sexta-feira, 10 de julho de 2015

Assassinatos de jovens de 16 e 17 anos cresceram sete vezes entre 1980 e 2013


Dados do novo Mapa da Violência mostram que o número de assassinatos de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos cresceu mais de cinco vezes e meia entre 1980 e 2013.
Especificamente entre os jovens de 16 e 17 anos o crescimento foi ainda maior: sete vezes. De acordo com os dados, 93% dos casos de assassinato são de meninos e rapazes. Oito de cada dez deles não terminaram o ensino fundamental (e 20% eram analfabetos funcionais). Para cada homicídio de um jovem branco houve três homicídios de jovens negros. Os resultados colocam o Brasil na terceira posição entre os países que mais matam jovens, atrás apenas do México e de El Salvador.
Os dados estão disponíveis na internet no site mapadaviolencia.org.br e foram apresentados pela primeira vez na CPI do Assassinato de Jovens no Senado Federal pelo sociólogo Júlio Jacobo, autor do estudo. O pesquisador, Júlio Jacobo, elabora o Mapa da Violência a partir de dados do IBGE, do SUS e da Organização Mundial da Saúde.
Segundo ele, para tentar solucionar o problema o Brasil trata apenas das consequências mas não das razões sociais. “O primeiro passo da cura: a consciência da enfermidade. Se a gente não é consciente sobre quais são os nossos problemas, nunca vamos solucioná-los.
Fonte: www.ebc.com.br

Aonde, Onde ou Donde?



Muito próximos em termos de sonoridade e escrita, os termos aonde, onde e donde estão no rol das palavras que suscitam dúvidas quanto ao seu emprego e, consequentemente, são, diversas vezes, empregadas de maneira errônea. É o que se observa, por exemplo, nas milhares de postagens que nos chegam pulicadas em redes sociais, como o facebook.
Para não errar mais, as regras de uso são bem simples:
Donde tem o mesmo sentido da expressão de onde, transmitindo a ideia de proveniência. Por exemplo em “Donde tu és mesmo, Raquel?”, ou seja, de que local se veio.
Aonde expressa a ideia de para onde, com valor de movimento, deslocamento. Exemplo: “Aonde ela foi com tanta pressa?”.
Por fim, Onde apresenta o valor de lugar fixo, podendo ser substituído pela expressão em que lugar, portanto onde a pessoa se encontra, por exemplo em: “Onde a turma está nos aguardando mesmo? ”.

Lembrando-se de seus significados e por que outras expressões podem ser substituídos, nunca mais você errará!

Graduado em Letras – Língua Portuguesa e Literatura, pela Universidade de Fortaleza (Unifor); Pós-graduando em Ensino de Língua Portuguesa e Literatura, pela Universidade Estadual do Ceará (UECE); Graduado em Língua Inglesa pelo Centro Cultural Anglo Americano (CCAA); Escritor; atua como Coordenador Pedagógico do Instituto Nacional de Desenvolvimento e Qualificação Profissional (IDESQ); é professor de Língua Portuguesa e Inglesa; palestrante na área da aprendizagem, atuou em diversas instituições de Ensino do país, em consultorias pedagógicas, junto às coordenações pedagógicas, equipe docentes, em momentos de formação, e corpo de alunos, em palestras focadas para a motivação, orientações de estudos e conhecimentos para o ENEM. 

Medida Provisória (MP)


Pela legislação, MPs só devem ser editadas em casos de relevância e urgência
A Medida Provisória (MP) é uma norma legislativa adotada pelo presidente da República que, pela sua definição, deve ser editada somente em casos de relevância e urgência. A MP começa a vigorar imediatamente após sua edição, mas, para virar lei, precisa ser aprovada pelo Congresso.
Em abril de 2002, o Congresso aprovou a Resolução 1/02, que instituiu novas regras sobre a apreciação das MPs pelo Legislativo. Por essas regras, as MPs têm duração de 60 dias, e não mais de 30 – como ocorria anteriormente –, podendo sua vigência ser prorrogada por igual período, caso não sejam aprovadas no prazo inicial. A MP que não obtiver aprovação na Câmara e no Senado até o prazo final perde a validade desde a edição, ficando o presidente da República impedido de reeditá-la na mesma sessão legislativa.
O exame de uma MP começa sempre pela Câmara, após análise da matéria por uma comissão mista específica. No caso de uma MP abrir crédito orçamentário, seu exame é feito pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). O prazo para a comissão emitir o parecer é de 14 dias. Depois de aprovado o parecer, ou vencido o prazo para o pronunciamento da comissão, a MP é enviada à Câmara, que, se aprová-la, remeterá a matéria ao Senado. Se o texto for modificado pelos senadores, a matéria retornará à Câmara para nova análise.
Decorridos 45 dias da publicação sem que a MP tenha sido votada, a deliberação dos demais projetos em pauta na Casa em que estiver sendo examinada fica obstruída até que a MP seja apreciada ou se extinga o prazo de sua vigência.
No exame da MP, a comissão mista deve manifestar-se quanto aos aspectos de relevância, urgência, mérito, adequação financeira e orçamentária. Caso a comissão decida alterar o texto original da MP enviada pelo governo, será apresentado um projeto de lei de conversão (PLV), que passará a tramitar no lugar da MP. Se a MP for aprovada pelo Senado e pela Câmara sem alterações, é submetida à promulgação do presidente do Senado. Quando é aprovado o PLV, o texto é enviado à sanção do presidente da República. No caso de veto total ou parcial, seu exame pelo Congresso segue as mesmas regras com relação a projeto de lei.
Na hipótese de a MP ser rejeitada pela Câmara ou pelo Senado, o presidente da respectiva Casa deve comunicar o fato imediatamente ao presidente da Republica, além de baixar um ato declaratório de rejeição da MP, que é publicado no Diário Oficial da União.
Entretanto, quando se esgota o período integral de validade da MP sem que a matéria tenha sido apreciada, cabe ao presidente da Mesa do Congresso comunicar o fato ao presidente da República e expedir ato declaratório de encerramento do prazo de vigência da MP. Nos casos de rejeição ou extinção do prazo de validade da MP, o Congresso edita um decreto legislativo disciplinando as relações jurídicas decorrentes do período de vigência da matéria.
A legislação impede que o presidente legisle, por meio de MPs, sobre assuntos relacionados à nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos, direitos penal, processual penal e processual civil, planos plurianuais, orçamentos e créditos suplementares. As MPs foram criadas pela Constituição de 1988 e substituíram o decreto-lei.

Aqui um texto extraído do site do Senado Brasileiro:

Helena Daltro Pontual

Peça teatral desenvolvida por alunos trabalha conceito das Inteligências Múltiplas de Gardner


Peça teatral desenvolvida por alunos do grupo de teatro do International School of Curitiba trabalha conceito das Inteligências Múltiplas de Gardner.


Há um ano, o professor David Baptista apostou em uma ideia desafiadora junto dos alunos do grupo de teatro do International School of Curitiba: produzir a primeira peça original do colégio. Um ano depois, no final deste semestre, foi apresentada aos pais e comunidade do ISC a peça “How to Find True Love by the Time You Turn 18” (Como encontrar o verdadeiro amor ao fazer 18 anos), que teve como base a Teoria das Inteligências Múltiplas, de Howard Gardner.

Ao todo, a produção contou com mais de 75 pessoas – incluindo estudantes de 8 a 18 anos, professores e voluntários. A peça, escrita pelo consultor educacional Antonio Rodriguez, é uma história de amor não convencional, baseada na teoria de Howard Gardner. O conceito de Inteligências Múltiplas causou uma revolução na pesquisa educacional quando publicada, na década de 80. De acordo com Gardner, há mais de um tipo de inteligência e cada pessoa tem uma ou duas mais desenvolvidas. Na peça, cada personagem representa uma pessoa com determinado tipo de inteligência, expressa por uma música selecionada especialmente para ele, além de figurino e falas também de acordo com a personalidade de quem possui aquele tipo de inteligência.

Com base na teoria, alunos e professores desenvolveram todo o cenário, figurino e trilha sonora da peça. O cenário representa processos cerebrais, como as sinapses, através de lâmpadas de Led e feixes luminosos. Já o figurino trabalha com cores diferentes conforme o tipo predominante de inteligência de cada personagem. Na montagem, números de dança também têm espaço, e até mesmo as coreografias foram montadas de acordo com as características de cada tipo de inteligência. 

