quarta-feira, 2 de maio de 2012

Qualificação: o x da questão

Superamos a questão semântica sobre o 1 de maio: dia trabalho ou dia do trabalhador. Isso rendeu discussões calorosas e impregnadas de ideologia. Hoje, sem o patrulhamento ideológico, podemos enxergar com muito mais clareza que as discussões evoluíram ..


GUILHERME MALUF


Demostenes Milhomem / AL

Superamos, faz algum tempo, a questão semântica sobre o 1 de maio: dia trabalho ou dia do trabalhador. Isso rendeu discussões calorosas e impregnadas de ideologia. Hoje, sem o patrulhamento ideológico, podemos enxergar com muito mais clareza que as discussões ganharam outros patamares. O crescimento do Brasil, e especialmente de Mato Grosso, nas últimas duas décadas, fez com que houvesse a preocupação com a qualificação da mão de obra. A verdade é que esse processo de qualificação não conseguiu ainda crescer na medida da necessidade do mercado, particularmente em Mato Grosso.

Com o surgimento de novas tecnologias voltadas à produção de bens de consumo e serviços foi necessário ultrapassar a fase das reivindicações centradas no aumento real de salário e redução da jornada de trabalho. Tanto os sindicatos de trabalhadores quanto o sindicatos patronais, passaram ter uma grande preocupação com o quesito qualificação. Claro que essa preocupação deriva de um mercado cada vez mais exigente e com maior poder aquisitivo. Quem não busca a excelência e qualidade na prestação do serviço, está fadado a fechar as portas e o trabalhador que não se especializa, não se recicla, não se atualiza termina, precocemente, fora do mercado.

Outro positivo da qualificação profissional é um significativo aumento no ganho salarial e uma certa estabilidade advinda mais da meritocracia e menos corporativismo. Um trabalhador qualificado, além de ser disputado pelo mercado, dá um retorno muito maior para o empregador. Parte do empresariado consegue fazer essa leitura, superando o velho discurso que “para o seu lugar, tem dez esperando a vaga”. A relação entre capital e trabalho perde, aos poucos, o binômio explorador versus explorado para adquirir contornos centrados no princípio da colaboração. A expressão “minha empresa” está se tornando um discurso de todo o corpo de funcionários.

Apesar do 1 de maio ter passado de um dia de luta para várias categorias para um dia de reflexão sobre as relações de trabalho e no trabalho, quero me ater na qualificação e suas implicações na vida dos trabalhadores e no desempenho empresarial. Para que não paire dúvidas, vamos aos números do Sine/MT: em 1995 havia 17.165 pessoas procurando emprego através do Sine. O mesmo serviço oferecia, à época, 7.855 vagas e foram empregadas 3.778 pessoas. Convenhamos, uma taxa de empregabilidade altíssima (48%) se observarmos os números de 2011. No ano passado, tínhamos 106.927 pessoas em busca de uma colocação profissional e o mercado oferecia 50.727, perceba que a relação entre pessoas procurando emprego e a oferta do mesmo é mais ou menos constante.

Agora, vejamos a empregabilidade de 2011. Apenas 13.940 pessoas foram contratadas, ou seja,27,4%. Qual seria um dos porquês disso. Com certeza absoluta, a falta de investimentos na formação e qualificação profissional. O governo investe pouco e mal. Os gestores públicos, em todos os níveis, não possuem programas que permitam que os servidores se qualifiquem ou se especializem porque isso implicaria, necessariamente, em aumentos salariais. A iniciativa privada, mais ágil e competitiva, busca investir no que, atualmente, é o maior patrimônio da empresa, o seu quadro funcional. Não é por acaso que se cunha a expressão “capital social”. Mesmo assim, o mercado cresce muito mais rapidamente que a capacidade de se qualificar os profissionais. As consequências, todos sabemo-las: vagas ociosas, importação de mão de obra, atendimento e serviços de baixa qualidade e, a pior de todas, desemprego.

Assim, neste 1 de maio, vamos pensar em alternativas que permitam com que haja um maior índice de empregabilidade. E quaisquer que sejam as soluções pensadas, elas passam necessariamente por uma revisão nas políticas públicas de formação profissional. Passam pela valorização dos profissionais de qualificação e educação. E em um novo modelo de ensino, onde o ensino médio avance além das disciplinas tradicionais para a preparação técnica da nossa juventude.

(*) GUILHERME MALUF é médico e deputado estadual pelo PSDB.

Um trabalhador chamado Francisco e a dor da alma

Ines Martins


O nome desse trabalhador tinha que ser Francisco, não por acaso e sim pela ironia do destino. O nome Francisco, pelo menos para mim, logo me remete a famosa Oração da PAZ, também denominada de Oração de São Francisco, e que segundo a minha pesquisa na Wikipédia é uma oração de origem anônima que costuma ser atribuída popularmente a São Francisco de Assis. Foi escrita no início do século XX, tendo aparecido inicialmente em 1912 num boletim espiritual em Paris, França.

