas, sem quaisquer recursos materiais modificam o rotineiro ensino num trabalho coletivo de educação em que crianças, adolescentes e jovens aprendem a pensar, a falar, a agir, a dirigir-se ao outro sem medo e sem controladores escolares que lubrificam a manutenção dos amortecedores sociais.
São esses educadores que se educam pelos saberes populares e com eles compartilham conhecimentos, abrem perspectivas de mundo para milhares de crianças, adolescentes e jovens, e não se deixam seduzir pelas elites dominantes que privatizam o conhecimento para evitar que o povo seja o dócil rebanho dos colonizadores neoliberais.
Meirevaldo Paiva é educador
Artigo publicado no jornal O Liberal (11.02.2008)
Dica de Filme : Lendas da Vida
luan.santos
Lendas da Vida é um filme leve, divertido, que ganha o espectador logo no início por sua aparência politicamente correta. A paixão pelo golfe é o pano de fundo de uma estranha relação entre um ex-jogador deprimido e seu novo amigo que, na verdade, é seu anjo da guarda.
A forma como o filme começa é interessante. Quem na verdade é o locutor de toda a história é o pequeno Hardy Greaves (interpretado pelo jovem ator J. Michael Moncrief). Sua fala começa em um campo de golfe quando já está velho. No meio de um enfarte, suas lembranças são rememoradas e é aí que o público é levado ao entendimento de toda aquela paixão pelo golfe.
Dirigido por Robert Redford, Lendas da Vida traz Matt Damon no papel de Rannulph Junuh, um garoto de Savanah que, após trilhar seu caminho como herói da cidade, parte para a guerra e acaba tendo sua vida destruida pelo sofrimento e pela dor da perda.
Vivenciando a morte de todos os seus amigos, torna-se um rapaz amargurado e triste, excluindo-se da sociedade de sua cidade e fugindo de seu grande amor Adele Invergordon (Charlize Theron).
É na época da grande recessão americana que aparece para o jovem Junuh, a grande oportunidade de reerguer sua vida. Adele é a herdeira de um grande clube de golfe construído por seu pai que, endividado, comete o suicídio. As contas são muitas e a jovem não quer perder o que restou do sonho de seu pai. É aí que surge a idéia de um grande torneio de golfe para tornar o clube conhecido e atrair investidores e frequentadores.
A jovem convence os dois maiores jogadores da época a participar do torneio. Bobby Jones (Joel Gretsch) e Walter Hagen (Bruce McGill) aceitam o desafio, mas também é necessário que haja um jogador da cidade. É aí que o pequeno garoto Hardy cita o nome de Junuh, seu grande ídolo.
Todos concordam e incentivam a participação do ex-herói deprimido. Ele oscila entre aceitar ou não o desafio, mas é a presença do misterioso ajudante Bagger Vance (Will Smith) que o fará correr atrás da única oportunidade de voltar a ser um homem feliz e confiante.
Vance será seu guia e companheiro e fará Junuh conquistar a auto-estima novamente, assim como o coração da bela e solitária Adele.
Lendas da Vida é um filme leve, divertido, que ganha o espectador logo no início por sua aparência politicamente correta. A paixão pelo golfe é o pano de fundo de uma estranha relação entre um ex-jogador deprimido e seu novo amigo que, na verdade, é seu anjo da guarda.
A forma como o filme começa é interessante. Quem na verdade é o locutor de toda a história é o pequeno Hardy Greaves (interpretado pelo jovem ator J. Michael Moncrief). Sua fala começa em um campo de golfe quando já está velho. No meio de um enfarte, suas lembranças são rememoradas e é aí que o público é levado ao entendimento de toda aquela paixão pelo golfe.
Dirigido por Robert Redford, Lendas da Vida traz Matt Damon no papel de Rannulph Junuh, um garoto de Savanah que, após trilhar seu caminho como herói da cidade, parte para a guerra e acaba tendo sua vida destruida pelo sofrimento e pela dor da perda.
Vivenciando a morte de todos os seus amigos, torna-se um rapaz amargurado e triste, excluindo-se da sociedade de sua cidade e fugindo de seu grande amor Adele Invergordon (Charlize Theron).
É na época da grande recessão americana que aparece para o jovem Junuh, a grande oportunidade de reerguer sua vida. Adele é a herdeira de um grande clube de golfe construído por seu pai que, endividado, comete o suicídio. As contas são muitas e a jovem não quer perder o que restou do sonho de seu pai. É aí que surge a idéia de um grande torneio de golfe para tornar o clube conhecido e atrair investidores e frequentadores.
A jovem convence os dois maiores jogadores da época a participar do torneio. Bobby Jones (Joel Gretsch) e Walter Hagen (Bruce McGill) aceitam o desafio, mas também é necessário que haja um jogador da cidade. É aí que o pequeno garoto Hardy cita o nome de Junuh, seu grande ídolo.
Todos concordam e incentivam a participação do ex-herói deprimido. Ele oscila entre aceitar ou não o desafio, mas é a presença do misterioso ajudante Bagger Vance (Will Smith) que o fará correr atrás da única oportunidade de voltar a ser um homem feliz e confiante.
Vance será seu guia e companheiro e fará Junuh conquistar a auto-estima novamente, assim como o coração da bela e solitária Adele.
Professor reflexivo
A perspectiva do professor reflexivo é tida como imprescindível para uma boa prática docente.
Uma nova proposta de epistemologia da docência dada pela prática de bons profissionais é a perspectiva do professor reflexivo. “A prática reflexiva tem sido amplamente divulgada no campo das discussões sobre formação de professores, e incorporada a textos e documentos de forma quase integral e totalizadora” (CAMPOS, DINIZ, 2004, p.2).
Segundo Nunes (2010, p.1), “apoiado nos pressupostos do pensamento de Dewey, em particular a conceitualização de experiência, Schön formula a sua perspectiva em torno de três aspectos: reflexão da prática, reflexão sobre a prática e sobre a reflexão sobre a prática.” Para ele, o professor possui um conhecimento adquirido na prática, e o utiliza para a solução de diferentes questões.
A reflexão na ação se dá quando o professor reflete, colocando para si as questões do cotidiano como situações problemáticas e faz isso ao mesmo tempo em que está vivenciando esta situação. No entanto, quando se faz esta reflexão após a ação, é a chamada reflexão sobre a ação; esta tem caráter retrospectivo. Por fim, no momento em que o profissional, em um processo mais elaborado, procura compreender a ação, interpretando-a e tem condições de criar outra alternativa para aquela situação, na realidade ele está realizando o processo de reflexão sobre a reflexão na ação.
A perspectiva do professor reflexivo pode se dar como: reflexão da prática, reflexão sobre a prática e sobre a reflexão sobre a prática.
Existem também alguns fatores que limitam o profissional a ser um professor-reflexivo; um destes é o tempo cronológico, “a carga de trabalho a que está submetido o professor transforma-se em fator de inviabilização de qualquer outra atividade além da mera docência” (NUNES, 2010, p.6).
Outros limites, citados por Nunes (2010, p.6), são, primeiramente, o fato de as definições das políticas de ensino e de capacitação profissional serem feitas por especialistas e administradores e não pelos próprios professores, não levando em conta suas experiências; e também o fato de a atividade docente ser caracterizada pela individualidade – a reflexão fica afetada porque não se consegue incorporar o dado de outros profissionais, “não existe uma opção/condição de se trabalhar em termos coletivos ou em grupos”.
Além disso, os professores, em geral, não compreendem os limites epistemológicos existentes. Um exemplo disso é a sobreposição do habitus sobre a reflexão ou o contrário. Na realidade, o professor deve entender que estes se complementam, sua prática é formada por ambos. “Outro dado limitador de caráter epistemológico está na compreensão que a reflexão é algo inerente ao ser humano” (NUNES, 2010, p.7).
Entretanto, apesar destes obstáculos, a reflexão é uma exigência para o fazer docente e algumas medidas podem ser tomadas para que esta seja mas eficaz. Segundo Maldaner (2009):
“Os processos de formação continuada já testados e que podem dar respostas positivas têm algumas características relevantes: os grupos de professores que decidem “tomar nas próprias mãos” o tipo de aula e o conteúdo que irão ensinar, tendo a orientação maior – parâmetros curriculares por exemplo –, como referência e não como fim; a prevalência dos coletivos organizados sobre indivíduos isolados como forma de ação; a interação com professores universitários, envolvidos e comprometidos com a formação de novos professores; o compromisso das escolas com a formação continuada de seus professores e com a formação de novos professores compartilhando seus espaços e conquistas...” (MALDANER, 2009, p. 110).