Publicação traz contribuições ao Plano Nacional de Educação


 Do Inep

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicará no final deste mês uma série de estudos que contextualiza as condições educacionais e as estratégias para atingir as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Denominado de "Linha de Base do PNE", o documento contribui para subsidiar a formulação e acompanhamento de políticas de educação.
O trabalho foi iniciado com a sanção do PNE, em 2014, e se soma às atribuições legais do Inep de planejar, coordenar e colaborar para o desenvolvimento de pesquisas educacionais. Na prática, o levantamento do Inep traz uma série histórica para cada uma das 20 metas do PNE.
A delimitação de metas quantificáveis possibilita que se realize comparações acerca dos desequilíbrios na educação. Os dados analisados pelos técnicos do instituto servem de referências para a melhor observação de fatores como desigualdades regionais, raça e cor, renda e sexo, além de diferenças educacionais entre as áreas rural e urbana.
"São indicadores que nos permitem verificar que grande parte as desigualdades persistem, mas vêm diminuindo paulatinamente", ressalta o presidente do Inep, Chico Soares. O trabalho explicita onde e sobre quais populações recaem as privações do direito educacional. "Subsidia a tomada de decisões institucionais e controle democrático", completa.
Para a construção e a análise dos indicadores em consonância com as metas do PNE, os técnicos do Inep recorreram às bases de dados do instituto. Do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) foi feito o recorte do desempenho de alunos. Dos censos da educação básica e superior foram analisados dados que retratam a universalização do atendimento escolar. É o caso da meta 3 do PNE que trata do acesso escolar para a população de 15 a 17 anos até 2016.
Para o Ministério da Educação, o estudo sinaliza a tendência para os dez anos seguintes e sugere onde atuar de forma mais específica e incisiva para a próxima década de PNE. A compilação também serviu como referência para estados e municípios elaborarem seus respectivos planos de educação. A publicação contribui ainda com o monitoramento das metas por parte das comissões de educação da Câmara dos Deputados e do Senado, além do Conselho Nacional de Educação e do Fórum Nacional de Educação, formado por instituições da sociedade civil.
Ao longo do período de vigência do PNE (2014-2024), o Inep deve publicar novos estudos sobre o comportamento desses indicadores. A próxima edição está prevista para 2016. A previsão faz parte do plano que, no artigo 5º, estabelece publicação de estudos pela autarquia a cada dois anos para aferir a evolução no cumprimento das metas estabelecidas pelo PNE.

Brasil e Austrália fazem acordo para atividades em educação


 Do MEC 

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, e a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, assinaram na última sexta-feira (3), memorando de entendimento sobre educação, pesquisa e formação profissional. O documento fortalece as relações na área educacional e científica entre os dois países.

Entre os objetivos do memorando está a promoção de atividades de cooperação bilateral em educação e pesquisa. Além do intercâmbio de estudantes pelo Ciência sem Fronteiras, o memorando também envolve a formação profissional e facilita a interação entre as instituições de brasileiras e australianas.

A Austrália vem sendo um importante parceiro do Brasil no programa Ciência sem Fronteiras, que envia estudantes e pesquisadores brasileiros para as melhores universidades do exterior. Mais de 6 mil brasileiros estudaram naquele país. Entre os pontos discutidos pelos ministros está a facilitação do reconhecimento de trabalhos acadêmicos e científicos.

Reforma do ensino médio não deve se limitar a conteúdo


 Agência Brasil 

A reformulação do ensino médio e a construção de uma base nacional curricular comum para essa etapa foram temas de discussão ontem (7) em seminário na Comissão de Educação, na Câmara dos Deputados. O integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE) José Fernandes de Lima alertou que a base nacional comum não deve se limitar a uma lista de conteúdos, mas ir além e tratar, por exemplo, da formação dos professores e da relação entre União, estados e municípios.

Lima destacou ainda que o currículo comum não pode partir da opinião de apenas uma pessoa ou organização, mas ter o consenso da sociedade. “Uma agenda educacional de um país não pode deixar de responder a três coisas: para quem temos que oferecer educação, para quê e como vamos oferecer essa educação.”

O Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece que a base nacional curricular comum da educação básica deve estar concluída até junho do ano que vem.

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps, considera que, atualmente o conteúdo do ensino médio está direcionado para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Estamos fazendo um Enem modelador dos currículos como se o ensino médio fosse uma etapa de transição para a faculdade”, disse.

Na avaliação de Deschamps, não é possível resolver os problemas do ensino médio sem focar na etapa anterior, que são os anos finais do ensino fundamental. “No ensino fundamental 2, começa o grande problema que só é reforçado na hora de entrar no ensino médio. O problema não está todo no ensino médio. Se não tivermos o olhar sobre o fundamental 2, o projeto de uma base nacional comum será inócuo.”

O diretor de Currículo e Educação Integral da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Ítalo Dutra, ressaltou a importância de um esforço conjunto entre União, estados e municípios na construção da base nacional comum. “É o esforço de produzir um entendimento nacional em torno desse assunto, que precisa ser revisado periodicamente e pensado do ponto de vista de um pacto federativo”, afirmou.

Ele informou que o MEC está recebendo documentos curriculares dos entes federados que vão contribuir para a elaboração de um texto da base comum a ser colocado em consulta pública. Ítalo Dutra ressaltou que é preciso discutir também a forma como a base comum será colocada em prática. “Pensar em organização curricular para o ensino médio significa também discutir como isso será operacionalizado do ponto de vista de estados e municípios.”

Para a presidenta da União Brasileira dos Estudantes (Ubes), Bárbara Melo, o atual modelo do ensino médio é pouco atraente por estar distante da realidade dos jovens e ter conteúdos que não dialogam entre si. Mudar esses pontos é fundamental para elaborar uma base comum, disse Bárbara, que também destacou a importância de incluir conteúdos locais.

“O conteúdo muitas vezes parece desconectado. A pessoa vê física em um quadrado, biologia em outro”, observou Bárbara. “É importante que o ensino seja integrado. E a escola precisa absorver novas tecnologias. É um absurdo o estudante não poder usar o celular em sala. Não é uma tecnologia dentro de sala que vai fazer o aluno se distrair, é a forma como o conteúdo é dado.”

O deputado Wilson Filho (PTB-PB) também considera o atual modelo ultrapassado e diz que é necessário reformular o ensino médio para garantir a permanência dos estudantes nas salas de aula e estimular também os professores. “Todos concordamos que o atual modelo do ensino médio está desinteressante e ultrapassado. É um modelo desinteressante para estudantes e professores, e temos a obrigação de mudar isso”, afirmou.

Base curricular comum da educação deve ficar pronta antes do prazo, diz ministro


Renato Janine Ribeiro disse que o MEC pretende finalizar a proposta de uma base curricular nacional comum para a educação básica – ensinos infantil, fundamental e médio.

 Agência Brasil 

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse ontem (8) que o Ministério da Educação pretende finalizar a proposta de uma base curricular nacional comum para a educação básica – ensinos infantil, fundamental e médio - antes do prazo previsto no Plano Nacional de Educação (PNE), que é junho de 2016. Na base comum deve haver um detalhamento claro, ano a ano, dos conhecimentos e habilidades que todos os alunos têm o direito de aprender.

“Temos o prazo de um ano para levar a [proposta da] base comum ao Conselho Nacional de Educação, mas nossa intenção é tentar avançar mais rápido, preservando a ampla discussão. Se conseguirmos antecipar, será muito bom, porque dessa definição da base comum dependem dois pontos cruciais, que são a formação dos professores e o novo material didático”, explicou o ministro.

Janine Ribeiro disse que, depois de finalizada, a proposta é enviada ao Conselho Nacional de Educação para avaliação e, então, retorna ao ministério para ser homologada. Segundo ele, após a homologação, será necessário fazer adaptações no sistema de ensino para que o novo modelo seja colocado em prática. “A partir daí, a base estará valendo, mas depende de material de didático e da formação dos professores. Queremos fazer isso avançar o mais rápido possível”.

Sobre a base comum curricular, o ministro disse que será construída por meio de amplo debate, envolvendo representantes do setor de ensino, da academia, de secretarias municipais e estaduais de educação, entre outros. "Ninguém quer a base comum como uma algema, mas como um espaço de abertura para mais e mais discussões", disse.

O ministro participou das discussões sobre a base curricular nacional no seminário Base Nacional Comum: o que podemos aprender com as evidências nacionais e internacionais, que acontecem ao longo do dia de hoje, em Brasília. O evento é organizado pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). 