Em 1916 foi impressa em Roma numa folha, em que num verso estava a oração e no outro verso da folha foi impressa uma estampa de São Francisco. Por esta associação e pelo fato de que o texto reflete muito bem o franciscanismo, esta oração começou a ser divulgada como se fosse de autoria do próprio santo.

A mais antiga versão conhecida desta oração foi publicada nos anais da Câmara dos Deputados do Brasil, em 1957. Eis a tradução da oração:

Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre,
fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Amém.

Antes, porém, de dizer Amém eu peço licença para acrescentar: - Onde houver violação contra os direitos básicos do cidadão, que eu leve a Justiça.

Pois é isso, que o senhor Francisco, esse a qual me refiro nesse artigo, mais precisa nesse momento para ter seus direitos básicos garantidos. Ele, um idoso trabalhador que morava sozinho, numa casa em Tangará da Serra, era independente, teve sua casa invadida por um menor de 15 anos que o deixou, sem memória, sem fala e com os movimentos comprometidos. Hoje depende da família para quase tudo. O menor foi para o Sisc, ficou lá cinco dias e em seguida foi solto. E o senhor Francisco? Bem, esse que trabalhou a vida inteira, pagou impostos, constituiu uma família digna, ficou com sequelas (Deus queira que não) para o resto da vida e segundo a reportagem que acabei de ver numa emissora de TV até esse momento não conseguiu nem fazer um exame com um neurologista do SUS.

Acho que eu preciso fazer analise ou ter mais gente que assim como eu, sente a dor do senhor Francisco, pois para mim, isso é também uma questão política e das mais graves que é o da omissão da Justiça e da carência de políticas públicas eficaz que, quando falham, sempre encontram desculpas nas leis elaboradas pelo poder político. Enquanto isso, os Franciscos da vida sofrem a dor que vai muito além da dor física: a dor da alma.

Inês Martins é produtora cultura, escritora, autora do concurso literário "Casos Lembrados, Casos Contados", direcionado às pessoas com idade acima de 60, poetiza, palestrante da maturidade, vovó blogueira e escreve exclusivamente neste espaço toda quarta-feira - www.vovoantenada.com.br)

Valorize suas qualidades

Lair Ribeiro

Ás vezes, você é aconselhado a desenvolver seus pontos fracos. Tudo bem, pode até ser útil. Mas não gaste muita energia com isso. Melhor, mesmo, é concentrar-se nas suas qualidades, sejam fí­sicas, artísticas, pro­fissionais, etc.

Se eu tenho 1,60 metro de altura, não vou perder tempo aprendendo basquete. Posso treinar 24 horas por dia, 365 dias por ano, que nunca vou pertencer a uma seleção de bas­que­te. O mesmo aconteceria se eu, com mais de 2 metros de altura, quisesse ser jóquei.

Trabalhe no que você é forte que o resto se fortalece.

Semelhante atrai semelhante

Você abre a torneira da sua casa e a água sai. Essa água, depois, vai para o esgoto. E, deste, para o rio e, depois, para o mar. Ou seja: água vai para onde tem água.

E o dinheiro? Vai para quem?

— Dinheiro vai para quem tem dinheiro! Sucesso vai para quem tem sucesso. Amor vai para quem tem amor. Ódio para quem tem ódio.

Coisas se­me­lhantes atra­em coisas seme­lhan­tes.

Pen­se em uma pessoa que você admira muito. Qualquer pessoa. Isso traz as qualidades que você admira nessa pessoa para perto da sua vida.

Da mesma forma, quanto mais você pensar nos seus mo­mentos bem-sucedidos, mais momentos bem-sucedidos acontecerão na sua vida.

Não importa que você pense em sucessos acontecidos no passado, nem em que área da sua vida eles aconteceram, seja na profissional, afetiva, espiritual ou material. O importante é a experiência do sucesso que, quanto mais você pensa, mais se aproxima dela.

Concentre-se em uma experiência de sucesso, visualize-a na sua vida presente, e atraia mais sucesso para o seu futuro.

Sucesso atrai SU­CESSO, mas quem faz o seu sucesso é você mesmo.

MT- Vereador é acusado de receber vencimentos ilegais e fraude em licença

Sinézio Alcântara
de Cáceres



Servidor da Secretaria de Estado de Educação, o vereador Usias Pereira da Silva (PSDC), afastado da função para tratamento de saúde, é denunciado por estar recebendo salários do Estado, mesmo estando trabalhando no exercício do cargo de vereador. A denúncia foi feita ao Ministério Público (MP) em Cáceres, pelo professor João da Silva. O vereador admite que esteja fora da escola porque está doente, mas garante que só frequenta a Câmara, em dias de sessão. E, que irá acionar o denunciante na justiça.