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola
Uma nova proposta de epistemologia da docência dada pela prática de bons profissionais é a perspectiva do professor reflexivo. “A prática reflexiva tem sido amplamente divulgada no campo das discussões sobre formação de professores, e incorporada a textos e documentos de forma quase integral e totalizadora” (CAMPOS, DINIZ, 2004, p.2).
Segundo Nunes (2010, p.1), “apoiado nos pressupostos do pensamento de Dewey, em particular a conceitualização de experiência, Schön formula a sua perspectiva em torno de três aspectos: reflexão da prática, reflexão sobre a prática e sobre a reflexão sobre a prática.” Para ele, o professor possui um conhecimento adquirido na prática, e o utiliza para a solução de diferentes questões.
A reflexão na ação se dá quando o professor reflete, colocando para si as questões do cotidiano como situações problemáticas e faz isso ao mesmo tempo em que está vivenciando esta situação. No entanto, quando se faz esta reflexão após a ação, é a chamada reflexão sobre a ação; esta tem caráter retrospectivo. Por fim, no momento em que o profissional, em um processo mais elaborado, procura compreender a ação, interpretando-a e tem condições de criar outra alternativa para aquela situação, na realidade ele está realizando o processo de reflexão sobre a reflexão na ação.
A perspectiva do professor reflexivo pode se dar como: reflexão da prática, reflexão sobre a prática e sobre a reflexão sobre a prática.
Existem também alguns fatores que limitam o profissional a ser um professor-reflexivo; um destes é o tempo cronológico, “a carga de trabalho a que está submetido o professor transforma-se em fator de inviabilização de qualquer outra atividade além da mera docência” (NUNES, 2010, p.6).
Outros limites, citados por Nunes (2010, p.6), são, primeiramente, o fato de as definições das políticas de ensino e de capacitação profissional serem feitas por especialistas e administradores e não pelos próprios professores, não levando em conta suas experiências; e também o fato de a atividade docente ser caracterizada pela individualidade – a reflexão fica afetada porque não se consegue incorporar o dado de outros profissionais, “não existe uma opção/condição de se trabalhar em termos coletivos ou em grupos”.
Além disso, os professores, em geral, não compreendem os limites epistemológicos existentes. Um exemplo disso é a sobreposição do habitus sobre a reflexão ou o contrário. Na realidade, o professor deve entender que estes se complementam, sua prática é formada por ambos. “Outro dado limitador de caráter epistemológico está na compreensão que a reflexão é algo inerente ao ser humano” (NUNES, 2010, p.7).
Entretanto, apesar destes obstáculos, a reflexão é uma exigência para o fazer docente e algumas medidas podem ser tomadas para que esta seja mas eficaz. Segundo Maldaner (2009):
“Os processos de formação continuada já testados e que podem dar respostas positivas têm algumas características relevantes: os grupos de professores que decidem “tomar nas próprias mãos” o tipo de aula e o conteúdo que irão ensinar, tendo a orientação maior – parâmetros curriculares por exemplo –, como referência e não como fim; a prevalência dos coletivos organizados sobre indivíduos isolados como forma de ação; a interação com professores universitários, envolvidos e comprometidos com a formação de novos professores; o compromisso das escolas com a formação continuada de seus professores e com a formação de novos professores compartilhando seus espaços e conquistas...” (MALDANER, 2009, p. 110).
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola
A polêmica do livro didático
Por Hélio Consolaro
“O Ministério da Educação (MEC) distribuiu a 4.236 escolas brasileiras um livro didático da organização não governamental Ação Educativa que defende a escrita sem concordância de expressões orais populares, por exemplo ‘os livro’, apoiado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que dizem que não há só uma forma correta de falar o português brasileiro.” Edição deste sábado, Folha de S. Paulo.
As polêmicas acadêmicas demoram décadas para chegar até a população, mesmo em época de mundo globalizado e mídias quase instantâneas. A questão de considerar o substrato linguístico do aluno na escola vem sendo tratado pela pedagogia nas escolas, não só pela linguística, desde a década de 90. Muitos livros didáticos já apresentaram isso a alunos, até apostilas de escolas particulares já abordam o assunto, mas só agora a Globo o descobriu.
Condena-se tanto o “bullying”, mas gozar um colega porque ele é pobre e fala errado também é “bullying”. A elite intelectual impõe o seu modo de usar a língua ao resto da sociedade. Como tem prestígio, são doutores, é seguida. A sociolinguística explica isso.
Quem sai perdendo ou ganhando com a polêmica foi a professora Heloísa Ramos e a Global Editora, de São Paulo. A mesma que publicou o novo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da ABL (Academia Brasileira de Letras), em 2009.
A ABL condena o livro, mas nunca se preocupou com eles, pois há muito tempo alguns livros didáticos mostram os usos da língua na sociedade, só agora, porque deu na Globo, se manifestou. E pede para não misturar linguística com gramática. Para muitos professores, uma posição conservadora. Doutora em Educação, Vera Masagão Ribeiro, da ONG Ação Educativa, responsável pela coleção “Por uma vida melhor” defendeu o livro, dizendo que ele se destina ao EJA - Educação de Jovens e Adultos, modalidade que, pela primeira vez neste ano, teve a oportunidade de receber livros do Programa Nacional do Livro Didático.
Ela disse que a ênfase do ensino é na norma culta, mas o livro não deixa de registrar outros usos da língua por classes sociais diferentes, afinal, são alunos que chegam à escola fora da faixa etária.
E concluiu a doutora: “... que o Modernismo brasileiro em 1922 incorporou a linguagem popular à literatura. Felizmente, desde então, o país mudou bastante. Muitas pessoas têm consciência de que não se deve discriminar ninguém pela forma como fala, ou pelo lugar de onde veio. Tais mudanças são possíveis, sem dúvida, porque cada vez mais brasileiros podem ir à escola tanto para aprender regras como parar desenvolver o senso crítico”.
Esta coluna considera ser necessário ter um uso da língua que seja referência, no caso é chamado de “norma culta”, para manter a unidade nacional, mas não precisa desprezar aquela pessoa que tem o jeito de falar de seu grupo por causa da baixa escolaridade.
Um profissional de nível universitário que não sabe usar a variável culta da língua deve ser repreendido, afinal, sua formação exige isso. Também é preciso dizer que não se fala “grã-fino” em qualquer lugar.
O uso da língua é como o da roupa, há uma para cada situação. E a última recomendação aos universitários: falar ou escrever bem não é querer impressionar com palavrório, é se expressar de forma simples e clara, sem cometer erros grosseiros.
“O Ministério da Educação (MEC) distribuiu a 4.236 escolas brasileiras um livro didático da organização não governamental Ação Educativa que defende a escrita sem concordância de expressões orais populares, por exemplo ‘os livro’, apoiado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que dizem que não há só uma forma correta de falar o português brasileiro.” Edição deste sábado, Folha de S. Paulo.
As polêmicas acadêmicas demoram décadas para chegar até a população, mesmo em época de mundo globalizado e mídias quase instantâneas. A questão de considerar o substrato linguístico do aluno na escola vem sendo tratado pela pedagogia nas escolas, não só pela linguística, desde a década de 90. Muitos livros didáticos já apresentaram isso a alunos, até apostilas de escolas particulares já abordam o assunto, mas só agora a Globo o descobriu.
Condena-se tanto o “bullying”, mas gozar um colega porque ele é pobre e fala errado também é “bullying”. A elite intelectual impõe o seu modo de usar a língua ao resto da sociedade. Como tem prestígio, são doutores, é seguida. A sociolinguística explica isso.
Quem sai perdendo ou ganhando com a polêmica foi a professora Heloísa Ramos e a Global Editora, de São Paulo. A mesma que publicou o novo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da ABL (Academia Brasileira de Letras), em 2009.
A ABL condena o livro, mas nunca se preocupou com eles, pois há muito tempo alguns livros didáticos mostram os usos da língua na sociedade, só agora, porque deu na Globo, se manifestou. E pede para não misturar linguística com gramática. Para muitos professores, uma posição conservadora. Doutora em Educação, Vera Masagão Ribeiro, da ONG Ação Educativa, responsável pela coleção “Por uma vida melhor” defendeu o livro, dizendo que ele se destina ao EJA - Educação de Jovens e Adultos, modalidade que, pela primeira vez neste ano, teve a oportunidade de receber livros do Programa Nacional do Livro Didático.
Ela disse que a ênfase do ensino é na norma culta, mas o livro não deixa de registrar outros usos da língua por classes sociais diferentes, afinal, são alunos que chegam à escola fora da faixa etária.
E concluiu a doutora: “... que o Modernismo brasileiro em 1922 incorporou a linguagem popular à literatura. Felizmente, desde então, o país mudou bastante. Muitas pessoas têm consciência de que não se deve discriminar ninguém pela forma como fala, ou pelo lugar de onde veio. Tais mudanças são possíveis, sem dúvida, porque cada vez mais brasileiros podem ir à escola tanto para aprender regras como parar desenvolver o senso crítico”.