Estudante ganha medalha nos EUA por remédio natural contra gripe



Um estudante cearense juntou conhecimento popular e científico para desenvolver o projeto de um antiviral à base de frutas que ganhou medalha de bronze em uma feira nos Estados Unidos.
Helyson Lucas Bezerra, de 19 anos, misturou extrato de acerola, de goiaba e de caju com óleo de romã e criou uma polpa rica em vitamina C.
Ele diz que seus testes comprovaram que ele ajuda na prevenção e no tratamento da gripe. O projeto batizado de “Ação sinergética de antiviral natural” começou a ser desenvolvido em 2013 por iniciativa do estudante.
“A gripe atinge bastante toda a minha escola e a minha cidade, sem ter bons medicamentos que pudessem combatê-la de forma eficaz e barata”, conta Helyson, que faz o curso técnico em meio ambiente do Instituto Federal do Ceará (IFCE), em Limoeiro do Norte.
Helyson diz que o antiviral criado com a polpa das frutas é capaz de reduzir os sintomas da gripe em pouco tempo, aumentar os leucócitos (glóbulos brancos) no sangue e destruir o vírus de forma mais rápida.
Segundo o estudante, quem tomar seu composto “tem uma chance maior de recuperação [da gripe] em relação a outros medicamentos”.
A ideia da combinação de frutas veio da população local. Ele aplicou um questionário como parte da pesquisa.
O estudante tirou a fórmula para o composto a partir das frutas mais comuns que as pessoas afirmaram usar para combater os sintomas da gripe.
“Pensei em juntar todas, procurar por novas substâncias e vi que elas trabalham melhor juntas do que separadas, que era como a população usava”, comenta Helyson.
Métodos
Com a polpa feita, Helyson recorreu à comunidade novamente para testar sua criação. Ele elaborou três análises diferentes: uma com pessoas que só utilizavam acerola, goiaba e caju para combater os sintomas da gripe, outra com quem apenas fazia gargarejo com as sementes de romã e uma terceira com pessoas que usavam a combinação dos dois métodos.
“Depois dessas entrevistas, constatei que quem utilizava as frutas com a semente da romã tinha uma resposta superior [do que a dos outros dois métodos]”.
Prêmio nos EUA
Com o projeto do antiviral, Helyson ganhou em maio a medalha de bronze na competição de ciência Intel ISEF, na categoria biomedicina e ciência da saúde, em Pittsburg, nos Estados Unidos. A próxima feira que o estudante vai participar é a Genius Olympiad, em Nova York, em julho de 2016.
Os resultados positivos da pesquisa fazem Helyson pensar em comercializar seu composto como alimento, na forma de polpa, ou em forma de medicamento, isolando as substâncias benéficas contra a gripe de cada fruta.
Mas, antes, é preciso patentear a ideia. “Como ela já é bastante utilizada de forma autônoma, pretendo divulgar mais e o próximo passo é conseguir mais apoio para a patente”, afirma.

MT - Após ação do MPE, Estado terá que assegurar matrículas de alunos

MATRÍCULA ASSEGURADA

Redação 24 Horas News

Em virtude de ação civil pública proposta pelo Ministério Público Estadual, o Estado de Mato Grosso foi obrigado a construir uma nova escola e ampliar quatro salas de aulas em uma outra unidade escolar no município de Juara



Em virtude de ação civil pública proposta pelo Ministério Público Estadual, o Estado de Mato Grosso foi obrigado a construir uma nova escola e ampliar quatro salas de aulas em uma outra unidade escolar no município de Juara. A determinação constou em decisão liminar que, inclusive, foi confirmada em julgamento de mérito. O Estado deverá ainda respeitar o limite qualitativo de alunos estabelecido na Lei Estadual nº 7.348/2000.

A Legislação Estadual limita o número de alunos para cada sala de aula nas escolas públicas estaduais, com o objetivo de proporcionar maior interação no processo ensino-aprendizagem. Na Educação Infantil, nível I a IV, o número é de, no máximo, 25 alunos; Ensino Fundamental, nível V a VIII, 30 alunos e Ensino Médio, 35 alunos.

Durante investigação, o Ministério Público constatou a superlotação de salas e a carência de vagas no ensino fundamental e médio, nas escolas da rede estadual. Com o objetivo de garantir um ensino de qualidade e o respeito ao número máximo de alunos por sala, o Estado de Mato Grosso foi demandado judicialmente pelo Ministério Público. E, em razão de tal medida, houve a construção da Escola Estadual Daury Riva e a ampliação das salas de aula na Escola Estadual Nivaldo Fracarolli.

Na sentença condenatória, constou que "caso sejam insuficientes as novas salas de aula construídas, ante o transcurso de tempo entre o ajuizamento da ação e os dias atuais, devem ser construídas ou ampliadas outras escolas, de forma a atender os ditames do art. 1º, parágrafo único, I, II, III, da Lei Estadual nº 7.348/2000".
 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

A ciência do sucesso


Lair Ribeiro

O sucesso é uma ciência. Ele tem técnicas e regras bem definidas que, agora, você vai começar a descobrir para tornar sua vida melhor.

Do mesmo modo que você aprende física ou química, também pode aprender a ser bem-sucedido na vida. Isso já está sendo comprovado em várias partes do mundo e não tem nada a ver com erudição ou cultura. Conheço uma pessoa, nos Estados Unidos, que tem Ph.D. e está na fila do desemprego.

E conheço, no Brasil, quem começou como trocador de ônibus, depois, foi contínuo de banco, e hoje é milionário.



Para ser bem-sucedido, nin¬guém precisa rou¬bar, tra¬pacear ou enganar. A maior esperteza do mundo é ser honesto.


A roda do sucesso


Não existe magia do sucesso. Nem existe nada além do que você já sabe sobre o assunto. Não é preciso reinventar a roda. Só é preciso aprender como fazê-la girar mais depressa. É dessa forma que você pode melhorar de vida.


O grande filósofo, Sócrates, dizia que o homem preguiçoso é aquele que deveria ser mais bem-empregado. De acordo com essa definição, todos somos preguiçosos, pois todos temos capacidade de duplicar, triplicar, qua¬druplicar o que estamos fazendo. Por quê? Porque não estamos usando nem 5% de nossa capacidade mental.


Como alguém mediu isso? Mediu do seguinte modo: mostrando que se pode acelerar em até vinte vezes a capacidade de aprendizagem do cérebro. Se é possível acelerar em até vinte vezes, significa que estamos usando apenas 5% dele.


Não interessa quão bem-sucedido você é: você sempre pode se tornar melhor.


— Aprender o caminho mais rápido para o sucesso, funciona?


— Depende de você. Eu sempre digo que, numa floresta, para despertar uma gazela basta um raio de sol; enquanto, para acordar uma pedra, precisa de
uma dinamite.


As pessoas que acham que nunca vão conseguir fazer nada, que tudo é difícil ou impossível, precisam saber que impossível é aquilo que ninguém fez, até que alguém venha e faça. E se alguém pode vir e fazer, você também pode!


Faça a pergunta certa


Quando for fazer qualquer coisa na vida, pergunte-se, antes:


1. Para onde estou indo?


2. De onde estou saindo?


3. Como eu chego lá?


Aceite uma sugestão: de manhã, diante do espelho, enquanto estiver escovando os dentes, faça-se estas três perguntas:


1. O que eu quero no dia de hoje?


2. Onde estou com relação ao que eu quero no dia de hoje?


3. Como eu chego lá?


Você nunca vai obter respostas certas com perguntas erradas. De acordo com o que você pergunta, seu cérebro vai encontrar a resposta. Se a pergunta for certa, a resposta encontrada será correta. A sua mente é tão poderosa que vai lhe entregar o que você pedir.


O grande problema é que a maioria das pessoas não aprende a usar o cérebro do melhor modo possível.


Tudo neste mundo vem com manual de instruções, menos o nosso cérebro. E, sem manual, temos de aprender a usá-lo passo a passo. Quem aprende, deslancha na vida. Quem não aprende, fica para trás, marcando passo.

Lair Ribeiro é Palestrante internacional, ex-diretor da Merck Sharp & Dohme e da Ciba-Geigy Corporation, nos Estados Unidos

Jovens terminam o ensino médio sem aprenderem o básico, mostra pesquisa


Pesquisa foi apresentada nesta terça-feira (8) e mostrou dificuldades da educação

AGÊNCIA BRASIL
Pesquisa feita com jovens que terminaram o ensino médio mostra que há uma desconexão entre o que é ensinado nas escolas e os conhecimentos e habilidades exigidos na vida adulta. A pesquisa Projeto de Vida – O papel da Escola na Vida dos Jovens, da Fundação Lemann, foi apresentada hoje (8) em seminário que debate a base curricular nacional comum para a educação básica.

A análise dos resultados mostra que falta aos jovens competências básicas em comunicação, raciocínio lógico e tecnologia. Também foi constatado que há dificuldades de interpretar o que leram, de se expressar oralmente e de construir argumentos consistentes. Além disso, os entrevistados sentem dificuldades para escrever textos do dia a dia como um e-mail e enfrentam problemas com a concordância e ortografia.

Foram entrevistados jovens que concluíram o ensino médio – 80% de escolas públicas – que ingressaram recentemente no mercado de trabalho, na faculdade, além de professores, empregadores, especialistas em educação e organizações não governamentais que atuam na formação e orientação de jovens.

No campo do raciocínio lógico, a pesquisa mostra que os jovens não dominam conteúdos básicos da matemática, têm dificuldades com estimativas de valores, com cálculos de descontos e reajustes e para ler planilhas e gráficos.

Jovens ouvidos relataram que já erraram ao passar troco a clientes e que saíram da escola sem noções básicas de informática, o que dificultou a entrada no mercado de trabalho. “Apesar de extensos, ainda falta aos currículos conteúdos e habilidades que são essenciais para a vida adulta”, diz a pesquisa Projeto de Vida.

Ela aponta que a base curricular nacional comum para a educação infantil, fundamental e média, em discussão no Ministério da Educação, é uma oportunidade de diminuir a desconexão entre o que é ensinado na escola e o que o jovem realmente precisa aprender.