A gravidade da denúncia levou o promotor André Luiz de Almeida a instaurar Inquérito Civil, no dia 17 de abril, para apurar o caso. O denunciante relata que Usias pertence ao quadro de servidores da SEDUC onde possui cargo em comissionado e que estaria afastado da função para tratamento de saúde. E, que, entretanto, ainda estaria recebendo os vencimentos provenientes do cargo. Diz ainda que, apesar da licença para tratamento de saúde, Usias continua desempenhando suas funções de vereador, fato que enseja dúvida quanto a real necessidade do afastamento do servidor.

De acordo com o MP, o inquérito irá investigar a denúncia sobre o recebimento dos vencimentos oriundos do cargo comissionado e na possível fraude para obtenção de licença para tratamento de saúde. Sendo comprovado, conforme o MP, o caso caracterizará improbidade administrativa nos termos dos artigos 9, 10 e 11 da Lei nº 8.429/92

Entre as providências inicialmente tomadas, estão o requerimento da ficha funcional do servidor, junto a Superintendência de Gestão de Pessoas da Secretaria de Estado de Educação; cópia de todos os atos e documentos relacionados ao deferimento de licenças para tratamento médico do servidor, referente aos últimos 14 meses; informações se houve perícia médica para concessão das licenças reetromensionadas. Caso a resposta seja afirmativa, o envio das cópias dos laudos periciais. Havendo resposta negativa, enviar os documentos em que foram fundamentadas as licenças.

Junto a Câmara Municipal, o MP determina para que oficie o presidente, vereador Antônio Salvador, para que sejam encaminhadas as cópias das atas das sessões dos últimos 14 meses.

O servidor e vereador Usias Pereira, diz que o denunciante está mal informado e que as denúncias são infundadas. Ele garante que não recebe por cargo comissionado junto a SEDUC porque deixou de ser assessor pedagógico. Admite, no entanto, que mesmo estando afastado para tratamento de saúde, esteja desempenhando as atividades como vereador. Porém, diz que tem orientação médica.

“Eu realmente não afastei da Câmara, mas estou doente, com problemas de coluna. Mas para isso tenho orientação médica” disse acrescentando que “mesmo assim só frequento a casa (Câmara) nos dias de sessão. Os outros problemas são resolvidos pelo meu assessor”, afirmou avaliando que “não existe nada de ilegal nisso. Essas denuncias são por questões políticas”.

Usias Pereira disse que ainda não foi notificado pelo MP para prestar esclarecimento sobre o caso. E, que após provar sua inocência irá ajuizar uma ação por reparações de danos morais contra o denunciante.

MT- Educadores debatem articulação no Ciclo de Formação

Trabalhar a integração das disciplinas por áreas de conhecimento e buscar a contratação de mais professores articuladores são propostas que foram defendidas pelos participantes do Diálogo entre Educadores, ocorrida quinta-feira (26.04), cujo objetivo é a melhoria da educação dentro da política do Ciclo de Formação Humana. A videoconferência transmitida para 69 Escolas Estaduais teve a participação de servidores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e educadores de unidades de Cuiabá.

O Diálogo foi aberto pela técnica da Coordenadoria de Ensino Médio da Seduc, Dariluce da Silva, e teve como convidadas as técnicas da Coordenadoria de Ensino Fundamental, Zileide Silva e Juscelina de Campos. A coordenadora pedagógica da Escola Estadual Santos Dumont, Waldinete da Silva e a diretora da unidade, Paula Cunha, bem como a professora da Escola Hélio Palma, Ivanete de Souza também participaram das discussões.

Tendo como foco o processo de avaliação dos alunos no Ciclo implementado em todas as Escolas de ensino fundamental do Estado, Zileide e Jucelina falaram sobre as ações que a Seduc desenvolve visando a formação dos profissionais e melhoria do ensino. “Com o ciclo o foco das escolas deixa de ser o professor e passa a ser o aluno, por isso a necessidade de se focar no aprendizado com avaliações no dia-a-dia, e na formação humana, e não mais na mera passagem de conteúdos”, enfatizaram.

Experiências - As representantes das Escolas falaram sobre as experiências com o ciclo nas unidades. Entre elas houve unanimidade referente as dificuldades enfrentadas no processo de enturmação dos alunos, por idade. “A nossa Escola enturmou os alunos no ano passado. Na ocasião atuava como professora e fui uma das que resisti a esse processo. Achava um absurdo colocar alunos de mesma idade em uma mesma turma independente deles possuírem o mesmo nível de formação”, contou a diretora.

Paula conta que para diminuir as resistências a direção da Escola convidou os professores a estudarem de forma mais aprofundada as orientações curriculares da Seduc, referente ao ciclo bem como fomentar o trabalho de integração disciplinar. “A partir do momento que entendemos os objetivos e a metodologia de trabalho do Ciclo de Formação Humana a resistência a enturmação foi sendo superada”, citou a coordenadora Waldinete.