Esta coluna considera ser necessário ter um uso da língua que seja referência, no caso é chamado de “norma culta”, para manter a unidade nacional, mas não precisa desprezar aquela pessoa que tem o jeito de falar de seu grupo por causa da baixa escolaridade.
Um profissional de nível universitário que não sabe usar a variável culta da língua deve ser repreendido, afinal, sua formação exige isso. Também é preciso dizer que não se fala “grã-fino” em qualquer lugar.
O uso da língua é como o da roupa, há uma para cada situação. E a última recomendação aos universitários: falar ou escrever bem não é querer impressionar com palavrório, é se expressar de forma simples e clara, sem cometer erros grosseiros.
Crianças que oprimem crianças: e a Escola com isso?
Helena Singer
Nas últimas semanas o Brasil se comoveu com o assassinato de 12 crianças por um sofredor mental em uma escola do Rio Janeiro (RJ). A causa da tragédia foi, sem dúvida, o acesso fácil às armas em nosso país. Mas, as justificativas dadas pelo homicida para seus atos vêm suscitando intensos debates. Em cartas e vídeos, Wellington atribui sua atitude à opressão que lhe foi impingida por colegas em seus tempos de escola, vários anos atrás.
Daí que um assunto que há algum tempo preocupa educadores e gestores de educação tenha saído do âmbito das revistas especializadas para ganhar as primeiras páginas e mobilizar setores da sociedade que não costumam se interessar pela área.
Um destes foi o Promotor de Justiça da Infância e Juventude do Estado de São Paulo, que lançou um anteprojeto de lei prevendo pena de até quatro anos de reclusão, pagamento de multa ou internação na Fundação Casa para quem cometer bullying. Ou seja, o Promotor reagiu à elevação do tema à categoria de questão nacional na lógica do sistema penal: individualização da culpa e punição.
No ano passado, o Conselho Nacional de Justiça já havia lançado uma cartilha em que o fenômeno do bullying é explicado por: ausência de limites, modelo social voltado para a conquista do status, dificuldades familiares e perversidade das personalidades envolvidas. A mesma cartilha indica que a responsabilidade da escola, nestes casos, é acionar pais, Conselho Tutelar ou até mesmo a polícia. Já encontramos ali, portanto, a lógica penal em movimento: análise dos conflitos a partir da culpabilização das condutas e busca de sua resolução em instituições externas a eles.
Acontece que a lógica penal não combina com educação. Aí estão as prisões e os elevadíssimos índices de reincidência criminal para nos lembrar disso. Se em um ambiente escolar são persistentes os atos de violência física ou psicológica praticados para intimidar ou agredir um ou mais estudantes, isso significa que a escola não tem um bom projeto pedagógico.
Em uma escola sem um projeto pedagógico construído por todos, as pessoas não têm clareza sobre o que estão fazendo ali. O ambiente físico não promove a socialização saudável e processos colaborativos de construção de conhecimento, mas provavelmente é regido por sinetas que fragmentam o tempo, corredores desagradáveis e carteiras que enfileiram os estudantes de forma que eles se relacionem mais com a nuca do colega da frente do que com os olhos de todos. O conhecimento não é construído de forma significativa, a partir da experiência e das inquietações dos estudantes, mas segue apostilas em ordem seriada e homogênea e é medido por notas que mais estimulam a competição. A atitude da equipe escolar possivelmente não é acolhedora, o que impede a criação de vínculos entre adultos e crianças, e, portanto, a confiança necessária para garantir aos estudantes a segurança de compartilhar com seus educadores dificuldades vividas com os colegas ou mesmo com a família. Em uma escola sem um projeto pedagógico claro, a gestão dos tempos, espaços, recursos e pessoas, provavelmente, é feita de forma centralizada, autoritária e hierárquica, desresponsabilizando a maior parte da sua comunidade pelos cuidados com os bens comuns e o bem-estar de todos.
Em uma escola com um bom projeto pedagógico, pais, Conselho Tutelar, Vara da Infância e Juventude e outras organizações que compõem a rede sociopedagógica não são vistos como agências para as quais se encaminham os problemas, mas como parceiros constantes, que auxiliam na integração da escola com a comunidade, tornando a primeira uma referência local de conduta e construção de conhecimento.
Portanto, se os atos de violência estão crescendo nas escolas brasileiras, como atesta uma pesquisa do IBGE também apresentada no ano passado, é preciso olhar para elas, para os fatores que estão causando um esvaziamento da razão de ser desta instituição, e propor formas de mobilização social para a reinvenção da escola em nosso país.
Nas últimas semanas o Brasil se comoveu com o assassinato de 12 crianças por um sofredor mental em uma escola do Rio Janeiro (RJ). A causa da tragédia foi, sem dúvida, o acesso fácil às armas em nosso país. Mas, as justificativas dadas pelo homicida para seus atos vêm suscitando intensos debates. Em cartas e vídeos, Wellington atribui sua atitude à opressão que lhe foi impingida por colegas em seus tempos de escola, vários anos atrás.
Daí que um assunto que há algum tempo preocupa educadores e gestores de educação tenha saído do âmbito das revistas especializadas para ganhar as primeiras páginas e mobilizar setores da sociedade que não costumam se interessar pela área.
Um destes foi o Promotor de Justiça da Infância e Juventude do Estado de São Paulo, que lançou um anteprojeto de lei prevendo pena de até quatro anos de reclusão, pagamento de multa ou internação na Fundação Casa para quem cometer bullying. Ou seja, o Promotor reagiu à elevação do tema à categoria de questão nacional na lógica do sistema penal: individualização da culpa e punição.
No ano passado, o Conselho Nacional de Justiça já havia lançado uma cartilha em que o fenômeno do bullying é explicado por: ausência de limites, modelo social voltado para a conquista do status, dificuldades familiares e perversidade das personalidades envolvidas. A mesma cartilha indica que a responsabilidade da escola, nestes casos, é acionar pais, Conselho Tutelar ou até mesmo a polícia. Já encontramos ali, portanto, a lógica penal em movimento: análise dos conflitos a partir da culpabilização das condutas e busca de sua resolução em instituições externas a eles.
Acontece que a lógica penal não combina com educação. Aí estão as prisões e os elevadíssimos índices de reincidência criminal para nos lembrar disso. Se em um ambiente escolar são persistentes os atos de violência física ou psicológica praticados para intimidar ou agredir um ou mais estudantes, isso significa que a escola não tem um bom projeto pedagógico.
Em uma escola sem um projeto pedagógico construído por todos, as pessoas não têm clareza sobre o que estão fazendo ali. O ambiente físico não promove a socialização saudável e processos colaborativos de construção de conhecimento, mas provavelmente é regido por sinetas que fragmentam o tempo, corredores desagradáveis e carteiras que enfileiram os estudantes de forma que eles se relacionem mais com a nuca do colega da frente do que com os olhos de todos. O conhecimento não é construído de forma significativa, a partir da experiência e das inquietações dos estudantes, mas segue apostilas em ordem seriada e homogênea e é medido por notas que mais estimulam a competição. A atitude da equipe escolar possivelmente não é acolhedora, o que impede a criação de vínculos entre adultos e crianças, e, portanto, a confiança necessária para garantir aos estudantes a segurança de compartilhar com seus educadores dificuldades vividas com os colegas ou mesmo com a família. Em uma escola sem um projeto pedagógico claro, a gestão dos tempos, espaços, recursos e pessoas, provavelmente, é feita de forma centralizada, autoritária e hierárquica, desresponsabilizando a maior parte da sua comunidade pelos cuidados com os bens comuns e o bem-estar de todos.
Em uma escola com um bom projeto pedagógico, pais, Conselho Tutelar, Vara da Infância e Juventude e outras organizações que compõem a rede sociopedagógica não são vistos como agências para as quais se encaminham os problemas, mas como parceiros constantes, que auxiliam na integração da escola com a comunidade, tornando a primeira uma referência local de conduta e construção de conhecimento.
Portanto, se os atos de violência estão crescendo nas escolas brasileiras, como atesta uma pesquisa do IBGE também apresentada no ano passado, é preciso olhar para elas, para os fatores que estão causando um esvaziamento da razão de ser desta instituição, e propor formas de mobilização social para a reinvenção da escola em nosso país.
Nova classe média é mais preocupada com educação que a elite
Equipe InfoMoney
Os brasileiros da nova classe média têm se mostrado mais preocupados com a educação do que os pertencentes à elite. Enquanto 86% dos brasileiros da nova classe média se preocupam com a educação, na elite o número cai para 71%. Os dados são de pesquisa realizada pelo Data Popular.