O diretor executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, avalia que a base comum pode contribuir para que a escola abandone o papel de ser apenas um transmissor de conteúdo e prepare o estudante para que ele tenha bom desempenho nas atividades da vida cotidiana. “Nosso grande desafio na construção da base comum é escolher o que é essencial, não o mínimo, e não se limitar a listagens, mas ir além e mostrar como as disciplinas se conectam, como agregar a isso as habilidades do século 21, ser mais investigativo, mais crítico”, disse.

O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Manoel Palácios, explicou que o MEC criou um grupo de trabalho responsável pela redação de uma proposta preliminar da base nacional comum curricular. A proposta é estabelecer um amplo debate para a elaboração do documento, ouvindo professores, estudantes, secretários de Educação, especialistas e organizações envolvidas com o tema.

“Colheremos as opiniões de professores e de estudantes que também devem participar desse debate. Especialmente, os estudantes que estão no ensino médio e tem a expectativa de ingresso na universidade e de profissionalização, para se manifestarem sobre os objetivos de aprendizagem que integrarão a base comum”, disse Palácios.

A pesquisa recomenda que a base comum contribua para tornar o estudo mais atrativo ao aluno, inclua habilidades socioemocionais, respeite as diversidades regionais, correlacione as habilidades e ensine o que é fundamental aos alunos aprenderem.

As discussões sobre a base curricular nacional foram feitas em Brasília, no Seminário Internacional Base Nacional Comum: o que Podemos Aprender com as Evidências Nacionais e Internacionais. O evento foi organizado pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).


domingo, 5 de julho de 2015

Estudo da OCDE confirma o “poder” das competências sociais e emocionais


A escola deve ensinar competências sociais e emocionais. A OCDE recomenda que seja dada mais importância ao desenvolvimento psíquico das crianças e dos jovens.

As crianças não nascem ensinadas. Ao contrário do que parece. O currículo escolar dita que até ao ensino secundário os alunos aprendam disciplinas essenciais para a vida adulta. Mas a par da  Matemática, das Ciências, do Português e das línguas, há outro conjunto de aptidões que desempenham um papel importante no futuro de qualquer pessoa. Boa autoestima, perseverança e sociabilidade podem ajudar os alunos a obterem melhores resultados na escola.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) recomenda aos pais, professores e decisores políticos que deem mais importância ao desenvolvimento psíquico das crianças e dos jovens.  “Aqueles que tiverem níveis elevados de competências sociais e emocionais (ex: autoconfiança e perseverança) são suscetíveis de benefiar mais de investimentos em competências cognitivas (ex: aulas de Matemática ou Ciências).”

As conclusões constam do relatório “Skills for Social Progress: The Power of Social and Emotional Skills”, apresentado em março pela organização internacional. Apontam as competências sociais e emocionais como essenciais para o futuro dos jovens. O estudo baseia-se numa análise longitudinal realizada em 2014 em nove países membros: Bélgica, Canadá, Coreia, Nova Zelândia, Noruega, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos da América.

A OCDE sugere que os sistemas educativos só têm a ganhar se conseguirem uma boa combinação entre saberes e sentimentos. Alunos com uma boa autoestima, conscientes de si próprios, determinados em conseguirem o que pretendem, sociáveis com professores e colegas e emocionalmente estáveis têm mais hipóteses de obter bons resultados na escola, no mercado de trabalho e na sociedade. Por isso, é importante ensinar as crianças e os jovens a gerirem as suas emoções.

O estudo da OCDE alude ao facto de serem difíceis de medir como uma das razões pelas quais as competências sociais e emocionais não são mais tidas em conta. Os educadores podem não conseguir avaliar se o esforço para desenvolver este conjunto de aptidões psíquicas nos jovens está a ter algum impacto.

“Medir as competências socias e emocionais é um desafio”, confirma a OCDE, “mas há um número de instrumentos que podem ser usados de forma confiável”. Entre eles: autorretratos de personalidade, características comportamentais e avaliações psicológicas objetivas.

Outro dos entraves pode prender-se com a “perceção de que as habilidades sociais e emocionais são difíceis de melhorar, em particular através da escolaridade formal”. Mas a OCDE garante que o caminho pode fazer-se através de experiências extracurriculares e da educação informal.
O relatório confirma que os educadores têm uma palavra a dizer neste processo de aprendizagem emocional. São “competências relativamente mais maleáveis na infância e na adolescência”, diz a OCDE, por isso, podem ser nutridas. Como? Sejam pais, professores ou mentores, “se conseguirem criar laços relacionais fortes com as crianças”, ao mesmo tempo, “enfatizando experiências de aprendizagem extracurriculares que obriguem a ‘pôr as mãos na massa’, conseguem incutir sentido de responsabilidade, capacidade para trabalhar em equipa e confiança.

Entre os países analisados, a OCDE encontrou exemplos bem-sucedidos de como os Estados podem investir na capacitação emocional e social das crianças e jovens. Através de programas de intervenção precoce na infância destinados às famílias mais desfavorecidas. Entre os adolescentes, a existência de mentores e a promoção de aprendizagens em contexto de trabalho provaram ser boas estratégias para cultivar competências ao nível da motivação e da autoeficácia.    

Por outro lado, alerta a OCDE, “pequenas lacunas de habilidades, no início da vida, podem tornar-se falhas significativas no seu decurso”. De igual modo preocupante é a constatação de que “a falta de competências emocionais pode agravar as desigualdades económicas e sociais”.
Os nove países observados, diz a OCDE, apresentam abordagens muito diferentes para promover as competências emocionais e sociais. Na Bélgica, os dados sugerem que os alunos do 6.º ano com características mais extrovertidas e com uma boa autoestima têm 13% mais de probabilidades de frequentarem o ensino superior. No Canadá, uma análise feita a alunos com 15 anos sugere que as competências emocionais, com base em medidas de sensação de domínio e autoestima, vão permitir que no futuro os jovens tenham mais hipóteses de frequentar o ensino superior. De igual modo, na Suécia ficou confirmado que mais competências emocionais e sociais correspondem a uma subida da probabilidade de os alunos virem a ingressar na universidade.

Outros dados apontam uma associação entre competências emocionais e melhoria da convivência escolar. Por exemplo, na Coreia, um aumento do sentimento de responsabilidade entre os adolescentes com 14 anos mostrou-se eficaz na redução de atos de bullying para com os colegas. Um acréscimo simulado dos níveis de confiança, entre os jovens noruegueses de 15 e 19 anos, mostrou resultados positivos na diminuição da possibilidade de virem a sofrer de alcoolismo. Na Nova Zelândia, o reforço de atitudes ligadas à perseverança em crianças de 8 anos melhorou os seus resultados escolares.

Melhor gestão das emoções, mais saúde. No Reino Unido, medidas levadas a cabo em crianças de 10 anos para promover a autoestima, produziram efeitos ao nível da diminuição de casos de depressão aos 16 anos. Na Suíça o reforço da autoestima em adolescentes com 16 anos mostrou diminuírem em 26% a ocorrência de depressões. E, nos Estados Unidos da América, um estudo longitudinal concluiu que uma intervenção ao nível da primeira infância foi capaz de reduzir os índices de infelicidade das crianças em níveis de ensino mais avançados.  

Aos decisores políticos a OCDE recorda que “competências geram competências”. Por isso, termina o relatório, “as políticas educativas devem assegurar a coerência entre os contextos de aprendizagem - na família, escola e comunidade - e fases de progressão escolar (ensino primário, básico e secundário)”. 

Identificar problemas de linguagem antes de entrar para a escola


Rastreio de Linguagem e Fala (RALF) permite identificar alterações no desenvolvimento da linguagem em crianças até aos seis anos. É um instrumento rápido, com vários indicadores, que tem um manual e uma folha de registo, e é acessível a vários profissionais.
Chama-se RALF – Rastreio de Linguagem e Fala, é o único preparado para crianças que tenham o português europeu como língua materna, tem manual e folha de registo, e contém indicadores, ou seja, capacidades de fala, linguagem ou metalinguagem que descrevem marcos típicos do desenvolvimento linguístico dos mais pequenos. Em apenas cinco minutos, permite identificar alterações no desenvolvimento da linguagem em crianças até aos seis anos. Com o RALF pais, educadores de infância, pediatras, e outros técnicos de educação e saúde, conseguem perceber se as crianças entre os 3 e os cinco anos e 11 meses têm ou não adquiridas as competências de linguagem e fala típicas para as respetivas idades. Este rastreio é pioneiro e permite detetar problemas de linguagem ainda no pré-escolar, antes de as crianças entrarem no 1.º ciclo.

