domingo, 5 de julho de 2015

Jovens se livram das drogas por meio de ensino médio inovador


 Do MEC 

O reconhecimento do estudante como protagonista do processo educativo está entusiasmando a juventude do Maranhão, a ponto de muitos jovens deixarem as ruas para voltarem à escola. Foi o que aconteceu, por exemplo, no Centro de Ensino Oscar Galvão, com 1.300 alunos do ensino médio no município maranhense de Pedreiras, a 280 km da capital maranhense. Um projeto de artes desenvolvido pelos estudantes levou-os a procurar e resgatar antigos colegas para participar de uma peça teatral e das atividades escolares. O sucesso do espetáculo foi tanto que os alunos tiveram de fazer duas apresentações da peça para a comunidade. Outro projeto, desta vez de espanhol, chegou a mobilizar os estudantes de escolas vizinhas.

A poucos quilômetros do Oscar Galvão, o CE Olindina Nunes Freire foi palco de um projeto de educação ambiental em que os estudantes se movimentaram para despertar na comunidade a consciência da importância do combate à poluição. Até roupas foram customizadas pelos jovens, com bolsos especiais para lixo reciclável, a fim de serem transformadas em instrumentos nessa luta.

Para a pedagoga Maria José Medeiros de Souza, professora de sociologia na rede estadual do ensino do Maranhão e formadora regional do Pacto Nacional de Fortalecimento do Ensino Médio (Pnem), o aumento da proximidade entre professores e estudantes e o protagonismo dos jovens, em decorrência do pacto, estão levando a comunidade para dentro da escola.

“Tínhamos perdido muitos alunos para o tráfico e, na medida em que os estudantes se compreenderam como sujeitos da aprendizagem, ficaram mais soltos, mais entusiasmados, a escola pública começou a estar viva”, diz ela. “Ao perceberem isso, os jovens quiseram voltar à escola para participar desse movimento.”

João Pedro, aluno do CE Newton Belo, do município de Trizidela do Vale, vizinho a Pedreiras, confirma: “Em um ano de escola, nunca fui ouvido. Depois do pacto do ensino médio, em três meses houve três reuniões para nos ouvirem.”

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