Além de se preocuparem mais com educação, os brasileiros da nova classe média, de acordo com a pesquisa, se preocupam mais em pesquisar preços, com os vizinhos e possuem mais brasilidade. “Por estarem a pouco tempo nessa classe, esses brasileiros valorizam mais o seu dinheiro”, justifica o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles.
Na hora de pesquisar preços, os brasileiros da nova classe média também se destacam frente aos da elite. Enquanto 80% dos brasileiros da nova classe média se preocupam em pesquisar preço, na elite, apenas 44% compartilham da mesma opinião.
No relacionamento com os vizinhos, 66% da nova classe média é mais preocupada com esse tipo de amizade, ao passo que, na elite, 21% agem da mesma forma.
Por fim, a nova classe média tem mais brasilidade que a elite, sendo 62% contra 25%, respectivamente
Os brasileiros da nova classe média têm se mostrado mais preocupados com a educação do que os pertencentes à elite. Enquanto 86% dos brasileiros da nova classe média se preocupam com a educação, na elite o número cai para 71%. Os dados são de pesquisa realizada pelo Data Popular.
Além de se preocuparem mais com educação, os brasileiros da nova classe média, de acordo com a pesquisa, se preocupam mais em pesquisar preços, com os vizinhos e possuem mais brasilidade. “Por estarem a pouco tempo nessa classe, esses brasileiros valorizam mais o seu dinheiro”, justifica o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles.
Na hora de pesquisar preços, os brasileiros da nova classe média também se destacam frente aos da elite. Enquanto 80% dos brasileiros da nova classe média se preocupam em pesquisar preço, na elite, apenas 44% compartilham da mesma opinião.
No relacionamento com os vizinhos, 66% da nova classe média é mais preocupada com esse tipo de amizade, ao passo que, na elite, 21% agem da mesma forma.
Por fim, a nova classe média tem mais brasilidade que a elite, sendo 62% contra 25%, respectivamente
MT- Secitec divulga horário das aulas do MT Preparatório
Assessoria/Secitec-MT
A Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec) avisa aos mais de 23 mil alunos que já está disponível no site da instituição o quadro de horário das aulas do programa educacional ‘MT Preparatório’.
As aulas, que começaram na última segunda-feira (15.08), são realizadas nos períodos matutino e noturno, de segunda a sexta-feira. Todos 141 municípios do Estado participam da ação educacional inovadora no Centro-Oeste.
No período matutino o horário de início dos estudos é das 7h10 às 11h15, e no noturno das 19h às 22h15. Os alunos irão receber no início de setembro o material didático - livros encadernados e coloridos-, e mais um DVD contendo 100 vídeos-aulas.
MT PREPARATÓRIO
O programa ‘MT Preparatório’ está em 2011 no primeiro ano de execução. A ação organizada pela Secitec-MT fornece a 23 mil pessoas - entre alunos do 3º ano da rede pública estadual, reeducandos das unidades prisionais do Estado e concluintes do Ensino Médio - aulas preparatórias para exames seletivos (Enem, Vestibular e concurso público).
De 15 de agosto, quando as aulas começaram em todo o Estado, até dezembro os matriculados no programa terão aulas de 13 disciplinas.
Ao total serão 18 professores, que ministram as aulas de dentro do estúdio de TV da Secitec. As imagens são retransmitidas via satélite aos 193 pontos espalhados por Mato Grosso. Nesses pontos receptores de imagens, a maioria instalada em escolas estaduais, os mais de 23 mil participantes do programa assistem por meio de uma TV de 42 polegadas à aula que o professor ministra do estúdio televisivo em Cuiabá.
Dúvidas podem ser sanadas pelos telefones: (65) 9931-8808/ 0800-280-4949.
Para suporte técnico dos equipamentos ligue no (65) 3613-0126.
A Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec) avisa aos mais de 23 mil alunos que já está disponível no site da instituição o quadro de horário das aulas do programa educacional ‘MT Preparatório’.
As aulas, que começaram na última segunda-feira (15.08), são realizadas nos períodos matutino e noturno, de segunda a sexta-feira. Todos 141 municípios do Estado participam da ação educacional inovadora no Centro-Oeste.
No período matutino o horário de início dos estudos é das 7h10 às 11h15, e no noturno das 19h às 22h15. Os alunos irão receber no início de setembro o material didático - livros encadernados e coloridos-, e mais um DVD contendo 100 vídeos-aulas.
MT PREPARATÓRIO
O programa ‘MT Preparatório’ está em 2011 no primeiro ano de execução. A ação organizada pela Secitec-MT fornece a 23 mil pessoas - entre alunos do 3º ano da rede pública estadual, reeducandos das unidades prisionais do Estado e concluintes do Ensino Médio - aulas preparatórias para exames seletivos (Enem, Vestibular e concurso público).
De 15 de agosto, quando as aulas começaram em todo o Estado, até dezembro os matriculados no programa terão aulas de 13 disciplinas.
Ao total serão 18 professores, que ministram as aulas de dentro do estúdio de TV da Secitec. As imagens são retransmitidas via satélite aos 193 pontos espalhados por Mato Grosso. Nesses pontos receptores de imagens, a maioria instalada em escolas estaduais, os mais de 23 mil participantes do programa assistem por meio de uma TV de 42 polegadas à aula que o professor ministra do estúdio televisivo em Cuiabá.
Dúvidas podem ser sanadas pelos telefones: (65) 9931-8808/ 0800-280-4949.
Para suporte técnico dos equipamentos ligue no (65) 3613-0126.
Professores da rede estadual do Rio Grande do Sul fazem paralisação nesta sexta-feira
Da Redação
Em São Paulo
Os professores da rede estadual do Rio Grande do Sul fazem nesta sexta-feira (19) uma paralisação por conta do piso salarial nacional, ainda não cumprido no Estado. Segundo o Cpers (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RS), 70% dos profissionais estão parados; o governo fala em 18% da rede.
De acordo com os professores, o governador Tarso Genro (PT) havia prometido começar a pagar o piso salarial antes mesmo da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que saiu em abril. No entanto, o sindicato alega que o governo mudou de posição e vai esperar o acórdão do Supremo ser divulgado para definir como será o pagamento.
Questionada, a Secretaria de Educação diz que está aguardando o acórdão do Supremo, para que questões orçamentárias sejam “avaliadas” para a implantação do “calendário” de pagamento.
Em São Paulo
Os professores da rede estadual do Rio Grande do Sul fazem nesta sexta-feira (19) uma paralisação por conta do piso salarial nacional, ainda não cumprido no Estado. Segundo o Cpers (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RS), 70% dos profissionais estão parados; o governo fala em 18% da rede.
De acordo com os professores, o governador Tarso Genro (PT) havia prometido começar a pagar o piso salarial antes mesmo da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que saiu em abril. No entanto, o sindicato alega que o governo mudou de posição e vai esperar o acórdão do Supremo ser divulgado para definir como será o pagamento.
Questionada, a Secretaria de Educação diz que está aguardando o acórdão do Supremo, para que questões orçamentárias sejam “avaliadas” para a implantação do “calendário” de pagamento.
CONCEPÇÕES CONTEMPORÂNEAS DA EDUCAÇÃO: TEORIA ANARQUISTA
Vamilson Souza D`Espindola²
RESUMO: Dentro dos conceitos contemporâneos da educação podem-se destacar as linhas de pensamento progressistas, tendência esta seguida por grande número de educadores no Brasil. Suas principais características são: autonomia, espírito de critica, democracia plena, aproximação de classes, reflexão, para citar algumas. A teoria anarquista da educação tem nos seus princípios muitas das características descritas anteriormente, isto se deve principalmente a influencia das culturas européias que colonizaram o Brasil no final do século XIX e princípios de século XX, e que trouxeram na sua bagagem, os princípios anarquistas para as Américas.
Palavras-chave: Anarquia; Educação; Progressista.
INTRODUÇÃO
A corrente anarquista de educação é, atualmente um modelo que se encontra em total descompasso com os propósitos inerentes ao atual conceito de sociedade. Existe uma grande dificuldade de aplicabilidade dos seus preceitos, devido a que representa um motivo de preocupação para o sistema social, político e econômico do Brasil, que tem suas raízes no capitalismo.
O movimento anárquico, que é fruto do próprio capitalismo, nasce como uma alternativa que por muitos é chamada de utópica, mas que ao longo do tempo vem seduzindo vários pensadores. Diversas correntes pedagógicas tentaram mascarar o anarquismo presente nas suas idéias com rótulos menos agressivos e passiveis de aceitação pela sociedade.