O RALF contempla três faixas etárias, até aos quatro anos, até aos cinco e até aos seis. Associado a cada indicador há um exemplo concreto. Este teste de linguagem foi construído com base em dados linguísticos normativos e a sua fiabilidade foi analisada, concluindo-se que é válido, fiável, sensível e específico. Este novo instrumento para a identificação precoce de crianças com alterações de linguagem ou fala foi desenvolvido por investigadoras da Universidade de Aveiro e do Instituto Politécnico de Setúbal, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

Uma das vantagens deste rastreio é ter exemplos concretos que ajudam a clarificar os diferentes itens em análise. Marisa Lousada, uma das terapeutas da fala e investigadora que desenvolveu o RALF, explica ao EDUCARE.PT como funcionam os indicadores – são 10 a 12, consoante a faixa etária. Pergunta-se aos pais se as crianças dizem, por exemplo, o nome de uma categoria, isto é, se ao lhe mostrarem umas calças, uma camisa, um casaco, dizem roupa. Ou se sabem nomear a função dos objetos, se referem, por exemplo, que a faca serve para cortar. “Com questões muito simples, e de uma forma rápida, permite perceber se a criança já adquiriu ou não as competências de linguagem e fala esperadas para a sua idade”, refere a investigadora, que é também diretora do curso de licenciatura em Terapia da Fala da Universidade de Aveiro.

“Se há uma criança que não está a adquirir as competências necessárias tendo em conta a sua idade, é importante encaminhá-la para um terapeuta da fala”, sublinha Marisa Lousada. O RALF é um rastreio pioneiro e que possibilita a intervenção precoce, área onde poderá fazer a diferença. “A atuação ao nível da prevenção permite uma identificação das perturbações em fase inicial evitando o insucesso escolar, na medida em que uma grande percentagem de crianças com perturbação na aprendizagem da leitura apresentou previamente uma perturbação da linguagem oral”, sublinha Ana Mendes, investigadora e docente do Instituto Politécnico de Setúbal.

As duas investigadoras fizeram questão de simplificar ao máximo este processo, já que uma avaliação nas crianças do pré-escolar é importante. Por isso, é rápido e eficaz. “O rastreio é acessível a vários profissionais onde as crianças vão regularmente, para que possam identificar alguns sinais que permitam encaminhar para uma avaliação e terapia da fala”, sustenta Marisa Lousada. Os profissionais que trabalham com crianças em idade pré-escolar, como educadores de infância, médicos, pediatras, entre outros, podem assim detetar e resolver problemas antes de as crianças se sentarem nos bancos da escola, antes do período em que normalmente é feita uma avaliação a esse nível. O RALF foi construído com a ajuda de vários técnicos – terapeuta da fala, médica, enfermeira e educadora de infância – e há uma semana que está a ser comercializado por uma spin-off da Universidade de Aveiro. 

Práticas inovadoras em educação


Esther Cristina Pereira - cris@escolaatuacao.com.br
Esther Cristina Pereira é psicopedagoga, diretora da Escola Atuação e vice-presidente do Sinepe/PR.



Com o objetivo de divulgar e reconhecer as boas experiências das instituições de ensino que estão interessadas em transformar a educação, o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) acaba de lançar o Prêmio Sinepe/PR de Práticas Inovadoras em Educação 2015. O Prêmio é inédito no estado. As instituições de ensino particular poderão participar com projetos cuja proposta contemple um dos três subtemas: Inovação em Sustentabilidade, Inovação em Inclusão Social ou Inovação Pedagógica.

As inscrições já estão abertas e seguem até o dia 24 de julho de 2015. Podem participar os projetos que foram iniciados a partir de janeiro de 2012 e que comprovem resultados até o ano de 2014, pelo menos. O projeto também precisa descrever um ciclo de implantação de, no mínimo, um ano letivo. Todos as informações sobre o prêmio estão disponíveis no endereço www.sinepepr.org.br, assim como a forma de participação.

O Prêmio pensou em contemplar todos os níveis da Educação. Por isso, podem concorrer as instituições de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II, Ensino Médio Regular e Ensino Técnico Profissionalizante, Educação Superior e Cursos Livres (escolas de idiomas, dança, música, de artes e academias). Em cada uma das categorias haverá a premiação para 1.º, 2.º e 3.º lugar, totalizando 12 premiações.

Os participantes deverão escrever um projeto que deve incluir um resumo, relatando o início das atividades e número de alunos e profissionais envolvidos; um histórico do projeto, com a apresentação institucional, descrição e justificativa para a implantação, objetivos e desafios. Além disso, o projeto deverá constar o envolvimento e relacionamento com os públicos de interesse, estratégias adotadas, recursos utilizados, relevância e aspectos inovadores da atuação, e o impacto do projeto na comunidade. Por fim, é preciso descrever os resultados alcançados com o projeto e se existem perspectivas de aperfeiçoamento e de continuidade.

Os projetos serão avaliados por uma Comissão Julgadora, que será formada por pessoas de diversas áreas, como social, jurídica, técnica, ambiental, administrativa e de imprensa, que deverão conduzir as decisões relacionadas à avaliação e trabalhos inscritos, mantendo-se isentas em relação a tais atividades.

A Comissão Julgadora vai indicar três projetos finalistas de cada categoria, que atingirão as maiores pontuações, de acordo com a tabela de critérios de avaliação (consulte o regulamento). O julgamento vai adotar critérios de avaliação como a relevância do trabalho para a instituição; qualidade da estratégia desenvolvida; qualidade das ferramentas e ações de comunicação utilizadas; resultados alcançados; envolvimento com os públicos de interesse e apresentação das informações prestadas.

Para se ter uma ideia da amplitude desse Prêmio é só lembrar que hoje temos no Paraná 1.790 instituições privadas de ensino regular que atendem 690 mil alunos da Educação Infantil ao Ensino Superior. Se forem somados mais os números de academias, cursos livres e escolas de idiomas, teremos cerca de 2,5 mil instituições no Estado.

Sabemos que estão acontecendo muitas práticas de Inovação em Sustentabilidade, Inclusão Social e Pedagógica dentro das instituições paranaenses. E o que esse Prêmio propõe é divulgar essas boas e inovadoras práticas. Nós precisamos acreditar no trabalho da escola, do professor, e que a educação é o único caminho para uma nação se tornar verdadeiramente melhor.

No dia 13 de novembro deste ano serão anunciados os vencedores durante a cerimônia de premiação, que acontecerá no Espaço Torres. Anote a data na agenda e participe!

Como a mensuração de resultados pode contribuir para o aprendizado da língua inglesa


Piri Szabo - gisele@ralcoh.com.br
Diretora Geral do escritório Cambridge English Language Assessment no Brasil e conta com mais de 29 anos de experiência no ensino e estudo da língua inglesa.



Partindo do pressuposto de que é possível encontrar no Brasil inúmeras iniciativas diferentes em relação ao ensino e aprendizado do inglês, é fundamental considerar a forma de medir a eficácia desses programas – obviamente há que se levar em consideração a finalidade de cada um deles.
Nós, falantes de português em um continente espanhol, ainda lutamos para encontrar o caminho certo na atual prática educacional para medir e relatar os resultados. Como uma profissional de ELT (ensino de língua inglesa), sempre soube disso, mas essa era apenas uma das muitas questões que eu devia considerar em minha prática cotidiana.
Olhando para esse cenário, sinto que cada iniciativa deve contar com uma abordagem abrangente e robusta para medir os resultados (linguísticos e não-linguísticos) do programa. Não vou apresentar aqui a terminologia comum em testes de linguagem e avaliação, nem a teoria por trás disso. Prefiro focar no conceito de "avaliação de resultados", respondendo a 3 questões básicas:

1) Por que devemos avaliar?
2) O que devemos avaliar?
3) Como devemos avaliar?

1) Por que nós devemos avaliar os resultados?
Em geral, argumenta-se que a mensuração de resultados no ensino de línguas é difícil, já que se trata de um processo muito individual. Concordo totalmente, mas esta é exatamente a razão pela qual precisamos monitorar e realizar avaliações ao longo de todo o processo de aprendizagem. Não podemos correr o risco de chegar ao final de um ciclo e perceber que o aluno não alcançou as metas. Infelizmente, esta é uma situação muito comum no Brasil, nos diversos ambientes educacionais. Isso acontece nas escolas regulares e escolas de idiomas, seja em iniciativas públicas ou privadas.

Se coletarmos dados sobre os resultados do processo de ensino e aprendizagem em nossa instituição, no dia a dia, é possível promover mudanças mais rapidamente caso o programa não esteja fluindo da forma esperada. Esse processo de monitoramento deve fornecer informações que nos permita fazer alterações importantes ao longo do percurso.

Medir os resultados com frequência nos permite:

a) Monitorar o impacto do ensino por meio de metas mensuráveis;
b) Monitorar se nossas intervenções têm alcançado os resultados planejados e os pontos onde é necessário mudar de estratégia;
c) Melhorar a qualidade do nosso trabalho e do planejamento futuro;
d) Compartilhar o aprendizado com toda a organização e melhorar a qualidade do programa;
e) Assumir a responsabilidade para nós mesmos;

É muito importante mencionar que, ao se definir os objetivos de aprendizado e o momento de se avaliar os resultados, deve se considerar quem são os alunos e onde eles estão em relação aos objetivos que querem atingir. A aptidão para aprender e orientação para o aprendizado também devem ser levados em consideração, já que ambos esses pressupostos são centrais na vida dos estudantes.