Professores das 69 escolas do interior do Estado que acompanharam o debate por meio dos equipamentos do Pronatec, que estão disponíveis em 192 unidades, indagaram às professoras sobre o risco, segundo eles, do Ciclo produzir aprovações automáticas dos alunos. Em resposta, Ivante de Souza citou que há necessidade da Seduc investir na contratação de mais professores articuladores. “São eles que fazem o trabalho de apoio aos estudantes que estão com dificuldade de acompanhar os demais colegas no processo de aprendizagem, em sala de aula”, ressaltou.

Ela citou ainda que com uma boa aula voltada para formação individual de cada aluno e com o apoio dos articuladores, especialmente para os alunos que foram enturmados por idade mas com defasagem de aprendizado, “não existirá a possibilidade dos alunos passarem sem aprender”, finalizou.


VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT

MT- Pronatec terá 20 mil vagas em 2012

Rildo Amorim/Seduc-MT

Estudantes do Ensino Médio das Escolas Estaduais de Mato Grosso, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA), terão mais oportunidade de fazerem o curso regular e se qualificarem para o mercado de trabalho. Parceria firmada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e Serviço Nacional da Indústria (Senai) garantiu para este ano mais 20 mil vagas ao Estado, dos cursos técnicos e de qualificação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e o Emprego (Pronatec).

O pacto para oferta dos novos cursos foi assinado, nesta sexta-feira (27.04), pelo secretário Ságuas Moraes, pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan e pelo diretor regional do Senai-MT, Gilberto Figueiredo. O ato ocorreu durante reunião da diretoria da Federação, localizada na sede da entidade, em Cuiabá.

Em discurso durante a solenidade, Ságuas destacou que a formação profissional dos jovens é uma das metas do governo federal visando o desenvolvimento do país. “Quando a presidente Dilma Roussef lançou o Pronatec, em 2011, ela ressaltou que para o Brasil conseguir manter o crescimento contínuo da Economia precisa investir na formação das pessoas. A meta do Programa é qualificar 8 milhões de jovens até 2014”, citou.

Ele explicou que o Pronatec é financiado pela União e executado pelos Estados em parceria com o Sistema S e demais instituições como os Institutos Federais (IFs). “Mato Grosso tem contribuído para o país atingir a meta de formação prevista no programa. Somente em 2011 disponibilizamos 10 mil vagas do programa, em parceria com o Senai. Desse total 7 mil de cursos de Formação Inicial Continuada (FIC) e 3 mil para cursos técnicos”, citou.

De acordo com o presidente da Fiemt, o Senai do Estado é o primeiro colocado do país entre os que mais ofertam vagas do Pronatec. Ele destaca a importância do programa para o segmento. “A indústria de Mato Grosso precisa cada vez mais de trabalhadores qualificados. A parceria com a Seduc na oferta desses cursos tem sido muito importante nesse esforço pela qualificação profissional”, disse Milan.

Vagas

Das 20 mil vagas disponíveis do Programa para 2012, 16 mil são para cursos FIC com duração de 160 horas aula e 4 mil para cursos técnicos que possui o mínimo de 800 horas (Veja abaixo os cursos ofertados). Podem participar do programa estudantes matriculados no 2º ou 3º ano do Ensino Médio ou que estejam matriculados na EJA.

Os interessados devem procurar às Secretarias de suas respectivas Escolas e pedirem à administração escolar a ficha de pré-cadastro. Após o preenchimento ela deve ser devolvida a unidade escolar, que realizará o encaminhamento a Assessoria Pedagógica para efetivação da matrícula. As aulas do Pronatec são ofertadas nas instalações do SENAI e ocorrem no contra turno escolar.

2011

No ano passado Mato Grosso disponibilizou ao todo, 10.230 vagas do Pronatec. Desse total, 3.015 alunos estão cursando ou concluíram cursos FIC e 2.241 participam dos técnicos. Os cursos são realizados nas unidades do sistema S de 23 municípios do Estado. Para 2012 as 20 mil vagas estarão disponíveis em mais 69 municípios do Estado, totalizando 92.


VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT

terça-feira, 1 de maio de 2012

UFMT contrata professor para o curso de química

Redação 24 Horas News

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) oferece uma vaga para professor substituto do Instituto de Ciências Exatas e da Terra (ICET), campus de Cuiabá, nas áreas de Química/Química Geral e Analítica. Os candidatos devem ter disponibilidade para trabalhar em regime de 40 horas semanais, nos três períodos.

As inscrições poderão ser feitas nos dias dois e três de maio. Os interessados deverão procurar o Departamento de Química, bloco F, sala 229, munidos de documentação pessoal, curriculum vitae documentado e declaração de não ter sido contratado por nenhuma instituição de ensino superior nos últimos dois anos.