As tendências educacionais contemporâneas como a libertadora, libertária e crítico-social estão impregnadas pela essência dos ideais anarquistas. Quando o professor diz estar preparando o aluno para ser crítico, contestador, reflexivo, autônomo e independente demonstra claramente o seu pensamento anarquista. Nos próprios Planos Nacionais para a Educação e nas Propostas Curriculares Estaduais podemos identificar estes traços também.
_____________________
1 - Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia na disciplina de Filosofia Geral e da Educação no ano de 2009.
2- Graduado em Educação Física pela Universidade do Sul de Santa Catarina no ano de 2008.
ANARQUIA E/OU ANARQUISMO
Quando se pensa no termo anarquia e/ou anarquismo imediatamente este é relacionado com desordem, caos e desgoverno, dando uma impressão de instabilidade. Analisando a anarquia como movimento social pode-se perceber que se trata da ação libertadora do homem sobre o próprio homem, onde o governo deixa de existir como entidade coercitiva e passa a ser a ação livre de todos os cidadãos.
Anarquismo é a teoria libertária baseada na ausência do estado. Conforme os conceitos fornecidos pela enciclopédia virtual Wikipédia (2008);
“Anarquismo é uma palavra que deriva da raiz grega avaρχιa – an (não, sem) e archê (governador) – e que designa um termo amplo que abrange desde teorias políticas a movimentos sociais que advogam a abolição do capitalismo e do Estado enquanto autoridade imposta e detentora do monopólio do uso da força.”.
De um modo geral os anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita, defendendo tipos de organizações horizontais e libertárias com total ausência de coerção, porém não ausência da ordem.
Ao longo da evolução do homem é possível identificar manifestações primitivas da anarquia. Os embates pela liberdade individual o coletiva foram diversos, passando desde as revoltas na Grécia e Roma, pelo Renascimento e seus pensadores, a Revolução Francesa, a Revolução Americana e a Revolução Russa, para citar alguns acontecimentos. Hoje os mesmos ideais de liberdade são explorados pelos movimentos sociais frente à postura dos governos capitalistas.
A TEORIA ANARQUICA E A EDUCAÇÃO
Em 1861 na França foram feitas as primeiras tentativas de aplicação dos princípios anarquistas na educação. Foi o inicio do que hoje é denominado de Pedagogia Libertária. A dinâmica educacional era revolucionária para a época, mas ao contrário do que se possa pensar as regras existiam.
No Brasil a Pedagogia Libertária do inicio do século XX, também conhecida como Escola Moderna foi fundamental, contribuindo para a educação, em especial a dos trabalhadores urbanos. Durante a década de 1930 surge a Escola Nova baseada em ideais modernistas e anárquicos, sendo liderada por vários intelectuais que mantinham os desejos de uma educação universal, gratuita e laica.
Hoje o maior representante da pedagogia Libertária no Brasil é Paulo Freire e o seu discípulo Moacir Gadotti. Tendências como: pedagógica progressista, progressista libertadora ou dialética, progressista libertária, progressista crítico-social dos conteúdos, carregam traços inegáveis dos princípios anarquistas.
Reforçando o que foi descrito acerca das similaridades entre as tendências atuais e os preceitos anárquicos García (1989) diz; “As tendências progressistas libertadora e libertária têm, em comum, a defesa da autogestão pedagógica e o anti-autoritarismo. A escola libertadora vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido.”.
CONCLUSÃO
O anarquismo parece ser uma condição nata do homem desde o inicio da civilização. Sempre houve um anseio de liberdade, seja do seu senhor, seja do sistema de governo que o oprime de alguma forma.
A ideologia anarquista foi e é responsável pela resistência natural do homem à governabilidade, seja esta representada pelo Estado, pela economia, educação, entre outros. Por ser visto como um movimento de desordem, hoje o anarquismo se reveste de formas mais sutis e encontra-se presente na maioria dos movimentos sociais, organizações estudantis e nas tendências educacionais.
Hoje a educação no Brasil caminha para as concepções ditas progressistas, onde se encontra forte presença dos ideais anarquistas, representados principalmente por Educadores como Paulo Freire que permeiam o pensamento de grande parte dos profissionais da educação e apresentam alternativas para um desenvolvimento educacional próximo do desejo de libertação e aproximação de classes.
REFERÊNCIAS
GARCIA MORIYÓN, F. Educação Libertária . São Paulo: Francisco Alves, 1989. 488p.
WIKIPÉDIA. Anarquismo. Disponível em: < http://gl.wikipedia.org/wiki/Anarquismo.html>. Acesso em: 20 jul. 2008.
RESUMO: Dentro dos conceitos contemporâneos da educação podem-se destacar as linhas de pensamento progressistas, tendência esta seguida por grande número de educadores no Brasil. Suas principais características são: autonomia, espírito de critica, democracia plena, aproximação de classes, reflexão, para citar algumas. A teoria anarquista da educação tem nos seus princípios muitas das características descritas anteriormente, isto se deve principalmente a influencia das culturas européias que colonizaram o Brasil no final do século XIX e princípios de século XX, e que trouxeram na sua bagagem, os princípios anarquistas para as Américas.
Palavras-chave: Anarquia; Educação; Progressista.
INTRODUÇÃO
A corrente anarquista de educação é, atualmente um modelo que se encontra em total descompasso com os propósitos inerentes ao atual conceito de sociedade. Existe uma grande dificuldade de aplicabilidade dos seus preceitos, devido a que representa um motivo de preocupação para o sistema social, político e econômico do Brasil, que tem suas raízes no capitalismo.
O movimento anárquico, que é fruto do próprio capitalismo, nasce como uma alternativa que por muitos é chamada de utópica, mas que ao longo do tempo vem seduzindo vários pensadores. Diversas correntes pedagógicas tentaram mascarar o anarquismo presente nas suas idéias com rótulos menos agressivos e passiveis de aceitação pela sociedade.
As tendências educacionais contemporâneas como a libertadora, libertária e crítico-social estão impregnadas pela essência dos ideais anarquistas. Quando o professor diz estar preparando o aluno para ser crítico, contestador, reflexivo, autônomo e independente demonstra claramente o seu pensamento anarquista. Nos próprios Planos Nacionais para a Educação e nas Propostas Curriculares Estaduais podemos identificar estes traços também.
_____________________
1 - Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia na disciplina de Filosofia Geral e da Educação no ano de 2009.
2- Graduado em Educação Física pela Universidade do Sul de Santa Catarina no ano de 2008.
ANARQUIA E/OU ANARQUISMO
Quando se pensa no termo anarquia e/ou anarquismo imediatamente este é relacionado com desordem, caos e desgoverno, dando uma impressão de instabilidade. Analisando a anarquia como movimento social pode-se perceber que se trata da ação libertadora do homem sobre o próprio homem, onde o governo deixa de existir como entidade coercitiva e passa a ser a ação livre de todos os cidadãos.
Anarquismo é a teoria libertária baseada na ausência do estado. Conforme os conceitos fornecidos pela enciclopédia virtual Wikipédia (2008);
“Anarquismo é uma palavra que deriva da raiz grega avaρχιa – an (não, sem) e archê (governador) – e que designa um termo amplo que abrange desde teorias políticas a movimentos sociais que advogam a abolição do capitalismo e do Estado enquanto autoridade imposta e detentora do monopólio do uso da força.”.
De um modo geral os anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita, defendendo tipos de organizações horizontais e libertárias com total ausência de coerção, porém não ausência da ordem.
Ao longo da evolução do homem é possível identificar manifestações primitivas da anarquia. Os embates pela liberdade individual o coletiva foram diversos, passando desde as revoltas na Grécia e Roma, pelo Renascimento e seus pensadores, a Revolução Francesa, a Revolução Americana e a Revolução Russa, para citar alguns acontecimentos. Hoje os mesmos ideais de liberdade são explorados pelos movimentos sociais frente à postura dos governos capitalistas.
A TEORIA ANARQUICA E A EDUCAÇÃO
Em 1861 na França foram feitas as primeiras tentativas de aplicação dos princípios anarquistas na educação. Foi o inicio do que hoje é denominado de Pedagogia Libertária. A dinâmica educacional era revolucionária para a época, mas ao contrário do que se possa pensar as regras existiam.
No Brasil a Pedagogia Libertária do inicio do século XX, também conhecida como Escola Moderna foi fundamental, contribuindo para a educação, em especial a dos trabalhadores urbanos. Durante a década de 1930 surge a Escola Nova baseada em ideais modernistas e anárquicos, sendo liderada por vários intelectuais que mantinham os desejos de uma educação universal, gratuita e laica.
Hoje o maior representante da pedagogia Libertária no Brasil é Paulo Freire e o seu discípulo Moacir Gadotti. Tendências como: pedagógica progressista, progressista libertadora ou dialética, progressista libertária, progressista crítico-social dos conteúdos, carregam traços inegáveis dos princípios anarquistas.