2) O que devemos avaliar?
Muito provavelmente todos esperam que eu afirme que devemos avaliar os resultados linguísticos. Sim, devemos avaliar o conhecimento e desempenho de um aluno em um determinado domínio, uma vez que este é o principal objetivo do curso. É fundamental que o que quer que seja que desejemos medir reflita a finalidade e os objetivos de um determinado programa, ou alternativamente, meça a competência global em relação à língua.

Mas eu gostaria de destacar a possibilidade de também avaliar os resultados não-linguísticos. O que o aluno também desenvolveu durante o processo de aprendizagem que não está diretamente relacionado com a língua? Estratégias de aprendizagem (envolvimento estratégico ativo na aprendizagem) de aptidão da língua? Autoconhecimento? Por alguma razão, não costumamos analisar realmente o quanto as diferenças individuais contribuem para as diferenças nos padrões de aprendizado de línguas. Definitivamente acredito que os fatores psicolinguísticos, que exercem uma forte influência sobre todo o processo de aprendizagem de línguas, deveriam receber mais atenção.

3) Como devemos mensurar?
Podemos medir resultados de maneira formal ou informal. Grande parte do caminho informal é incorporada em atividades de sala de aula, mas também pode ser espontânea e não planejada. Já a maneira formal de medir deve ser planejada e estruturada. Pode ser um teste ou quiz, um conjunto sistemático de observações da performance oral do estudante, um jornal, um portfólio ou um exame padronizado. Neste caso, podemos medir a competência global na língua e não nos limitarmos ao currículo do curso.

Há alguns pontos importantes a se considerar quando se fala em exames padronizados. Tradicionalmente, consideram-se a validade e a confiabilidade, mas, hoje em dia, é importante observar um quadro mais completo, que engloba: validade, confiabilidade, impacto, praticidade e gestão da qualidade.
 
(Princípios de boa gestão Prática de qualidade e validação de avaliação de linguagem Janeiro de 2013) http://www.cambridgeenglish.org/images/22695-principles-of-good-practice.pdf

“A VALIDADE é geralmente definida como a extensão em que uma avaliação demonstra produzir resultados que são um reflexo preciso do verdadeiro nível de habilidade do candidato”.

Existe uma preocupação com a adequação e a significância das inferências feitas ao usar os resultados do teste dentro de um contexto social ou educacional particular. “A validação é, portanto, o processo de acúmulo de evidências para apoiar estas interpretações”.

"CONFIABILIDADE se refere ao grau em que os resultados dos testes são estáveis, consistentes e livres de erros de avaliação."

"IMPACTO: A avaliação tem importantes consequências no sistema educacional e, de forma mais abrangente, também sociedade. Esses efeitos são classificados como IMPACTO. Os candidatos, em particular, são afetados porque os resultados dos testes acabam servindo como referência para a tomada de decisões importantes, que podem influenciar suas vidas".

"PRÁTICA: Pode ser definida como a medida em que a análise é viável, em termos de recursos necessários para produzi-la e administrá-la, em seu contexto e uso pretendido. Um exame prático é aquele que não coloca uma demanda irracional dos recursos disponíveis".

"GESTÃO DA QUALIDADE busca alcançar a adequação ao propósito, fazendo isso de forma consistente. A qualidade está, portanto, relacionada a todas as políticas, processos e procedimentos que permitam a uma organização atingir essa adequação. Qualidade envolve buscar a melhoria contínua, e alcançá-la requer foco em um bom planejamento, em boa manutenção de registros e em eliminar erros e desperdícios onde for possível".

Meu objetivo não era discutir a avaliação em profundidade, mas mostrar a importância da mensuração de resultados. Sei que que se trata de uma área muito complexa, mas "Falar Inglês" é usado, cada vez mais, como um dos critérios fundamentais para a educação e o emprego. Com isso, vem uma enorme responsabilidade para escolas, professores, coordenadores e diretores. Todos estes devem ser envolvidos no processo de "avaliação de resultados" e devem obter uma imagem clara e precisa do desempenho do aluno.

Não podemos continuar a ter alunos que estudam inglês por muitos anos e, ao final do processo, não conseguem se comunicar. Se estamos envolvidos no ensino de inglês, então somos todos responsáveis e todos devemos estar comprometidos com a entrega de qualidade e resultados. 

Por que São Paulo não quer o Cartão Material Escolar?


Rubens Passos - presidente@abfiae.com.br
Presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE).



Recentemente, ao constatar o atraso na entrega de cadernos, lápis, borrachas, réguas e outros produtos do kit pedagógico aos alunos da rede estadual de ensino, em numerosos municípios, o governador Geraldo Alckmin deu declaração pública favorável à implantação do Cartão Material Escolar. Este modelo substitui as licitações, objeto de constantes fraudes no País, e prima pela pontualidade, pois oferece a cada estudante a possibilidade de fazer diretamente a compra nas papelarias de sua própria cidade.

Passados quase dois meses, a Secretaria da Educação paulista parece não ter considerado a manifestação do governador, pois o assunto está esquecido. Felizmente, não em todo o Brasil, pois mais um Estado, o Maranhão, acaba de adotar o Programa Cartão Material Escolar, já implantado com sucesso em 20 cidades brasileiras, dentre elas o Distrito Federal, e que é um excelente exemplo de medida eficaz contra a improbidade, muito recorrente nas licitações.

A partir da adoção desse modelo, o governo maranhense destinará R$ 100 milhões em recursos para a compra de material escolar. A iniciativa atenderá mais de 1,47 milhão de estudantes de quatro a 17 anos e fará a transferência de subsídio equivalente a uma parcela mensal do repasse realizado pelo Governo Federal às famílias cadastradas no programa Bolsa Família. Com o repasse, crianças e adolescentes da rede pública de ensino de todos os 217 municípios serão beneficiados diretamente com recursos para a compra de material escolar no início do ano letivo.Além de ser uma forma moderna, segura, transparente e ágil de fornecer material escolar aos estudantes, o processo fomenta a economia dos municípios gerando empregos.

O Cartão Material Escolar promove a cidadania, pois permite aos alunos comprar e escolher de modo personalizado os seus cadernos e demais itens. Muito mais do que democratizar o acesso a esses produtos, o programa reforça a identidade e a individualidade de cada criança ou jovem, oferecendo-lhe o poder de decisão, que deixa de ser um privilégio dos filhos de famílias de maior poder aquisitivo.

Por que um modelo tão eficaz e com sucesso comprovado em outras regiões do País ainda não foi adotado pelo Estado de São Paulo? O que impede a Secretaria de Educação do Estado de implantar tal iniciativa? É preciso, diante de tal questionamento, alertar toda a sociedade a fim de mostrar que a educação e a aplicação de modo mais eficiente das suas verbas devem ser o foco principal da ação dos governos daqui para a frente. Em todos os programas da “Pátria Educadora” é preciso adotar as medidas necessárias para garantir a qualidade no ensino público. 

Relatório indica falhas em programa de transporte escolar


 Agência Brasil 

Relatório divulgado ontem (29) pela Controladoria-Geral da União (CGU) indicou falhas na execução de licitações e de contratos administrativos no Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate). Com base em fiscalizações de 2011 a 2013, em 131 municípios e conselhos de Acompanhamento e de Controle Social, a CGU recomendou a devolução de R$ 3 milhões aplicados no programa.

Entre as irregularidades, foram constatados casos como o de veículos e condutores que não atendem aos requisitos previstos pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Além da devolução do dinheiro, a CGU recomendou o aprimoramento de mecanismos de controle interno do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a melhoria da fiscalização dos recursos repassados aos municípios.

De acordo com o levantamento, em 38 dos 131 municípios fiscalizados foram relatados casos de condutores que, apesar de habilitados, tinham algum tipo de falha na documentação exigida pelo CTB. Segundo a CGU, quase metade dos conselhos de municípios não fazia acompanhamento da execução dos recursos do programa. De acordo com a controladoria, isso resultou em “alto índice de inoperância no acompanhamento da execução dos recursos”. A CGU informou que, em 21 municípios, houve algum tipo de “direcionamento, simulação de processo ou sobrepreço licitatório nas aquisições de serviços/produtos no âmbito do Pnate”. Os fiscais encontraram ainda “evidências de restrição à competitividade entre as empresas participantes”.

Além disso, o documento apontou saques em valores superiores a R$ 800 e pagamentos com cheques, o que, para o órgão, “contraria normas vigentes”. Também foram encontradas falhas no pagamento e recebimento dos produtos adquiridos, com a ocorrência de valores superiores aos dos produtos recebidos.

No relatório, a CGU considerou positivo o controle de 101 municípios na operação do transporte escolar para alunos da zona rural. Entretanto, foram encontrados veículos "fora das especificações permitidas para transporte, como falta de registro, inspeção, lanterna, cinto e demais equipamentos”.

O Pnate foi criado em 2004 para garantir o acesso e a permanência nos estabelecimentos escolares de alunos do ensino fundamental público residentes em área rural. Após ter constatado e registrado os problemas, a CGU encaminhou o documento ao FNDE.