O processo de seleção será realizado nos dias sete e oito de maio, por meio de análise de currículo, entrevista e prova didática. O resultado será divulgado no dia 10 de maio. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3615 8762

Biblioteca Nacional reforça leitura nos pontos de Cultura de MT

O acervo das bibliotecas dos pontos de Cultura do Estado ganhará reforço neste mês de maio com a doação de obras vindas da Biblioteca Nacional. Os livros serão repassados aos pontos de Mato Grosso que se cadastraram ao Sistema Estadual de Bibliotecas. A ideia é fortalecer a ação do livro e leitura nas regiões onde os pontos estão localizados e dessa forma, formar mais leitores em todo o Estado.

Irão receber as obras: a Associação Colniziensse de Artesanato, Associação dos Artesão de Sorriso, Associação Partilhar, Casa Dom Aquino, Cenpro Faces de Cultura, Escola de Circo Leite de Pedras, Grupo Cultural Folclórico Matutada, Grupo de Teatro Ogan, Instituto Afro Brasileiro de Barra dos Bugres, Instituto Cultural America, Instituto Usina, Museu de Historia Natural de Alta Floresta, Nobres Vozes, Projeto Guató e Teatro Experimental de Alta Floresta.

IFMT abre vagas para professores em Cáceres

Estão abertas as inscrições para contratação de professores substitutos e temporários para o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) no campus de Cáceres.
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São 4 vagas nas áreas de administração e economia rural, biologia, informática e tecnologia de produção de biocombustíveis e controle de qualidade de biocombustíveis. Conforme o IFMT, a seleção será realizada por meio de Exame de Desempenho Didático.

As inscrições para contratação de professores substitutos nas áreas de Administração e Economia Rural, Biologia, e Informática devem ser realizadas até a próxima segunda-feira (30), exclusivamente pela internet. Já para o restante das vagas, o prazo de inscrição segue até o dia três de maio.

MT- Seduc abre vagas de até R$ 1.810,00 para Técnico em Edificações

Redação 24 Horas News


A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso, torna público a abertura das inscrições para o Processo Seletivo Simplificado de Análise de Currículo, Entrevista e Prova Técnica, destinado à contratação, por tempo determinado, de Agente de Desenvolvimento Econômico e Social – ADES (nível médio), na especialidade de Técnico em Edificações, para atender as necessidades da Secretaria de Estado de Educação, para colaborar na informatização dos dados técnicos para o programa do Governo Federal – LSE – Levantamento da Situação Escolar.

A jornada de trabalho é de 40 horas semanais, abrangendo a disponibilidade de viagens dentro do Estado. A remuneração é de R$ 1.810,00, correspondente à classe e nível iniciais do cargo de Agente de Desenvolvimento Econômico e Social – ADES.

O prazo do contrato temporário é de 9 meses, contado a partir da data da contratação, podendo ser prorrogado por uma vez por igual período desde que haja a devida motivação e o interesse público assim o exigir.

Dificuldade de aprendizado: como os pais devem lidar com isto?

Jéssica Fogaça

Quando falamos em dificuldade de aprendizado temos que tomar muito cuidado, pois, muitas das crianças que são “enquadradas” nessa categoria não apresentam problemas para aprender. Na grande maioria das vezes o problema está no método de ensino, que a criança simplesmente não compreende. O problema é de “ensinagem” e não de aprendizagem.

É comum que a criança chegue ao consultório com o encaminhamento feito pela escola, dizendo que ela não consegue aprender. Isso não é verdade, pois todos temos a capacidade para aprender, mas precisamos ser ensinados. Às vezes, o jeito que a professora explica, pode não servir para uma determinada criança, pode ser algo muito vago ou muito complexo para ela. É importante lembrar que cada um aprende de maneira diferente e através das suas experiências de vida. Essas experiências devem ser levadas em conta no processo de aprendizagem.

Quando os pais recebem da escola a informação de que seu filho está com dificuldade para aprender, devem questionar a professora sobre o que, especificamente, a criança não está aprendendo. Qual matéria, é em algum conteúdo em especial? Quando a professora explica ou quando ele lê sozinho? Ela observa essa dificuldade há quanto tempo? O que ela já tentou de diferente para ensinar a criança? É fundamental que os pais trabalhem em parceria com a escola, entendendo a dificuldade e buscando alternativas para solucionar o problema.

Em casa, os pais devem perguntar à criança se ela, de fato, acha algo difícil. Se a resposta for afirmativa, devem explorar o que é difícil (ler, escrever, entender o que a professora fala, compreender o que é para ser feito em um exercício), se ela consegue entender melhor quando outro coleguinha explica ou alguém da família. Também devem estar atentos para descartar qualquer problema físico, como dificuldade para enxergar a lousa, por exemplo. Muitas crianças têm queda no rendimento escolar devido a problemas de visão ainda não detectados.

Agora, se a criança realmente tem dificuldade para aprender, os pais devem buscar orientação de profissionais capacitados, como psicólogos e psicopedagogos que irão auxiliar a família e a criança para lidar com essa questão. Há que se fazer uma serie de observações e testes para verificar de que ordem é a dificuldade da criança e estabelecer uma nova maneira para ensiná-la.