Reforçando o que foi descrito acerca das similaridades entre as tendências atuais e os preceitos anárquicos García (1989) diz; “As tendências progressistas libertadora e libertária têm, em comum, a defesa da autogestão pedagógica e o anti-autoritarismo. A escola libertadora vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido.”.
CONCLUSÃO
O anarquismo parece ser uma condição nata do homem desde o inicio da civilização. Sempre houve um anseio de liberdade, seja do seu senhor, seja do sistema de governo que o oprime de alguma forma.
A ideologia anarquista foi e é responsável pela resistência natural do homem à governabilidade, seja esta representada pelo Estado, pela economia, educação, entre outros. Por ser visto como um movimento de desordem, hoje o anarquismo se reveste de formas mais sutis e encontra-se presente na maioria dos movimentos sociais, organizações estudantis e nas tendências educacionais.
Hoje a educação no Brasil caminha para as concepções ditas progressistas, onde se encontra forte presença dos ideais anarquistas, representados principalmente por Educadores como Paulo Freire que permeiam o pensamento de grande parte dos profissionais da educação e apresentam alternativas para um desenvolvimento educacional próximo do desejo de libertação e aproximação de classes.
REFERÊNCIAS
GARCIA MORIYÓN, F. Educação Libertária . São Paulo: Francisco Alves, 1989. 488p.
WIKIPÉDIA. Anarquismo. Disponível em: < http://gl.wikipedia.org/wiki/Anarquismo.html>. Acesso em: 20 jul. 2008.
O dizer "não" na educação
O dizer "não" na educação
Por Içami Tiba
É muito comum os pais se queixarem que seus filhos não atendem aos nãos que eles lhes falam, ordenam, pedem, imploram ou mesmo quando dão a entender...
Esta desobediência ao não dos pais é globalizada. Praticamente todas as crianças do planeta custam a obedecer os seus pais. Há exceções, que são raras, que confirmam a regra de que os filhos hoje estão desobedientes aos seus pais.
É bastante comum eu ouvir este lamento de mães dito com um grande desânimo: Meu filho não me obedece, grita comigo, faz só o que quer, me agride, me ofende... Então eu pergunto: Quantos anos ele tem? Elas respondem: 2 anos!
Como pode uma criança de dois anos de idade tumultuar tanto a vida da sua mãe?
Digo com bastante convicção que é devido ao que o filho recebeu, como educação ou não, do que lhe aconteceu desde que nasceu. Raríssimos são os casos em que as crianças nascem desobedientes, como doenças psiquiátricas e graves transtornos psicológicos e de caráter. A maioria nasce absolutamente normal e vai se tornando inadequada ou deseducada aos poucos.
Um nenê que durma no colo para depois ser colocado no bercinho já começa um costume errado, pois lugar de dormir passa ser o colo e não o berço. Se, cada vez que acorda durante a noite, ele é pego no colo ele aprende que berço não é lugar para ele ficar, e passa a reivindicar a ficar no colo, onde irá adormecer. O nenê começa a formar a imagem de que só deve ir ao berço quando já estiver dormindo. Assim se ele for colocado no berço ainda acordado, ele se recusará a ficar no berço e criará mil desculpas próprias da idade para não ficar no berço. Sem dúvida é muito gostoso dormir no calor, no balanço e no afeto de um colo do que no bercinho. Não é natural no ser humano acordar em um lugar que ele não deitou. Enquanto ele nada sabe, ele dorme em qualquer lugar, portanto ele após arrotar o que mamou deve ser colocado de lado no berço para dormir, por mais que os adultos queiram lhe dar colo. O nenê chorar no berço, gritar, dizer palavras incompreensíveis etc é uma defesa natural por preferir fazer o que aprendeu, dormir no colo. Ele já sabe que está lutando por um direito que ganhou dos pais que queriam muito mais agradá-lo do que não o educar. O nenê não está desrespeitando ninguém. São os adultos à sua volta que não souberam educá-lo a dormir sozinho no berço. Quem aprende dormir no colo não quer saber se naquela noite os pais não têm como dar-lhe colo. Ele luta para dormir no que já se acostumou: o colo.
Um ponto muito importante que todos os humanos deveriam saber é: “Ninguém sente falta do que não conhece, mas arca com suas consequências”.
Todos sabem que lugar do bebê dormir é no berço e não no colo, mas como a maioria não sabe que o local do bebê adormecer também deve ser no berço, arcam com as conseqüências de um bebê que acaba atrapalhando o sono dos pais e muitas vezes até separando os cônjuges. Amor é muito bom, mas não resolve este problema das noites mal dormidas de todos na família. Não é errando que se aprende, mas sim corrigindo o erro.
Assim também muitos nãos dos pais não são obedecidos principalmente pelos filhos:
• que percebem que o não pode ser transformado em sim;
• que nada lhe acontece se não obedecer ao não e continuar fazendo o que queria;
• que os pais num dia dizem sim e noutro, não;
• que basta questioná-los que eles deixam quando os pais não têm respostas;
• que a boca diz não, mas os olhos dizem sim;
• que a palavra diz não, mas todo o comportamento diz sim;
• que o agora não se transforma em daqui a pouco pode.
Içami TibaIçami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Pais e Educadores de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 28 livros
Içami Tiba responde a perguntas de internautas; confira aqui. Site: www.tiba.com.br
Por Içami Tiba
É muito comum os pais se queixarem que seus filhos não atendem aos nãos que eles lhes falam, ordenam, pedem, imploram ou mesmo quando dão a entender...
Esta desobediência ao não dos pais é globalizada. Praticamente todas as crianças do planeta custam a obedecer os seus pais. Há exceções, que são raras, que confirmam a regra de que os filhos hoje estão desobedientes aos seus pais.
É bastante comum eu ouvir este lamento de mães dito com um grande desânimo: Meu filho não me obedece, grita comigo, faz só o que quer, me agride, me ofende... Então eu pergunto: Quantos anos ele tem? Elas respondem: 2 anos!
Como pode uma criança de dois anos de idade tumultuar tanto a vida da sua mãe?
Digo com bastante convicção que é devido ao que o filho recebeu, como educação ou não, do que lhe aconteceu desde que nasceu. Raríssimos são os casos em que as crianças nascem desobedientes, como doenças psiquiátricas e graves transtornos psicológicos e de caráter. A maioria nasce absolutamente normal e vai se tornando inadequada ou deseducada aos poucos.
Um nenê que durma no colo para depois ser colocado no bercinho já começa um costume errado, pois lugar de dormir passa ser o colo e não o berço. Se, cada vez que acorda durante a noite, ele é pego no colo ele aprende que berço não é lugar para ele ficar, e passa a reivindicar a ficar no colo, onde irá adormecer. O nenê começa a formar a imagem de que só deve ir ao berço quando já estiver dormindo. Assim se ele for colocado no berço ainda acordado, ele se recusará a ficar no berço e criará mil desculpas próprias da idade para não ficar no berço. Sem dúvida é muito gostoso dormir no calor, no balanço e no afeto de um colo do que no bercinho. Não é natural no ser humano acordar em um lugar que ele não deitou. Enquanto ele nada sabe, ele dorme em qualquer lugar, portanto ele após arrotar o que mamou deve ser colocado de lado no berço para dormir, por mais que os adultos queiram lhe dar colo. O nenê chorar no berço, gritar, dizer palavras incompreensíveis etc é uma defesa natural por preferir fazer o que aprendeu, dormir no colo. Ele já sabe que está lutando por um direito que ganhou dos pais que queriam muito mais agradá-lo do que não o educar. O nenê não está desrespeitando ninguém. São os adultos à sua volta que não souberam educá-lo a dormir sozinho no berço. Quem aprende dormir no colo não quer saber se naquela noite os pais não têm como dar-lhe colo. Ele luta para dormir no que já se acostumou: o colo.
Um ponto muito importante que todos os humanos deveriam saber é: “Ninguém sente falta do que não conhece, mas arca com suas consequências”.
Todos sabem que lugar do bebê dormir é no berço e não no colo, mas como a maioria não sabe que o local do bebê adormecer também deve ser no berço, arcam com as conseqüências de um bebê que acaba atrapalhando o sono dos pais e muitas vezes até separando os cônjuges. Amor é muito bom, mas não resolve este problema das noites mal dormidas de todos na família. Não é errando que se aprende, mas sim corrigindo o erro.