Segundo a controladoria, o FNDE tem aprimorado a prestação de contas, incluindo nos questionários enviados aos conselheiros questões sobre uso do transporte escolar por terceiros e condições de segurança e conforto dos veículos.

Vinculado ao Ministério da Educação, o FNDE ampliou os mecanismos de controle e discute, por meio de audiências públicas, normas de veículos para transporte escolar e regulamentação da categoria dos condutores.

Relatório mostra que 54% dos jovens brasileiros concluíram ensino médio em 2013


O movimento Todos Pela Educação divulga o relatório De Olho nas Metas, publicado a cada dois anos a fim de acompanhar os indicadores educacionais do Brasil. Arquivo/Agência Brasil.

Agência Brasil 

Em 2013, 54,3% dos jovens concluíram o ensino médio até os 19 anos, idade considerada adequada, segundo o movimento da sociedade civil Todos Pela Educação (TPE). No ensino fundamental, 71,7% dos estudantes conseguiram se formar até os 16 anos. Porém, as metas intermediárias definidas pelo movimento para o ano de 2013 eram 63,7% e 84%, respectivamente

O movimento Todos Pela Educação divulga hoje (2) o relatório De Olho nas Metas, publicado a cada dois anos a fim de acompanhar os indicadores educacionais do Brasil. Os resultados desta edição referem-se aos anos de 2013 e 2014.

São cinco metas monitoradas no documento: 1 - Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; 2 - Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; 3 - Todo aluno com aprendizado adequado ao seu ano; 4 - Todo jovem com ensino médio concluído até os 19 anos; 5 - Investimento em educação ampliado e bem gerido.

Até 2022, prazo estipulado pelo TPE para atingir todas as metas, pelo menos 95% dos jovens brasileiros de 16 anos deveriam completar o ensino fundamental, e 90% dos jovens de 19 anos deveriam concluir o ensino médio.

Segundo o movimento, os números apresentados no relatório mostram desafios que o país ainda precisa enfrentar na área de educação, como incluir aproximadamente 2,8 milhões de crianças de 4 a 17 anos na educação básica e garantir aprendizado adequado aos estudantes – somente 9,3% dos estudantes do ensino médio apresentaram proficiência esperada em matemática, em 2013. No mesmo ano, 27,2% desses alunos tiveram o aprendizado esperado em português. Os valores estão também abaixo das metas intermediárias definidas pelo TPE para o ano, que eram 28,3% e 39%, respectivamente.

Os estudantes do 5º ano do ensino fundamental apresentaram melhor desempenho na proficiência média dos alunos em 2013, o que foi atribuído ao acréscimo de um ano ao nível fundamental. Para Alejandra Meraz Velasco, coordenadora-geral do TPE, “o estudo comprova que a expansão do ensino fundamental para nove anos, que na maioria dos municípios significou antecipar a entrada das crianças, foi um avanço importante e necessário para melhorar o desempenho escolar, especialmente dos que não tiveram acesso à educação infantil”.

Ela alerta, no entanto, que o efeito dessa medida irá se esgotar e, considerando os baixos níveis de proficiência que ainda persistem, outras políticas precisam ser garantidas para assegurar o direito à aprendizagem. “A partir de 2016, a pré-escola se torna obrigatória, antecipando a obrigatoriedade do ingresso das crianças na escola em dois anos. É preciso definir qual será a base curricular para essa etapa de tal forma que os anos adicionais de escolaridade se traduzam na melhoria da qualidade da educação”, acrescentou, em nota, o movimento.

O relatório mostra que, ainda em 2013, o investimento público direto em educação no Brasil foi 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados de investimento específico em educação básica estão no patamar de 4,7%, o que mostra uma tendência de crescimento desde 2000, quando o investimento era 3,2%.

Número de matrículas de pessoas com deficiência cresce no Brasil


 Do MEC 

O número de matrículas de pessoas com deficiência em escolas regulares cresceu mais de 400% nos últimos 12 anos no Brasil, passando de 145 mil em 2003 para 698 mil em 2014. Somente no último quinquênio, foram registradas mais 214 mil entradas de estudantes especiais em classes comuns. Na rede federal de educação superior, esse índice quintuplicou: de 3.705 alunos para 19.812 no ano passado.

Segundo Walter Borges dos Santos, coordenador-geral de política de acessibilidade na escola da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, o aumento é resultado de políticas inclusivas. “O direito à educação especializada se fortaleceu com a legislação a partir de 2012, determinando que os sistemas públicos e privados de educação básica e superior assegurem a matrícula”, afirma.

O coordenador refere-se ao artigo 7.º da Lei 12.764, de 2012, que determina punição a gestor escolar ou autoridade competente que recusar matrícula de aluno com transtorno do espectro autista ou qualquer outro tipo de deficiência. Outro avanço legislativo foi o artigo 5º do Decreto nº 8.368, de 2014, que regulamenta a aplicação da punição.

Direito – No dia 25 de junho, o MEC recebeu o movimento Tudo bem ser diferente, criado pela advogada Consuelo Machado, que entregou ao titular da Secadi, Paulo Gabriel Nacif, um abaixo-assinado com 15 mil assinaturas contra a cobrança de taxas extras para alunos deficientes. “Essa exigência é uma prática absurda”, considerou o secretário, que se comprometeu com o diálogo e orientação aos sistemas educacionais. “Divulgaremos medidas que combatam isso, que é um crime contra a humanidade”, afirmou.

Em apoio ao movimento, a Secadi divulgou a nota técnica nº 20, de março de 2015, na qual afirma ser o ensino livre à iniciativa privada, desde que sejam cumpridas as normas gerais da educação nacional. De acordo com a nota, o acesso das pessoas com deficiência à matrícula em escolas do ensino regular ampara-se na Constituição Federal, que, em seu artigo 208, assegura o acesso ao atendimento educacional especializado.

O documento ratifica a competência do Ministério da Educação para acompanhar, juntamente com o Ministério Público Federal, os procedimentos relativos à recusa de matrícula nas instituições privadas de educação superior e toda a rede federal. Nas esferas municipal, estadual e distrital, compete às secretarias de educação a adoção de encaminhamento análogo.

Jovens se livram das drogas por meio de ensino médio inovador


 Do MEC 

O reconhecimento do estudante como protagonista do processo educativo está entusiasmando a juventude do Maranhão, a ponto de muitos jovens deixarem as ruas para voltarem à escola. Foi o que aconteceu, por exemplo, no Centro de Ensino Oscar Galvão, com 1.300 alunos do ensino médio no município maranhense de Pedreiras, a 280 km da capital maranhense. Um projeto de artes desenvolvido pelos estudantes levou-os a procurar e resgatar antigos colegas para participar de uma peça teatral e das atividades escolares. O sucesso do espetáculo foi tanto que os alunos tiveram de fazer duas apresentações da peça para a comunidade. Outro projeto, desta vez de espanhol, chegou a mobilizar os estudantes de escolas vizinhas.

A poucos quilômetros do Oscar Galvão, o CE Olindina Nunes Freire foi palco de um projeto de educação ambiental em que os estudantes se movimentaram para despertar na comunidade a consciência da importância do combate à poluição. Até roupas foram customizadas pelos jovens, com bolsos especiais para lixo reciclável, a fim de serem transformadas em instrumentos nessa luta.

Para a pedagoga Maria José Medeiros de Souza, professora de sociologia na rede estadual do ensino do Maranhão e formadora regional do Pacto Nacional de Fortalecimento do Ensino Médio (Pnem), o aumento da proximidade entre professores e estudantes e o protagonismo dos jovens, em decorrência do pacto, estão levando a comunidade para dentro da escola.

“Tínhamos perdido muitos alunos para o tráfico e, na medida em que os estudantes se compreenderam como sujeitos da aprendizagem, ficaram mais soltos, mais entusiasmados, a escola pública começou a estar viva”, diz ela. “Ao perceberem isso, os jovens quiseram voltar à escola para participar desse movimento.”

João Pedro, aluno do CE Newton Belo, do município de Trizidela do Vale, vizinho a Pedreiras, confirma: “Em um ano de escola, nunca fui ouvido. Depois do pacto do ensino médio, em três meses houve três reuniões para nos ouvirem.”

Algoritmo inédito identifica padrões em dados criptografados


Os “embaralhamentos” usados em sistemas criptográficos para proporcionar maior segurança em transações na internet podem não ser tão seguros quanto se imaginava. É o que mostra um modelo matemático desenvolvido por um grupo de cientistas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP e da Universidade de Gent, da Bélgica. Sistemas criptográficos considerados seguros, não devem apresentar nenhum tipo de padrão, ou seja, não devem dar nenhum tipo de pista sobre a informação “embaralhada” ou a forma como o processo foi feito.

Entretanto, o método conseguiu identificar padrões em dados criptografados por algoritmos criptográficos atuais que são utilizados em transações comerciais na internet e mesmo em bancos. O trabalho foi publicado na revista Communications in Nonlinear Science and Numerical Simulation. A criptografia embaralha letras, números e símbolos para codificar uma comunicação e torná-la segura. Ela é utilizada em toda a comunicação digital que exija sigilo, seja entre bancos ou em transações que realizamos frequentemente na internet.