Mas uma coisa é certa: ela irá aprender. Talvez em um ritmo mais lento, com os conteúdos escolares organizados de um jeito mais simples, precisando de mais supervisão e de mais tempo. Porém, o que nunca poderá faltar é o apoio dos pais. Com ajuda a gente consegue superar as dificuldades com mais facilidade.



Jéssica Fogaça
contato@estimuloconsultoria.com.br
Psicóloga Comportamental, Especializada em Clínica Analítico-Comportamental Infantil pelo Núcleo Paradigma de Análise do Comportamento.

Câmara aprova limite de peso para mochila de estudantes

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta terça-feira (24), em caráter conclusivo, o Projeto de Lei6338/05, do deputado Sandes Júnior (PP-GO), que proíbe o uso de mochila escolar com peso excessivo.

O texto aprovado foi oadotado pela Comissão de Educação e Cultura, que elevou o peso máximo da mochila de 10% do peso do estudante (como previa o projeto original) para 15%. De acordo com a Agência Câmara, a proposta seguirá agora para análise do Senado, a menos que haja recurso para que seja examinada pelo Plenário da Câmara.

Sandes Júnior argumentou que, segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia, cerca de 60% a 70% dos problemas de coluna vertebral dos adultos são causados na adolescência e o peso excessivo da mochila escolar, na maioria dos casos, é o principal culpado.

O relator da proposta na CCJ, deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), ressaltou que os parlamentares se basearam em dados científicos para estabelecer o peso máximo das mochilas. Ele também lembrou que lei semelhante, embora sem a indicação de peso, foi aprovada pelos vereadores da cidade de São Paulo.

Pelo projeto, a aferição do peso do aluno deverá ser feita mediante declaração escrita por ele próprio, quando no ensino médio; ou por seus pais ou responsáveis, quando em creches, pré-escola ou ensino fundamental. O governo deverá promover ampla campanha educativa sobre o peso máximo aconselhável do material escolar a ser transportado.

Do começo da escrita aos tablets

O uso das novas tecnologias está cada vez mais presente. Algumas escolas oferecem aos estudantes os tablets, que além de oferecer acesso à internet, à visualização de fotos, à leitura de jornais, revistas, livros, aos jogos 3D, contribuem no aprendizado da escrita. No entanto, a caminhada foi longa até a sua chegada.


Mais ou menos em 3300 a.C., os sumérios, um dos povos da Mesopotâmia, atual Iraque, desenvolveram a escrita cuneiforme (os seus traços recordam o formato de uma cunha). Com instrumentos pontiagudos, ossos ou madeiras, as palavras eram registradas nas plaquetas de argila.

Os primeiros hieróglifos egípcios (escritas sagradas ou sinais sagrados do nordeste da África) surgiram antes de 3000 a.C. Somente uma minoria social compreendia aquelas figuras que representavam sons.

Também os egípcios, aproximadamente em 2500 a.C., se apropriaram do papiro, uma planta duradoura que prenunciou o papel, usado para a escrita. Como? De acordo com a Wikipédia: “O papiro é obtido utilizando a parte interna, branca e esponjosa, do caule do papiro, cortado em finas tiras que eram posteriormente molhadas, sobrepostas e cruzadas, para depois serem prensadas. A folha obtida era martelada, alisada e colada ao lado de outras folhas para formar uma longa fita que era depois enrolada. A escrita dava-se paralelamente às fibras”.

O surgimento do alfabeto dos fenícios, que na atualidade compreende o Líbano e partes de Israel e da Síria, ocorreu por volta de 1000 a.C. Os 22 sinais que representavam os sons das consoantes do idioma fenício tiveram influência dos hieróglifos egípcios. Detalhe: A língua portuguesa utiliza as letras do alfabeto latino, desenvolvido pelos romanos. Estes buscavam referências no alfabeto grego. Em contrapartida, o alfabeto grego partiu do alfabeto fenício.

E as canetas? As primeiras foram produzidas com bambu, aproximadamente no ano 300 a.C. As pontas finas eram imersas em tintas. Mais adiante, no Medievo (476-1453), as penas de aves eram usadas na escrita dos livros.

No século XV, próximo do ano 1450, o alemão Johannes Gutenberg inventou a prensa. Vários povos tiveram acesso à impressão de livros, um acontecimento diferenciado do período moderno.

Considerações – O uso do dedo para escrever na tela do tablet é mais cômodo e confortável. Por isso o lápis e o papel devem ser abandonados? Até que ponto essa tecnologia estimula o pensar? No caderno Folhinha, do jornal Folha de São Paulo, Christian Braga, 10 anos, explica que "não ia dar certo”, caso as pessoas aprendessem a escrever no computador. “Ele corrige os erros e a gente nem saberia o que está errando”, de acordo com o menino.