Assim também muitos nãos dos pais não são obedecidos principalmente pelos filhos:
• que percebem que o não pode ser transformado em sim;
• que nada lhe acontece se não obedecer ao não e continuar fazendo o que queria;
• que os pais num dia dizem sim e noutro, não;
• que basta questioná-los que eles deixam quando os pais não têm respostas;
• que a boca diz não, mas os olhos dizem sim;
• que a palavra diz não, mas todo o comportamento diz sim;
• que o agora não se transforma em daqui a pouco pode.
Içami TibaIçami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Pais e Educadores de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 28 livros
Içami Tiba responde a perguntas de internautas; confira aqui. Site: www.tiba.com.br
Orações antes das aulas levam pais a travar ''guerra santa'' em escola de Brasília
Amanda Cieglinski
Da Agência Brasil
Em Brasília Uma “guerra santa” foi travada entre os pais das 180 crianças de 4 e 5 anos que estudam no Jardim de Infância da 404 Norte, na região central de Brasília. Uma oração feita pelos alunos diariamente, antes do início das aulas, é o principal motivo da discórdia. De um lado está um grupo de pais que pede a exclusão de referências religiosas das atividades escolares. Do outro, os que apoiam o ritual diário e consideram que a direção da escola está sendo perseguida.
A discussão teve início quando uma denúncia sobre o assunto foi encaminhada à Ouvidoria da Secretaria de Educação do Distrito Federal.
Todos os dias antes das aulas os alunos se reúnem no pátio da escola para o momento chamado de acolhida. Nessa hora, são estimulados a fazer uma “oração espontânea”, como define a diretora Rosimara Albuquerque. A cada dia, crianças de uma turma ficam responsáveis por fazer os agradecimentos a Deus ou ao “Papai do Céu”. “Pode agradecer pelo parquinho, pelos colegas. Mas houve um questionamento por parte dos pais para que fosse um momento de acolhida um pouco mais amplo já que algumas famílias não comungam dessa religião, que seria basicamente cristã”, conta Rosimara, que está à frente da escola há seis anos.
Leia tambémEscolas brasileiras enfrentam desafio de garantir ensino religioso sem privilegiar crenças
Conselho quer criar diretrizes curriculares para o ensino religioso
Intolerância religiosa afeta autoestima de alunos e dificulta aprendizagem, aponta pesquisa
Com 425 mil professores de religião, país ainda não tem critérios claros para formação na área
Em São Paulo, escolas optam por valorizar história em aulas de religião
Vice-procuradora diz que ensino plural é impossível e defende estudo da história das religiões
Para a radialista Eliane Carvalho, integrante da Associação de Pais e Mestres do colégio, a escola está ultrapassando os limites permitidos pela legislação. Ela e outros pais que protestam contra essas atividades se apoiam no princípio constitucional da laicidade para pedir que práticas de cunho religioso fiquem de fora do ambiente escolar. Além do momento da acolhida, ela conta que notou outros sinais de violação, a partir de informações que o filho de 4 anos levava para casa.
“Não posso dizer que existem dentro da sala de aula práticas religiosas. Mas meu filho não aprendeu em casa a orar em nome de Jesus. Um dia ele me disse que o telefone para falar com Jesus era dobrar o joelho no chão”, relata Eliane.
Em resposta à denúncia, um grupo maior de pais organizou um abaixo-assinado a favor da escola e da oração no início das aulas. Alguns alegam que a diretora está sendo perseguida por ser católica e atuante em grupos religiosos. “A forma como eles [professores e direção] estão atuando não é nada abusiva ou direcionada a uma crença específica. Eles colocam a palavra de Deus, como entidade superior, e agradecem à família. São só coisas boas, frutos bons. Quem está incomodado é uma minoria”, defende Thiago Meirelles, que é católico e pai de um aluno.
Para Carolina Castro, mãe de outro estudante, a intenção da escola é positiva e busca a socialização. “Não acho que eles estejam tratando de religião em si, mas passando uma noção de agradecimento do que é precioso na vida. Não acho que isso seja ensino religioso”, diz.
Eliane Carvalho lamenta que a discussão tenha ficado polarizada. “Não é uma discussão pessoal, mas de currículo. O grupo que fez o abaixo-assinado passou a nos ver como perseguidores de cristãos, hoje somos vistos como pessoas absurdas que não querem a palavra de Deus na escola. Todos têm o direito de fazer suas orações, mas eu questiono o fato de a escola aceitar uma prática que, para mim, se configura em arrebanhar fiéis”, diz.
O momento da acolhida é feito há 40 anos, desde que a escola foi fundada, e é comum também em outros colégios da rede. Na última semana a reza foi substituída por cantigas de roda e outras atividades. “Aí, sim, parecia uma escola, antes parecia uma igreja. Como pai que tem a obrigação de dar uma orientação religiosa à filha, não posso permitir que haja divergência. O mais triste é que, apesar de essas pessoas dizerem que estão pregando o amor e o respeito, elas não têm respeito nenhum pela minha liberdade de que não haja essa interferência [religiosa]”, diz Mafá Nogueira, pai de uma aluna.
Para resolver o problema, a escola vai convocar reuniões com pais, professores, funcionários e representantes da Secretaria de Educação. “Vamos discutir como a gente pode abordar a pluralidade e a diversidade sem agredir ninguém e que todos possam sair satisfeitos. Mas essa polêmica é salutar porque, na medida em que a gente ouve questionamentos de pais que pensam diferente, isso é saudável para o crescimento. Podemos adotar uma postura diferente, estruturada no que a comunidade pensa”, avalia a diretora Rosimara, que usava no pescoço um cordão com um crucifixo enquanto conversava com a reportagem da Agência Brasil.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que desconhece problemas semelhantes em outras escolas da rede e reiterou que orienta as unidades a seguir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que veda qualquer prática proselitista no ambiente escolar.
Da Agência Brasil
Em Brasília Uma “guerra santa” foi travada entre os pais das 180 crianças de 4 e 5 anos que estudam no Jardim de Infância da 404 Norte, na região central de Brasília. Uma oração feita pelos alunos diariamente, antes do início das aulas, é o principal motivo da discórdia. De um lado está um grupo de pais que pede a exclusão de referências religiosas das atividades escolares. Do outro, os que apoiam o ritual diário e consideram que a direção da escola está sendo perseguida.
A discussão teve início quando uma denúncia sobre o assunto foi encaminhada à Ouvidoria da Secretaria de Educação do Distrito Federal.
Todos os dias antes das aulas os alunos se reúnem no pátio da escola para o momento chamado de acolhida. Nessa hora, são estimulados a fazer uma “oração espontânea”, como define a diretora Rosimara Albuquerque. A cada dia, crianças de uma turma ficam responsáveis por fazer os agradecimentos a Deus ou ao “Papai do Céu”. “Pode agradecer pelo parquinho, pelos colegas. Mas houve um questionamento por parte dos pais para que fosse um momento de acolhida um pouco mais amplo já que algumas famílias não comungam dessa religião, que seria basicamente cristã”, conta Rosimara, que está à frente da escola há seis anos.
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Vice-procuradora diz que ensino plural é impossível e defende estudo da história das religiões
Para a radialista Eliane Carvalho, integrante da Associação de Pais e Mestres do colégio, a escola está ultrapassando os limites permitidos pela legislação. Ela e outros pais que protestam contra essas atividades se apoiam no princípio constitucional da laicidade para pedir que práticas de cunho religioso fiquem de fora do ambiente escolar. Além do momento da acolhida, ela conta que notou outros sinais de violação, a partir de informações que o filho de 4 anos levava para casa.
“Não posso dizer que existem dentro da sala de aula práticas religiosas. Mas meu filho não aprendeu em casa a orar em nome de Jesus. Um dia ele me disse que o telefone para falar com Jesus era dobrar o joelho no chão”, relata Eliane.
Em resposta à denúncia, um grupo maior de pais organizou um abaixo-assinado a favor da escola e da oração no início das aulas. Alguns alegam que a diretora está sendo perseguida por ser católica e atuante em grupos religiosos. “A forma como eles [professores e direção] estão atuando não é nada abusiva ou direcionada a uma crença específica. Eles colocam a palavra de Deus, como entidade superior, e agradecem à família. São só coisas boas, frutos bons. Quem está incomodado é uma minoria”, defende Thiago Meirelles, que é católico e pai de um aluno.
Para Carolina Castro, mãe de outro estudante, a intenção da escola é positiva e busca a socialização. “Não acho que eles estejam tratando de religião em si, mas passando uma noção de agradecimento do que é precioso na vida. Não acho que isso seja ensino religioso”, diz.
Eliane Carvalho lamenta que a discussão tenha ficado polarizada. “Não é uma discussão pessoal, mas de currículo. O grupo que fez o abaixo-assinado passou a nos ver como perseguidores de cristãos, hoje somos vistos como pessoas absurdas que não querem a palavra de Deus na escola. Todos têm o direito de fazer suas orações, mas eu questiono o fato de a escola aceitar uma prática que, para mim, se configura em arrebanhar fiéis”, diz.