Na prática, quando um usuário digita os dados de seu cartão de crédito, numa transação comercial via internet, as informações são “embaralhadas” de maneira que seja impossível retornar ao dado original sem o conhecimento da senha. “Em princípio, não deveria ter nenhum tipo de informação ou padrão nas mensagens criptografadas”, descreve o professor Odemir Bruno, do Grupo de Computação Interdisciplinar do IFSC. Contudo, a nova metodologia conseguiu detectar alguns padrões.

Ministério oferece 30 cursos de tecnologia da informação


 Do MEC

A plataforma digital Brasil mais TI, parceria entre a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), oferece cursos livres de capacitação em tecnologia da informação. Estão disponíveis 30 cursos gratuitos na modalidade a distância, que oferecem mais de 1500 horas de qualificação.

O programa pretende despertar a vocação dos jovens para a área de tecnologia da informação, reduzir a carência de profissionais do setor e oferecer aos estudantes uma oportunidade de carreira. Criado em 2013, o Brasil mais TI tem mais de 150 mil usuários cadastrados e 287 mil cursos concluídos.

Segundo o assessor especial de inovação da Setec, Rafael Almada, os cursos podem atrair novos estudantes para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “O Brasil mais TI oferece 29 cursos de tecnologia da informação, além do curso de inglês. São cursos desde o mais básico editor de textos até a criação de algoritmos e programação. A intenção é também trazer o cidadão para os cursos de tecnologia da informação do Pronatec”, disse.

Para o segundo semestre de 2015, a Setec quer expandir os cursos de capacitação do Brasil Mais TI para os institutos federais. Além da participação dos institutos na oferta de cursos, serão promovidos dias de divulgação do programa em escolas públicas.

Para participar dos cursos a distância, os usuários devem se cadastrar na página do programa na internet. Os estudantes podem fazer até dois cursos simultaneamente. 

Câmara aprova teste auditivo e oftalmológico obrigatório em estudantes


 Agência Câmara 

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou na quinta-feira (2), em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 786/07, do deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), que obriga o Poder Público a oferecer testes auditivos e oftalmológicos às crianças quando ingressarem no ensino fundamental - o que ocorre aos seis anos de idade. O projeto segue para o Senado.

O texto aprovado inclui emenda da Comissão de Seguridade Social e Família segundo a qual o Ministério da Saúde firmará convênios com estados e municípios para financiar esses exames. A emenda também faculta ao aluno realizar o exame com um profissional de sua escolha.

Relator na CCJ, o deputado Alexandre Leite (DEM-SP) afirmou que tanto o projeto quanto a a emenda são constitucionais. “Vemos que a proposição contempla os cuidados com a audição e com a visão de nossas crianças, bem como a melhora significante do rendimento de nossos alunos”, disse.

Cuiabá - MT Toninho de Souza propõe que escolas de Cuiabá realizem homenagem a patronos


Da Redação - Ronaldo Pacheco

 


Quem foi André Avelino Ribeiro? Ou mesmo o cidadão Auro Ida? Ou ainda Leovegildo de Melo? São nomes de escolas que nem mesmo os alunos e moradores das imediações têm conhecimento de quem foram ou o que fizeram por Mato Grosso, para serem homenageados dando nome à instituição.

André Avelino Ribeiro foi professor e dá nome à Escola do CPA-I (Morada da Serra), enquanto Auro Ida foi jornalista em Cuiabá  e dá nome ao Centro de Educação Infantil, no Jardim Passaredo (Tijucal).

E é para corrigir essa distorção histórica que o vereador Toninho de Souza (PSD) apresentou projeto de Lei, na última semana, em que determina a obrigatoriedade das Escolas Municipais prestarem homenagem ao patrono da unidade escolar nas respectivas datas de comemoração.

O Projeto de Lei visa instruir não só os alunos, mas toda a comunidade escolar para que possam ter a oportunidade de conhecer a história do patrono da escola e também da fundação da unidade escolar.

Para o parlamentar é um meio importante de trazer a história e a origem do nome da escola para os estudantes. “Devemos buscar meios para incentivar e promover a educação e a cultura aos alunos, oferecendo a eles informações que possam contribuir com o seu conhecimento”, pontua ele, para a reportagem do Olhar Direto.

Ainda de acordo com Toninho de Souza, muitos estudantes não sabem a origem do nome da escola que estuda e qual foi a história do homenageado. Muitos deles tiveram papel importante no município ou no estado, dentro da política, no meio empresarial na cultura e na educação.

“É muito importante que os alunos saibam o motivo que levou aquela pessoa a ser homenageada, que serviços elas prestaram ao município ou para a comunidade onde a unidade escolar foi construída”, explica o parlamentar cuiabano.

Consta no Projeto que as unidades escolares deverão estabelecer o dia do Patrono da Escola, cuja data deve coincidir com a data de fundação da escola e com o aniversário ou o dia do falecimento do homenageado.

No dia escolhido para a comemoração devem ser promovidas atividades culturais e sociais voltadas à instrução de seus alunos quanto à vida e morte do patrono. O Projeto de Lei propõe que sejam realizadas palestras, exposições fotográficas, exposições de obras do homenageado, apresentações teatrais e gincanas. 

MT- Monitoramento da Seduc aponta suspeitas de alunos 'fantasmas'; Número chega a seis mil


Da Redação - Patrícia Neves
 
Monitoramento efetuado pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) mostra que existem indícios de ‘alunos fantasmas’ no Estado.  O questionamento foi possível por meio de uma pesquisa já realizada em 120 unidades escolares das cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Nova Xavantina, Água Boa, Juara,  Matupá e Confresa. Só em Cuiabá e  Várzea Grande são quase duas mil matrículas sob suspeita.

“Em 30 unidades serão requeridas a instauração de Procedimento Administrativo”, explica o secretário adjunto de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação, Gilberto Fraga.

Segundo ele, em um dos casos monitorados, na cidade de Confresa onde há suspeita de dolo constatou-se que 400 alunos, de um total de mil matriculados, não estão comparecendo às aulas”, explicou.  Ele pondera que em razão das inconsistências apresentadas até o momento, a assessoria jurídica da Secretaria irá adotar as medidas cabíveis.

Diante das suspeitas quanto à inexistência de alunos, a Secretaria também irá acionar a Controladoria Geral do Estado, assim como Ministério Público Estadual e Federal.

Segundo Gilberto, o procedimento de monitoramento é uma rotina executada pelo órgão e todas as 750 unidades escolares serão submetidas ao procedimento.  No total, Mato Grosso possui cerca de 430 mil alunos matriculados.

Ele explica ainda que as matrículas dos alunos somente é confirmada no sistema da Seduc mediante a apresentação da documentação de cada aluno. Há casos diagnosticados em que houve a duplicação de um mesmo CPF, o que incide em uma duplicação. Ele reconhece que o sistema não emprega um filtro nesses casos. “Há ainda a possibilidade de que o aluno tenha sido enturmado de forma equivocada em duas turmas”.
O número de alunos nas unidades escolares define a lotação de professores, agentes e técnicos, bem como a destinação de recursos da verba de merenda escolar. 

MT- Comissão estuda concurso na Seduc; 2 mil vagas deverão ser oferecidas



Lenine Martins

Com objetivo de melhorar o índice de professores concursados,  a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) montou uma força tarefa para a realização do concurso público ainda neste ano. Em entrevista exclusiva ao Rdnews, o secretário da pasta Permínio Pinto afirma que esse é mais um compromisso assumido pelo governador Pedro Taques (PDT) e que está sendo colocado em prática.
Acontece que existe uma determinação judicial para a realização do concurso, recorrentes de demandas deixadas por governos anteriores e que o Estado poderia ter recorrido, mas não o fez. “Nós poderíamos tem entrado com recurso, já que vem de outras gestões, entretanto, não o fizemos. Estamos trabalhando e inclusive montamos uma força tarefa, uma comissão para a realização do concurso”, explica.
A comissão que o secretário se refere é formada por técnicos da Seduc, da Secretaria de Gestão e do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep), que juntos estão se desdobrando para encontrar meios de trabalhar respeitando os limites de prudência da lei de responsabilidade fiscal. De acordo com Permínio, hoje a Seduc conta com 38 mil servidores, desse total quase 20 mil são professores, sendo 11 mil contratados, ou seja, menos de 50% são efetivos.
“É preciso melhorar o percentual de profissionais efetivos na rede, o ideal em qualquer estado ou município seria ter mais de 85% de professores efetivos e nós estamos longe disso, mas fazendo gestão e qualificando gastos será possível mudar esse quadro”, ressalta.
Segundo o gestor, o estudo realizado pela comissão está em estagio inicial e deve ser concluído até o final de setembro, mas já prevê de 1500 a 2000 vagas a serem ofertadas. Ainda segundo Permínio, após o término do estudo começa o processo para a contratação da empresa que será responsável pelo concurso. “Aos poucos vamos melhorar esses números. É meta do governo dar continuidade nos concursos, realizando ao menos um por ano”, finaliza.