Por outro lado, Andrew Rashbass, executivo-chefe da revista The Economist, argumenta que os tablets (e e-readers) são responsáveis “pelo renascimento da leitura”, inclusive, 42% das pessoas que usufruem dos tablets leem artigos longos. “Eles também teriam três vezes mais chances de consumir notícias lendo do que vendo vídeos”, conclui Rashbass.



Jorge Antonio de Queiroz e Silva
queirozhistoria@uol.com.br
Historiador, palestrante e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.

Proposta regulamenta licença para capacitação de professores

Agência Câmara de Notícia


A Câmara analisa proposta que regulamenta a licença remunerada para aperfeiçoamento profissional, prevista na Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96), em favor dos professores da educação básica. A medida está contida no Projeto de Lei 3326/12, segundo o qual os docentes poderão se afastar por até três meses a cada cinco anos para participar de curso de capacitação.

A mesma licença já está prevista na lei que estabelece o sistema jurídico dos servidores públicos federais (8.112/90) e, portanto, beneficia os professores de instituições federais de ensino.

O autor da proposta, deputado Wilson Filho (PMDB-PB), acredita que a medida deverá estimular o aperfeiçoamento profissional contínuo dos professores e, consequentemente, a qualidade do ensino no País: “Não se concebe uma educação de qualidade sem professores capacitados e atualizados continuamente”.

domingo, 29 de abril de 2012

Adolescente: nem criança grande, nem pequeno adulto

Em recente publicação do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o Brasil jamais terá uma participação tão significativa de adolescentes no total da população. São 21 milhões ? entre 12 e 18 anos ?, o equivalente a 11% da população brasileira. Esse momento singular representa uma grande oportunidade, mas também enormes vulnerabilidades, quando se vislumbra o futuro do país e do próprio adolescente.

Dos dez indicadores avaliados pelo UNICEF entre 2004 e 2009, oito registraram avanços. Como se parte de uma base anterior bastante comprometida, há pouco a se comemorar. Como alento, o UNICEF demonstra otimismo na implementação de políticas públicas em nosso país em relação à adolescência, pois nos últimos vinte anos fomos capazes de benfazejas realizações para com a infância, reduzindo a mortalidade infantil, diminuindo significativamente a mão de obra das crianças e praticamente universalizando o acesso ao Ensino Fundamental.

Hoje, 97,9% dos meninos e meninas de 6 a 14 anos frequentam a escola, em contraste com os 80% dos adolescentes que recebem alguma educação formal. A taxa de homicídios na faixa de 15 a 19 anos ? 43,2 para cada 100 mil adolescentes ? é o dobro da média da população. Um adolescente jovem e negro tem quatro vezes mais probabilidade de ser assassinado do que um branco da mesma idade. Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde aponta que 26,8% da população sexualmente ativa teve a primeira relação antes dos 15 anos e que menos da metade (45,7%) fez uso de preservativo.

Com fulcro em estudos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, na última década houve um incremento de uma taxa média anual de 10% (perfazendo um contingente de 17.703) de adolescentes infratores submetidos a medidas de privação e restrição de liberdade.

O UNICEF recomenda políticas públicas específicas e a participação cidadã dos adultos e dos adolescentes, bem como convida a todos para uma reflexão sobre um novo olhar para essa faixa etária que “desloque o discurso que só vê a adolescência como um ‘problema’, para vê-la como uma oportunidade de desenvolvimento da personalidade. Uma fase especial até hoje não reconhecida plenamente: o direito de ser adolescente.”

Os adolescentes são um grupo em si e devem viver essa rica fase da vida em sua plenitude, sem que sejam tratados ora como crianças crescidas, ora como adultos infantilizados. As boas e más experiências em muito determinarão a grandeza do homem ou mulher que serão. Nosso papel é dialogar, respeitar, orientar, incentivar, a despeito das contestações e recusas.

Essa fase pode se tornar um laboratório para a vida adulta do nosso jovenzinho, desde que se lhe propicie um ambiente familiar e escolar com afeto, limites, tolerância, valores. Um ambiente salutar e rico, como um templo da argumentação, do embate, do convívio com o diverso e com o adverso.

Há mitos e preconceitos que precisam ser minimizados ou eliminados em relação aos adolescentes. Sempre há um pouco de hilário quando os denominamos “aborrecentes”.

Retrucam eles, que nossas atitudes, sim, são de “velhice e pentelhice”. Nenhuma graça, porém, quando se considera a sua etiologia latina: adolescer, em que uma das acepções é adoecer (em referência à dor psíquica e emocional oriundas das transformações físicas e mentais dessa fase). Como se doente fosse, pelo comportamento arredio, rebelde, monossilábico, distante da família e a quase exclusividade à sua tribo, especialmente através das mídias sociais. Talvez seja a faixa etária na qual mais os pais erram, ou por excesso ou por carência de afeto e atenção, sendo comum uma educação concessiva e permissiva, não preparando para as adversidades da vida.

Um futuro os aguarda com suas fortes exigências.