O momento da acolhida é feito há 40 anos, desde que a escola foi fundada, e é comum também em outros colégios da rede. Na última semana a reza foi substituída por cantigas de roda e outras atividades. “Aí, sim, parecia uma escola, antes parecia uma igreja. Como pai que tem a obrigação de dar uma orientação religiosa à filha, não posso permitir que haja divergência. O mais triste é que, apesar de essas pessoas dizerem que estão pregando o amor e o respeito, elas não têm respeito nenhum pela minha liberdade de que não haja essa interferência [religiosa]”, diz Mafá Nogueira, pai de uma aluna.
Para resolver o problema, a escola vai convocar reuniões com pais, professores, funcionários e representantes da Secretaria de Educação. “Vamos discutir como a gente pode abordar a pluralidade e a diversidade sem agredir ninguém e que todos possam sair satisfeitos. Mas essa polêmica é salutar porque, na medida em que a gente ouve questionamentos de pais que pensam diferente, isso é saudável para o crescimento. Podemos adotar uma postura diferente, estruturada no que a comunidade pensa”, avalia a diretora Rosimara, que usava no pescoço um cordão com um crucifixo enquanto conversava com a reportagem da Agência Brasil.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que desconhece problemas semelhantes em outras escolas da rede e reiterou que orienta as unidades a seguir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que veda qualquer prática proselitista no ambiente escolar.
Debate sobre homofobia e preconceito na escola é fundamental
Proibição do kit evidencia a dificuldade que se tem em lidar com o assunto; professores precisam ter espaço para discussão e reflexão (Ana Cássia Maturano)
* Ana Cássia Maturano
Pode-se dizer que o kit anti-homofobia é um sucesso. O adiamento de sua entrada nas escolas inflamou a discussão sobre o assunto. E é isso que importa: discutir o tema.
Muito provavelmente, ele seria pouco produtivo nas escolas. Como vários projetos na área de educação, cairia de pára-quedas na cabeça dos professores, que teriam de trabalhar com o tema junto aos alunos, ajudando-os a lidar com suas visões muitas vezes homofóbicas. E quem ia ajudar o professor a elaborar esse assunto?
Não dá simplesmente para combinar que agora ninguém mais vai ser homofóbico, usando simplesmente da repressão. Valores e sentimentos não são passados apenas por palavras, mas principalmente na sutileza dos atos.
A comunidade gay sabe bem o que é isso. Muitos tentaram reprimir seus sentimentos e identidade homossexual. E do que adiantou? De nada. Continuaram sendo como são.
Lidar com um assunto desses é algo delicado. É necessária muita atenção para que o tiro não saia pela culatra. Faz-se necessário que os professores tenham um espaço de discussão e reflexão, onde alguns possam dizer de suas dificuldades em lidar com o assunto. Um espaço para falarem de seus preconceitos, para então poderem fazer o mesmo com seus alunos.
O que dá para entender é que eles serão contemplados com um guia de orientação. Aquilo que pensam e sentem não tem espaço algum.
Quem assistiu aos vídeos pode perceber que não há nada demais neles. Como disseram por aí, mostra muito menos que as novelas. Isso importa pouco. É necessário entender o sentido do projeto. Será apenas uma tentativa da educação em nosso país ser politicamente correta e moderna, ou há algo maior em sua proposta?
Penso que seria mais um projeto onde se gastaria muito, os professores veriam como algo atrapalhando o seu planejamento de matérias e sendo deixado para aqueles com função pouco definida na escola – como os professores que cobrem as faltas dos titulares
Ao se falar em homofobia, fala-se da visão distorcida que se tem sobre o modo de ser de algumas pessoas, que difere da norma. É algo que existe há muito tempo e está arraigado nas pessoas (basta a leitura de alguns comentários dos internautas em matérias publicadas peloG1 sobre o assunto). Mas é preciso mudar – afinal, as diferenças existem e são uma realidade.
Por isso mesmo deve ser tratado com mais seriedade. A proibição do kit pelo governo deixa evidente a dificuldade que se tem em lidar com o assunto, sem contar o poder que os grupos religiosos têm.
Não dá para esperar que eles consintam com algo assim. A atitude deles não é questão de certo ou errado, é coerente com o que pensam e pregam. Precisam se modificar, sem dúvida. Porém, eles não têm condições de discutirem o tema, estão presos em seus pré conceitos. Não são bons conselheiros para isso.
Reduzir essa questão a um kit com três filmes e professores despreparados para lidar com o tema, é dar chance ao preconceito. É limitá-lo a um espaço muito pequeno.
Isso faz lembrar o espaço da mulher e do negro, por exemplo. Grupos que também tiveram que conquistar seu lugar, como pessoas com direitos iguais aos outros. Cuja luta ainda continua.
Eles, assim como os gays, tem um dia no ano em que são homenageados. O que tende a reforçar a idéia de que são mais frágeis e incapazes.
Ora, todos os dias são da mulher, do negro, do gay, do índio... Isso é que é preciso ser construído pelo nosso povo, dia após dia. O que não vai ser garantido por um kit escolar.
* Ana Cássia Maturano é psicóloga
Fonte: G1
* Ana Cássia Maturano
Pode-se dizer que o kit anti-homofobia é um sucesso. O adiamento de sua entrada nas escolas inflamou a discussão sobre o assunto. E é isso que importa: discutir o tema.
Muito provavelmente, ele seria pouco produtivo nas escolas. Como vários projetos na área de educação, cairia de pára-quedas na cabeça dos professores, que teriam de trabalhar com o tema junto aos alunos, ajudando-os a lidar com suas visões muitas vezes homofóbicas. E quem ia ajudar o professor a elaborar esse assunto?
Não dá simplesmente para combinar que agora ninguém mais vai ser homofóbico, usando simplesmente da repressão. Valores e sentimentos não são passados apenas por palavras, mas principalmente na sutileza dos atos.
A comunidade gay sabe bem o que é isso. Muitos tentaram reprimir seus sentimentos e identidade homossexual. E do que adiantou? De nada. Continuaram sendo como são.
Lidar com um assunto desses é algo delicado. É necessária muita atenção para que o tiro não saia pela culatra. Faz-se necessário que os professores tenham um espaço de discussão e reflexão, onde alguns possam dizer de suas dificuldades em lidar com o assunto. Um espaço para falarem de seus preconceitos, para então poderem fazer o mesmo com seus alunos.
O que dá para entender é que eles serão contemplados com um guia de orientação. Aquilo que pensam e sentem não tem espaço algum.
Quem assistiu aos vídeos pode perceber que não há nada demais neles. Como disseram por aí, mostra muito menos que as novelas. Isso importa pouco. É necessário entender o sentido do projeto. Será apenas uma tentativa da educação em nosso país ser politicamente correta e moderna, ou há algo maior em sua proposta?
Penso que seria mais um projeto onde se gastaria muito, os professores veriam como algo atrapalhando o seu planejamento de matérias e sendo deixado para aqueles com função pouco definida na escola – como os professores que cobrem as faltas dos titulares
Ao se falar em homofobia, fala-se da visão distorcida que se tem sobre o modo de ser de algumas pessoas, que difere da norma. É algo que existe há muito tempo e está arraigado nas pessoas (basta a leitura de alguns comentários dos internautas em matérias publicadas peloG1 sobre o assunto). Mas é preciso mudar – afinal, as diferenças existem e são uma realidade.
Por isso mesmo deve ser tratado com mais seriedade. A proibição do kit pelo governo deixa evidente a dificuldade que se tem em lidar com o assunto, sem contar o poder que os grupos religiosos têm.
Não dá para esperar que eles consintam com algo assim. A atitude deles não é questão de certo ou errado, é coerente com o que pensam e pregam. Precisam se modificar, sem dúvida. Porém, eles não têm condições de discutirem o tema, estão presos em seus pré conceitos. Não são bons conselheiros para isso.
Reduzir essa questão a um kit com três filmes e professores despreparados para lidar com o tema, é dar chance ao preconceito. É limitá-lo a um espaço muito pequeno.
Isso faz lembrar o espaço da mulher e do negro, por exemplo. Grupos que também tiveram que conquistar seu lugar, como pessoas com direitos iguais aos outros. Cuja luta ainda continua.
Eles, assim como os gays, tem um dia no ano em que são homenageados. O que tende a reforçar a idéia de que são mais frágeis e incapazes.
Ora, todos os dias são da mulher, do negro, do gay, do índio... Isso é que é preciso ser construído pelo nosso povo, dia após dia. O que não vai ser garantido por um kit escolar.
* Ana Cássia Maturano é psicóloga
Fonte: G1
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