Jacir José Venturi
jacirventuri@hotmail.com
Foi professor da UFPR e da PUCPR. Autor dos livros: Álgebra Vetorial e Geometria Analítica (9.ª ed.); Cônicas e Quádricas (5.ª ed.) e Da Sabedoria Clássica à Popular.


Bullying: triste realidade no cotidiano das escolas

Quase que diariamente ouvimos falar que alunos e adolescentes de diversas partes do Brasil sofrem violências mascaradas na forma de “brincadeira”, e que é conhecida pelo nome de “bullying” (termo que tem origem na palavra inglesa bully, que significa brigão, valentão) e que consiste na prática intencional e repetida de violência física, psicológica, verbal ou moral por parte de um grupo de alunos e adolescentes contra uma única vítima ou um grupo pequeno de vítimas.

O conceito de “bullying” é bem variado e está incluído nele as atitudes de colocar apelidos (sobretudo os que exaltam defeitos físicos), xingar , maltratar, fazer insultos raciais, falar mentiras e espalhar calúnias, não deixar o colega brincar ou conversar, fazer piadas com as características físicas e comportamentais da vítima.

Dentre os vários tipos de “bullyings”, o do tipo físico é o mais fácil de ser identificado e acontece quando ocorrem agressões físicas repetidas vezes com a mesma vítima, como tapas, chutes, pontapés, empurrões, puxar os cabelos, beliscar etc. É um tipo de perseguição e mesmo que as agressões não causem lesões graves, elas têm o intuito de humilhar e fazer com que a vítima se sinta frágil e inferior. O “bullying” do tipo psicológico ocorre quando, por meio de mentiras, fofocas e agressões verbais, a vítima é colocada em situação constrangedora ou de exclusão social. É um tipo de tortura sutil que intimida e que deixa marcas difíceis de serem apagadas.

Atualmente fala-se muito no cyberbullying, que ocorre quando as ofensas e as difamações são praticadas não só pessoalmente, mas também pela internet, por meio dos sites de relacionamento e por e-mail, com o objetivo de fazer com que a vítima se sinta acuada, uma vez que sua vida se torna pública e ela é exposta a mais críticas e humilhações. O bullying é um problema mundial que sempre esteve presente nas escolas públicas e privadas, e ultimamente tem sido fonte de preocupação por parte de pais e professores.

Estudos feitos recentemente revelam que esse comportamento considerado inofensivo até há pouco tempo, pode trazer sérias conseqüências no desenvolvimento psíquico dos alunos e adolescentes, uma vez que gera queda na autoestima e em casos extremos leva o suicídio. Essa forma de violência não está restrita apenas às escolas, mas pode fazer vítimas em outros contextos sociais como: família, universidade, vizinhança, clubes e no próprio local de trabalho.

Qualquer que seja a situação em que ocorre o bullying, a estrutura de poder é nitidamente evidente entre o agressor (bully) e a vítima, que costuma ser a pessoa mais frágil e com alguma característica fora dos “modelos” culturalmente impostos pela sociedade, característica esta que pode ser física (uso de aparelhos nos dentes, uso de óculos, obesidade, algum tipo de deficiência, ter muitas espinhas), emocional (timidez, acanhamento, introversão) ou relacionada aos aspectos religiosos, étnicos e culturais.

Ao ser ridicularizada e não conseguindo se defender, a vítima passa a afastar-se do convívio e das atividades sociais. Aos poucos deixa de ir à escola e de participar de qualquer situação em que necessite se expor, por medo de ser novamente vítima de bullying. Seu rendimento escolar e seus relacionamentos interpessoais ficam prejudicados, fazendo com que necessite muitas vezes de ajuda profissional para reverter esse quadro, pois poderá se tornar um adulto dependente e inseguro. Já os agressores desenvolvem a necessidade de dominar, de impor autoridade e coagir. Por valorizar muito a violência como fonte de poder, é provável que tenham comportamentos deturpados na fase adulta

Para que se possa combater e prevenir o bullyng nas escolas, faz-se necessário a colaboração dos pais, professores e servidores, trabalhando a valorização de princípios básicos como: respeito às diferenças, tolerância, solidariedade, convivência fraternal e acolhimento das pessoas, valorização da harmonia e da paz.

Desde pequenas as crianças devem ser moldadas e educadas com os princípios de respeito ao próximo que envolve a paz, o amor e a harmonia. Só assim será possível contrapor a cultura da violência com a cultura da paz, que deve estar presente não somente no âmbito escolar, mas em qualquer contexto social e que deve ser praticada por todos ao longo da vida.

É assim que construiremos um mundo melhor!



Rosemary de Ross
rose.ross@brturbo.com.br
Formada em Letras (Funesp). Cursou Teologia para Leigos. É escritora e autora dos livros: "Mensagens e orações para diversas situações do dia a dia" e '"Uma mensagem por dia, o ano todo", da Paulinas Editora.